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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA JOÃO PEDRO DANTAS SILVA EFEITOS ESQUELÉTICOS DA EXPANSÃO RÁPIDA E LENTA DA MAXILA EM PACIENTES COM FISSURAS LABIOPALATINAS COMPLETAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA Natal – RN 2019 JOÃO PEDRO DANTAS SILVA EFEITOS ESQUELÉTICOS DA EXPANSÃO RÁPIDA E LENTA DA MAXILA EM PACIENTES COM FISSURAS LABIOPALATINAS COMPLETAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA Natal – RN 2019 Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação apresentado ao Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para a obtenção do título de Cirurgião- Dentista. Orientador: Prof. Dr. Arthur César de Medeiros Alves JOÃO PEDRO DANTAS SILVA EFEITOS ESQUELÉTICOS DA EXPANSÃO RÁPIDA E LENTA DA MAXILA EM PACIENTES COM FISSURAS LABIOPALATINAS COMPLETAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação apresentado ao Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para a obtenção do título de Cirurgião-Dentista. Aprovado em: ____ de _______ de _____. BANCA EXAMINADORA __________________________________________ Profª. Drª. Hallissa Gomes Pereira Simplício – UFRN __________________________________________ Prof. Dr. Sergei Godeiro Fernandes Rabelo Caldas – UFRN __________________________________________ Prof. Dr. Arthur César de Medeiros Alves – UFRN (orientador) Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Alberto Moreira Campos Departamento de Odontologia Silva, João Pedro Dantas. Efeitos esqueléticos da expansão rápida e lenta da maxila em pacientes com fissuras labiopalatins completas: uma revisão de literatura / João Pedro Dantas Silva. - Natal, 2019. 35 f.: il. Orientador: Prof. Dr. Arthur César de Medeiros Alves. Trabalho de conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia, Natal, 2019. 1. Técnica de expansão palatina – Trabalho de conclusão de curso. 2. Fenda labial - Trabalho de conclusão de curso. 3. Fissura palatina - Trabalho de conclusão de curso. I. Alves, Arthur César de Medeiros. II. Título. RN/UF/BSO BLACK D45 Elaborado por MONICA KARINA SANTOS REIS - CRB-15/393 Dedico este trabalho à minha avó Terezinha (in memorian) que sempre me ensinou o valor do conhecimento e da educação. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por me dar as forças necessárias para correr atrás dos meus sonhos; por ser meu consolo, meu refúgio e proteção quando eu precisei. Aos meus pais João e Cida, por não desistirem de mim, por terem abraçados junto comigo este sonho, e por todos os esforços para que eu pudesse chegar até aqui. A eles toda minha gratidão! Aos meus irmãos Jorge e Júlia, por acreditarem em mim mais do que eu mesmo, e por todo carinho que cura. A minha família, por estar comigo em todos os momentos e por me apoiar e me incentivar a ser um profissional dedicado. Aos meus irmãos de caminhada da RCC e do EJC, por toda intercessão e por me ajudarem a querer ser uma pessoa melhor. Ao meu orientador e amigo Dr. Arthur César, por todo empenho e disponibilidade em transmitir o exercício de uma Odontologia humana. A minha turma 105, por todas experiências vividas, em especial, aos meus irmãos da faculdade Braz, João Victor, Luiza, Nathalia, Phiscianny, Ricardo e Valeska, por fazerem dessa jornada um caminho prazeroso a se trilhar. Aos professores e funcionários do Departamento de Odontologia, por me permitir um formação acadêmica de qualidade. Aos meus amigos, que, de forma direta ou indireta, me motivaram a seguir os planos de Deus para minha vida. RESUMO Introdução: Os indivíduos com fissuras labiopalatinas completas não apresentam a integridade da sutura palatina mediana, fato que diminui a resistência para a separação dos segmentos maxilares. Objetivo: O objetivo da presente revisão sistemática foi avaliar e comparar os efeitos esqueléticos das expansões rápida da maxila (ERM) e da expansão lenta maxilar (ELM) em pacientes com fissuras labiopalatinas completas. Metodologia: Dois revisores realizaram uma busca eletrônica de forma cega nas seguintes bases de dados: PubMed/Medline, LILACS, Biblioteca Cochrane, Scopus, Science Direct e Google Scholar. As estratégias de busca que foram utilizadas nessas bases de dados contiveram os termos MeSH “palatal expansion technique”, “cleft lip”, e “cleft palate” e/ou seus sinônimos. Primeiramente, os dois examinadores realizaram o levantamento bibliográfico de forma individual e selecionaram os estudos de interesse por meio da leitura do título e resumo dos artigos. As referências de cada artigo selecionado foram pesquisadas manualmente a fim de se obter estudos ainda não abrangidos pela primeira busca. Nos casos em que houve discordância quanto à inclusão ou não de um determinado estudo, os revisores discutiram até se obter um consenso ou um terceiro revisor foi requerido. Os artigos que preencheram os critérios de inclusão foram analisados qualitativamente por meio de uma escala proposta em um estudo prévio. O teste estatístico Kappa foi utilizado para avaliar a concordância interexaminadores em dois momentos: após a seleção dos artigos e a avaliação qualitativa dos estudos finais. Resultados: Um total de 8 estudos foram selecionados. Tanto a ERM quanto a ELM promoveram aumentos significantes da largura da cavidade nasal, da maxila e da fissura alveolar. Apenas a ERM promoveu um aumento significante do volume do palato. A profundidade do palato apresentou uma diminuição não significante após a ERM e ELM. Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre o efeito das duas modalidades da expansão. De maneira geral, os estudos apresentaram baixo a moderado risco de viés. Conclusão: A ERM e a ELM promovem efeitos esqueléticos semelhantes em pacientes com fissuras labiopalatinas completas. A diferença entre as duas modalidades de expansão parece estar relacionada ao tempo de tratamento, considerado maior nos casos tratados com a ELM. Recomenda-se a realização de mais ensaios clínicos randomizados com metodologias semelhantes para subsidiar dados para uma futura meta-análise. Palavras-chave: Técnica de expansão palatina. Fenda labial. Fenda palatina. ABSTRACT Introduction: Complete cleft lip and palate patients do not have the integrity of midpalatal suture and the enlargement of maxillary segments might be facilitated. Objective: The aim of this systematic review was to evaluate and compare the skeletal effects of rapid and slow maxillary expansion in patients with complete cleft lip and palate. Methods: Two reviewers performed a blind electronic search on the following databases: PubMed/Medline, LILACS, Cochrane, Scopus, Science Direct and Google Scholar. The search strategies used in these databases included the MeSH terms "palatal expansion technique", "cleft lip", and "cleft palate" and/or synonyms. Initially, the two examiners performed the search individually and selected the articles by reading the title and the abstract. The references of each selected article were manually searched in order to obtainunfound studies. In cases of