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AlteracoesHematologicasAssociadas-Candido-2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE BIOCIÊNCIAS 
CURSO DE BIOMEDICINA 
 
 
 
 
 
RÔMULO FRANKLIN DE LIMA CÂNDIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS ASSOCIADAS À COVID-19 EM PACIENTES 
SINTOMÁTICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natal 
Abril/2021 
 
 
Rômulo Franklin de Lima Cândido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS ASSOCIADAS À COVID-19 EM PACIENTES 
SINTOMÁTICOS 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à coordenação do 
curso de Biomedicina da Universidade Federal 
do Rio Grande do Norte, como requisito parcial 
à obtenção do título de Bacharel em 
Biomedicina. 
 
 
Orientador(a): Prof. Dr. Ermeton Duarte do Nascimento. 
 
 
 
 
 
 
Natal 
Abril/2021 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE BIOCIÊNCIAS 
CURSO DE BIOMEDICINA 
 
 
A Monografia ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS ASSOCIADAS À COVID-19 EM 
PACIENTES SINTOMÁTICOS, elaborada por RÔMULO FRANKLIN DE LIMA 
CÂNDIDO e aprovada por todos os membros da Banca examinadora foi aceita pelo 
Curso de Biomedicina e homologada pelos membros da banca, como requisito 
parcial à obtenção do título de BACHAREL EM BIOMEDICINA. 
Natal, 23 de abril de 2021 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
_________________________________________ 
Prof. Dr. Ermeton Duarte do Nascimento (DMP-UFRN) 
 
_________________________________________ 
Dra. Fabiana Lima Bezerra (DMP-UFRN) 
 
_________________________________________ 
Msc. Dayse Santos Arimateia (DMP-UFRN) 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 Agradeço, primeiramente, aos meus pais que sempre enfrentaram todas as 
dificuldades da vida e do trabalho árduo na agricultura para que eu pudesse realizar 
o meu sonho de me formar no ensino superior e ser o primeiro a ter um diploma na 
nossa família, sem vocês esse momento não seria possível. 
 Muito obrigado também ao meu orientador, Dr. Ermeton Duarte do 
Nascimento, por toda paciência e dedicação a este trabalho, por ter compreendido 
como a pandemia afetou o meu psicológico e ter tornado o processo de escrita deste 
trabalho mais leve. 
 Agradeço ainda aos meus amigos, em especial Letícia e Thiago, pessoas 
incríveis que conheci devido à universidade e que sempre estiveram ao meu lado 
durante bons e maus momentos ao longo dos anos e fizeram a minha jornada mais 
alegre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
No final de dezembro de 2019, o mundo encarou uma nova emergência em saúde 
pública com o surgimento em Wuhan, na China, dos primeiros casos de uma 
pneumonia, de origem até então desconhecida. O patógeno associado, um novo 
coronavírus, é agora amplamente conhecido como SARS-CoV-2 (coronavírus da 
síndrome respiratória aguda grave-2), pertence ao gênero Beta-coronavírus, e é 
uma partícula viral estruturalmente composta por glicoproteínas organizadas, como 
a proteína de pico Spike (S), que dá o aspecto de “coroa” ao vírus, a proteína HE 
(Hemaglutinina-Esterase), a proteína de membrana (M), e a proteína do envelope 
(E). No interior do vírus, há a presença de uma nucleoproteína (N), que se associa 
ao RNA de fita simples em uma estrutura helicoidal. O SARS-CoV-2, apresenta uma 
similaridade de 79% com outro vírus da mesma família, o SARS-CoV, e assim como 
este, utiliza-se da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA-2) humana como 
receptor para invadir as células do hospedeiro e provocar doença. Considerando a 
variedade de sinais e sintomas que estão associados à infecção pelo SARS-CoV-2 e 
a dimensão dessa emergência em saúde pública, a análise dos parâmetros 
hematológicos que se alteram na COVID-19 podem ajudar na determinação do 
prognóstico e tratamento mais rápido de casos sintomáticos dessa doença. Com 
base nos estudos analisados, foi observado que a maioria dos casos sintomáticos 
de COVID-19 apresentava uma significativa linfopenia, a qual estava relacionada 
com a piora no prognóstico dos pacientes, uma vez que os linfócitos são células 
essenciais na defesa de infecções virais. Além disso, outro achado importante foi a 
trombocitopenia, que também estava relacionada com a gravidade dos casos nessa 
doença, pois baixos níveis de plaquetas podem gerar quadros de coagulação 
intravascular disseminada, levando o indivíduo ao óbito de forma mais rápida. 
Outras alterações foram descritas como marcadores de gravidade da COVID-19, 
como o aumento da concentração de D-dímero, que indica a ocorrência de eventos 
trombóticos. 
 
Palavras-chave: Alterações hematológicas, Coronavírus, Doença associada ao 
Coronavírus identificada em 2019, Coronavírus do tipo 2 associado à Síndrome 
Respiratória. 
 
 
ABSTRACT 
In late December 2019, the world faced a new public health emergency with the 
emergence in Wuhan, China, of the first cases of pneumonia, of a previously 
unknown origin. The associated pathogen, a new coronavirus, is now widely known 
as SARS-CoV-2 (severe acute respiratory syndrome coronavirus-2), belongs to the 
genus Beta-coronavirus, and is a viral particle structurally composed of organized 
glycoproteins, such as protein peak Spike (S), which gives the virus the “crown” 
aspect, the HE protein (Hemagglutinin-Esterase), the membrane protein (M), and the 
envelope protein (E). Inside the virus, there is the presence of a nucleoprotein (N), 
which is associated with single-stranded RNA in a helical structure. SARS-CoV-2 has 
a 79% similarity to another virus in the same family, SARS-CoV, and like this one, it 
uses the human angiotensin-converting enzyme 2 (ECA-2) as a receptor to invade 
the host cells and cause disease. Considering the variety of signs and symptoms that 
are associated with SARS-CoV-2 infection and the scale of this public health 
emergency, the analysis of hematological parameters that change in COVID-19 can 
help in determining the prognosis and faster treatment of symptomatic cases of this 
disease. Based on the studies analyzed, it was observed that the majority of 
symptomatic cases of COVID-19 had significant lymphopenia, which was related to 
the worsening of the patients' prognosis, since lymphocytes are essential cells in the 
defense of viral infections. In addition, another important finding was 
thrombocytopenia, which was also related to the severity of cases in this disease, as 
low levels of platelets can generate disseminated intravascular coagulation, leading 
the individual to death more quickly. Other changes have been described as COVID-
19 severity markers, such as an increase in the concentration of D-dimer, which 
indicates the occurrence of thrombotic events. 
 
 
 
 
 
Keywords: Hematological alterations, Coronavirus, Coronavirus disease-2019, 
Severe acute respiratory syndrome coronavirus-2. 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
BIREME Biblioteca Regional de Medicina 
CIVD Coagulação intravascular disseminada 
COVID-19 Corona Virus Disease-19 
COVs Coronavírus (Família) 
ECA-2 Enzima Conversora de Angiotensina-2 
GP Glicoproteínas 
HB Hemoglobina 
HE Hemaglutinina-Esterase 
KB Quilobases 
LAIS Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde 
MERS-CoV Coronavírus da Síndrome Respiratória do Oriente Médio 
NETs Neutrophil Extracellular Traps 
OMS Organização Mundial da Saúde 
PCR Polymerase Chain Reaction 
PDFs Produtos de Degradação da Fibrina 
RNA Ácido Ribonucleico 
SARS-CoV-2 Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave-2 
TP Tempo de Protrombina 
TPO Trombopoetina 
UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
UTI Unidade de Terapia Intensiva 
VHS Velocidade de Hemossedimentação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 8 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 14 
2 MODELOPARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS PARA A REVISTA HOLOS ..... 16 
2.1 Normas para submissão de artigos ................................................................... 16 
2.2.1 Exemplo ................................................................................................................... 16 
2.2 Informações ............................................................................................................ 17 
2.2.1 Configuração da página ....................................................................................... 17 
2.3 Modelo de forma de apresentação do artigo ................................................... 17 
2.4 Apresentação de figuras, tabelas e equações ................................................. 18 
2.5 Referências ............................................................................................................. 20 
3 ARTIGO .................................................................................................................... 21 
4 COMPROVANTE DE SUBMISSÃO ...................................................................... 34 
 
