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AlgasMarinhasBioestimulantes-Araujo-2017

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1 
 
 
 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO 
 
UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS - UAECIA 
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Algas marinhas como bioestimulantes no crescimento inicial de espécies florestais 
da Caatinga 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jéssica Mayara Hipólito de Araújo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAÍBA 
FEVEREIRO DE 2017 
 
 
2 
 
JÉSSICA MAYARA HIPÓLITO DE ARAÚJO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Algas marinhas como bioestimulantes no crescimento inicial de espécies florestais 
da Caatinga 
 
 
 
 
 
 
 
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ciências Florestais da UFRN, 
como pré- requisito para obtenção do grau de 
mestre em Ciências Florestais. 
 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Cristiane Elizabeth Costa de Macedo 
 
 Coorientador: Prof. Dr. Sidney Carlos Praxedes 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAÍBA 
FEVEREIRO DE 2017 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial da Escola Agrícola Jundiaí - EAJ 
 
 Araújo, Jéssica Mayara Hipólito. 
 Algas marinhas como bioestimulantes no crescimento inicialde 
espécies florestais da Caatinga / Jéssica Mayara Hipólito de 
Araújo. - Macaíba, 2017. 
 47f.: il. 
 
 Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte. Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Florestais. 
Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais. 
 Orientador:Profa. Dra. Cristiane Elizabeth Costa de Macedo. 
 Coorientador: Prof. Dr. Sidney Carlos Praxedes. 
 
 
 1. Biofertilizante - Dissertação. 2. Caesalpinia ferrea - 
Dissertação. 3. Poincianella pyramidalis - Dissertação. I. 
Macedo, Cristiane Elizabeth Costa de. II. Praxedes, Sidney 
Carlos. III. Título. 
 
RN/UF/BSPRH CDU 632.951 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
5 
 
 
DEDICO 
 
Ao meu tio “galego” (in memoriam) por ter sido uma pessoa tão importante 
principalmente no início da minha vida acadêmica e com suas palavras de incentivos ter me dado 
à força que eu precisei até os dias atuais. As palavras que me falou em apenas um dia, me 
marcaram por anos e eu só queria agradecer por ter sido o porta-voz do que Deus queria me falar 
naquele dia. Seu gesto foi crucial para que eu tenha me tornado a pessoa que sou hoje. 
 
 
Saudades! 
V 
6 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Em primeiro lugar me ponho de joelhos para agradecer a Deus pela sabedoria, paciência e 
principalmente, por nunca me deixar faltar fé e força que eu precisava para seguir em frente e 
proporcionando sempre alcançar meus objetivos e realizar meus sonhos. 
À minha amada e estimada família Hipólito que são os responsáveis pela pessoa que sou 
hoje, contribuindo desde os meus princípios até toda a minha formação, sempre me apoiando e 
incentivando, em especial a Veraci (mãe), Vera (tia), Morgana e Rauan (irmãos), Darci (vó), 
gostaria que por um descuido Deus lhes fizessem eternos. 
Ao meu namorado Ricardo que teve uma enorme contribuição em várias etapas desse 
trabalho e se tornou uma pessoa que faz dos meus dias melhores. Obrigada por sempre me ouvir 
e dar os melhores conselhos, obrigada por ser tão paciente na fase em que não podia te dar tanta 
atenção. Por sempre me apoiar e se fazer presente em todos os momentos. 
 Aos professores, ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais que contribuíram 
com minha formação e a CAPES pelo apoio financeiro. 
Ao meu professor orientador Prof. Dr. Sc. Sidney Carlos Praxedes por todas as 
contribuições que me foram dadas nesse projeto. Aos membros da banca examinadora, Prof. Dr. 
Sc. Eduardo Luiz Voigt e Dr. Thiago Barros Galvão pelas contribuições e pela disponibilidade 
em estar presente nesse momento. 
 A todos os alunos que compõem o Laboratório de Biotecnologia Vegetal que me 
receberam muito bem e tanto me ajudaram na realização das análises: Ana Paula, Saniely, 
Willianne, Victor e em especial a Danilo por toda ajuda que me ofereceu indo além do 
laboratório, tendo uma participação maior na realização dessa pesquisa, muito obrigada a vocês. 
 A Guilherme de Pádua que foi um companheiro de laboratório, de sala de aula e ainda 
amigo ao longo do tempo. Aos colegas de curso Juliana, Mileny e João Antônio. 
 E a todos que por ventura possa ter esquecido e que de forma direta ou indiretamente 
foram importantes nessa caminhada. 
 
Muito obrigada! 
 
VI 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os sonhos são como uma bússola, indicando os caminhos que 
seguiremos e as metas que queremos alcançar. São eles que 
nos impulsionam, nos fortalecem e nos permitem crescer. 
 
Augusto Cury 
VII 
8 
 
 SUMÁRIO 
 
LISTA DE FIGURAS............................................................................................................. IX 
LISTA DE ABREVIATURA ................................................................................................. X 
RESUMO........................................................................................................................... 11 
ABSTRACT....................................................................................................................... 12 
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 13 
2 REFERENCIAL TEORICO............................................................................................. 15 
2.1 Bioma................................................................................................................................. 15 
2.2 Algas Marinhas................................................................................................................... 15 
2.3 Bioestimulantes.................................................................................................................. 16 
2.4 Espécies.............................................................................................................................. 17 
2.4.1 Catingueira (Poincianella pyramidalis (Tul.) L. P. Queiroz).......................................... 17 
2.4.2 Jucá (Caesalpinia ferrea Mart. ex (Tul.) Var.)............................................................... 18 
3 OBJETIVOS........................................................................................................................ 19 
3.1 Objetivo Geral.................................................................................................................... 19 
3.2 Objetivos específicos ......................................................................................................... 19 
4 MATERIAL E MÉTODOS................................................................................................ 20 
4.1Material vegetal, condições experimentais e obtenção dos tratamentos............................. 20 
4.2 Variáveis analisadas........................................................................................................... 23 
4.2.1 Crescimento das plantas ................................................................................................. 23 
4.2.2 Pigmentos fotossintéticos e amido ................................................................................. 24 
4.2.3 Taxa de crescimento ...................................................................................................... 25 
4.3 Delineamento experimental e estatísticas ......................................................................... 25 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................26 
5.1 Análises realizadas aos 60 dias após a semeadura............................................................. 26 
5.2 Análises realizadas aos 120 dias após a semeadura........................................................... 29 
5.2.1 Análises bioquímicas aos 120 dias após a semeadura..................................................... 34 
6. CONCLUSÕES.................................................................................................................. 39 
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 40 
 
 
VIII 
9 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Etapas do processo de produção do pó de algas, obtido das algas marinhas 
coletadas na praia de Rio do Fogo pela Associação das Maricultoras de Algas de 
Rio do Fogo- RN (Amar). Algas lavadas e limpas de impurezas em formas de 
fibras (a), espaço com estruturas feitas com telado e madeira para secagem 
suspensa (b), máquina usada para triturar e peneirar as algas (c) e o pó fino 
utilizado no preparo dos substratos para testes de crescimento das plantas (d). 
 
21 
Figura 2: Etapas do processo de composição e formação dos tratamentos, pesagem do pó 
de algas com auxilio de balança analítica (a), identificação dos sacos plásticos (b) 
e o início da germinação das sementes de catingueira e jucá (c). 
 
