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AspectosReprodutivosAcudeMarechalDutra-Lima-2019

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0 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE BIOCIÊNCIAS 
DEPARTAMENTO DE OCEONOGRAFIA E LIMNOLOGIA 
BACHARELADO EM ENGENHARIA DE AQUICULTURA 
 
 
 
 
 
MAYGLANNE CRISTINA BARBOSA DA COSTA LIMA 
 
ASPECTOS REPRODUTIVOS DO PEIXE TRAÍRA, Hoplias malabaricus 
(BLOCH, 1794) (CHARACIFORMES: ERYTHRINIDAE) NO AÇUDE 
MARECHAL DUTRA, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL 
 
 
 
 
 
 
NATAL-RN 
JUNHO/2019 
1 
 
 
 
MAYGLANNE CRISTINA BARBOSA DA COSTA LIMA 
 
 
 
ASPECTOS REPRODUTIVOS DO PEIXE TRAÍRA, Hoplias malabaricus 
(BLOCH, 1794) (CHARACIFORMES: ERYTHRINIDAE) NO AÇUDE 
MARECHAL DUTRA, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL 
 
ORIENTADOR: 
Prof. Dr. WALLACE SILVA DO NASCIMENTO 
DOL/ CB/ UFRN 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de Bacharelado 
em Engenharia de Aquicultura do Centro de 
Biociências, da Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte, como requisito parcial à 
obtenção do título de Bacharel em Engenharia de 
Aquicultura. 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
JUNHO/2019 
2 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE BIOCIÊNCIAS 
DEPARTAMENTO DE OCEONOGRAFIA E LIMNOLOGIA 
BACHARELADO EM ENGENHARIA DE AQUICULTURA 
 
ASPECTOS REPRODUTIVOS DO PEIXE TRAÍRA, Hoplias 
malabaricus (BLOCH, 1794) (CHARACIFORMES: ERYTHRINIDAE) NO 
AÇUDE MARECHAL DUTRA, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL 
Esta monografia, apresentada pela aluna MAYGLANNE CRISTINA BARBOSA DA 
COSTA LIMA a coordenação do Curso de Bacharelado em Engenharia de Aquicultura 
do Centro de Biociências, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, foi julgada 
adequada e aprovada, pelos Membros da Banca Examinadora, na sua redação final, para 
a conclusão do Curso e à obtenção do título de Engenheiro em Aquicultura. 
 
MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA: 
 
 __________________________________________ 
 Prof Dr. WALLACE SILVA DO NASCIMENTO 
DOL / CB / UFRN 
 
 ___________________________________________ 
 Drª NIRLEI HIRACHY COSTA BARROS 
DOL / CB / UFRN 
 ________________________________________ 
Ms. MARCELO MOREIRA DE CARVALHO 
EAJ / UFRN 
 
NATAL/RN 
JUNHO/2019 
 
3 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
Catalogação da publicação na fonte. UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede. 
Divisão de Serviços Técnicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lima, Mayglanne Cristina Barbosa da Costa 
 
Aspectos reprodutivos do peixe traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) 
(Characiformes: Erythrinidae) no Açude Marechal Dutra, Rio Grande do Norte, 
Brasil 
 
 
Mayglanne Cristina Barbosa da Costa Lima. - Natal: o Autor, 2019. 
 61 p. 
Orientador: Prof. Dr. Wallace Silva do Nascimento (UFRN) 
Monografia (Graduação) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 
Centro de Biociências. Departamento de Oceanografia e Limnologia. 
 
1. Aspectos reprodutivos – Monografia. 2. Peixes - Monografia. 3. Água doce – 
Monografia. 4. Bacia Piranhas-Assú.- Monografia. 5. Açude Marechal Dutra – 
Monografia. 
 
RN/UF/BCZM CDU 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dedico este trabalho a minha família e amigos. 
 
 
5 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pela oportunidade 
proporcionada. 
Ao Professor Doutor Wallace Silva (UFRN), pela orientação, confiança e 
estímulo, e de seu exemplo de dedicação à pesquisa, sempre buscando pela qualidade dos 
trabalhos. 
À Professora Doutora Sathyabama Chellappa (UFRN), pela primeira 
oportunidade de trabalhar com pesquisa em seu laboratório. 
 À Doutora Nirlei Barros pelo apoio, incentivo e artigo publicado. 
 Ao CNPQ pela bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/UFRN) concedidos para 
realização deste trabalho de graduação. 
 Ao Departamento de Oceanografia e Limnologia, CB, UFRN, pela oportunidade 
e colaboração. 
 À minha mãe, Eglanen Cristina Barbosa da Costa, pelo amor, carinho, estimulo e 
determinação que me conduziram até este momento de sucesso. 
 À toda minha familia, pai, irmão, tio (a), avó (ô), padrinho, madrinha, primos (a) 
pelo estímulo para sempre continuar estudando e se dedicar para alcançar os objetivos. 
 Aos meus amigos de curso: Rayssa Lira, Eulani Marcelli, João Pedro e Jackson 
Stefanini pelas sugestões, a participação na execução do trabalho (coletas, biometrias e 
artigos) e nossas constantes comemorações, que alegraram a todos durante esse 
maravilhoso convívio. 
 À todos os meus amigos do convívio do dia-a-dia, pelo incentivo e esperança da 
realização deste trabalho. 
 Sobretudo a Deus por todo êxito alcançado. 
 À todos vocês, muito obrigado. 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Cada história tem um final. Mas, na 
vida, cada final é um recomeço”. 
Grande menina, pequena mulher. 
7 
 
 
 
SUMÁRIO 
RESUMO 
ABSTRACT 
RELAÇÃO DE TABELAS 
RELAÇÃO DE FIGURAS 
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 12 
2. OBJETIVOS................................................................................................................... 14 
 2.1 Objetivo geral......................................................................................................... 14 
 2.2 Objetivos específicos............................................................................................. 14 
3. MATERIAL E METÓDOS........................................................................................... 15 
 3.1 Área de estudo........................................................................................................ 15 
 3.2 Espécie de peixe em estudo.................................................................................... 15 
 3.3 Captura de peixes e as características 
morfometricas……............................................................................................................... 
16 
 3.4 Comprimento do corpo da primeira maturação sexual (L50).................................. 17 
 3.5 Proporção sexual.................................................................................................... 17 
 3.6 Estágios de desenvolvimento das gônadas............................................................. 17 
 3.7 Indice gonadossomático (IGS) e Fator de condição (K)........................................ 18 
 3.8 Época de desova..................................................................................................... 18 
 3.9 Análises dos dados................................................................................................. 18 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................... 
Os resultados e discussão estão apresentados em forma de artigo científico publicado. 
Artigo 
Biologia reprodutiva do peixe traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) (Characiformes: 
Erythrinidae) no açude Marechal Dutra, Rio Grande do Norte, Brasil 
Publicado na revista Biota Amazônia 
19 
5. CONCLUSÃO.................................................................................................................36 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GERAIS......................................................... 37 
7. ANEXOS.......................................................................................................................... 42 
 
8 
 
 
 
