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Desenvolvimento e principais doenças respiratórias na infância

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Universidade Tiradentes - Medicina P3
 Desenvolvimento e doenças
respiratórias na infância 
TUTORIA
Conceito: “desenvolvimento” tem
sido o mais utilizado para abranger os
vários aspectos interligados que
caracterizam a evolução dinâmica do ser
humano a partir de sua concepção. 
● O desenvolvimento humano
emerge a partir da interação com
os fatores ambientais.
● É fundamental que ocorra uma
ampla e adequada variação de
estímulos e experiências, para
favorecer todo o seu potencial.
● O sucesso do desenvolvimento
depende da integridade dos
vários órgãos e sistemas,
principalmente o sistema
nervoso, que participa de toda
ordenação funcional que o
indivíduo irá experimentar.
● O tecido nervoso cresce e
amadurece sobretudo nos
primeiros anos de vida.
● Nos primeiros anos de vida é mais
vulnerável aos agravos de
natureza diversa.
● Por outro lado, também nesse
período, a criança tem grande
plasticidade e melhor responde
aos estímulos que recebe.
AVALIAÇÃO:
● A avaliação do desenvolvimento
deve ser um processo contínuo de
acompanhamento. 
● Visa à detecção precoce de
desvios ou atrasos. 
● Pode ser realizada de forma
sistematizada por meio de alguns
testes e/ou escalas elaboradas
para tal finalidade. 
○ O teste de Gesell: 
Referem-se às seguintes
áreas: comportamento
adaptativo;
comportamento motor
grosseiro e delicado;
comportamento de
linguagem;
comportamento pessoal-
social.
○ Triagem Denver II:
1
Analisar os marcos
do desenvolvimento
infantil
○ A escala de
desenvolvimento
infantil de Bayley;
○ O Albert Infant Motor
Scale;
● No Brasil, a Caderneta de Saúde
da Criança disponibiliza uma
sistematização para a vigilância
do desenvolvimento infantil até
os 3 anos de idade. 
● Essa ferramenta permite
acompanhar a aquisição dos
principais marcos do
desenvolvimento. 
● Além disso, com base na
presença ou ausência de alguns
fatores de risco e de alterações
fenotípicas, a caderneta orienta
para tomadas de decisão. 
● As avaliações do desenvolvimento
devem acontecer em todas as
visitas de puericultura.
● É fundamental o conhecimento do
contexto familiar e social no qual
a criança está inserida.
○ Desde quando foi gerada;
○ Se planejada ou não; 
○ As fantasias da mãe
durante a gestação; 
○ Quem é o responsável
pelos seus cuidados; 
○ A rotina da criança; 
○ As mudanças que
ocorreram após o seu
nascimento. 
2
○ Fatores de risco: Ausência
de pré-natal, dificuldades
no nascimento, baixo peso
ao nascer e etc.
○ A opinião da mãe em
relação ao processo de
desenvolvimento de seu
filho.
● A análise processa-se por toda a
duração do atendimento:
○ O comportamento da
família e da criança;
○ Quem traz a criança;
○ Como ela é carregada, sua
postura, seu interesse pelo
ambiente e a interação
com as pessoas. 
AQUISIÇÕES MOTORAS:
Recém-nascidos:
● Padrão motor muito imaturo;
● Presença do reflexo tônico
cervical assimétrico;
● Predomínio do tônus flexor nos
membros;
● Intensa hipotonia da musculatura
paravertebral. 
● Reflexos, controlados por partes
primitivas do cérebro. 
● Sucção, preensão palmar, plantar
e da marcha passarão em poucos
meses a ser atividades
voluntárias. 
● Já o de Moro e o tônico cervical
assimétrico, desaparecerão em
breve (normal: não devem
persistir no 2º semestre)
2 primeiros meses:
● Há uma diminuição progressiva
do tônus flexor e substituição
pelo padrão extensor. 
● Esse amadurecimento se faz na
direção craniocaudal.
