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Projeto sobre doação de sangue

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FACULDADE ESTÁCIO DE CURITIBA
PSICOLOGIA
Projeto sobre doação de sangue 
1 INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO
A doação de sangue é um modo de salvar a vida de milhares de pessoas, pois não há substituto para o sangue, uma única doação pode salvar até quatro vidas e ajudar de muitas formas todo um contexto social, nisso vemos a importância que os doadores de sangue representam para a sociedade.
Os constantes avanços científicos e inovações tecnológicas têm impulsionado o desenvolvimento da hemoterapia, mesmo assim ainda à falta de doadores. No Brasil a doação de sangue é um ato voluntário, não sendo admitido qualquer tipo de remuneração, sendo assim, a doação altruísta é a fonte de abastecimento das unidades de hemoterapias, e o maior desafio enfrentado pelas instituições de saúde é assegurar uma captação e distribuição de sangue segura por meio da captação e da fidelização de doadores de sangue voluntários. 
Esse trabalho diz respeito a elaboração de um grupo operativo para melhorar a captação de doadores de sangue, o qual será aplicado no Hemepar - Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná, que é responsável pela coleta, armazenamento, processamento, transfusão e distribuição de sangue para 384 hospitais públicos, privados e filantrópicos que atuam em todas as regiões do Paraná. É uma entidade sem fins lucrativos e atende a demanda de fornecimento de sangue e hemoderivados do Estado graças às doações dos voluntários. 
1.2 JUSTIFICATIVA
A falta de doadores de sangue se reflete em todo um sistema de saúde física, mental e social, tendo em vista que a Psicologia da Saúde tenta compreender a saúde e a doença a partir da integração do conhecimento biomédico e psicológico, fundamentando assim o modelo biopsicossocial, desenvolvendo também práticas assistenciais baseadas na tríade da prevenção-promoção-tratamento nos diversos ciclos vitais, acreditamos ser de suma importância desenvolver um projeto que atenda as demandas e dificuldades da instituição escolhida, promovendo assim saúde emocional, bem estar e ferramentas que auxiliem na melhora de captação de doadores de sangue.
1.3 OBJETIVO 
O objetivo desse trabalho é a elaboração de um grupo operativo que será aplicado no Hemepar, com a finalidade de levantar as demandas existentes, fornecendo ferramentas e recursos para trabalharem essas demandas; e, promover saúde emocional e bem-estar entre a equipe de funcionários, o qual se refletirá no atendimento ao público, visando assim chegar no objetivo final que é promover o aumento da captação de doadores.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Para falarmos sobre grupos operativos, precisamos antes conhecer um pouco da história do criador deste conceito. Enrique Pichon-Riviére, era um psiquiatra que nasceu em Genebra em 25 de junho de 1907. O caçula de seis irmãos, emigrou para a Argentina com sua família com apenas três anos, onde residiu por toda sua vida. 
Sua família era abastada e chegando na Argentina passou a conviver com uma grande diferença cultural, tendo que se articular entre o universo europeu e indígena. Vivendo em meio a essa diferença cultural, mudasse novamente para Corrientes, após alagamentos e pragas fazerem os pais perderem as terras concedidas pelo Estado.
Aos 18 anos entra para a faculdade de medicina em Rosário, e após seis meses, devido uma pneumonia, se afasta e volta para Corrientes. Meses depois volta a estudar medicina em Buenos Aires, buscando integrar os pontos de vista do físico e do psíquico. 
Sua prática inicial com a psiquiatria, foi em um asilo, onde organizando equipes para jogar futebol, observou que 60% dos indivíduos possuíam algum tipo de enfermidade devido um retardo psíquico e não orgânico. Faleceu aos 70 anos em Buenos Aires, no dia 16 de julho de 1977, após passar dois anos muito enfermo. 
Seus estudos para compreender os grupos, se basearam a partir dos pilares epistemológicos da psicanálise e da psicologia social. Para compreender os grupos e a forma como viviam, utilizou o conceito central de dialética. Mas o que significa dialética? Bornheim define como:
"a dialética seria aquilo que faz possível todo discurso, embora permaneça em si mesma o não dito, algo de refratário a qualquer empenho de explicitação" (Bornheim, 1977, p. 7).
Pichon-Rivière construiu sua teoria pensando em uma visão dialética da realidade, onde acredita que seus construtos e reflexões são estabelecidos pelas transformações que o indivíduo passa ao longo da vida.
Para definição do processo grupal, assim como o processo de aprendizagem, Pichon-Rivière traz a ideia do cone invertido, que se dá por meio do movimento de estruturação, desestruturação e reestruturação. A representação do cone invertido acontece a partir de um movimento entre o impulso de mudança e suas resistências que o levam a medos e ansiedades. Esse movimento de idas e vindas, dentro dos conteúdos do grupo, que podem estar implícitos ou explícitos, o autor chamou de espiral dialética. 