23 
Figura 3: Altura (cm), diâmetro do coleto (mm), número de folhas e taxa de crescimento 
absoluto (TCA; cm dia
-1 
) em plantas de jucá (círculo branco e linha tracejada) e 
catingueira (círculo fechado e linha contínua) em função de diferentes doses do 
pó de algas, aos 60 dias após a semeadura. 
 
27 
Figura 4: Massa seca das folhas (a), massa seca da raiz (b), massa seca do caule (c) e massa 
seca total (d) da planta Jucá (g) aos 120 dias após a semeadura submetida a 
diferentes dosagens de pó de algas marinhas. 
 
30 
Figura 5: Altura da parte aérea (a), altura total (b), número de folhas (c) e diâmetro do 
coleto (d) da planta Jucá, aos 120 dias após a semeadura. 
 
33 
Figura 6: Concentrações de clorofila a (a), clorofila b (b), carotenóides (c) e teores de 
amido (d) de jucá (círculo branco e linha tracejada) e catingueira (círculo fechado 
e linha contínua), obtidos por métodos espectrofotométricos aos 120 dias após a 
semeadura. 
35 
 
IX 
10 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
 
DAS - dias após a semeadura 
DAD – dias após o debaste 
PA - pó de algas marinhas 
TCA - taxa de crescimento absoluto 
NUPEÁRIDO - Núcleo de Pesquisa para o Desenvolvimento do Trópico Semiárido 
CSTR - Centro de Saúde e Tecnologia Rural 
UFCG - Universidade Federal de Campina Grande 
Amar - Associação das Maricultoras de Algas de Rio do Fogo-RN 
AM- Amido 
DAE – Dias após a embebição 
CTC – Capacidade de trocas Catiônicas 
X 
11 
 
RESUMO 
 
Vários estudos têm demonstrado os efeitos benéficos da aplicação de extratos de algas nas 
plantas, tais como a melhoria na germinação e no estabelecimento das plantas. Apesar de alguns 
exemplos de aproveitamento comercial, a quase totalidade dessa biomassa não é aproveitada pela 
população. Tendo em conta seu alto valor nutritivo, existe um grande potencial para seu maior 
aproveitamento comercial. Diante disso, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento de 
tecnologias de aproveitamento de algas na produção de mudas para reflorestamento e exploração 
sustentável, analisaram-se os efeitos de algas coletadas no litoral do RN no crescimento inicial de 
espécies nativas da Caatinga. Foram testadas diferentes concentrações (0, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 
g kg
-1
) de pó de algas (PA) marinhas com um substrato preparado contendo argila, esterco bovino 
e areia. Houve inicialmente efeito negativo do PA no crescimento em ambas as espécies, 
provavelmente por uma influência negativa na velocidade de germinação. No entanto, o estímulo 
na taxa de crescimento absoluto em doses mais altas para catingueira e intermediárias para jucá 
aos 60 dias após semeadura (DAS) indicam efeito benéfico do PA. Aos 120 DAS verificamos um 
estímulo no aumento de biomassa das raízes e diâmetro do coleto em jucá com relação ao 
aumento das doses de PA. Nesta espécie verificou-se também estímulo no aumento da 
concentração de clorofilas a, b e carotenoides. O aumento na concentração de pigmentos em 
relação às doses de PA também se verificou em catingueira. Desta forma, não recomendamos a 
utilização do PA para produção de mudas a partir da germinação das sementes, no entanto, os 
resultados apresentados neste trabalho a longo prazo indicam influência positiva do o pó de algas 
marinhas no crescimento inicial das duas espécies endêmicas da Caatinga quando aplicado em 
composição do substrato. 
 
Palavras-chave: Biofertilizante; Caesalpinia ferrea; Poincianella pyramidalis. 
 
 
 
 
 
 
12 
 
ABSTRACT 
 
Several studies have demonstrated the beneficial effects of applying algae extracts to plants, such 
as improved germination and plant establishment. Despite some examples of commercial use, 
almost all of the algae biomass is not used by the population. Considering its high nutritional 
value, there is great potential for the commercial use of algae as substrate. Therefore, in order to 
contribute to the development of technologies for use of algae in the production of seedlings for 
reforestation and sustainable exploitation, we analyzed the effects of algae collected on the coast 
of the RN on the growth of Caatinga endemic species. Different concentrations (0, 15, 20, 25, 30, 
35 and 40 g kg
-1
) of seaweed powder (SP) were tested with a prepared substrate containing clay, 
bovine manure and sand. Initialy there was a negative effect of the SP on the growth of both 
species, probably because a negative effect on the germination speed. However, the stimulation 
in the absolute growth rate in higher doses for catingueira and intermediates for jucá at 60 days 
after sowing (DAS) indicates a benefical effect of the SP. At 120 DAS we verified a stimulus in 
the increase of biomass of the roots and stem diameter in jucá in relation to the increase of SP 
doses. In this species there was also an increase in the concentration of chlorophylls a, b and 
carotenoids. The increase in the concentration of pigments in relation to the SP doses also 
occurred in catingueira. Therefore, we do not recommend the germination of seeds in a substrate 
containing SP for seedlings production, however, the results presented in this work in long term 
indicates that the seaweed powder positively influences the initial growth of seedlings of the two 
endemic Caatinga species when applied in the substrate composition. 
 
Key words: Biofertilizer; Caesalpinia ferrea.; Poincianella pyramidalis 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Algas marinhas são seres que podem ser classificados nos Reinos Monera, Protista e 
Plantae. São unicelulares em sua maioria, podendo ser autótrofos ou heterótrofos. Alguns 
possuem carotenóides e clorofilas facilitando assim a fotossíntese, se desenvolvem em lugares 
exclusivamente aquáticos ou úmidos, com disponibilidade de luz, em água salgada ou doce, onde 
são capazes de absorver do meio os nutrientes necessários para seu desenvolvimento (VIDOTTI e 
ROLLEMBERG, 2004). 
O Brasil é considerado um país rico em diversidade de macroalgas marinhas, que se 
distribuem em toda costa, sendo que no Nordeste a maior diversidade e abundância ocorrem em 
áreas de substrato rochoso e águas mais transparentes (MEDEIROS et al., 2010). Em algumas 
épocas do ano, o acúmulo de algas nas areias é intenso, deixando as praias pouco atrativas para o 
turismo. No entanto, apesar de alguns exemplos de aproveitamento comercial, a quase totalidade 
dessa biomassa não é aproveitada pela população. Tendo em conta seu alto valor nutritivo, existe 
grande potencial para seu maior aproveitamento comercial. 
No Nordestebrasileiro, encontra-se o bioma Caatinga que é uma das florestas secas mais 
ricas do mundo em diversidade de espécies (HOLZMAN, 2008), no entanto, é o ecossistema 
brasileiro menos estudado e proporcionalmente, o menos protegido (LEAL et al., 2007). A 
Caatinga está localizada exclusivamente no Brasil, na região de clima semiárido, possuindo uma 
população numerosa que muitas vezes depende exclusivamente dos seus recursos florestais para a 
sobrevivência, diversas espécies têm importância para a economia desse bioma com utilização 
em produção de madeira, energia, alimentação animal e humana, medicina popular e, devido à 
elevada concentração de lignina em algumas, possuem potencial para a produção de 
biocombustíveis (MAIA, 2004). A quase totalidade do bioma, de alguma forma, já foi explorada 
para plantio de lavouras, retirada de estacas e criação de animais. Por ser um bioma com baixa 
precipitação pluviométrica, algumas áreas apresentam riscos de desertificação e se torna urgente 
o desenvolvimento de programas de reflorestamento. 
Uma das famílias com maior grau de importância, em relação a número de espécies, 
existentes na Caatinga é a Leguminosae que possui cerca de 290 espécies distribuídas entre três 
subfamílias: Faboideae, Caesalpinioideae e Mimosoideae (LEITE et al., 2009). Entre essas se 
encontra a catingueira (Poincianella pyramidalis Tul) de porte arbóreo, endêmica e bastante 
14 
 
