Buscar

Efeitocrioterapiapropriocepcao-Silva-2020

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 83 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 83 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 83 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI 
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DENISE RODRIGUES DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
EFEITO DA CRIOTERAPIA NA PROPRIOCEPÇÃO DOS MÚSCULOS DO 
ASSOALHO PÉLVICO EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE 
ESFORÇO: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO CONTROLADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTA CRUZ/RN 
2020 
 
 
 
 
 
DENISE RODRIGUES DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
EFEITO DA CRIOTERAPIA NA PROPRIOCEPÇÃO DOS MÚSCULOS DO 
ASSOALHO PÉLVICO EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE 
ESFORÇO: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO CONTROLADO 
 
 
 
 
 
Dissertação apresentada ao Programa de Pós- 
Graduação em Ciências da Reabilitação da 
Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como 
requisito parcial para obtenção do título de mestre 
em Ciências da Reabilitação. 
 
Área de concentração: Ciências da Reabilitação. 
Orientadora:Prof.ª Drª. Grasiéla Nascimento Correia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTA CRUZ/ RN 
2020 
2 
 
 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - FACISA 
 Silva, Denise Rodrigues da. 
 Efeito da crioterapia na propriocepção dos músculos do 
assoalho pélvico em mulheres com incontinência urinária de 
esforço: ensaio clínico randomizado controlado / Denise Rodrigues 
da Silva. - 2020. 
 81 f.: il. 
 
 Dissertação (Mestrado em Ciências da Reabilitação) - 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Faculdade de 
Ciências da Saúde do Trairi. Santa Cruz, RN, 2020. 
 Orientadora: Grasiéla Nascimento Correia. 
 
 
 1. Assoalho pélvico - Dissertação. 2. Incontinência urinária 
de esforço - Dissertação. 3. Propriocepção - Dissertação. 4. 
Crioterapia - Dissertação. 5. Satisfação do paciente - 
Dissertação. I. Correia, Grasiéla Nascimento. II. Título. 
 
RN/UF/FACISA CDU 615.8-055.2 
 
 
 
Elaborado por Joyanne de Souza Medeiros - CRB-15/533 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
DENISE RODRIGUES DA SILVA 
 
 
 
 
 
EFEITO DA CRIOTERAPIA NA PROPRIOCEPÇÃO DOS MÚSCULOS DO 
ASSOALHO PÉLVICO EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE 
ESFORÇO: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO CONTROLADO 
 
 
 
Dissertação apresentada ao Programa de Pós- 
Graduação em Ciências da Reabilitação da 
Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como 
requisito parcial para obtenção do título de mestre 
em Ciências da Reabilitação. 
 
Área de concentração: Ciências da 
reabilitação. 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
 
Presidente da banca (Orientadora): Prof.ª Dr.ª Grasiéla Nascimento Correia 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
 
 
Prof.ª Dr.ª Adriana Gomes Magalhaes 
Examinador interno - Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
 
 
Prof.ª Dr.ª Patrícia Driusso 
Examinador Externo - Universidade Federal de São Carlos 
4 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
Sou grata Deus por sua infinita misericórdia, por não ter permitido que eu desistisse de 
mim. 
 
Agradeço aos meus pais, meu irmão e meus avós paternos por todo apoio. Eu quero ser 
motivo de orgulho para vocês. 
Agradeço a Alisson, que esteve do meu lado desde a seleção até o trabalho final. Você 
literalmente segurou na minha mão enquanto eu escrevia as linhas dessa dissertação, esteve 
comigo durante muitas crises de ansiedade… Eu não tenho palavras para expressar minha 
gratidão. 
Agradeço aos meus amigos, vocês foram o alívio cômico da minha vida, sempre conto 
com vocês para achar graça mesmo nas piores situações. 
Eu quero agradecer a professora Grasiéla, pela orientação e pela paciência. 
 
A Ana Isabele por ter me acolhido e me ajudado durante o início das coletas. Eu fui 
muito abençoada por ter você como colega de mestrado. 
Agradeço a Jaine, Cynthia, Ana Beatriz e Kátia, por estarem comigo nas coletas, mesmo 
nos horários mais difíceis sempre tinha alguma de vocês para me socorrer. 
Por fim, agradeço a todas as mulheres que participaram desta pesquisa. Eu aprendi muito 
com cada uma, não só como profissional, mas principalmente como ser humano e como mulher. 
5 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
Introdução: Algumas mulheres com incontinência urinária (IU) são incapazes de contrair 
corretamente os músculos do assoalho pélvico (MAP), sendo necessário o uso de intervenções 
proprioceptivas. A crioterapia é um recurso acessível e de baixo custo, capaz de proporcionar o 
resfriamento local, no entanto não há estudos que avaliem se existem efeito na propriocepção 
dos MAP. Objetivo: Comparar o efeito entre crioterapia e manometria na contração voluntária 
máxima dos MAP, analisar a variação de temperatura do centro tendíneo (CT) após a aplicação 
de ambas intervenções e comparar o nível de satisfação das participante após a aplicação destes 
métodos. Materiais e métodos: Ensaio clínico randomizado controlado, com 33 participantes 
de idade superior à 35 anos que apresentam queixa de IUE. As participantes realizaram 
anamnese, incluindo dados sociodemográficos, uro- ginecológicos e obstétricos, em seguida, foi 
aplicado o incontinence severity index questionnaire (ISI-Q). Na avaliação física foi realizado 
o teste absorvente de uma hora, avaliação da contração voluntária máxima dos MAP por meio 
da manometria e avaliação da função dos MAP com o esquema PERFECT. Após 48 horas da 
avaliação as participante foram randomizadas: 17 participantes iniciaram a intervenção no 
Grupo Crioterapia (GC) e após 48 horas fizeram parte do Grupo Manometria (GM); 16 
participantes iniciaram no grupo manometria (GM) e após 48 horas foram submetidas a 
intervenção no GC. A temperatura foi avaliada no CT por meio do Termômetro LASER Digital 
Infravermelho GM320 nos seguintes momentos: antes da aplicação das intervenções, 
imediatamente após as intervenções e no 1º, 2º e 5º minutos após. Depois da aferição da 
temperatura o avaliador inicial era convocado para realizar a reavaliação da capacidade da 
contração voluntária máxima dos MAP, manometria e satisfação com o tratamento. Análise 
estatística: O poder da amostra foi calculado usando Gpower software version 3.1.9.2, para a 
amostra de 33 indivíduos em cada grupo foi detectado um poder de 64%. Foi utilizado o teste de 
Wilcoxon para a análise intragrupo e o teste de Mann-Whitney em análises intergrupo. O nível 
de significância adotado foi de 5%. Resultados: GC apresentou um aumento em todas as etapas 
do PERFECT e na 2ª medida da manometria após a intervenção (p=0,032). No GM houve um 
aumento significativo na etapa power do PERFECT (p=0,023) e na 1ª medida da manometria 
(p=0,015), no entanto não houve diferença significativa na análise intergrupo. Quanto a 
satisfação o GC e GM não demonstraram diferenças significativas (p=0,3083), o GC 
apresentou diminuição da temperatura imediatamente após a aplicação e no 1º, 2º e 5º minutos 
pós- intervenção (p=0,0001). Conclusão: O GC apresentou melhora da contração voluntária 
máxima dos MAP, contudo esta intervenção não apresentou resultados melhores quando 
comparado com a manometria. Os níveis de satisfação após intervenção se mostram similares, 
demonstrando que diminuição da temperatura durante a crioterapia não influenciou na 
satisfação das pacientes. 
Palavras chaves: assoalho pélvico, Crioterapia, incontinência urinária de esforço, 
propriocepção, fisioterapia, satisfação do paciente. 
7 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Introduction: Some women with urinary incontinence (UI) are unable to correctly contract the 
pelvic lining (PFM) muscles properly, requiring the use of proprioceptive measures. 
Cryotherapy is an accessible and low-cost resource capable of providing muscletremors, 
however, there are studies that assess whether the body's thermoregulatory response helps in 
the proprioception of MAP. Objective: Compare the effect between cryotherapy and 
manometry in the maximum voluntary contraction of PFM, analyze the temperature variation 
of the tendon center (TC) after the application of both interventions and compare the level of 
satisfaction of the volunteers after the application of these methods. Materials and methods: 
Randomized controlled clinical trial, with 33 participants older than 35 years, with SUI 
complaint. The participants performed anamnesis, including sociodemographic, uro- 
gynecological and obstetric data, then the incontinence severity index questionnaire (ISI-Q) was 
applied. In the physical evaluation, the one-hour absorbing test was performed, assessment of 
the maximum voluntary contraction of the PFMs through manometry and assessment of the 
function of the PFMs with the PERFECT scheme. After 48 hours of the evaluation, the 
volunteers were randomized: 17 volunteers started the intervention in the Cryotherapy Group 
(CG) and after 48 hours they were part of the Manometry Group (MG); 16 volunteers started in 
the manometry group (MG) and after 48 hours they underwent intervention in the CG. The 
temperature was assessed in the TC using the Digital Infrared LASER Thermometer GM320 in 
the following moments: before the application of the intervention, immediately after the 
interventions and in the 1st, 2nd and 5th minutes after. Then measuring the temperature, the 
initial evaluator was invited to reassess the capacity of the maximum voluntary contraction of 
MAP, manometry and satisfaction with the treatment. Statistical analysis: The power of the 
sample was calculated using Gpower software version 3.1.9.2, for the sample of 33 individuals 
in each group, a power of 64% was detected. The Wilcoxon test was used for intragroup analysis 
and the Mann-Whitney test for intergroup analysis. The level of significance adopted was 5%. 
Results: CG showed an increase in all stages of PERFECT and in the 2nd measurement of 
manometry after the intervention (p=0.032). In the GM there was a significant increase in the 
PERFECT power stage (p=0.023) and in the 1st manometry measure (p=0.015), however there 
was no significant difference in the intergroup analysis. As for satisfaction, the CG and GM did 
not show significant differences (p = 0.3083), and the GC showed a decrease in temperature 
immediately after application and on the 1st, 2nd and 5th minutes after intervention (p=0.0001). 
Conclusion: The CG showed improvement in the function and pressure of MAP contraction, 
however this intervention did not present better results when compared with manometry. 
Satisfaction levels after intervention are similar, demonstrating that a decrease in temperature 
8 
 
during cryotherapy did not influence patient satisfaction. 
Keywords: pelvic floor, cryotherapy, stress urinary incontinence, proprioception, 
physiotherapy, patient satisfaction. 
 
