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EfeitosEsqueleticos-Silva-2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA 
 
 
 
JOÃO PEDRO DANTAS SILVA 
 
 
 
 
EFEITOS ESQUELÉTICOS DA EXPANSÃO RÁPIDA E LENTA DA MAXILA EM 
PACIENTES COM FISSURAS LABIOPALATINAS COMPLETAS: UMA REVISÃO 
SISTEMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natal – RN 
2019 
 
 
 
 
JOÃO PEDRO DANTAS SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EFEITOS ESQUELÉTICOS DA EXPANSÃO RÁPIDA E LENTA DA MAXILA EM 
PACIENTES COM FISSURAS LABIOPALATINAS COMPLETAS: UMA REVISÃO 
SISTEMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natal – RN 
2019 
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação 
apresentado ao Centro de Ciências da Saúde da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte como 
requisito para a obtenção do título de Cirurgião-
Dentista. 
 
Orientador: Prof. Dr. Arthur César de Medeiros Alves 
 
 
JOÃO PEDRO DANTAS SILVA 
 
 
 
EFEITOS ESQUELÉTICOS DA EXPANSÃO RÁPIDA E LENTA DA MAXILA EM 
PACIENTES COM FISSURAS LABIOPALATINAS COMPLETAS: UMA REVISÃO 
SISTEMÁTICA 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso de 
Graduação apresentado ao Centro de 
Ciências da Saúde da Universidade Federal 
do Rio Grande do Norte como requisito para 
a obtenção do título de Cirurgião-Dentista. 
 
 
 
Aprovado em: ____ de _______ de _____. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
__________________________________________ 
Profª. Drª. Hallissa Gomes Pereira Simplício – UFRN 
 
 
__________________________________________ 
Prof. Dr. Sergei Godeiro Fernandes Rabelo Caldas – UFRN 
 
 
__________________________________________ 
Prof. Dr. Arthur César de Medeiros Alves – UFRN (orientador) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Alberto Moreira Campos 
Departamento de Odontologia 
 
 Silva, João Pedro Dantas. 
 Efeitos esqueléticos da expansão rápida e lenta da maxila em 
pacientes com fissuras labiopalatins completas: uma revisão de 
literatura / João Pedro Dantas Silva. - Natal, 2019. 
 35 f.: il. 
 
 Orientador: Prof. Dr. Arthur César de Medeiros Alves. 
 
 Trabalho de conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências 
da Saúde, Departamento de Odontologia, Natal, 2019. 
 
 1. Técnica de expansão palatina – Trabalho de conclusão de 
curso. 2. Fenda labial - Trabalho de conclusão de curso. 3. 
Fissura palatina - Trabalho de conclusão de curso. I. Alves, 
Arthur César de Medeiros. II. Título. 
RN/UF/BSO BLACK D45 
 
 
 
 
 
Elaborado por MONICA KARINA SANTOS REIS - CRB-15/393 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho à minha avó Terezinha 
(in memorian) que sempre me ensinou o valor 
do conhecimento e da educação. 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a Deus por me dar as forças necessárias para correr atrás dos 
meus sonhos; por ser meu consolo, meu refúgio e proteção quando eu precisei. 
Aos meus pais João e Cida, por não desistirem de mim, por terem abraçados 
junto comigo este sonho, e por todos os esforços para que eu pudesse chegar até 
aqui. A eles toda minha gratidão! 
Aos meus irmãos Jorge e Júlia, por acreditarem em mim mais do que eu 
mesmo, e por todo carinho que cura. 
A minha família, por estar comigo em todos os momentos e por me apoiar e 
me incentivar a ser um profissional dedicado. 
Aos meus irmãos de caminhada da RCC e do EJC, por toda intercessão e por 
me ajudarem a querer ser uma pessoa melhor. 
Ao meu orientador e amigo Dr. Arthur César, por todo empenho e 
disponibilidade em transmitir o exercício de uma Odontologia humana. 
A minha turma 105, por todas experiências vividas, em especial, aos meus 
irmãos da faculdade Braz, João Victor, Luiza, Nathalia, Phiscianny, Ricardo e 
Valeska, por fazerem dessa jornada um caminho prazeroso a se trilhar. 
Aos professores e funcionários do Departamento de Odontologia, por me 
permitir um formação acadêmica de qualidade. 
Aos meus amigos, que, de forma direta ou indireta, me motivaram a seguir os 
planos de Deus para minha vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Introdução: Os indivíduos com fissuras labiopalatinas completas não apresentam a 
integridade da sutura palatina mediana, fato que diminui a resistência para a separação 
dos segmentos maxilares. Objetivo: O objetivo da presente revisão sistemática foi 
avaliar e comparar os efeitos esqueléticos das expansões rápida da maxila (ERM) e da 
expansão lenta maxilar (ELM) em pacientes com fissuras labiopalatinas completas. 
Metodologia: Dois revisores realizaram uma busca eletrônica de forma cega nas 
seguintes bases de dados: PubMed/Medline, LILACS, Biblioteca Cochrane, Scopus, 
Science Direct e Google Scholar. As estratégias de busca que foram utilizadas nessas 
bases de dados contiveram os termos MeSH “palatal expansion technique”, “cleft lip”, e 
“cleft palate” e/ou seus sinônimos. Primeiramente, os dois examinadores realizaram o 
levantamento bibliográfico de forma individual e selecionaram os estudos de interesse 
por meio da leitura do título e resumo dos artigos. As referências de cada artigo 
selecionado foram pesquisadas manualmente a fim de se obter estudos ainda não 
abrangidos pela primeira busca. Nos casos em que houve discordância quanto à 
inclusão ou não de um determinado estudo, os revisores discutiram até se obter um 
consenso ou um terceiro revisor foi requerido. Os artigos que preencheram os critérios 
de inclusão foram analisados qualitativamente por meio de uma escala proposta em um 
estudo prévio. O teste estatístico Kappa foi utilizado para avaliar a concordância 
interexaminadores em dois momentos: após a seleção dos artigos e a avaliação 
qualitativa dos estudos finais. Resultados: Um total de 8 estudos foram selecionados. 
Tanto a ERM quanto a ELM promoveram aumentos significantes da largura da cavidade 
nasal, da maxila e da fissura alveolar. Apenas a ERM promoveu um aumento 
significante do volume do palato. A profundidade do palato apresentou uma diminuição 
não significante após a ERM e ELM. Não foram observadas diferenças estatisticamente 
significantes entre o efeito das duas modalidades da expansão. De maneira geral, os 
estudos apresentaram baixo a moderado risco de viés. Conclusão: A ERM e a ELM 
promovem efeitos esqueléticos semelhantes em pacientes com fissuras labiopalatinas 
completas. A diferença entre as duas modalidades de expansão parece estar 
relacionada ao tempo de tratamento, considerado maior nos casos tratados com a ELM. 
Recomenda-se a realização de mais ensaios clínicos randomizados com metodologias 
semelhantes para subsidiar dados para uma futura meta-análise. 
 
Palavras-chave: Técnica de expansão palatina. Fenda labial. Fenda palatina. 
 