RESUMO 
O presente trabalho verificou os aspectos reprodutivos do peixe Neotropical traíra, 
Hoplias malabaricus (Bloch, 1794). O estudo foi realizado no açude Marechal Dutra da 
bacia hidrográfica do Rio Piranhas-Assu, Rio Grande do Norte, Brasil. As capturas dos 
peixes foram realizadas mensalmente de agosto/2015 a junho/2016. Os peixes foram 
identificados taxonomicamente, pesados, medidos e o sexo foi identificado. Os seguintes 
aspectos foram verificados: comprimento total (cm), peso total (g), proporção sexual, tipo 
de crescimento, comprimento de primeira maturação sexual (L50), aspectos do 
desenvolvimento das gônadas, fator de condição (K) e índice gonadossomático (IGS). 
Foram capturados 141 exemplares de H. malabaricus e a proporção sexual foi de 
1M:1,4F. O comprimento total para sexos agrupados variou de 12,7 cm a 41,5 cm (32,4 
± 7,0) e o peso total variou de 18,0 g a 1028,0 g (456,7 ± 230,1). O valor do coeficiente 
angular (θ) foi (θ = 3,1552) para machos e (θ = 3,0916) para fêmeas, o que indica um 
crescimento isométrico. O valor do L50 foi de 32,6 ± 0,97 cm para machos e 31,5 ± 0,77 
cm para as fêmeas. Os estádios de maturação das gônadas observados foram: imaturo, em 
maturação, maturo e esvaziado. O IGS para sexos teve picos em agosto (1,78 ± 1,96), 
dezembro (3,87 ± 12,01), fevereiro (1,41 ± 1,58) e abril (1,79 ± 2,72). Foi observada uma 
correlação negativa entre o fator de condição e o índice gonadossomático (r = -0.7187; p 
> 0.05), sugerindo assim a utilização das reservas de energia durante a maturação gonadal 
e período reprodutivo. Baseado no valor do L50 verificado recomenda-se que H. 
malabaricus seja capturado acima 25,7 cm de comprimento total, assim assegurando seus 
estoques pesqueiros no açude Marechal Dutra do Rio Grande do Norte, Brasil. 
Palavras chaves: H. malabaricus, aspectos reprodutivos, proporção sexual, 
comprimento da primeira maturação sexual, índice gonadossomático. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
ABSTRACT 
This study verified the reproductive biology of a neotropical fish, Hoplias malabaricus 
(Bloch, 1794). Present study was conducted in the Marechal Dutra reservoir, of Piranhas-
Assu hydrographic basin, Rio Grande do Norte, Brazil. The fish were captured monthly 
from August, 2015 to June, 2016. Fish were taxonomically identified, weighed, measured 
and sex was identified. The following aspects were checked: total body length, total 
weight, sex ratio, type of growth, length of first sexual maturity (L50), aspects of gonad 
development, condition factor (K) and gonadossomatic index (GSI). A total of 141 
individuals of H. malabaricus was captured and the sex ratio was 1M: 1.4F. The total 
length of grouped sex varied from 12.7 cm to 41.5 cm (32.4 ± 7.0) and the total weight 
varied from 18.0 g to 1028.0 g (456.7 ± 230.1). The angular coefficient value (θ) was 
3.1552 for males and 3.0916 for females, indicating isometric growth. The values of L50 
were 32.6 ± 0.97 for males and 31.5± 0.77 cm for females. The gonad maturity stages 
observed were: immature, maturing, mature and spent. The GSI of grouped sex showed 
peaks in August (1.78 ± 1.96), December (3.87 ± 12.01), February (1.41 ± 1.58) and April 
(1.79 ± 2.72). There was a negative correlation between condition factor (K) and GSI (r 
= -0.7187; p > 0.05), thus suggesting the use of energy reserves during maturation and 
reproductive period. Based on the value of L50 it is recommended that H. malabaricus 
should be captured above 25.7 cm of total body length, in order to conserve the fish stocks 
in the Marechal Dutra reservoir of Rio Grande do Norte, Brazil. 
 
Keywords: H. malabaricus, reproductive aspects, sex ratio, length at first sexual 
maturation, gonadossomatic index. 
 
 
10 
 
 
 
RELAÇÃO DE TABELAS 
RELAÇÃO DE TABELAS DO ARTIGO 
Tabela 1. Descrição macroscópica das gônadas de machos e fêmeas de H. malabaricus 
e seus diversos estádios de maturação: I – imaturo; II - em maturação, III – maduro e IV 
- esvaziado……………………………………………………………………………...29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
RELAÇAO DE FIGURAS 
 
Figura 1. Área de estudo: o açude Marechal Dutra da bacia hidrográfica do rio Piranhas-
Assu, RN (BARROS, 2016) ……………………………………………………………15 
 
Figura 2. Espécie em estudo peixe traíra, Hoplias malabaricus e sua distribuição 
geográfica (FISHBASE, 2019) .......................................................................................16 
 
RELAÇÃO DE FIGURAS DO ARTIGO 
 
Figura 1. Área de estudo: o açude Marechal Dutra da bacia hidrográfica do rio Piranhas-
Assu, RN (Fonte: Google maps, 2016) ……………………………………………..…..23 
 
Figura 2. Frequência mensal de ocorrência dos machos e fêmeas de H. malabaricus 
capturados no açude Marechal Dutra, RN, no período de agosto de 2015 à junho de 
2016…………………………………………………………………………………….25 
 
Figura 3. a) Frequência relativa do comprimento total (cm) para machos e fêmeas; b) 
Frequência relativa do peso total (g) para machos e fêmeas de H. malabaricus, capturados 
no açude Marechal Dutra, RN……………………………………………………..……26 
 
Figura 4. Relação peso-comprimento distribuídos em pontos empíricos individuais de H. 
malabaricus, para machos e fêmeas, capturados no açude Marechal Dutra, RN, no 
período de agosto de 2015 à junho de 2016……………………………………………..27 
 
Figura 5. Comprimento da primeira maturação sexual (L50) para machos e fêmeas de H. 
malabaricus, capturados no açude Marechal Dutra, RN, no período de agosto de 2015 à 
junho de 2016………………………………………………………………..………….27 
 
Figura 6. a) Valores médios mensais de fator de condição (K) para sexos separados; b) 
Valores médios mensais de índice gonadossomático (IGS) para sexos separados de H. 
malabaricus, capturados no açude Marechal Dutra, RN, no período de agosto de 2015 à 
junho de 2016. (Coeficiente de correlação entre IGS e K r = -0.7187; p > 0.05)………..28 
 
