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Os rins de cães e gatos possuem um formato semelhante ao de feijão. Para estimar o comprimento, pode- se utilizar a radiografia lateral, que varia de 2,5 a 3,2 vezes o comprimento da 2ª vértebra lombar em cães e de 2,5 a 3,0 vezes em gatos. Já a largura varia entre 1,4 a 1,8 para cães e de 1,6 a 1,9 para gatos, seguindo o mesmo critério de medida Os órgãos do sistema urinário incluem os rins, ureter, bexiga e uretra (uretra masculina e uretra feminina). Os rins são responsáveis pela produção da urina, que é transportada pelos ureteres até a bexiga, onde é temporariamente armazenada antes de ser eliminada pelo corpo através da uretra. A produção de urina pelos rins envolve a filtração do plasma, que resulta na extração de uma grande quantidade de líquido conhecido como ultrafiltrado. Esse líquido é então processado para reabsorção de substâncias úteis e concentração dos rejeitos a serem eliminados. A maior parte da água do ultrafiltrado é reabsorvida para manter o volume plasmático em níveis normais, fazendo dos rins órgãos que movimentam grandes volumes de líquidos diariamente. Os rins são responsáveis pela homeostase da água, eletrólitos e dezenas de substâncias derivadas do metabolismo e catabolismo. Eles também desempenham funções endócrinas relacionadas ao metabolismo de cálcio e fósforo, produção de hemácias e controle da pressão arterial. Referência Bibliográfica: Semiologia veterinária : a arte do diagnóstico/ Francisco Leydson F. Feitosa. - 3a. ed. - São Paulo : Roca, 2014. Quando vazia, a bexiga em cães está localizada quase inteiramente na pelve e se estende para o abdome com o enchimento. Já em gatos, a bexiga se estende amplamente para a cavidade abdominal, mesmo quando vazia. O tamanho e a localização da bexiga variam de acordo com a quantidade de urina que ela contém. Quando vazia, a bexiga é pequena e tem um formato globular, mas quando está cheia de urina, assume um formato de pera. A bexiga cheia apresenta um contorno regular, mas se estiver parcialmente cheia, o contorno pode ser moldado pela pressão exercida pelos órgãos vizinhos, como observado em radiografias de animais pequenos A posição inicial da uretra em gatos é a parte pré-prostática, enquanto que em cães, a uretra começa inteiramente cercada pela próstata. Em ambas as espécies, a uretra pélvica se estende além da próstata. Referência Bibliográfica: Semiologia veterinária : a arte do diagnóstico/ Francisco Leydson F. Feitosa. - 3a. ed. - São Paulo : Roca, 2014. Durante a micção ou ejaculação, a parede da uretra se expande, mas a porção cavernosa da uretra, que passa pelo sulco ventral do osso peniano, tem sua expansão limitada. Essa característica anatômica dos cães é um fator predisponente para obstruções uretrais por cálculos. Por outro lado, os gatos machos apresentam afunilamento da uretra em direção à extremidade do pênis, o que pode facilitar a acumulação de material sólido, resultando em obstrução uretral. Existem diversas afecções que podem acometer o sistema urinário de animais de todas as espécies, gêneros e idades, tais como pielonefrite, urolitíase e cistite. No entanto, algumas afecções são específicas de certas espécies, como a obstrução uretral por tampões em felinos, e outras são mais comuns em determinadas raças, como a displasia renal em cães das raças Lhasa Apso e Shih Tzu. O aumento da sensibilidade ou dor, quando existir, será manifestado por gemidos ou reação de defesa, durante o toque suficientemente profundo, mas suave, da área afetada. ceptíveis à palpação. O conhecimento prévio de que muitas doenças que acometem os órgãos urinários podem afetar todo o organismo é o primeiro aspecto a ser considerado na anamnese.. Além disso, muitas doenças que apresentam sintomas sistêmicos ou afecções localizadas, como diabetes melito, lúpus eritematoso, erliquiose, toxemia, miopatia de esforço e piometra, podem causar doenças renais secundárias graves o suficiente para levar o paciente a óbito. Portanto, a anamnese deve abranger todos os itens de caráter geral, como a queixa atual, tipo, frequência e duração do problema, além de informações sobre apetite, vômito, tipo de alimento consumido, fezes, comportamento, função reprodutiva, tratamentos