Quando se fala em aprendizado e a transformação, dentro dos processos humanos e grupais, observa-se que a teoria e a técnica do Grupo Operativo é uma ferramenta de extrema importância para o gerenciamento de grupos em diversas áreas.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A elaboração do projeto foi realizada por estudantes do sexto período do curso de Psicologia da Universidade Estácio de Sá, que buscou conhecer e observar a dinâmica da instituição apresentada, se aprofundando no tema da captação de doadores de sangue e em possíveis intervenções para o mesmo.
Entendeu-se que a dificuldade na captação de doadores de sangue deve-se a vários fatores e variáveis, procurou-se então uma variável em que pudesse ser aplicado o Projeto de Intervenção em Psicologia, focando assim em trabalhar a abordagem de grupos operativos para um público-alvo específico, que será os 42 funcionários que trabalham no Hemepar - Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná.
A função de facilitadores será de responsabilidade dos estudantes do curso de Psicologia do 6° período da Universidade Estácio de Sá, com supervisão do professor Henrique Costa Brojato.
3.1 LOCAL E INVESTIMENTOS
Para a execução, será utilizado o auditório localizado no próprio Hemepar - Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná. Nos encontros dos grupos serão utilizados materiais diversos de acordo com o tema de cada encontro. 
Nos dias de encontro também será servido um coffee break como forma de agradecimento aos participantes.
3.2 PLANEJAMENTO DOS ENCONTROS
Os funcionários serão divididos em dois grupos, conforme escala de trabalho, cada grupo será de vinte e uma pessoas, as quais participarão de um encontro semanal com duração de duas horas, totalizando um total de quatro encontros por grupo. Os participantes serão acompanhados pelos facilitadores para execução de atividades com base no roteiro previsto. Os Encontros terão o objetivo de trabalhar a comunicação, confiança, escuta ativa, empatia e acolhimento entre a equipe e doadores.
Em cada encontro será feito um quebra gelo, uma dinâmica, e uma conversa sobre o tema abordado nas atividades.
3.2.1 Primeiro Encontro: Conhecendo a Equipe
Quebra gelo: Apresentação
Material: uma bolinha pequena.
Organizar os participantes sentados em um círculo e um facilitador começa a dinâmica com a bolinha nas mãos se apresentando, dizendo o seu nome e uma curiosidade a seu respeito, depois deverá jogar a bolinha para outro participante e assim por diante. Acaba quando todos tiverem se apresentado.
Dinâmica: Descobrindo pontos positivos e negativos.
Material: Folhas de papel, caneta, dois cestos, quadro e giz.
O facilitador irá entregar duas folhas e uma caneta para cada participante, no qual irá escrever em um papel uma qualidade sua e em outro papel um ponto negativo a respeito da equipe, sem se identificar. Cada um deverá amassar sua folha e jogar em um cesto. Os facilitadores irão pegar cada papel e transcrever em um quadro que todos consigam ver, de um lado os pontos positivos e do outro os pontos negativos quea equipe levantou.
Devolutiva: Esse encontro tem o objetivo de descobrir o potencial de cada indivíduo, assim como as dificuldades encontradas no ambiente de trabalho, levando a equipe a pensar em como podem melhorar as dificuldades levantadas, e em como podem aproveitar as qualidades de cada um.
O maior objetivo da dinâmica é aquecer o ambiente e ajudar os participantes a se soltarem e se sentirem mais confortáveis no ambiente que estão atuando. Ajudando-os a encontrar interesses em comuns e as discussões que envolvem a equipe fluam confortavelmente. 
3.2.2 Segundo Encontro: Comunicação
Quebra gelo: Telefone sem fio corporal
Material: uma música.
Os participantes devem realizar uma fila reta com todos virados para o mesmo lado, somente o último da fila deverá estar de costas para o grupo e de frente para o facilitador que fará a primeira mímica corporal, ao terminar a mimica deve tocar o ombro do participante como sinal de que ele já pode se virar e tocar o ombro do participante da frente e fazer a mesma mímica da forma mais fiel a original que conseguir. O último da fila irá reproduzir a mímica e o facilitador inicial irá mostrar qual foi a primeira mímica passada, para ver se se parecem.
Dinâmica: O que te agrada e o que te desagrada no ambiente de trabalho?
Material: quadro, giz e vários emojis de papel adesivo.
Cada participante escrevera em um quadro dividido uma qualidade e uma dificuldade que enxerga no ambiente de trabalho, após cada participante poderá escolher mais qualidades e dificuldades que os colegas escreveram colocando um emoji na frente do escolhido.