disagreement regarding including or not a particular study, a discussion was held by the reviewers in order to reach a consensus or a third reviewer was required. Studies that met the inclusion criteria were qualitatively analyzed by means of a scale. The Kappa statistical test was used to evaluate inter-examiner agreement in two periods: after the selection of the articles and the qualitative analysis of the final studies. Results: Eight studies were selected. Both RME and SME promoted significant increases of nasal cavity width, maxillary width and alveolar width. Only RME promoted a significant increase of palatal volume. The palatal depth showed a non- significant decrease after RME and SME. No statistically significant differences were found between the changes of both expansion modalities. In general, the studies showed low to moderate risk of bias. Conclusion: Both RME and SME promoted similar skeletal effects in patients with complete cleft lip and palate. The difference between both expansion modalities seems to be related to treatment time, considered greater in cases treated with slow maxillary expansion. Further randomized clinical trials with similar methodologies are recommended in order to subside data to a future meta-analysis. Keywords: Palatal expansion technique. Cleft lip. Cleft palate. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 8 2 MATERIAL E MÉTODOS.................................................................................... 9 3 RESULTADOS............................................................................................. ........ 11 3.1 Efeitos esqueléticos da expansão rápida da maxila...................................... 14 3.1.1 Largura da cavidade nasal................................................................................... 14 3.1.2 Largura da maxila................................................................................................. 15 3.1.3 Largura da fissura alveolar................................................................................... 15 3.1.4 Profundidade e volume do palato........................................................................ 15 3.2. Efeitos esqueléticos da expansão lenta da maxila......................................... 16 3.3 Comparação dos efeitos esqueléticos das expansões rápida e lenta da maxila.................................................................................................................. 16 4 DISCUSSÃO................................................................................................. ....... 17 5 CONCLUSÃO...................................................................................................... 20 REFERÊNCIA............................................................................................... ....... 21 APÊNDICES....................................................................................................... 25 ANEXOS........................................................................................................... ... 28 8 1 INTRODUÇÃO As fissuras labiopalatinas são as anomalias congênitas mais comuns nos seres humanos e ocorrem em função da falta de coalescência entre processos faciais durante a vida intrauterina.1,2 As fissuras labiopalatinas que apresentam as maiores extensões e os piores prognósticos de tratamento são as completas, ou transforame incisivos, as quais envolvem as regiões do lábio, rebordo alveolar, palato duro e palato mole.3 Considerando que as fissuras labiopalatinas completas promovem prejuízos estéticos e funcionais ao recém-nascido, ainda na primeira infância, são realizadas as cirurgias plásticas do lábio e do palato.4 Embora a queiloplastia e a palatoplastia reabilitem o paciente sob o ponto de vista estético-funcional, as cicatrizes fibrosas resultantes dos procedimentos cirúrgicos geram forças de tensão que promovem prejuízos ao crescimento maxilar tanto no sentido anteroposterior quanto transversal.5 Sendo assim, em função das tensões das cicatrizes fibrosas e do próprio defeito ósseo na região do rebordo alveolar e do palato duro, é comum observar uma tendência do arco dentário superior dos pacientes com fissuras labiopalatinas completas se tornar progressivamente mais atrésico, desde a dentição decídua até a dentição permanente.6 Devido à atresia maxilar, más oclusões interarcos transversais, como as mordidas cruzadas posteriores unilaterais ou bilaterais, são bastante prevalentes em pacientes com esses tipos de fissura7. Com o objetivo de melhorar a forma do arco dentário superior, corrigir as más oclusões interarcos transversais e aumentar a largura da fissura para facilitar o procedimento de enxerto ósseo alveolar secundário, comumente se indica a realização de uma expansão maxilar na fase de dentadura mista, antes da irrupção dos caninos permanentes superiores.8 Entretanto, observa-se na literatura uma inconsistência quanto à modalidade de expansão preconizada para tratar a atresia maxilar de pacientes com fissuras labiopalatinas completas. Enquanto alguns estudos sugerem corrigir o estreitamento maxilar por meio da expansão rápida da maxila (ERM),9-13 outros preconizam tratar a atresia da maxila utilizando-se da expansão lenta maxilar (ELM).14 9 Em pacientes sem fissuras labiopalatinas, na fase de dentadura mista ou dentição permanente precoce, os efeitos dentoesqueléticos da expansão rápida e lenta da maxila já são bem documentados. De maneira geral, enquanto a ERM promove uma combinação de efeitos esqueléticos e dentoalveolares provenientes da abertura da sutura palatina mediana, a ELM promove apenas efeitos dentoalveolares.15-18 O mesmo parece não se aplicar para os pacientes com fissuras labiopalatinas completas. Considerando que, mesmo após a palatoplastia, os pacientes com fissuras labiopalatinas completas continuam apresentando um defeito ósseo submucoso que se estende por toda a região do rebordo alveolar e do palato duro, os mesmos não possuem sutura palatina mediana, que é a sutura do crânio que confere maior resistência à expansão.19 Por isso, estudos recentes têm sugerido que a ERM e a ELM apresentam efeitos dentoesqueléticos semelhantes em pacientes com fissuras labiopalatinas completas, consequentes do afastamento dos processos maxilares laterais.20-22 Com a finalidade de elucidar melhor esse tema, o objetivo deste trabalho é realizar uma revisão sistemática para analisar os efeitos esqueléticos das expansões rápida e lenta da maxila em pacientes com fissuras labiopalatinas completas. 