9 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
ARTIGO 1: 
 
Figura 1: Gelo em formato cilíndrico recoberto com gaze e preservativo masculino para 
aplicação crioterápica na cavidade vaginal. ............................................................................. 37 
Figura 2: fluxograma da amostra selecionada, incluída e analisada após intervenção. .......... 39 
ARTIGO 2: 
 
Figura 1: Gelo em formato cilíndrico recoberto com gaze e preservativo masculinho para 
aplicação crioterápica na cavidade vaginal . ............................................................................ 54 
Figura 2: Esquema da avaliação das temperaturas antes e após a aplicação da intervenção no 
GC e GM. ................................................................................................................................. 54 
Figura 3: fluxograma da amostra selecionada, incluída e analisada após intervenção. .......... 56 
10 
 
LISTA DE TABELAS 
ARTIGO 1: 
 
Tabela 1: Características demográficas, antropométricas, obstétricas, ginecológicas e 
urológicas (n=33)...................................................................................................................... 40 
Tabela 2: Análises intragrupo e intergrupo segundo o esquema PERFECT de avaliação 
funcional subjetiva do assoalho pélvico e Manometria da amostra selecionada, incluída e 
analisada após intervenção ....................................................................................................... 41 
 
 
ARTIGO 2: 
 
 
Tabela 1: Características sociodemográficas, obstétricas, ginecológicas e geniturinárias das 
participantes (n=33) .................................................................................................................. 57 
Tabela 2: Avaliação da temperatura do Centro Tendíneo pré-tratamento e pós-tratamento nos 
grupos Crioterapia e Manômetro .............................................................................................. 58 
Tabela 3: Avaliação do grau de concordância das participantes com os tratamentos segundo a 
escala Likert (n=33). ................................................................................................................. 59 
10 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
 
 
 
 
IU Incontinência Urinária 
IUE Incontinência Urinária de Esforço 
MAP Musculatura do Assoalho Pélvico 
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
ISI-Q Incontinence Severity Index Questionnaire 
GC Grupo Crioterapia 
GM Grupo Manometria 
IMC Índice de Massa Corporal 
TRPV1 Receptores vanilóides de potencial transitório 1 
NPL Neurônios parabraquiais laterais 
SNS Sistema nervoso simpático 
TAM Tecido adiposo Marrom 
ATP Adenosina trifosfato 
TRPM8 Receptor de potencial melastatina do subtipo 8 
CVM Contração voluntária máxima 
CT Cnetro tendíneo 
12 
 
 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 14 
2. REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................ 16 
2.1 INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO ................................................. 16 
2.1.1 Fisiologia da continência urinária ......................................................... 16 
2.1.2 Mecanismos da incontinência urinária de esforço ................................ 17 
2.2 TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO .............. 17 
2.3 TERMORREGULAÇÃO ..................................................................................... 19 
2.4 CRIOTERAPIA .................................................................................................... 20 
3. OBJETIVOS .......................................................................................................... 21 
3.1 OBJETIVO PRIMÁRIO ....................................................................................... 21 
3.2 OBJETIVO SECUNDÁRIO ................................................................................ 21 
 REFERÊNCIAS ...................................................................................... …………..22 
ARTIGO 1 ................................................................................................................... 33 
4.1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 34 
4.2. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 34 
4.2.1 Avaliação ................................................................................................ 35 
4.2.2 Intervenção ..................................................................................................... 36 
4.2.3 Reavaliação .................................................................................................... 38 
4.2.4 Análise Estatística.......................................................................................... 38 
4.3 RESULTADOS ....................................................................................................... 38 
4.4 DISCUSSÃO ........................................................................................................... 42 
4.5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 45 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 46 
ARTIGO 2 ................................................................................................................... 50 
5.1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 51 
5.2. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 52 
5.2.1 Avaliação inicial ............................................................................................ 52 
13 
 
5.2.2 Intervenção ..................................................................................................... 53 
5.2.3 Avaliação ........................................................................................................ 55 
5.2.4 Análise estatística ........................................................................................... 55 
5.3 RESULTADOS ...................................................................................................... 56 
5.4 DISCUSSÃO ........................................................................................................... 60 
5.5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 62 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 63 
APÊNDICES ................................................................................................................. 67 
ANEXOS ....................................................................................................................... 78 
14 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
A incontinência urinária (IU) é caracterizada como uma perda involuntária de urina (1), 
comumente em mulheres apresenta prevalência de 25 a 40% (2), porém esses números podem 
ser maiores devido a subnotificação(3). Entre as classificações da IU destaca-se a incontinência 
urinária de esforço (IUE) que é responsável por 10 a 39% das queixas de IU (4) e é definida como 
a perda involuntária de urina por consequência do aumento da pressão intra-abdominal que 
excede a pressão do fechamento da uretra em situações de tosse, espirro ou atividades físicas(5). 
Dois mecanismos podem atuar isolada ou conjuntamente para o aparecimento da IUE: 
A hipermobilidade uretral e a fraqueza na musculatura do esfíncter urinário(6). O aparecimento 
destes mecanismos estariam associados à alterações em estruturas de suporte(7) comprometendo 
a continência urinária, pois a pressão do esfíncter uretral e a coaptação da mucosa que oclui o 
lúmen da uretra também atuam para evitar perda involuntária de urina (8). 
Por se tratar de uma sintoma que afeta não só o aspecto físico, mas também a qualidade 
de vida (9,10) e vida sexual (11), diversos tratamentos conservadores foram propostos baseados no 
treinamento da musculatura do assoalho pélvico(12), seja com a utilização de métodos invasivos 
como cones vaginais(13) ou programas de exercícios não invasivos para realização em casa(14), 
no entanto, para que estas intervenções apresentem sucesso é necessário que as mulheres 
tenham consciência e saibam realizar a contração correta dos MAP. 
Contudo, estudos mostram que 30% a 45% das mulheres são incapazes de contrair os 
MAP, mesmo com instrução, e acabam utilizando os músculos adutores, reto abdominal, 
oblíquo interno e externo quando pretendem contrair os MAP, indicando a falta de coordenação 
motora (15,16, 17). Por isso, intervenções com estímulos proprioceptivos passaram a ser usadas 
com objetivo de estimular a contração voluntária dos MAP como os cones vaginais (13), 
estimulação magnética (18,19), eletroestimulação (20), manometria(21) e estímulo vibratório(22), que 
mostram resultados positivos, porém estas modalidades de intervenção necessitam de 
equipamentos específicos de alto custo e esterilização, tornando-as onerosas para as pacientes 
e de difícil acesso em determinadas regiões. 
15 
 
 
 
 
Dentre os métodos utilizados por fisioterapeutas a crioterapia destaca-se por ser 
um método de baixo custo(23), fácil aplicação, que proporciona efeito analgésico(24), 
vasoconstrição local e consequente diminuição da hiperemia(25), sendo utilizada na fisioterapia 
pélvica apenas para analgesia perineal no puerpério(26). 
De acordo com Peier et al (2002)(27), com a diminuição da temperatura a hipotermia 
promove a ativação de termorreceptores cutâneos sensíveis ao frio. Em resposta a diminuição 
da temperatura o corpo humano inicia mecanismos para conservação de calor (28,29), com 
ativação de fibras nervosas simpáticas levando a vasoconstrição cutânea(30) e o aumento da 
atividade metabólica através da estimulação de neurônios pré-motores somáticos que 
desencadeiam tremores musculares(31). 
16 
 
 
 
 
2. REVISÃO DA LITERATURA 
 
2.1 INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO 
 
 
A incontinência urinária (IU) é definida com o perda não intencional de urina, sendo a 
incontinência urinária de esforço (IUE) a perda involuntária durante o esforço físico, espirro ou 
tosse (4). Apesar das taxas de prevalência absoluta variarem, estima-se que 25% a 45% de todas 
as mulheres adultas apresentam IU, sendo a IUE responsável por aproximadamente metade de 
todas as incontinências urinárias(32). 
Entre os fatores associados a IUE estão a predisposição genética para IU(33), a via de 
parto(34,35), sendo o risco do aparecimento da IUE a longo prazo duas vezes maior em partos 
vaginais(36), a obesidade, pois o aumento da pressão intra-abdominal sobrecarrega o assoalho 
pélvico e contribui para o desenvolvimento de IUE (37), a menopausa, com a queda dos níveis 
hormonais(31), a prática de exercícios e esportes de alto impacto (38). 
Além do aspecto físico a IUE impacta negativamente as condições psicossociais da 
população feminina, visto que entre 50%-68% das mulheres com incontinência sofrem de 
disfunção sexual(10,39), afeta também a qualidade de vida (QV)(40), contribui para o aparecimento 
de transtornos mentais, como ansiedade e depressão(41,42) e distúrbios do sono(43). Ocorrem 
também prejuízos econômicos, com a compra de absorventes(44) e produtos específicos para 
IU(45). 
 
2.1.1 Fisiologia da continência urinária 
 
 
A bexiga, a uretra e os esfíncteres urinários trabalham em conjunto para armazenar a 
urina. O músculo detrusor e o esfíncter uretral interno são predominantemente músculos lisos, 
enquanto o esfíncter uretral externo e os MAP são formados por músculos estriados(46). O 
sistema nervoso simpático predomina durante a fase de armazenamento, estimulando os 
receptores beta-adrenérgicos dentro da parede vesical e inibindo a atividade parassimpática, 
enquanto estimula os receptores alfa-adrenérgicos presentes no colo vesical e uretral proximal 
levando a constricção e aumento da pressão da uretra(47). Durante a fase de armazenamento 
ocorre a distensão vesical que ativa os nervos aferentes da região, concomitantemente ocorre a 
inibição reflexa da bexiga através do nervo hipogástrico e ativação dos nervos motores 
somáticos que suprem o músculo estriado do esfíncter externo da uretra, surgindo dos 
17 
 
 
 
motoneurônios de S2-S4, realizando a contração do esfíncter externo(48,49). Outro fator que 
contribui para a manutenção da continência é a vascularização saudável da mucosa e submucosa 
uretral, permitindoa “coaptação” da parede uretral(50). 
Para que as estruturas funcionem com eficácia uma rede de apoio é formada sob a uretra 
e o colo vesical. Essa camada de suporte consiste na parede vaginal anterior e no tecido 
conjuntivo que a liga os ossos pélvicos através da porção pubovaginal do músculo elevador do 
ânus e dos ligamentos úterossacro e cardinais que compõem o arco tendíneo da fáscia pélvica. 
Em repouso, o elevador do ânus atua para manter o hiato urogenital fechado em face da pressão 
hidrostática devido a gravidade e leve pressurização abdominal (7,17, 50). 
2.1.2 Mecanismos da incontinência urinária de esforço 
 
 
A fraqueza do esfíncter urinário e hipermobilidade uretral são considerados os dois 
mecanismos que explicam o surgimento da IUE(51). A contração tônica dos músculos intrínsecos 
pode ser afetada em casos de trauma direto no músculo, repetidas cirurgias uroginecológicas, 
presença de doença neurológica ou que levem a atrofia muscular, trauma na região da medula 
espinhal sacral ou nervo pudendo e o processo de envelhecimento(8). 
Enquanto a hipermobilidade uretral surge com alterações que afetem a localização 
anatômica normal da uretra em repouso ou durante um aumento da pressão intra-abdominal, 
como lesão no ligamento pubo-uretral, deficiência na fáscia endopélvica associada à descida da 
porção proximal da uretra, redução da transmissão direta da pressão intra-abdominal e danos 
no elevador do ânus, permitindo a descida da base da bexiga e colocando em risco diversos 
aspectos dos mecanismos de continência(17). 
 