12 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
As bacias hidrográficas sob o domínio do semiárido apresentam características 
peculiares, como regime intermitente e sazonal de seus rios, reflexo direto das 
precipitações escassas e irregulares, associadas à alta taxa de evaporação hídrica. Essas 
condições climáticas exercem importante papel na organização e funcionalidade dos 
ecossistemas aquáticos, onde as espécies presentes desenvolvem diversas adaptações para 
a sobrevivência, que acarretam em competições intra e interespecífica, alterações na 
estrutura das comunidades, disponibilidade de recursos naturais e estratégias reprodutivas 
(ROSA et al., 2005). 
A bacia Piranhas-Assú possui localizado entre os estados do Rio Grande do Norte 
(RN) e Paraíba (PB), possui 17.498,50 km³ de superficie, abrangendo 33 municipios e 
uma população de aproximadamente 415.000 habitantes. O rio Piranhas-Assú nasce na 
Serra de Bongá (PB) com o nome de rio Piranhas, recebe as águas dos rios Paraibanos 
Piancó e do Peixe e entra pelo municipio de Jardim de Piranhas (RN), pasando a receber 
as águas de todos os ríos que formam a bacia hidrográfica da região seridó. O rio 
Piranhas-Assú é o mais importante do estado do Rio Grande do Norte, represado pela 
barragem Engenheiro Armando Goçalves (EAG), que através de adutoras abastece água 
para várias cidades. Com a vazão do reservatorio EAG, o rio continua o seu curso, com o 
nome de Piranhas-Assú, indo desaguar no oceano Atlântico, nas mediações da cidade de 
Macau, RN (CBH 2019). 
A ictiofauna nordestina é muito diversificada com adaptações em relação aos 
aspectos alimentares e reprodutivos (ROSA et al., 2005; CHELLAPPA et al., 2009; 
ARAÚJO et al., 2012; ARAÚJO et al., 2013; BARROS et al.,2013a; 2013b; 
NASCIMENTO et al., 2015). Sua diversidade é impactada por processos naturais, como 
as alterações históricas do clima regional com a intensificação da semiaridez e por 
diversos processos antrópicos (NASCIMENTO et al., 2015). A compilação taxonômica 
dos peixes que ocorrem no bioma Caatinga revelou a presença de 240 espécies, 
distribuídas em sete ordens (ROSA et al., 2005). 
A maioria das espécies de peixes mostra uma periocidade em seu proceso 
reprodutivo, iniciando seu desenvolvimento gonadal em uma época anterior àquela de 
reprodução, e completando sua maturação gonadal no momento em que as condições 
ambientais forem adequadas à fecundação e desenvolvimento de sua prole. A fonte 
13 
 
 
 
energética e os nutrientes necessários para o proceso de maturação ovocitária e 
desencadeamento da reprodução nos peixes são obtidos a partir do alimento ingerido ou 
de reservas energéticas depositadas em diferentes partes do organismo (VAZZOLER, 
1996) Durante o ciclo reprodutivo, o fator de condição (K) pode variar de acordo com as 
condições de alimentação e desenvolvimento gonadal e pode ser usado, para algunas 
espécies. Como um indicador do período de desova (CHELLAPPA et al., 1995; 
BARBIERI et al. 1996; BARROS et al., 2011). 
No Rio Grande do Norte, foram realizados trabalhos em relação aos aspectos 
reprodutivos das várias espécies de peixes de água doce. Por exemplo: do tucunaré, 
Cichla monoculus (CÂMARA et al., 2002; CHELLAPPA et al., 2003); do cangati, 
Parauchenipterus galeatus e da pirambeba, Serrasalmus maculatus (MEDEIROS et al., 
2003); do cascudo, Hypostomus pusarum (BUENO et al., 2006; PESSOA et al., 2013); 
da cará, Cichlasoma orientale (GURGEL et al., 2011); da jacundá, Crenicichla menezesi 
(ARAÚJO et al., 2012a); da sardinha de água doce, Triportheus angulatus (ARAÚJO et 
al., 2012b); do curimatã comum, Prochilodus brevis (GURGEL et al., 2012); do piaba, 
Astyanax lacustris (SILVA et al., 2012); do piau preto, Leporinus piau (NASCIMENTO 
, 2010; SILVA FILHO et al., 2012); da branquinha, Psectrogaster rhomboides (ARAÚJO 
et al., 2013); do mussum, Synbranchus marmoratus (BARROS et al., 2013); do peixe 
anual, Hypsolebias antenori (NASCIMENTO et al., 2013) além das táticas e as 
estratégias reprodutivas de várias espécies de peixes dulcícolas (CHELLAPPA et al., 
2009; 2013; BARROS et al., 2016). Esses trabalhos têm servido de parâmetros para o 
entendimento dos mecanismos que envolvem a perpetuação, manejo e exploração 
racional das espécies. No entanto, trabalhos científicos que abordem aspectos 
reprodutivos da espécie Hoplias malabaricus, popularmente conhecida como peixe traíra, 
permanecem insipientes para o Estado do Rio Grande do Norte. 
A traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) é um peixe neotropical pertencente 
à família Erythrinidae, que possui uma ampla distribuição geográfica, ocorrendo em 
quase todas as bacias hidrográficas da América do Sul (NELSON, 1994). H. malabaricus 
caracteriza-se morfologicamente por um corpo alongado e cilíndrico, cabeça alargada 
com boca ampla e ramo mandibular saliente. A nadadeira caudal é arredondada com 
pontos escuros, ás vezes ordenados formando faixas. O dorso e lado do corpo apresentam 
manchas escuras ou barras irregulares e três listras pouco visíveis atrás dos olhos. Em 
vista dorsal, observa-se a mandíbula ultrapassando francamente a maxila superior, 
14 
 
 
 
estando à boca fechada (AZEVEDO; GOMES, 1943). H. malabaricus é um peixe 
predador de topo de cadeia alimentar, além de possuir importância nas pescarias de 
subsistência e comerciais (PETRY, 2005). A abundância desta espécie em áreas 
dulciaquícolas do semiárido nordestino contribui para a inclusão da espécie como 
alimento frequente nas comunidades pesqueiras. 
O presente trabalho verificou os aspectos reprodutivos da traíra, H. malabaricus, 
no açude Marechal Dutra, Rio Grande do Norte, Brasil, a fim de gerar informações 
necessárias para manejo e conservação dessa espécie. 
 
 
15 
 
 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo geral 
Este trabalho teve como objetivo avaliar os principais aspectos reprodutivos do 
peixe traíra (Hoplias malabaricus) no Açude Marechal Dutra, Rio Grande de Norte, 
Brasil. 
 2.2 Objetivos específicos 
 Descrever as cacterísticas morfométricas; 
 
 Avaliar a relação peso comprimento; 
 
 Avaliar a proporção entre os sexos; 
 
 Determinar o comprimento do corpo da primeira maturação sexual (L50); 
 
 Verificar os estágios de desenvolvimento das gônadas; 
 
 Determinar o índice gonadossomático (IGS) e fator de condição (K); 
 
 Verificar a época da desova do Hoplias malabaricus. 
 
Artigo: Biologia reprodutiva do peixe traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) 
(Characiformes: Erythrinidae) no açude Marechal Dutra, Rio Grande do Norte, Brasil. 
(Publicado na revista Biota Amazônia) 
 
16 
 
 
 
3. MATERIAL E MÉTODOS 
 
3.1 Área de estudo 
 
O estudo foi realizado no Açude Marechal Dutra da Bacia Hidrográfica do Rio 
Piranhas-Assu, RN, localizado a 6°24’06,87” S e 36°35’07,23” W (Figura 1). A Bacia é 
totalmente inserida na Região do Semiárido e abrange um território de 44.000 km² 
distribuído entre os Estados da Paraíba e Rio Grande do Norte. O Açude Marechal Dutra, 
conhecido popularmente como Gargalheiras, situa-se 6° 26' 24" de Latitude S e a 36° 38' 
00" de Longitude W, a 7 km de distância da sede do Município de Acari, sua construção 
foi iniciada no ano de 1956 e concluída no ano de 1959. 
 
 
Figura 1. Área de estudo: o açude Marechal Dutra da bacia hidrográfica do rio Piranhas-
Assu, RN (BARROS, 2016). 
 
