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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE NÚCLEO PERMANENTE DE CONCURSOS – COMPERVE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL – 2015 Referência: QUESTÃO 27 - FISIOTERAPIA A questão “27” foi ANULADA em virtude de não apresentar opção de resposta correta, conforme justificativa abaixo. O ortostatismo é um objetivo em médio prazo, na reabilitação de grande parte dos pacientes internados em UTI. O equipamento utilizado para o treino passivo é a prancha ortostática. No treino ativo, pode-se fazer uso de equipamentos auxiliares como órteses, muletas e andadores. Os critérios que devem ser observados pelo fisioterapeuta, para alcançar o ortostatismo são: 1ª colocação: Na questão citada, o autor fala sobre o conceito do treino de ortostatismo de forma passiva e ativa, numa explicação afirmativa (Expressa em negrito). A interrogativa da questão apresenta o seguinte enunciado: “Os critérios que devem ser observados pelo fisioterapeuta, para alcançar o ortostatismo são”, nesse caso específico, o autor faz menção a qual tipo de ortostatismo? Ativo ou passivo? Não se faz implícito, já que para se “alcançar” o ortostatismo tanto pode-se utilizar o treino passivo, quanto ativo, isso vai depender do estado geral do paciente. 2ª colocação: Levando pelo que foi exposto acima, vimos que podemos ter as seguintes alternativas como corretas: C) estabilidade hemodinâmica, nível de consciência satisfatório e força de membros superiores grau 4 ou mais. D) estabilidade hemodinâmica, nível de consciência satisfatório e força de membros superiores grau 2 ou mais. A letra C − eleita como correta no gabarito da prova em questão − supostamente faz menção ao ortostatismo ativo, no qual o paciente pode adotar a postura ortostática de forma ativa, utilizando a força de MMSS para se sustentar num dos dispositivos auxiliares. E a letra D, que aponta critérios suficientes para a adoção do ortostatismo passivo, pois neste caso, o paciente não precisaria ter força igual ou superior a 4 para ser colocado numa prancha ortostática. Levando pela temática da questão: “Os critérios que devem ser observados pelo fisioterapeuta, para alcançar o ortostatismo”, fica claro que o fisioterapeuta pode alcançar o ortostatismo do paciente de forma passiva, inicialmente, com critérios que se enquadram na alternativa D, utilizando a prancha ortostática, e evoluir para a forma ativa, obedecendo aos critérios da letra C. Artigos com embasamento teórico: “Dentre as práticas recomendadas ao doente crítico, a utilização da prancha ortostática (PO) para promover os benefícios do ortostatismo assistido tem sido sistematicamente recomendada pelas diretrizes de cuidados críticos. O uso do ortostatismo pode promover benefícios hemodinâmicos e cardiorrespiratórios, como: o aumento da ventilação, melhora da relação ventilação-perfusão e melhora da função cardiorrespiratória.” LUQUE et al. Prancha ortostática nas Unidades de Terapia Intensiva da cidade de São Paulo, O Mundo da Saúde, São Paulo: 2010;34(2):225-229. Disponível: http://www.saocamilo- sp.br/pdf/mundo_saude/75/225a229.pdfO ortostatismo, como recurso terapêutico, pode ser adotado de forma passiva ou ativa para estimulação motora, melhora da função cardiopulmonar e do estado de alerta. O uso da prancha ortostática é indicado para readaptar os pacientes à posição vertical quando o mesmo é incapaz de manter essa postura com segurança sozinho ou até mesmo com considerável assistência. Esta prática tem sido encorajada em doentes críticos com base em seus supostos benefícios, que incluem melhora do controle autonômico do sistema cardiovascular, melhora da oxigenação, aumento da ventilação, melhora do estado de alerta, estimulação vestibular, facilitação de resposta postural antigravitacional, prevenção de contraturas articulares e úlceras por pressão. SIBINELLI, et al. Efeito imediato do ortostatismo em pacientes internados na unidade de terapia intensiva de adultos. Rev Bras Ter Intensiva. 2012; 24(1):64-70. Neste caso é recomendado que o ortostatismo seja utilizado a fim de minimizar os efeitos adversos da imobilidade. O ortostatismo é usado como recurso terapêutico tanto de forma passiva ou ativa para a estimulação motora, pois melhora a função cardiopulmonar. (SIBINELLI, Melissa et al, 2012). A adoção da postura ortostática com assistência da prancha é recomendada para readaptar os pacientes à posição vertical, quando estes são incapazes de se levantar ou mobilizar com segurança, mesmo com considerável assistência. (Webber B PJ.2003). O uso da postura ortostática na UTI tem sido encorajado como uma técnica para minimizar os efeitos adversos da imobilização prolongada. (Szaflarski N.1993). Disponível em: http://repositorio.ucb.br/jspui/bitstream/10869/5314/1/C%C3%A1tia%20Adriana %20Macedo%20Siqueira.pdf. Levando por esse pressuposto, fica embasado que o fisioterapeuta pode alcançar o ortostatismo do paciente a partir da forma passiva, assim como da forma ativa. No entanto, vale ressaltar que os critérios de força muscular do http://repositorio.ucb.br/jspui/bitstream/10869/5314/1/C%C3%A1tia%20Adriana%20Macedo%20Siqueira.pdf http://repositorio.ucb.br/jspui/bitstream/10869/5314/1/C%C3%A1tia%20Adriana%20Macedo%20Siqueira.pdf paciente, necessários para a adoção da postura ortostática, não são os mesmos para ambos os treinos de ortostatismo (treino passivo e treino ativo). Fato este que explica a necessidade de, no enunciado da questão, se fazer implícito o tipo de ortostatismo ao qual o autor faz menção. Magda Maria Pinheiro de Melo Diretora da COMPERVE
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