 
2.2 TRATAMENTO CONSERVADOR NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE 
ESFORÇO 
 
De acordo com as diretrizes da associação de urologia de 2017 o treinamento da 
musculatura do assoalho pélvico (TMAP) é recomendado como tratamento de primeira linha 
para a IU(52). Segundo Cacciari et al (2019), os protocolos de TMAP se mostram eficazes na 
diminuição dos episódios de perda urinária, embora o conhecimento sobre seus efeitos a longo 
prazo sejam limitados devido à escassez de estudos(53). Em revisão recente realizada sobre os 
exercícios de fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico foi demonstrado que 
independente do protocolo houve diminuição da perda urinária em mulheres que sofrem IUE 
18 
 
 
além do aumento de força, resistência e coordenação muscular(54). Contudo, estudos mostram 
que 30% a 45% das mulheres são incapazes de contrair os MAP, mesmo com instrução, e 
acabam utilizando os músculos reto abdominal, obliquo interno, externo, glúteos e adutores, 
indicando a falta de coordenação motora (15,16,17,55). 
Técnicas e instrumentos específicos podem ser utilizados para ativação dos MAP com o 
objetivo de facilitar o ensino da contração voluntária(15,56). Mateus-Vasconcelos et al (2017), 
observou que a palpação vaginal associada a inclinação pélvica posterior foi a intervenção mais 
eficaz para facilitar a contração dos MAP, por potencializar o estímulo na região(57). O uso do 
biofeedback também está cada vez mais popular no tratamento da IU (58, 59), podendo ser 
realizado de forma verbal pelo fisioterapeuta(17) ou com o uso de dispositivos como 
eletromiografia(60) e manometria(61). 
A estimulação elétrica é bem estabelecida como tratamento complementar para IU(52), 
descrita pela primeira vez em 1963 por Caldwell(62). A aplicação da estimulação elétrica pode 
ser realizada de forma invasiva ou não invasiva(63). Sendo um tratamento passivo que induz a 
contração muscular, pois o fluxo da corrente elétrica gera ativação e consequente contração dos 
MAP(64). Estudos realizados com a aplicação da estimulação elétrica invasiva e de superfície 
demonstraram que ambas aumentaram a força da contração voluntária máxima dos MAP, 
porém a eletroestimulação superficial se destaca por oferecer menos riscos(20,65). 
A estimulação magnética também é uma abordagem conservadora que atua por meio da 
estimulação passiva e não invasiva do assoalho pélvico(66). Tem sido usada como uma opção 
não cirúrgica para IUE desde 1998(67), devido a sua segurança estabelecida, contrações 
automáticas, nenhum desconforto e fácil administração(19). O mecanismo proposto é aumentar 
a força e a resistência dos MAP por meio de contrações repetitivas. Em metanálise publicada 
por He et al (2019) a estimulação magnética se mostrou uma modalidade terapêutica eficaz na 
redução dos sintomas de IU e melhor QV, no entanto ensaios clínicos randomizados de maior 
rigor metodológico e com maior período de acompanhamento são necessários(68). 
19 
 
 
 
 
2.3 TERMORREGULAÇÃO 
 
 
 
Termorreceptores cutâneos fazem sinapses em populações distintas de neurônios do 
corno dorsal somatossensorial na medula espinhal e no núcleo do trigêmeo espinhal que 
respondem a alterações de temperatura(31). Estes neurônios enviam informações para o tálamo 
e para os neurônios parabraquiais laterais (NPL), que são fundamentais por transmitirem 
glutamatergicamente os sinais termossensoriais cutâneos fornecendo sinalização térmica 
aferente para percepção, localização e discriminação das temperaturas da pele(69). No NPL os 
neurônios responsáveis pelas respostas ao frio são encontrados predominantemente na lateral 
externa e sua ativação glutamatérgica é necessária para respostas de defesa ao frio(70,71). 
As informações do NPL são enviadas diretamente para o centro de comando 
termorregulatório, a área pré-óptica, na porção anterior do hipotálamo, onde a integração das 
informações é realizada (72), enquanto a região dorsomedial, localizada na área posterior do 
hipotálamo, inicia as respostas termoefetores. Assim, os mecanismos de vasoconstrição, tremor, 
termogênese do tecido adiposo marrom e piloereção são ativados durante a diminuição da 
temperatura corporal (73,74). 
O centro termorregulador hipotalâmico em baixas temperaturas ativa o sistema nervoso 
simpático (SNS)(75,76,77). Assim, ocorre a liberação de noradrenalina que ao se ligar a receptores 
α1-adrenérgicos na vasculatura cutânea provocam a vasoconstrição, então o sangue é desviado 
para regiões centrais do corpo, diminuindo a transferência de calor para o meio ambiente(29,78). 
Como resposta ao aumento da descarga simpática ocorre também a ativação da musculatura lisa 
que se encontra na base dos pelos, estes ficam eretos após a contração muscular, assim a 
piloereção cria uma camada isolante ao redor do corpo para conservação do calor(79). A 
inervação simpática do tecido adiposo também é responsável por desencadear a termogênese 
do tecido adiposo marrom (TAM) em resposta ao frio, pois os receptores β- adrenérgicos no 
TAM ativam a lipólise intracelular(80,81), contribuindo para a resposta metabólica a exposição 
aguda ao frio(82). 
O tremores da musculatura esquelética são iniciadas no hipotálamo e mediados pelo 
córtex motor somático em resposta ao frio, se apresentando como contrações musculares 
involuntárias, rápidas e repetidas(83). A produção de calor se dá pela ineficiência da utilização 
da Adenosina Trifosfato (ATP), pois o ATP é hidrolisado, mas nenhum trabalho é realizado 
durante a contração e, portanto, a energia produzida é liberada como calor(84). 
20 
 
2.4 CRIOTERAPIA 
 
 
A crioterapia é um método de simples aplicação(85) e baixo custo(86), podendo ser usado 
em diversos contextos como em mialgias(87), tratamentos dentários(88), cirurgias 
ortopédicas(89,90), terapias para o câncer(91), melhora de performance em atletas(92), no pós 
parto(25,93), entre outros(94, 95), suas formas de aplicação também se mostram heterogêneas(96). 
Entre os seus efeitos mais conhecidos se destacam sua resposta analgésica(97) e anti- 
inflamatória(98). A diminuição da temperatura leva a redução do fluxo sanguíneo através da 
vasoconstrição(77, 99), redução da quantidade de líquido na região e diminuição da demanda 
metabólica(100). Além disso, a diminuição do metabolismo neuronal e a atividade da bomba de 
sódio e potássio reduz a velocidadede condução nervosa, aumentando o limiar de excitabilidade 
de neurônios sensoriais no local da aplicação(101). 
A crioterapia possui seus efeitos analgésicos bem documentados na literatura, no entanto 
pouco se sabe se a resposta termorreguladora do organismo, o tremor muscular, pode contribuir 
para a melhora da propriocepção dos MAP. 
 
 
 
21 
 
3. OBJETIVOS 
3.1 OBJETIVO PRIMÁRIO 
 
Avaliar a propriocepção dos músculos do assoalho pélvico em mulheres com IUE após 
uma intervenção crioterápica. 
3.2 OBJETIVOS SECUNDÁRIOS 
 
Avaliar nível de satisfação em mulheres com IUE após a realização de intervenções 
proprioceptivas com uso da crioterapia e da manometria. 
Verificar a variação de temperatura do centro tendíneo após a aplicação da crioterapia e 
manometria. 
22 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
1. Abrams P, Abrams P, Blaivas JG, Stanton S AJ. The standardisation of terminology of 
lower urinary tract function. The International Continence Society Committee on 
Standardisation of Terminology. Scand J Urol Nephrol Suppl. 1998;1(14):5–19. 
2. Milsom I, Gyhagen M. The prevalence of urinary incontinence. Climacteric. 
2019;22(3):217–22. 
3. Lukacz ES, Santiago-Lastra Y, Albo ME, Brubaker L. Urinary incontinence in women a 
review. JAMA - J Am Med Assoc. 2017;318(16):1592–604. 
4. Haylen BT, De Ridder D, Freeman RM, Swift SE, Berghmans B, Lee J, et al. An 
International Urogynecological Association (IUGA)/International Continence Society 
(ICS) joint report on the terminology for female pelvic floor dysfunction. Int Urogynecol 
J. 2010;21(1):5–26. 
5. Milsom I, Altman D, Cartwright R, Lapitan MC, Nelson R S. Epidemiology of urinary 
incontinence (UI) and other lower urinary tract symptoms (LUTS), pelvic organ prolapse 
(POP) and anal incontinence. Abrams P, Cardozo L, Saad K, Wein A, editors. 5th 
International Consultation on Incontinence. Recommendations of the International 
Scientific Committee: evaluation and treatment of urinary incontinence, pelvic organ 
prolapse and faecal incontinence. Paris; 2012. 35–113 p. 
6. Aoki Y, Brown HW, Brubaker L, Cornu JN, Daly JO, Cartwright R. Urinary 
incontinence in women. Nat Rev Dis Prim. 2017;3. 
7. DeLancey JOL. Structural support of the urethra as it relates to stress urinary 
incontinence: The hammock hypothesis. Am J Obstet Gynecol. 1994;170(6):1713–23. 
8. Hillary CJ, Osman N, Chapple C. Considerations in the modern management of stress 
urinary incontinence resulting from intrinsic sphincter deficiency. World J Urol. 
2015;33(9):1251–6. 
9. Bilgic D, Beji NK. How do urinary incontinence types affect sexual function and quality 
of life for Turkish women ? Low Urin Tract Symptoms. 2020;(January):1–7. 
10. Caruso S, Brescia R, Matarazzo MG, Giunta G, Rapisarda AMC, Cianci A. Effects of 
23 
 
 
 
 
Urinary Incontinence Subtypes on Women’s Sexual Function and Quality of Life. 
Urology. 2017;108:59–64. 
11. Mota RL. Female urinary incontinence and sexuality. Int Braz J Urol. 2017;43(1):20–8. 
 