 
8 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 No final de dezembro de 2019, o mundo encarou uma nova emergência em saúde 
pública com o surgimento dos primeiros casos de uma pneumonia, de origem até então 
desconhecida, em Wuhan, província de Hubei na China (WU et al., 2020). O patógeno 
associado, um novo coronavírus, agora amplamente conhecido como SARS-CoV-2 
(coronavírus da síndrome respiratória aguda grave-2), foi descoberto por meio de um 
mecanismo de vigilância para “pneumonia de etiologia desconhecida”, o qual foi 
implementado após a epidemia de um outro coronavírus, o coronavírus da Síndrome 
respiratória aguda grave-SARS-CoV, em 2003, também na China, com o objetivo de 
permitir a identificação de novos patógenos de forma mais rápida. E a doença causada 
por esse novo coronavírus foi denominada de Corona Virus Disease 2019 (COVID-19) 
(LI; et al. 2020). 
 Os Coronavírus (CoVs) são vírus envelopados e que contêm um genoma de RNA 
(ácido ribonucleico) de fita simples e sentido positivo, com um tamanho que varia entre 
26 e 32 Kb (quilobases) de comprimento, e por isso são considerados os maiores vírus 
de RNA conhecidos (LUDWIG; ZARBOCK, 2020). Possuem ainda capsídeo com simetria 
pleomórfica e apresentam glicoproteínas na superfície de seu envelope que, ao 
microscópio eletrônico, têm a aparência de coroas, por isso o nome coronavírus 
(XAVIER et al. 2020). 
 Esse vírus pertence à ordem Nidovirales, família Coronaviridae e subfamília 
Orthocoronavirinae e pode ser classificado em quatro gêneros: Alfa, Beta, Gama e Delta-
coronavírus. Os vírus dos gêneros Gama e Delta causam, geralmente, infecções em 
aves, enquanto que os dos gêneros Alfa e Beta podem infectar mamíferos e outros 
animais. Dentre estes últimos, aqueles que podem causar doenças em humanos são: 
SARS-CoV (Beta-coronavírus), 229E (Alfa-coronavírus), HKU1 (Beta-coronavírus), NL63 
(Alfa-coronavírus), MERS-CoV (Beta-coronavírus) e o SARS-CoV-2, o novo coronavírus 
responsável pela pandemia atual, o qual pertence ao gênero Beta-coronavírus (KHAN; et 
al. 2020). 
 Estruturalmente, a partícula viral é composta por glicoproteínas organizadas, 
dentre elas a proteína de pico Spike (S), que dá o aspecto de “coroa” ao vírus, e é usada 
para reconhecer os receptores nas células-alvo do hospedeiro. Além da proteína S, há a 
presença também de dímeros da proteína HE (Hemaglutinina-Esterase), a proteína de 
membrana (M), que possui 3 domínios transmembrana e é a mais abundante no vírion e 
9 
 
 
a proteína do envelope (E), que tem caráter hidrofóbico e é menos abundante. No 
interior do vírus, há a presença de uma nucleoproteína (N), que se associa ao RNA de 
fita simples em uma estrutura helicoidal, que protege o RNA contra danos. (CRUZ; et al 
2020) (Figura 01). 
 
Figura 01- Estrutura da partícula viral. Proteína de M (membrana), proteína de E 
(envelope), RNA de fita simples com sentido positivo (+ssRNA), Hemaglutinina-Esterase 
(HE). 
 (Fonte: Adaptado de Cruz; et al. 2020). 
 
 O SARS-CoV-2 apresenta uma similaridade de 79% com outro vírus da mesma 
família, o SARS-CoV, e assim como este, utiliza a enzima conversora de angiotensina 2 
(ECA-2) humana como receptor para invadir as células do hospedeiro e provocar 
doença. A ECA-2 é amplamente distribuída no corpo humano, e já foi identificada em 
células epiteliais pulmonares, células intestinais, células endoteliais vasculares, entre 
outras. A entrada do vírus na célula é mediada pelo contato da proteína S do vírus com a 
ECA-2 na membrana das células alvo. A proteína S é composta por duas subunidades, 
S1 e S2. A subunidade S1, a qual possui um domínio de ligação ao receptor (receptor-
binding domain-RBD), é responsável por reconhecer o receptor na célula-alvo 
hospedeira e se ligar a ele, enquanto que a subunidade S2 contém os elementos básicos 
para que ocorra a fusão da membrana e consequente liberação do conteúdo viral no 
10 
 
 
citoplasma da célula do hospedeiro, e desta forma, e inicie a replicação viral (TAY, et al. 
2020). 
 Com o vírus no organismo, o sistema imunológico é acionado para tentar debelar 
a infecção emergente, porém, o que se observou nos casos de COVID-19, foi uma 
resposta inflamatória exacerbada, mediada por uma tempestade de citocinas e 
quimiocinas pró-inflamatórias, as quais contribuem para o agravamento dos quadros da 
infecção e a consequente síndrome respiratória aguda grave. Além disso, o Vírus 
também pode estimular possíveis eventos trombóticos e levar a falência de múltiplos 
órgãos em pacientes em estágios mais graves, que geralmente estão internados em 
UTIs (SOY, et al. 2020). 
O SARS-CoV-2 teve sua origem associada ao mercado atacadista de frutos do 
mar de Huanan (Sul da China), uma vez que as investigações epidemiológicas 
realizadas indicaram que os primeiros pacientes haviam tido contato com aquele local, 
no qual além de vender peixes e crustáceos, também vendia uma grande variedade de 
animais selvagens vivos e suas carcaças, animais sabidamente considerados 
reservatórios naturais de Coronavírus (JIN, et al. 2020). 
Sabe-se que o SARS-CoV e o MERS-CoV foram passados aos humanos através 
de hospedeiros intermediários, como os civetas (um tipo de gato herbívoro que se 
alimenta de grãos de café) e os camelos, respectivamente. Desta forma, acredita-se que 
SARS-CoV-2 também tenha sido transmitido originalmente de forma semelhante 
(ZHANG, WU e ZHANG. 2020). O pangolin, um mamífero das regiões tropicais da Ásia e 
da África, foi descrito como sendo o hospedeiro intermediário mais provável dessa 
contaminação, porém, vale ressaltar, que outros animais, também vendidos no mercado 
de Huanan, podem ter transmitido o vírus, como é o caso das cobras e morcegos do 
gênero Rhinolophus (morcegos ferradura), esses últimos os prováveis hospedeiros 
originais desse vírus. Em estudo filogenético foi encontrada uma semelhança de 
aproximadamente 96% entre a espécie de coronavírus isolada desses animais e o 
SARS-CoV-2. Porém, com o decorrer da pandemia, ficou clara a alta capacidade de 
transmissão desse vírus através do contato entre seres humanos, sendo essa, a 
principal forma de contagio atualmente (LAI, et al. 2020) (Figura 02). 
 
11 
 
 
Figura 02- Esquema da provável origem dos coronavírus emergentes SARS-CoV, 
MERS-CoV e SARS-Cov-2. 
(Fonte: Jin, et al. 2020). 
Historicamente, os coronavírus foram responsáveis por outras duas epidemias, 
uma em 2002-2003 na China, causada pelo SARS-CoV que atingiu cerca de 8.422 
pessoas e outra em 2012, na Arábia Saudita, causada pelo MERS-CoV (Corona vírus da 
síndrome respiratória do oriente médio), a qual contaminou aproximadamente 2.500 
pessoas, tendo um índice de mortalidade em torno de 34%. (HASÖKSÜZ; KILIÇ e 
SARAÇ, 2020). 
Atualmente, após um ano desde o primeiro caso de COVID-19, de acordo comdados da Organização Mundial da Saúde - OMS, até o dia dois de dezembro de 2020, 
foram registrados 63.360.234 casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus 
(SARS-CoV-2) no mundo, e 1.475.825 mortes por COVID-19. Sendo que a pandemia já 
atingiu cerca de 220 países, áreas ou territórios (WHO, 2020). 
No Brasil, segundo os dados atualizados pelo Ministério da Saúde, até o dia um 
de dezembro de 2020, o número de casos confirmados da doença tinha chegado a 
6.386.787, desse total, 173.817 pessoas morreram em decorrência das complicações 
causadas pela infecção, 5.656.498 de indivíduos se recuperaram e 556.472 ainda estão 
recebendo acompanhamento da equipe de saúde (BRASIL, 2020). 
No Rio Grande do Norte, o boletim epidemiológico nº232 de 01 de dezembro de 
2020 da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), registrou no Estado 95.660 
12 
 
 
casos confirmados e 2.695 mortes por COVID-19 (RIO GRANDE DO NORTE, 2020). A 
sintomatologia da COVID-19 já mostrou ser bastante heterogênea entre os casos, 
variando de casos assintomáticos à pneumonia grave, com cerca de 10% dos infectados 
necessitando de ventilação mecânica e internação em UTIs. Além disso, essa patologia 
também pode provocar a morte (LAI, et al. 2020). 
Na COVID-19, a febre foi o sintoma mais comum observado nos infectados, 
seguido de tosse seca, dispneia (falta de ar), náuseas, diarreia e perda da sensibilidade 
olfatória, podendo, em alguns casos, ocorrer também cefaleia, mialgia e rinorreia. De 
acordo com a sintomatologia apresentada e por resultados de exames, os casos de 
COVID-19 podem ser classificados em assintomáticos, leves, moderados, graves e 
críticos, e a Tabela 01 abaixo mostra os critérios utilizados na classificação (BAJ, et al., 
2020). 
 