3.2 Espécie de peixe em estudo 
Hoplias malabaricus (Bloch, 1794), conhecida popularmente como traíra, é um 
peixe Neotropical, pertencente a família Erythrinidae, que possui ampla distribuição 
geográfica, ocorrendo em quase todas as bacias hidrográficas da América do Sul 
(FOWLER, 1959; NELSON, 1994). Esta espécie apresenta corpo alongado e cilíndrico, 
cabeça alargada com boca ampla e ramo mandibular saliente (AZEVEDO & GOMES, 
1943; OLIVEIRA, 1994). 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Taxonomia: 
 
Reino: Animalia 
 Filo: Chordata 
 Classe: Actinopterygii 
 Ordem: Characiformes 
 Família: Erythrinidae 
 Gênero: Hoplias 
 Espécie: Hoplias malabaricus (Bloch, 1794). 
 
Figura 2. Espécie em estudo peixe traíra, Hoplias malabaricus e sua distribuição 
geográfica (pontos amarelos no mapa). 
 
3.3 Captura de peixes e as características morfometricas 
As capturas dos peixes foram realizadas mensalmente nos afluentes da Bacia 
Piranhas-Assú, durante o período de agosto 2015 a junho de 2016, com auxílio de 
pescadores locais, que utilizaram redes de espera. Os peixes capturados foram 
transportados em caixas de isopor de 25 L ao laboratório. A taxonomia dos peixes foi 
Fonte: Fishbase, 2019 
 
18 
 
 
 
verificada com guias de identificação (BRITSKI et al., 1984). Os peixes foram pesados 
em uma balança de precisão. Foram tomadas para cada exemplar as seguintes medidas 
morfométricas e verificações anatômicas: comprimento total (cm), peso total (g), 
verificação do sexo e fase de maturação das gônadas (VAZZOLER, 1996). 
A análise em comprimento e peso baseou-se na distribuição das frequências 
relativas mensais de comprimento total (com intervalos de 6 cm) e peso total (com 
intervalos de 205 g). A relação peso-comprimento foi realizada através da distribuição 
dos pontos empíricos individuais destas variáveis e pela dispersão destes (FROESE, 
2006). A relação peso-comprimento foi determinada pela equação:Wt = a. Ltb, onde Wt 
é o peso total (g), Lt é o comprimento total (cm), ‘a’ é o interceptor da regressão e ‘b’ é 
o coeficiente da regressão (FROESE, 1998; JOBLING, 2008). 
3.4 Comprimento do corpo da primeira maturação sexual (L50) 
Para a determinação do comprimento da primeira maturação sexual, foram 
agrupadas as gônadas de machos e fêmeas utilizando-se apenas de indivíduos adultos. De 
acordo com a distribuição das frequências relativas acumuladas por classes de 
comprimento total (MORENO et. al., 2005). 
3.5 Proporção sexual 
Os peixes foram dissecados e as gônadas foram removidas, pesadas e examinadas 
para identificar os sexos. A proporção entre os sexos foi verificada através da análise de 
distribuição de frequência relativa mensal de ambos os sexos durante o período de estudo 
(MORENO et al., 2005). Foram observados os seguintes caracteres das gônadas dos 
exemplares de peixes: tamanho, formato, coloração, presença de vasos sanguíneos, 
presença de ovócitos visíveis, rigidez, grau de turgidez e a proporção ocupada na cavidade 
abdominal. A partir das observações identificou-se a fase macroscópica do 
desenvolvimento dos ovários e testículos (VAZZOLER, 1996). 
3.6 Estágios de desenvolvimento das gônadas 
Através da análise macroscópica das gônadas, determinou-se o sexo e estádio de 
maturação gonadal, baseando-se na escala de maturidade das gônadas para os peixes 
teleósteos (VAZZOLER, 1996; MACKIE; LEWIS, 2001). 
 
19 
 
 
 
3.7 Indice gonadossomático (IGS) e Fator de condição (K) 
O índice gonadossomático, foi calculado de acordo com a fórmula de Wootton et 
al. (1978): IGS = (Wg/Wt) x 100, onde Wg é o peso da gônada e Wt é o peso total. O 
período reprodutivo da espécie foi determinado através da variação da média mensal do 
índice gonadossomático (IGS) (VAZZOLER, 1996). O fator de condição (K) foi 
calculado usando a equação K = Wt / Ltb. Uma única equação peso e comprimento (W = 
Alb) foi ajustada para estimar o valor de coeficiente b, utilizando-se os dados obtidos a 
partir de todos os indivíduos coletados (FROESE, 2006). 
3.8 Época de desova 
Para determinar o período reprodutivo da espécie foi realizada a análise nas 
mudanças macroscópicas mensais de porcentagens dos estádios de desenvolvimento 
gonadal e também verificada as variações mensais dos parâmetros relacionados à 
maturidade sexual, tais como, índice gonadossomático (IGS) e fator de condição (K) 
(VAZZOLER, 1996; CHELLAPPA et al., 2003). 
3.9 Análises dos dados 
As distribuições de dados brutos foram verificadas quanto à normalidade e 
transformados quando necessários. As relações peso e comprimento foram determinados 
utilizando dados logaritmicamente transformados. Testes de correlação de Pearson foram 
realizados para determinar: se os caracteres morfométricos mostraram uma relação linear 
significativa com o comprimento padrão; a correlação entre o peso-comprimento; e as 
relações entre a fecundidade e comprimento, fecundidade e peso das gônadas. O teste do 
qui-quadrado (ꭓ2) foi aplicado para verificar possíveis diferenças entre as proporções 
estabelecidas. Um nível de significância de 0,05 foi adotado para todos os testes. 
20 
 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Os resultados dessa monografia estão apresentados em forma de artigo científico. 
 
Artigo. 
 
Titulo: Biologia reprodutiva do peixe traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) 
(Characiformes: Erythrinidae) no açude Marechal Dutra, Rio Grande do Norte, Brasil 
 
Autores: Mayglanne Cristina Barbosa da Costa Lima1, Rayssa Dantas de Lira1, 
Nirlei Hirachy Costa Barros1, Wallace Silva do Nascimento1, Sathyabama 
Chellappa1. 
 
1. Departamento de Oceanografia e Limnologia, Centro de Biociências, Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte, Av. Governador Silvio Pedroza, S/N (Via Costeira), 
Areia Preta, 59014-002, Natal, RN, Brasil. 
*Autor para correspondência: mayglanne@hotmail.com 
 
Publicado na revista: Biota Amazônia 
ISSN: 2179-5746 (v. 7, n. 2, p. 21-25, 2017) 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
Biologia reprodutiva do peixe traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) 
(Characiformes: Erythrinidae) no açude Marechal Dutra, Rio Grande do Norte, 
Brasil 
 
RESUMO: O presente trabalho verificou a biologia reprodutiva do peixe Neotropical 
traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794). O estudo foi realizado no açude Marechal 
Dutra da bacia hidrográfica do rio Piranhas-Assu, Rio Grande do Norte, Brasil. As 
capturas dos peixes foram realizadas mensalmente de agosto/2015 a junho/2016. Os 
peixes foram identificados taxonomicamente, pesados, medidos e o sexo foi identificado. 
Os seguintes aspectos foram verificados: comprimento total, peso total, proporção sexual, 
tipo de crescimento, comprimento de primeira maturação sexual (L50), aspectos do 
desenvolvimento das gônadas, fator de condição (K) e índice gonadossomático (IGS). 
Foram capturados 141 exemplares de H. malabaricus e a proporção sexual foi de 
1M:1,4F. O comprimento total para sexos agrupados variou de 12,7 cm a 41,5 cm (32,4 
± 7,0) e o peso total variou de 18,0 g a 1028,0 g (456,7 ± 230,1). O valor do coeficiente 
angular (θ) foi (θ = 3,1552) para machos e (θ = 3,0916) para fêmeas, o que indica um 
crescimento isométrico. O valor do L50 foi de 32,6 ± 0,97 cm para machos e 31,5 ± 0,77 
cm para as fêmeas. Os estádios de maturação das gônadas observados foram: imaturo, em 
maturação, maturo e esvaziado. O IGS para sexos teve picos em agosto (1,78 ± 1,96), 
dezembro (3,87 ± 12,01), fevereiro (1,41 ± 1,58) e abril (1,79 ± 2,72). Foi observada uma 
correlação negativa entre o fator de condição e o índice gonadossomático (r = -0.7187; p 
> 0.05), sugerindo assim a utilização das reservas de energia durante a maturação gonadal 
e período reprodutivo. Baseado no valor do L50 verificado recomenda-se que H. 
malabaricus seja capturado acima 25,7 cm de comprimento total, assim assegurando seus 
estoques pesqueiros no açude Marechal Dutra do Rio Grande do Norte, Brasil. 
 