prévios, vacinação, vermifugação, cirurgias recentes, esforço físico, entre outros. É importante fazer perguntas específicas sobre os órgãos urinários, explorando com mais detalhes os itens já questionados na anamnese geral. Referência Bibliográfica: Semiologia veterinária : a arte do diagnóstico/ Francisco Leydson F. Feitosa. - 3a. ed. - São Paulo : Roca, 2014. A palpação é uma técnica importante durante o exame físico de rotina, especialmente na avaliação dos órgãos urinários. Tanto a palpação externa quanto a via retal podem ser úteis para verificar as características anatômicas e a sensibilidade dos órgãos. No entanto, é crucial que o examinador não execute movimentos bruscos e mantenha pelo menos uma mão em contato com o paciente durante as trocas de posição. A pressão aplicada durante a palpação de cada órgão deve ser gradual e nunca exceder o mínimo necessário. Da mesma forma, a pressão deve ser interrompida gradualmente para evitar desconforto desnecessário ao paciente e interpretações errôneas de dor. Para realizar a avaliação dos rins, é importante que seja realizado um exame físico de ambos os órgãos sempre que possível, além da análise do produto mais acessível, a urina. Para realizar a avaliação dos rins, é importante que seja realizado um exame físico de ambos os órgãos sempre que possível, além da análise do produto mais acessível, a urina. Os exames complementares para avaliar os rins incluem tanto exames por inspeção e palpação quanto exames laboratoriais e provas de função renal. Os rins podem apresentar vários tipos de alterações, tanto congênitas quanto adquiridas, mas possuem grande capacidade de reserva funcional, permitindo que mantenham a produção de urina e suas demais funções, mesmo quando há alguma doença em curso. Durante a avaliação dos rins, é importante considerar duas possibilidades: a existência de alguma doença renal em curso sem comprometimento significativo da função, ou a presença de déficit da função renal. Quando há déficit da função renal, o exame do paciente deve ser conduzido de maneira a identificar a causa envolvida. Referência Bibliográfica: Semiologia veterinária : a arte do diagnóstico/ Francisco Leydson F. Feitosa. - 3a. ed. - São Paulo : Roca, 2014. A palpação externa da bexiga em animais de pequeno porte pode ser realizada seguindo as mesmas manobras já descritas para a palpação renal. O paciente pode estar na posição quadrupedal ou em decúbito lateral. A área a ser examinada compreende as paredes laterais da porção mais caudal do abdome, imediatamente à frente do púbis, geralmente entre as virilhas. Os dedos são deslocados para frente, para cima e para baixo até a localização da bexiga. Cada espécie animal possui um padrão de frequência urinária específico, com exceção dos recém- nascidos, que tendem a urinar com mais frequência. No entanto, algumas condições fisiológicas ou patológicas podem alterar a frequência urinária do animal. Referência Bibliográfica: Semiologia veterinária : a arte do diagnóstico/ Francisco Leydson F. Feitosa. - 3a. ed. - São Paulo : Roca, 2014. Quando há um aumento na produção de urina durante um período de 24 horas, ocorre a poliúria. Isso leva a um aumento na frequência das micções, com um volume normal ou acima do normal em cada micção. A urina tende a ter uma coloração clara, embora a densidade possa variar de acordo com a causa subjacente da poliúria. Em geral, os pacientes com poliúria também apresentam polidipsia compensatória, ou seja, sentem mais sede e bebem mais líquidos para compensar a perda excessiva de urina. 1 . Insuficiência renal crônica Pielonefrite Diabetes distúrbios adreno corticais e outros endocrinometabólicos Piometra Insuficiência hepática Polidipsia psicogênica, Encefalopatias, Uso de diuréticos Quando há diminuiçãodo volume de urina produzida em 24 horas, a densidade e a coloração da urina podem variar de acordo com a causa subjacente. Doença renal grave Desidratação Distúrbios nervosos com transtorno da sede Resposta fisiológica à privação de água Febre Não há produção de urina ou a produção de urina é insignificante. Doença renal aguda grave ou fase terminal de insuficiência renal crônica Desidratação grave Hipovolemia aguda Hipotensão arterial sistêmica grave
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