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Roteiro de estudos - Histologia do Sistema Cardiovascular

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Universidade de Rio Verde 
 Faculdade de Medicina de Rio Verde 
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 Universidade de Rio Verde 
 Fazenda Fontes do Saber Campus Universitário Rio 
 Verde - Goiás 
 Disciplina: Histologia II – HIS512 
 Prof a : Vanessa Barbosa de Moraes Thompson 
 HISTOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 Referência Bibliográfica 
 JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica: Texto e Atlas. 12ª edição. Rio de 
 Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 538p. 
 Objetivos 
 – Conhecer a estrutura histológica e distinguir os diversos tipos de vasos sanguíneos. 
 – Conhecer os componentes histológicos do coração. 
 ROTEIRO DE ESTUDOS 
 1. Descreva as túnicas íntima, média e adventícia. 
 A túnica íntima apresenta uma camada de células endoteliais apoiada em uma camada de tecidos 
 conjuntivo frouxo, a camada subendotelial, a qual pode conter, ocasionalmente, células musculares 
 lisas. Em artérias, a túnica íntima está separada da túnica média por uma lâmina elástica interna, a 
 qual é o componente mais externo da íntima. Esta lâmina, composta principalmente de elastina, 
 contém fenestras que possibilitam a difusão de substâncias para nutrir células situadas mais 
 profundamente na parede do vaso. 
 Como resultado da ausência de pressão sanguínea e da contração do vaso por ocasião da morte, a 
 lâmina elástica interna das artérias geralmente apresenta um aspecto ondulado nos cortes 
 histológicos 
 atúnica média consiste de camada concêntricas de células musculares lisas helicoidalmente. 
 Interpostas entre as celulas musculares lisas existem quantidade variáveis de matriz extracelular 
 composta de fibras e lamelas elásticas, fibras reticulares (colágeno tipo III), proteoglicanos e 
 glicoproteínas. 
 Nas artérias do tipo elástico a maior parte da túnica média é ocupada por lâminas de material 
 elástico. Em artérias musculares menos calibrosas, a túnica média contém uma lâmina elástica 
 externa no limite com a túnica adventícia 
 Túnica adventícia: consiste em colágenos do tipo I e fibras elásticas. Torna-se gradualmente 
 contínua com o tecido conjuntivo do órgão pelo qual o vaso sanguíneo está passando. 
 2. Descrição morfológica das artérias de pequeno, médio e grande calibre ao M.O.. 3. Descrição 
 morfológica das veia de pequeno, médio e grande calibre ao M.O.. 4. Diferenças ao M.O. de uma 
 arteríola e uma vênula. 
 As grandes artérias elásticas contribuem para estabilizar o fluxo sanguíneo. As artérias elásticas 
 incluem a aorta e seus grandes ramos. Estes vasos têm cor amarelada decorrente do acúmulo de 
 elastina na túnica média. A íntima, rica em fibras elásticas, é mais espessa que a túnica 
 correspondente de uma artéria muscular. A túnica média consiste em uma série de lâminas 
 elásticas perfuradas, concentricamente organizadas. Entre as lâminas elásticas situam-se células 
 musculares lisas, fibras de colágeno, proteoglicanos e glicoproteínas. A túnica adventícia é 
 relativamente pouco desenvolvida. 
 a túnica média das grandes artérias contém várias lâminas elásticas que contribuem para a função 
 de tornar o fluxo de sangue mais uniforme. Durante a contração ventricular, a lãmina elástica das 
 grandes artérias está distentida e reduz a variação da pressão. Durante a diástole a presão no 
 ventrículo cai mas a propriedade elástica das grandes artérias ajuda a manter a pressão arterial . 
 Artérias musculares médias - possuem uma túnica média formada essencialmente por células 
 musculares lisas. Nas artérias musculares a íntima t~em uma camda subendotelial um pouco mais 
 espess do que as arteríolas. A lãmina elástica interna, componente mais externo da íntima é 
 proeminente. 
 Arteríolas: geralmente têm um diâmetro menor do que 0,5 mm e lúmen relativamente estreito. A 
 camda subendotelial é muito delgada. Na arteríolas muito pequenas a lâmina elástica interna está 
 ausente e a camada média geralmente é composta por uma ou duas camadas de células lisas 
 circularmente organizadas. 