 
ABSTRACT 
 
Introduction: Complete cleft lip and palate patients do not have the integrity of 
midpalatal suture and the enlargement of maxillary segments might be facilitated. 
Objective: The aim of this systematic review was to evaluate and compare the 
skeletal effects of rapid and slow maxillary expansion in patients with complete cleft 
lip and palate. Methods: Two reviewers performed a blind electronic search on the 
following databases: PubMed/Medline, LILACS, Cochrane, Scopus, Science Direct 
and Google Scholar. The search strategies used in these databases included the 
MeSH terms "palatal expansion technique", "cleft lip", and "cleft palate" and/or 
synonyms. Initially, the two examiners performed the search individually and selected 
the articles by reading the title and the abstract. The references of each selected 
article were manually searched in order to obtainunfound studies. In cases of 
disagreement regarding including or not a particular study, a discussion was held by 
the reviewers in order to reach a consensus or a third reviewer was required. Studies 
that met the inclusion criteria were qualitatively analyzed by means of a scale. The 
Kappa statistical test was used to evaluate inter-examiner agreement in two periods: 
after the selection of the articles and the qualitative analysis of the final studies. 
Results: Eight studies were selected. Both RME and SME promoted significant 
increases of nasal cavity width, maxillary width and alveolar width. Only RME 
promoted a significant increase of palatal volume. The palatal depth showed a non-
significant decrease after RME and SME. No statistically significant differences were 
found between the changes of both expansion modalities. In general, the studies 
showed low to moderate risk of bias. Conclusion: Both RME and SME promoted 
similar skeletal effects in patients with complete cleft lip and palate. The difference 
between both expansion modalities seems to be related to treatment time, 
considered greater in cases treated with slow maxillary expansion. Further 
randomized clinical trials with similar methodologies are recommended in order to 
subside data to a future meta-analysis. 
 
Keywords: Palatal expansion technique. Cleft lip. Cleft palate. 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 8 
2 MATERIAL E MÉTODOS.................................................................................... 9 
3 RESULTADOS............................................................................................. ........ 11 
3.1 Efeitos esqueléticos da expansão rápida da maxila...................................... 14 
3.1.1 Largura da cavidade nasal................................................................................... 14 
3.1.2 Largura da maxila................................................................................................. 15 
3.1.3 Largura da fissura alveolar................................................................................... 15 
3.1.4 Profundidade e volume do palato........................................................................ 15 
3.2. Efeitos esqueléticos da expansão lenta da maxila......................................... 16 
3.3 
Comparação dos efeitos esqueléticos das expansões rápida e lenta da 
maxila.................................................................................................................. 
16 
4 DISCUSSÃO................................................................................................. ....... 17 
5 CONCLUSÃO...................................................................................................... 20 
 REFERÊNCIA............................................................................................... ....... 21 
 APÊNDICES....................................................................................................... 25 
 ANEXOS........................................................................................................... ... 28 
 
 
8 
1 INTRODUÇÃO 
 
As fissuras labiopalatinas são as anomalias congênitas mais comuns nos 
seres humanos e ocorrem em função da falta de coalescência entre processos 
faciais durante a vida intrauterina.1,2 As fissuras labiopalatinas que apresentam as 
maiores extensões e os piores prognósticos de tratamento são as completas, ou 
transforame incisivos, as quais envolvem as regiões do lábio, rebordo alveolar, 
palato duro e palato mole.3 
Considerando que as fissuras labiopalatinas completas promovem prejuízos 
estéticos e funcionais ao recém-nascido, ainda na primeira infância, são realizadas 
as cirurgias plásticas do lábio e do palato.4 Embora a queiloplastia e a palatoplastia 
reabilitem o paciente sob o ponto de vista estético-funcional, as cicatrizes fibrosas 
resultantes dos procedimentos cirúrgicos geram forças de tensão que promovem 
prejuízos ao crescimento maxilar tanto no sentido anteroposterior quanto 
transversal.5 
Sendo assim, em função das tensões das cicatrizes fibrosas e do próprio 
defeito ósseo na região do rebordo alveolar e do palato duro, é comum observar 
uma tendência do arco dentário superior dos pacientes com fissuras labiopalatinas 
completas se tornar progressivamente mais atrésico, desde a dentição decídua até a 
dentição permanente.6 Devido à atresia maxilar, más oclusões interarcos 
transversais, como as mordidas cruzadas posteriores unilaterais ou bilaterais, são 
bastante prevalentes em pacientes com esses tipos de fissura7. 
Com o objetivo de melhorar a forma do arco dentário superior, corrigir as más 
oclusões interarcos transversais e aumentar a largura da fissura para facilitar o 
procedimento de enxerto ósseo alveolar secundário, comumente se indica a 
realização de uma expansão maxilar na fase de dentadura mista, antes da irrupção 
dos caninos permanentes superiores.8 Entretanto, observa-se na literatura uma 
inconsistência quanto à modalidade de expansão preconizada para tratar a atresia 
maxilar de pacientes com fissuras labiopalatinas completas. Enquanto alguns 
estudos sugerem corrigir o estreitamento maxilar por meio da expansão rápida da 
maxila (ERM),9-13 outros preconizam tratar a atresia da maxila utilizando-se da 
expansão lenta maxilar (ELM).14 
 
 
9 
Em pacientes sem fissuras labiopalatinas, na fase de dentadura mista ou 
dentição permanente precoce, os efeitos dentoesqueléticos da expansão rápida e 
lenta da maxila já são bem documentados. De maneira geral, enquanto a ERM 
promove uma combinação de efeitos esqueléticos e dentoalveolares provenientes 
da abertura da sutura palatina mediana, a ELM promove apenas efeitos 
dentoalveolares.15-18 O mesmo parece não se aplicar para os pacientes com fissuras 
labiopalatinas completas. 
Considerando que, mesmo após a palatoplastia, os pacientes com fissuras 
labiopalatinas completas continuam apresentando um defeito ósseo submucoso que 
se estende por toda a região do rebordo alveolar e do palato duro, os mesmos não 
possuem sutura palatina mediana, que é a sutura do crânio que confere maior 
resistência à expansão.19 Por isso, estudos recentes têm sugerido que a ERM e a 
ELM apresentam efeitos dentoesqueléticos semelhantes em pacientes com fissuras 
labiopalatinas completas, consequentes do afastamento dos processos maxilares 
laterais.20-22 
Com a finalidade de elucidar melhor esse tema, o objetivo deste trabalho é 
realizar uma revisão sistemática para analisar os efeitos esqueléticos das expansões 
rápida e lenta da maxila em pacientes com fissuras labiopalatinas completas. 
 