12. Teixeira C, Vasconcelos M, Karina A, Pinheiro B. Artigo Original Protocolo para 
tratamento de prolapso de órgãos Protocol for pelvic organ prolapse treatment with 
vaginal pessaries. 2018;31(6):585–92. 
13. Wu YM, Welk B. Revisiting current treatment options for stress urinary incontinence 
and pelvic organ prolapse: A contemporary literature review. Res Reports Urol. 
2019;11:179–88. 
14. Loohuis AMM, Wessels NJ, Jellema P, Vermeulen KM, Slieker-ten Hove MC, van 
Gemert-Pijnen JEWC, et al. The impact of a mobile application-based treatment for 
urinary incontinence in adult women: Design of a mixed-methods randomized controlled 
trial in a primary care setting. Neurourol Urodyn. 2018;37(7):2167–76. 
15. Vieira GF, Saltiel F, Miranda-Gazzola APG, Kirkwood RN, Figueiredo EM. Pelvic floor 
muscle function in women with and without urinary incontinence: are strength and 
endurance the only relevant functions? a cross-sectional study. Physiother (United 
Kingdom) [Internet]. 2020; Available from: 
https://doi.org/10.1016/j.physio.2019.12.006 
16. Thompson JA, O’Sullivan PB, Briffa NK, Neumann P. Altered muscle activation 
patterns in symptomatic women during pelvic floor muscle contraction and valsalva 
manouevre. Neurourol Urodyn. 2006;25(3):268–76. 
17. Bo, K., Berghmans, B., Morkved, S., & Van Kampen M. Evidence-based physical 
therapy for the pelvic floor: Bridging science and clinical practice. 2nd ed. Vol. 20, 
Physical Therapy in Sport. Elsevier Health Sciences; 2014. 446 p. 
18. Lim R, Liong ML, Leong WS, Karim Khan NA, Yuen KH. Pulsed Magnetic Stimulation 
for Stress Urinary Incontinence: 1-Year Followup Results. J Urol. 2017;197(5):1302–8. 
19. Yamanishi T, Suzuki T, Sato R, Kaga K, Kaga M, Fuse M. Effects of magnetic 
stimulation on urodynamic stress incontinence refractory to pelvic floor muscle training 
in a randomized sham-controlled study. LUTS Low Urin Tract Symptoms. 
2019;11(1):61–5. 
24 
 
 
 
 
20. Dmochowski R, Lynch CM, Efros M, Cardozo L. External electrical stimulation 
compared with intravaginal electrical stimulation for the treatment of stress urinary 
incontinence in women: A randomized controlled noninferiority trial. Neurourol Urodyn. 
2019;38(7):1834–43. 
21. Schrader EP, Frare JC, Comparin KA, Diamante C, De Araújo BG, Danielli C, et al. 
Eficácia do método Pilates e do biofeedback manométrico em mulheres na menopausa 
com incontinência urinária. Semin Ciências Biológicas e da Saúde. 2017;38(1):61. 
22. Rodrigues MP, Barbosa LJF, Paiva LL, Mallmann S, Sanches PRS, Ferreira CF, et al. 
Effect of intravaginal vibratory versus electric stimulation on the pelvic floor muscles: 
A randomized clinical trial. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol X [Internet]. 
2019;3:100022. Available from: https://doi.org/10.1016/j.eurox.2019.100022 
23. Chumkam A, Pongrojpaw D, Chanthasenanont A, Pattaraarchachai J, Bhamarapravatana 
K, Suwannarurk K. Cryotherapy Reduced Postoperative Pain in Gynecologic Surgery: 
A Randomized Controlled Trial. Pain Res Treat. 2019;2019. 
24. Mutlu S, Yılmaz E. The Effect of Soft Tissue Injury Cold Application Duration on 
Symptoms, Edema, Joint Mobility, and Patient Satisfaction: A Randomized Controlled 
Trial. J Emerg Nurs. 2020;(I):1–11. 
25. Patel K, Bakshi N, Freehill MT, Awan TM. Whole-Body Cryotherapy in Sports 
Medicine. Curr Sports Med Rep. 2019;18(4):136–40. 
26. Gonçalves A, Parreira V. A eficácia da crioterapia no períneo para alívio da dor no pós- 
Parto. Atas - Investig Qual em Educ. 2019;2:1655–64. 
27. Peier AM, Moqrich A, Hergarden AC, Reeve AJ, Andersson DA, Story GM, et al. A 
TRP channel that senses cold stimuli and menthol. Cell. 2002;108(5):705–15. 
28. Malanga GA, Yan N, Stark J. Mechanisms and efficacy of heat and cold therapies for 
musculoskeletal injury. Postgrad Med. 2015;127(1):57–65. 
29. Tan CL, Knight ZA. Regulation of Body Temperature by the Nervous System. Neuron. 
2018;98(1):31–48. 
30. Castellani JW, Young AJ. Human physiological responses to cold exposure: Acute 
responses and acclimatization to prolonged exposure. Auton Neurosci Basic Clin. 
2016;196(February):63–74. 
25 
 
 
 
 
31. Nakamura K. Afferent pathways for autonomic and shivering thermoeffectors [Internet]. 
1st ed. Vol. 156, Handbook of Clinical Neurology. Elsevier B.V.; 2018. 263–279 p. 
Available from: http://dx.doi.org/10.1016/B978-0-444-63912-7.00016-3 
32. Abrams P, Cardozo L, Wagg A WA, editor. Incontinence 6th Edition (2017) [Internet]. 
6th ed. ICI-ICS. International Continence Society. Bristol UK; 2017. 1–141 p. Available 
from: 
https://www.ics.org/publications/ici_6/Incontinence_6th_Edition_2017_eBook_v2.pdf 
33. Calleja-Agius J, Brincat MP. The urogenital system and the menopause. Climacteric. 
2015;18:18–22. 
34. Blomquist JL, Muñoz A, Carroll M, Handa VL. Association of Delivery Mode with 
Pelvic Floor Disorders after Childbirth. JAMA - J Am Med Assoc. 2018;320(23):2438–35. De Araujo CC, Coelho SA, Stahlschmidt P, Juliato CRT. Does vaginal delivery cause 
more damage to the pelvic floor than cesarean section as determined by 3D ultrasound 
evaluation? A systematic review. Int Urogynecol J. 2018;29(5):639–45. 
36. Tähtinen RM, Cartwright R, Tsui JF, Aaltonen RL, Aoki Y, Cárdenas JL, et al. Long- 
term Impact of Mode of Delivery on Stress Urinary Incontinence and Urgency Urinary 
Incontinence: A Systematic Review and Meta-analysis. Eur Urol. 2016;70(1):148–58. 
37. Fuselier A, Hanberry J, Margaret Lovin J, Gomelsky A. Obesity and Stress Urinary 
Incontinence: Impact on Pathophysiology and Treatment. Curr Urol Rep. 2018;19(1). 
38. Chisholm L, Delpe S, Priest T, Reynolds WS. Physical Activity and Stress Incontinence 
in Women. Curr Bladder Dysfunct Rep. 2019;14(3):174–9. 
39. Vitale SG, La Rosa VL, Rapisarda AMC, Laganà AS. Sexual life in women with stress 
urinary incontinence. Oman Med J. 2017;32(2):174–5. 
40. Steibliene V, Aniuliene R, Aniulis P, Raskauskiene N, Adomaitiene V. Affective 
symptoms and health-related quality of life among women with stress urinary 
incontinence: cross-sectional study. Neuropsychiatr Dis Treat. 2020;16:535–44. 
41. Tyrała-Seweryn K, Seweryn M, Krysta K. Analysis of urinary incontinence and 
depression among young women. Psychiatr Danub. 2017;29:S565–7. 
42. Felde G, Ebbesen SH, Hunskaar S. Anxiety and Depression Associated With Urinary 
http://dx.doi.org/10.1016/B978-0-444-63912-7.00016-3
http://www.ics.org/publications/ici_6/Incontinence_6th_Edition_2017_eBook_v2.pdf
http://www.ics.org/publications/ici_6/Incontinence_6th_Edition_2017_eBook_v2.pdf
26 
 
 
 
 
Incontinence. A 10-year Follow-Up Study From the Norwegian HUNT study 
(EPINCONT). Neurourol Urodyn. 2015;(July):1–7. 
43. Freitas JP, Silvestri MPI, Fernandes CE, Oliveira E de. Evaluation of quality of sleep in 
women with stress urinary incontinence before and after surgical correction. Einstein 
(Sao Paulo). 2018;16(2):eAO4205. 
44. Miget G, Moutounaick M, Kervinio F, Teng M, Chesnel C, Charlanes A, et al. Absorbent 
products for urinary incontinence management. Prog en Urol [Internet]. 
2018;28(17):953–61. Available from: https://doi.org/10.1016/j.purol.2018.08.017 
45. Yamasato K, Kaneshiro B, Oyama IA. A simulation comparing the cost-effectiveness of 
adult incontinence products. J Wound, Ostomy Cont Nurs. 2014;41(5):467–72. 
46. Bø K, Larsen S. Pelvic floor muscle exercise for the treatment of female stress urinary 
incontinence: Classification and characterization of responders. Neurourol Urodyn. 
1992;11(5):497–507. 
47. Yoshimura WCDGN. Anatomy and physiology of the lower urinary tract. In: Neurology 
ofSexual and Bladder Disorders [Internet]. 1st ed. Elsevier B.V.; 2015. p. 331–5. 
Available from: http://dx.doi.org/10.1016/B978-0-444-63247-0.00005-5 
48. Neuro-urologia:manual para prática clínica. 1st ed. Journal of Chemical Information and 
Modeling. Rio de janeiro, Brasil: Sociedade brasileira de urologia; 2017. 
49. Wallner C, Maas CP, Dabhoiwala NF, Lamers WH, DeRuiter MC. Evidence for the 
innervation of the puborectalis muscle by the levator ani nerve. Neurogastroenterol 
Motil. 2006;18(12):1121–2. 
50. Eickmeyer SM. Anatomy and Physiology of the Pelvic Floor. Phys Med Rehabil Clin N 
Am [Internet]. 2017;28(3):455–60. Available from: 
http://dx.doi.org/10.1016/j.pmr.2017.03.003 
51. Aoki Y, Brown HW, Brubaker L, Cornu JN, Daly JO, et al. Urinary incontinence in 
women. Nat Rev Dis Prim. 2017;(2):49–52. 
52. Burkhard FC. Bosch JLHR, Cruz F, Gel AK, Nambiar NT. EAU Guidelines on Urinary 
Incontinence. In: Presented at: EAU Annual Congress London. Arnhem, The 
Netherlands: EAU Guidelines Office; 2017. p. 147–74. 
http://dx.doi.org/10.1016/B978-0-444-63247-0.00005-5
http://dx.doi.org/10.1016/j.pmr.2017.03.003
27 
 