 Capilares: são compostos de uma única camada de células endoteliais que se enrolam em forma de 
 tubo. O diâmetro dos capilares oscila de 8 a 12 micrometros e sua extensão normalmente é de 50 a 
 100 micrometros. A parede dos capilares é formada por 1 a 3 células. Essas células repousam em 
 uma lâmina basal cujos componente moleculares são produzidos pelas próprias células endoteliais. 
 Em geral as células endoteliais são poligonais e seu longo eixo orienta-se na direção do fluxo de 
 sangue. O núcleo da célula endotelial em geral se projeta para o interior do lúmen do capilar. Seu 
 citoplasma contèm poucas organelas representadas principalmente por um complexo de golgi 
 pequeno, mitocôndrias e polirribossomos livres, bem como algumas cisternas de retículo 
 endoplasmático granuloso. As células endoteliais prendem-se lateralmente às outras, por meio das 
 zõnulas de oclusão.Essas zônulas apresentam permeabilidade variável a macromoléculas, de 
 acordo com o tipo de vaso sanguíneo, e desempenham um papel fisiológico significativo tanto em 
 condições normais como patológicas 
 As junções entre as células endoteliais de vênulas são as mais permeáveis do sistema circulatório 
 sanguíneo. Nestes locais, durante a resposta inflamatória, há uma perda de fluido do plasma 
 sanguíneo para os etecidos, levando ao acúmulo de líquido denominado edema. 
 Vênulas pós-capilares: as vênulas que se seguem imediatamente aos capilares têm diâmetro de 0,1 
 a 0,5 mm. A parede dessas vênulas é formada apenas por uma camda de células endoteliais em 
 volta das quais se situam células pericíticas contráteis. As junções entre as células endoteliais são 
 as mais frouxas de todo o sistema vascular. As vênulas pericíticas têm várias características 
 funcionais e morfológicas em comum com os capilares, participam de processos inflamatórios e 
 trocas de moléculas entre o sangue e os tecidos. 
 A maioria das vênulas é do tipo muscular, contendo apenas algumas células musculares lisas na 
 sua parede. 
 Veias: das vênulas o sangue é coletado em veias de maior calibre, arbitrariamente classificadas 
 como veias pequenas, médias e grandes. A maioria das veias é de pequeno ou médio calibre e 
 contêm pelo menos algumas células musculares em suas paredes. A íntima apresenta normalmente 
 uma camada subendotelial fina composta por tecido conjuntivo que pode estar muitas vezes 
 ausente. A túnica média consiste em pacotes de pequenas células musculares lisas entremeadas 
 com fibras reticulares e uma rede delicada de fibras reticulares. Nas veias, a túnica adventícia é a 
 mais espessa e bem desenvolvida das túnicas. 
 Os grandes tronco s venosos, perto do coração, são veias de grande calibre. As grandes veias têm 
 uma túnica íntima bem desenvolvida, mas a média é muito fina, com poucas camadas de células 
 musculares lisas e abundante tecido conjuntivo. Frequentemente, a adventícia contém feixes 
 longitudinais de músculo liso e fibras colágenas. Essas veias, particularmente as maiores, contêm 
 válvulas no seu interior. As válvulas consistem em dobras da túnica íntima, em forma de meia-lua, 
 que se rpojetam para o interior do lúmen do vaso. As válvulas são compostas de tecido conjuntivo 
 rico em fibras elásticas e são revestidas em ambos os lados por enotélio. As válvulas são mais 
 numerosas em veias dos membros inferiores, essas estruturas direcionam o sangue das veias de 
 volta para o coração. 
 5. Conceito de capilar sanguíneo. Diferenças ultra estruturais e localização dos capilares 
 sanguíneos contínuos, fenestrados e sinusóides. 
 Os capilares sanguíneos podem ser reunidos em quatro grupos, dependendo da continuidade da 
 camda endotelial e de sua lâmina basal: o capilar contínuo ou somático, o capilar fenestrado (ou 
 visceral), o capilar fenestrado e destituído de diafragma e o capilar sinusoide. 
 O capilar contínuo ou somático é caracterizado pela sua ausência de fenestras em sua parede. 