A partir do 2º semestre:
● Não ocorre mais predomínio de
padrão flexor ou extensor
● A criança, por meio de alternância
entre os tônus, consegue,
primeiramente, rolar e,
posteriormente, consegue mudar
da posição deitada para sentada.
● A regra do desenvolvimento
motor é que ocorra no sentido
craniocaudal e proximodistal e,
por meio de aquisições mais
simples para mais complexas.
Assim, a primeira musculatura a
ser controlada é a ocular. 
● Depois, há o controle progressivo
da musculatura para a
sustentação da cabeça e depois
do tronco. 
● Ao nascimento, a criança fica com
as mãos fechadas a maior parte
do tempo. Por volta do 3º mês,
em decorrência da redução do
tônus flexor, as mãos ficam
abertas
● As crianças conseguem agarrar os
objetos, embora ainda sejam
incapazes de soltá-los. 
Entre o 5º e o 6º mês:
● Conseguem apreender um objeto
voluntariamente e iniciam o
movimento de pinça.
3º trimestre:
● A criança adquire a posição
ortostática. 
● O apoio progressivo na
musculatura dos braços permite o
apoio nos antebraços e as
primeiras tentativas de
engatinhar. 
Até os 2 anos de idade:
● A partir dessa idade, o contexto
cultural em que a criança se
insere passa a ter uma influência
maior.
● Há maior variação entre os
marcos. 
AVALIAÇÃO DO SISTEMA
SENSORIAL:
● Deve ser feita desde os primeiros
atendimentos. 
● Exame dos olhos: atento ao
tamanho das pupilas, pesquisar o
3
reflexo fotomotor bilateralmente,
assim como o reflexo vermelho.
● Audição: perguntar se o bebê se
assusta, chora com sons intensos,
se é capaz de reconhecer e se
acalmar com a voz materna e se
procura a origem dos sons.
● Indagar os familiares se a criança
focaliza objetos e os segue com o
olhar
AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM:
● Interação social: entre a 4ª e 6ª
semanas de vida, surge o “sorriso
social” desencadeado por
estímulo, principalmente pela
face humana. 
● No 2º semestre de vida, a criança
não responde mais com um
sorriso a qualquer adulto, pois
passa a distinguir o familiar do
estranho. 
● Primeiros meses de vida: o
bebê expressa-se por meio de sua
mímica facial e, principalmente,
pelo choro. 
● 2º e o 3º mês: a criança inicia a
emissão de barulhos
● 6º mês: balbucio ou sons
bilabiais, cujas repetições são
realizadas pelo simples prazer de
se escutar. 
● 9º e 10º mês: emite balbucios
com padrão de entonação
semelhante à linguagem de seu
meio cultural. 
● 12 meses de idade: surgem as
primeiras palavras denominadas
palavras-frase e também a
linguagem gestual.
● 18 meses: a criança inicia frases
simples e ocorre aumento em seu
repertório de palavras. 
4
5
6
2. Conhecer as principais
afecções respiratórias na
infância
FATORES DE RISCO: 
● Freqüentar creche ou escolinha; 
● Irmãos mais velhos; 
● Exposição à fumaça de cigarro; 
● Poluição atmosférica; 
● Casa com muitas pessoas; 
● Baixo nível sócio-econômico.
INTRODUÇÃO:
● As infecções do trato respiratório
correspondem à maioria das
doenças relacionadas ao cuidado
de crianças. 
● Incluem o vírus sincicial
respiratório, vírus parainfluenza,
vírus influenza, adenovírus,
rinovírus, parvovírus B19 e S.
pneumoniae. 
● O risco de otite média é 2-3x
maior em crianças que
frequentam creches. 
● A maioria das prescrições de
antibióticos em crianças com
idade inferior a 3 anos que
frequentam creche são para
tratamento de otite média. 
● Transmissão: Gotículas do trato
respiratório podem se disseminar
por contato direto com as
membranas mucosas ou por se
tocarem superfícies contaminadas
por secreções. 
