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Dermatoses Eczematosas • Eczema – em grego quer dizer ebulir; Ele apresenta alguns sinais e sintomas Sinais: • Eritema (vermelhidão) • Edema • Vesiculação • Secreção • Crostas • Liquenificação – acentuação dos sucos da pele Sintomas • Prurido • Ardor Classificação • Quanto ao tempo: Agudo, Subagudo e Crônico • Quanto ao mecanismo imunológico: alérgico, irritativo, fotoalérgico e fototóxico • Etiologia • Endógeno ou Exógeno 1) Eczema agudo: • Lesão eritema acastanhado (parece com uma queimadura) • Edema • Vesiculação • Pode ter um aspecto úmido • Vesículas no histopatológico 2) Eczema subagudo: • Eritema • Exudação • Crostas finas • Inicio da liquenificação 3) Eczema crônico • Eritemato-acastanhado • Crostas aderidas e grossas • Liquenificação acentuada • Fissuras • Ponta de dedo, calcanhar e pé • Laudo: acantose psorisiforme (aumento da camada córnea com presença de fibrina) • Dermatite de contato • Dermatite atópica • Eczemátide • Eczema asteatótico • Eczema numular • Eczema disidrótico • Eczema de estase • Eczema por autosensibilização • Liquen simples crônico • Eczematizzação: processo sobre a doença de base (dermatite seborreica ou eczema microbiótico) • Eczema simili: deficiência de zinco, biotina e defeitos genéticos metabólicos. De acordo com a idade os eczemas estão mais presentes • Infância → eczema atópico e eczema numular • Adulto → eczema de contato • Idosos → eczema asteatótico ou eczema de estase Eczema Asteatótico: • Aspecto Ictiose símile: pele ressecada com aspecto de escamas secas • Aparência de pele rachada ou craquelada ocasionalmente com fissuras • Extremidades, flancos e linhas axilares • Piora durante o inverno • Idoso com alteração da qualidade de lipídios da pele o Redução hormonal o Senilidade o Má nutrição o Desengorduramento da pele o Uso de diuréticos o Redução da umidade do ambiente o Dano actinico Eczema desidrótico • Ocorre em pacientes mais jovens como mulheres, na adolescência e adultos jovens • Vesículas predominante na lateral dos dedos/palmas e plantas (simétrico – bilateral) • Vesiculas com aspecto de tapioca (rendilhada) • Dor antes de estourar • Caráter rescidivante • Desencadeantes: o Infecções bacterianas o Níquel e borracha (brincos e sandálias) o Atopia o Stress • Diagnostico Diferencial: Infecção fúngica Eczema de estase • eczema varicoso ou hipostático • alteração da microcirculação(drenagem linfática) – idosos ou indivíduos com atividades que fiquem muito tempo em pé (varizes) • terço inferior das pernas, dorso dos pés • aspecto subagudo com placas eritematosas irregulares e simétricas (bilateral) • Pode estar localizado em cima de varizes • Se não tratado pode ser porta de entrada para ulcera e erisipela • Grupo de risco: o Mulheres o Pos parto o Obeso o Doença vascular periférica • Diagnostico diferencial: ➔ Dermatite ocre (figura ao lado 1) o Atrofia da pele o Deposito de hemossiderina ➔ Erisipela ➔ Psoríase Eczema por autossensibilização • Eczema que desenvolve em sítio distante do foco inicial • Não é justificado pelo quadro inicial o Eczema de estase o Dermatite de contato • Hiperirritabilidade cutânea devido a fatores imunológicos e não imunológicos Líquen Simples crônico (neurodermite) • Placa liquenificada bastante pruriginosa de evolução crônica e progressiva • Mais comum em mulheres • A coçadura é responsável pela liquenificação • Compulsão • Fatores agravantes: estase, trauma e xerose Figura 3 – eczema por autossensibilização Figura 1 – dermatite ocre Figura 2 Figura 4 – liquen simples crônico Eczemátide • Processo comum em crianças na faixa etária escolar • Rosto (no cantinho da boca) e na face extensora dos membros • Placas hipocromicas com uma descreta descamação • Relacionado ao hábito errado de banho, praia e piscina • Tratamento: hidratação e imunomoduladores tópicos • Pacientes com tendencia a xerose: atópicos, crianças e idosos • Alterar hábitos de banho • Sem estigmas de dermatite atópica; Dermatite atópica • Conceito: curso crônico