Palavras-chave: H. malabaricus, aspectos reprodutivos, proporção sexual, comprimento 
da primeira maturação sexual, índice gonadossomático. 
 
ABSTRACT. Reproductive biology of tiger characin, Hoplias malabaricus (Bloch, 
1794) (Characiformes: Erythrinidae) from Marechal Dutra reservoir, Rio Grande 
do Norte, Brazil. This study verified the reproductive biology of a neotropical fish, 
Hoplias malabaricus (Bloch, 1794). Present study was conducted in the Marechal Dutra 
reservoir, of Piranhas-Assu hydrographic basin, Rio Grande do Norte, Brazil. The fish 
22 
 
 
 
were captured monthly from August, 2015 to June, 2016. Fish were identified 
taxonomically, weighed, measured and sex was identified. The following aspects were 
checked: total body length, total weight, sex ratio, type of growth, length of first sexual 
maturity (L50), aspects of gonad development, condition factor (K) and gonadossomatic 
index (GSI). A total of 141 individuals of H. malabaricus were captured and the sex ratio 
was 1M: 1.4F. The total length of grouped sex varied from 12.7 cm to 41.5 cm (32.4 ± 
7.0) and the total weight varied from 18.0 g to 1028.0 g (456.7 ± 230.1). The value of 
angular coefficient (θ) was 3.1552 for males and 3.0916 for females, indicating isometric 
growth. The value of L50 was 32.6 ± 0.97 for males and 31.5± 0.77 cm for females. The 
gonad maturity stages observed were: immature, maturing, mature and spent. The GSI of 
grouped sex showed peaks in August (1.78 ± 1.96), December (3.87 ± 12.01), February 
(1.41 ± 1.58) and April (1.79 ± 2.72). There was a negative correlation between condition 
factor (K) and GSI (r = -0.7187; p > 0.05), thus suggesting the use of energy reserves 
during maturation and reproductive period. Based on the value of L50 it is recommended 
that H. malabaricus should be captured above 25.7 cm of total body length, in order to 
conserve the fish stocks in the MarechalDutra reservoir of Rio Grande do Norte, Brazil. 
 
Keywords: H. malabaricus, reproductive aspects, sex ratio, length at first sexual 
maturation, gonadossomatic index. 
 
1. Introdução 
As bacias hidrográficas sob o domínio do semiárido apresentam características 
peculiares, como regime intermitente e sazonal de seus rios, reflexo direto das 
precipitações escassas e irregulares, associadas à alta taxa de evaporação hídrica. Essas 
condições climáticas exercem importante papel na organização e funcionalidade dos 
ecossistemas aquáticos, onde as espécies presentes desenvolvem diversas adaptações para 
a sobrevivência, que acarretam em competições intra e interespecífica, alterações na 
estrutura das comunidades, disponibilidade de recursos naturais e estratégias reprodutivas 
(ROSA et al., 2005). A ictiofauna das bacias hidrográficas do semiárido representa o 
resultado de processos ecológicos que determinaram a adaptação de espécies às condições 
climáticas e o regime hidrológico da região. A compilação taxonômica dos peixes que 
ocorrem no bioma Caatinga revelou a presença de 240 espécies, distribuídas em sete 
ordens (ROSA et al., 2005). 
23 
 
 
 
As estratégias reprodutivas dos peixes englobam táticas extremas, que permitiram sua 
adaptação a ambientes nos quais tanto as condições bióticas, quanto às abióticas, variam 
amplamente no espaço e no tempo (VAZZOLER, 1996; CHELLAPPA et al., 2009). As 
principais táticas que compõem a estratégia reprodutiva de peixes são: tamanho corporal, 
relação peso-comprimento, proporção sexual, tamanho da primeira maturação sexual, 
desenvolvimento das gônadas e índice gonadosomático (IGS) (CHELLAPPA et al., 
2009). Estudos sobre estratégias reprodutivas são de grande interesse, pois além da 
melhor compreensão da história de vida de diferentes organismos podem conduzir a 
implicações evolutivas permitindo discussões sobre os processos reprodutivos ocorridos 
no passado, que provocaram, em última instância, a especiação ictiológica. 
No Rio Grande do Norte, foram realizados estudos em relação aos aspectos 
reprodutivos das várias espécies de peixes de água doce. Por exemplo: do tucunaré, 
Cichla monoculus (CÂMARA et al., 2002; CHELLAPPA et al., 2003); do cangati, 
Parauchenipterus galeatus e da pirambeba, Serrasalmus maculatus (MEDEIROS et al., 
2003); do cascudo, Hypostomus pusarum (BUENO et al., 2006; PESSOA et al., 2013); 
da cará, Cichlasoma orientale (GURGEL et al., 2011); da jacundá, Crenicichla menezesi 
(ARAÚJO et al., 2012a); da sardinha de água doce, Triportheus angulatus (ARAÚJO et 
al., 2012b); do curimatã comum, Prochilodus brevis (GURGEL et al., 2012); do piaba, 
Astyanax lacustris (SILVA et al., 2012); do piau preto, Leporinus piau (NASCIMENTO 
, 2010; SILVA FILHO et al., 2012); da branquinha, Psectrogaster rhomboides (ARAÚJO 
et al., 2013); do mussum, Synbranchus marmoratus (BARROS et al., 2013); do peixe 
anual, Hypsolebias antenori (NASCIMENTO et al., 2013) além das táticas e as 
estratégias reprodutivas de várias espécies de peixes dulcícolas (CHELLAPPA et al., 
2009; 2013; BARROS et al., 2016). Essas pesquisas têm servido de parâmetros para o 
entendimento dos mecanismos que envolvem a perpetuação, manejo e exploração 
racional das espécies. Contudo, não há trabalhos científicos publicados sobre biologia 
reprodutiva da traíra, Hoplias malabaricus no Rio Grande do Norte. 
A traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) é um peixe neotropical pertencente à 
família Erythrinidae, que possui uma ampla distribuição geográfica, ocorrendo em quase 
todas as bacias hidrográficas da América do Sul (NELSON, 1994). H. malabaricus 
caracteriza-se morfologicamente por um corpo alongado e cilíndrico, cabeça alargada 
com boca ampla e ramo mandibular saliente. A nadadeira caudal é arredondada com 
pontos escuros, ás vezes ordenados formando faixas. O dorso e lado do corpo apresentam 
manchas escuras ou barras irregulares e três listras pouco visíveis atrás dos olhos. Em 
24 
 
 
 
vista dorsal, observa-se a mandíbula ultrapassando francamente a maxila superior, 
estando à boca fechada (AZEVEDO; GOMES, 1943). H. malabaricus é um peixe 
predador de topo de cadeia alimentar, apresentando extrema importância na pesca 
artesanal e comercial (PETRY, 2005). A abundância desta espécie em áreas dulciaquícolas 
do semiárido nordestino faz com que seja utilizada para alimentação das comunidades 
pesqueiras. 
O presente trabalho verificou os aspectos reprodutivos da traíra, H. malabaricus, 
no açude Marechal Dutra, Rio Grande do Norte, Brasil, a fim de fornecer informações 
necessárias para manejo e conservação dessa espécie. 
 