distribuída na Caatinga, se desenvolve naturalmente em ambientes úmidos como também com 
escassez de água (ZANINE et al., 2005). De acordo com Dantas et al. (2009) quanto aos 
elementos químicos, essa espécie apresenta um melhor desenvolvimento na presença de Ca, Mg e 
P, sendo o pH ideal entre 6,0 e 7,0. 
Conhecida também como jucá ou pau ferro, a Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. Var. é 
uma espécie lenhosa com altura variando de 10 a 15 m e um tronco com 40 a 60 cm de diâmetro, 
podendo apresentar bifurcação em alguns indivíduos, casca com coloração acinzentada. Segundo 
Lenhard et al. (2010) essa espécie é muito utilizada na arborização urbana e suas cascas, 
sementes e frutos usados principalmente de forma medicinal. 
O incremento e estabelecimento homogêneo de plântulas além de reduzir cuidados e 
gastos na produção de mudas também promovem povoamentos pouco variáveis quando 
instalados em campo, local onde a planta será submetida a diversas condições do meio 
(PACHECO et al., 2006). Existe uma carência de informações disponíveis sobre o crescimento 
inicial de espécies lenhosas do bioma, que possuam potencial para reflorestamento. Estas 
respostas são de fundamental importância para o sucesso de projetos de recuperação de áreas 
degradadas, favorecendo assim, a produtividade e equilibro não só da área recuperada como 
também das áreas adjacentes. 
Vários estudos têm demonstrado efeitos benéficos da aplicação de extratos de algas nas 
plantas, como melhorias na germinação e no estabelecimento, no desempenho, na produtividade 
vegetal e na resistência a estresses bióticos e abióticos. São também consideradas grandes fontes 
de matéria orgânicas quando empregados no solo, interferem na fisiologia, respiração, 
fotossíntese e absorção de íons pelas plantas (KHAN et al., 2009; RAYORATH et al., 2008; 
CRAIGIE, 2011; JAYRAMAN et al., 2011; KUMAR e SAHOO, 2011). 
 
 
15 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 Bioma 
 
 A palavra Caatinga originada do Tupi-Guarani significa floresta branca, devido ao aspecto 
caracterizado nas épocas de estiagem, onde a vegetação expressa a característica caducifólia 
(ALBUQUERQUE e BANDEIRA, 1995). Na Caatinga a temperatura geralmente é em torno de 
24 e 26 ºC, pluviosidade entre 500 a 700 mm anuais, ventos fortes e secos, colaborando para a 
paisagem árida principalmente nos meses mais secos do ano, devido a essas características é 
considerada com o clima de deserto (SAMPAIO et al., 2010). 
De acordo com Rizini (1997) a Caatinga é uma vegetação complexa que apresenta 
espécies lenhosas, herbáceas e caducifólias distribuídas nos portes arbóreos, arbustivos, 
cactáceas, bromeliáceas e erva, com frequente presença de espinhos ou acúleos. Essa diversidade 
de plantas regionais possui grande potencial madeireiro, medicinal, forrageiro e para produção de 
frutos. 
A substituição das espécies nativas por cultivos e pastagens está configurando ou 
alterando os ecossistemas do bioma Caatinga para um nível elevado de degradação, além das 
práticas de queimadas, aliadas ao desmatamento, que são utilizadas para o preparo de área da 
agropecuária e destroem a cobertura de vegetação alterando a qualidade da água, do solo, do 
clima e a manutenção da fauna e flora locais (AZEVÊDO et al., 2012, AVILA, 2010). 
 
2.2 Algas Marinhas 
 O Brasil possui uma zona costeira bastante extensa, essas áreas são responsáveis pela 
geração de empregos, fontes de energia e alimentos, elas apresentam uma diversidade de habitats, 
(MEIRELES, 2006). Entre esses ecossistemas encontra-se o banco de algas marinhas que se 
destacam pela riqueza genética, além de funcionar como importante habitat para a fauna, seu uso 
para a pesca e pelo sua potencialidade biotecnológica, mineral e energética. Esse potencial não 
vem sendo devidamente utilizado, uma vez que, seu equilíbrio encontra-se ameaçado pelas 
atividades antrópicas e pelo uso indevido desse patrimônio socioambiental (OLIVEIRA e 
MIRANDA, 1998). 
 Existem três filos principais para a classificação das macroalgas, filo Phaeophyta 
16 
 
(pardas), filo Clorophyta (verdes) e filo Rodophyta (vermelhas) (VAN DER HOECK et al., 1995; 
RAVEN et al., 2007), essa última predominantemente marinha e mais frequente em águas 
tropicais e quentes, porém é possível de serem encontradas também em águas frias. De acordo 
com Raven et al. (2007) a ausência da coloração verde é devido a um pigmento acessório peculiar 
a esse filo e localizado no cloroplasto chamado ficoeritrina. Estudos com aplicação da biomassa 
dessas algas em plantas indicam que elas agem na divisão celular e síntese de proteínas, mantem 
a integridade da membrana e estimulam as estruturas de defesa das culturas contra pragas e 
doenças (SAPEC AGRO, 2009). 
 Os estudos voltados para espécies arbóreas são bastante escassos, a maioria das pesquisas 
realizadas com extratos a base de algas marinhas no crescimento das plantas são com espécies de 
interesse agronômico, sendo os principais resultados obtidos com espécies frutíferas como, por 
exemplo, o mamão (GUIMARES et al., 2012; HAFLE et al., 2009; TEIXEIRA et al., 2009), 
maracujá (OLIVEIRA et al., 2011), maçã (SPINELLI et al., 2009) e café (FERNANDES e 
SILVA, 2011) em hortaliças como couve-folha (SILVA et al., 2012) e em menores proporções 
nas espécies arbóreas como moringa (VILA NOVA et al., 2014). 
 
2.3 Bioestimulantes 
 
Os bioestimulantes são a mistura de duas ou mais substâncias naturais ou sintéticas usadas 
em baixas concentrações, isoladas ou não que podem ser aplicadas em sementes, plantas e solos 
provocando ou proporcionando alterações nos sistemas morfológicos, fisiológicos em processos 
vitais e estruturais por ação semelhantes a hormônios vegetais que visam aumentar a 
produtividade e a qualidade do vegetal (CASTRO e VIEIRA, 2001; AVILA et al., 2008). Seu uso 
é decorrente da ciclagem dos resíduos orgânicos, onde o principal objetivo é o reaproveitamento 
de forma alternativa para a composição de substratos para serem utilizados na produção de mudas 
e precisam ser economicamente viáveis (FERNANDES e TESTEZLAF, 2002). Em sua 
composição é necessário à presença macro e micronutrientes, para que possam ser absorvidos e 
assimilados pelas plantas, e ainda apresentarem pH entre 7,0 e 8,0 (SANTOS, 1992). 
 No processo de formação dos biofertilizantes ocorre a decomposição da matéria orgânica 
pelos microrganismos (TIMM et al., 2004; SANTOS, 1992). O uso dos biofertilizantes 
proporciona melhores características físicas, químicase biológicas no solo ou substrato utilizados 
17 
 
