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02/05/2023 1 Bacia hidrográfica do rio Grande 1 Prof. Marcelo Viola marcelo.viola@ufla.br Bacia Hidrográfica Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento - DRS GRH110 - Fundamentos de Hidrologia e Manejo de Bacias Hidrográficas Objetivo • Desenvolver a compreensão da função hidrológica desempenhada pelas bacias hidrográficas e a importância do adequado Manejo de Bacias Hidrográficas. 2 02/05/2023 2 • Definição: • É uma área definida pelo relevo, drenada por uma rede de drenagem que conduz o escoamento superficial até atingir o exutório ou foz da bacia. • Também chamada de: • Bacia de captação • Bacia de drenagem 3 Fonte: http://www.terrainworks.com/watershed-analysis-basin-assessments Bacia Hidrográfica Elementos básicos Divisor de águas Rede de drenagem 02/05/2023 3 5 Bacia hidrográfica do rio da Prata 6 Fonte: Sub-bacia do rio Paraná. (2021, June 10). In Wikipedia. https://pt.wikipedia.org/wi ki/Sub-bacia_do_rio_Paran%C3%A1 02/05/2023 4 Importância • Unidade territorial na qual ocorre a “produção de água superficial” • Possibilita o estabelecimento de um balanço hídrico • É a unidade territorial ideal para a gestão de recursos hídricos, etc. 7 Escoamento Precipitação Grandes bacias hidrográficas mundiais 8 Fonte: Shiklomanov e Rodda, 2003 Rio Continente Área (km² x 10³) Comprimento do curso d’água principal (km) Amazonas América do Sul 6.915 6.280 Congo África 3.680 4.370 Paraná América do Sul 3.100 4.700 Mississippi América do Norte 2.980 3.780 Nilo África 2.870 6.670 Ob Ásia 2.990 3.650 Yenisey Ásia 2.580 3.490 02/05/2023 5 Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) Divisão hidrográfica nacional: Regiões hidrográficas brasileiras 9 Fonte: ANA Inserção do Estado de Minas Gerais 10 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Brasil_Bacias_hidrograficas.svg 02/05/2023 6 Bacias hidrográficas e a gestão de recursos hídricos 11 Comitês estaduais - MG Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) Fonte: IGAM Rio Grande: Comitê interestadual e estaduais 12 Fonte: ANA Comitês interestaduais em Minas Gerais Fonte: ANA Comitês estaduais do rio Grande - Minas Gerais: 8; - São Paulo: 6. 02/05/2023 7 13 Ciclo hidrológico em bacias hidrográficas 02/05/2023 8 Visão integrada de recursos hídricos na bacia hidrográfica Propriedade rural 1 Propriedade rural 2 Propriedade rural 3 Propriedade rural 6Propriedade rural 5Propriedade rural 4 Observe que os impactos sobre os recursos hídricos ocorrentes em uma propriedade rural não ficam limitados às fronteiras dessa propriedade, mas afetam todas as demais propriedades a jusante na bacia hidrográfica. 16 Aquíferos e poços 02/05/2023 9 17 Poço escavado manualmente (poço comum) • Visam explotar água do aquífero livre; • diâmetro > 0,5m e profundidade que geralmente não supera 20 metros; • Nomes regionais: cisterna, cacimba, cacimbão, amazonas, etc. 18 Fonte: http://www.mfrural.com.br/detalhe/pocos-comum-sisterna--259822.aspx 02/05/2023 10 Poço tubular profundo • Visam explotar água de aquíferos confinados; • Pequeno diâmetro (até 18’) e maiores profundidades (até > 300 m); • Não jorrante: há necessidade de bombeamento; • Artesiano ou jorrante: o fluxo ocorre sem a necessidade de bombeamento. 