2 MATERIAL E MÉTODOS 
 
A presente revisão sistemática foi desenvolvida com base nas diretrizes e 
recomendações do PRISMA23 e envolveu artigos científicos publicados até o mês de 
maio de 2019. 
Os critérios de inclusão que foram considerados para selecionar os estudos 
desta revisão sistemática foram: artigos científicos escritos em língua inglesa, 
espanhola e portuguesa, sem restrição de ano de publicação, descrevendo estudos 
do tipo ensaios clínicos randomizados, estudos prospectivos não randomizados e 
estudos retrospectivos. Os pacientes deveriam apresentar fissuras labiopalatinas 
completas unilaterais ou bilaterais, deveriam estar na fase de dentição decídua, 
dentadura mista ou dentição permanente precoce, deveriam ter sido submetidos à 
expansão rápida ou lenta da maxila, e os efeitos esqueléticos da expansão rápida ou 
lenta da maxila deveriam ser analisados nos estudos por meio de medições em 
telerradiografias em norma lateral, telerradiografias em norma frontal, radiografias 
 
 
10 
oclusais, tomografias computadorizadas de feixe cônico e/ou modelos dentários 
digitais. 
Os critérios de exclusão foram artigos envolvendo pacientescom 
craniossinostose, pacientes que não realizaram queilopastia e palatoplastia na 
primeira infância, pacientes com histórico de tratamento ortodôntico, ortopédico ou 
ortodôntico-cirúrgico prévio à ERM ou ELM, artigos em que a expansão rápida da 
maxila ou a expansão lenta maxilar foi associada a outras modalidades de 
tratamento, estudos em que os pacientes foram tratados com expansão rápida da 
maxila assistida cirurgicamente e artigos do tipo relato de caso clínico, série de 
casos, opinião de experts, revisão de literatura e estudos experimentais com 
elementos finitos ou em animais. 
Uma busca eletrônica foi realizada com o auxílio de uma bibliotecária 
especializada em levantamento bibliográfico nas seguintes bases de dados da área 
de Ciências da Saúde: PubMed/Medline, Biblioteca Cochrane, Scopus, Science 
Direct, LILACS e Google Scholar. Em todas essas bases de dados, foi utilizada a 
seguinte estratégia de busca: (“palatal expansion technique” or “expansion 
technique, palatal” or “expansion techniques, palatal” or “maxillary expansion”) and 
(“cleft lip” or “cleft palate”). 
Dois revisores (JPDS e VCBS) realizaram o levantamento dos estudos da 
literatura de forma cega, de acordo com o PICO (Patients, Interventions, Comparison 
e Outcomes). Inicialmente, cada um dos examinadores selecionou os estudos por 
meio da leitura do título e do resumo dos artigos, em cada uma das bases de dados. 
Em seguida, as referências de cada artigo selecionado foram pesquisadas 
manualmente na tentativa de se obter artigos ainda não encontrados na primeira 
fase de levantamento bibliográfico. Nessas fases, quando houve inconsistências 
entre os revisores quanto a inclusão ou não dos artigos científicos na revisão 
sistemática, os revisores discutiram entre si, afim de se chegar a um consenso. 
Quando o consenso não foi obtido, um terceiro revisor foi requerido (ACMA). 
Os artigos selecionados foram lidos na íntegra e aqueles que atenderam aos 
critérios de inclusão foram analisados individualmente por meio de uma escala de 
avaliação qualitativa proposta em um estudo prévio24 (Tabela 1). O teste Kappa foi 
realizado para avaliar a concordância interexaminadores na fase de seleção dos 
artigos e na etapa de avaliação qualitativa dos estudos selecionados. 
 
 
 
11 
Tabela 1. Escala de avaliação qualitativa. 
 
3 RESULTADOS 
 
Um total de 1723 artigos foram encontrados por meio da busca eletrônica. 
Após a análise do título e do resumo, esse número reduziu para cinquenta e sete. 
Tendo-se removido os artigos duplicados encontrados, o número de estudos 
diminuiu para 23. Nenhum estudo adicional foi encontrado após a realização da 
pesquisa manual nas referências dos artigos encontrados. Os textos completos 
foram analisados de acordo com os critérios de inclusão e de exclusão, resultando 
em 8 artigos qualificados para a análise final. O fluxograma ilustra o processo de 
seleção dos artigos (Figura 1). O teste Kappa foi realizado na fase de seleção dos 
artigos e mostrou uma concordância interexaminadores quase perfeita de 0,857.25 
 
 
 
Componentes Classificação Pontos Definição 
Viés de seleção 
1. Randomização 
Adequado 1,0 Randomização e método de randomização corretamente descritos 
Inadequado 0,5 Descrição incompleta do método de randomização 
Nenhum 0 Sem descrição do método de randomização 
2. Ocultação da alocação 
Adequado 1,0 Descrição correta da ocultação da alocação 
Inadequado 0,5 Descrição incompleta da ocultação da alocação 
Nenhum 0 Sem descrição da ocultação da alocação 
Viés de desempenho 
3. Cegamento dos participantes e 
operadores 
Adequado 1,0 
Cegamento dos participantes e dos operadores descrito corretamente com 
efetividade do cegamento 
Inadequado 0,5 Descrição incompleta do cegamento dos participantes e dos operadores 
Nenhum 0 Sem descrição do cegamento dos participantes e dos operadores 
Viés de detecção 
4. Cegamento na análise 
Adequado 1,0 
Cegamento da análise das variáveis descrito por meio de medidas ou 
estatística e eficácia do cegamento 
Inadequado 0,5 Descrição incompleta do cegamento da análise das variáveis 
Nenhum 0 Sem descrição do cegamento da análise das variáveis 
Viés de atrito 
5. Dados dos resultados incompletes 
Explicado 1,0 
Perdas de seguimento descritas com explicação e descrição de dados 
completos ou incompletos recuperados 
Não explicado 0,5 
Descrição das perdas de seguimento sem explicação ou descrição 
incompleta dos resultados recuperados 
Nenhum 0 
Ausência de descrição de perdas de seguimento ou dos resultados 
recuperados 
Viés de descrição 
6. Descrição da seleção 
Adequado 1,0 Descrição da seleção das variáveis de desfecho primário 
Inadequado 0,5 Informação insuficiente para julgar 
Nenhum 0 Sem descrição das variáveis de desfecho primário 
Outros tipos de viés 
7. Critérios de inclusão dos 
participantes 
Adequado 1,0 Critérios de inclusão/exclusão descritos 
Inadequado 0,5 
Sem descrição dos critérios de inclusão/exclusão, mas com a seleção 
realizada pelo menos pela idade e pelo diagnóstico de enurese 
Nenhum 0 Sem descrição dos critérios de seleção 
8. Presença de grupo controle 
Sim 1,0 Presença de grupo controle 
Não 0 Ausência de grupo controle 
9. Teste estatístico 
Adequado 1,0 Teste estatístico descrito por completo e adequado 
Inadequado 0,5 Teste estatístico sem descrição completa ou inadequado 
Nenhum 0 Sem aplicação de teste estatístico 
10. Risco de viés e limitação do 
experimento 
Totalmente 1,0 
Descrição do potencial de viés e limitação do experimento reconhecendo-
as 
Parcialmente 0,5 
Descrição do potencial de viés e limitação do experimento sem as 
reconhecer 
Nenhum 0 Sem descrição do potencial de viés ou limitação do estudo 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Fluxograma adaptado do PRISMA statement for systematic reviews. 
 