para a produção de mudas, além de auxiliar no controle de pragas e doenças (DIAS et. al., 2002; 
ALFONSO e LEIVA, 2002; DAROLT, 2002). 
 A absorção dos bioestimulantes pelas plantas também sofre influencia do método de 
aplicação, podendo ser utilizados na forma de pulverização foliar, irrigação, tratamentos de 
sementes ou no substrato e ainda ser combinado em duas ou mais formas de uso (MACKINNON 
et al., 2010; THIRUMARAN et al., 2009), onde o maior aproveitamento acontece quando 
aplicados em sementes ou na fase inicial de desenvolvimento da cultura, pois assim, promovem 
maior desenvolvimento radicular garantindo melhor resistência a estresses bióticos e biológicos 
(DOURADO NETO et al., 2014), também originam indivíduos mais vigorosos, com maiores 
massa seca, comprimento da parte aérea e emergência (SANTOS e VIEIRA, 2005). Essas 
respostas também sofrem influencia em relação a quantidade das dosagens, a frequência, o 
método, a época de aplicação, a espécie da planta, localização geográfica e estação de ano 
(MASNY; BASAK; ZURAWICZ, 2004; CRAIGIE, 2011). 
 
2.4 Espécies 
 
2.4.1 Catingueira (Poincianella pyramidalis (Tul.) L. P. Queiroz) 
 
A Poincianella pyramidalis (Tul.) é uma espécie endêmica da Caatinga conhecida 
popularmente como catingueira, catinga de porco e pau de porco, recebeu esses nomes por 
possuir odores característicos em suas folhas após o amadurecimento. As folhas quando jovens 
podem ser utilizadas para alimentação do gado, uma vez que, apresentam sabor palatável e 
quando maduras precisam ser fenadas (QUEIROZ, 2009; MAIA, 2012; LORENZI, 2009; 
BRAGA, 1976). P. pyramidalis ocorre nos Estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia 
(GIULIETTI et al., 2004, PRADO, 2003). Apresenta porte médio com quatro a seis metros de 
altura, caule com casca lisa, acinzentada, presença de lenticelas e pequenas circunferências 
geralmente de 30 a 40 cm (LORENZI, 2009; QUEIROZ, 2009; MAIA, 2012). As folhas da 
catingueira apresentam coloração amarela e na parte inferior, estômatos bem distribuídos 
(ARAÚJO et al., 2008). 
Essa espécie apresenta rusticidade que lhe confere um alto valor econômico tendo entre 
seus principais usos o reflorestamento, forrageiro e medicinal (HARDESTY et al., 1988). De 
18 
 
acordo com Nishizawa et al. (2005), a madeira da catingueira pode ser utilizada para lenha, 
carvão e estacas. 
Existem na literatura vários estudos desenvolvidos com a catingueira sobre quebra de 
dormência (ALVES et al., 2007), mecanismos fisiológicos (ARAUJO et al., 2008), biologia 
reprodutiva, polinização e sistema reprodutivo (LEITE & MACHADO, 2009) relações hídricas 
(DOMBROSKI et al., 2011), resistência estomática (SILVA et al., 2004) influência da 
precipitação de densidade e na dominância populacional (ANDRADE et al., 2009), quando 
utilizadas em áreas degradadas, apresenta uma sobrevivência de até 91% (FIGUEIREDO et al., 
2012). 
 
 2.4.2 Jucá (Caesalpinia ferrea Mart. ex (Tul.) Var.) 
 
 O jucá (Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. Var.) é uma espécie de porte arbóreo de copa 
arredondada, altura entre 10 a 15 m e caule de 40 a 60 cm de diâmetro, apresenta características 
que lhe conferem seu uso como lenha e madeira para a construção civil, forragem, recuperação de 
áreas degradadas, além das propriedades medicinais: antifúngica, antibacteriana e cicatrizante 
(LORENZI e MATOS, 2008; XIMENES, 2004; OLIVEIRA et al., 2010), indicada também para 
arborização urbana em praças, parques e vias públicas (MACHADO et al., 2006). 
Estudos realizados por Cavalheiro et al. (2009) mostram que o extrato de sementes do 
jucá possui propriedades farmacológicas/industriais como a presença de substâncias hemolíticas, 
anticoagulantes e larvicida contra Aeades aegypti. Além disso, é uma espécie que apresenta 
intolerância a salinidade (FREITAS et al., 2010) e uma sobrevivência na instalação de projetos de 
recuperação de áreas degradadas com baixa precipitação de até 51,2 % de acordo com Lima 
(2015). 
 
19 
 
3 OBJETIVOS 
 
3.1 Objetivo geral 
 
 Avaliar o crescimento inicial de mudas de espécies da caatinga em substratos preparados 
com diferentes proporções do pó de alga marinha. 
 
 
3.2 Objetivos específicos 
 
 Auxiliar no desenvolvimento de tecnologias para o aproveitamento da biomassa de 
macroalgas encontradas normalmente nas praias do estado do Rio Grande do Norte e o 
desenvolvimento de técnicas de produção de mudas de árvores nativas. 
 Analisar o efeito do pó de algas marinhas coletadas no litoral do Rio Grande do Norte no 
crescimento inicial de mudas de jucá e catingueira. 
 
 
 
20 
 
4 MATERIAL E MÉTODOS 
 
4.1 Material vegetal, condições experimentais e obtenção dos tratamentos 
 
As espécies endêmicas da Caatinga estudadas nesse trabalho foram à catingueira e o jucá. 
As sementes foram coletadas de diferentes matrizes no Núcleo de Pesquisa para o 
Desenvolvimento do Trópico Semiárido (NUPEÁRIDO), uma Fazenda Experimental pertencente 
ao Centro de Saúde e Tecnologia Rural (CSTR) da Universidade Federal de Campina Grande 
(UFCG) localizada em Patos-PB, na mesorregião do Sertão paraibano, nos meses de julho e 
agosto de 2015. As sementes foram armazenadas em câmara fria no laboratório de análise e 
pesquisa em sementes da mesma instituição. O esterco bovino, argila e areia que foram utilizados 
na proporção de 1:1:1 no preparo do substrato, foram fornecidos pela Escola Agrícola de Jundiaí, 
local onde se deu o desenvolvimento do trabalho. 
O pó de algas marinhas utilizado para os testes de crescimento das plantas foi obtido na 
Associação das Maricultoras de Algas de Rio do Fogo-RN (Amar), onde o material é coletado na 
praia de Rio do Fogo, lavado várias vezes em água corrente, até que seja retirada qualquer 
impureza ou partículas provenientes do ambiente marinho (a) e seco ao sol (b). Esse processo de 
secagem é feito em bancadas suspensas do chão e demora em torno de 72 horas, ou enquanto 
houver umidade, até que a biomassa esteja totalmente seca para ser triturada e peneirada em uma 
máquina de processamento semelhante a uma forrageira (c), obtendo-se como resultado desse 
processo um pó fino (d) (Figura 1). Este pó é aplicado em diferentes dosagens aos tratamentos 
para verificar a influência dessas algas no desenvolvimento das espécies estudadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
Figura 1: Etapas do processo de produção do pó de algas, obtido das algas marinhas coletadas na 
praia de Rio do Fogo pela Associação das Maricultoras de Algas de Rio do Fogo- RN (Amar). 
Algas lavadas e limpas de impurezas em formas de fibras (a), espaço com estruturas feitas com 
telado e madeira para secagem suspensa (b), máquina usada para triturar e peneirar as algas (c) e 
o pó fino utilizado no preparo dos substratos para testes de crescimento das plantas (d). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(b) 
(d) 
(a) 
(c) 
22 
 
O PA foi submetido à análise de fertilidade que foram realizadas no laboratório de 
análises de solo, água e planta da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte 
S/A – EMPARN (Tabela 1). 
 