19 Poço artesiano (jorrante): Cristino Castro, Piauí Foto de Danilo Bezerra (03/08/2015) Fonte: http://cidadesnanet.com Fonte: www.ferrarinet.com.br Fonte: www.pocos10.com.br Não jorrante (“semi-artesiano”): Monitoramento hidrológico de bacias hidrográficas Classificação da bacia hidrográfica quanto ao objetivo dos estudos a serem desenvolvidos 20 02/05/2023 11 Bacias representativas: Ex: Bacia hidrográfica representativa da Serrinha, Lavras, MG. Seu monitoramento visa o conhecimento das características hidrológicas deste ambiente fisiográfico específico (obs. Imagem ilustrativa, fonte: Google Earth). 21 São áreas destinadas à experimentação hidrológica. Ex: Bacia hidrográfica que visa o estudo do efeito da silvicultura de eucalipto sobre os recursos hídricos (obs. Imagem ilustrativa, fonte: Google Earth). 22 Bacias experimentais: Ex: Bacia hidrográfica que visa o estudo do efeito do desmatamento sobre os recursos hídricos (obs. Imagem ilustrativa, fonte: Google Earth). 02/05/2023 12 • Pequena bacia na qual pode ser observado o ciclo hidrológico; • Requer homegeneidade de chuvas, solos, vegetação, entre outros. Ex: Bacia hidrográfica elementar constituída por Cambissolo, Mata Atlântica e relevo fortemente ondulado (obs. Imagem ilustrativa , fonte: Google Earth). 23 Bacias elementares 24 Balanço hídrico 02/05/2023 13 Conceituação 25 𝑑𝑉 𝑑𝑡 = 𝐸 − 𝑆 𝑑𝑡 E S ∆𝐴 ∆𝑡 = 𝐸 − 𝑆 ∆𝑡 V 26 ∆𝐴 ∆𝑡 = 𝑃 + 𝐼𝑟 + 𝐴𝑐 − 𝐷𝑖 − 𝐸𝑠𝑑 − 𝐸𝑇 ∆𝑡 𝐸𝑇 = 𝑃 + 𝐼𝑟 + 𝐴𝑐 − 𝐷𝑖 − 𝐸𝑠𝑑 − ∆𝐴 Balanço hídrico aplicado à determinação da evapotranspiração de culturas 02/05/2023 14 Ex. 2.1: Balanço hídrico para cálculo da evapotranspiração da cultura em lisímetro de drenagem (Fonte: Feltrin, 2013) • Δt = 3 dias (entre 04 e 07/12/2012) • P = 17,40 mm • ESd = 0,013 • Di = 1,31 mm • ΔA = 9,41 mm 27 Fonte: https://repositorio.ufsm.br/handle/1/3613 28 ∆𝐴 ∆𝑡 = 𝑃 − ES − 𝐸𝑇 ∆𝑡 0 = 𝑃 − ES − 𝐸𝑇 𝐸𝑇 = 𝑃 − ES P ET ES Balanço hídrico anual em bacias hidrográficas https://repositorio.ufsm.br/handle/1/3613 02/05/2023 15 Ex. 2.2: Balanço hídrico anual • A bacia do rio do Cervo tem precipitação média anual de 1.300 mm e vazão média de 6 m³.s-1. Sabendo que a área da bacia é de 390.106 m², qual a evapotranspiração anual na bacia? 29 Balanço hídrico anual Fonte: ANA (2005) 30 02/05/2023 16 Caracterização fisiográfica 31 Introdução •Caracterização fisiográfica: • É o estudo das características físicas da bacia hidrográfica (forma, relevo, rede de drenagem, vegetação, solos, etc) •Algumas convenções e termos hidrológicos: • Montante, jusante, margem esquerda, margem direita, cabeceira, confluência, bacias contíguas, afluente, etc • Importância: • O comportamento físico do solo associado à cobertura vegetal, relevo, perfil hidrogeológico, uso do solo/manejo agrícola e fatores climáticos define a dinâmica da água na bacia hidrográfica (recarga, ESD, ET, etc) 32 02/05/2023 17 Solos Hidrogeologia Mapas básicos 1:5.000.000 Fonte: Embrapa Fonte: CPRM 33 Vegetação e uso do solo Clima Mapas básicos Fonte: IBGEFonte: IBGE 34 02/05/2023 18 Mapas básicos • Caracterização morfométrica: • Visa o estudo da forma da bacia, rede de drenagem, relevo, altitude, entre outros • GRH110: • Abordagem centrada em Folha Topográfica do IBGE 35 Folha topográfica Modelo digital de elevação Fonte: IBGE http://biblioteca.ibge.gov.br/ Fonte: Nasa ASTER: http://asterweb.jpl.nasa.gov/gdem.asp Caracterização morfométrica 36 02/05/2023 19 a) Área da bacia hidrográfica (ABH) • Define a área de captação da precipitação; 37 Pluviômetro Seção de controle Estação meteorologica a) Área da bacia hidrográfica (ABH) 38 Fonte: Adaptado de Villela e Mattos (1975) • Divisor de águas 02/05/2023 20 Fonte: Press et al. (2006) Delimitação do divisor de águas topográfico • Direções de fluxo superficial 39 Representação do relevo por curvas de nível 40 Fonte: https://www.greenbelly.co/pages/contour-lines 02/05/2023 21 • As setas representam a direção do fluxo de água sobre a superfície: da maior para a menor cota com direção ortogonal às curvas de nível 41 1000m 980m 960m 940m 920m Divisor topográfico Talvegue Identificação do divisor de águas topográfico e talvegue no mapa topográfico 1020m Exemplo de delimitação de bacia hidrográfica a partir de folhas topográficas do IBGE 42 02/05/2023 22 43 44 02/05/2023 23 780 800 820 780 800 7 6 0 b) Forma da bacia hidrográfica: - Influência sobre o tempo de concentração e magnitude das vazões máximas tempo bacia alongada bacia circular P re ci p it aç ão V az ão tempo 46 Bacia circularBacia alongada Inserir uma imagem do 02/05/2023 24 c) Rede de drenagem • Curso d’água principal e tributários • Eficiência de drenagem da bacia • Forma • Método de hierarquização de Strahler 47Fonte: Gregory and Walling (1973) d) Características do relevo da bacia hidrográfica • Fatores hidrológicos: • Velocidade do escoamento • Escoamento sub-superficial • Fatores meteorológicos: • Elevação média → Monitoramento meteorológico 48 02/05/2023 25 Download de folhas topográficas do IBGE Para resolver o exercício 17 da lista é necessário fazer o download de uma folha topográfica editorada 49 Folha Topográfica Editorada (pdf) 52 Fonte: IBGE 02/05/2023 26 Folhas topográficas: Download • www.ibge.gov.br 54 55 02/05/2023 27 56 Selecionar escala 1:50.000/Downloads/Editoradas/Escala_50mil 57 02/05/2023 28 58 Exemplo de delimitação manual de área de drenagem com seção de controle em curso d’água de terceira ordem Exemplo 2.3 Caracterização morfométrica 59 02/05/2023 29 Bacia hidrográfica Lavrinha 60 Exemplo 2.3 Faça a caracterização morfométrica da bacia hidrográfica Lavrinha, com base em informações extraídas de uma folha topográfica do IBGE. Dados: Área (ABH)= 6,75 km²; perímetro (PBH) = 11,8 km; comprimento total da rede de drenagem (∑L) = 21,6 km; comprimento do curso d’água principal (L) = 4,5 km; comprimento do dreno principal em linha reta (Lt) = 4 km; comprimento total de curvas de nível (∑CN ) = 28,2 km Cota (m) ai (km²) 1100 – 1200 0,79 1200 – 1300 1,73 1300 – 1400 1,40 1400 – 1500 1,20 1500 – 1600 0,97 1600 – 1700 0,64 1700 – 1800 0,02 Cota (m) Li (km) 1150 – 1200 1,82 1200 – 1300 1,12 1300 – 1400 0,60 1400 – 1500 0,20 1500 – 1600 0,72 1600 – 1610 0,04 Tabela 1: Comprimento do curso d’água principal (Li) por intervalo entre curvas de nível. Tabela 2: Área da bacia hidrográfica (ai) por intervalo entre curvas de nível. 61 Exemplo 2.3 02/05/2023 30 Classificação: 1,00 ≤ Kc < 1,25 Alta propensão a grandes enchentes 1,25 ≤ Kc < 1,50 Média propensão a grandes enchentes Kc > 1,5 Menor propensão a grandes enchentes PBH = perímetro da bacia hidrográfica, km; ABH = área da bacia hidrográfica, km². Ex: Lavrinha PBH = 11,8 km; ABH = 6,75 km².→ Conclusão sobre a forma da bacia 62 Forma da bacia hidrográfica: Coeficiente de compacidade (Kc), adimensional: 𝐾𝑐 = 0,28 . 