As características metodológicas dos artigos selecionados, tais como autores, 
ano de publicação, tipo de estudo, tamanho da amostra, grupos estudados, fase de 
desenvolvimento oclusal, tipo de expansão, tipo de aparelho, quantidade de 
expansão, tempo de acompanhamento, tipo de fissura labiopalatina, métodos de 
avaliação dos efeitos dentoesqueléticos e variáveis estudadas foram resumidas na 
Tabela 2. 
As pontuações obtidas após a análise qualitativa dos estudos estão descritas 
na Tabela 3. O teste Kappa foi realizado na fase de avaliação da qualidade 
metodológica dos estudos e mostrou uma concordância interexaminadores quase 
perfeita de 0,941.25 
 
 
13 
Tabela 2. Características metodológicas dos estudos selecionados. 
 
Tabela 3. Escala de avaliação qualitativa. 
Autor Ano de 
publicação 
Tipo de 
estudo 
Tamanho 
amostral 
Grupos 
estudados 
Fase de desenvolvimento 
oclusal 
Procedimento de 
expansão 
Aparelho Quantidade de expansão Tempo de 
acompanhamento 
Tipo de fissura 
labiopalatina 
Método de 
avaliação 
Variáveis estudadas 
Lanes et al 2013 Prospectivo 32 
pacientes 
2 grupos 
experimentais 
Dentadura mista Expansão rápida 
da maxila 
Expansor do tipo 
Haas e do tipo Haas 
modificado 
2/4 de volta por dia até obter a 
sobrecorreção de 2 a 3 mm 
Até o termino do 
período ativo de 
expansão 
Fissura labiopalatina 
completa 
Telerradiografia 
em norma frontal 
Largura da cavidade nasal 
Figueiredo et al 2014 Prospectivo 30 
pacientes 
3 grupos 
experimentais 
Dentadura mista Expansão rápida 
da maxila 
Expansor do tipo 
Hyrax, com abertura 
em leque e Mini-
hyrax invertido 
2/4 de volta por dia até obter a 
sobrecorreção 
3 meses Fissura labiopalatina 
completa unilateral 
Tomografia 
computadorizada 
de feixe cônico 
Largura da cavidade nasal e 
da maxila (ao nível dos 
primeiros pré-molares e dos 
primeiros molares 
permanentes) 
Alves et al 2015 Ensaio clínico 
randomizado 
50 
pacientes 
2 grupos 
experimentais 
Dentadura mista Expansão rápidae 
expansão lenta da 
maxila 
Expansor do tipo 
Hyrax e quadri-hélice 
Quadri-hélice- 6mm por mês 
(3mm por lado da arcada) 
durante 4 a 21 meses e Hyrax- 
2/4 de volta pela manhã e 2/4 de 
volta a tarde durante 7 a 14 dias. 
7,2 meses para a 
expansão rápida e 11 
meses para a expansão 
lenta 
Fissura labiopalatina 
completa bilateral 
Modelos dentários 
digitais 
Profundidade do palato 
Almeida et al 2016 Ensaio clínico 
randomizado 
46 
pacientes 
 2 grupos 
experimentais 
Dentadura mista Expansão rápida e 
expansão lenta da 
maxila 
Expansor do tipo 
Haas, do tipo Hyrax e 
quadri-hélice 
Quadri-hélice- 6mm( 3mm por 
lado) em intervalos de 2 meses- 
de 4 a 21 meses. Hyrax ou Haas- 
1 volta completa por 
dia(0,08mm)-7 a 11 dias. 
7,2 meses para a 
expansão rápida e 11 
meses para a expansão 
lenta 
Fissura labiopalatina 
completa bilateral 
Tomografia 
computadorizada 
de feixe cônico 
Largura da cavidade nasal, da 
maxila e da fissura alveolar 
(ao nível dos primeiros pré-
molares e dos primeiros 
molares permanentes) 
Ayub et al 2016 Prospectivo 52 
pacientes 
1 grupo 
experimental e 
1 grupo 
controle 
Dentadura mista Expansão rápida 
da maxila 
Expansor do tipo 
Haas 
Ativação de 1 volta por dia 6 meses Fissura labiopalatina 
unilateral completa. 
Modelos dentários 
digitais 
Profundidade e volume do 
palato 
Figueiredo et al 2016 Ensaio clínico 
randomizado 
20 
pacientes 
 2 grupos 
experimentais 
Dentadura mista e 
dentição permanente 
precoce 
Expansão rápida 
da maxila 
Expansor do tipo 
Hyrax modificado e 
Mini-hyrax invertido 
2 voltas por dia- até 
a ponta da cúspide lingual dos 
superiores tocar a ponta da 
cúspide vestibular dos inferiores. 
3 meses Fissura labiopalatina 
completa unilateral 
Tomografia 
computadorizada 
de feixe cônico 
Largura da cavidade nasal e 
da maxila (ao nível dos 
primeiros pré-molares e dos 
primeiros molares 
permanentes) 
Garib et al 2016 Prospectivo 50 
pacientes 
1 grupo 
experimental e 
1 grupo 
controle 
Dentadura mista Expansão rápida 
da maxila 
Expansor com 
abertura diferencial e 
expansor do tipo 
Hyrax 
Ativação de 1 volta por dia 6 meses Fissura labiopalatina 
bilateral completa. 
Tomografia 
computadorizada 
de feixe cônico e 
modelos dentários 
digitais 
Largura da cavidade nasal e 
da maxila e da fissura 
alveolar (ao nível dos 
primeiros pré-molares e dos 
primeiros molares 
permanentes) e 
profundidade do palato 
Mordente et al 2016 Prospectivo 40 
pacientes 
4 grupos 
experimentais 
Dentadura mista e 
dentição permanente 
precoce 
Expansão rápida 
da maxila 
Expansor do tipo 
Hyrax, com abertura 
em leque e Mini-
Hyrax invertido 
2/4 de volta por dia até obter a 
sobrecorreção 
3 meses Fissura labiopalatina 
completa unilateral 
Tomografia 
computadorizada 
de feixe cônico e 
modelos dentários 
digitais 
Largura da maxila (ao nível 
dos primeiros pré-molares e 
primeiros molares 
permanentes) 
Artigo Randomização Ocultação da 
alocação 
Cegamento dos 
participantes e 
operadores 
Cegamento na 
análise 
Dados dos resultados 
incompletos 
Descrição da 
seleção 
Critérios de inclusão dos 
participantes 
Presença de 
grupo controle 
Teste estatístico Risco de viés e limitação 
do experimento 
Tot
al 
Qualidade de pesquisa ou 
solidez metodológica 
Garib et al, 2016 0 0 0 1 0,5 0 1 1 1 1 5,5 Moderado 
Ayub et al, 2016 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 6 Alto 
Mordente et al, 2015 0 0 0 0,5 1 1 1 0 0,5 1 5 Moderado 
Almeida et al, 2016 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 8 Alto 
Lanes et al, 2013 0 0 0 0 1 1 0,5 0 1 0 3,5 Baixo 
Figueiredo et al, 2016 1 0 0 1 1 1 1 0 1 0 6 Alto 
Alves et al, 2015 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 8 Alto 
Figueiredo et al, 2014 0 0 0 1 1 1 1 0 1 1 6 Alto 
 
Qualidade de pesquisa ou solidez metodológica: Alto, > 6 pontos; Moderado, 4 a 6 pontos; Baixo, <4 pontos. 
 14 
Os resultados dos estudos selecionados foram descritos nos tópicos abaixo 
com finalidade didática. 
 
3.1 EFEITOS ESQUELÉTICOS DA EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA 
 
Os efeitos esqueléticos da expansão rápida da maxila que foram avaliados 
nos estudos selecionados consistiram nas alterações da largura da cavidade nasal11-
13,22,26, largura da maxila11,12,13,22, largura da fissura palatina13,22, profundidade do 
palato13,21,27 e volume do palato27. 
 
