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Diretrizes Curriculares Nacionais para os Ensinos Fundamental e Médio: Orientações para o Ensino da Língua Portuguesa Tema 07 – Orientações específicas das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio para o Ensino da Literatura Thais Faria Coelho Bloco 1 Orientações específicas das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio para o Ensino da Literatura • Apresentar-se de maneira reflexiva, responsável, crítica e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo para solucionar conflitos e para tomar decisões coletivas; • Conhecer as principais obras literárias do nosso país, como forma de construir, progressivamente, a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados em 1996, foram pensados com o objetivo de melhorar o quadro da educação no Brasil, já que há muito tempo os olhares político e econômico à educação têm sofrido desvios. Esses parâmetros servem como guia ao trabalho docente para a formação crítica e social do aluno, mudando, assim, a sua realidade. O documento das DC Estaduais para a Educação Básica, conta com uma relação de conteúdos considerados básicos para as séries do Ensino Médio para o Ensino de Literatura. Disponível em: <http://www.educadores.diaa dia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_port.pdf>. Acesso em: 14 maio 2018. É necessário pensar em uma instituição escolar que reconheça a diversidade cultural e social existente em nosso país, sendo assim, foram elaborados dois quadros explicativos. O primeiro ponto reflete em atividades de produção e recepção de textos, do qual fazem parte atividades de produção e escrita de diferentes gêneros; produção de textos em eventos da oralidade; atividades de escuta de textos em situações de leitura em voz alta; atividades de retextualização e atividades de reflexão sobre os textos em atividades de análise. Já o segundo ponto reflete em atividades de análise, abarcando elementos pragmáticos envolvidos na interação com os textos; estratégias textualizadoras; mecanismos enunciativos; intertextualidade e ações de escrita. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Ensinos Fundamental e Médio: Orientações para o Ensino da Língua Portuguesa Tema 07 – Orientações específicas das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio para o Ensino da Literatura Thais Faria Coelho Bloco 2 As Diretrizes Curriculares Nacionais procuram definir algumas das qualidades importantes ao professor de literatura. Além de sempre incentivar a capacidade reflexiva, ele deve propiciar ao aluno leitura e análise racional e crítica, deixando sempre claro não ser essa função exclusiva da literatura – senão ela só passaria a existir agora na escola – mas, sim, abandonando a noção corriqueira de sistemas a serem aprendidos e decorados e adotando uma visão acerca deles, deve ser conhecimento vivo, maleável, apto a ser discutido e subvertido, principalmente, por meio da arma mais conhecida da literatura há séculos, a argumentação. O educador deve sempre incentivar o educando à leitura, construindo significados para a leitura de seus textos, de acordo com o seu principal objetivo, o repertório do aluno e a mediação que é efetuada. “À medida que o analfabetismo vai sendo superado, que um número cada vez maior de pessoas aprende a ler e a escrever, e à medida que, concomitantemente, a sociedade vai se tornando cada vez mais centrada na escrita (cada vez mais grafocêntrica), um novo fenômeno se evidencia: não basta apenas aprender a ler e a escrever. As pessoas se alfabetizam, mas não necessariamente incorporam a prática da leitura e da escrita, não necessariamente adquirem competência para usar a leitura e a escrita, para envolver-se com as práticas sociais da escrita: não lêem livros, jornais, revistas, não sabem redigir um ofício, um requerimento, uma declaração, não sabem preencher um formulário...” (SOARES, 2004, p. 45- 46). Bibliografia: BOLL, C. I. Os Dispositivos Midiáticos na Cultura Digital: a ousadia enunciada em uma estética que potencializa eu, você e todos os outros que quiserem participar. In: CORÁ, E.J. (Org.). Reflexões Acerca da Educação em Tempo Integral. Porto Alegre: Evangraf, 2014, 280p. BOLL, C. I.; MELO, R. S. Cultura Digital e Educação: desafios contemporâneos para a aprendizagem escolar em tempos de dispositivos móveis. CINTED-UFRGS. Novas tecnologias da Educação. v. 12, n. 1, julho, 2014. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Conselho Nacional da Educação. Câmara Nacional de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica/Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. 562p. ______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm>. Acesso em: 14 maio 2018. HICKMANN, R. I. Ciências sociais no contexto escolar: para além do espaço e tempo. In:_______. (Org.). Estudos sociais: outros saberes. Porto Alegre: Mediação, 2002. KREUTZ, J. A pesquisa-intervenção e o vídeo-conceito como resistência ao consumismo digital na formação de professores na modalidade EAD. AYVU - Revista de Psicologia, n. 1, dez. 2014. LEMOS, A. Cultura da mobilidade. Revista Famecos. v. 1, n. 40, 2009. LEMOS, A.; JOSGRILBERG, F. (Org.). Comunicação e mobilidade: aspectos socioculturais das tecnologias móveis de comunicação no Brasil. Salvador: EDUFBA, 2009. RODRIGUES, M. B. C. Planejamento: em busca de caminhos. In: XAVIER, M. L. M.; DALLA ZEN, M. I. H. (Orgs.). Planejamento em destaque: análises menos convencionais. Porto Alegre: Mediação, 2000. p. 59-73 (Caderno Educação Básica, 5).