e redicivante de surtos de eczema por estar associado com asma e rinite • 60-70% evolui com melhora – ativação de hormônios sexuais (aumento da produção sebáceas) • Diagnostico baseado em critérios • Discreto predomínio do sexo feminino • Marcha atópica o Dermatite atópica → rinite → asma (asma progressiva) • Eczema atópico o Fatores genéticos o Fatores ambientais o Fatores imunológicos o Fatores psicológicos ➔ Fatores genéticos: o Historia de asma e rinite em 30% o Alterações estruturais da pele (enzimas, proteínas e gene filagrina → os produtos de degradação contribuem para hidratação da pele; uma heterozigose do gene da filagrina gera 50% menos desse produtos; homozigose → dermatite atópica grave) o Exarcebação imunológica o Herança poligênica; HLA controverso ➔ Fatores ambientais o Umidade do ar o Contato com irritantes primários o Hábitos de banho o Staphylococcus aureus ▪ Presença permanente do AS. ➔ Fatores psicológicos o Prurido crônico o Relações familiares o Privações o Tratamento • Alterações de permeabilidade da pele do paciente atópico o Diminuição das ceramidas 1 e 3 o Diminuição do conteúdo de acido graxos livres o Alteração enzimática: redução da delta 6 desaturase aumenta a corneodesmolise → Coesões perdidas precocemente o Redução da filagrina: produtos sãos Figura: eczemátide – placas hipocromicas • Na fase aguda ocorre uma disfunção de barreira, os produtos que estimulam esse processo, como cloro, perfume e ácaros, sthaphylococcus ativam as células apresentadoras de antígenos (células de laygehan e dentriticas); • Na fase incial essas células estimulam células Th2 que permitem com que os queratinócitos promovam uma hiperproliferação. • Na fase crônica há ativação da resposta Th17, Th22 e Th1 • Aumento da proteína S 100 (morte de microorganismos) • Acantose psorisiforme e hiperproliferação dos queratinócitos Diagnostico de dermatite atópica • Critérios maiores: o Pruridos o Localização do eczema o Tendencia a cronicidade e recidiva ➔ Localização do eczema: • Fase do lactente → face extensoras, cotovelo, bochechas e joelho face extensora o Face, couro cabeludo e pescoço o Lesões eritematosas, papulosas ou papulo-vesiculares, evoluindo para descamação com exsudato seroso Dermatite atópica do lactente • Fase infantil e pré-puberal → pescoço, face interna do cotovelo (fossa anticubital), face palmar e fossa poplítea; o Pescoço, fossa poplítea e anti0cubitais, dorso da mão e tornozelos Dermatite atópica do infantil • Fase adulto/ adolescente → faces extensoras dos braços, fossa poplítea; o Placas espessadas com muita liquenificação o DD: tinha da mão / granuloma anular. • Critérios menores de diagnostico ➔ Xerose (pele seca) Xerose ➔ Pitiríase alba (6-12 anos) o Descamação o Placas irregulares o Diagnostico diferencial com ptiriase versicolor e micose fungoide hipocromiante Ptiriase alba ➔ Ceratose pilar (aumento da pele na saída do pelo – bolinha áspera no pelo) Ceratose pilar ➔ Palidez centro-facial ➔ Sinal de Hertog – madarose por trauma - coceira (perda da sobrancelha na lateral) ➔ Prega deDennie Morgan o Prega na região da pálpebra inferior o Pigmentadas Outras manifestações de dermatite atópica: Dermatite Palmo Plantar Juvenil • Dermatite atópica que começa pelo pés • Liquenificação com pele brilhante e fissuras simétricas palmas ou plantas • Presença de crostas e fissuras • Sem lesão no dorso ou interdigital • Dermatite atópica / hipotireoidismo • Evitar sapatos impermeáveis, emolientes oclusivos (parafina) e ceratolitidos • Corticoide tópico nas crises • Diagnóstico diferencial com psoríase, dermatite de contato e eczema desidrotico • Outras manifestações: o Hiperlinearidade palmo-plantar o Dermografismo branco o Conjuntivite o Ceratone o Catarata anterior subcapsular o Prurigo (bolhinhas que coçam) → Sinal de hertog Dermatite palmo-plantar juvenil Eczema Numular • Eczema atípico, recidivante e deficil tratamento • Lesão arredondada hiperseratotica com crosta na periferia • NUMULAR: formato de moeda ou lua • Etiologia sem elucidação • Isolado ou associado com eczema • Estimulo antigênico? • Piora no inverno e melhora no vela • 50-60 anos • Diagnostico diferencial com tinha Clínica • Pernas > braços • Placas ceratoticas bem delimitadas • Ovais ou redondas • Crostas melicéricas • Involução central e progressão lenta na periferia • Lesões múltiplas • Surtos durante semanas ou meses • Pode evoluir com cicatriz Exames Laboratoriais para Dermatite atópica • Nenhuma a princípio • IGE – não da diagnostico de DA em 80% dos casos → não estar relacionado com a gravidade o Não indica prognostico o Não indica tratamento o Solicitar nos graves DA para avaliar síndrome da Hiper IGE e indicação de imunobiológicos • Manutenção da lesão localizada → Dermatite de contato presente? → teste de contato • Possível agravamento ambiental? → RAST/Prick test • Possível alergia alimentar? → teste alimentar • Exames ferais se necessário imunossupressor oral Dermatite de contato • Causada por substancias que entram em contato com a pele levando a uma reação inflamatória • Etiologia exógena → agentes externo ao organismo são os fatores desencadeantes • Corresponde a 25-30% das dermatoses ocupacionais Produtos ocupacionais, medicamentos, cosméticos, sapatos e roupas 1. Irritação primária 2. Alérgica 3. Fototóxica 4. Fotoalérgica Dermatite de contato por irritante primário • Ocorre alteração dos Queratócitos da epiderme por ação caústica da substância • Não é uma alergia (sem ige e sem sensibilização) • Quebra da barreira cutânea por uma susbtancia custica ou degermante • Dano da barreira é acompanhada por uma resposta imunológica (TNF-alfa, IL6 e IL2) sem IgE • É a forma mais frequente da dermatite de contato→ 60% de todas as dermatoses ocupacionais • Subtipos o Absoluto → eczema agudo → dano tecidual intenso agudo imediatamente ocorre ardor e eritema (queimadura) o Retardado (8-24hrs) → eczema subagudo → dano subagudo após algum tempo; ex: podofilina, antralina o Relativo (mais comum) → eczema crônico → dano de baixa intensidade e crônico, necessita-se de vários contatos com a substancia para desenvolver a alergia e pode apresentar meses depois • Dermatite amoniacal o Traumático: urina, fezes + oclusão da fralda o Infecções secundárias por cândida, B.fecallis, stafilo, strepto ou pseudomonas. Dermatite de contato absoluta Dermatite de contato relativa por sabão Dermatite de contato relativa por saliva Dermatite amoniacal • Mecanismo de Hardening o Fenômeno de aumento da espessura da camada córnea → forma protetora o Semelhante a dermatite irritativa mas ocorre uma adaptação do individuo o Cabeleireiros e empregadas domesticas Dermatite de contato alérgica • Reação de hipersensibilidade tipo 4 • Haptenos → fragmentos de níquel → carregados até a celula dentritica → linfonodos → estimulação de linfócitos • 2 contato → 24hrs → dermatite • Propriedades necessárias para DAC o Agente lipofílico → penetram com maior facilidade na pelo do que produtos hidrofílicos o Tamanho molecular → baixo peso molecular para atravessarem o extrato com facilidade o Formar haptenos → complexos estáveis com proteínas do hospedeiro; o complexo hapteno-proteina é processado pelas células de Langerhans; • DAC ao níquel o Mais frequente alérgeno de contato o Todos os grupos etários, principalmente acima de 10 anos o Sensibilidade muito comum em mulheres o Brinco: fator de risco Dermatite de contato alérgica ao níquel • DAC a borracha • DAC a desodorante • DAC a esmalte → manifestação na pálpebra Mecanismo de Hardening Dermatite de contato fototóxica • Igual por irritante primário com a diferença que a substância se torna irritante quando sua estrutura química é modificada pelo sol • Comum • Psoralênicos ou furocoumarinas: limoeiros, figueira, cajuzeiros e fitofotodermatoses (assimétricos) • Medicamentos orais: furosemida, AINES, tetraciclinas, hidroclorotiazida, amiodarona (simétricos) Dermatite de contato fotoalérgica • A diferença é que a substancia necessita ser irradiada pela luz para se tornar um alérgeno • Menos frequente • Mecanismo