3.1.1 LARGURA DA CAVIDADE NASAL 
 
A largura da cavidade nasal foi avaliada no período pré-expansão, 
imediatamente após o término do período ativo, 3 meses e de 4 a 6 meses após a 
ERM. Quando avaliado imediatamente após o término do período ativo, observou-se 
um aumento médio de 1,66 mm na largura da cavidade nasal de pacientes com 
fissuras labiopalatinas completas unilaterais e bilaterais tratados com o expansor do 
tipo Haas com parafuso limitador posterior.26 Por outro lado, os indivíduos 
submetidos a ERM com o expansor Haas convencional apresentaram um aumento 
maior de 1,79 mm.26 
Quando a avaliação foi realizada 3 meses após a ERM, em pacientes com 
fissuras labiopalatinas completas unilaterais, foi possível observar aumentos médios 
da largura da cavidade nasal de 0,60 mm com o expansor Mini-Hyrax invertido, de 
1,59 mm com o expansor Hyrax, 1,82 mm com o expansor com abertura em leque e 
2,18 mm com o expansor iMini, quando as medições foram realizadas na região dos 
primeiros pré-molares.11,12 Na região dos primeiros molares permanentes, os 
aumentos foram maiores, da ordem de 0,98 mm com o expansor Mini-Hyrax 
invertido, de 1,87 mm com o expansor Hyrax, de 1,51 mm com o expansor com 
abertura em leque e 2,74 mm com o expansor iMini.11,12 
Por fim, quando a avaliação foi realizada de 4 a 6 meses após a ERM, em 
pacientes com fissuras labiopalatinas completas bialterais, observou-se aumentos 
da largura da cavidade nasal de 1,13 mm com o expansor Hyrax e de 1,87 mm com 
o expansor diferencial, na região dos primeiros pré-molares.13,22 Na região dos 
 15 
primeiros molares permanentes, os aumentos foram de 1,08 mm com o expansor 
Hyrax e de 1,99 mm com o expansor com abertura diferencial.13,22 
 
3.1.2 LARGURA DA MAXILA 
 
Os estudos selecionados avaliaram as alterações na largura da maxila em 
dois momentos: 3 meses e de 4 a 6 meses após a expansão rápida da maxila. 
Quando avaliadas 3 meses pós-expansão em pacientes com fissuras labiopalatians 
completas unilaterais, observou-se aumentos significativos da largura da maxila na 
região dos primeiros pré-molares de 3,28 mm com o expansor Mini-Hyrax invertido, 
de 3,85 a 4,67 mm com o expansor Hyrax, de 4,33 a 5,70 mm com o expansor com 
abertura em leque, e de 3,42 a 4,68 mm com o expansor iMini.11,12,28 Na região dos 
primeiros molares permanentes, os aumentos foram menores e variaram de 0,31 
mm com o expansor Mini-Hyrax invertido, de 4,34 a 4,68 mm com o expansor Hyrax, 
de 2,10 a 2,77 mm com o expansor com abertura em leque, e de 5,18 a 5,32 mm 
com o expansor iMini.11,12,28 
Quando a avaliação foi realizada de 4 a 6 meses após a ERM, em pacientes 
com fissuras labiopalatinas completas bilaterais, observou-se aumentos da largura 
da maxila na região de primeiros pré-molares de 1,44 mm com o expansor com 
abertura diferencial e de 1,55 mm com o expansor Hyrax.13,22 Na região dos 
primeiros molares permanentes, os aumentos foram de 1,31 mm com o expansor 
com abertura diferencial e 1,59 mm com o expansor Hyrax.13,22 
 
3.1.3 LARGURA DA FISSURA ALVEOLAR 
 
As avaliações realizadas em pacientes com fissuras labiopalatinas completas 
bilaterais, de 4 a 6 meses após a expansão rápida da maxila permitiram observar um 
aumento da largura da fissura alveolar de 1,24 mm com o expansor Hyrax e 2,17 
mm com o expansor com abertura diferencial, na região de primeiros pré-molares. 
Na região dos primeiros molares permanentes, os aumentos foram de 1,13 mm com 
o expansor Hyrax e 1,95 mm com o expansor com abertura diferencial.13,22 
 
3.1.4 PROFUNDIDADE E VOLUME DO PALATO 
 
 16 
As avaliações realizadas de 4a 6 meses após a expansão rápida da maxila 
mostraram diminuições da profundidade do palato de 0,46 mm com o expansor 
Haas em pacientes com fissuras labiopalatinas completas unilaterais, e diminuições 
de 0,95 a 1,42 mm com o expansor Hyrax e de 1,66 mm com o expansor com 
abertura diferencial, em pacientes com fissuras labiopalatinas completas 
bilaterais.13,21,27 
Adicionalmente, um aumento de 847,23 mm3 foi observado no volume do 
palato de pacientes com fissuras labiopalatinas completas unilaterais submetidos a 
ERM com um expansor do tipo Haas.27 
 
3.2 EFEITOS ESQUELÉTICOS DA EXPANSÃO LENTA DA MAXILA 
 
Os efeitos esqueléticos da expansão lenta da maxila que foram avaliados nos 
estudos selecionados consistiram nas alterações da largura da cavidade nasal22, 
largura da maxila22, largura da fissura alveolar22 e profundidade do palato21. 
Quando a avaliação foi realizada de 4 a 6 meses após a ELM com o expansor 
quadri-hélice, em pacientes com fissuras labiopalatinas completas bilaterais, 
observou-se que a largura da cavidade nasal aumentou 1,38 mm na região dos 
primeiros pré-molares e 1,68 mm na região dos primeiros molares; que a largura da 
maxila aumentou 1,84 mm na região dos primeiros pré-molares e 1,89 mm na região 
dos primeiros molares; que a largura da fissura alveolar aumentou 1,40 mm na 
região dos primeiros pré-molares e 1,14 mm na região dos primeiros molares; e, por 
fim, que a profundidade do palato diminuiu 0,65 mm.21,22 
 
3.3 COMPARAÇÃO DOS EFEITOS ESQUELÉTICOS DAS EXPANSÕES RÁPIDA E 
LENTA DA MAXILA 
 
Os efeitos esqueléticos das expansões rápida e lenta da maxila foram 
comparados em dois estudos, os quais avaliaram as alterações imediatamente após 
o término do período ativo da expansão e de 4 a 6 meses após a ERM e ELM, em 
pacientes com fissuras labiopalatinas completas bilaterais.21,22 
Em todos os estudos, não foram observadas diferenças estatisticamente 
significativas entre as alterações promovidas pela ERM e pela ELM na largura da 
cavidade nasal, da maxila, da fissura alveolar e na profundidade do palato.21,22 
 17 
Entretanto, observou-se que a ELM apresentou um tempo de tratamento 
significantemente maior do que a ERM.21,22 
 