2. Materiais e Métodos 
 
Área de estudo 
 O estudo foi realizado no açude Marechal Dutra da bacia hidrográfica do rio 
Piranhas-Assu, RN, localizado a 6°24’06,87” S e 36°35’07,23” W (Figura 1). Esta bacia 
é totalmente inserida na região do semiárido e abrange um território de 44.000 km² 
distribuído entre os Estados da Paraíba e Rio Grande do Norte. O açude Marechal Dutra, 
conhecido popularmente como Gargalheiras, situa-se 6° 26' 24" de Latitude S e a 36° 38' 
00" de Longitude W, a 7 km de distância da sede do Município de Acari, sua construção 
foi iniciada no ano de 1956 e concluída no ano de 1959. 
 
 
Figura 1. Área de estudo: o açude Marechal Dutra da bacia hidrográfica do rio Piranhas-
Assu, RN (BARROS, 2016). 
25 
 
 
 
 
Coleta dos exemplares e procedimentos 
As capturas dos peixes foram realizadas mensalmente nos afluentes da bacia 
Piranhas-Assú, durante o período de agosto 2015 a junho de 2016, com auxílio de 
pescadores locais, que utilizaram redes de espera. Os peixes capturados foram levados 
em caixas de isopor de 25 L ao laboratório. A taxonomia dos peixes foi verificada com 
guias de identificação (BRITSKI et al., 1984). Os peixes foram pesados em uma balança 
de precisão. Foram tomadas para cada exemplar as seguintes medidas morfométricas e 
verificações anatômicas: comprimento total, peso total, verificação do sexo e fase de 
maturação das gônadas (VAZZOLER, 1996). 
A análise em comprimento e peso baseou-se na distribuição das frequências 
relativas mensais de comprimento total (com intervalos de 6 cm) e peso total (com 
intervalos de 205 g). A relação peso-comprimento foi realizada através da distribuição 
dos pontos empíricos individuais destas variáveis e pela dispersão destes (FROESE, 
2006). A relação peso-comprimento foi determinada pela equação: Wt = a. Ltb, onde Wt 
é o peso total(g), Lt é o comprimento total (cm), a é o interceptor da regressão e b é o 
coeficiente da regressão (FROESE,1998; JOBLING, 2008). Para a determinação do 
comprimento da primeira maturação sexual, foram agrupadas as gônadas de machos e 
fêmeas utilizando-se apenas de indivíduos adultos. De acordo com a distribuição das 
frequências relativas acumuladas por classes de comprimento total (MORENO et. al., 
2005). 
Os peixes foram dissecados e as gônadas foram removidas, pesadas e examinadas 
para identificar os sexos. A proporção entre os sexos foi verificada através da análise de 
distribuição de frequência relativa mensal de ambos os sexos durante o período de estudo 
(MORENO et al., 2005). Foram observados os seguintes caracteres das gônadas dos 
exemplares de peixes: tamanho, formato, coloração, presença de vasos sanguíneos, 
presença de ovócitos visíveis, rigidez, grau de turgidez e a proporção ocupada na cavidade 
abdominal. A partir das observações identificou-se a fase macroscópica do 
desenvolvimento dos ovários e testículos (VAZZOLER, 1996). 
O índice gonadossomático, foi calculado de acordo com a fórmula de Wootton et 
al.(1978): IGS = (Wg/Wt) x 100. O período reprodutivo da espécie foi determinado 
através da variação da média mensal do índice gonadossomático (IGS) (VAZZOLER, 
1996). O fatorde condição (K) foi calculado usando a equação K = Wt / Ltb. Uma única 
equação peso e comprimento (W = Alb) foi ajustada para estimar o valor de coeficiente 
26 
 
 
 
b, utilizando-se os dados obtidos a partir de todos os indivíduos coletados (FROESE, 
2006). 
 
3. Resultados 
 
Foram capturados 141 exemplares de H. malabaricus durante o período de agosto 
2015 a junho de 2016, sendo 82 fêmeas e 59 machos. A proporção sexual foi de 1M:1,4F, 
diferindo do esperado (1:1). Os resultados mostram uma predominância de fêmeas 
(58,16%) durante o período de estudo (Figura 2). O comprimento total para sexos 
agrupados variou de 12,7 cm a 41,5 cm (32,4 ± 7,0) (Figura 3a) e o peso total variou de 
18,0 g a 1028,0 g (456,7 ± 230,1) (Figura 3b). Foram registradas fêmeas maiores e mais 
pesadas que os machos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2. Frequência mensal de ocorrência dos machos e fêmeas de H. malabaricus 
capturados no açude Marechal Dutra, RN no período de agosto de 2015 à junho de 2016. 
 
O coeficiente angular da relação peso-comprimento foi (θ= 3,00), indicando um 
crescimento do tipo isométrico (Figura 4). Para H. malabaricus, o tamanho no qual 50% 
das fêmeas e machos que iniciaram o processo de maturação gonadal (L50) foi de 25,7 ± 
0,97 cm para machos e 25,7 ± 0,77 cm para fêmeas de comprimento (Figura 5). 
 
 
 
 
0
2
4
6
8
10
12
Fr
e
q
u
ê
n
ci
a 
 a
b
so
lu
ta
meses
Machos Fêmeas
27 
 
 
 
 
 
 
Figura 3. a) Frequência relativa do comprimento total (cm) para machos e fêmeas; b) 
Frequência relativa do peso total (g) para machos e fêmeas de H. malabaricus, capturados 
no açude Marechal Dutra, RN no período de agosto de 2015 à junho de 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
 
Figura 4. Relação peso-comprimento distribuídos em pontos empíricos individuais de H. 
malabaricus, para machos e fêmeas, capturados no açude Marechal Dutra, RN no período 
de agosto de 2015 à junho de 2016. 
 