Tabela 01- Classificação dos pacientes com COVID-19 com base na sintomatologia e 
exames complementares. 
Classificação dos pacientes com COVID-19 
Assintomático Teste molecular (PCR) para SARS-CoV-2 positivo, mas 
sem quaisquer sintomas ou sinais clínicos e a 
Tomografia de tórax é normal. 
Leve Sintomas de infecção aguda do trato respiratório 
superior, tais como: febre, fadiga, mialgia, tosse, dor de 
garganta, coriza e espirros, ou ainda sintomas digestivos 
como: náuseas, vômito e diarreia. Tomografia de tórax 
normal. 
Moderado Presença de sintomas de pneumonia, com febre 
persistente maior que 37,8°C e tosse seca. Na 
tomografia de tórax é visível uma opacidade em vidro 
fosco e consolidação pulmonar. 
Grave Dispneia, hipóxia, comprometimento pulmonar >50%, 
diarreia, vômito e náuseas. A tomografia de tórax 
apresenta opacidade em vidro fosco, consolidação 
pulmonar, derrame pleural e linfadenopatia. 
Crítico Síndrome respiratória aguda grave, deficiência nos 
movimentos, perda da fala e na tomografia de tórax há a 
presença de opacidade em vidro fosco, geralmente 
bilateral, consolidação pulmonar e nódulos pulmonares. 
Pode ainda ter choque séptico, encefalopatia, lesão 
miocárdica, insuficiência cardíaca, coagulação 
intravascular disseminada e lesão renal aguda. 
(Fonte: Adaptado de BAJ, et al., 2020). 
 Levando em consideração toda a variedade de sinais e sintomas que estão 
associados à infecção pelo SARS-CoV-2 e a dimensão dessa emergência em saúde 
13 
 
 
pública, a análise dos parâmetros hematológicos, como a concentração de hemoglobina, 
contagem dos leucócitos e plaquetas, assim como a determinação do tempo de 
protrombina e níveis de D-Dímero dos pacientes sintomáticos, por meio de exames de 
rotina, como o hemograma e demais exames complementares, ganhou um papel central 
no estabelecimento do prognóstico dos casos, essa afirmação se fundamenta no fato de 
que através dos resultados obtidos e avaliados nesses exames é possível observar 
como o organismo do indivíduo está se comportando frente à infecção pelo vírus, e desta 
forma, apontar precocemente a gravidade da doença em cada caso, contribuindo para o 
correto diagnóstico clínico e tratamento para COVID-19. 
Isso posto, o objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico, em 
bancos de dados online, sobre os parâmetros hematológicos (que possam ser 
mensurados a partir de uma amostra de sangue) que se encontram alterados em 
decorrência da infecção pelo SARS-CoV-2 e que podem ajudar na determinação do 
prognóstico e tratamento mais rápido de casos sintomáticos da COVID-19. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
REFERÊNCIAS 
BAJ, J. et al. COVID-19: Specific and Non-Specific Clinical Manifestations and 
Symptoms: The Current State of Knowledge. Journal of clinical medicine vol. 9,6 
p.1753, 2020. 
BRASIL, Ministério da Saúde. Painel coronavírus. Disponível em: 
https://covid.saude.gov.br/. Acesso em: 01/12/2020. 
CRUZ, M. P. et al. COVID-19, una emergencia de salud pública mundial. Revista clinica 
espanhola. vol, 20, p. 55-6, 2020. 
HASÖKSÜZ, M., KILIÇ, S., & SARAÇ, F. Coronaviruses and SARS-COV-2. Turkish 
journal of medical sciences, v. 50, p. 549–556, 2020. 
JIN, Y. et al. Virology, Epidemiology, Pathogenesis, and Control of COVID-19. 
Viruses vol. 12, n. 4, p. 372, 2020. 
KHAN, S., et al. Emergence of a Novel Coronavirus, Severe Acute Respiratory Syndrome 
Coronavirus 2: Biology and Therapeutic Options. Journal of Clinical Microbiology. 
vol.58, n. 5. 2020 
LAI, C. et al. Severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) and 
coronavirus disease-2019 (COVID-19): The epidemic and the challenges. International 
journal of antimicrobial agents. vol. 55, n. 3, 2020. 
LI, QUN et al. Early Transmission Dynamics in Wuhan, China, of Novel Coronavirus-
Infected Pneumonia. The New England journal of medicine, vol. 382, n. 13, p. 1199-
1207, 2020. 
LUDWIG, S.; ZARBOCK, A. Coronaviruses and SARS-CoV-2: A Brief Overview. 
Anesthesia and analgesia. Anesthesia and analgesia, Vol.131, n. 1, p. 93-96, 2020. 
RIO GRANDE DO NORTE (Estado). Secretaria do Estado da Saúde Pública (SESAP). 
Informe epidemiológico coronavírus (COVID-19) nº232. 2020. Disponível em: 
https://portalcovid19.saude.rn.gov.br/medidas/boletinsepidemiologicos/. Acesso em: 
02/12/2020. 
SLOMKA, A.; KOWALEWSKI, M. and ZEKANOWSKA, E. Coronavirus disease 2019 
(COVID-19): A short review on hematological manifestations. Pathogens, Vol.9, n. 6, p. 
493, 2020. 
SOY, M. et al. Cytokine storm in COVID-19: pathogenesis and overview of anti-
inflammatory agents used in treatment. Clinical rheumatology, vol. 39, n.7, 2020. 
TAY, M. Z. et al. The Trinity of COVID-19: immunity, inflammation and intervention. 
Nature reviews Immunology. Vol. 20, n.6, 2020. 
WANG, C. et al. Preliminary study to identify severe from moderate cases of COVID-19 
using combined hematology parameters. Annals of translational medicine. Vol.8, n.9, 
p. 593, 2020. 
15 
 
 
WHO, Coronavirus Disease (COVID-19) Dashboard. World Health Organization; 2020. 
Disponível em: https://covid19.who.int/. Acesso em: 02/12/2020. 
WU, DI et al. The SARS-CoV-2 outbreak: What we know. International journal of 
infectious diseases. vol. 94, p. 44-48, 2020. 
XAVIER, A. R. et al. COVID-19: Manifestações clínicas e laboratoriais na infecção pelo 
novo coronavírus. Jornal Brasileiro de Patologia Médica Laboratorial. Rio de Janeiro, 
Vol. 5,. 2020. 
ZHANG, T., WU, Q., & ZHANG, Z. Probable Pangolin Origin of SARS-CoV-2 Associated 
with the COVID-19 Outbreak. Current biology: CB, v. 30, n.7, p.1346–1351, 2020. 
ZHANG, Y. et al. Mechanisms involved in the development of thrombocytopenia in 
patients whit COVID-19. Thrombosis research. Vol.193, p. 110-115, 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://covid19.who.int/
16 
 
 
2 MODELO PARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS PARA A REVISTA HOLOS 
2.1 Normas para submissão de artigos 
Recomenda-se que o texto do artigo seja dividido em Introdução, Revisão 
Bibliográfica, Metodologia, Resultados e Discussões, Conclusão e Referências 
Bibliográficas. Porém, osautores estão livres para mudarem a nomenclatura dos tópicos 
quando for conveniente. Os tópicos deverão estar enumerados seguindo uma ordem 
sequencial. O mesmo acontece com os subtópicos como visto no exemplo abaixo: 
Recomenda-se que o artigo tenha até 15 páginas mais as referências. 
2.1.1 Exemplo: 
Segue abaixo um exemplo de organização do artigo em forma de tópicos, bem como a 
formatação de cada um. 
1. TÓPICO – Fonte: calibri; tamanho: 14; negrito; justificado, todo maiúsculo. 
1.1. Subtópico 1 – Fonte: calibri; tamanho: 13pts; justificado, primeira letra 
maiúscula. 
1.1.1. Subtópico 2 – Fonte: calibri; tamanho: 12pts; itálico; justificado; 
primeira letra maiúscula. 
2. TÓPICO – Fonte: calibri; tamanho: 14 pts; negrito; justificado, todo maiúsculo. 
2.1. Subtópico 1 – Fonte: calibri; tamanho: 13 pts; justificado, primeira letra 
maiúscula. 
2.1.1. Subtópico 2 – Fonte: calibri; tamanho: 12pts; itálico; justificado; 
primeira letra maiúscula. 
Para o corpo do trabalho, será utilizada a seguinte formatação – digitação em 
Word for Windows®, Fonte: calibri; tamanho: 12 pts; justificado; primeiro parágrafo 
deslocado em 1,25cm à esquerda; espaçamento entre linhas em Múltiplos 1,1; 
espaçamento entre parágrafos em 6pt antes e 6pt depois. 
Todas as formatações acima descritas estão previamente configuradas na barra 
“Estilo” no Word for Windows®. Basta selecionar o texto e pressionar a configuração 
desejada. 
Citações com mais de 3 linhas: Fonte: Calibri; tamanho: 11pts; Recuo: 1,25; Entre 
linhas: simples; Espaçamento Antes: 12; Espaçamento Depois: 18; Alinhamento: 
Justificado. Para as referências das citações seguir as normas da APA: 
17 
 
