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Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia Departamento dos cursos de Engenharias Civil e Ambiental Geoprocessamento no Diagnóstico de Conflitos de Uso e Ocupação Solo em Áreas de Preservação Permanente em Manancial no Nordeste Brasileiro Marcelle Caroline Medeiros Pereira Natal, janeiro 2022 2 Marcelle Caroline Medeiros Pereira Geoprocessamento no Diagnóstico de Conflitos de Uso e Ocupação Solo em Áreas de Preservação Permanente em Manancial no Nordeste Brasileiro Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Engenharia Civil e Ambiental (DECAM) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para obtenção de grau de Bacharel em Engenharia Ambiental. Orientador: Dr. Carlos Wilmer Costa Natal, janeiro 2022 3 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede Pereira, Marcelle Caroline Medeiros. Geoprocessamento no diagnóstico de conflitos de uso e ocupação solo em áreas de preservação permanente em manancial no nordeste brasileiro / Marcelle Caroline Medeiros Pereira. - 2022. 33 f.: il. Monografia (Graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Tecnologia, Curso de Engenharia Ambiental, Natal, RN, 2022. Orientador: Prof. Dr. Carlos Wilmer Costa. 1. Geoprocessamento - Monografia. 2. Legislação ambiental - Monografia. 3. Preservação ambiental - Monografia. I. Costa, Carlos Wilmer. II. Título. RN/UF/BCZM CDU 528.4/.47 Elaborado por Ana Cristina Cavalcanti Tinôco - CRB-15/262 4 Marcelle Caroline Medeiros Pereira Geoprocessamento no Diagnóstico de Conflitos de Uso e Ocupação Solo em Áreas de Preservação Permanente em Manancial no Nordeste Brasileiro BANCA EXAMINADORA ________________________________________ Dr. Carlos Wilmer Costa – Orientador Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) ________________________________________ Me. Giulliana Karine Gabriel Cunha Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) ________________________________________ Me. Ismael Aparecido da Silva Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) Aprovado em 14 de fevereiro de 20222 5 RESUMO As Áreas de Preservação Permanentes (APPs) são locais que podem ser cobertos ou não por vegetação com as funções principais de: preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade além de assegurar o bem estar das populações humanas. Apesar da existência de uma normativa extensa e completa abordando as APPs, ainda falta a aplicação de políticas públicas de planejamento ambiental que visem o controle e equilíbrio entre o meio antrópico e o meio natural. Desse modo, com o uso de técnicas de geoprocessamento e auxílio do Sistemas de Informações Geográficas (SIG), esta pesquisa executou um levantamento sistêmico nas Áreas de Preservação Permanentes presentes na sub- bacia hidrográfica do Rio Pirangi/RN, um dos principais mananciais que abastece o município de Natal. Os objetivos principais foram: a quantificação, a análise e a identificação da existência de conflitos de Uso e Ocupação do Solo no local. A metodologia utilizada para obtenção de resultados resumiu-se primeiramente na caracterização dos parâmetros ambientais da área de estudo, seguido pela criação de um banco de dados digitais georreferenciados contendo: dados vetoriais em formato shapefile, modelos digitais de elevação do terreno e imagens do satélite sentinel-2. Em seguida, em posse dos geodados, foram gerados os seguintes planos de informação: Uso e Ocupação do Solo, delimitação das APPs do local de estudo, delimitação da declividade do terreno e a compilação dos imóveis agrícolas existentes no local, vale ressaltar que, como objeto norteador, foi utilizado o Código Florestal Brasileiro, cujo discorre acerca das regras para estas áreas. Por fim foi realizada a mesclagem dos dados secundários obtidos. Os resultados mostraram que, na região a ocupação das APPs por atividades agrícolas correspondem a 27,47% do total destas. Desse modo, conclui-se que de fato, na região o preconizado em lei não é seguido e fiscalizado do modo que se deveria causando, devido a tal, um grande impacto na região. Palavras Chaves: Geoprocessamento, Legislação Ambiental, Preservação Ambiental. 6 ABSTRACT Permanent Preservation Areas (APPs) are places that can be covered or not by vegetation with the main functions of: preserving water resources, landscape, geological stability, biodiversity in addition to ensuring the well-being of human populations. Despite the existence of extensive and complete regulations addressing APPs, there is still a lack of public environmental planning policies aimed at controlling and balancing the anthropic environment and the natural environment. Thus, with the use of geoprocessing techniques and the help of Geographic Information Systems (GIS), this research carried out a systemic survey in the Permanent Preservation Areas present in the Pirangi River sub-basin/RN, one of the main sources that supply the municipality of Natal. The main objectives were: quantification, analysis and identification of the existence of Land Use and Occupancy conflicts in the place. The methodology used to obtain the results was first summarized in the characterization of the environmental parameters of the study area, followed by the creation of a georeferenced digital database containing: vector data in shapefile format, digital models of terrain elevation and images from the sentinel satellite -two. Then, in possession of the digital data, using the technique of visual mapping on the screen of satellite images, the following secondary data were generated: Land Use and Occupation, delimitation of the APPs of the study site, delimitation of the terrain slope and the compilation of existing agricultural properties in the place, it is worth mentioning that, as a guiding object, the Brazilian Forest Code was used, which discusses the rules for these areas. Finally, the secondary data obtained was merged. The results showed that, in the region, the occupation of APPs by agricultural activities corresponds to 27.47% of the total of these. In this way, it is concluded that, in fact, in the region, what is recommended by law is not followed and supervised in the way it should, causing, due to this, a great impact in the region. Key Words: Geoprocessing, Environmental Legislation, Environmental Preservation. 7 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Mapa de localização da bacia hidrográfica do Rio Pirangi/RN. ............................... 16 Figura 2. Hidrografia da sub-bacia do Rio Pirangi/RN. ........................................................... 