 Esse tipo de vaso capilar é encontradoem todos os tipos de tecido muscular, tecidos conjuntivos, 
 glãnsulas exócrinas e tecido nervoso. Em algumas regiões, mas não no sistema nervoso, 
 numerosas vesículas de pinocitose são encontradas em ambas as superfícies, apical e basolateral, 
 das células endoteliais 
 O capilar fenestrado ou visceral é caracterizado por grandes orifícios ou fenestras nas parees das 
 células endoteliais, as quais são obstruídas por um diafragma que é mais delgado do que a 
 membrana plasmática da própria célula. Este diafragma não tem a estrutura trilaminar típica de 
 uma unidade de membrana. A lâmina basal dos vasos capilares fenestrados é contínua. Os 
 capilares fenestrados são encontrados em tecidos nos quais acontece intercâmbio rápido de 
 substâncias entre os tecidos e o sangue, como o rim, o intestino e as glândulas endócrinas. 
 o capilar fenestrado e destituído de diafragma é característico do glomérulo renal. Neste tipo de 
 capilar, na altura das fenestras, o sangue só está separado dos tecidos por uma lâmina basal muito 
 espessa e contínua 
 O capilar sinusoide tem as seguintes características: 
 -um caminho tortuoso e diâmetro bem maior que o dos demais capilares, o que reduz a 
 velocidade da circulação do sangue 
 - suas células endoteliais formam uma camada descontínua e são separas umas das outras por 
 espaços amplos 
 - o citoplasma das células endoteliais exibe fenestrações mútiplas as quais são desprovidas de 
 diafragmas 
 -há macrófagos entre as células endoteliais 
 - a lâmina basal é descontínua 
 6. Camadas que formam o coração e sua caracterização histológica. 
 As paredes do coração são constituídas por três túnicas: a interna, ou endocárdio, a média, ou 
 miocárdio, e a externa, ou pericárdio. A região central fibrosa do coração, comumente chamada 
 esqueleto fibroso, serve de ponto de apoio para as válvulas, além de ser também o local de origem 
 e inserção das células musculares cardíacas. 
 o miocárdio é a mais espessa das túnicas do coração e consiste em células musculares cardíacas 
 organizadas em camadas que envolvem as câmaras do coração como uma espiral complexa, 
 Grande parte dessas camadas se insere no esqueleto cardíaco fibroso. O arranjo dessas células 
 musculares é extremamente variado, de modo que, mesmo em um corte histológico de uma área 
 pequena, são vistas células orientadas em muitas direções. 
 O coração está coberto externamente por um epitélio pavimentoso simples (mesotélio) que se apoia 
 em uma fina camada de tecido conjuntivo que constitui o epicárdio 
 A camada subepicardial de tecido conjuntivo frouxo contém veias, nervos e gânglios nervosos. O 
 tecido adiposo que geralmente envolve o coração se acumula nesta camada. O epicárdio 
 corresponde ao folheto visceral do pericárdio, membrana serosa que envolve o coração. Entre o 
 folheto visceral (epicárdio) e o folheto parietal existe uma quantidade pequena de fluido que 
 facilita os movimentos do coração. O esqueleto cardíaco é composto de tecido conjuntivo denso. 
 Seus principais componentes são o septo membranoso, o trígono fibroso e o ânulo fibroso. Essas 
 estruturas são formadas por um tecido conjuntivo denso, com fibras de colágeno grossas orientadas 
 em várias direções. Nódulos de cartilagem fibrosa são encontrados em determinadas regiões desse 
 esqueleto fibroso. As válvulas cardíacas consistem em um arcabouço central de tecido conjuntivo 
 denso (contendo colágeno e fibras elásticas), revestido em ambos os lados por uma camada de 
 endotélio. As bases das válvulas são presas aos anéis fibrosos do esqueleto cardíaco. 
 7. Função e composição histológica do esqueleto fibroso cardíaco. 
 8. Conceito e estrutura histológica do seio carotídeo. 
 seios carotídeos são pequenas dilatações das artérias carótidas internas. Esses seios contêm 
 receptores que detectam variações na pressão sanguínea e transmitem esta informação ao sistema 
 nervoso central. A camada média da parede arterial é mais delgada nos seios carotídeos e responde 
 a mudanças na pressão sanguínea. A camada íntima e a adventícia são muito ricas em terminações 
 nervosas. Os impulsos nervosos aferentes são processados pelo cérebro de modo a controlar a 
 vasoconstrição e a manter a pressão sanguínea normal. 
 Universidade de Rio Verde 
 Morfofuncional – Histologia 
 Profª. Me. Vanessa Barbosa de Moraes Thompson

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