Tabela 1 – Análise química de Macronutrientes e Proteína bruta do pó de algas marinhas 
utilizado na composição dos tratamentos para teste de crescimentos de plantas. 
Substrato N P K Ca Mg Na Proteína bruta 
 
PA 
 g kg 
-1 % 
11,77 0,62 12,42 6,95 2,73 6,73 7,35 
 
Para a obtenção dos tratamentos, pesou-se a quantidade de pó de algas (PA) e substrato a 
serem adicionados em uma balança analítica. Foi realizada semeadura direta, com duas sementes 
em cada saco de polietileno de 10 cm de diâmetro e 85 cm de profundidade, devidamente 
identificados e contendo a mistura composta pelo solo, esterco, areia e o pó de algas marinhas 
(Figura 2). Todos os tratamentos foram irrigados diariamenteao final da tarde. Os tratamentos 
foram definidos em 0, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 g kg
-1
 do pó de algas por kg da mistura de solo. 
Cada tratamento apresentava 25 repetições e foram formulados com base em um experimento 
prévio onde a quantidade máxima utilizada no estudo foi 20 g kg
-1 
do pó de algas. Diante dos 
resultados obtidos no estudo prévio foi possível observar que a quantidade utilizada foi muito 
pequena para analisar a influência das algas nas espécies estudadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
Figura 2: Etapas do processo de composição e formação dos tratamentos, pesagem do pó de 
algas com auxilio de balança analítica (a), identificação dos sacos plásticos (b) e o início da 
germinação das sementes de catingueira e jucá (c). 
 
 
 
 
4.2 Variáveis analisadas 
 
4.2.1 Crescimento das plantas 
 
O desbaste ocorreu 30 dias após a semeadura (DAS) selecionando a plântula visualmente 
mais vigorosa e deixando apenas uma por recipiente. A partir do desbaste, deu-se início a 
medição semanal da altura (cm) iniciando do coleto até a gema apical, diâmetro do coleto (mm) e 
número de folhas, encerrando-se aos 60 DAS, realizadas através do uso de régua graduada (cm) e 
paquímetro digital (mm). Em seguida, foi realizado o transplantio para sacos maiores, afim de 
não prejudicar o crescimento radicular, de forma que os tratamentos continuaram com as mesmas 
proporções de substrato. 
(a) 
(b) 
(c) 
24 
 
Aos 120 DAS, iniciou-se avalições de altura da parte aérea, número de folhas, diâmetro 
do coleto, altura total, área foliar e a biomassa seca das folhas, raízes e caule. Como as análises 
são destrutivas, foram sorteados cinco indivíduos por tratamento. Para essas análises, foram 
utilizadas régua graduada (cm) para as medições de altura (medindo sempre do coleto até a gema 
apical, no caso de altura da parte aérea, e do final da maior raiz até a gema apical, no caso de 
altura total), paquímetro digital (mm) para medir diâmetro do coleto. Para a biomassa seca das 
plantas, foi utilizada estufa a 70 ºC por 72 horas ou até que as partes atingissem massa constante 
e, em seguida, o material foi submetido à pesagem, para a determinação da massa seca. 
 
4.2.2 Pigmentos fotossintéticos e amido 
 
Foram selecionadas, por sorteio, cinco plântulas por tratamento, retirando de cada 
individuo folhas em posições intermediárias para a determinação da concentração de pigmentos 
fotossintéticos. Após a pesagem dos folíolos, 200 mg de massa fresca foram maceradas em 15 
mL de acetona a 80% (v/v), em almofariz. Em seguida as amostras foram centrifugadas (10.000 
xg) e no sobrenadante foram realizadas leituras em espectrofotômetro nas absorbâncias 663, 645 
e 450 nm. Todo o procedimento de preparo das amostras realizado em sala com luz difusa, 
seguindo recomendações de Šesták (1971). Para a determinação da concentração de clorofilas 
(clf) a e b, em mg L
-1
, foi utilizadas as seguintes fórmulas, baseadas nos coeficientes de absorção 
específicos descritos por Arnon (1949) e corrigidos por Starnes e Hadley (1965): clf a = 
12,72A663 – 2,58A645; clf b = 22,87A645 – 4,67A663; clf (a + b) = 8,05A663 + 20,29A645. A 
concentração de carotenóides totais (car), em mg L
-1
, foi determinada pela equação estabelecida 
por Jaspars (1965): car = 4,07A450 – 0,0435clf a – 0,367clf b. 
A mesma metodologia utilizada para selecionar os indivíduos para a determinação dos 
pigmentos fotossintéticos foi também empregada para a quantificação do amido de ambas as 
espécies. As plântulas foram selecionadas ao acaso e as folhas foram retiradas de posições 
intermediárias para compor 200 mg de massa fresca. Todo o processo de quantificação realizado 
a 4 ºC. 
As amostras para a quantificação do amido foram maceradas com 1,5 mL de ácido 
perclórico 30% (v/v), centrifugadas (10.000 xg), os sobrenadantes foram coletados. Em seguida 
foi acrescido 1,0 mL do ácido perclórico 30% (v/v) ao precipitado para nova centrifugação e 
25 
 
coleta dos sobrenadantes. Este segundo procedimento se repetiu por duas vezes. O volume final 
de cada amostra foi de 3,5 mL, que foram então quantificadas pelo método da antrona (MORRIS, 
1948; YEMM e WILLIS, 1954). A leitura em espectrofotômetro foi feita 620 nm, os valores 
obtidos foram multiplicados por 0,9 para converter o equivalente de glicose em amido e os 
resultados foram expressos em mg de amido parte-1 (McCREADY et al., 1950). 
 
4.2.3 Taxa de crescimento 
 
De posse dos dados iniciais e finais de altura das plantas, foi calculada a taxa de 
crescimento absoluto (TCA) aos 60 de acordo com fórmula proposta por Benincasa (2003) para 
que seja analisada a velocidade média de crescimento ao longo do período de observação. 
 
TCA = (altura final – altura inicial) /tempo (cm dia
-1
) 
 
4.3 Delineamento experimental e estatísticas 
 
O experimento foi desenvolvido em delineamento inteiramente casualizado com sete 
tratamentos e vinte e três repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância e foram 
realizadas análises de regressão polinomial quadrática para explicar o efeito dos tratamentos. 
Todas as análises foram realizadas com o software R (Development Core Team, 2016) versão 
3.2.2. 
26 
 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
5.1 Análises realizadas aos 60 dias após a semeadura 
 