𝑃𝐵𝐻 𝐴𝐵𝐻 Exemplo 2.3 𝐾𝑐 = 𝑃𝐵𝐻 𝑃𝐶 PBH = perímetro da bacia hidrográfica; PC = perímetro de uma circunferência de área igual a da bacia. Rede de drenagem - Densidade de drenagem (Dd), em km km-²: BH d A L D = ∑L = comprimento total da rede de drenagem, km; ABH = área da bacia hidrográfica, km². Ex: Lavrinha ∑L = 21,6 km; ABH = 6,75 km². 64 Classificação (Beltrame, 1994): - Baixa: Dd ≤ 0,5km.km -2 - Média: 0,5 < Dd ≤ 2km.km -2 - Alta: 2 < Dd ≤ 3,5km.km -2 - Muito alta: Dd >3,5km.km -2 Exemplo 2.3 02/05/2023 31 - Frequência de drenos (FD), em cursos d’água.km-² BHA N FD = N = Número de cursos d’água; ABH = Área da bacia hidrográfica, km 2. Rede de drenagem 65 Exemplo 2.3 Ex: Lavrinhas Strahler: 30 cursos d’água 66 Exemplo 2.3 02/05/2023 32 - Índice de sinuosidade do curso d'água principal (Si), em %: 100 − = L LL Si t L = Comprimento do curso d’água principal, km; Lt = Comprimento em linha reta, km. Rede de drenagem Ex: Lavrinha L = 4,5 km; Lt = 4 km. Classificação (Mansikkaniemi, 1970): - Muito reto: Si < 20%; - Reto: 20% ≤ Si < 30%; - Divagante: 30% ≤ Si < 40%; - Sinuoso: 40% ≤ Si < 50%; - Muito sinuoso: ≥ 50%. 67 Exemplo 2.3 Di = declividade do trecho i, adimensional; Li = Comprimento do trecho i, m; dni = desnível do trecho i, m. Rede de drenagem - Declividade do curso d’água (S), em %: Trecho i 68 𝐷𝑖 = 𝑑𝑛𝑖 𝐿𝑖 Exemplo 2.3 02/05/2023 33 S = 𝐿𝑖 𝐿𝑖 𝐷𝑖 2 . 100 Exemplo Lavrinha: - Declividade do curso d’água (S), em %: Rede de drenagem Cota (m) Li (m) 1150 – 1200 1820 1200 – 1300 1120 1300 – 1400 600 1400 – 1500 190 1500 – 1600 730 1600 – 1610 40 ∑ = 4500 → Conclusão sobre a rede de drenagem 69 Exemplo 2.3 - Declividade média da bacia hidrográfica (I), em %: 𝐼 = 𝐷 𝐴𝐵𝐻 .𝐶𝑁 . 100 D = equidistância entre curvas de nível, m; ABH = área da bacia hidrográfica, m²; ∑ CN = comprimento total das curvas de nível, m. Ex: Lavrinha ABH = 6,75 km² D = 100 m ∑ CN = 28,2 km Relevo 70 Classes de relevo (fonte: Embrapa) Declividade (%) Relevo 0 – 3 Plano 3 – 8 Suavemente ondulado 8 – 20 Ondulado 20 – 45 Fortemente ondulado 45 - 75 Montanhoso > 75 Fortemente montanhoso Exemplo 2.3 02/05/2023 34 - Elevação média da bacia hidrográfica (E), em m: 𝐸 = 𝑖=1 𝑛 𝑒𝑖 . 𝑎𝑖 𝐴𝐵𝐻 ai = área entre duas curvas de nível, km² ei = cota média da área ai, m ABH = área da bacia, km 2 Exemplo: Lavrinha Relevo Curvas (m) ai (km²) 1100 – 1200 0,79 1200 – 1300 1,73 1300 – 1400 1,40 1400 – 1500 1,20 1500 – 1600 0,97 1600 – 1700 0,64 1700 – 1800 0,02 71 Exemplo 2.3 - Curva Hipsométrica - Representa o percentual da área da bacia hidrográfica acima ou abaixo de determinada altitude. Relevo 72 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 A lt it u d e (m ) Área acima (%) Exemplo 2.3 02/05/2023 35 - Curva Hipsométrica Exemplo: Lavrinha Relevo 73 Curvas (m) Ai (km²) 1100 – 1200 0,79 1200 – 1300 1,73 1300 – 1400 1,40 1400 – 1500 1,20 1500 – 1600 0,97 1600 – 1700 0,64 1700 – 1800 0,02 → Conclusão sobre o relevo Exemplo 2.3 Caracterização morfométrica a partir do Modelo Digital de Elevação (MDE) 74 02/05/2023 36 • Modelo digital de elevação (MDE): mapa em formato matricial (raster) que apresenta a altitude média do terreno para cada célula. • Podem ser obtidos a partir da interpolação de dados de levantamento topográfico, ou por sensoriamento remoto. • Os Sistemas de Informações Geográficas (SIGs) possuem funções para modelagem de bacias hidrográficas baseadas no MDE. 75 Fonte: Murai (1999) Fonte: http://woodshole.er.usgs.gov/ SRTM (Shuttle Radar Topography Mission): ◼ NASA e Agências Espaciais Alemã e Italiana ◼ Resolução: 30 metros ◼ Download: http://earthexplorer.usgs.gov/ Principais MDEs obtidos por sensoriamento remoto orbital disponibilizados gratuitamente: 76 ASTER (Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer): ◼ USGS e METI (Japão) ◼ Resolução: 30 metros ◼ Download: http://earthexplorer.usgs.gov/ Fonte: http://www.jspacesystems.or.jp/ Fonte: https://vertex.daac.asf.alaska.edu/ ALOS - PALSAR ALOS (Advanced Land Observing Satellite) PALSAR (Phased Array L-band Synthetic Aperture Radar) ◼ Japão (JAXA, JAROS); ◼ Resolução: 12,5 metros. ◼ Download: https://vertex.daac.asf.alaska.edu/ http://earthexplorer.usgs.gov/ http://earthexplorer.usgs.gov/ https://vertex.daac.asf.alaska.edu/ 02/05/2023 37 Manejo de Bacias Hidrográficas (MBH) 77 Manejo de bacias hidrográficas • Trata de bacias manejadas nas quais a produção de água e o uso múltiplo do solo ocorrem concomitantemente (Lima, 2008). Imagem ilustrativa. Rio Grande, Bom Jardim de Minas, MG. Fonte: Google Earth. Silvicultura Pecuária APPs Reserva Legal Agricultura Curso d’água Estradas rurais Nascente 02/05/2023 38 Manejo de Bacias Hidrográficas (MBH) • É o processo de organizar e orientar o uso do solo e de outros recursos naturais numa bacia hidrográfica, a fim de produzir bens e serviços, sem destruir ou afetar adversamente o solo e a água (BROOKS et al., 1991). • Visa o desenvolvimento sustentável (ONU): “É aquele capaz de suprir as necessidades dos seres humanos da atualidade, sem comprometer a capacidade do planeta para atender as futuras gerações”. 79 Práticas de MBH • A planejada e cuidadosa mudança no uso da terra, da cobertura florestal ou qualquer outra ação estrutural ou não-estrutural, executada na bacia hidrográfica (Lima, 2008). 80 02/05/2023 39 Ferramentas do MBH • Consideração da aptidão agrícoladas terras: • Não exceder a capacidade suporte. • Adoção de práticas de conservação dos solos: • Visam aumentar a infiltrabilidade dos solos e reduzir a erosão hídrica. Ex: terraceamento, construção de bacias de infiltração em estradas rurais, plantio em nível, etc. • Adoção de práticas de agricultura sustentável: • Utilização de fertilizantes e defensivos agrícolas autorizados no país, obedecendo recomendações de aplicação e dose. • Agricultura orgânica, plantio direto, sistemas agrosilvipastoris, etc. • Recuperação e preservação de APPs. • Preservação da área de recarga de nascentes e zonas ripárias. • Instalação de fossas sépticas e tratamento de efluentes. • Etc. 81 Forte interdisciplinaridade: • O MBH integra conhecimentos de diversas disciplinas: • Hidrologia • Pedologia/Física dos Solos/Conservação do Solo • Fertilidade • Topografia/Desenho Técnico • Sensoriamento Remoto • Legislação Ambiental • Técnicas de aplicação de defensivos/Toxicidade de defensivos e adubos • Ecologia • Etc 02/05/2023 40 Pagamento por serviços ecossistêmicos hidrológicos • Cobertura florestal: propicia elevada infiltrabilidade, proteção contra o efeito erosivo das chuvas, redução da susceptibilidade do solo aos processos erosivos (Bruijnzeel, 2004). • Programa Produtor de Água – ANA (Agência Nacional de Águas): • Assista os vídeos disponíveis no Campus Virtual: Referências bibliográficas • ANA, Cadernos de Recursos Hídricos – Disponibilidade e demandas de recursos hídricos no Brasil. 2005. Disponível em: http://arquivos.ana.gov.br/planejamento/planos/pnrh/VF%20DisponibilidadeDemanda.pdf • BROOKS, K.N.; P.F. FFOLLIOT; H.M. GREGERSEN; J.L. THAMES, 1991.Hydrology and the Management of Watersheds. Iowa State University Press. 391p. • BRUIJNZEEL, L. A. Hydrological functions of tropical forests: not seeing the soil for the trees? Agriculture, Ecosystems e Environment, v. 104, p. 185-228, 2004. • Feltrin, R. M. Processos Hidrológicos e balanço hídrico em lisímetros de drenagem em campo e mata nativa. Tese de doutorado. UFSM. 2013. • Gregory, K. J., and D. E. Walling. 