DIFERENCIAR GRIPE E RESFRIADO:
● A gripe: é causada pelo vírus
influenza (tipos A ou B) e,
geralmente
○ Febre alta (em torno de 3
dias), dor muscular, dor de
garganta, dor de cabeça,
coriza e tosse
seca,podendo durar até
duas semanas.
○ Complicações graves:
pneumonia.
● O resfriado: causado mais
comumente por rinovírus,
parainfluenza e o vírus sincicial
respiratório (RSV). 
○ Os sintomas do resfriado
são mais brandos e duram
menos tempo.
○ Tosse, congestão nasal,
coriza, dor no corpo, febre
baixa e dor de garganta
leve.
RINOSSINUSITES:
● Rinossinusite aguda é definida
como a inflamação sintomática da
cavidade nasal e seios
paranasais, com duração inferior
a 4 semanas.
● Geralmentecausada por
infecções virais: rinovírus,
adenovírus, vírus sincicial
respiratório (VSR), parainfluenza
e influenza.
● Abrange quadros como o do
resfriado comum. 
● As rinossinusites virais não
complicadas geralmente
apresentam resolução em 7 a 10
dias. 
● Apenas 0,5-2% destas infecções
podem ser complicadas por
infecção bacteriana.
● Entre os patógenos bacterianos
mais comuns estão:
Streptococcus pneumoniae,
7
Haemophilus influenzae e
Moraxella catarrhalis. 
● Manifestações clínicas: são
inespecíficas e incluem congestão
nasal, rinorréia, febre e tosse. 
● Nos lactentes deve-se ficar atento
para inquietação, choro fácil,
recusa alimentar, vômitos e
alteração do sono. 
● Diagnóstico de rinossinusite
bacteriana: baseado nos
achados clínicos, e não requer
nenhum exame de imagem. 
● A grande questão diagnóstica
nestes casos é definir quando há
a ocorrência de uma infecção
bacteriana. 
● Em geral, usa-se como critério a
característica temporal dos sinais
e sintomas para diferenciar a
infecção bacteriana.
● A complicação bacteriana é mais
provável quanto os sintomas do
paciente forem mais duradouros.
(quando os sinais e sintomas
persistirem sem melhora por 10
dias ou piorarem em 5-7 dias.)
● Tratamento inicial: medidas
gerais para diminuir o
desconforto da criança. Deve-se
orientar os pais por se tratar de
uma doença, geralmente
autolimitada.
○ Necessidade de hidratação
○ Evitar o contato da criança
com fatores irritantes
como a fumaça de cigarro.
○ Higienização nasal com
solução fisiológica
isotônica.
● Tratamento farmacológico:
analgésicos e antipiréticos como
acetaminofeno ou ibuprofeno.
● A criança deverá ser reavaliada
entre 3-5 dias,6 e deve-se ficar
atento para a permanência ou
piora dos sintomas. 
● Havendo a indicação do uso de
antimicrobianos, a droga de
primeira escolha é a amoxicilina
(melhora do quadro dentro de 48-
72h).
FARINGOAMIGDALITES:
● A maioria dos episódios de
faringoamigdalites agudas é
causada por vírus e é
autolimitada (5-7 dias). 
● Deve-se manter a hidratação e
uso de analgésicos e
antipiréticos. 
● Entre as causas bacterianas, o
Streptococcus pyogenes do grupo
A é o principal agente 
● A faringoamigdalite aguda
estreptocócica (FAE) é
especialmente importante em
função das reações tardias que
pode desencadear, como febre
reumática e glomerulonefrite
difusa aguda. 
● A febre reumática pode ser
evitada com tratamento da FAE
até o nono dia de evolução da
doença.
● Manifestações clínicas: dor de
garganta, sensação de
ressecamento na garganta,
odinofagia, disfagia, febre e
calafrios, cefaléia, otalgia
referida, prostração, dores
musculares e linfonodomegalia
cervical. 