 
 
 
53. Cacciari LP, Dumoulin C, Hay-Smith EJ. Pelvic floor muscle training versus no 
treatment, or inactive control treatments, for urinary incontinence in women: a cochrane 
systematic review abridged republication. Braz J Phys Ther. 2019; 23(2):93-107. doi: 
10.1016/j.bjpt.2019.01.002. 
54. García-Sánchez E, Ávila-Gandía V, López-Román J, Martínez-Rodríguez A, Rubio- 
Arias J. What pelvic floor muscle training load is optimal in minimizing urine loss in 
women with stress urinary incontinence? A systematic review and meta-analysis. Int J 
Environ Res Public Health. 2019;16(22):1–15. 
55. Talasz H, Himmer-Perschak G, Marth E, Fischer-Colbrie J, Hoefner E, Lechleitner M. 
Evaluation of pelvic floor muscle function in a random group of adult women in Austria. 
Int Urogynecol J. 2008;19(1):131–5. 
56. Mazur-Bialy AI, Kołomańska-Bogucka D, Nowakowski C, Tim S. Urinary Incontinence 
in Women: Modern Methods of Physiotherapy as a Support for Surgical Treatment or 
Independent Therapy. J Clin Med. 2020;9(4):1211. 
57. Mateus-Vasconcelos ECL, Brito LGO, Driusso P, Silva TD, Antônio FI, Ferreira CHJ. 
Effects of three interventions in facilitating voluntary pelvic floor muscle contraction in 
women: a randomized controlled trial. Brazilian J Phys Ther [Internet]. 2018;22(5):391– 
9. Available from: https://doi.org/10.1016/j.bjpt.2017.12.006 
 
58. Kopańska M, Torices S, Czech J, Koziara W. Urinary incontinence in women: 
biofeedback as an innovative treatment method. Ther Adv Urol Rev. 2020;2:1–12. 
59. Faiena I, Patel N, Parihar JS, Calabrese M, Tunuguntla H, Robert R. Conservative 
Management of Urinary Incontinence in Women. Rev Urol. 2015;17(3):129–39. 
60. Liu YJ, Wu WY, Hsiao SM, Ting SWH, Hsu HP, Huang CM. Efficacy of pelvic floor 
training with surface electromyography feedback for female stress urinary incontinence. 
Int J Nurs Pract. 2018;24(6):1–8. 
61. Markland, AD, Jelovsek JE, Whitehead WE, Newman DK, Andy UU, Dyer, et al. 
Improving Biofeedback for the Treatment of Fecal Incontinence in Women: 
Implementation of a Standardized Multi-site Manometric Biofeedback Protocol. 
Neurogastroenterol Motil [Internet]. 2017;29(1):1–15. 
62. Caldwell KPS. the Electrical Control of Sphincter Incompetence. Lancet. 
28 
 
 
 
 
1963;282(7300):174–5. 
 
63. Maher RM, Hayes DM. How Do Pelvic Floor Muscle Contractions Elicited by 2 
Different Delivery Methods of Neuromuscular Electrical Stimulation Compare With 
Volitional Contractions in Supine and Standing in Nulliparous Continent Women? J 
Womenʼs Heal Phys Ther. 2018;42(2):87–93. 
64. Allon EF. The role of neuromuscular electrical stimulation in the rehabilitation of the 
pelvic floor muscles. Br J Nurs. 2019;28(15):968–74. 
65. Correia GN, Pereira VS, Hirakawa HS, Driusso P. Effects of surface and intravaginal 
electrical stimulation in the treatment of women with stress urinary incontinence: 
Randomized controlled trial. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2014;173(1):113–8. 
66. Lim R, Liong ML, Leong WS, Khan NAK, Yuen KH. Magnetic stimulation for stress 
urinary incontinence: Study protocol for a randomized controlled trial. Trials [Internet]. 
2015;16(1):1–11. Available from: http://dx.doi.org/10.1186/s13063-015-0803-1 
67. Galloway NTM, El-Galley RES, Sand PK, Appell RA, Russell HW, Carlan SJ. 
Extracorporeal magnetic innervation therapy for stress urinary incontinence. Urology. 
2019;53(6):1108–11. 
68. He Q, Xiao K, Peng L, Lai J, Li H, Luo D, et al. An Effective Meta-analysis of Magnetic 
Stimulation Therapy for Urinary Incontinence. Sci Rep [Internet]. 2019;9(1):1–10. 
Available from: http://dx.doi.org/10.1038/s41598-019-45330-9 
69. Yahiro T, Kataoka N, Nakamura Y, Nakamura K. The lateral parabrachial nucleus, but 
not the thalamus, mediates thermosensory pathways for behavioural thermoregulation. 
Sci Rep. 2017;7(1):1–10. 
70. Nakamura K, Morrison SF. Preoptic mechanism for cold-defensive responses to skin 
cooling. J Physiol. 2008;586(10):2611–20. 
71. Geerling JC, Kim M, Mahoney CE, Abbott SBG, Agostinelli LJ, Garfield AS, et al. 
Genetic identity of thermosensory relay neuronsin the lateral parabrachial nucleus. Am 
J Physiol - Regul Integr Comp Physiol. 2016;310(1):R41–54. 
72. Nakamura K, Morrison SF. A thermosensory pathway that controls body tempeature. 
Nat Neurosci. 2008;11(1):62–71. 
http://dx.doi.org/10.1186/s13063-015-0803-1
http://dx.doi.org/10.1038/s41598-019-45330-9
29 
 
 
 
 
73. Tansey EA, Johnson CD. Recent advances in thermoregulation. Adv Physiol Educ. 2015 
Sep;39(3):139-48. doi: 10.1152/advan.00126.2014. PMID: 26330029. 
74. Morrison SF. Efferent neural pathways for the control of brown adipose tissue 
thermogenesis and shivering [Internet]. 1st ed. Vol. 156, Handbook of Clinical 
Neurology. Elsevier B.V.; 2018. 281–303 p. Available from: 
http://dx.doi.org/10.1016/B978-0-444-63912-7.00017-5 
75. Morrison SF, Nakamura K. Central Mechanisms for Thermoregulation. Annu Rev 
Physiol. 2019;81(September 2018):285–308. 
76. Johnson JM, Minson CT, Kellogg DL. Cutaneous vasodilator and vasoconstrictor 
mechanisms in temperature regulation. Compr Physiol. 2014;4(1):33–89. 
77. McAllen RM, McKinley MJ. Efferent thermoregulatory pathways regulating cutaneous 
blood flow and sweating [Internet]. 1st ed. Vol. 156, Handbook of Clinical Neurology. 
Elsevier B.V.; 2018. 305–316 p. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/B978-0-444- 
63912-7.00018-7 
78. Castellani JW, Young AJ. Human physiological responses to cold exposure: Acute 
responses and acclimatization to prolonged exposure. Auton Neurosci Basic Clin 
[Internet]. 2016;196(February):63–74. Available from: 
http://dx.doi.org/10.1016/j.autneu.2016.02.009 
79. Smith CJ, Johnson JM. Responses to hyperthermia. Optimizing heat dissipation by 
convection and evaporation: Neural control of skin blood flow and sweating in humans. 
Auton Neurosci Basic Clin [Internet]. 2016;196:25–36. Available from: 
http://dx.doi.org/10.1016/j.autneu.2016.01.002 
80. Blondin DP, Labbé SM, Phoenix S, Guérin B, Turcotte ÉE, Richard D, et al. 
Contributions of white and brown adipose tissues and skeletal muscles to acute cold- 
induced metabolic responses in healthy men. J Physiol. 2015;593(3):701–14. 
81. Labbé SM, Caron A, Lanfray D, Monge-Rofarello B, Bartness TJ, Richard D. 
Hypothalamic control of brown adipose tissue thermogenesis. Front Syst Neurosci. 
2015;9(November):1–13. 
82. Lyons CE, Razzoli M, Larson E, Svedberg D, Frontini A, Cinti S, et al. Optogenetic- 
induced sympathetic neuromodulation of brown adipose tissue thermogenesis. FASEB 
http://dx.doi.org/10.1016/B978-0-444-63912-7.00017-5
http://dx.doi.org/10.1016/B978-0-444-
http://dx.doi.org/10.1016/j.autneu.2016.02.009
http://dx.doi.org/10.1016/j.autneu.2016.02.009
http://dx.doi.org/10.1016/j.autneu.2016.01.002
30 
 
 
 