Figura 5. Comprimento da primeira maturação sexual (L50) para machos e fêmeas de H. 
malabaricus, capturados no açude Marechal Dutra, RN no período de agosto de 2015 à 
junho de 2016. 
Machos
LT = 0.007WT3.1552
r² = 0.9572
Fêmeas
Lt= 0.008Wt3.0916
r² = 0.9401
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
10 15 20 25 30 35 40 45
W
t 
(g
)
Lt (cm)
Machos Fêmeas
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
5 - 10 10 - 15 15 - 20 20 - 25 25 -30 30 - 35 35 - 40 40 - 45
%
 d
e
 in
d
iv
íd
u
o
s 
ad
u
lt
o
s 
Lt (cm)
Machos Fêmeas
29 
 
 
 
A espécie apresentou os quatro estádios de desenvolvimento gonadal, sendo 
imaturo, em maturação, maduro e esvaziado (Tabela 1). O IGS para sexos agrupados 
apresentou um pico em agosto (1,78 ± 1,96), dezembro (3,87 ± 12,01), fevereiro (1,41 ± 
1,58) e abril (1,79 ± 2,72) e nos meses de novembro (0,62 ± 0,99), janeiro (0,50 ± 1,12) 
e maio (0,46 ± 0,82) indicaram seus menores valores. As variações temporais do fator de 
condição (K) demonstraram alta amplitude, onde os maiores valores ocorreram nos meses 
de junho, outubro, dezembro e fevereiro (K = 0,014 ± 0,001), e os menores em agosto, 
março, abril e maio (K = 0,010 ± 0,001). Houve um pico em fevereiro (K = 0,015 ± 0,008) 
e um valor mais baixo em maio (K = 0,010 ± 0,003) (Figura 6). Foi observada uma 
correlação negativa entre o fator de condição e o índice gonadossomático. O aumento da 
relação gonadossomática nos meses de agosto, dezembro, fevereiro e abril reflete um 
aumento do peso das gônadas, sendo possível inferir que o período reprodutivo de H. 
malabaricus seja durante esta época. 
 
 
 
Figura 6. Valores médios mensais de índice gonadossomático (IGS) e fator de condição 
(K) e para sexos agrupados de H. malabaricus, capturados no açude Marechal Dutra, RN 
no período de agosto de 2015 à junho de 2016. 
 
 
30 
 
 
 
Tabela 1. Descrição macroscópica das gônadas de machos e fêmeas de H. malabaricus 
e seus diversos estádios de maturação: I – imaturo; II - em maturação, III – maduro e IV 
- esvaziado. 
 
4. Discussão 
 A proporção sexual foi de 1M:1,4F com uma predominância das fêmeas na 
maioria dos meses, exceto nos meses de fevereiro, março e maio. Sendo considerada 
estatisticamente próximo ao valor esperado, que é 1M:1F. Gurgel (2004) obteve 
resultados semelhantes para as espécies Astyanax fasciatus, onde houve um predomínio 
de fêmeas na proporção entre os sexos. Este parâmetro em peixes varia ao longo do ciclo 
de vida em função de eventos sucessivos que atuam de modo distinto sobre os indivíduos 
de cada sexo, constituindo uma tática reprodutiva (VAZZOLER, 1996). Araújo; Gurgel 
(2002) esclarece que os desvios observados na proporção de 1:1 são, muitas vezes, 
consequência de uma taxa de crescimento diferenciada entre fêmea e machos, o que pode 
ocasionar captura preferencial em maior ou menor escala dos exemplares de um dos 
sexos. 
ESTÁDIO MACHO FÊMEA 
Imaturo 
(I) 
Os testículos apresentaram-
se filiformes e tamanhos 
reduzidos. 
Imaturo 
(I) 
Os ovários apresentaram-
se filiformes e tamanhos 
reduzidos. 
Em 
maturação 
(II) 
Os testículos apresentaram 
tamanhos variados de 
acordo com o grau de 
desenvolvimento. 
Em maturação 
(II) 
Os ovários mudaram a 
coloração de translúcida 
para avermelhada, 
aumentando de tamanho. 
Maduro 
(III) 
Os testículos apresentaram 
tamanhos variados de 
acordo com o grau de 
desenvolvimento. 
Maduro 
(III) 
Os ovários mostraram uma 
coloração avermelhada, 
aumentando de tamanho 
com presença de ovócitos 
visíveis. 
Esvaziado 
 (IV) 
Os testículos mostraram 
tamanho reduzido com um 
aspecto flácido. 
Esvaziado 
 (IV) 
Os ovários mostraram 
tamanho reduzido com um 
aspecto flácido. 
31 
 
 
 
 A relação peso-comprimento foi determinada pela seguinte fórmula para sexos 
agrupados: Wt = 0,0122Lt3,00, baseado nesta equação e diante do valor do coeficiente 
angular (b = 3,00), determinou-se para a espécie um crescimento do tipo isométrico, no 
qual um indivíduo apresenta um ganho de peso e comprimento relativamente iguais, 
corroborando com o encontrado por Barbieri; Marins (1990), estudando a mesma espécie, 
encontraram valores de coeficiente (b = 3,11). Os parâmetros da relação peso-
comprimento em peixes podem ser afetados por fatores como condições ambientais, 
maturidade gonadal, sexo, condição de saúde, população e as diferenças dentro das 
espécies (FROESE, 2006). 
 O início da maturidade sexual representa uma transição crítica na vida de um 
indivíduo de acordo com Wootton (1998), seu conhecimento é um elemento fundamental 
na adequação dos métodos de exploração e na tomada de decisões que visem à proteção 
das populações naturais, dados importantes para a biologia pesqueira. O comprimento da 
primeira maturação sexual (L50) obtido no estudo foi de 25,7 ± 0,77 cm para fêmeas e 
25,7 ± 0,97 cm para machos. Resultados diferentes foram encontrados por Barbieri 
(1989), na represa de Monjolinho, São Carlos, SP, onde a primeira maturação gonadal da 
traíra foi estimada em 16,7 cm, e na represa do Rio Pardo onde o comprimento de primeira 
maturação foi de 13,5 cm. Barbieri; Marins (1990) estudando a traíra na represa do Lobo, 
SP, encontraram o valor de 15,5 cm, enquanto Barbieri; Marins (1990) afirma que H. 
malabaricus da savana de Repununi (Guiana) atinge maturação com 20 cm de 
comprimento padrão, o que está próximo dos resultados obtidos nesta pesquisa. O 
tamanho da primeira maturação pode variar entre indivíduos da mesma espécie, cujas 
populações estão sujeitas a diferentes condições ambientais (WOOTTON, 1990). 
Presente estudo descreve as características macroscópicas dos ovários e testículos 
durante os quatro estádios de desenvolvimento gonadal, sendo imaturo, em maturação, 
maduro e esvaziado. Descrição histológica de gônadas de H. malabaricus do açude do rioGramame em Paraíba identificou sete estádios gonadais microscópicas para fêmeas e 
cinco para machos (MARQUES et al., 2000). 
 O IGS para sexos agrupados apresentou vários picos ao logo do período de estudo. 
A análise do IGS revelou que a atividade reprodutiva da espécie é mais acentuada no mês 
de dezembro, quando os valores do índice gonadossomático (IGS) são maiores. Os vários 
picos reprodutivos da traíra mostram a sua característica de desova parcelada da espécie. 
Foi constatada uma correlação negativa entre o fator de condição e o índice 
gonadossomático, sugerindo a utilização das reservas de energia durante a maturação 
32 
 
 
 
gonadal e período reprodutivo (CHELLAPPA et al., 1989; 1,995; HUNTINGFORD et 
al., 2001). 
O período relativamente longo da reprodução de H. malabaricus (BARBIERI; 
MARINS, 1990) sugere um mecanismo de desova do tipo parcelada (VAZZOLER, 1996). 
Esse parcelamento é considerado como uma adaptação da espécie para evitar a 
competição pelo local de desova entre reprodutores e pelo alimento das larvas 
(NIKOLSKY, 1963). Por outro lado, esse tipo de estratégia pode ainda assegurar a 
manutenção das populações frente à elevada mortalidade provocada por turbulências 
ambientais, como rápidas flutuações dos níveis de descarga de água, o que pode acarretar 
arrastes de ovos e larvas resultando em elevadas taxas de mortalidade (BARROS, 2016). 
 