● Na faringoamigdalite
estreptocócica há maior
associação de dor de garganta
com febre alta de início súbito
(>38C) 
● Diagnóstico para FAE: é
realizado somente através de
exame laboratorial de esfregaço
de orofaringe.
● Achados como petéquias
palatinas e rash escarlatiniforme
são altamente específicos, mas
pouco comuns.
● Tratamento inicial:
Antipiréticos e analgésicos como
acetaminofeno e ibuprofeno
podem ser utilizados para
conforto do paciente. 
● Tratamento: Em caso de alta
suspeição de FAE, a penicilina é a
8
droga de escolha e o tratamento
deve ser prontamente iniciado.
● Para tratamentos via oral, pode-
se usar amoxicilina ou penicilina
V oral. Pacientes alérgicos à
penicilina podem utilizar
eritromicina.
● A criança deve ficar afastada da
creche e do contato com outras
crianças por pelo menos 24h após
o uso do antimicrobiano
adequado.
RINOFARINGITE AGUDA:
● Abrange quadros como o do
resfriado comum e ainda outros
englobados sob a denominação
de rinite viral aguda. 
● É a doença infecciosa de vias
aéreas superiores mais comum
da infância. 
● Crianças menores de cinco anos
podem ter de cinco a oito
episódios por ano. 
● É causada quase que
exclusivamente por vírus.
● Os vírus mais frequentes são:
rinovírus, coronavírus, vírus
sincicial respiratório (VSR),
parainfluenza, influenza,
coxsackie, adenovírus e outros
mais raros. 
● Pelo processo inflamatório da
mucosa nasal, pode ocorrer
obstrução dos óstios dos seios
paranasais e tubária, permitindo,
por vezes, a instalação de
infecção bacteriana secundária
(sinusite e otite média aguda). 
● Pode apresentar-se, na criança
maior, com febre alta, prostração,
mialgia e calafrios, Febre alta,
diarréia, vômitos e dor abdominal
são comuns em crianças mais
jovens. Tosse e fadiga podem
durar várias semanas. 
● Transmissão: através de
gotículas produzidas pela tosse e
espirros (como um aerossol), ou
pelo contato de mãos
contaminadas com a via aérea de
indivíduos sadios. 
● Período de incubação: dois a
cinco dias. 
● Quadro clínico: Pode iniciar com
dor de garganta, coriza,
obstrução nasal, espirros, tosse
seca e febre de intensidade
variável, podendo ser mais alta
em menores de cinco anos. 
● Determinados tipos de vírus
podem também causar diarréia. 
● Algumas complicações
bacterianas podem ocorrer
durante infecções respiratórias
virais. Sugerem a ocorrência de
alguma delas: persistência de
febre além de 72 horas,
recorrência de hipertermia após
este período, ou prostração mais
acentuada. 
● Além disto, o surgimento de
dificuldade respiratória
(taquipnéia, retrações ou
gemência) indicam a
possibilidade de bronquiolite
aguda, pneumonia ou laringite. 
● As complicações bacterianas mais
frequentes são otite média aguda
e sinusite. 
LARINGITE VIRAL AGUDA:
● Também denominada de crupe
viral, está laringite é uma
inflamação da porção subglótica
da laringe, que ocorre durante
uma infecção por vírus
respiratórios. 
● A congestão e edema dessa
região acarretam um grau
variável de obstrução da via
aérea. 
● Acomete com maior frequência
lactentes e pré escolares, com um
pico de incidência aos dois anos
de idade. 
● Quadro clínico: A evolução pode
ser um pouco lenta, com início do
quadro com coriza, febrícula e
tosse. Em 24-48 horas acentua-se
o comprometimento da região
infraglótica, com obstrução de
grau leve a grave e proporcional
dificuldade respiratória. 
9
● A evolução natural, na maioria
dos casos, é a persistência do
quadro obstrutivo da via aérea
por 2-3 dias e regressão no final
de cinco dias. 