Devolutiva: Nesse encontro iremos abordar a comunicação entre a equipe. Para manter relações organizacionais saudáveis e alavancar resultados, a comunicação é uma habilidade que desempenha um papel importante no local de trabalho. Conversar sobre as distorções verificadas durante o trânsito da mensagem, buscar que a equipe correlacione com a cadeia de processos dentro da rotina de trabalho e com o doador. Além de melhorar a comunicação dos colaboradores, traz uma boa convivência, promovendo um momento de descontração durante o trabalho. No entanto para exercitar nossas habilidades a fim de melhorar o desempenho no trabalho a comunicação verbal e não verbal são instrumentos importantes.
3.2.3 Terceiro Encontro: Acolhimento
Quebra gelo: Caixa de espelho 
Material: 1 caixa média com um espelho dentro.
Os participantes devem se sentar lado a lado formando um círculo onde o facilitador irá entregar uma caixa fechada. O coordenador deve pedir que todos se concentrem em suas palavras e fazer um discurso breve informando que na caixa há uma foto de uma pessoa muito importante, especial e essencial para o Hemepar. Explicar que o primeiro a receber a caixa deve abrir a caixa, visualizar quem é e sem dizer quem é, dar um adjetivo para essa pessoa, fechar a caixa e passar para o colega ao lado.
Dinâmica: Descrever as características do doador ideal.
Material: desenho grande de uma pessoa, cartões e canetinha.
Cada participante deverá falar como seria para ele um doador ideal e poderá compartilhar alguma experiência. O facilitador escreverá em um cartão as características apresentadas e colará em volta do desenho da pessoa.
Devolutiva: provocar a auto reflexão sobre si mesmo e sobre sua importância para o grupo e para os doadores, assim como refletir em como poderia se alcançar os doadores propostos, e como o acolhimento é uma forma de fazer com que esse doador retorne para fazer novas doações.
3.2.4 Quarto Encontro: Funcionalidades da Equipe 
Quebra gelo: Seringa na garrafa.
Material: 1 seringa, 1 garrafa vazia, 1 rolo de barbantes, música ambiente. Cortar os barbantes em tamanhos de mais ou menos 3 metros, previamente amarrados por uma das pontas com uma seringa pendurada com um barbante com mais ou menos 20 centímetros.
Os participantes estarão posicionados em círculo, cada participante vai ter um barbante preso ao seu corpo em uma ponta, e a outra ponta terá uma seringa ligando todos os barbantes que devem ser mantidos esticados e a seringa pendurada durante o desenvolvimento da dinâmica. O objetivo geral é que em equipe mantendo o barbante esticado consigam colocar a seringa dentro da garrafa posicionada no centro.
Dinâmica: Gota de sangue na árvore.
Material: folhas vermelhas cortadas em formato de gota, canetas pretas, desenho de uma árvore numa cartolina para colar as gotas como se fossem os frutos.
Os facilitadores irão entregar para cada integrante um papel vermelho recortado em formato de gotas de sangue para que transcrevam os pontos fortes e de acolhimento que foram observados durante os encontros anteriores para que juntos possam alcançar um número maior de doadores, para que voltem a fazer novas doações. Ao final, essas gotas vão ser coladas em uma árvore grande feita de papel simbolizando as vidas que essas doações podem salvar. 
Devolutiva: Ao final o facilitador poderá fazer algumas perguntas como: Como foi desenvolvida a experiência? Quais critérios foram utilizados? Qual o sentimento gerado na equipe até o final da dinâmica?
O objetivo desse encontro é fortalecer a união do grupo e experimentar a importância da cooperação. Resgatar o que a equipe nos trouxe como pontos fortes e o que cada um pode contribuir para que o doador retorne.
REFERÊNCIAS
BASTOS, Alice Beatriz B. Izique. A técnica de grupos-operativos à luz de Pichon-Rivière e Henri Wallon. Psicol inf., São Paulo, v. 14, n. 14, p. 160-169, out. 2010. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-88092010000100010&lng=pt&nrm=iso Acesso em 13/10/2022.
BORNHEIM, G. A. Dialética: Teoria e práxis: Ensaio para uma crítica da fundamentação ontológica da Dialética. Porto Alegre: Globo. 1977. p.7.
PEREIRA, Thaís Thomé Seni Oliveira. Pichon-Rivière, a dialética e os grupos operativos: implicações para pesquisa e intervenção. Rev. SPAGESP, Ribeirão Preto, v. 14, n. 1, p. 21-29, 2013 . Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-29702013000100004&lng=pt&nrm=iso Acesso em 13/10/2022.
ZIMERMAN, David E. Como Trabalhamos com Grupos. Porto Alegre: Artes Médicas. 1997.
https://antroposmoderno.com/antro-articulo.php?id_articulo=1574

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