2 MATERIAL E MÉTODOS A presente revisão sistemática foi desenvolvida com base nas diretrizes e recomendações do PRISMA23 e envolveu artigos científicos publicados até o mês de maio de 2019. Os critérios de inclusão que foram considerados para selecionar os estudos desta revisão sistemática foram: artigos científicos escritos em língua inglesa, espanhola e portuguesa, sem restrição de ano de publicação, descrevendo estudos do tipo ensaios clínicos randomizados, estudos prospectivos não randomizados e estudos retrospectivos. Os pacientes deveriam apresentar fissuras labiopalatinas completas unilaterais ou bilaterais, deveriam estar na fase de dentição decídua, dentadura mista ou dentição permanente precoce, deveriam ter sido submetidos à expansão rápida ou lenta da maxila, e os efeitos esqueléticos da expansão rápida ou lenta da maxila deveriam ser analisados nos estudos por meio de medições em telerradiografias em norma lateral, telerradiografias em norma frontal, radiografias 10 oclusais, tomografias computadorizadas de feixe cônico e/ou modelos dentários digitais. Os critérios de exclusão foram artigos envolvendo pacientescom craniossinostose, pacientes que não realizaram queilopastia e palatoplastia na primeira infância, pacientes com histórico de tratamento ortodôntico, ortopédico ou ortodôntico-cirúrgico prévio à ERM ou ELM, artigos em que a expansão rápida da maxila ou a expansão lenta maxilar foi associada a outras modalidades de tratamento, estudos em que os pacientes foram tratados com expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente e artigos do tipo relato de caso clínico, série de casos, opinião de experts, revisão de literatura e estudos experimentais com elementos finitos ou em animais. Uma busca eletrônica foi realizada com o auxílio de uma bibliotecária especializada em levantamento bibliográfico nas seguintes bases de dados da área de Ciências da Saúde: PubMed/Medline, Biblioteca Cochrane, Scopus, Science Direct, LILACS e Google Scholar. Em todas essas bases de dados, foi utilizada a seguinte estratégia de busca: (“palatal expansion technique” or “expansion technique, palatal” or “expansion techniques, palatal” or “maxillary expansion”) and (“cleft lip” or “cleft palate”). Dois revisores (JPDS e VCBS) realizaram o levantamento dos estudos da literatura de forma cega, de acordo com o PICO (Patients, Interventions, Comparison e Outcomes). Inicialmente, cada um dos examinadores selecionou os estudos por meio da leitura do título e do resumo dos artigos, em cada uma das bases de dados. Em seguida, as referências de cada artigo selecionado foram pesquisadas manualmente na tentativa de se obter artigos ainda não encontrados na primeira fase de levantamento bibliográfico. Nessas fases, quando houve inconsistências entre os revisores quanto a inclusão ou não dos artigos científicos na revisão sistemática, os revisores discutiram entre si, afim de se chegar a um consenso. Quando o consenso não foi obtido, um terceiro revisor foi requerido (ACMA). Os artigos selecionados foram lidos na íntegra e aqueles que atenderam aos critérios de inclusão foram analisados individualmente por meio de uma escala de avaliação qualitativa proposta em um estudo prévio24 (Tabela 1). O teste Kappa foi realizado para avaliar a concordância interexaminadores na fase de seleção dos artigos e na etapa de avaliação qualitativa dos estudos selecionados. 11 Tabela 1. Escala de avaliação qualitativa. 3 RESULTADOS Um total de 1723 artigos foram encontrados por meio da busca eletrônica. Após a análise do título e do resumo, esse número reduziu para cinquenta e sete. Tendo-se removido os artigos duplicados encontrados, o número de estudos diminuiu para 23. Nenhum estudo adicional foi encontrado após a realização da pesquisa manual nas referências dos artigos encontrados. Os textos completos foram analisados de acordo com os critérios de inclusão e de exclusão, resultando em 8 artigos qualificados para a análise final. O fluxograma ilustra o processo de seleção dos artigos (Figura 1). O teste Kappa foi realizado na fase de seleção dos artigos e mostrou uma concordância interexaminadores quase perfeita de 0,857.25 Componentes Classificação Pontos Definição Viés de seleção 1. Randomização Adequado 1,0 Randomização e método de randomização corretamente descritos Inadequado 0,5 Descrição incompleta do método de randomização Nenhum 0 Sem descrição do método de randomização 2. Ocultação da alocação Adequado 1,0 Descrição correta da ocultação da alocação Inadequado 0,5 Descrição incompleta da ocultação da alocação Nenhum 0 Sem descrição da ocultação da alocação Viés de desempenho 3. Cegamento dos participantes e operadores Adequado 1,0 Cegamento dos participantes e dos operadores descrito corretamente com efetividade do cegamento Inadequado 0,5 Descrição incompleta do cegamento dos participantes e dos operadores Nenhum 0 Sem descrição do cegamento dos participantes e dos operadores Viés de detecção 4. Cegamento na análise Adequado 1,0 Cegamento da análise das variáveis descrito por meio de medidas ou estatística e eficácia do cegamento Inadequado 0,5 Descrição incompleta do cegamento da análise das variáveis Nenhum 0 Sem descrição do cegamento da análise das variáveis Viés de atrito 5. Dados dos resultados incompletes Explicado 1,0 Perdas de seguimento descritas com explicação e descrição de dados completos ou incompletos recuperados Não explicado 0,5 Descrição das perdas de seguimento sem explicação ou descrição incompleta dos resultados recuperados Nenhum 0 Ausência de descrição de perdas de seguimento ou dos resultados recuperados Viés de descrição 6. Descrição da seleção Adequado 1,0 Descrição da seleção das variáveis de desfecho primário Inadequado 0,5 Informação insuficiente para julgar Nenhum 0 Sem descrição das variáveis de desfecho primário Outros tipos de viés 7. Critérios de inclusão dos participantes Adequado 1,0 Critérios de inclusão/exclusão descritos Inadequado 0,5 Sem descrição dos critérios de inclusão/exclusão, mas com a seleção realizada pelo menos pela idade e pelo diagnóstico de enurese Nenhum 0 Sem descrição dos critérios de seleção 8. Presença de grupo controle Sim 1,0 Presença de grupo controle Não 0 Ausência de grupo controle 9. Teste estatístico Adequado 1,0 Teste estatístico descrito por completo e adequado Inadequado 0,5 Teste estatístico sem descrição completa ou inadequado Nenhum 0 Sem aplicação de teste estatístico 10. Risco de viés e limitação do experimento Totalmente 1,0 Descrição do potencial de viés e limitação do experimento reconhecendo- as Parcialmente 0,5 Descrição do potencial de viés e limitação do experimento sem as reconhecer Nenhum 0 Sem descrição do potencial de viés ou limitação do estudo 12 Figura 1. Fluxograma adaptado do PRISMA statement for systematic reviews. As características metodológicas dos artigos selecionados, tais como autores, ano de publicação, tipo de estudo, tamanho da amostra, grupos estudados, fase de desenvolvimento oclusal, tipo de expansão, tipo de aparelho, quantidade de expansão, tempo de acompanhamento, tipo de fissura labiopalatina, métodos de avaliação dos efeitos dentoesqueléticos e variáveis estudadas foram resumidas na Tabela 2. As pontuações obtidas após a análise qualitativa dos estudos estão descritas na Tabela 3. O teste Kappa foi realizado na fase de avaliação da qualidade metodológica dos estudos e mostrou uma concordância interexaminadores quase perfeita de 0,941.25 13 Tabela 2. Características metodológicas dos estudos selecionados. Tabela 3. Escala de avaliação