Na catingueira, aos 60 DAS, verificamos efeito negativo do PA na altura das plantas, 
diâmetro do coleto e número de folhas, até a maior dose testada (Figura 3). Este efeito inesperado 
provavelmente foi provocado pelo retardo na germinação em função das doses de PA. No 
entanto, avaliando-se a TCA, observamos um efeito crescente em função das doses do PA, ou 
seja, quanto maior a quantidade de algas fornecida ao substrato, mais rápida a taxa de 
crescimento das plantas. Como esta variável não é afetada pela germinação das sementes, 
podemos constatar o efeito benéfico das algas no crescimento inicial da catingueira a um nível de 
5% de significância, porém novas análises devem ser feitas, de preferência com sementes 
germinadas na ausência de PA para confirmar se este efeito positivo se mantém. Em trabalhos 
realizados por Thirumaran et al., (2009) analisando plântulas de Cyamopsis tetrogonoloba e 
Carvalho (2013) avaliando desenvolvimento e produtividade de soja, observa-se que houve 
diminuição na altura da parte aérea em tratamentos onde as sementes foram submetidas a altas 
concentrações de solução das algas pardas Rosenvingea intricata e A. nodosum respectivamente. 
Este efeito deve ter ocorrido também em nosso trabalho. 
Com relação ao jucá, observa-se um pequeno estímulo inicial do PA na altura, diâmetro 
do coleto e número de folhas, no entanto, nas maiores doses de PA ocorre inibição nessas 
variáveis (Figura 3). A TCA teve comportamento semelhante, porém mais marcante, onde 
podemos observar o maior estímulo na taxa de crescimento das plantas nas doses intermediárias 
testadas. Pode ser que nesta espécie tenha ocorrido também um efeito inibitório do PA na 
germinação das sementes, já que com relação ao controle o estímulo da TCA foi maior que nas 
outras variáveis analisadas. 
 
27 
 
Figura 3: Altura (cm), diâmetro do coleto (mm), número de folhas e taxa de crescimento absoluto 
(TCA; cm dia
-1 
) em plantas de jucá (círculo branco e linha tracejada) e catingueira (círculo fechado e 
linha contínua) em função de diferentes doses do pó de algas, aos 60 dias após a semeadura. 
 
 
 
Vila Nova et al., (2014) analisou a utilização de diferentes substratos formulados com 
presença e/ou ausências de algas como alternativa para adubação em cultivo de Moringa oleifera 
Lam. Quando avaliou o parâmetro altura, deparou-se com valores superiores para a combinação 
28 
 
de terra preta com algas e esterco, que não se diferenciaram estatisticamente da testemunha, que 
continha apenas terra preta. Isso mostra que, em concordância com os resultados da TCA neste 
trabalho, podese fazer uso de algas marinhas em produções dessa espécie florestal. 
Carvalho (2013) avaliando os efeitos do extrato de Ascophyllum nodosum sobre o 
desenvolvimento e produção de cultivos aos 72 DAS em milho, encontrou os maiores valores, 
porém estatisticamente iguais entre a testemunha e os demais tratamentos. O autor também 
observou que os tratamentos que apresentaram menores médias foram aqueles compostos pelas 
maiores concentrações do extrato da alga. Sabe-se que a aplicação de extratos de algas marinhas 
causa efeitos benéficos no estabelecimento de plantas, por possuir elevados teores de elementos 
essenciais como P e N (CRAIGIE, 2011, YOKOYAMA e GUIMARÃES, 1975) além de 
hormônios como auxinas (MOONEY e VAN STADEN, 1986) e aumentar a expressão gênica 
responsável pela produção de auxinas e citocininas, porém altos teores de aplicação podem 
funcionar de forma inibidora. 
Concomitante aos valores encontrados em nosso trabalho tanto para a catingueira como 
para o jucá, foram os encontrados também por Silva et al., (2012) e Oliveira et al., (2011) 
avaliando o desenvolvimento inicial de mudas de couve-flor em função das concentrações de 
uma espécie de alga marinha e o uso de extrato de algas na produção de mudas de maracujazeiro-
amarelo, onde as maiores concentrações estudadas causaram redução no desenvolvimento das 
plantas em relação à testemunha. De acordo com esses autores, esse fato pode ser explicado de 
forma que uma pequena concentração de compostos a base de algas marinhas pode ser suficiente 
para a quantidade de citocininas necessária para o incremento de divisão celular que ocorre 
durante o processo de crescimento da planta. No entanto, como neste trabalho foi utilizado o pó 
de algas e não o extrato, é mais provável que o estímulo na TCA tenha sido provocado pelos 
nutrientes minerais, que estão em alta concentração no PA testado (Tabela 1). 
Em relação ao diâmetro do coleto, os resultados encontrados nesse trabalho não se 
assemelham aos poucos trabalhos encontrados na literatura em que muitos autores não fazem uso 
dessa variável como forma de analisar a qualidade da muda produzida (SILVA et al., 2012). 
Estes autores, avaliando o desenvolvimento inicial de mudas de couve-folha em função da 
dosagem de extrato de alga, não obtiveram resultados significativos estatisticamente. Isto pode 
ser mais um indicativo do efeito negativo do PA na germinação de ambas as espécies e 
consequentemente no diâmetro do coleto aos 60 DAS. 
29 
 
Oliveira et al., (2011), em mudas de maracujazeiro-amarelo, verificaram um aumento da 
produção de folhas de acordo com o aumento das doses de A. nodosum (Acadian
®
) até atingir o 
máximo (3,7). A partir desse ponto, houve uma queda, esse aumento no número de folhas 
mediante o aumento da dosagem de algas pode ocorrer pelas citocininas presentes nas algas, que 
têm efeito positivo nesta variável. 
Segundo Guimaraes et al., (2012) em seu trabalho de análise do efeito de uso do extrato 
de algas no desenvolvimento de mudas de mamão, o máximo de aumento no número de folhas 
(5,22) ocorre até um determinado ponto de concentração de algas e a partir desse inicia-se um 
decréscimo. Por sua vez, Silva et al. (2012) percebeu um aumento linear crescente até a dosagem 
de 6,00 ml L
-1 
com 6,39 folhas/plantas, o que representa um aumento de 1,89% em cada mL 
utilizado, sem que haja decréscimo entre os estudados para analisar o desenvolvimento inicial de 
mudas de couve-folha em função do extrato de A. nodosum. Infelizmente em nosso trabalho o 
efeito negativo do PA na germinação deve ter afetado o crescimento inicial e consequentemente a 
produção de folhas, dificultando a comparação com outros trabalhos. 
 
5.2 Análises realizadas aos 120 dias após a semeadura 
 
Aos 120 DAS, não foi possível fazer as análises de crescimento para a catingueira pelo 
fato dessa espécie ter sido atacada por formigas, destruindo assim toda a estrutura das plantas. 
Em relação à biomassa seca do jucá (Figura 4) nota-se pouco efeito, principalmente em folhas. O 
efeito mais marcante, apesar de pequeno e não significativo estatisticamente, foi o estímulo na 
massa seca das raízes e consequentemente na massa seca total nas maiores doses de PA testadas. 
Em trabalhos futuros será importante confirmar este efeito e verificar se pode estar ocorrendo 
estímulo ao crescimento das raízes ou se as plantas estão sofrendo algum estresse na presença do 
PA, uma vez que muitos estresses bióticos e abióticos podem estimular o crescimento de raízes 
(TAIZ e ZEIGER, 2002). 
 
30 
 
Figura 4: Massa seca das folhas (a), massa seca da raiz (b), massa seca do caule (c) e massa seca 
total (d) da planta Jucá (g) aos 120 dias após a semeadura submetida a diferentes dosagens de pó 
de algas marinhas. 
 