reação imunológica do tipo 1 • Localiza-se em áreas expostas, mas ,por sensibilização pode afetar áreas não expostastas por contiguidade o Anti-histaminicos de uso tópico → fernegam o Perfumes o Antiinflamatorios não esteroidais o Antimicoticos tópicos Dermatite de contato alérgica por aerossóis • Xerose, Liquenificação e bolhas • Comum em faces, pálpebras, pescoço e pré-esternal, braços • Plantas, resinas naturais, plástico, colas, metais, inseticidas • AROEIRA (Era venenosa) Dermatite de contato alérgica sistêmica • Muito raro • Exantema flexural e intertriginoso simétrico relacionado a droga (SDRIFE) ou sindorme do babuíno: Rash bem delimitado nos glúteos e área genitais • Exarcerbação em locais bem delimitados + eczemas de mãos vesicular • Sensibilização prévia • Teste de contato positivo o Metais como níquel (agua encanada, maçaneta), cobalto, cromo, ouro e mercúrio o Neomicina, penicilina, sulfonamida e glicocorticoides Dermatite de contato não eczematosas • DC tipo eritema multiforme o Plantas (prímula, hera) o Madeiras (caviuna, jacarandá) o Compostos químicos (formaldeídos e epóxi-resina) o Medicamentos (etilenodiamina, neomicina e sulfonamidas) • DC purpurica, liquenoide, hipercromiante, hipocromiante, aneiforme e uteicariforme (morango, tomate e látex) Diagnostico da Dermatite de contato • História + exame físico • Teste de contato (somente naquelas alérgicas) → 70% de sensibilidade e 80% especificidade o DAC: sempre o DCIP: vem sempre negativo; porem pode acontecer sensibilização secundária o Eczema recidivado sem agente causal obvio o Dermatite atópica não controlada o Afastamento do provável não resulta em melhora Como é feito? ➔ Paciente controlado (sem muitas lesões) ➔ Alergeros específicos em petrolatum aplicados em sequencia ➔ Controle positivo com Lauril éter 0,25% ou um ácido não iônico-irritante ➔ Remove em 48hros ➔ Leitura em 96horas ➔ Releitura em 7 dias ➔ Positivo em 2 leituras ou se piorar ➔ Medicamentos que alteram o teste de contato o Anti-histaminicos dose baixa e cromoglicato: pouco efeito o Corticoide oral > 20mg/dia o Corticoide tópico potente: parar 5-7 dias antes o Imunomoduladores (ciclosporina e azatioprina) o AAS, PUVA, UVB • Síndrome das costas irritadas o Sensibilização a alérgenos > 5 próximos o Teste não tem valor o Esperar 2 meses para repetir • Photo Patch teste (foto alérgico) o Removecom 48horas e irradia um lado o Leitura em 96horas o Releitura em 7 dias Tratamento Objetivos • Evitar os agravantes • Repor a barreira cutânea • Controlar o prurido • Controlar a inflamação • Evitar infecções Agravantes • Colocar barreiras mecânicas • Evitar poeira // cloro • Tratamento de outras alergias e hipersensibilidades Hábitos de lavagem • Reduzir a frequência • Sabão suave ou sem sabão • Hidratação em até 5 minutos Anti-histamínicos até controle do quadro • Não sedante por 3 semanas • Loratadina, fexofenadina, desloratadina e bilastina • Associação de anti-histaminicos • Evitar os de primeira geração → sedação; Tratamento tópico adequado ao local e a lesão (junto com o anti-histaminico) • Corpo: corticoide de media ou alta potencia 1-2x ao dia por 2-3 semanas o Os de menor potencia acaba usando por mais tempo (evitar) o Necessita de pausa • Rosto: tacrolimus, pimecrolimus continuo, hidrocortisona creme até 5 dias → Imunomoduladores (não precisa de pausa); hidrocortisona → máximo de 5 dias → dermatite perioral Infecções secundários • Agua boricada/ agua sanitária diluída → eczema subagudo, crônico não responde muito bem • ATB tópico: gentamicina, acido fusidixo • ATB oral: cefalexina, amoxacilina 1 linha de tratamento sistêmico • Dermatite de contato /dermatite de estase → prednisona 0,5 mg/kg/dia (15 dias e depois desmame) • Dermatite atópica: metrotexato, ciclosporina (não pode usar em hipertensos) e fototerapia o Não usar corticoide oral (predinisona) 2 linha de tratamento • Omalizumabe anti IgE • Dupilumame anti L4 e anti L3 LEMBRANDO ESSAS ETAPAS SÃO ADICIONAIS!!
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