 
• Com 2 autores: separar os autores com & seguido por vírgula e ano de 
publicação, por exemplo, no texto: Silva e Lopes (2003) ou (Silva & Lopes, 
2003); 
• De 3 a 5 autores: na primeira citação referenciar todos os autores, na 
citação seguinte utilizar o sobrenome do primeiro autor e o et al, por 
exemplo, no texto (1ª citação): Silva, Serra, Abreu, Veras Neto e Borges 
(2014) ou na citação: (Silva, Serra, Abreu, Veras Neto & Borges, 2014); nas 
citações seguintes: no texto, Silva et al. (2004) ou no final da citação: (Silva 
et al., 2004). 
• A partir de 6 autores, utilizar o primeiro sobrenome seguido do et al. 
2.2 Informações 
2.2.1 Configuração da página: 
O formato da página é A4, digitação em Word for Windows®, com orientação 
retrato e tamanho de margens: 
• Superior: 3,0 cm; 
• Inferior: 2,5 cm; 
• Esquerda: 2,0 cm; 
• Direita: 2,0 cm. 
Não deverão constar os números de páginas, pois essa informação será introduzida 
posteriormente pela Comissão Organizadora. 
2.3 Modelo de forma de apresentação do artigo 
Aplica-se nos casos em que o trabalho segue uma linha de desenvolvimento de 
assuntos contínuos, conforme a estrutura dada abaixo: 
• Introdução 
Apresentar o assunto estudado, abordando os aspectos gerais e buscando 
introduzir ao leitor na temática delineada. Também, fazer uma descrição sucinta dos 
objetivos da pesquisa. Ressaltar a importância da pesquisa dentro do contexto científico 
e/ou tecnológico, relatando as possíveis contribuições dos resultados alcançados. 
• Revisão Bibliográfica 
Abordar os aspectos teóricos diretamente relacionados com o trabalho 
desenvolvido, detalhando os assuntos principais do estudo em questão e baseando-se 
18 
 
 
nas diferentes abordagens pesquisadas na literatura (livros, teses, dissertações, artigos, 
trabalhos de congresso, etc.). 
• Metodologia 
Apresentar os materiais e equipamentos utilizados na pesquisa de campo e/ou 
experimental, detalhando os métodos e procedimentos empregados durante as 
atividades, detalhando a metodologia utilizada para a resolução do problema, os 
equipamentos e softwares usados no estudo. 
• Resultados e discussões 
Apresentar os resultados, analisando e discutindo os diversos aspectos de interesse. 
• Conclusão 
Relacionar as conclusões ou considerações finais obtidas de acordo com os 
resultados observados na pesquisa, podendo incluir sugestões para trabalhos futuros. 
• Referências bibliográficas 
Relacionar toda a bibliografia consultada e citada no artigo. 
2.4 Apresentação de figuras, tabelas e equações 
Para Figuras (em alta resolução) e Tabelas, utilizar preferencialmente o mesmo 
padrão (tamanho de letra, borda, etc.). Quando citadas no texto, escrever com a 1ª letra 
maiúscula e não abreviar. 
Exemplos: “Na Figura 1 é possível observar a evolução da população...”; “... De acordo 
com a Tabela 2 ...” 
As Equações quando citadas no texto virão com a 1ª letra maiúscula e o número 
entre parênteses, sem abreviação. 
Exemplo: “Obtendo-se assim a Equação (1):” 
Sistema de unidades deverá ser homogêneo em todo o texto. Recomenda-se o 
sistema internacional (SI). 
As Figuras/Fotografias (em alta resolução) deverão ser numeradas em 
algarismos arábicos, por ordem de aparição no texto e devem estar centralizadas. A 
legenda deverá vir abaixo da mesma, com apenas a 1ª letra maiúscula na palavra 
“Figura” e no “título”, sendo separado por dois pontos. A fonte usada para na legenda é a 
padrão usado em todo o texto (calibri), o tamanho é 10pts e todo o texto da legenda 
deverá estar em negrito. 
Exemplo: para o caso de uma 3ª figura exposta no artigo. 
19 
 
 
 
Figura 3: Evolução da população em diversas regiões do RN. 
Quando houver mais de um gráfico para uma mesma figura, o título pode 
aparecer uma única vez, logo abaixo do conjunto de gráficos dispostos horizontal ou 
verticalmente. 
Exemplo: para o caso de uma 5ª figura exposta no artigo. 
 
0.00
200000.00
400000.00
600000.00
800000.00
1000000.00
0 6 12 14 16 18 20 22 24
0.00
200,000.00
400,000.00
600,000.00
800,000.00
1,000,000.00
0 6 12 14 16 18 20 22 24
 
 a) b) 
Figura 5: Evolução de ganhos (em azul) e custos (em roxo) - a) etapa 1; b) etapa 2. 
As Tabelas deverão ser enumeradas em algarismos arábicos, por ordem de 
aparição no texto e devem estar centralizadas. O tamanho da fonte do texto interno da 
tabela é 11, sem espaçamento entre as linhas, o texto da primeira linha deverá vir em 
negrito, as bordas deverão seguir o padrão estabelecida no exemplo abaixo. 
O título deverá vir acima da mesma, com apenas a 1ª letra maiúscula na palavra 
“Tabela” e no “título”, sendo separado por dois pontos. As unidades referentes à coluna, 
quando couber, serão apresentadas nos “cabeçalhos” da coluna correspondente. A fonte 
usada para no título da tabela é a padrão usado em todo o texto (calibri), o tamanho é 
10pts e todo o texto do título deverá estar em negrito. 
_̂
_̂
_̂ _̂
_̂
_̂
!(
!(
!(
!(
!(
!(
MA-01
AB-01
AB-02GR-01
TB-01
TB-02
Tibau
Macau
Grossos
Serra do Mel
Areia Branca
Porto do Mangue
695000 725000 755000
9
4
3
5
0
0
0
9
4
6
5
0
0
0
Ê
NORDESTE
Oceano Atlântico
CE
RN
Tibau
Upanema
Ponta do Mel
Camapum
Legenda
_̂ Estações de monitoramento
!. Cidade
0 5 102,5 km
!(
20 
 
 
Exemplo: para o caso de uma 2ª tabela exposta artigo 
 
Tabela 2: Estudo da influência do tempo na degradação da glicose. 
Amostra 
Concentração 
(moles/L) 
Rendimento 
(%) 
1 
2 
3 
4 
0,02 
0,12 
0,30 
0,43 
45 
56 
70 
87 
 
As Equações Matemáticas e Químicas deverão estar enumeradas por ordem de 
aparição, com o respectivo número entre parênteses e no extremo da margem direita. 
Quando ocorrerem equações seguidas no texto, inserir uma linha como espaço entre as 
equações. 
Exemplo: 
AB + CD → AC + BD (1) 
)β21)(β1(
β2
Q
Q
eE
2
e
c
d
−−
=





 (2) 
 
Quanto ao Uso de palavras estrangeiras, recomenda-se evitar o estrangeirismo. 
Quando o uso for necessário, utilizar a forma em itálico. 
Exemplo: “O polímero produzido na etapa de finalização é extrudado na forma de chip 
ou pellet”. 
2.5 Referências 
Ao final do texto deverão aparecer as REFERÊNCIAS, utilizando fonte calibri, 
tamanho da fonte 12pts, espaçamentosimples entre linhas; separadas por 12pts depois; 
com deslocamento na segunda linha de 0,75cm e alinhamento justificado. 
Todas as referências colocadas no artigo deverão seguir as Normas da APA. 
 
 
 
21 
 
 
3 ARTIGO 
HEMATOLOGICAL CHANGES ARISING FROM COVID-19 IN SYMPTOMATIC 
PATIENTS 
R. F. L. CÂNDIDO1, E. D. NASCIMENTO2 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte / Centro de Biociências / 
Departamento de Microbiologia e Parasitologia 
ORCID ID: https://orcid.org/0000-XXXX-XXXX-XXXX* 
francklin.romulo@gmail.com1/ermeton.duarte@ufrn.br2 
 
Submetido 14/06/2020 - Aceito xx/xx/2020 
DOI: 10.15628/holos.2021.XXXX 
 
ABSTRACT 
At the end of 2019, a new public health emergency 
appeared in China, with the first cases of pneumonia of 
a previously unknown origin that became responsible 
for a global pandemic, COVID-19. The pathogen 
associated with these cases, a new coronavirus, is now 
known as SARS-CoV-2, and it causes the disease. This 
virus is part of the genus Beta-coronavirus and is 
structurally a viral particle composed of organized 
glycoproteins, such as the peak protein Spike (S), which 
gives the virus the “crown” aspect. Protein S is 
responsible for the recognition of ECA-2, a receptor 
molecule of the host cell, used for the virus invasion, 
which influences the disease severity. The analysis of 
hematological changes in COVID-19 shows that 
lymphopenia and thrombocytopenia, as well as changes 
in D-dimer, PT and hemoglobin can help in the severe 
cases prognosis and faster treatment. 
 
 
KEYWORDS: Hematological alterations, Coronavirus, Coronavirus disease-2019, Severe acute respiratory 
syndrome coronavirus-2. 
 
ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS ASSOCIADAS À COVID-19 EM PACIENTES 
SINTOMÁTICOS 
 
RESUMO
No final de 2019, uma nova emergência em saúde 
pública surgiu na China, com os primeiros casos de uma 
pneumonia de origem até então desconhecida que se 
tornou responsável por uma pandemia global, a COVID-
19. O patógeno associado a esses casos, um novo 
coronavírus, é agora conhecido como SARS-CoV-2, e 
causador da doença. Esse vírus pertence ao gênero 
Beta-coronavírus e é, estruturalmente, uma partícula 
viral composta por glicoproteínas organizadas, como a 
proteína de pico Spike (S), que dá o aspecto de “coroa” 
ao vírus. A proteína S é a responsável pelo 
reconhecimento da ECA-2, uma molécula receptora da 
célula do hospedeiro, utilizada para a invasão do vírus, 
que influencia a gravidade da doença. A análise das 
alterações hematológicas na COVID-19 mostra que a 
linfopenia e a trombocitopenia, bem como as alterações 
no D-dímero, TP e hemoglobina podem ajudar no 
prognóstico e no tratamento mais rápido de casos 
graves. 
 
 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Alterações hematológicas, Coronavírus, Doença associada ao Coronavírus identificada em 
2019, Coronavírus do tipo 2 associado à Síndrome Respiratória. 
 
20 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
No final de dezembro de 2019, em Wuhan, província de Hubei na China, uma nova 
emergência em saúde pública surgiu com os primeiros casos de uma pneumonia, de origem 
até então desconhecida (Wu, Wu, Liu & Yang, 2020). O patógeno associado era um novo 
coronavírus, agora amplamente conhecido como SARS-CoV-2 (Coronavírus da síndrome 
respiratória aguda grave-2), que foi descoberto por meio de um mecanismo de vigilância 
epidemiológica implementado em 2003 após uma epidemia de outro coronavírus, o 
coronavírus da Síndrome respiratória aguda grave-SARS-CoV, também na China. A doença 
causada pelo SARS-CoV-2 foi denominada então de CoronaVirus Disease-19 (COVID-19) (Li et 
al., 2020). 
Os Coronavírus (CoVs) são vírus envelopados que contêm um genoma de RNA (ácido 
ribonucleico) de fita simples e sentido positivo, com um comprimento variando entre 26 e 
32 Kb (quilobases), e por isso são considerados os maiores vírus de RNA conhecidos (Ludwig 
& Zarbock, 2020). Possuem capsídeo com simetria pleomórfica e apresentam glicoproteínas 
na superfície de seu envelope, com a aparência de “coroas” à microscopia eletrônica, por 
isso recebem o nome coronavírus (Xavier et al., 2020). 
Esses vírus pertencem à ordem Nidovirales, família Coronaviridae e subfamília 
Orthocoronavirinae e podem ser classificados em 4 gêneros: Alfa, Beta, Gama e Delta-
coronavírus. Os vírus dos gêneros Gama e Delta causam, geralmente, infecções em aves, 
enquanto que os gêneros Alfa e Beta podem infectar mamíferos e outros animais. Dentre 
estes últimos, aqueles que podem causar doenças em humanos são os sorotipos 229E e 
NL63 (dois Alfa-coronavírus) e o HKU1, MERS-CoV, SARS-CoV e o SARS-CoV-2, o novo 
coronavírus responsável pela pandemia atual, todos pertences ao gênero Beta-coronavírus 
(Khan et al., 2020). 
Estruturalmente, as cepas desses gêneros são compostas por glicoproteínas 
organizadas, dentre elas a proteína de pico conhecida como Spike (S), que dá o aspecto de 
“coroa” ao vírus, e é usada pelo patógeno para reconhecer os receptores nas células-alvo do 
hospedeiro. Além da proteína S, há a presença também de dímeros da proteína HE 
(Hemaglutinina-Esterase), a proteína de membrana (M), que possui 3 domínios 
transmembrana e é a mais abundante no vírion, e a proteína do envelope (E), que tem 
caráter hidrofóbico e é menos abundante. No interior do vírus, há a presença de uma 
nucleoproteína (N), que se associa ao RNA de fita simples em uma estrutura helicoidal, que 
protege o RNA contra danos. (Cruz, Santos, Cervantes & Juaárez, 2020) (Figura 1). 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
Figura 1: Estrutura da partícula viral. Proteína de M (membrana), proteína de E (envelope), RNA de fita 
simples com sentido positivo (+ssRNA), Hemaglutinina-Esterase (HE) (Fonte: Adaptado de Cruz et al., 2020). 
O SARS-CoV-2 apresenta uma similaridade de 79% com outro vírus da mesma família, 
o SARS-CoV, e assim como este, utiliza-se da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA-2) 
humana como receptor para invadir as células do hospedeiro e provocar doença. A ECA-2 é 
amplamente distribuída no corpo humano, e está presente em células epiteliais pulmonares, 
células intestinais, células endoteliais vasculares, entre outras. A entrada do vírus na célula é 
mediada pelo contato da proteína S do vírus com a ECA-2 na membrana das células alvo. A 
proteína S é composta por duas subunidades, S1 e S2. A subunidade S1 possui um domínio 
de ligação ao receptor (receptor-binding domain-RBD), que é responsável por reconhecer o 
receptor na célula alvo hospedeira e se ligar a ele, enquanto que a subunidade S2 contém os 
elementos básicos para que ocorra a fusão da membrana e consequente liberação do 
conteúdo viral no citoplasma da célula hospedeira e se inicie a replicação viral (Tay, Poh, 
Rénia, MacAry & Ng, 2020). 
Com o vírus no organismo, o sistema imunológico tenta debelar a infecção 
emergente, porém, nos casos de COVID-19, há uma resposta inflamatória exacerbada, 
mediada por uma tempestade de citocinas e quimiocinas pró-inflamatórias, que contribui 
para o agravamento dos quadros da infecção e a consequente síndrome respiratória aguda 
grave, e pode levar à eventos trombóticos e falência de múltiplos órgãos em pacientes 
internados em UTIs (Soy et al., 2020). 
O SARS-CoV-2 tem sua origem associada ao mercado atacadista de frutos do mar de 
Huanan (Sul da China), ao passo que as investigações epidemiológicas indicaram que os 
primeiros pacientes tiveram contato com aquele local. Naquele mercado, além de peixes e 
crustáceos, também se vendia uma grande variedade de animais selvagens vivos e suas 
carcaças, já considerados reservatórios naturais de Coronavírus (Jin, et al. 2020). 
22 
 
 
 Sabe-se que o SARS-CoV e o MERS-CoV foram passados aos humanos através de 
hospedeiros intermediários, como civetas (um tipo de gato herbívoro que se alimenta de 
grãos de café) e camelos, respectivamente. Assim, acredita-se que o SARS-CoV-2 também 
tenha sido transmitido originalmente dessa forma (Zhang, Wu & Zhang2020). O pangolin, 
um mamífero das regiões tropicais da Ásia e África, foi descrito como sendo o hospedeiro 
intermediário mais provável dessa contaminação, porém, vale ressaltar, que outros animais 
também vendidos no mercado de Huanan podem ter transmitido o vírus, como é o caso das 
cobras de diversos gêneros e os morcegos do gênero Rhinolophus (morcegos ferradura), 
hospedeiros originais desse vírus. Em estudo filogenético foi encontrada uma semelhança de 
aproximadamente 96% entre a espécie de coronavírus isolada desses animais e o SARS-CoV-
2. Porém, com o decorrer da pandemia, ficou clara a alta capacidade de transmissão desse 
vírus através do contato entre seres humanos, sendo essa, a principal forma de contagio 
atualmente (Lai, Shih, Ko, Tang & Hsueh, 2020) (Figura 2). 
Figura 2: Esquema da provável origem dos Coronavírus emergentes SARS-CoV, MERS-CoV e SARS-Cov-2 
(Fonte: Jin et al., 2020). 
Historicamente, os coronavírus foram responsáveis por outras duas epidemias, uma 
em 2002-2003 na China, causada pelo SARS-CoV (que atingiu cerca de 8.422 pessoas), e 
outra em 2012, na Arábia Saudita, causada pelo MERS-CoV (Corona vírus da síndrome 
respiratória do oriente médio), que contaminou aproximadamente 2.500 pessoas, tendo um 
índice de mortalidade em torno de 34%. (Hasöksüz, Kiliç & Saraç, 2020). 
Atualmente, após um ano desde o primeiro caso de COVID-19, de acordo com dados 
da Organização Mundial da Saúde - OMS, até o dia dois de dezembro de 2020, foram 
registrados 63.360.234 casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) no 
mundo, e 1.475.825 mortes por COVID-19. Sendo que a pandemia já atingiu cerca de 220 
países, áreas ou territórios em todo o mundo (Who, 2020). 
23 
 