● O vírus parainfuenza I e II e o
vírus sincicial respiratório são os
agentes causais mais comuns.
Adenovírus, influenza A e B e
vírus do sarampo também podem
estar envolvidos. 
● Pródromos: coriza, obstrução
nasal, tosse seca e febre baixa. 
● Evolução: tosse rouca, disfonia,
afonia ou choro rouco e estridor
inspiratório. 
● Em casos de obstrução mais
grave, surge estridor mais
intenso, tiragem supra-esternal,
batimentos de asa do nariz,
estridor expiratório e agitação.
Nos casos extremos, além de
intensa dispnéia
● Promoção de um ambiente
saudável. 
● Aleitamento materno. 
● Boa higiene das mãos 
● Acompanhamento médico
especializado
● Evitar locais aglomerados ou
fechados;
● Cobrir a boca e o nariz com papel
ao tossir ou espirrar;
● Afastamento de crianças
infectadas da creche pelo menos
durante a fase contagiosa da
doença.
● Uso dos probióticos.
● Vacinação: A imunização previne
infecção por três ou quatro tipos
de vírus. 
● Manter os ambientes bem
ventilados;
● Manter a hidratação da criança e
uma alimentação saudável;
● Evitar levar as mãos
contaminadas à boca, nariz ou
olhos.
● Evitar contato com fumaça de
cigarro no ambiente. 
● Evitar natação com mergulho até
cura completa do processo.
● Tratar rinite alérgica, quando
presente (profilaxia). 
● Correção cirúrgica de fatores
predisponentes. 
A doençado trato respiratório,
acompanhada de sibilo acomete um
terço de todas as crianças nos 3
primeiros anos de vida, porém somente
33% destas desenvolverão quadros de
asma a posteriori.
● A fisiopatologia do sibilo se apoia
no broncoespasmo, edema e
secreções retidas, um
exacerbando a intensidade do
outro em um círculo vicioso. 
● Quanto mais jovem, mais grave e
intenso o quadro, devido às
diferenças anatômicas (calibre
dos brônquios, inserção do
diafragma, arcos costais mais
facilmente deformáveis, menor
número de poros de Khon e
canais de Lambert) responsáveis
por alterações funcionais,
principalmente caracterizadas por
aumento da resistência e
facilitação de atelectasias.
● As doenças do trato respiratório,
acompanhadas de sibilo -sejam
ou não asma- têm em comum o
desconforto respiratório.
● As crises de sibilo recorrentes no
primeiro ano de vida são mais
provavelmente devidas a
deficiências na função pulmonar
provocada pelo consumo de
cigarro durante a gestação e ao
edema de mucosa agravado pela
presença de secreções
brônquicas do que devido à
broncoconstrição.
● É importante comentar que o
sistema respiratório tem o seu
crescimento e desenvolvimento
completados ao redor dos oito
anos de vida.
● Sibilância é um sintoma comum
na infância e queixa frequente
10
3. Elucidar as medidas
preventivas para as
afecções respiratórias nas
crianças 
4. Compreender o
diagnóstico diferencial da
sibilância na infância
nos consultórios de pediatras e
especialistas. 
● Geralmente está associada à
hiper-responsividade brônquica,
mas pode estar presente em
qualquer situação que leve ao
estreitamento das vias aéreas. 
● As causas mais comuns de
sibilância em crianças e lactentes
são asma e bronquiolite,
respectivamente. 
● Cerca de 70% dos casos de asma
em crianças ocorrem antes dos 3
anos de idade, sendo que em um
terço deles os sintomas começam
antes de um ano de vida.
BRONQUIOLITE:
● A causa mais comum de sibilância
no lactente 
● É uma infecção aguda do trato
respiratório inferior que afeta
principalmente crianças entre o
mês e os 23 meses e apresenta
um pico de incidência entre os 2 e
os 8 meses.