qualitativa. Autor Ano de publicação Tipo de estudo Tamanho amostral Grupos estudados Fase de desenvolvimento oclusal Procedimento de expansão Aparelho Quantidade de expansão Tempo de acompanhamento Tipo de fissura labiopalatina Método de avaliação Variáveis estudadas Lanes et al 2013 Prospectivo 32 pacientes 2 grupos experimentais Dentadura mista Expansão rápida da maxila Expansor do tipo Haas e do tipo Haas modificado 2/4 de volta por dia até obter a sobrecorreção de 2 a 3 mm Até o termino do período ativo de expansão Fissura labiopalatina completa Telerradiografia em norma frontal Largura da cavidade nasal Figueiredo et al 2014 Prospectivo 30 pacientes 3 grupos experimentais Dentadura mista Expansão rápida da maxila Expansor do tipo Hyrax, com abertura em leque e Mini- hyrax invertido 2/4 de volta por dia até obter a sobrecorreção 3 meses Fissura labiopalatina completa unilateral Tomografia computadorizada de feixe cônico Largura da cavidade nasal e da maxila (ao nível dos primeiros pré-molares e dos primeiros molares permanentes) Alves et al 2015 Ensaio clínico randomizado 50 pacientes 2 grupos experimentais Dentadura mista Expansão rápidae expansão lenta da maxila Expansor do tipo Hyrax e quadri-hélice Quadri-hélice- 6mm por mês (3mm por lado da arcada) durante 4 a 21 meses e Hyrax- 2/4 de volta pela manhã e 2/4 de volta a tarde durante 7 a 14 dias. 7,2 meses para a expansão rápida e 11 meses para a expansão lenta Fissura labiopalatina completa bilateral Modelos dentários digitais Profundidade do palato Almeida et al 2016 Ensaio clínico randomizado 46 pacientes 2 grupos experimentais Dentadura mista Expansão rápida e expansão lenta da maxila Expansor do tipo Haas, do tipo Hyrax e quadri-hélice Quadri-hélice- 6mm( 3mm por lado) em intervalos de 2 meses- de 4 a 21 meses. Hyrax ou Haas- 1 volta completa por dia(0,08mm)-7 a 11 dias. 7,2 meses para a expansão rápida e 11 meses para a expansão lenta Fissura labiopalatina completa bilateral Tomografia computadorizada de feixe cônico Largura da cavidade nasal, da maxila e da fissura alveolar (ao nível dos primeiros pré- molares e dos primeiros molares permanentes) Ayub et al 2016 Prospectivo 52 pacientes 1 grupo experimental e 1 grupo controle Dentadura mista Expansão rápida da maxila Expansor do tipo Haas Ativação de 1 volta por dia 6 meses Fissura labiopalatina unilateral completa. Modelos dentários digitais Profundidade e volume do palato Figueiredo et al 2016 Ensaio clínico randomizado 20 pacientes 2 grupos experimentais Dentadura mista e dentição permanente precoce Expansão rápida da maxila Expansor do tipo Hyrax modificado e Mini-hyrax invertido 2 voltas por dia- até a ponta da cúspide lingual dos superiores tocar a ponta da cúspide vestibular dos inferiores. 3 meses Fissura labiopalatina completa unilateral Tomografia computadorizada de feixe cônico Largura da cavidade nasal e da maxila (ao nível dos primeiros pré-molares e dos primeiros molares permanentes) Garib et al 2016 Prospectivo 50 pacientes 1 grupo experimental e 1 grupo controle Dentadura mista Expansão rápida da maxila Expansor com abertura diferencial e expansor do tipo Hyrax Ativação de 1 volta por dia 6 meses Fissura labiopalatina bilateral completa. Tomografia computadorizada de feixe cônico e modelos dentários digitais Largura da cavidade nasal e da maxila e da fissura alveolar (ao nível dos primeiros pré-molares e dos primeiros molares permanentes) e profundidade do palato Mordente et al 2016 Prospectivo 40 pacientes 4 grupos experimentais Dentadura mista e dentição permanente precoce Expansão rápida da maxila Expansor do tipo Hyrax, com abertura em leque e Mini- Hyrax invertido 2/4 de volta por dia até obter a sobrecorreção 3 meses Fissura labiopalatina completa unilateral Tomografia computadorizada de feixe cônico e modelos dentários digitais Largura da maxila (ao nível dos primeiros pré-molares e primeiros molares permanentes) Artigo Randomização Ocultação da alocação Cegamento dos participantes e operadores Cegamento na análise Dados dos resultados incompletos Descrição da seleção Critérios de inclusão dos participantes Presença de grupo controle Teste estatístico Risco de viés e limitação do experimento Tot al Qualidade de pesquisa ou solidez metodológica Garib et al, 2016 0 0 0 1 0,5 0 1 1 1 1 5,5 Moderado Ayub et al, 2016 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 6 Alto Mordente et al, 2015 0 0 0 0,5 1 1 1 0 0,5 1 5 Moderado Almeida et al, 2016 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 8 Alto Lanes et al, 2013 0 0 0 0 1 1 0,5 0 1 0 3,5 Baixo Figueiredo et al, 2016 1 0 0 1 1 1 1 0 1 0 6 Alto Alves et al, 2015 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 8 Alto Figueiredo et al, 2014 0 0 0 1 1 1 1 0 1 1 6 Alto Qualidade de pesquisa ou solidez metodológica: Alto, > 6 pontos; Moderado, 4 a 6 pontos; Baixo, <4 pontos. 14 Os resultados dos estudos selecionados foram descritos nos tópicos abaixo com finalidade didática. 3.1 EFEITOS ESQUELÉTICOS DA EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA Os efeitos esqueléticos da expansão rápida da maxila que foram avaliados nos estudos selecionados consistiram nas alterações da largura da cavidade nasal11- 13,22,26, largura da maxila11,12,13,22, largura da fissura palatina13,22, profundidade do palato13,21,27 e volume do palato27. 3.1.1 LARGURA DA CAVIDADE NASAL A largura da cavidade nasal foi avaliada no período pré-expansão, imediatamente após o término do período ativo, 3 meses e de 4 a 6 meses após a ERM. Quando avaliado imediatamente após o término do período ativo, observou-se um aumento médio de 1,66 mm na largura da cavidade nasal de pacientes com fissuras labiopalatinas completas unilaterais e bilaterais tratados com o expansor do tipo Haas com parafuso limitador posterior.26 Por outro lado, os indivíduos submetidos a ERM com o expansor Haas convencional apresentaram um aumento maior de 1,79 mm.26 Quando a avaliação foi realizada 3 meses após a ERM, em pacientes com fissuras labiopalatinas completas unilaterais, foi possível observar aumentos médios da largura da cavidade nasal de 0,60 mm com o expansor Mini-Hyrax invertido, de 1,59 mm com o expansor Hyrax, 1,82 mm com o expansor com abertura em leque e 2,18 mm com o expansor iMini, quando as medições foram realizadas na região dos primeiros pré-molares.11,12 Na região dos primeiros molares permanentes, os aumentos foram maiores, da ordem de 0,98 mm com o expansor Mini-Hyrax invertido, de 1,87 mm com o expansor Hyrax, de 1,51 mm com o expansor com abertura em leque e 2,74 mm com o expansor iMini.11,12 Por fim, quando a avaliação foi realizada de 4 a 6 meses após a ERM, em pacientes com fissuras labiopalatinas completas bialterais, observou-se aumentos da largura da cavidade nasal de 1,13 mm com o expansor Hyrax e de 1,87 mm com o expansor diferencial, na região dos primeiros pré-molares.13,22 Na região dos 15 primeiros molares permanentes, os aumentos foram de 1,08 mm com o expansor Hyrax e de 1,99 mm com o expansor com abertura diferencial.13,22 3.1.2 LARGURA DA MAXILA