 
J. 2020;34(2):2765–73. 
 
83. Tanaka M, Owens NC, Nagashima K, Kanosue K, Mcallen RM. Reflex activation of rat 
fusimotor neurons by body surface cooling , and its dependence on the medullary raphé. 
J Physiol. 2006;2:569–83. 
84. Nason MW, Mason P. Modulation of Sympathetic and Somatomotor Function by the 
Ventromedial Medulla. J Neurophysiol. 2004;(92):510–22. 
85. Nakamura K, Morrison SF. Central efferent pathways for cold-defensive and febrile 
shivering. J Physiol. 2011;14:3641–58. 
86. Iwakiri K, Kobayashi A, Takeuchi Y, Kimura Y, Ohta Y, Nakamura H. Efficacy of 
continuous local cryotherapy following total hip arthroplasty. EDP Sci. 2019;5(13). 
87. Wodzinski A. Potential benefits of oral cryotherapy for chemotherapy-induced 
mucositis. Clin J Oncol Nurs. 2016;20(5):462–5. 
88. Costello JT, Baker PRA, Minett GM, Bieuzen F, Stewart IB Bleakley C. Whole-body 
cryotherapy (extreme cold air exposure) for preventing and treating muscle soreness after 
exercise in adults (Review). Cochrane Database Syst Rev [Internet]. 2015;(9):1–67. 
Available from: www.cochranelibrary.com 
89. Do Nascimento-Júnior EM, dos Santos GMS, Tavares Mendes ML, Cenci M, Correa 
MB, Pereira-Cenci T, et al. Cryotherapy in reducing pain, trismus, and facial swelling 
after third-molar surgery: Systematic review and meta-analysis of randomized clinical 
trials. J Am Dent Assoc [Internet]. 2019;150(4):269-277.e1. Available from: 
https://doi.org/10.1016/j.adaj.2018.11.008 
90. Chughtai M, Sodhi N, Jawad M, Newman JM, Khlopas A, Bhave A, et al. Cryotherapy 
Treatment After Unicompartmental and Total Knee Arthroplasty: A Review. J 
Arthroplasty [Internet]. 2017;32(12):3822–32. Available from: 
http://dx.doi.org/10.1016/j.arth.2017.07.016 
91. Loro WA, Thelen MD, Rosenthal MD, Stoneman PD, Ross MD. The effects of 
cryotherapy on quadriceps electromyographic activity and isometric strength in patient 
in the early phases following knee surgery. J Orthop Surg. 2019;27(1):1–8. 
92. Tchanque-Fossuo, CN, Eisen DB. A systematic review on the use of cryotherapy versus 
other treatments for basal cell carcinoma. Dermatology Online J Title. 2018;24(11). 
http://www.cochranelibrary.com/
http://dx.doi.org/10.1016/j.arth.2017.07.016
31 
 
 
 
 
93. Kalli K, Fousekis K. The effects of cryotherapy on athletes’ muscle strength, flexibility, 
and neuromuscular control: A systematic review of the literature. J Bodyw Mov Ther 
[Internet]. 2020;24(2):175–88. Available from: 
https://doi.org/10.1016/j.jbmt.2019.11.001 
94. Beleza ACS, Ferreira CHJ, Driusso P, dos Santos CB, Nakano AMS. Effect of 
cryotherapy on relief of perineal pain after vaginal childbirth with episiotomy: a 
randomized and controlled clinical trial. Physiother (United Kingdom) [Internet]. 
2017;103(4):453–8. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.physio.2016.03.003 
95. Arrich J, Holzer M, Havel C, Müllner M, Herkner H. Hypothermia for neuroprotection 
in adults after cardiopulmonary resuscitation. Cochrane Database Syst Rev. 
2016;2016(2). 
96. Ingargiola MJ, Motakef S, Chung MT, Vasconez HC, Sasaki GH. Cryolipolysis for Fat 
Reduction and Body Contouring: Safety and Efficacy of Current Treatment Paradigms. 
Plast Reconstr Surg. 2015;135(6):1581–90. 
97. Bouzigon R, Grappe F, Ravier G, Dugue B. Whole- and partial-body 
cryostimulation/cryotherapy: Current technologies and practical applications. J Therm 
Biol [Internet]. 2016;61:67–81. Available from: 
http://dx.doi.org/10.1016/j.jtherbio.2016.08.009 
98. Peres D, Sagawa Y, Dugué B, Domenech SC, Tordi N, Prati C. The practice of physical 
activity and cryotherapy in rheumatoid arthritis: systematic review. Eur J Phys Rehabil 
Med. 2017;53(5):775–87. 
99. Ni SH, Jiang WT, Guo L, Jin YH, Jiang TL, Zhao Y, et al. Cryotherapy on postoperative 
rehabilitation of joint arthroplasty. Knee Surgery, Sport Traumatol Arthrosc. 
2015;23(11):3354–61. 
100. Foster D, Williams J, Forte AJ, Lesser ER, Heckman MG, Shi GG, et al. Application of 
Ice for Postoperative Total Knee Incisions – Does this Make Sense ? A Pilot Evaluation 
of Blood Flow Using Fluorescence Angiography Study subjects. Cureus. 2019;11(7). 
101. Stålman A, Berglund L, Dungnerc E, Arner P, Fellander-Tsai L. Temperature-Sensitive 
Release of Prostaglandin E2 and Diminished Energy Requirements in Synovial Tissue 
with Postoperative Cryotherapy. J BONE Jt Surg. 2011;93(21):1961–8. 
http://dx.doi.org/10.1016/j.physio.2016.03.003
http://dx.doi.org/10.1016/j.jtherbio.2016.08.009
32 
 
 
 
 
102. Algafly AA, George KP. The effect of cryotherapy on nerve conduction velocity, pain 
threshold and pain tolerance. Br J Sport Med 2007;41365–369. 2007;41:365–9. 
33 
 
 
 
 
4. ARTIGO 1- Efeito da crioterapia na propriocepção dos músculos do assoalho 
pélvico em mulheres com incontinência urinária de esforço: Ensaio clínico randomizado 
controlado. 
 
Effect of cryotherapy in the pelvic floor muscle proprioception in women with stress 
urinary incontinence: randomized controlled clinical trial. 
 
 
Objetivo: Comparar o efeito entre a crioterapia e a manometria na contração voluntária máxima 
(CVM) dos músculos do assoalho pélvico (MAP). Materiais e métodos: Ensaio clínico 
randomizado controlado,com 33 participantes, de idade superior à 35 anos, apresentando 
incontinência urinária de esforço (IUE). A avaliação incluía coleta de dados sociodemográficos, 
uroginecológicas, obstétricos e aplicação do incontinence severity index questionnaire (ISI-Q). 
Na avaliação física foi realizado manometria durante a CVM dos MAP, aplicação do esquema 
PERFECT para avaliar função dos MAP e teste do absorvente de 1 hora. Após 48 horas da 
avaliação, as participantes foram randomizadas: 17 participantes iniciaram a intervenção no Grupo 
Crioterapia (GC) e após 48 horas fizeram parte do Grupo Manometria (GM); 16 participantes 
iniciaram no grupo manometria (GM) e após 48 horas foram submetidas a intervenção no GC. 
Imediatamente após cada intervenção o avaliador inicial era convocado para realizar a 
reavaliação com PERFECT e manometria. Análise estatística: Utilizou-se o teste de Wilcoxon 
para a análise intragrupo, e o teste de Mann-Whitney em análises intergrupo. O nível de 
significância adotado foi 5%. Resultados: GC apresentou aumento em todas as etapas do 
PERFECT e na 2ª medida da manometria após intervenção (p=0,032). No GM houve aumento 
significativo na etapa power do PERFECT (p=0,023) e na 1ª medida da manometria (p=0,015). 
Não houve diferença significativa na análise intergrupo. Conclusão: O GC apresentou melhora 
na contração voluntária máxima dos MAP, entretanto não houve diferença intergrupo. 
Palavras-chaves: Assoalho pélvico, Crioterapia, Incontinencia urinária de esforço, 
Propriocepção. 
34 
 
 
 
 
4.1 INTRODUÇÃO 
 
 
Estudos mostram que 30% a 45% das mulheres são incapazes de contrair os Músculos 
do Assoalho Pélvico (MAP), mesmo após receberem comando verbal para realizar a 
contração(1–3). Tendo isso em vista, intervenções proprioceptivas passaram a ser utilizadas com 
objetivo de estimular a contração voluntária dos MAP(4,5), como a eletroestimulação(6), 
estimulação magnética(5), manômetro(7) e estimuladores vibratórios(8). Apesar de serem 
amplamente usados(4,8), estes tratamentos necessitam de equipamentos específicos e 
esterilização, tornando-os onerosos para o paciente e de difícil oferta em determinadas regiões. 
Em busca de intervenções acessíveis a crioterapia destaca-se por ser um método de baixo 
custo e grande praticidade(9), indicado para diminuir a hiperemia e algias(10,11), sendo utilizado 
até mesmo na fisioterapia pelvica com o objetivo de proporcionar analgesia perineal em 
mulheres no puerpério(12). 
A hipotermia local causada pela crioterapia desencadeia mecanismos para a manutenção 
da homeostase térmica(13). Com o resfriamento ocorre a ativação dos neurônios da área pré- 
óptica hipotalâmica, estes neurônios termossensíveis provocam uma ampla gama de respostas 
termorregulatórias(14). Entre as respostas possíveis ao frio está a vasoconstrição, através da 
ativação das fibras nervosas simpáticas que inervam a vasculatura cutânea, a termogênese do 
tecido adiposo marrom e a produção de calor metabólico por meio de tremores musculares(15,16). 
Considerando o resfriamento que a crioterapia pode causar ao ser aplicada na região dos 
MAP este estudo tem o objetivo de comparar a resposta a curto prazo da crioterapia e 
manometria na contração voluntária máxima dos MAP. A hipótese é que o estímulo térmico 
gerados pela crioterapia em resposta a diminuição da temperatura corporal poderia melhorar a 
propriocepção local, aumentando a capacidade de contração dos MAP. 
 
 
 
4.2 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 
Trata-se de um ensaio clínico randomizado controlado realizado na Clínica Escola da 
Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA), com início em junho de 2018 e término 
em fevereiro 2020. O protocolo clínico foi aprovado pelo comitê de ética da Faculdade de 
Ciências da Saúde do Trairi – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA-UFRN), 
35 
 
 
 
 
CAAE: 84941418.5.0000.5568. Cadastrado na plataforma de Registro Brasileiro de Ensaios 
Clínicos (ReBEC), com o código rastreador primário: RBR-5qkm8k. 
Foram incluídas no estudo indivíduos do sexo feminino, com idade igual ou superior a 
35 anos, que relatassem queixa de IUE em alguma das seguintes situações no último mês: 
durante espirro/tosse, prática de exercícios físicas ou durante atividades que demandassem 
esforço físico(17), e que não possuíssem histórico pregresso de tratamento fisioterapêutico para 
diminuição dos sintomas. Para exclusão foram adotados os seguintes critérios: índice de massa 
corporal acima de 35 kg/m²(18,19), alergia a látex e/ou ao gelo, infecção urinária ou vaginal; 
prolapso de órgãos pélvicos maior que grau II(20); desordens cognitivas e neurológicas; 
hipertensão arterial descontrolada; incapacidade de realizar a avaliação e uso de terapia de 
reposição hormonal(21,22). 
 