4 DISCUSSÃO 
 
Os estudos avaliados na presente revisão sistemática foram publicados nos 
últimos seis anos. Sendo assim, é possível afirmar que o tema investigado é 
considerado atual e relevante. Dos artigos selecionados, três eram ensaios clínicos 
randomizados12,21,22, considerados os estudos clínicos em humanos com maior 
evidência científica, uma vez que devem ser delineados e desenvolvidos com base 
nas rígidas normas e diretrizes do CONSORT (Consolidated Standards of Reporting 
Trials).29 A tendência dos ensaios clínicos randomizados apresentarem maior 
qualidade metodológica em relação aos estudos prospectivos não randomizados e 
os estudos retrospectivos foi comprovada na presente revisão sistemática. 
Observou-se que os estudos de Alves et al. (2017)21, Almeida et al. (2016)22 e 
Figueiredo et al. (2016)12 apresentaram escores que variaram de 6 a 8, qualificando 
esses estudos como sendo de baixo risco de viés e de maior confiabilidade (Tabela 
3). 
 As falhas metodológicas mais encontradas nos ensaios clínicos randomizados 
selecionados neste estudo foram a falta de ocultação na alocação, a ausência de 
cegamento dos participantes e operadores, a inexistência de grupo controle e a não 
descrição das limitações do estudo (Tabela 3). De maneira geral, a falta de 
ocultação na alocação dos participantes nos grupos de estudo aumenta o risco de 
viés de seleção, que consiste na indução de um resultado por meio da distribuição 
intencional dos pacientes com as melhores condições de saúde para a intervenção 
de preferência.30 Nesses casos, os efeitos observados na amostra do estudo podem 
não representar os efeitos encontrados na população, uma vez que a seleção dos 
pacientes que receberam cada tipo de aparelho não foi realizada ao acaso. 
Embora o cegamento do operador e do participante seja comum nos estudos 
médicos envolvendo a ação de fármacos, ela é impossível de ser realizada em 
pesquisas experimentais na área de Ortodontia, uma vez que tanto o pesquisador 
quanto o paciente inevitavelmente têm acesso ao tipo de aparelho que está sendo 
instalado. Dada a impossibilidade de se realizar o duplo-cegamento, é possível 
afirmar que os escores dos estudos avaliados na presente revisão sistemática estão 
 18 
superestimados. Desconsiderando-se esse critério, o estudo de Garib et al. (2016)13 
mudaria sua qualificação de moderado para alto (Tabela 3). 
Apenas dois dos estudos selecionados apresentaram grupos controles.13,27 
Em um deles, o grupo controle era constituído de pacientes sem fissuras 
labiopalatinas tratados com ERM utilizando-se o expansor Hyrax27, e, no outro, era 
composto de pacientes com fissuras labiopalatinas completas bilaterais tratados com 
ERM utilizando-se o mesmo tipo de aparelho13. Idealmente, todos os estudos 
avaliados nesta revisão sistemática deveriam apresentar um grupo controle 
composto de pacientes com fissuras labiopalatinas não tratados, a fim de quantificar 
o real efeito dessas intervenções em indivíduos com fissura. Em função da falta de 
integridade da sutura palatina mediana e da menor resistência para o aumento 
transversal superior, espera-se que os pacientes com fissuras labiopalatinas 
completas apresentem maiores efeitos esqueléticos e menores efeitos 
dentoalveolares, quando comparado com os pacientes sem fissuras.22 
Os métodos de avaliação utilizados para quantificar os efeitos esqueléticos da 
ERM e da ELM nos estudos foram as medições em modelos digitais13,21,27,28, em 
telerradiografias em norma frontal26 e em tomografias computadorizadas11-13,22,28. A 
medição da profundidade do palato nos modelos digitais apresenta a limitação de 
ser influenciada pela extrusão dos dentes de ancoragem, considerado um dos 
efeitos dentoalveolares imediatos da ERM e da ELM21. Adicionalmente, as medições 
nas telerradiografias em norma frontal também podem apresentar baixa 
reprodutibilidade em virtude da sobreposição radiográfica de estruturas anatômicas, 
o qual pode dificultar a demarcação dos pontos.26 
Mais especificamente em relação aos efeitos esqueléticos da ERM e ELM, 
observou-se que os estudos encontraram aumentos da largura da cavidade nasal 
que variaram de 1,68 mm com o expansor lento quadrihélice22 a 2,18 mm com o 
expansor rápido iMini12. Os aumentos da largura maxilar variaram de 1,89 mm com o 
expansor lento quadri-hélice22, a valores maiores, da ordem de 5,70 mm, com o 
expansor rápido com abertura em leque28. A largura da fissura alveolar aumentou de 
1,40 mm com o expansor lento quadri-hélice22 a 2,17 mm com o expansor rápido 
com abertura diferencial13. Por fim, o volume do palato aumentou em 847,23mm3 
com o expansor rápido do tipo Haas27. De maneira geral, essas alterações 
encontradas foram estatisticamente significantes e clinicamente relevantes. O 
mesmo não se aplica para a variável profundidade do palato, em que os valores 
 19 
variaram de -0,65 mm com o expansor lento quadrihélice21 a -1,66 mm com o 
expansor rápido com abertura diferencial13, e não se mostraram clinicamente 
relevantes. 
Embora a expansão lenta da maxila apresente efeitos quase que 
exclusivamente dentoalveolares em pacientes sem fissuras labiopalatinas que se 
encontram na fase de dentadura mista21, observou-se na presente revisão 
sistemática que ambas as modalidades de expansão promovem efeitos esqueléticos 
semelhantes em pacientes no mesmo estágio de desenvolvimento oclusal, porém 
com fissuras labiopalatinas completas. A equivalência dos efeitos da ERM e da ELM 
em pacientes com fissuras labiopalatinas completas se dá em função da ausência 
da integridade da sutura palatina mediana, considerada um importante fator de 
resistência à expansão. Na ausência dessa estruturaanatômica, muito facilmente os 
segmentos laterais da maxila se separam no paciente fissurado.22 
Entretanto, é importante ressaltar que, embora os efeitos esqueléticos entre 
as duas modalidades de expansão sejam semelhantes, há diferenças significantes 
no que diz respeito ao tempo de tratamento. De maneira geral, o tempo total de 
tratamento com o expansor rápido da maxila tende a ser menor, em função dessa 
modalidade de expansão apresentar uma fase ativa de expansão mais rápida.21 De 
maneira geral, o rápido protocolo de ativação do parafuso expansor permite realizar 
uma sobreexpansão em um período que pode variar de 7 a 14 dias.21 A ELM 
apresenta um período ativo de expansão maior, haja visto que ativações de 3 mm 
são realizadas a cada 2 meses, em função da liberação da força acontecer de forma 
mais lenta com esses aparelhos.21 Adicionalmente, o expansor rápido também 
dispõe de vantagens operacionais, já que este tem uma ativação mais fácil, por não 
precisar fazer a sua remoção para realizar sua ativação fora da cavidade oral, 
quando comparado com os expansores lentos fixos. Ainda que o quadri-hélice 
disponha da vantagem de realizar uma ativação diferencial entre a região anterior e 
a região posterior da arcada dentária, este efeito também pode ser obtido por meio 
do expansor com abertura diferencial.13 Entretanto, quando comparado com os 
aparelhos de expansão rápida, o quadri-hélice possui um baixo custo, fato que o 
torna mais viável economicamente, em especial, para o serviço público de 
saúde.20,31 
É importante salientar que os resultados alcançados só podem ser 
generalizados para os pacientes com fissuras labiopalatinas completas. Resultados 
 20 
diferentes devem ser esperados para pacientes com fissuras envolvendo lábio e 
rebordo alveolar ou fissuras apenas na região do palato, devido, nesses casos, 
existir a integridade da sutura palatina mediana e da sutura intermaxilar, 
respectivamente. 
 