 
No Brasil, segundo os dados atualizados pelo Ministério da Saúde, até o dia um de 
dezembro de 2020, o número de casos confirmados da doença tinha chegado a 6.386.787. 
Desse total, 173.817 pessoas já tinham morrido em decorrência de complicações causadas 
pela infecção, 5.656.498 de indivíduos tinham se recuperado e 556.472 ainda estavam 
recebendo acompanhamento da equipe de saúde (Brasil, 2020). 
No Rio Grande do Norte, o último boletim epidemiológico nº232 de 01 de dezembro 
de 2020 da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), tinha registrado 95.660 casos 
confirmados e 2.695 mortes por COVID-19 (Rio Grande do Norte, 2020). 
A sintomatologia da COVID-19 mostrou ser bastante heterogênea entre os casos 
notificados, variando entre assintomáticos à casos de pneumonia grave, com cerca de 10% 
dos infectados necessitando de ventilação mecânica e internação em UTIs. Além disso, essa 
patologia pode ainda provocar a morte (Lai, Shih, Ko, Tang & Hsueh et al., 2020). 
Na COVID-19, a febre foi o sintoma mais comum observado nos infectados, seguido 
de tosse seca, dispneia (falta de ar), náuseas, diarreia e perda da sensibilidade olfatória, 
podendo, em alguns casos, ocorrer também cefaleia, mialgia e rinorreia. De acordo com a 
sintomatologia apresentada e pelos resultados de exames diversos, os casos de COVID-19 
podem ser classificados em assintomáticos e sintomáticos leves, moderados, graves e 
críticos. A Tabela 1 abaixo mostra os critérios utilizados na classificação (Baj et al., 2020). 
Tabela 1: Classificação dos pacientes com COVID-19 com base na sintomatologia e exames complementares. 
(Fonte: Adaptado de BAJ et al., 2020). 
Classificação dos pacientes com COVID-19 
Assintomático Teste molecular (PCR) para SARS-CoV-2 positivo, mas sem 
quaisquer sintomas ou sinais clínicos e a Tomografia de tórax 
é normal. 
Si
n
to
m
át
ic
o
s 
Leve 
 
Sintomas de infecção aguda do trato respiratório superior, tais 
como: febre, fadiga, mialgia, tosse, dor de garganta, coriza e 
espirros, ou ainda sintomas digestivos como: náuseas, vômito 
e diarreia. Tomografia de tórax normal. 
Moderado 
Presença de sintomas de pneumonia, com febre persistente 
maior que 37,8°C e tosse seca. Na tomografia de tórax é 
visível uma opacidade em vidro fosco e consolidação 
pulmonar. 
Grave 
 
Dispneia, hipóxia, comprometimento pulmonar >50%, 
diarreia, vômito e náuseas. A tomografia de tórax apresenta 
opacidade em vidro fosco, consolidação pulmonar, derrame 
pleural e linfadenopatia. 
Crítico 
Síndrome respiratória aguda grave, deficiência nos 
movimentos, perda da fala e na tomografia de tórax há a 
presença de opacidade em vidro fosco, geralmente bilateral, 
consolidação pulmonar e nódulos pulmonares. Pode ainda ter 
choque séptico, encefalopatia, lesão miocárdica, insuficiência 
cardíaca, coagulação intravascular disseminada e lesão renal 
aguda. 
 
Levando em consideração toda a variedade de sinais e sintomas que estão associados 
à infecção pelo SARS-CoV-2 e a dimensão dessa emergência em saúde pública, a análise dos 
24 
 
 
parâmetros hematológicos, por meio de exames de rotina, como o hemograma e demais 
exames complementares, parece ter um papel central no estabelecimento do prognóstico 
dos casos, essa afirmação se fundamenta no fato de que através dos resultados obtidos e 
avaliados nesses exames é possível observar como o organismo do indivíduo está se 
comportando frente à infecção pelo vírus, e desta forma, apontar precocemente a gravidade 
da doença em cada caso, contribuindo para o correto diagnóstico clínico e tratamento para 
COVID-19. 
2 OBJETIVOS 
Realizar um levantamento bibliográfico, em artigos científicos publicados no ano de 
2020 nas bases de dados online, sobre os parâmetros hematológicos alterados de paciente 
infectados pelo SARS-CoV-2 e assim descrever um possível padrão que ajude a determinar 
um prognóstico mais rápido e/ou a eficácia do tratamento dos casos sintomáticos da COVID-
19. 
3 METODOLOGIA 
Durante o período de julho a agosto de 2020, foi feita uma busca por artigos 
científicos publicados por diversos países naquele ano, nos bancos de dados online Scielo, 
BIREME e PubMed, em Inglês, espanhol e português, usando os descritores: SARS-CoV-2, 
COVID-19, Parâmetros hematológicos e alterações hematológicas, isolados e em 
combinações. Para isso, foram incluídos na pesquisa todos os artigos científicos, de qualquer 
país, publicados em 2020, nas bases de dados especificadas acima, em inglês, espanhol e/ou 
português, que tratassem de alterações hematológicas causadas pela infecção por SARS-
CoV-2. Foram excluídos todos aqueles que não fossem artigos científicos; que foram 
publicados em idiomas diferentes dos especificados acima; que apresentavam qualquer 
outra alteração causada pelo SARS-CoV-2 que não fosse de origem hematológica; que 
apresentassem qualquer alteração hematológica que não fosse decorrente da COVID-19 
e/ou qualquer artigo que apresentasse alterações hematológicas decorrentes de infecções 
por Coronavírus que não foi publicado durante a pandemia de COVID-19. Os resultados 
foram organizados e analisados por meio do Software SPSS® e de estatística descritiva. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Após a busca nos bancos de dados online Scielo, BIREME e PubMed, por meio das 
combinações dos descritores e o uso dos critérios de inclusão e exclusão, durante o período 
proposto, foram selecionados 14 artigos científicos em Inglês e português (não houve artigos 
publicados em espanhol que atendesse os critérios usados), publicados por diversos países. 
Dentre essas publicações, na maioria dos casos de COVID-19 sintomática, os pacientes eram 
indivíduos do sexo masculino, como mostra a Tabela 2. Seis desses artigos descreveram os 
indivíduos do sexo masculino como a maioria dos pacientes internados nos hospitais e com 
doença mais grave, somente uma publicação apontou que a maioria da amostra era de 
indivíduos do sexo feminino e sete deles não informaram os sexos dos envolvidos no estudo. 
Dentre os artigos citados, Slomka, Kowalewski e Zekanowska (2020), sugerem que pertencer 
ao sexo masculino é um fator de risco para a infecção por SARS-CoV-2, porém, não trazem 
dadosestatísticos que embasem essa informação. 
25 
 
 
Tabela 2: Alterações hematológicas mais comuns e com valor prognóstico em casos de infecção por SARS-
COV-2. [Hb]: Concentração de hemoglobina. TP: Tempo de protrombina. VHS: Velocidade de 
Hemossedimentação. (Fonte: Autoria própria). 
Parâmetros avaliados 
Quantitativo de artigos que relataram alterações para cada 
parâmetro avaliado 
Sexo dos indivíduos 
Mais de 50% dos 
indivíduos era do sexo 
masculino 
Mais de 50% dos 
indivíduos era do sexo 
feminino 
Não informado 
6 1 7 
Alterações nas hemácias 
Diminuição da [Hb] 
Aumento da VHS e 
diminuição da [Hb] 
Não informado 
2 2 10 
Alterações nas plaquetas 
Trombocitopenia Não informado 
11 3 
Alterações nos leucócitos 
Linfócitos associados com 
leucopenia 
Aumento dos neutrófilos 
11 5 
Alterações na coagulação 
D-Dímero D-Dímero e TP Não informado 
4 4 6 
 
Correlacionando os dados dos estudos analisados com os disponibilizados na 
plataforma online do Laboratório de inovação tecnológica em saúde da UFRN (LAIS-UFRN), 
para o Estado do Rio Grande do Norte, observa-se que por mais que os indivíduos do sexo 
feminino sejam a maioria a realizarem testes diagnósticos e, portanto, representarem o 
maior número de casos confirmados, no número de indivíduos que foram a óbito, há o 
predomínio de pessoas do sexo masculino, o que pode indicar que esse grupo apresenta um 
curso mais grave da infecção, e que estaria de acordo com os dados apresentados por outros 
pesquisadores em outros países (Tabela 3). 
Nos artigos avaliados, já apresentados na Tabela 2, a maior parte dos achados 
hematológicos nas infecções por SARS-CoV-2 está relacionada com os leucócitos, as células 
de defesa do nosso organismo, com as plaquetas, células envolvidas em processos da 
hemostasia primária, e também com as proteínas relacionadas à coagulação. Além disso, 
alguns estudos apontam leves alterações nas hemácias, porém sem muita relação com a 
gravidade dos casos analisados. 
Algumas revisões consultadas para este trabalho, como é o caso de Xavier et al. 
(2020), mencionavam uma alteração na concentração de hemoglobina nos pacientes com 
COVID-19, porém as informações sobre este parâmetro são muito heterogêneas, não sendo 
um indicador muito avaliado para o prognóstico dessa patologia. Segundo Liu, Zhang e He 
(2020), a anemia não foi um achado muito comum nos pacientes hospitalizados, entretanto, 
mostrou ter uma tendência decrescente em casos críticos da doença. Ademais, esses 
autores citaram ainda, que havia um aumento na velocidade de hemossedimentação (VHS) à 
medida que o estado clínico do paciente se deteriorava. Esses achados sobre o aumento dos 
valores de VHS confirmam a sua ligação clássica com os processos inflamatórios, 
26 
 
 
considerando que o quadro de COVID-19, por si só, leva a um processo inflamatório 
generalizado, sendo essa a causa principal da morte, na maioria dos casos. 
 