● Quadro clínico: pródromo de
rinorreia e febre, seguido em
poucos dias (48-72h) por tosse
seca, pieira e dispneia. 
● É possível auscultar crepitações
inspiratórias e sibilos expiratórios.
● Observa-se sinais de desconforto
respiratório.
● O principal agente é o vírus
sincicial respiratório (VSR), o
qual é responsável por mais de
50% dos casos. 
● Outros agentes: rinovírus,
bocavírus, o metapneumovírus, o
enterovírus, o adenovírus, o
coronavírus e o influenza.
● A infeção das células epiteliais
conduz à produção aumentada de
muco, à morte celular e,
posteriormente, à formação de
um infiltrado peribronquiolar
● A acumulação de secreções
associada ao edema conduzem
aos estreitamento das vias
aéreas, o que, por sua vez, leva
ao aprisionamento distal de ar, a
atelectasia e a um desequilíbrio
da ventilação-perfusão, o que
está na origem da hipoxemia e do
esforço respiratório.
TUBERCULOSE:
● Associa-se a uma maior
morbilidade e mortalidade devido
à maior incidência de formas
disseminadas como a tuberculose
miliar e a meningite.
● Durante a infância, a transição de
tuberculose latente para
tuberculose ativa ocorre
rapidamente, tornando-se
sintomática num intervalo de
semanas. 
● Quadro clínico: tosse crónica
não produtiva(> 21 dias), e que
frequentemente se faz
acompanhar de a sibilos. Associa-
se também a dispneia e febre,
perda ponderal, letargia e
sudorese noturna. Pode cursar
com leucocitose, anemia e
hiponatremia.
● Todos os lobos pulmonares estão
em risco de serem afetados na
tuberculose primária. 
● No entanto, na primoinfecção, os
lobos médios e inferiores são os
mais afetados.
● Em alguns lactentes, devido ao
alargamento dos gânglios, pode
haver compressão do brônquio, o
que pode conduzir a uma
atelectasia, devido à obstrução
brônquica. 
● A radiografia torácica pode
apresentar-se normal ou com
várias alterações.
FIBROSE CÍSTICA:
● É uma doença autossômica
recessiva mais comum na raça
caucasiana.
● Etiologia: a disfunção de uma
proteína reguladora da condução
transmembranar.
● A viscosidade das secreções e a
incapacidade de as eliminar pelo
aparelho mucociliar conduzem a
11
uma colonização persistente por
vários microorganismos e a uma
consequente resposta
inflamatória das vias aéreas. 
● Estes doentes apresentam uma
resposta exacerbada aos
microorganismos em comparação
com os lactentes saudáveis.
● Apresentam muito
frequentemente as suas vias
aéreas colonizadas por
microorganismos como o
Stafilococos Aureus, o
Haemophilus Influenzae e o
Streptococcus pneumoniae. 
● É de ressaltar o impacto da
Pseudomonas Aeruginosa no
declínio clínico e mortalidade,
cuja idade média de detecção são
os 2 anos.
● Quadro clínico: tosse crônica, a
qual é inicialmente seca
evoluindo posteriormente para
produtiva. Pneumonias de
repetição, crepitações e os
sibilos, principalmente quando
existe hiperreatividade brônquica
(25-50% dos casos). 
● Pode cursar com obstrução do
íleo por mecónio (íleo meconial),
insuficiência pancreática
exócrina, hipovitaminose devido
ao défice das vitaminas
lipossolúveis A, D, E e K.
INALAÇÃO DE CORPO ESTRANHO:
● Considerada uma urgência
pediátrica, se não diagnosticada a
tempo, pode conduzir à morte. 
● O diagnóstico precoce nem
sempre acontece, dado que os
seus sintomas cursam noutras
patologias como a asma ou uma
infecção do trato respiratório
inferior. 
● Quadro súbito de tosse ou um
episódio de engasgamento num
lactente que apresente algum
objeto na boca é altamente
sugestivo desta condição clínica.
● Quadro clínico: tosse, dispnéia,
febre ou recusa alimentar.