5. Conclusão 
Estudos relacionados à biologia reprodutiva dos peixes geram subsídios para uma 
melhor compreensão quanto à conservação e manejo das espécies, bem como a 
manutenção dos estoques pesqueiros. A população de H. malabaricus apresentou uma 
proporção sexual próxima a esperada de 1M:1F. A relação peso/comprimento indica que 
os machos e as fêmeas apresentam um ganho de peso e comprimento total relativamente 
igual. No presente trabalho valores superiores de L50 foram observados em relação aos 
outros estudos com a mesma espécie. As características macroscópicas dos ovários e 
testículos revelaram quatro estádios de desenvolvimento gonadal: imaturo, em 
maturação, maduro e esvaziado. Baseado no valor do L50 encontrado recomenda-se que 
H. malabaricus seja capturado acima 25,7 cm de comprimento, assegurando seus 
estoques pesqueiros no açude de Marechal Dultra, RN. 
 
6. Agradecimentos 
Os autores agradecem ao ProPesq/UFRN e ao Conselho de Desenvolvimento 
Científico e Tecnológico do Brasil (CNPq) pelo suporte financeiro durante a pesquisa. 
7. Referências Bibliográficas 
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37 
 
 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Os estudos realizados sobre os aspectos reprodutivos do peixe traíra, Hoplias 
malabaricus no Açude Marechal Dutra, Rio Grande do Norte, nos permitiram as seguintes 
conclusões. A população de H. malabaricus apresentou uma proporção sexual próxima a 
esperada de 1M:1F, com uma predominância de fêmeas, porém não apresentando 
diferença significativa. A relação peso/comprimento indica que os machos e as fêmeas 
apresentam um ganho de peso e comprimento total proporcionais. Neste trabalho, os 
valores obtidos para L50 foram superiores aos registrados anteriormente para a mesma 
espécie. IGS e K apresentaram uma correlação negativa, indicando a possibilidade de 
direcionamento energético durante o período reprodutivo de H. malabaricus. O IGS para 
sexos agrupados apresentou vários picos durante o período de estudo, revelando uma 
atividade mais acentuada no mês de dezembro, mostrando com esses picos característica 
de desova parcelada da espécie. As características macroscópicas dos ovários e testículos 
revelaram quatro estádios de desenvolvimento gonadal: imaturo, em maturação, maduro 
e esvaziado. Baseado no valor do L50 encontrado recomenda-se que H. malabaricus seja 
capturado acima 25,7 cm de comprimento, assegurando seus estoques pesqueiros no 
açude de Marechal Dultra, RN. Estudos relacionados à biologia reprodutiva dos peixes 
geram subsídios para uma melhor compreensão quanto à conservação e manejo das 
espécies, bem como a manutenção dos estoques pesqueiros. 
 
 
 
 
38 
 
 
 
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Tese (Doutorado em Ciências Ambientais), Universidade Estadual de Maringá. 
2005. 
ROSA, R. S.; MENEZES, N. A.; BRITSKI, H. A.; COSTA, W. J. E. M.; GROTH, F. 
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SILVA, D. A., PESSOA, E. K. R., da COSTA, S. A. G. L., CHELLAPPA, N. T., & 
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WOOTTON, J. R. Ecology of teleost fishes. Ed. Chapman & Hall, London, 404p, 1990. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
ANEXOS 
 
Anexo I – Trabalho apresentado no III SIBECORP – Simpósio Iberoamericano de 
Ecologia Reprodutiva, Recrutamento e Pesca - realizado no período de 22 a 26 de 
Novembro de 2015. 
 
 
44 
 
 
 
Anexo I – Trabalho apresentado no III SIBECORP – Simpósio Iberoamericano de 
Ecologia Reprodutiva, Recrutamento e Pesca - realizado no período de 22 a 26 de 
Novembro de 2015. 
 
 
 
45 
 
 
 
Anexo I – Trabalho apresentado no III SIBECORP – Simpósio Iberoamericano de 
Ecologia Reprodutiva, Recrutamento e Pesca - realizado no período de 22 a 26 de 
Novembro de 2015. 
 
 
 
46 
 
 
 
Anexo I – Trabalho apresentado no III SIBECORP – Simpósio Iberoamericano de 
Ecologia Reprodutiva, Recrutamento e Pesca - realizado no período de 22 a 26 de 
Novembro de 2015. 
 
47 
 
 
 
Anexo I – Trabalho apresentado no III SIBECORP – Simpósio Iberoamericano de 
Ecologia Reprodutiva, Recrutamento e Pesca - realizado no período de 22 a 26 de 
Novembro de 2015. 
 
48 
 
 
 
Anexo I – Trabalho apresentado no III SIBECORP – Simpósio Iberoamericano de 
Ecologia Reprodutiva, Recrutamento e Pesca - realizado no período de 22 a 26 de 
Novembro de 2015. 
 
 
 
49 
 
 
 
Anexos II - Trabalho apresentado no XXVII CICT Congresso de Iniciação Científica e 
Tecnológica da UFRN - CICT2016 - realizado no período de 7 a 11 de Novembro de 
2016. 
 
 
 
 
 
50 
 
 
 
Anexos II - Trabalho apresentado no XXVII CICT Congressode Iniciação Científica e 
Tecnológica da UFRN - CICT2016 - realizado no período de 7 a 11 de Novembro de 
2016. 
 
 
51 
 
 
 
Anexo III – Trabalho apresentado no VII CBO – Congresso Brasileiro de Oceanografia 
– CBO2016 - realizado no período de 05 a 09 de Novembro de 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
 
 
Anexo III – Trabalho apresentado no VII CBO – Congresso Brasileiro de Oceanografia 
– CBO2016 - realizado no período de 05 a 09 de Novembro de 2016. 
 
 
 
53 
 
 
 
Anexo III – Trabalho apresentado no VII CBO – Congresso Brasileiro de Oceanografia 
– CBO2016 - realizado no período de 05 a 09 de Novembro de 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
 
Anexo III – Trabalho apresentado no VII CBO – Congresso Brasileiro de Oceanografia 
– CBO2016 - realizado no período de 05 a 09 de Novembro de 2016. 
 
 
 
55 
 
 
 
Anexo III – Trabalho apresentado no VII CBO – Congresso Brasileiro de Oceanografia 
– CBO2016 - realizado no período de 05 a 09 de Novembro de 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
56 
 
 
 
 
Anexo III – Trabalho apresentado no VII CBO – Congresso Brasileiro de Oceanografia 
– CBO2016 - realizado no período de 05 a 09 de Novembro de 2016. 
 
 
 
57 
 
 
 
Anexo IV – Trabalho apresentado no VII AQUACIÊNCIA 2018 – realizado no período 
de 17 a 21 de Setembro de 2018. 
 
 
58 
 
 
 
Anexo IV – Trabalho apresentado no VII AQUACIÊNCIA 2018 – realizado no período 
de 17 a 21 de Setembro de 2018. 
 
 
59 
 
 
 
Anexo IV – Trabalho apresentado no VII AQUACIÊNCIA 2018 – realizado no período 
de 17 a 21 de Setembro de 2018. 
 
 
 
60 
 
 
 
Anexo IV – Trabalho apresentado no VII AQUACIÊNCIA 2018 – realizado no período 
de 17 a 21 de Setembro de 2018.

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