Tabela 3: Faixa etária por sexo dos pacientes que fizeram teste para COVID-19, dos que deram positivo e dos 
que foram a óbito em decorrência da doença no Rio Grande do Norte até o dia 12/12/2020. Fonte: Adaptado 
de LAIS-UFRN (2020). 
Sexos 
Faixa etária 
0
-4
 
5
-9
 
1
0
-1
4
 
1
5
-1
9
 
2
0
-2
4
 
2
5
-2
9
 
3
0
-3
4
 
3
5
-3
9
 
4
0
-4
4
 
4
5
-4
9
 
5
0
-5
4
 
5
5
-5
9
 
6
0
-6
4
 
6
5
-6
9
 
7
0
-7
4
 
7
5
-7
9
 
8
0
-8
4
 
8
5
-8
9
 
9
0
-9
4
 
9
5
-9
9
 
1
0
0
 
Masculino- 
Pacientes 
testados 3
.7
8
9
 
3
.4
2
1
 
3
.9
4
1
 
7
.8
5
5
 
1
9
.7
7
6
 
2
6
.9
6
5
 
3
0
.3
9
7
 
3
1
.8
7
3
 
2
6
.6
0
9
 
2
0
.7
3
9
 
1
7
.6
3
4
 
1
4
.7
8
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1
0
.6
6
3
 
7
.4
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6
 
5
.9
8
9
 
4
.3
4
9
 
3
.1
9
3
 
1
.1
0
8
 
9
5
0
 
3
9
4
 
1
1
9
 
Feminino- 
Pacientes 
testados 3
.2
2
7
 
3
.2
6
7
 
4
.3
3
0
 
9
.5
8
6
 
2
2
.4
3
8
 
3
2
.6
9
0
 
3
7
.2
9
3
 
3
8
.3
3
4
 
3
3
.7
9
1
 
2
7
.0
5
2
 
2
4
.5
0
5
 
2
0
.5
8
7
 
1
3
.8
7
3
 
9
.2
7
0
 
7
.1
4
5
 
4
.6
8
3
 
3
.8
4
0
 
2
.3
9
4
 
1
.2
8
6
 
5
2
6
 
1
6
5
 
Total 
7
.0
1
6
 
6
.6
8
8
 
8
.2
7
1
 
1
7
.4
4
1
 
4
2
.2
1
4
 
5
9
.6
5
5
 
6
7
.6
9
0
 
7
0
.2
0
7
 
6
0
.4
0
0
 
4
7
.7
9
1
 
4
2
.1
3
9
 
3
5
.3
7
4
 
2
4
.5
3
6
 
1
6
.7
5
6
 
1
3
.1
3
4
 
9
.0
3
2
 
7
.0
3
3
 
3
.5
0
2
 
2
.0
7
6
 
9
2
0
 
2
8
4
 
Masculino-
Pacientes 
com COVID-
19 
3
9
1
 
3
9
8
 
5
7
3
 
1
.3
2
4
 
3
.2
9
7
 
4
.9
1
9
 
5
.7
9
3
 
6
.4
1
9
 
5
.5
6
3
 
4
.5
4
7
 
3
.8
0
3
 
3
.2
4
8
 
2
.4
1
0
 
1
.7
1
8
 
1
.3
9
5
 
9
6
4
 
6
9
1
 
4
2
0
 
2
1
0
 
7
5 
2
3 
Feminino-
Pacientes 
com COVID-
19 
3
6
9
 
3
8
7
 
6
7
1
 
1
.5
1
9
 
3
.5
1
0
 
5
.3
9
5
 
6
.6
5
3
 
6
.9
5
5
 
6
.1
7
3
 
4
.9
6
1
 
4
.6
7
7
 
4
.0
5
6
 
2
.9
8
8
 
2
.0
3
6
 
1
.7
0
5
 
1
.1
0
0
 
9
3
1
 
5
1
2
 
2
6
6
 
1
1
3
 
3
1
 
Total 7
60
 
7
85
 
1
.2
4
4
 
2
.8
4
3
 
6
.8
0
7
 
1
0
.3
14
 
1
2
.4
46
 
1
3
.3
74
 
1
1
.7
36
 
9
.5
0
8
 
8
.4
8
0
 
7
.3
0
4
 
5
39
8
 
3
.7
5
4
 
3
.1
0
0
 
2
.0
6
4
 
1
.6
2
2
 
9
32
 
4
76
 
1
88
 
5
4 
Masculino – 
óbitos por 
COVID-19 
3 2 2 1 1
0 
1
7 
2
5 
3
2 
5
6 
6
2 
9
1 
1
40
 
1
30
 
1
55
 
2
05
 
1
74
 
1
88
 
1
09
 
7
6 
3
0 
1
1 
Feminino – 
Óbitos por 
COVID-19 
5 1 0 4 9 7 1
6 
2
6 
3
6 
2
8 
5
6 
8
0 
9
6 
1
14
 
1
56
 
1
48
 
1
76
 
1
34
 
8
2 
3
7 7 
Total 8
 3 2 5 1
9 
2
4 
3
1 
4
8 
9
2 
9
0 
1
47
 
2
20
 
2
26
 
2
69
 
3
61
 
3
22
 
3
64
 
2
43
 
1
58
 
6
7 
1
8 
27 
 
 
A hemoglobina, nos indivíduos adultos, é um heterotetrâmero composto por quatro 
subunidades de globinas que têm a função primária de transportar moléculas de oxigênio 
dos pulmões para o restante do corpo, além de captar o CO2 abundante nos tecidos 
periféricos e transportar aos pulmões para expiração. Dessa forma, essa molécula auxilia no 
equilíbrio ácido-básico, sendo considerada um parâmetro a ser analisado nos casos de 
COVID-19, já que essa doença, geralmente, é associada à falta de oxigenação, e uma 
diminuição muito acentuada da concentração de hemoglobina pode piorar ainda mais os 
casos das pessoas afetadas, principalmente se o indivíduo apresentar outras comorbidades, 
como hipertensão e diabetes (Taneri, et al., 2020). De acordo com a Organização Mundial da 
Saúde (OMS), são considerados baixos níveis de hemoglobina, para adultos do sexo 
masculino, uma concentração abaixo de 13 g/dL, e para adultos do sexo feminino, abaixo de 
12 g/dL (WHO, 2011). 
Outro parâmetro relacionado às hemácias, citado pelos estudos, é a velocidade de 
hemossedimentação (VHS), que consiste na medida da taxa de sedimentação das hemácias 
quando o sangue anticoagulado é colocado em um tubo graduado na posição vertical por 
um determinado tempo. Esse exame é uma estimativa do grau de inflamação geral, sendo 
considerado um teste não específico, ao passo que pode apresentar alterações em 
decorrência de vários fatores, como por exemplo, idade, gravidez, presença de anemia 
falciforme e hábitos de vida como o tabagismo (Alende-Castro et al., 2019). 
Com relação à contagem de plaquetas, o achado mais relevante foi a 
trombocitopenia, ou seja, uma diminuição no número total de plaquetas circulantes, que em 
muitos artigos, como Chen et al. (2020), também foi associada a um mau prognóstico do 
paciente, pois baixos níveis de plaquetas em pacientes com COVID-19 grave refletem 
quadros de coagulação intravascular disseminada (CIVD), que podem levar o indivíduo ao 
óbito de forma mais rápida. 
As plaquetas são células anucleadas, derivadas da fragmentação citoplasmática dos 
megacariócitos, e que têm sua principal função voltada para a manutenção da hemostasia 
primária,que ocorre, inicialmente, por meio da ligação entre as glicoproteínas (Gp) de 
adesão presentes na membrana plaquetária, em especial o complexo Gp Ib-XI-V e Gp VI, à 
componentes endoteliais, como o fator de Von Willebrand e o colágeno da matriz 
extracelular. Após esse início, ocorre o processo de agregação plaquetária, mediada pela 
liberação dos conteúdos granulares e pelo receptor Gp IIb/IIIa, que possibilita a formação de 
pontes entre as plaquetas, uma vez que esteja ligado ao Fator de Von Willebrand ou ao 
fibrinogênio, culminando no tampão plaquetário, o qual ajuda a manter a hemostasia e evita 
processos hemorrágicos (Tomaiuolo; Brass & Stalker, 2017). 
Zhang et al. (2020), explicam possíveis mecanismos para a trombocitopenia na 
infecção pelo SARS-CoV-2, como por exemplo, o ataque viral às células tronco 
hematopoiéticas, mediado pela ECA-2 expressa em tecidos hematopoiéticos e linfoides. 
Esses autores apontam ainda que a diminuição da maturação e diferenciação dos 
megacariócitos, por meio da diminuição da produção da trombopoetina (TPO), que é 
sintetizada por uma variedade de células, como os hepatócitos, seria outro possível 
mecanismo. Essa relação ocorre porque os hepatócitos também expressam a ECA-2 e, desta 
forma, podem ser infectados pelo SARS-CoV-2, que leva a um dano hepático. Esse dano 
dificulta a produção de TPO, e eventualmente, inibe a diferenciação e maturação dos 
28 
 