Os estudos selecionados avaliaram as alterações na largura da maxila em dois momentos: 3 meses e de 4 a 6 meses após a expansão rápida da maxila. Quando avaliadas 3 meses pós-expansão em pacientes com fissuras labiopalatians completas unilaterais, observou-se aumentos significativos da largura da maxila na região dos primeiros pré-molares de 3,28 mm com o expansor Mini-Hyrax invertido, de 3,85 a 4,67 mm com o expansor Hyrax, de 4,33 a 5,70 mm com o expansor com abertura em leque, e de 3,42 a 4,68 mm com o expansor iMini.11,12,28 Na região dos primeiros molares permanentes, os aumentos foram menores e variaram de 0,31 mm com o expansor Mini-Hyrax invertido, de 4,34 a 4,68 mm com o expansor Hyrax, de 2,10 a 2,77 mm com o expansor com abertura em leque, e de 5,18 a 5,32 mm com o expansor iMini.11,12,28 Quando a avaliação foi realizada de 4 a 6 meses após a ERM, em pacientes com fissuras labiopalatinas completas bilaterais, observou-se aumentos da largura da maxila na região de primeiros pré-molares de 1,44 mm com o expansor com abertura diferencial e de 1,55 mm com o expansor Hyrax.13,22 Na região dos primeiros molares permanentes, os aumentos foram de 1,31 mm com o expansor com abertura diferencial e 1,59 mm com o expansor Hyrax.13,22 3.1.3 LARGURA DA FISSURA ALVEOLAR As avaliações realizadas em pacientes com fissuras labiopalatinas completas bilaterais, de 4 a 6 meses após a expansão rápida da maxila permitiram observar um aumento da largura da fissura alveolar de 1,24 mm com o expansor Hyrax e 2,17 mm com o expansor com abertura diferencial, na região de primeiros pré-molares. Na região dos primeiros molares permanentes, os aumentos foram de 1,13 mm com o expansor Hyrax e 1,95 mm com o expansor com abertura diferencial.13,22 3.1.4 PROFUNDIDADE E VOLUME DO PALATO 16 As avaliações realizadas de 4a 6 meses após a expansão rápida da maxila mostraram diminuições da profundidade do palato de 0,46 mm com o expansor Haas em pacientes com fissuras labiopalatinas completas unilaterais, e diminuições de 0,95 a 1,42 mm com o expansor Hyrax e de 1,66 mm com o expansor com abertura diferencial, em pacientes com fissuras labiopalatinas completas bilaterais.13,21,27 Adicionalmente, um aumento de 847,23 mm3 foi observado no volume do palato de pacientes com fissuras labiopalatinas completas unilaterais submetidos a ERM com um expansor do tipo Haas.27 3.2 EFEITOS ESQUELÉTICOS DA EXPANSÃO LENTA DA MAXILA Os efeitos esqueléticos da expansão lenta da maxila que foram avaliados nos estudos selecionados consistiram nas alterações da largura da cavidade nasal22, largura da maxila22, largura da fissura alveolar22 e profundidade do palato21. Quando a avaliação foi realizada de 4 a 6 meses após a ELM com o expansor quadri-hélice, em pacientes com fissuras labiopalatinas completas bilaterais, observou-se que a largura da cavidade nasal aumentou 1,38 mm na região dos primeiros pré-molares e 1,68 mm na região dos primeiros molares; que a largura da maxila aumentou 1,84 mm na região dos primeiros pré-molares e 1,89 mm na região dos primeiros molares; que a largura da fissura alveolar aumentou 1,40 mm na região dos primeiros pré-molares e 1,14 mm na região dos primeiros molares; e, por fim, que a profundidade do palato diminuiu 0,65 mm.21,22 3.3 COMPARAÇÃO DOS EFEITOS ESQUELÉTICOS DAS EXPANSÕES RÁPIDA E LENTA DA MAXILA Os efeitos esqueléticos das expansões rápida e lenta da maxila foram comparados em dois estudos, os quais avaliaram as alterações imediatamente após o término do período ativo da expansão e de 4 a 6 meses após a ERM e ELM, em pacientes com fissuras labiopalatinas completas bilaterais.21,22 Em todos os estudos, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre as alterações promovidas pela ERM e pela ELM na largura da cavidade nasal, da maxila, da fissura alveolar e na profundidade do palato.21,22 17 Entretanto, observou-se que a ELM apresentou um tempo de tratamento significantemente maior do que a ERM.21,22 4 DISCUSSÃO Os estudos avaliados na presente revisão sistemática foram publicados nos últimos seis anos. Sendo assim, é possível afirmar que o tema investigado é considerado atual e relevante. Dos artigos selecionados, três eram ensaios clínicos randomizados12,21,22, considerados os estudos clínicos em humanos com maior evidência científica, uma vez que devem ser delineados e desenvolvidos com base nas rígidas normas e diretrizes do CONSORT (Consolidated Standards of Reporting Trials).29 A tendência dos ensaios clínicos randomizados apresentarem maior qualidade metodológica em relação aos estudos prospectivos não randomizados e os estudos retrospectivos foi comprovada na presente revisão sistemática. Observou-se que os estudos de Alves et al. (2017)21, Almeida et al. (2016)22 e Figueiredo et al. (2016)12 apresentaram escores que variaram de 6 a 8, qualificando esses estudos como sendo de baixo risco de viés e de maior confiabilidade (Tabela 3). As falhas metodológicas mais encontradas nos ensaios clínicos randomizados selecionados neste estudo foram a falta de ocultação na alocação, a ausência de cegamento dos participantes e operadores, a inexistência de grupo controle e a não descrição das limitações do estudo (Tabela 3). De maneira geral, a falta de ocultação na alocação dos participantes nos grupos de estudo aumenta o risco de viés de seleção, que consiste na indução de um resultado por meio da distribuição intencional dos pacientes com as melhores condições de saúde para a intervenção de preferência.30 Nesses casos, os efeitos observados na amostra do estudo podem não representar os efeitos encontrados na população, uma vez que a seleção dos pacientes que receberam cada tipo de aparelho não foi realizada ao acaso. Embora o cegamento do operador e do participante seja comum nos estudos médicos envolvendo a ação de fármacos, ela é impossível de ser realizada em pesquisas experimentais na área de Ortodontia, uma vez que tanto o pesquisador quanto o paciente inevitavelmente têm acesso ao tipo de aparelho que está sendo instalado. Dada a impossibilidade de se realizar o duplo-cegamento, é possível afirmar que os escores dos estudos avaliados na presente revisão sistemática estão 18 superestimados. Desconsiderando-se esse critério, o estudo de Garib et al. (2016)13 mudaria sua qualificação de moderado para alto (Tabela 3). Apenas dois dos estudos selecionados apresentaram grupos controles.13,27 Em um deles, o grupo controle era constituído de pacientes sem fissuras labiopalatinas tratados com ERM utilizando-se o expansor Hyrax27, e, no outro, era composto de pacientes com fissuras labiopalatinas completas bilaterais tratados com ERM utilizando-se o mesmo tipo de aparelho13. Idealmente, todos os estudos avaliados nesta revisão sistemática deveriam apresentar um grupo controle composto de pacientes com fissuras labiopalatinas não tratados, a fim de quantificar o real efeito dessas intervenções em indivíduos com fissura. Em função da falta de integridade da sutura palatina mediana e da menor resistência para o aumento transversal