5 CONCLUSÃO 
 
De acordo com as evidências científicas atuais, é possível afirmar que a 
expansão rápida e a expansão lenta da maxila promovem efeitos esqueléticos 
semelhantes em pacientes com fissuras labiopalatinas completas tratados na fase 
de dentadura mista ou na dentição permanente precoce. A única diferença entre as 
duas modalidades de expansão parece estar relacionada ao tempo de tratamento, 
considerado maior nos casos tratados com a ELM. Recomenda-se a realização de 
mais ensaios clínicos randomizados com metodologias semelhantes com o objetivo 
de subsidiar dados para uma futura meta-análise a respeito do tema investigado. 
 
 
 21 
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25 
 
APÊNDICE A - PÁGINA DE TÍTULOS 
 
EFEITOS ESQUELÉTICOS DA EXPANSÃO RÁPIDA E LENTA DA MAXILA EM 
PACIENTES COM FISSURAS LABIOPALATINAS COMPLETAS: UMA REVISÃO 
SISTEMÁTICA 
 
SKELETAL EFFECTS OF RAPID AND SLOW MAXILLARY EXPANSION IN 
PATIENTS WITH COMPLETE CLEFT LIP AND PALATE: A SYSTEMATIC 
REVIEW 
 
AUTORES 
 
JOÃO PEDRO DANTAS DA SILVA 
Aluno de Graduação, Departamento de Odontologia, Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. 
 
VALESKA CRISTINA BULHÕES DE SOUZA 
Aluna de Graduação, Departamento de Odontologia, Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. 
 
AMANDA FÉLIX GONÇALVES TOMAZ 
Cirurgiã-dentista, aluna de Mestrado em Saúde Coletiva, Departamento de 
Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do 
Norte, Brasil. 
 
HALLISSA SIMPLÍCIO GOMES PEREIRA 
Cirurgiã-dentista, mestre, doutora, professora adjunta de Ortodontia, Departamento 
de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do 
Norte, Brasil. 
 
SERGEI GODEIRO FERNANDES RABELO CALDAS 
Cirurgião-dentista, mestre, doutor, professor adjunto de Ortodontia do Departamento 
de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do 
Norte, Brasil. 
26 
 
 
ARTHUR CÉSAR DE MEDEIROS ALVES 
Cirurgião-dentista, mestre, doutor, professor adjunto de Ortodontia do Departamento 
de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do 
Norte, Brasil. 
 
Autor correspondente 
Prof. Dr. Arthur César de Medeiros Alves. 
Av. Sen. Salgado Filho, 1787 - Lagoa Nova, Natal/ RN, 59056-000. 
(+55 84) 99606-9657. 
arthurcesar_88@hotmail.com. 
 
RESUMO 
 
Introdução: Estudos recentes têm sugerido que a expansão rápida (ERM) e a 
expansão lenta da maxila (ELM) apresentam efeitos esqueléticos semelhantes em 
indivíduos com fissuras labiopalatinas completas, em função desses pacientes não 
possuírem a integridade da sutura palatina mediana. Objetivo: O objetivo da 
presente revisão sistemática foi avaliar e comparar os efeitos esqueléticos das 
expansões rápida e lenta da maxila em pacientes com fissuras labiopalatinas 
completas. Metodologia: Dois revisores realizaram uma busca eletrônica de forma 
cega nas seguintes bases de dados: PubMed/Medline, LILACS, Biblioteca 
Cochrane, Scopus, Science Direct e Google Scholar. As estratégias de busca que 
foram utilizadas nessas bases de dados contiveram os termos MeSH “palatal 
expansion technique”, “cleft lip”, e “cleft palate” e/ou seus sinônimos. No primeiro 
momento, os dois examinadores realizaram o levantamento bibliográfico de forma 
individual e selecionaram os estudos por meio da leitura do título e resumo dos 
artigos. As referências de cada artigo selecionado foram pesquisadas manualmente 
a fim de se obter estudos ainda não abrangidos pela primeira busca. Nos casos em 
que houve discordância quanto à inclusão ou não de um determinado estudo, os 
revisores discutiram até se obter um consenso ou um terceiro revisor foi requerido. 
Os artigos que preencheram os critérios de inclusão foram analisados 
qualitativamente por meio de uma escala proposta em um estudo prévio. O teste 
estatístico Kappa foi utilizado para avaliar a concordância interexaminadores em 
27 
 
dois momentos: após a seleção dos artigos e a avaliação qualitativa dos estudos 
finais. Resultados: Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes 
entre o efeito das duas modalidades da expansão. De maneira geral, os estudos 
apresentaram baixo a moderado risco de viés. Conclusão: A ERM e a ELM 
promovem efeitos esqueléticos semelhantes em pacientes com fissuras 
labiopalatinas completas. A única diferença entre as duas modalidades de expansão 
parece estar relacionada ao tempo de tratamento, considerado maior nos casos 
tratados com a expansão lenta da maxila. Recomenda-se a realização de mais 
ensaios clínicos randomizados com metodologias semelhantes com o objetivo de 
subsidiar dados para uma futura meta-análise a respeito do tema investigado. 
 
Palavras-chave: Técnica de expansão palatina. Fenda labial. Fenda palatina. 
 
28 
 
ANEXO A - ATRIBUIÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS 
 
Uma vez publicado o artigo, os autores abaixo assinados cedem todos os 
direitos autorais do manuscrito “EFEITOS ESQUELÉTICOS DA EXPANSÃO 
RÁPIDA E LENTA DA MAXILA EM PACIENTES COM FISSURAS 
LABIOPALATINAS COMPLETAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA” à Dental Press 
International. Os autores abaixo assinados garantem que este é um artigo original e 
que não infringe direitos autorais ou outros direitos de propriedade de terceiros, não 
está sob consideração para publicação em outra revista e não foi publicado 
anteriormente, seja impresso ou eletronicamente. Nós assinamos esta declaração e 
aceitamos total responsabilidade pela publicação do artigo supracitado. 
 
 
 