 
megacariócitos, os precursores das plaquetas. E por fim, Zhang e colaboradores explicam 
ainda, que ocorre o aumento na depuração e consumo das plaquetas, bem como danos 
pulmonares, que podem ser outros mecanismos para a infecção. 
Em relação aos leucócitos e o SARS-CoV-2, quando foi realizada a busca por dados, 
pôde-se observar que a alteração mais relatada nos estudos foi a presença de uma 
significativa linfopenia (diminuição na contagem de linfócitos circulantes), a qual era 
bastante notável na admissão dos pacientes. Segundo Guan et al. (2020); Ding et al. (2020) e 
Zhang et al. (2020), que na China analisaram, caso a caso, os dados dos prontuários de 
pacientes com diagnóstico laboratorial positivo para COVID-19, a linfopenia foi identificada, 
em média, em cerca de 70,9% dos infectados. Esse achado laboratorial mostrou ser 
inversamente proporcional à gravidade da doença, sendo mais alto em pacientes que 
tinham casos leves ou que se recuperaram, e mais baixo naqueles que evoluíram com 
doença grave ou crítica, bem como naqueles que não sobreviveram ao vírus (Chen, et al., 
2020). 
Ainda segundo Chen e colaboradores (2020), com relação à contagem global de 
leucócitos, o que ficou evidente foi à existência de uma mudança dinâmica entre leucopenia 
e leucocitose. Eles notaram que no início da doença predominava, na maioria dos relatos, 
uma leucopenia acompanhada de uma linfopenia. Entretanto, nos pacientes que 
apresentaram um pior prognóstico ou morreram de COVID-19 ocorreu um aumento 
significativo no número de neutrófilos. Isso fazia com que a contagem total dos leucócitos 
aumentasse bastante, mesmo ainda tendo níveis baixos de linfócitos. 
Dentre os leucócitos, os linfócitos são as células que estão associadas à defesa de 
infecções virais, e geralmente, no hemograma de indivíduos com doenças virais, encontram-
se aumentados em número como resposta à presença do vírus. Porém, nos casos de COVID-
19 mais graves, foi observada uma diminuição acentuada dessas células, assim, a contagem 
diferencial dos leucócitos com linfopenia, tornou-se um bom medidor prognóstico para 
avaliar a gravidade da doença (Terpos, et al., 2020). Além disso, foi observado, em lâminas 
de esfregaço sanguíneo de pacientes com COVID-19, um aumento na contagem de linfócitos 
reativos ou atípicos, que são linfócitos com alterações morfológicas decorrentes da presença 
do vírus, quando comparados com infecções por outros coronavírus, como o SARS-CoV e 
MERS-CoV (Fan, et al., 2020). 
Ainda segundo Terpos et al. (2020), um dos fatores que pode explicar o fenômeno da 
baixa contagem de linfócitos, observada no leucograma, pode estar relacionado com o fato 
do SARS-CoV-2 utilizar a enzima conversora de angiotensina-2 (ECA-2) como receptor para 
entrar nas células do hospedeiro. Nesse contexto, é importante explicar que os linfócitos 
possuem a ECA-2 em suas membranas, o que os tornam alvos da infecção pelo vírus e, 
posteriormente, após a multiplicação viral, os levem à lise e consequente linfopenia, uma 
baixa no número dos linfócitos. 
Com relação aos neutrófilos, a literatura mostra que, conforme a COVID-19 progride 
com sintomatologia mais grave, há um aumento proporcional no número de neutrófilos, 
provavelmente atraídos pelas citocinas, como CXCL-2 e CXCL-8, que podem aumentar a 
migração de neutrófilos para o local da infecção. Além disso, as armadilhas extracelulares de 
neutrófilos (Neutrophil extracellular traps -NETs), que são teias extracelulares de DNA e 
29 
 
 
histonas, liberadas pelos neutrófilos como um dos mecanismos para tentar controlar a 
infecção, são associadas ao aumento do quadro inflamatório e podem contribuir para o 
quadro de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Portanto, a análise dos neutrófilos no 
leucograma torna-se um parâmetro importante para descrever a progressão da COVID-19, já 
que está associada a um pior prognóstico, quando alterada (Wang, et al. 2020). 
Em um estudo sobre as alterações morfológicas observadas em esfregaços 
sanguíneos de pacientes com COVID-19, Zini, Bellesi, Ramundo & d’Onofrio (2020) relataram 
que nos neutrófilos essas alterações estão relacionadas à granulação nuclear e 
citoplasmática, principalmente à presença de granulações escuras aglomeradas no 
citoplasma (semelhante a grânulos tóxicos) e áreas agranulares periféricas azuis claras. Esses 
autores notaram ainda a presença de neutrófilos com núcleos não segmentados ou 
picnóticos, evidenciando a apoptose dessas células. 
Com relação aos linfócitos, esses autores descreveram que a alteração mais 
observada foi a atipia linfocitária e alguns deles eram do tipo linfoplasmocitoide. 
Considerando que a ocorrência de linfócitos reativos parece ser maior na COVID-19 que em 
outras doenças causadas por vírus da mesma família, esse achado laboratorial, segundo Fan 
e colaboradores (2020), pode ser utilizado para diferenciar a infecção pelo SARS-CoV-2 
daquela causada por outros coronavírus. 
Sobre os achados relacionados à coagulação, Slomka; Kowalewski e Zekanowska 
(2020), relataram que o aumento nos níveis de D-dímero e o alargamento do tempo de 
protrombina (TP), são as anormalidades mais encontradas nos casos de COVID-19, estando 
diretamente relacionados com a gravidade e necessidade de cuidados intensivos dos 
pacientes, uma vez que estão associados a riscos mais elevados de eventos trombóticos e 
hemorrágicos. 
O processo da hemostasia secundária, que envolve a participação de diversos 
componentes enzimáticos e alguns íons, pode ser ativado por meio de duas vias, a via 
intrínseca, que é iniciada através do contato do sangue com componentes teciduais, como o 
colágeno, por exemplo, e a via extrínseca, iniciada a partir do sistema de lesão endotelial 
com o contato do sangue com o fator tecidual (tromboplastina). Ambas as vias culminam 
com a ativação do fator X, na chamada via comum da coagulação, cujo produto final é a 
formação de uma malha firme de fibrina, que impede, em casos de sangramentos, que o 
local volte a sangrar (Hoffbrand e Moss, 2013). 
O monômero de fibrina formado no processo de hemostasia secundária é composto 
por um domínio E e dois domínios D, que são ligados de maneira covalente e estabilizados 
pelo fator XIIIa. Esse monômero é desfeito no final desse processo pela ação da enzima 
plasmina, que cliva a fibrina em uma mistura heterogênea, denominada de produtos de 
degradação da fibrina (PDFs). Entre esses produtos encontra-se o D-Dímero, que 
corresponde aos domíniosD da fibrina que permanecem unidos por ligação covalente mais 
forte. (Weitz, Fredenburgh & Eikelboom, 2017). 
Sendo assim, o exame para a detecção dos níveis de D-dímero serve como um 
marcador de que está havendo ativação do sistema de coagulação e subsequente 
fribrinólise, sendo importante para o acompanhamento de pacientes com suspeita de 
30 
 
 
tromboses, embolias e coagulação intravascular disseminada (CIVD), observadas na COVID-
19 (Johnson, Schell & Rodgers, 2019). 
De acordo com Connors & Levy (2020), alguns casos de COVID-19, principalmente os 
que precisam de internação em unidades de terapia intensiva (UTIs), apresentam uma 
inflamação profunda, decorrente da tempestade de citocinas pró-inflamatórias típica dessa 
infecção, a qual pode promover a ativação exagerada da cascata de coagulação, e levar os 
pacientes a um estado de CIVD. Além disso, há, com frequência, a lesão das células 
endoteliais (que possuem a ECA-2), expondo o fator tecidual e dando início à via extrínseca 
da coagulação. O exame que avalia as alterações nos fatores da via extrínseca é o Tempo de 
protrombinia (TP), que pode encontrar-se alargado na COVID-19, sendo utilizado para o 
acompanhamento dos pacientes sintomáticos (Long, et al., 2020). 
Um estudo realizado em Singapura por Fan e colaboradores (2020), com 67 
pacientes, também chegou às mesmas conclusões dos estudos anteriores, para o qual os 
pacientes apresentavam maior prevalência de linfopenia, leucopenia e trombocitopenia 
entre as alterações hematológicas observadas. Os mesmos resultados foram observados por 
Wang, Jiang, Chen & Montaner (2020) e Zeng, et al. (2020), em estudos de revisão de 
literatura. 
5 CONCLUSÃO 
Diante da análise dos dados obtidos por diversos pesquisadores pelo mundo e aqui 
apresentados, fica claro que as principais alterações hematológicas percebidas durante a 
COVID-19, que são preditivas de mau prognóstico para a doença, são a linfopenia, a 
neutrofilia, o aumento da concentração do D-dímero e o alargamento do TP. Já as principais 
alterações hematológicas preditivas de um bom prognóstico durante a infeção pelo SARS-
CoV-2 são a linfocitose, valores normais de D-Dímero e do TP. 
Desta forma, torna-se evidente a importância do conhecimento acerca das alterações 
hematológicas na COVID-19, já que conseguem identificar rapidamente quais pacientes tem 
maiores chances de necessitar de terapia intensiva, aumentando assim as chances de 
sobrevida dos infectados. 
 
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