superior, espera-se que os pacientes com fissuras labiopalatinas completas apresentem maiores efeitos esqueléticos e menores efeitos dentoalveolares, quando comparado com os pacientes sem fissuras.22 Os métodos de avaliação utilizados para quantificar os efeitos esqueléticos da ERM e da ELM nos estudos foram as medições em modelos digitais13,21,27,28, em telerradiografias em norma frontal26 e em tomografias computadorizadas11-13,22,28. A medição da profundidade do palato nos modelos digitais apresenta a limitação de ser influenciada pela extrusão dos dentes de ancoragem, considerado um dos efeitos dentoalveolares imediatos da ERM e da ELM21. Adicionalmente, as medições nas telerradiografias em norma frontal também podem apresentar baixa reprodutibilidade em virtude da sobreposição radiográfica de estruturas anatômicas, o qual pode dificultar a demarcação dos pontos.26 Mais especificamente em relação aos efeitos esqueléticos da ERM e ELM, observou-se que os estudos encontraram aumentos da largura da cavidade nasal que variaram de 1,68 mm com o expansor lento quadrihélice22 a 2,18 mm com o expansor rápido iMini12. Os aumentos da largura maxilar variaram de 1,89 mm com o expansor lento quadri-hélice22, a valores maiores, da ordem de 5,70 mm, com o expansor rápido com abertura em leque28. A largura da fissura alveolar aumentou de 1,40 mm com o expansor lento quadri-hélice22 a 2,17 mm com o expansor rápido com abertura diferencial13. Por fim, o volume do palato aumentou em 847,23mm3 com o expansor rápido do tipo Haas27. De maneira geral, essas alterações encontradas foram estatisticamente significantes e clinicamente relevantes. O mesmo não se aplica para a variável profundidade do palato, em que os valores 19 variaram de -0,65 mm com o expansor lento quadrihélice21 a -1,66 mm com o expansor rápido com abertura diferencial13, e não se mostraram clinicamente relevantes. Embora a expansão lenta da maxila apresente efeitos quase que exclusivamente dentoalveolares em pacientes sem fissuras labiopalatinas que se encontram na fase de dentadura mista21, observou-se na presente revisão sistemática que ambas as modalidades de expansão promovem efeitos esqueléticos semelhantes em pacientes no mesmo estágio de desenvolvimento oclusal, porém com fissuras labiopalatinas completas. A equivalência dos efeitos da ERM e da ELM em pacientes com fissuras labiopalatinas completas se dá em função da ausência da integridade da sutura palatina mediana, considerada um importante fator de resistência à expansão. Na ausência dessa estruturaanatômica, muito facilmente os segmentos laterais da maxila se separam no paciente fissurado.22 Entretanto, é importante ressaltar que, embora os efeitos esqueléticos entre as duas modalidades de expansão sejam semelhantes, há diferenças significantes no que diz respeito ao tempo de tratamento. De maneira geral, o tempo total de tratamento com o expansor rápido da maxila tende a ser menor, em função dessa modalidade de expansão apresentar uma fase ativa de expansão mais rápida.21 De maneira geral, o rápido protocolo de ativação do parafuso expansor permite realizar uma sobreexpansão em um período que pode variar de 7 a 14 dias.21 A ELM apresenta um período ativo de expansão maior, haja visto que ativações de 3 mm são realizadas a cada 2 meses, em função da liberação da força acontecer de forma mais lenta com esses aparelhos.21 Adicionalmente, o expansor rápido também dispõe de vantagens operacionais, já que este tem uma ativação mais fácil, por não precisar fazer a sua remoção para realizar sua ativação fora da cavidade oral, quando comparado com os expansores lentos fixos. Ainda que o quadri-hélice disponha da vantagem de realizar uma ativação diferencial entre a região anterior e a região posterior da arcada dentária, este efeito também pode ser obtido por meio do expansor com abertura diferencial.13 Entretanto, quando comparado com os aparelhos de expansão rápida, o quadri-hélice possui um baixo custo, fato que o torna mais viável economicamente, em especial, para o serviço público de saúde.20,31 É importante salientar que os resultados alcançados só podem ser generalizados para os pacientes com fissuras labiopalatinas completas. Resultados 20 diferentes devem ser esperados para pacientes com fissuras envolvendo lábio e rebordo alveolar ou fissuras apenas na região do palato, devido, nesses casos, existir a integridade da sutura palatina mediana e da sutura intermaxilar, respectivamente. 5 CONCLUSÃO De acordo com as evidências científicas atuais, é possível afirmar que a expansão rápida e a expansão lenta da maxila promovem efeitos esqueléticos semelhantes em pacientes com fissuras labiopalatinas completas tratados na fase de dentadura mista ou na dentição permanente precoce. A única diferença entre as duas modalidades de expansão parece estar relacionada ao tempo de tratamento, considerado maior nos casos tratados com a ELM. Recomenda-se a realização de mais ensaios clínicos randomizados com metodologias semelhantes com o objetivo de subsidiar dados para uma futura meta-análise a respeito do tema investigado. 21 REFERÊNCIAS 1. Rosa AC; Serra CG. Fissura Orofaciais: revisão de literatura. 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Bucci R, D’Antò V, Rongo R, Valletta R, Martina R, Michelotti A. Dental and skeletal effects of palatal expansion techniques: a systematic review of the current evidence from systematic reviews and meta-analyses. J Oral Rehabil. 2016; 43(7):543-564. 19. Rune B, Karl-Victor S, Göran S, Sten J. Movement of maxillary segments after expansion and/or secondary bone grafting in cleft lip and palate: a roentgen stereophotogrammetric study with the aid of metallic implants. Am J. Orthod. 1980; 77:643-653. 20. Vasant MR, Menon S, Kannan S. Maxillary Expansion in Cleft Lip and Palate using Quad Helix and Rapid Palatal Expansion Screw. Armed Forces Med. J. 2009; 65(2):150-153. 21. Alves ACM, Garib DG, Janson G, de Almeida AM, Calil LR. Analysis of the dentoalveolar effects of slow and rapid maxillary expansion in complete bilateralcleft lip and palate patients: a randomized clinical trial. Clin Oral Invest. 2015;20(7):1837- 47. 22. De Almeida AM, Ozawa TO, Alves ACM, Janson G, Lauris JRP, Ioshida MSY et al. Slow versus rapid maxillary expansion in bilateral cleft lip and palate: a CBCT randomized clinical trial. Clin Oral Investig. 2016; 21(5):1789-1799. 23. Moher D, Shamseer L, Clarke M, Ghersi D, Liberati A, Petticrew M et al. Preferred reporting items for systematic review and meta-analysis protocols (PRISMA-P) 2015 statement. Syst Rev. 2015; 4:1-9. 24. Alves ACM, Maranhão OBV, Janson G, Garib DG. Mandibular dental arch short and long-term spontaneous dentoalveolar changes after slow or rapid maxillary expansion? A systematic review. Dental Press J Orthod. 2017; 22(3):55-63. 25. Landis J, Koch GG. The measurement of observer agreement for categorical data. 