1973. Drainage Basin Form and Process.London: Edward Arnold. • Lima, w. de P. Hidrologia Florestal Aplicada ao Manejo de Bacias Hidrográficas. ESALQ. USP. 245p. 2008. • Mansikkaniemi, H. The sinuosity of rivers in northern Finland. Publicationes Instituti Geographici UniversitatisTurkuensis, v. 52, p. 16- 32, 1970. • Mello, C.R.; Silva, A.M. Hidrologia: princípios e aplicações em sistemas agrícolas. 1. ed. 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Editora Elsevier, 237 p, 2011. 84 http://arquivos.ana.gov.br/planejamento/planos/pnrh/VF%20DisponibilidadeDemanda.pdf Slide 1: Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento - DRS GRH110 - Fundamentos de Hidrologia e Manejo de Bacias Hidrográficas Slide 2: Objetivo Slide 3: Bacia Hidrográfica Slide 4: Elementos básicos Slide 5 Slide 6: Bacia hidrográfica do rio da Prata Slide 7: Importância Slide 8: Grandes bacias hidrográficas mundiais Slide 9: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) Divisão hidrográfica nacional: Regiões hidrográficas brasileiras Slide 10: Inserção do Estado de Minas Gerais Slide 11: Bacias hidrográficas e a gestão de recursos hídricos Slide 12: Rio Grande: Comitê interestadual e estaduais Slide 13: Ciclo hidrológico em bacias hidrográficas Slide 14 Slide 15: Visão integrada de recursos hídricos na bacia hidrográfica Slide 16: Aquíferos e poços Slide 17 Slide 18: Poço escavado manualmente (poço comum) Slide 19: Poço tubular profundo Slide 20: Monitoramento hidrológico de bacias hidrográficas Slide 21: Bacias representativas: Slide 22 Slide 23: Bacias elementares Slide 24: Balanço hídrico Slide 25: Conceituação Slide 26 Slide 27: Ex. 2.1: Balanço hídrico para cálculo da evapotranspiração da cultura em lisímetro de drenagem (Fonte: Feltrin, 2013) Slide 28 Slide 29: Ex. 2.2: Balanço hídrico anual Slide 30: Balanço hídrico anual Slide 31: Caracterização fisiográfica Slide 32: Introdução Slide 33: Mapas básicos Slide 34: Mapas básicos Slide 35: Mapas básicos Slide 36: Caracterização morfométrica Slide 37: a) Área da bacia hidrográfica (ABH) Slide 38: a) Área da bacia hidrográfica (ABH) Slide 39: Delimitação do divisor de águas topográfico Slide 40: Representação do relevo por curvas de nível Slide 41 Slide 42: Exemplo de delimitação de bacia hidrográfica a partir de folhas topográficas do IBGE Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47: c) Rede de drenagem Slide 48: d) Características do relevo da bacia hidrográfica Slide 49: Download de folhas topográficas do IBGE Slide 52: Folha Topográfica Editorada (pdf) Slide 54: Folhas topográficas: Download Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59: Exemplo 2.3 Caracterização morfométrica Slide 60: Bacia hidrográfica Lavrinha Slide 61 Slide 62 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74: Caracterização morfométrica a partir do Modelo Digital de Elevação (MDE) Slide 75 Slide 76: Principais MDEs obtidos por sensoriamento remoto orbital disponibilizados gratuitamente: Slide 77: Manejo de Bacias Hidrográficas (MBH) Slide 78: Manejo de bacias hidrográficas Slide 79: Manejo de Bacias Hidrográficas (MBH) Slide 80: Práticas de MBH Slide 81: Ferramentas do MBH Slide 82: Forte interdisciplinaridade: Slide 83: Pagamento por serviços ecossistêmicos hidrológicos Slide 84: Referências bibliográficas