4.2.1 Avaliação 
 
 
Durante a avaliação inicial foi realizada primeiramente a anamnese (apêndice 1) 
composta para coleta de informações do histórico ginecológico, obstétrico e urológico da 
paciente, em seguida foi aplicado Incontinence Severity Index Questionnaire (ISI-Q), e 
realizado o teste do absorvente de uma hora, avaliação da função e na contração voluntária 
máxima dos MAP por meio da manometria. 
O ISI-Q é um instrumento criado por Sandvik et al (1993)(23), traduzido e adaptado para 
o português por Pereira et al (2011)(24), possuindo boa confiabilidade, consistência interna, 
reprodutibilidade e validade na identificação e avaliação da gravidade da IUE, sendo composto 
por duas questões a respeito da frequência e quantidade da perda urinária (anexo 1). O escore 
final deste questionário é obtido a partir da multiplicação dos escores das duas questões 
possibilitando que a IU seja classificada em leve (escore final 1-2), moderada (escore final 3- 
6), grave (escore final 8-9) ou muito grave (escore final 10-12). 
O teste do absorvente de 1 hora foi utilizado para quantificar a perda de urina durante 1 
hora. Para sua aplicação as participantes foram instruídas a colocar ingerir 500ml de água durante 
15 minutos e colocar um absorvente higiênico com abas (malha suave, para fluxo moderado e 
intenso, marca Carrefour), previamente pesado em balança de precisão, marca BEL, modelo 
S5201, Após 30 minutos a participante foi orientada obedecer o seguintes comandos: Caminhar, 
subir e descer escadas e rampas durante 10 minutos; sentar-se e levantar da cadeira por dez 
vezes; tossir dez vezes; correr sem sair do lugar por 1 minuto; agachar para pegar um objeto no 
36 
 
 
 
 
chão por cinco vezes e lavar as mãos em água corrente por 1 minuto. Ao completar-se 1 hora, 
a paciente retirava o absorvente para pesagem e registro do valor final(25). 
Para a avaliar a função dos MAP foi realizada a palpação vaginal bidigital no qual 
aplicou-se o esquema PERFECT(26) e foi utilizada a Escala Modificada de Oxford(27) (anexo 2). 
O esquema PERFECT avalia indiretamente a força muscular, a manutenção da contração, 
repetição das contrações mantidas, e o número de contrações rápidas. Durante a avaliação física 
a voluntária foi orientada a adotar a posição supina com 45º de flexão de quadril e joelho, em 
seguida a avaliadora introduziu dois dedos até um terço distal do canal vaginal e orientou a 
contração voluntária máxima do MAP por meio do comando verbal “contraia os músculos da 
vagina como se você fosse segurar a urina. 
Para avaliar a contração voluntária máxima dos MAP foi utilizado o aparelho manômetro 
(Quark - Perina Biofeedback, com graduação de 0-48 cmH20, Piracicaba - Brasil). O probe do 
aparelho perina foi recoberto com um preservativo masculino (Preservativo não lubrificado 
Ginec. Madeitex), em seguida introduzido 3,5cm na cavidade vaginal e calibrado. 
Posteriormente, as participantes recebiam comando verbal para realização de duas contrações 
máximas de três segundos dos MAP. As participantes também eram orientadas a evitar a 
contração abdominal, glútea e de adutores de quadril durantea contração dos MAP. 
A avaliação inicial durou cerca de uma hora e trinta minutos, sendo realizada por um 
único fisioterapeuta, enquanto a aplicação das intervenções e a reavaliação tinha duração de 
aproximadamente 15 minutos. O processo de randomização e aplicação das intervenções foi 
efetuado por outros dois pesquisadores de forma sigilosa, com a finalidade de impedir que o 
avaliador tivesse conhecimento da intervenção que a participante foi submetida. 
 
4.2.2 Intervenção 
 
 
Após 48 horas da avaliação inicial as participantes foram randomizadas com auxílio 
do site randomization.com., 17 participantes iniciaram a intervenção no Grupo Crioterapia(GC) 
e após dois dias fizeram parte do Grupo Manometria (GM), e 16 participantes iniciaram no 
grupo manometria (GM) e depois de dois dias realização a intervenção no GC. 
 Entre a avaliação e reavaliação das participantes foi adotado um intervalo de 48 horas, com o 
objetivo de evitar a fadiga muscular e comprometer os resultados de estudo.
37 
 
 
 
 
Grupo Crioterapia (GC) 
 
 
A voluntária era posicionada na posição supina com 45º de flexão de quadril e joelho. 
Para a aplicação da crioterapia foi usado gelo em formato cilíndrico com um perímetro de 10,5 
centímetros (cm) envolto por um saco de plástico, a peça de gelo era medida com auxílio de um 
régua e recebia uma marcação no décimo centímetro (cm), de forma que fosse introduzido 
apenas até a marcação. Em seguida o gelo era envolto em uma camada de gaze, um preservativo 
masculino e uma camada de gel condutor (Figura 01), após a preparação o gelo era introduzido 
no canal vaginal, sendo mantido por 40 segundos. O tempo de aplicação da crioterapia foi 
baseado no estudo de CHARKOUDIAN et al. (2003)(28) e em um estudo piloto realizado em 
nosso grupo de pesquisa(29), que verificou que 40 segundos era um tempo suficiente para causar 
o resfriamento local sem causar desconforto às participantes da pesquisa. 
 
 
 
Figura 1: Gelo em formato cilíndrico recoberto com gaze e preservativo masculino para 
aplicação crioterápica na cavidade vaginal. 
 
 
38 
 
 
 
 
Grupo Manometria (GM) 
 
A posição adotada pelas participantes foi similar a intervenção do GC, entretanto o 
estímulo proprioceptivo foi realizado por meio da introdução do probe vaginal do manômetro 
sem a insuflação e sem o biofeedback visual proporcionado pela escala de luzes do equipamento, 
por 40 segundos com finalidade de promover um estímulo local, mas sem efeito térmico. É 
importante ressaltar que manometria foi utilizada como uma intervenção controle para as 
participantes do presente estudo. 
 
4.2.3 Reavaliação 
 
 
Após o protocolo de intervenção de ambos os grupos, foi realizado uma reavaliação 
da função e manometria da contração voluntária máxima dos MAP, seguindo o mesmo 
protocolo da avaliação inicial. 
 
 
4.2.4 Análise Estatística 
 
 
A análise estatística foi realizada considerando 33 intervenções no GC e 33 intervenções 
no GM. O poder da amostra foi calculado usando Gpower software version 3.1.9.2 e para a 
amostra de 33 indivíduos em cada grupo foi detectado um poder de 64%. Para as demais análises 
estatísticas foi utilizado o software GraphPad Prism versão 6. O Teste de Shapiro-Wilk 
evidenciou uma distribuição não paramétrica dos dados, o teste de Wilcoxon foi utilizado para 
a análise intragrupo e o teste de Mann-Whitney em análises intergrupo. O nível de significância 
adotado foi de 5%. 
 
 
 
4.3 RESULTADOS 
 
 
Das 46 mulheres que iniciaram o tratamento, 9 não deram continuidade ao protocolo 
após a avaliação e 4 foram excluídas após a avaliação inicial por apresentarem prolapso grau 3. 
Assim, 33 mulheres completaram o protocolo de tratamento e foram incluídas neste estudo, 
como mostra o fluxograma abaixo. 
39 
 
 
 
 
Figura 2: fluxograma da amostra selecionada, incluída e analisada após intervenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Tabela 1 apresenta as características demográficas, antropométricas, obstétricas, 
ginecológicas e urológicas das participantes. A média de idade das participantes foi de 
45,87±10,22, o Índice de Massa Corporal (IMC) de 28,31 kg/m2. Em relação aos dados 
obstétricos houve um maior número de partos via vaginal (2,03±1,01). A frequência miccional 
presentou uma média 6,57±1,85 vezes durante o dia. De acordo com o escore final do ISI-Q, as 
participantes apresentavam IU moderada (4,75±2,31). O teste do absorvente de 1 hora apresentou 
media de 1,15±2,38g. 
40 
 
 
 
 
Tabela 1: características demográficas, antropométricas, obstétricas, ginecológicas e urológica 
(n=33). 
 
VARIÁVEL Média±DP 
Idade (Anos) 45,87±10,22 
Indice de massa corporal(Kg/m2 ) 28,31±4,47 
Via de nascimento (n) 2,39±1,28 
Via Cesária 1,45±1,17 
Via Vaginal 2,03±1,01 
Frequência Miccional (n) 6,57±1,85 
Teste do absorvente de 1 hora (g) 1,15±2,38 
ISI Domínio Frequência 2,78±0,99 
ISI Domínio Quantidade 1,78±0,57 
ISI Domínio Total 4,75±2,31 
Legenda: DP= desvio padrão; kg: kilograma; m2: metro quadrado. 
 
 
Quanto aos resultados da comparação intragrupo do GC houve um aumento em todas 
as etapas do PERFECT (p<0,001) e na segunda medida da manometria após o protocolo de 
intervenção (p=0,032). Entretanto a análise intragrupo do GM apenas a etapa Power (p=0,023) 
do PERFECT e a primeira medida da manometria (p=0,015) apresentou aumento significativo 
após a intervenção. Na análise intergrupo pré e pós intervenção, não houve diferença 
significativa (Tabela 2). 
 