 
Carvalho (2013), avaliando germinação e o vigor de sementes de feijão sob efeito de 
extrato de A. nodosum e Sivasankari et al. (2006) avaliando sementes de Vigna sinensis tratadas 
com o extrato da alga marrom Sargassum wightii, também não encontraram resultados 
significativos para a massa seca de plântulas, como observado neste trabalho. No entanto, outras 
pesquisas demonstram haver efeito positivo das algas na massa seca das plantas. Carvalho (2013) 
testou o tratamento de sementes e um método de irrigação de trigo com o extrato de A. nodosum e 
31 
 
observou que apenas no método de irrigação, o extrato provocou aumento significativo na massa 
seca da parte (22,22%) e na altura da parte aérea (11,76%) indicando que além do extrato, o 
método de uso também pode ter reações diferentes para uma mesma espécie. 
Resultados semelhantes em que a massa seca das partes aéreas sofrem efeitos de 
compostos a base de algas marinhas foi encontrada por Kumar e Sahoo, (2011) com trigo, milho 
(MATYSIAK; KACZMAREK; KRAWCZYK, 2011) e com Arabidopsis thaliana por 
(RAYORATH et al., 2008). 
Em relação à massa seca total Guimaraes et al., (2012) avaliando o efeito de extrato de 
algas (Raiza
®
) em mudas de mamão, constatou que até a ultima e maior dose testada (2,0 mL) 
houve um aumento linear dessa biomassa (76,8 em relação a testemunha) e ainda segundo o autor 
isso deve-se ao fato de que o extrato de A. nodosum estimula processos como a absorção e a 
fotossíntese. Oposto a isso foram os resultados encontrados por Silva et al., (2012) onde obteve 
resposta decrescente à medida em que aumentava as doses do extrato a base de algas marinhas 
nas mudas de couve folha. 
De acordo com Losi (2010) em avaliações de diferentes doses de extrato de A. nodosum 
(EAN) no enraizamento de microestacas de eucalipto, verificou um aumento na biomassa seca da 
raiz proporcional ao aumento das dosagens, o autor justifica o aumento relacionando à 
composição química e física do substrato composto por esse tratamento, ao qual possui uma 
maior CTC e maior retenção de água. Acredita-se também que houve aumento na produção de 
citocininas que, segundo Salisbury e Ross (2012) é um hormônio sintetizado em maiores 
concentrações pelas raízes e, posteriormente transportado pelo xilema proporcionando através 
maior desenvolvimento da parte aérea da planta. Estes resultados podem explicar o pequeno 
estímulo observado no crescimento das raízes de jucá nas maiores doses de PA. Trabalho 
realizado por Rayorath et al., (2008) analisando o extrato de A. nodosum no desenvolvimento 
inicial de A. thaliana demonstrou que pequenas concentrações (0,1 g L
-1
) afetaram o incremento 
radicular e apenas em concentrações um pouco mais elevadas (1 g L 
-1
) foram capazes de agregar 
valores para a altura e número de folhas. 
De acordo com a Figura 5, nota-se que houve pouca ou nenhuma diferença entre os 
tratamentos para a altura da parte área, altura total e número de folhas. No entanto, para variável 
diâmetro do coleto, o tratamento sete (40 g) proporcionou o maior resultado. Segundo Reis et al., 
(2008) o diâmetro do coleto é umavariável utilizada para avaliar a qualidade de mudas viáveis, 
32 
 
uma vez que, quanto maior o diâmetro maior será o sucesso na fase de estabelecimento em 
campo sem que ocorra riscos de tombamentos ou deformações, além de indicar maior acúmulo de 
reservas. 
Quando comparado a variável número de folhas, é possível observar que entre as 
avaliações dos 60 aos 120 DAS, houve aumento na produção de folhas em relação ao aumento 
das dosagens. Aos 60 DAS o jucá apresentou um decréscimo na produção do número de folhas 
com o aumento das dosagens do PA e os maiores valores foram mostrados na testemunha com 
média de 7 folhas/planta enquanto o maior tratamento com 40 g, apresentou uma média de 4 
folhas/planta, uma diferença de pouco mais de 57%. No entanto, aos 120 DAS essa diferença 
entre a testemunha e o tratamento com a maior concentração do PA não foi significativa e a 
produção foliar foi em media de 15 folhas/planta, indicando que o PA influenciou aumentando a 
produção de folhas em um período de tempo de 60 dias. 
 
33 
 
Figura 5: Altura da parte aérea (a), altura total (b), número de folhas (c) e diâmetro do coleto (d) 
da planta Jucá, aos 120 dias após a semeadura. 
 
 
Se comparado com os dados de 60 dias onde as maiores doses de PA não promoveram 
estímulo em relação à altura, diâmetro do coleto e número de folhas e as resposta foram 
decrescente em consequências das maiores doses, é possível sugerir que aos 120 DAS houve 
crescimento da espécie, particularmente na dose de 15 g kg 
-1
. Resultados semelhantes foram 
encontrados Hafle et al., (2009) que avaliaram o crescimento de mudas de mamoeiro sob 
34 
 
diferentes doses de fertilizante natural bokashi e pó de algas marinhas (Lithothamnium sp.) com 
análises aos 30, 60 e 100 dias após a semeadura. Eles concluíram que a apenas aos 100 DAS a 
variável comprimento da parte aérea apresentou efeito positivo com comportamento quadrático 
para todas doses testadas. De acordo com Melo e Furtini Neto (2003) isso indica que o pó de alga 
desempenha um papel de correção da acidez interagindo com o substrato e assim favorece o 
crescimento das mudas em tempo determinado. 
De acordo com Schons et al., (2007) é possível indicar o início do processo de acúmulo de 
amido pelas raízes usando como variável de comparação o número de folhas que na mandioca de 
variedade RS 13 ocorre quando na haste principal contém 21 folhas visivelmente, sem que seja 
preciso levar em consideração a época de colheita ou qualquer outra variável. 
Os resultados encontrados nesse trabalho corroboram com os relatados por Khan et al., 
(2009) e Craigie (2011), nos quais pequenas quantidades de extrato de alga afetam o metabolismo 
celular vegetal, influenciando positivamente o crescimento e desenvolvimento das espécies 
vegetais. 
 
5.2.1 Análises bioquímicas aos 120 dias após a semeadura 
 
Quando se trata do processo da fotossíntese, os pigmentos fotossintéticos são de 
fundamental importância, uma vez que, a luz, indispensável no processo, é absorvida pelos 
pigmentos onde a partir disso são desencadeados todos os processos químicos conhecidos da 
fotossíntese. Diante disso, na Figura 6 observa-se que as concentrações de clorofilas a e b 
apresentaram diferenças significativas após a aplicação do PA ao nível de 5% de probabilidade, 
com a maiores médias nas concentrações de 15 e 35 g kg
-1
 na duas espécies estudadas. 
Em relação aos teores de carotenoides nota-se que as espécies apresentam aumento 
constante até a última dose testada. A catingueira não apresentou valores significativos. 
De acordo com a Figura 6 é possível observar que ao final dos 120 DAS, as mudas de 
jucá não apresentaram alterações significativas em relação aos teores de amido ao longo das 
doses de PA testadas, porém o acúmulo máximo ocorreu no tratamento onde se aplicou a maior 
concentração de PA (40 g kg
-1
). Em relação à catingueira os teores de amido apresentaram uma 
redução gradativa em resposta ao aumento da concentração do PA, a um nível de 5% de 
probabilidade (Figura 6). 
35 
 
 
Figura 6: Concentrações de clorofila a (a), clorofila b (b), carotenóides (c) e teores de amido (d) 
de jucá (círculo branco e linha tracejada) e catingueira (círculo fechado e linha contínua), obtidos 
por métodos espectrofotométricos aos 120 dias após a semeadura. 
 