Adicionalmente, hemoptises,
expectoração purulenta e
vómitos. 
● Exame físico: podem estar
presentes sinais como taquipneia
e taquicardia. À auscultação,
pode ser percetível uma
diminuição ipsilateral do
murmúrio vesicular, estridor e
sibilo.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA:
● Incapacidade do coração em
bombear sangue suficiente, a
qual se pode dever a uma lesão
quer congénita quer adquirida.
● Traduz-se clinicamente num
estado de congestão pulmonar e
sistémica.
● Quadro clínico: recusa alimentar
e ao exame físico pode
apresentar-se com taquipneia,
diaforese e taquicardia, sendo
que frequências cardíacas
superiores a 180
batimentos/minuto, edemas das
extremidades inferiores. 
● Cardiomegalia e hepatomegalia
também são comumente
observadas.
● À auscultação pulmonar podem
ser perceptíveis sibilos, os quais,
nos estágios iniciais, são por
vezes o único sinal.
ANAFILAXIA:
● Reação alérgica ou de
hipersensibilidade generalizada
com início rápido e de elevada
gravidade, podendo conduzir à
morte. 
● Ocorre normalmente minutos a
poucas horas após a exposição e
envolve pelo menos 2 sistemas.
● Determinadas comorbidades,
como a bronquiolite, a asma e a
mastocitose cutânea, podem
predispor à reação anafilática.
● Os alimentos são os fatores
desencadeantes mais comuns,
sendo o leite de vaca, o ovo e o
amendoim mais frequentes. 
12
● A reação anafilática pode ocorrer
quer após a ingestão direta, quer
a ingestão indireta através do
leite materno. 
● Fármacos como determinados
antibióticos, antipiréticos e
bloqueadores neuromusculares
também podem ser fatores
desencadeantes. 
● Quadro clínico: choro
persistente ou irritabilidade. A
nível da pele e mucosas pode
observar-se “flushing”, o qual
pode ser acompanhado por febre,
assim como angioedema da face,
língua e orofaringe. 
● Se o sistema respiratório for
envolvido, o lactente poderá
apresentar tosse, dispneiae, ao
exame físico poderão estar
presentes sibilos, estridor e
cianose. 
● O quadro clínico do lactente
poderá também cursar com
incontinência fecal, episódios de
regurgitação e vômitos,
hipotensão e taquicárdico, com o
pulso fraco e arrítmico, letargia,
hipotonia ou convulsões.
ASMA:
● Perante um lactente com
sibilância recorrente, em que
outros diagnósticos já foram
excluídos, o diagnóstico de asma
deve ser considerado. 
● Episódios recorrentes de tosse,
dispneia e pieira desencadeados
por múltiplos estímulos (infecções
respiratórias, esforços, frio ou
fumo ou pela exposição a
alergénios).
● Tem agravamento no período
noturno e com tendência a
persistir para além dos 10 dias
durante as infecções
respiratórias.
● A história pessoal de dermatite
atópica assim como a existência
de familiares de primeiro grau
com asma pode corroborar esta
hipótese. 
● Outra ferramenta é a prova
terapêutica com
broncodilatadores de curta
duração (inalados durante um
período de 2 a 3 meses). 
● Assim, a melhoria dos sintomas
durante o tratamento e o seu
agravamento após a suspensão
são fortes indicadores deste
diagnóstico. 
● Critérios maiores: Existência de
pais com asma, diagnóstico de
dermatite atópica no lactente e
sensibilização alérgica a pelo
menos um aeroalérgeno. 
● Critérios menores: presença de
sibilância, presença de ≥ 4% de
eosinófilos no sangue periférico e
sensibilização alérgica ao leite,
ovo ou amendoim. 
○ Os lactentes que
apresentem mais de 4
episódios de sibilância por
ano e que apresentem ou
um critério maior ou dois
critérios menores
apresentam um elevado
risco de serem asmáticos. 
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