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VALESKA CRISTINA BULHÕES DE SOUZA Aluna de Graduação, Departamento de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. AMANDA FÉLIX GONÇALVES TOMAZ Cirurgiã-dentista, aluna de Mestrado em Saúde Coletiva, Departamento de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. HALLISSA SIMPLÍCIO GOMES PEREIRA Cirurgiã-dentista, mestre, doutora, professora adjunta de Ortodontia, Departamento de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. SERGEI GODEIRO FERNANDES RABELO CALDAS Cirurgião-dentista, mestre, doutor, professor adjunto de Ortodontia do Departamento de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. 26 ARTHUR CÉSAR DE MEDEIROS ALVES Cirurgião-dentista, mestre, doutor, professor adjunto de Ortodontia do Departamento de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Autor correspondente Prof. Dr. Arthur César de Medeiros Alves. Av. Sen. Salgado Filho, 1787 - Lagoa Nova, Natal/ RN, 59056-000. (+55 84) 99606-9657. arthurcesar_88@hotmail.com. RESUMO Introdução: Estudos recentes têm sugerido que a expansão rápida (ERM) e a expansão lenta da maxila (ELM) apresentam efeitos esqueléticos semelhantes em indivíduos com fissuras labiopalatinas completas, em função desses pacientes não possuírem a integridade da sutura palatina mediana. Objetivo: O objetivo da presente revisão sistemática foi avaliar e comparar os efeitos esqueléticos das expansões rápida e lenta da maxila em pacientes com fissuras labiopalatinas completas. Metodologia: Dois revisores realizaram uma busca eletrônica de forma cega nas seguintes bases de dados: PubMed/Medline, LILACS, Biblioteca Cochrane, Scopus, Science Direct e Google Scholar. As estratégias de busca que foram utilizadas nessas bases de dados contiveram os termos MeSH “palatal expansion technique”, “cleft lip”, e “cleft palate” e/ou seus sinônimos. No primeiro momento, os dois examinadores realizaram o levantamento bibliográfico de forma individual e selecionaram os estudos por meio da leitura do título e resumo dos artigos. As referências de cada artigo selecionado foram pesquisadas manualmente a fim de se obter estudos ainda não abrangidos pela primeira busca. Nos casos em que houve discordância quanto à inclusão ou não de um determinado estudo, os revisores discutiram até se obter um consenso ou um terceiro revisor foi requerido. Os artigos que preencheram os critérios de inclusão foram analisados qualitativamente por meio de uma escala proposta em um estudo prévio. O teste estatístico Kappa foi utilizado para avaliar a concordância interexaminadores em 27 dois momentos: após a seleção dos artigos e a avaliação qualitativa dos estudos finais. Resultados: Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre o efeito das duas modalidades da expansão. De maneira geral, os estudos apresentaram baixo a moderado risco de viés. Conclusão: A ERM e a ELM promovem efeitos esqueléticos semelhantes em pacientes com fissuras labiopalatinas completas. A única diferença entre as duas modalidades de expansão parece estar relacionada ao tempo de tratamento, considerado maior nos casos tratados com a expansão lenta da maxila. Recomenda-se a realização de mais ensaios clínicos randomizados com metodologias semelhantes com o objetivo de subsidiar dados para uma futura meta-análise a respeito do tema investigado. Palavras-chave: Técnica de expansão palatina. Fenda labial. Fenda palatina. 28 ANEXO A - ATRIBUIÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS Uma vez publicado o artigo, os autores abaixo assinados cedem todos os direitos autorais do manuscrito “EFEITOS ESQUELÉTICOS DA EXPANSÃO RÁPIDA E LENTA DA MAXILA EM PACIENTES COM FISSURAS LABIOPALATINAS COMPLETAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA” à Dental Press International. Os autores abaixo assinados garantem que este é um artigo original e que não infringe direitos autorais ou outros direitos de propriedade de terceiros, não está sob consideração para publicação em outra revista e não foi publicado anteriormente, seja impresso ou eletronicamente. Nós assinamos esta declaração e aceitamos total responsabilidade pela publicação do artigo supracitado. __________________________________________ João Pedro Dantas Silva – UFRN __________________________________________ Valeska Cristina Bulhões de Souza – UFRN __________________________________________ Amanda Félix Gonçalves Tomaz – UFRN __________________________________________ Profª. Drª. Hallissa Gomes Pereira Simplício – UFRN __________________________________________ Prof. Dr. Sergei Godeiro Fernandes Rabelo Caldas – UFRN __________________________________________ Prof. Dr. Arthur César de Medeiros Alves – UFRN 29 ANEXO B - NORMAS DA REVISTA DENTAL PRESS JOURNAL OF ORTHODONTICS Purposes and polices Phases for Publishing theArticles One of the main purposes of Dental Press Journal is to preserve the idoneity of the published articles, being valorized by the Dentistry class. Therefore, all the articles received by Dental Press are submitted to the following process: 1) The manuscript is submitted via the online system ScholarOne Manuscripts: https://mc04.manuscriptcentral.com/dpjo- scielo" 2) The editor selects 3 professionals, among all the consultants and co-workers of the journal, in order to evaluate the article. In order to evaluate the article. In this phase the "double blind" system is used, i.e., the names of the authors are omitted on purpose so that the analysis of the study is not influenced, and the authors, although informed on the current method, do not know who is responsible for evaluating their work. 3) Enclosed to the article, each consultant receives a questionnaire, which will allow him to make observations and determine if the article will be published or not. When sending the article and the filled questionnaire, each consultant chooses if wants or not to revise the article once more. Before the author´s corrects the article, the editor will analyze the corrections requested by the consultants. 4) The article will be selected for publishing only if both consultants approve it. If one of them refuses it, the article will be sent to a third consultant. 5) After the article has been approved by the consultants and the editor, it will be submitted to the correction of the references according to the Vancouver norms. 6) Professionals in charge of performing the desktop publishing make the article suitable for the graphic criteria of the Journal. 7) Properly diagrammed and revised, the article is sent to the Scientific Board of the Journal to be reviewed, observing the arrangement of the pictures, plots, text, abstracts, keywords, and other components. 8) Finally, the article is sent to the author who will make the last considerations. Only during this phase of the process, the authors are informed on the edition in which his article will be published. 