 
Geralmente as clorofilas têm suas concentrações elevadas com o uso de produtos a base 
de algas marinhas (SCHOEFS, 2002; BLUNDEN et al., 1997). A época do ano também é um 
fator que interfere na concentração de pigmentos, pois altera a disponibilidade de água no solo, 
36 
 
apesar de que a maioria das espécies da Caatinga mantém o potencial hídrico mesmo em elevadas 
situações de estresse hídrico (TROVÃO, 2007). Essa baixa disponibilidade de água na planta 
provavelmente causa danos aos pigmentos por consequência de uma elevada taxa de radiação 
provocar a degradação das clorofilas e ainda pode acarretar redução da síntese dos pigmentos 
(MORAIS et al., 2007; MARENÇO e LOPES, 2007). 
Assim como as resposta oferecidas pelo jucá e pela catingueira foram diferentes nesse 
trabalho, os estudos realizados por Szabó e Hrotkó (2009) sobre a análise de bioestimulante 
comercial (Kelpak
®
) em duas espécies de plantas distintas (Cráteos e Prunus) obtiveram 
diferença significativa no teor de clorofila apenas para a Prunus, mostrando que a resposta ao 
tratamento também pode variar entre as espécies estudas. Essa espécie mostrou maiores 
sensibilidades em relação ao bioestimulantes utilizado com maior número de brotos, peso de 
folhas, peso de corte e teor de clorofila foliar, além de constatarem que o uso do bioestimulante 
proporcionou que a especie (broto) atingisse o tamanho indicado para corte (3 mm) cerca de duas 
semanas antes da testemunha. Este efeito pode ajudar a decidir os cortes mais cedo, o que resulta 
em um maior crescimento após o enraizamento. 
Costa (2014) avaliou os aspectos ecofisiológicos da catingueira em uma área de Caatinga 
e quantificou as concentrações de pigmentos fotossintéticos, comparando as estações do ano, 
concluiu que na estação chuvosa tanto a Clorofila a, b e os carotenóides apresentaram maiores 
valores que na estação seca, isso mostra que os baixos teores de CO2 típicos da estação seca 
(essencial para que a fotossíntese ocorra) provocaram baixos valores dessas variáveis. 
 De acordo com Ahmed et al., (2013) em seu estudo analisando o efeito da aplicação 
combinada ou isolada de rosela (0,2%) extrato de açafrão (0,1%) e extrato de algas marinhas 
(0,2%) em laranjeiras, concluiu que o tratamento composto por extratos de algas marinhas 
proporcionou melhorias em todas as variáveis analisadas, entre elas, os teores de pigmentos totais 
nas folhas. Desta forma, o aumento na concentração de pigmentos observada nas duas espécies 
estudadas pode ser um efeito direto, pela melhoria da qualidade químicas e/ou pode ser um efeito 
físico, particularmente possibilitando maior retenção de água no substrato. 
 Os resultados obtidos nos teores de clorofilas com as concetrações de amido para a 
catingueira indicam que provavelmente o aumento de pigmentos seguida da redução no teor de 
amido ocorre devido a um aumento na atividade dos drenos. Pode também apontar para um uso 
de energia voltado para células responsáveis pela função estrutural, ou ainda, que houve atividade 
37 
 
da enzima amilase, responsável pela hidrólise do amido em açúcar que são, posteriormente, 
transportados via floema da parte aérea (fonte) para as raízes (dreno). 
Pode também ser atribuido ao fato de que o processo de acumúlo do amido ocorre com 
maior intensidade no período de luz e ao final dele inicia-se a etapa de exportação (SOUZA, 
2011). As folhas utilizadas para as análises de amido para ambas as espécies foram coletadas ao 
final da tarde, quando provalmente estava inciando-se o processo de degradação. Silva et al., 
(2010)verificou a concentração de carboidratos solúveis em folhas de Phaseolus lunatus L. em 
relação ao sombreamento e concluiu que além da posição, o horário de coleta da folha são fatores 
que podem interferir no teor de carboidratos presente na seiva e ainda observou que a sacarose foi 
o carboidrato com maior concentração, considerando como o açúcar mais presente na maioria das 
plantas de ambiente tropical. 
De acordo com Kramer (1995) quando a planta é submetida a algum tipo de estresse, o 
conteúdo de amido sofre processo de deterioração nos tecidos que estão sendo acumulados e 
consequetemente esse acúmulo é reduzido, uma vez que o estresse exerce controle nas reações de 
carboidratos em várias espécies. Souza et al. (2011) determinando respostas fotossintética e 
acumulação de carboidratos, íons salinos e prolina em feijoeiro caupi submetido a quatro níveis 
de concentrações de salinidade, observou que altas concentrações de NaCl (200 mmol L
-1
) 
causaram estresse salino na planta e isso resultou em baixa fotossíntese por baixa assimilação de 
CO2 e consequentemente redução das concentrações dos produtos finais da fotossíntese, como o 
teor de amido, que segundo os autores, possivelmente ocorreu por hidrólise. Desta forma, 
conforme comentado anteriormente no tópico das análises de crescimento aos 120 DAS, pode ter 
havido estresse nas plantas submetidas às maiores doses de PA. Outros resultados, no entanto, 
principalmente de pigmentos e diâmetro do coleto apontam para plantas menos estressadas nas 
maiores doses testadas. Trabalhos futuros ajudarão a esclarecer este efeito. 
Amaral et al., (2007) testaram um novo método enzimático de extração e dosagem de 
amido em materiais vegetais, comparando com o método químico mais utilizado no Brasil desde 
a década de 70, o de McCready (1950) que é realizado atraves da solubilização do amido por 
ácido perclórico ou ácido sufúrico e quantificado por antrona ou fenol, segundo os autores esse 
método se faz ineficiente para espécies que não apresentam o amido como principal fonte de 
reserva, uma vez que, o ácido perclórico consegue solubilizar junto com o amido outros 
polissacarídios e assim influenciar na quantidade de amido quantificado. Os resultados obtidos 
38 
 
mostraram que o método de enzima proporciona uma análise ou estimativa mais sensível ao 
amido para diferentes espécies e tecidos de plantas, descartando outros carboidratos que possam 
se fazer presente na espécie. 
 Apesar dos resultados apresentados neste trabalho indicarem que não é viável se iniciar a 
produção de mudas a partir da germinação de sementes em substrato contendo PA, os dados de 
TCA sugerem que as algas podem ser utilizadas como uma alternativa viável na produção de 
mudas de catingueira e jucá, visto que até o período máximo desse estudo (120 DAS) verificamos 
também um leve estímulo no aumento de biomassa das raízes, diâmetro do caule, concentração 
de clorofilas a e b, carotenóides e maiores teores de amido em jucá. Houve também o aumento na 
concentração de pigmentos em relação às doses de PA em P. pyramidalis, além da TCA que 
apresentou maiores incrementos com a maior dose do PA testado. Há necessidade de estudos 
suplementares para confirmar esta suposição, particularmente com sementes germinadas na 
ausência do PA, bem como de mais análises fisiológicas e bioquímicas para confirmar nossa 
suposição de efeito benéfico do PA na nutrição e crescimento das plantas. 
 
39 
 
6 CONCLUSÕES 
 
Houve provavelmente influência negativa do pó de algas na germinação das sementes das 
espécies estudadas neste trabalho. Apesar deste efeito, no entanto, as análises mais prolongadas 
de crescimento e pigmentos indicam que o pó de algas marinhas influência de forma positiva o 
crescimento inicial de mudas das duas espécies endêmicas da Caatinga quando aplicadas em 
composição do substrato. 
 
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