41 
 
 
Tabela 2: Análises intragrupo e intergrupo segundo o esquema PERFECT de avaliação funcional subjetiva do assoalho pélvico e 
Manometria. 
Grupo crioterapia Grupo manometria Valor de p intergrupo 
 
Pré-
Intervenção 
Média±DP 
Pós-
Intervenção 
Média±DP 
p 
intragrupo 
 
Pré-
Intervenção 
Média±DP 
Pós-
Intervenção 
Média±DP 
p 
intragrupo 
 
Pós-Intervenção 
Média±DP 
Power 2,33±1,08 2,81±1,23 <0,001* 2,42±1,14 2,66±1,21 0,023* 0,824 
Endurence 2,33±2,01 3,24±2,18 <0,001* 2,39±1,73 2,51±2,00 0,605 0,168 
Repetitions 1,81±1,62 2,60±1,85 <0,009* 1,97±1,68 2,42±2,09 0,096 0,630 
Fast 3,06±2,20 3,93±2,63 <0,004* 3,09±2,40 3,51±2,37 0,184 0,598 
1a Medida da 
Manometria 
21,94±22,27 24,55±23,48 0,085 20,61±21,17 25,85±23,66 0,015* 0,876 
2ª Medida da 
Manometria 
25,03±23,44 29,52±24,44 0,032* 22,30±22,37 24,24±23,68 0,647 0,371 
 
Dados quantitativos apresentados em média e desvio padão; 
Legenda: power= força; endurance= resistência; repetition = repetição; fast= rapidez; * = p ≤ 0,05. 
42 
 
 
 
 
4.4 DISCUSSÃO 
 
 
Esse estudo descreveu duas intervenções com o objetivo de melhorar a propriocepção 
dos MAP de mulheres com IUE. Observou-se que após a intervenção com a crioterapia as 
participantes apresentaram melhora nos resultados da função e na contração voluntária máxima 
dos MAP. Entretanto, na análise intergrupo, não foi demonstrado diferença entre os dois 
métodos de intervenção. Assim, este estudo preliminar indica que a crioterapia pode ser um 
método aplicável e eficaz nesta população, com resultado similar a um método já utilizado em 
mulheres com IUE por promover a melhora na função e contração voluntária máxima dos MAP. 
A utilização do manômetro como aparelho de biofeedback para tratamento de mulheres 
com IUE é amplamente utilizada (30,31), contudo, neste ensaio o probe vaginal foi usado sem a 
insuflação e as participantes não visualizavam a escala de luzes do equipamento, objetivando 
unicamente proporcionar a estimulação dos mecanoreceptores na parede vaginal. A intervenção 
com a crioterapia buscou estimular a propriocepção por meio da ativação dos termorreceptores 
locais, tendo em vista que a diminuição da propriocepção vem sendo apontada como fator 
recorrente em mulheres com queixa de IUE(32). 
Outro aspecto importante sobre a IUE é que 30% das mulheres tem dificuldade para a 
realização correta da contração dosMAP(33), contudo o maior enfoque para as disfunções do 
assoalho pélvico ainda é a avaliação da força(1). Um artigo publicado por Vieira et al (2019) 
concluiu que além da força e resistência, o tônus, controle, tempo de reação e a coordenação 
dos MAP também estão associados a ocorrência da IU, sendo necessário investigação detalhada 
em mulheres com IU, visto que mesmo apresentando a força necessária para a continência a 
ativação muscular lenta dos MAP durante o aumento súbito de pressão intra-abdominal pode 
levar a perda urinária(1). Assim, outras propostas de tratamento foram criadas visando aumento 
da propriocepção que constitui uma das bases para a coordenação motora(8,34). 
O uso da crioterapia como possível intervenção para melhora da propriocepção se 
alicerça na resposta fisiológica compensatória do corpo humano a exposição ao frio, visto que a 
diminuição da temperatura ativa o processo de termogênese, assim ocorre a produção de calor 
metabólico que possui como um dos seus mecanismos a produção de tremores musculares(13), 
podendo facilitar o aprendizado e a realização da contração dos MAP. 
Esta cadeia de eventos pode explicar a diferença dos resultados intragrupo do GC quando 
comparado ao GM segundo a avaliação do esquema PERFECT e manometria, isto porque a 
ativação muscular por meio da crioterapia auxiliaria no processo de melhora da propriocepção 
43 
 
 
 
 
dos MAP, que segundo pesquisadores provavelmente está relacionada ao aumento da resposta 
motora(35) e da força muscular(36). Por se tratar de um método acessível, a crioterapia não exige 
um aparelho específico, é de baixo custo, e com poucas contraindicações a sua aplicação poderia 
ser realizada nos mais diferentes serviços. 
Quanto a análise intragrupo do GM, houve um aumento significativo na etapa power do 
PERFECT e na contração voluntária máxima dos MAP durante a primeira avaliação 
manométrica. Segundo Barassi et al (2019)(37) a estimulação dos mecanorreceptores dos MAP 
pode contribuir para a diminuição dos sintomas da IUE, assim, é possível que a intervenção 
com o probe perineal do presente estudo tenha estimulado receptores mecânicos na região dos 
MAP, influenciando no desfecho da etapa power e na contração voluntária máxima dos MAP. 
Na análise intergrupo não se observou diferença entre o GM e GC, contudo, durante a 
análise intragrupo o GC obteve melhor desempenho em todas as variáveis do PERFECT quando 
comparado com a análise intragrupo do GM. Como ambas as intervenções podem ter 
estimulado os mecanorreceptores, a crioterapia possivelmente foi superior pois associou o 
estímulo de mecanorreceptores com os termorreceptores da região. 
Este é o primeiro protocolo no qual se utilizou a crioterapia como estímulo 
proprioceptivo para tratamento de IUE. Por se tratar de uma intervenção nova e de curto período 
se faz necessário que outros estudos sejam realizados. Ensaios com maior tamanho amostral, 
protocolos com maior periodicidade de intervenção, diferentes tempos de aplicação da 
crioterapia, comparando a aplicação intravaginal com uma crioterapia na superfície perineal, 
são algumas sugestões de futuros estudos. Além disso, são necessários estudos que verifiquem 
a resposta deste tratamento em outros tipos de IU, que realizem a análise da variação da 
temperatura dos MAP após aplicação da crioterapia, como também avaliem a satisfação das 
pacientes após o tratamento. 
É importante ressaltar que a manometria foi utilizada como método de avaliação em 
ambos os grupos e durante a intervenção no GM, isso pode ter causado um efeito de 
aprendizagem e adaptação nas participantes do GM, melhorando os resultados deste grupo. 
Entretanto, nos reultados do presente estudo, é possivel verificar que não houve diferença 
significativa entre os grupos, demonstrando que o GC teve uma melhora na função e CVM dos 
MAP, mesmo sem ter sofrido a influência de efeito da aprendizagem que ocorreu no GM. 
É importante enfatizar que por se tratar de um método de fácil aquisição e baixo risco a 
saúde, mesmo mulheres com dificuldades de acesso a serviços de reabilitação podem utilizar a 
crioterapia como forma de estimulação proprioceptiva de forma remota, desde que possuam a 
orientação adequada, podendo ser elaborados vídeos, cartilhas educativas, aplicativos para 
44 
 
celular, entre outros métodos educativos que demonstrem a forma de aplicação da intervenção. 
45 
 
 
 
 
4.5 CONCLUSÃO 
 
 
Trata-se de um estudo pioneiro que demonstrou que a crioterapia pode ser uma opção 
utilizada como método proprioceptivo em mulheres com IUE, pois melhorou a função e a 
contração voluntária máxima dos MAP após uma única intervenção, apresentando resultados 
similares à manometria, que é um método reconhecidamente eficaz no tratamento de mulheres 
com IUE. 
A crioterapia na região intravaginal é uma intervenção promissora, por ser um método 
acessível, de baixo custo e que não requer esterilização ou manutenção, diferentemente do 
manômetro, podendo ser adequado às mais diversas realidades dos serviços de saúde e até no 
atendimento remoto das mulheres com IUE. 
46 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
1. Vieira GF, Saltiel F, Miranda-Gazzola APG, Kirkwood RN, Figueiredo EM. Pelvic floor 
muscle function in women with and without urinary incontinence: are strength and endurance 
the only relevant functions? a cross-sectional study. Physiother (United Kingdom) [Internet]. 
2020; Available from: https://doi.org/10.1016/j.physio.2019.12.006 
2. Thompson JA, O’Sullivan PB, Briffa NK, Neumann P. Altered muscle activation patterns in 
symptomatic women during pelvic floor muscle contraction and valsalva manouevre. Neurourol 
Urodyn. 2006;25(3):268–76. 
3. Bø K, Sherburn M. Evaluation of female pelvic-floor muscle function and strength. Phys Ther. 
2005;85(3):269–82. 
4. Lim R, Liong ML, Leong WS, Karim Khan NA, Yuen KH. Pulsed Magnetic Stimulation for 
Stress Urinary Incontinence: 1-Year Followup Results. J Urol. 2017;197(5):1302–8. 
5. Yamanishi T, Suzuki T, Sato R, Kaga K, Kaga M, Fuse M. Effects of magnetic stimulation on 
urodynamic stress incontinence refractory to pelvic floor muscle training in a randomized sham- 
controlled study. LUTS Low Urin Tract Symptoms. 2017;11(1):61–5. 
6. Dmochowski R, Lynch CM, Efros M, Cardozo L. External electrical stimulation compared with 
intravaginal electrical stimulation for the treatment of stress urinary incontinence in women: A 
randomized controlled noninferiority trial. Neurourol Urodyn. 2019;38(7):1834–43. 
7. Schrader EP, Frare JC, Comparin KA, Diamante C, De Araújo BG, Danielli C, et al. Eficácia 
do método Pilates e do biofeedback manométrico em mulheres na menopausa com 
incontinência urinária. Semin Ciências Biológicas e da Saúde. 2017;38(1):61. 
8. Rodrigues MP, Barbosa LJF, Paiva LL, Mallmann S, Sanches PRS, Ferreira CF, et al. Effect of 
intravaginal vibratory versus electric stimulation on the pelvic floor muscles: A randomized 
clinical trial. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol X [Internet]. 2019;3:100022. Available from: 
https://doi.org/10.1016/j.eurox.2019.100022 
9. Chumkam A, Pongrojpaw D, Chanthasenanont A, Pattaraarchachai J, Bhamarapravatana K, 
Suwannarurk K. Cryotherapy Reduced Postoperative Pain in Gynecologic Surgery: A 
Randomized Controlled Trial. Pain Res Treat. 2019;2019. 
47 
 
 
 
 
10. Mutlu S, Yılmaz E. The Effect of Soft Tissue Injury Cold Application Duration on Symptoms, 
Edema, Joint Mobility, and Patient Satisfaction: A Randomized Controlled Trial. J Emerg Nurs. 
2020;(I):1–11. 
11. Patel K, Bakshi N, Freehill MT, Awan TM. Whole-Body Cryotherapy in Sports Medicine. Curr 
Sports Med Rep. 2019;18(4):136–40. 
12. Gonçalves A, Parreira V. A eficácia da crioterapia no períneo para alívio da dor no pós-Parto. 
Atas - Investig Qual em Educ. 2019;2:1655–64. 
13. Johnson JM, Minson CT, Kellogg DL. Cutaneous vasodilator and vasoconstrictor mechanisms 
in

Outros materiais