9) The articles and other materials of each edition are brought together, forming the "sketch" of the issue that is revised page by page, picture by picture, letter by letter by the magazine's art editor who assumes the role of "Ombudsman". https://mc04.manuscriptcentral.com/dpjo-scielo https://mc04.manuscriptcentral.com/dpjo-scielo 30 10) Only after performing the last corrections in the "sketch", the graphic and printing phases are properly initiated. Flux gram of the articles for publishing 1) Article is submitted through the online manuscript submission system. 2) The editor analyzes the article. 3) The article is sent to the consultants. 4) The consultants analyzes the article. 5) If the article is refused, it is sent to a third consultant. 6) The editor analyzes the correction requested by the consultants. 7) The revised article is sent to the authors (if corrections are necessary). 8) The article is sent to the consultants once more (if they require). 9) After the final manuscript is approved by the editor, it is pre-selected for publishing. 10) The article is submitted to both the references correction and normalization. 11) The article is diagrammed according to the criteria of the journal. 12) The diagrammed article is reviewed. 13) The article is sent for the author's approval. 14) The edition is defined. 15) A last editorial correction is performed. 16) The graphic production is carried out. Form and preparation of the manuscripts Dental Press Journal of Orthodontics publishes original scientific research, significant reviews, case reports, brief communications and other materials related to orthodontics and facial orthopedics. 1. Title Page - Must comprise the title in English, an abstract and keywords. - Information about the authors must be provided on a separate page, including authors' full names, academic degrees, institutional affiliations and administrative positions. Furthermore, the corresponding author's name, address, phone numbers and e-mail must be provided. This information is not made available to the reviewers. 2. Abstract - Preference is given to structured abstracts in English with 250 words or less. 31 - The structured abstracts must contain the following sections: INTRODUCTION: outlining the objectives of the study; METHODS, describing how the study was conducted; RESULTS, describing the primary results, and CONCLUSIONS, reporting the authors' conclusions based on the results, as well as the clinical implications. - Abstracts in English must be accompanied by 3 to 5 keywords, or descriptors, which must comply with MeSH. 3. Text - The text must be organized in the following sections: Introduction, Materials and Methods, Results, Discussion, Conclusions, References and Illustration legends. - Texts must contain no more than 4,000 words, including captions, abstract and references. - Illustrations and tables must be submitted in separate files (see below). - Insert the legends of illustrations also in the text document to help with the article layout. 4. Illustrations - Digital images must be in JPG or TIF, CMYK or grayscale, at least 7 cm wide and 300 dpi resolution. - Images must be submitted in separate files. - In the event that a given illustration has been published previously, the legend must give full credit to the original source. - The author(s) must ascertain that all illustrations are cited in the text. 5. Graphs and cephalometric tracings - Files containing the original versions of graphs and tracings must be submitted. - It is not recommended that such graphs and tracings be submitted only in bitmap image format (not editable). - Drawings may be improved or redesigned by the journal's production department at the discretion of the Editorial Board. 6. Tables - Tables must be self-explanatory and should supplement, not duplicate the text. - Must be numbered with Arabic numerals in the order they are mentioned in the text. - A brief title must be provided for each table. - In the event that a table has been published previously, a footnote must be included giving credit to the original source. - Tables must be submitted as text files (Word or Excel, for example) and not in graphic format (noneditable image). 7. Copyright Assignment - All manuscripts must be accompanied by the following written statement signed by all authors: "Once the article is published, the undersigned author(s) hereby assign(s) all copyright of the manuscript [insert article title here] to Dental Press International. The undersigned author(s) warrant(s) that this is an original article and that it does not infringe any 32 copyright or other third party proprietary rights, it is not under consideration for publication by another journal and hás not been published previously, be it in print or electronically. I (we) hereby sign this statement and accept full responsibility for the publication of the aforesaid article." - This copyright assignment document must be scanned or otherwise digitized and submitted through the website*, along with the article. 8. Ethics Committees - Articles must, where appropriate, refer to opinions of the Ethics Committees. 9. References - All articles cited in the text must appear in the reference list. - All listed references must be cited in the text. - For the convenience of readers, references must be cited in the text by their numbers only. - References must be identified in the text by superscript Arabic numerals and numbered in the order they are mentioned in the text. - Journal title abbreviations must comply with the standards of the "Index Medicus" and "Index to Dental Literature" publications.- Authors are responsible for reference accuracy, which must include all information necessary for their identification. - References must be listed at the end of the text and conform to the Vancouver Standards (http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html). - The limit of 30 references must not be exceeded. - The following examples should be used: Articles with one to six authors Sterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7. Articles with more than six authors De Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32. Book chapter Kina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301. Book chapter with editor Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2ª ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001. Dissertation, thesis and final term paper http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html 33 Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção. [dissertação]. Bauru: Universidade de São Paulo; 1990. Digital format Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 12 jun 2008]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf. We further emphasize that there is no collection of fees (APC - Article Processing Charge) for submission, assessment or publication of the articles. Submission the manuscripts Dental Press Journal of Orthodontics uses ScholarOne, an online peer review management system, for the submission and evaluation of manuscripts. To submit manuscripts please visit: https://mc04.manuscriptcentral.com/dpjo-scielo. http://www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf https://mc04.manuscriptcentral.com/dpjo-scielo
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