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Estrutura das Meninges

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Medicina - Bruna Siqueira de Arruda
ME���G�� E CI���L�ÇÃO DE LÍQU��
Men����s
For��ção em����lógi��
23 - 26 dias: camadas de células que margeiam o tubo neural⇒ origem da camada interna
da pia-máter.
35 - 38 dias: tecido conjuntivo frouxo, derivado do mesoderma, cerca o tubo neural, somitos e
notocorda⇒meninx primitiva
42 - 48 dias: canais vasculares (do tecido frouxo) adentram o tubo neural levando células da
meninx primitiva (como uma “camada adventícia”).
48 - 53 dias: início do aparecimento de cavidades na meninge primitiva; camada externa
forma uma estrutura compacta, que corresponde à dura-máter.
Embriologicamente, a aracnóide e a pia-máter formam um só folheto, de espessura delgada,
denominada LEPTOMENINGE. A dura-máter, por sua vez, de espessura maior, é denominada
PAQUIMENINGE.
A partir do meio externo, a ordem é a seguinte:
osso⇒ dura-máter⇒ aracnóide⇒ pia-máter⇒ tecido nervoso
Dur�-máte�
● Meninge mais externa (superficial), espessa e vascularizada
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● Composta por tecido conjuntivo rico em fibras colágenas, com presença de vasos e
nervos.
● Folhetos da dura-máter no encéfalo
○ Externo ou periosteal: aderido aos ossos do crânio; “periósteo”, porém sem
potencial osteogênico; alta vascularização
○ Interno ou meníngeo
Obs.: canal raquidiano → folheto interno somente
● No encéfalo é irrigada pela artéria meníngea média, ramo da a. maxilar interna,
derivada da a. carótida.
● Pregas da dura-máter no encéfalo
O folheto interno, em algumas regiões, se dobra dando origem às pregas → dividem a
cavidade craniana em compartimentos.
○ Foice cerebral: dobra que se apresenta como um septo vertical mediano,
separando os dois hemisférios cerebrais, presente na fissura longitudinal do
cérebro. Estende-se do assoalho (anterior) do osso frontal até a tenda do cerebelo
(posterior).
○ Tenda (ou tentório) do cerebelo: prega que se apresenta como um septo
transversal entre os lobos occipitais e o cerebelo. Separa a fossa craniana posterior
da fossa craniana média, dividindo a cavidade craniana em compartimento
infratentorial (abaixo da tenda) do compartimento supratentorial (acima da
tenda). A borda anterior da tenda cerebelar é livre e denominada incisura da
tenda.
○ Foice do cerebelo: assim como a foice cerebral, é um septo vertical mediano;
promove a separação entre os dois hemisférios cerebelares.
○ Diafragma da sela: lâmina horizontal de dura-máter que fecha superiormente a
sela turca; apresenta um espaço para passagem da haste da hipófise; função de
isolamento e proteção da hipófise.
● Cavidades da dura-máter
As cavidades são delimitadas pela separação entre os dois folhetos.
○ Cavo de Meckel (ou trigeminal): presença do gânglio trigeminal
○ Seios durais: canais venosos revestidos de endotélio, com conteúdo sanguíneo;
possuem paredes rígidas que não se colabam (diferente das veias). As veias do
encéfalo drenam para os seios da dura-máter e, posteriormente, as veias jugulares
internas. Os principais seios são
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■ Seio sagital superior: percorre a margem de inserção da foice cerebral
(margem superior); termina na confluência dos seios.
■ Seio sagital inferior: percorre amargem livre da foice do cérebro (margem
inferior).
■ Seio transverso: disposto ao longo da inserção da tenda do cerebelo no
osso occipital, desde a confluência dos seios até o osso temporal.
■ Seio sigmóide: formato de S; contínuo ao seio transverso.
■ Seio cavernoso: cavidade bastante grande e irregular; drena através dos
seios petroso superior e inferior. No seio cavernoso, atravessam: nervos
cranianos III (oculomotor), V (1º ramo do trigêmeo) e VI, além da artéria
carótida interna.
1. Seio sagital superior
2. Foice cerebral
3. Seio sigmóide
4. Tenda do cerebelo
5. Foice do cerebelo
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Ara��óid�
● Meninge de aspecto turvo, translúcido
● Apresenta-se justaposta à dura-máter, separadas pelo espaço subdural (espaço
virtual); separa-se da pia-máter pelo espaço subaracnóideo, que contém líquor e
trabéculas aracnóideas.
● Cisternas da aracnóide
A aracnóide, assim como a dura-máter, não acompanha os sulcos, giros e depressões
encefálicas, estando presentes somente na região superficial. Por isso, podem-se
observar dilatações do espaço subaracnóideo, denominadas cisternas subaracnóideas,
com grande quantidade de líquor. As mais importantes são:
○ Cisterna magna ou cerebelo-bulbar ⇒ espaço entre a face inferior do cerebelo,
teto do 4º ventrículo e face dorsal do bulbo; importante fonte de obtenção de
líquor.
○ Cisterna pontina⇒ posição ventral da ponte
○ Cisterna interpeduncular⇒ localizada na fossa interpeduncular
○ Cisterna quiasmática⇒ a frente do quiasma óptico
○ Cisterna da fossa lateral do cérebro (Silviana) ⇒ é a depressão formada pelo
sulco lateral de cada hemisfério.
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● Granulações aracnóideas: pequenos tufos de aracnóide que penetram no interior dos
seios da dura-máter. São como prolongamentos do espaço subaracnóideo, nos quais o
endotélio do seio venoso e uma fina camada de aracnóide separa líquor e sangue;
adaptação para a absorção de líquor, que se destina ao sangue a partir das
granulações.
Pi�-máte�
● Meninge mais interna, apresentando-se aderida de forma íntima à superfície do
encéfalo e da medula.
● Membrana pio-glial: a porção mais profunda da pia-máter recebe prolongamentos de
astrócitos do tecido nervoso.
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● Confere resistência aos órgãos nervosos.
● Espaço perivascular: a pia-máter acompanha os vasos que, por meio do espaço
subaracnóideo, penetram no tecido nervoso.
Líqu�� o� Líqu��� ce���r�e���n���
● Líquido fluído aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e os ventrículos.
● Funções do líquor
○ Fornece proteção mecânica ao SNC à medida que absorve impactos e reduz a
chance de traumatismos decorrentes de contato com o crânio.
○ Manutenção de meio químico estável no sistema ventricular, permitindo troca de
componentes químicos com espaços intersticiais.
○ Excreção de metabólitos tóxicos das células nervosas (líquido intersticial → líquor →
sangue)
○ Comunicação entre as diversas áreas do SNC (exemplo: transporte hormonal)
● O líquor é formado pelas CÉLULAS EPENDIMÁRIAS e pelos PLEXOS CORÓIDES
(estrutura enovelada composta por dobras de pia-máter, vasos sanguíneos e
modificações de células ependimárias). É ativamente secretado e, por meio de
aberturas medianas e laterais do 4º ventrículo, adentra o espaço subaracnóideo, onde é
reabsorvido através das granulações aracnóideas.
● Circulação de líquor
A circulação de líquor no espaço subaracnóideo é lenta e acontece de baixo para cima.
Os mecanismos ainda são discutidos, mas pode-se citar:
○ Pulsação de artérias intracranianas ⇒ permite o aumento da pressão liquórica,
que contribui para que o líquor seja empurrado.
○ Produção de líquor em uma extremidade e absorção em outra.
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