__________________________________________ 
João Pedro Dantas Silva – UFRN 
 
__________________________________________ 
Valeska Cristina Bulhões de Souza – UFRN 
 
__________________________________________ 
Amanda Félix Gonçalves Tomaz – UFRN 
 
__________________________________________ 
Profª. Drª. Hallissa Gomes Pereira Simplício – UFRN 
 
__________________________________________ 
Prof. Dr. Sergei Godeiro Fernandes Rabelo Caldas – UFRN 
 
 __________________________________________ 
Prof. Dr. Arthur César de Medeiros Alves – UFRN 
 
29 
 
ANEXO B - NORMAS DA REVISTA 
 
DENTAL PRESS JOURNAL OF ORTHODONTICS 
Purposes and polices 
 
Phases for Publishing theArticles 
One of the main purposes of Dental Press Journal is to 
preserve the idoneity of the published articles, being valorized 
by the Dentistry class. Therefore, all the articles received by 
Dental Press are submitted to the following process: 
1) The manuscript is submitted via the online system 
ScholarOne 
Manuscripts: https://mc04.manuscriptcentral.com/dpjo-
scielo" 
2) The editor selects 3 professionals, among all the 
consultants and co-workers of the journal, in order to 
evaluate the article. In order to evaluate the article. In this 
phase the "double blind" system is used, i.e., the names of 
the authors are omitted on purpose so that the analysis of the 
study is not influenced, and the authors, although informed 
on the current method, do not know who is responsible for 
evaluating their work. 
3) Enclosed to the article, each consultant receives a 
questionnaire, which will allow him to make observations and 
determine if the article will be published or not. When sending 
the article and the filled questionnaire, each consultant 
chooses if wants or not to revise the article once more. Before 
the author´s corrects the article, the editor will analyze the 
corrections requested by the consultants. 
4) The article will be selected for publishing only if both 
consultants approve it. If one of them refuses it, the article 
will be sent to a third consultant. 
5) After the article has been approved by the consultants and 
the editor, it will be submitted to the correction of the 
references according to the Vancouver norms. 
6) Professionals in charge of performing the desktop 
publishing make the article suitable for the graphic criteria of 
the Journal. 
7) Properly diagrammed and revised, the article is sent to the 
Scientific Board of the Journal to be reviewed, observing the 
arrangement of the pictures, plots, text, abstracts, keywords, 
and other components. 
8) Finally, the article is sent to the author who will make the 
last considerations. Only during this phase of the process, the 
authors are informed on the edition in which his article will be 
published. 
9) The articles and other materials of each edition are 
brought together, forming the "sketch" of the issue that is 
revised page by page, picture by picture, letter by letter by 
the magazine's art editor who assumes the role of 
"Ombudsman". 
 
https://mc04.manuscriptcentral.com/dpjo-scielo
https://mc04.manuscriptcentral.com/dpjo-scielo
30 
 
10) Only after performing the last corrections in the "sketch", 
the graphic and printing phases are properly initiated. 
Flux gram of the articles for publishing 
1) Article is submitted through the online manuscript 
submission system. 
2) The editor analyzes the article. 
3) The article is sent to the consultants. 
4) The consultants analyzes the article. 
5) If the article is refused, it is sent to a third consultant. 
6) The editor analyzes the correction requested by the 
consultants. 
7) The revised article is sent to the authors (if corrections are 
necessary). 
8) The article is sent to the consultants once more (if they 
require). 
9) After the final manuscript is approved by the editor, it is 
pre-selected for publishing. 
10) The article is submitted to both the references correction 
and normalization. 
11) The article is diagrammed according to the criteria of the 
journal. 
12) The diagrammed article is reviewed. 
13) The article is sent for the author's approval. 
14) The edition is defined. 
15) A last editorial correction is performed. 
16) The graphic production is carried out. 
 
Form and preparation of the manuscripts 
 
Dental Press Journal of Orthodontics publishes original 
scientific research, significant reviews, case reports, brief 
communications and other materials related to orthodontics 
and facial orthopedics. 
1. Title Page 
- Must comprise the title in English, an abstract and 
keywords. 
- Information about the authors must be provided on a 
separate page, including authors' full names, academic 
degrees, institutional affiliations and administrative positions. 
Furthermore, the corresponding author's name, address, 
phone numbers and e-mail must be provided. This 
information is not made available to the reviewers. 
2. Abstract 
- Preference is given to structured abstracts in English with 
250 words or less. 
 
31 
 
- The structured abstracts must contain the following 
sections: INTRODUCTION: outlining the objectives of the 
study; METHODS, describing how the study was conducted; 
RESULTS, describing the primary results, and CONCLUSIONS, 
reporting the authors' conclusions based on the results, as 
well as the clinical implications. 
- Abstracts in English must be accompanied by 3 to 5 
keywords, or descriptors, which must comply with MeSH. 
3. Text 
- The text must be organized in the following sections: 
Introduction, Materials and Methods, Results, Discussion, 
Conclusions, References and Illustration legends. 
- Texts must contain no more than 4,000 words, including 
captions, abstract and references. 
- Illustrations and tables must be submitted in separate files 
(see below). 
- Insert the legends of illustrations also in the text document 
to help with the article layout. 
4. Illustrations 
- Digital images must be in JPG or TIF, CMYK or grayscale, at 
least 7 cm wide and 300 dpi resolution. 
- Images must be submitted in separate files. 
- In the event that a given illustration has been published 
previously, the legend must give full credit to the original 
source. 
- The author(s) must ascertain that all illustrations are cited 
in the text. 
5. Graphs and cephalometric tracings 
- Files containing the original versions of graphs and tracings 
must be submitted. 
- It is not recommended that such graphs and tracings be 
submitted only in bitmap image format (not editable). 
- Drawings may be improved or redesigned by the journal's 
production department at the discretion of the Editorial Board. 
6. Tables 
- Tables must be self-explanatory and should supplement, not 
duplicate the text. 
- Must be numbered with Arabic numerals in the order they 
are mentioned in the text. 
- A brief title must be provided for each table. 
- In the event that a table has been published previously, a 
footnote must be included giving credit to the original source. 
- Tables must be submitted as text files (Word or Excel, for 
example) and not in graphic format (noneditable image). 
7. Copyright Assignment 
- All manuscripts must be accompanied by the following 
written statement signed by all authors: "Once the article is 
published, the undersigned author(s) hereby assign(s) all 
copyright of the manuscript [insert article title here] to Dental 
Press International. The undersigned author(s) warrant(s) 
that this is an original article and that it does not infringe any 
32 
 
copyright or other third party proprietary rights, it is not 
under consideration for publication by another journal and 
hás not been published previously, be it in print or 
electronically. I (we) hereby sign this statement and accept 
full responsibility for the publication of the aforesaid article." 
- This copyright assignment document must be scanned or 
otherwise digitized and submitted through the website*, 
along with the article. 
8. Ethics Committees 
- Articles must, where appropriate, refer to opinions of the 
Ethics Committees. 
9. References 
- All articles cited in the text must appear in the reference 
list. 
- All listed references must be cited in the text. 
- For the convenience of readers, references must be cited in 
the text by their numbers only. 
- References must be identified in the text by superscript 
Arabic numerals and numbered in the order they are 
mentioned in the text. 
- Journal title abbreviations must comply with the standards 
of the "Index Medicus" and "Index to Dental Literature" 
publications.- Authors are responsible for reference accuracy, which must 
include all information necessary for their identification. 
- References must be listed at the end of the text and 
conform to the Vancouver Standards 
(http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html). 
- The limit of 30 references must not be exceeded. 
- The following examples should be used: 
Articles with one to six authors 
Sterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell 
CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the 
maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 
Mar;26(3):153-7. 
Articles with more than six authors 
De Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, 
Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the 
durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J 
Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32. 
Book chapter 
Kina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina 
S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. 
Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301. 
Book chapter with editor 
Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2ª ed. 
Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes 
Education Services; 2001. 
Dissertation, thesis and final term paper 
http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html
33 
 
Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, 
colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes 
de tração, cisalhamento e torção. [dissertação]. Bauru: 
Universidade de São Paulo; 1990. 
Digital format 
Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de 
Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev 
Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. 
[Acesso 12 jun 2008]. Disponível 
em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf. 
We further emphasize that there is no collection of fees (APC 
- Article Processing Charge) for submission, assessment or 
publication of the articles. 
 
Submission the manuscripts 
 
Dental Press Journal of Orthodontics uses ScholarOne, an online peer 
review management system, for the submission and evaluation of 
manuscripts. To submit manuscripts please 
visit: https://mc04.manuscriptcentral.com/dpjo-scielo. 
 
 
 
http://www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf
https://mc04.manuscriptcentral.com/dpjo-scielo

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