17 Figura 3. Mapa de altimetria da sub-bacia do Rio Pirangi/RN. ............................................... 18 Figura 4. Biomas presentes na área de estudo. ......................................................................... 19 Figura 5. Localização de quadrículas onde se encontra inserida a sub-bacia do Rio Pirangi. . 21 Figura 6. Detalhe das quadrículas utilizadas. ........................................................................... 21 Figura 7. Imóveis Cadastrados no CAR ................................................................................... 26Figura 8. Mapa de Uso e Ocupação do Solo. ........................................................................... 28 Figura 9. Mapa das áreas de APPs identificadas. ..................................................................... 29 Figura 10. Mapa de Declividade na sub-bacia. ........................................................................ 30 Figura 11. Trecho da drenagem com presença de barramento. Fonte: Google Earth. ............. 31 Figura 12. Trecho da drenagem com sinal de assoreamento. Fonte: Google Earth ................. 31 Figura 13. Mapa de Conflito do Uso e Ocupação do Sono na Sub-bacia do Rio Pirangi. ....... 31 8 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Descrição das características do uso e ocupação de cada porção identificada. ........ 26 Tabela 2. Explanação de dados por área dos usos do solo ....................................................... 27 Tabela 3. Explanação dos dados de área das APPs. ................................................................. 30 Tabela 4. Áreas de conflito de Uso e Ocupação do Solo na Sub-bacia do Rio Pirangi. .......... 32 9 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 10 2. JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................... 11 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................................... 11 3.1 Áreas de Preservação Permanente ........................................................................................ 11 3.2 Histórico do Código Florestal Brasileiro .............................................................................. 13 3.3 Uso e Ocupação do Solo ....................................................................................................... 14 3.4 Geoprocessamento ................................................................................................................ 15 4. MATERIAIS E MÉTODOS ......................................................................................................... 15 4.1 Caracterização da área de estudo .......................................................................................... 15 4.2 Elaboração do banco de dados digital e georreferenciado .................................................... 19 4.3 Geoprocessamento ................................................................................................................ 20 4.4 Delimitação de APPs ............................................................................................................ 22 4.4.1 Delimitação de APPs em nascentes .............................................................................. 22 4.4.2 Delimitação de APPs nas margens dos rios ................................................................. 22 4.4.3 Delimitação de APPs em encostas e topos de morros .................................................. 22 4.4.4 Verificação de módulos fiscais ..................................................................................... 24 4.5 Geração do mapa de Uso e ocupação do solo ....................................................................... 24 4.6 Análise de dados finais ......................................................................................................... 25 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................................ 25 5.1 Análise dos dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) ...................................................... 25 5.2 Uso e ocupação do Solo ....................................................................................................... 26 5.3 Áreas de Preservação Permanente ........................................................................................ 28 5.4 Áreas de Conflito do Uso do Solo com as Áreas de Proteção Permanente ........................... 31 6. CONCLUSÕES............................................................................................................................ 32 7. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 34 10 1. INTRODUÇÃO Expressivos processos de modificação de paisagens tem sido cada vez mais comuns, sendo esses, resultados da exploração de recursos naturais, crescimento de áreas urbanas e por tantos outros tipos uso e ocupação do solo. As grandes áreas de cobertura florestal têm se convertido em apenas fragmentos e tal fato ocasiona consequências ambientais negativas (ARES, 2006 apud EUGENIO et al. 2011, p. 564). Pode-se citar como umas das principais causas dessa alteração no ambiente natural, o crescimento populacional, que tem intensificado a expansão territorial, aumentando a pressão habitacional sobre áreas de preservação, que, muitas vezes são ocupadas por assentamentos informais (DENSKI, 2011, p. 13). Um forte exemplo de ambiente natural afetado pela pressão do crescimento urbano é o bioma da Mata Atlântica. (SILVA, 2019, p. 37) Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica e o INPE (2020), antes da colonização, a Mata Atlântica ocupava cerca de 15% da extensão do território brasileiro, entretanto, hoje, restam apenas aproximadamente 13% da sua área original. Delimitando a área de estudo para o estado do Rio Grande do Norte (RN), originalmente a Mata Atlântica ocupava 7% do estado, abrangendo uma área próxima à 3.507 km², porém, hoje, o remanescente abrange uma região de apenas 456,26 km², ou seja, uma área 87,00% menor que seu estado original. A Lei Federal 12.651 de 25 de maio de 2012 no Art. 4º (Também conhecida como Código Florestal Brasileiro) determina que florestas ou demais formações vegetais marginais à cursos de água (perenes ou intermitentes), ou presentes em áreas de nascentes, em topos de morros, montes, montanhas ou serras (com altura mínima de 100 metros e inclinação média maior que 25º), em regiões de mangues e restingas, em encostas (com declividade maior que 45º), nas bordas de tabuleiros ou chapadas e nas áreas com altitude superior a 1.800 metros são consideradas Áreas de Preservação Permanente (APPs). Adicionalmente, existe a Resolução do CONAMA nº 303, de 20 de março de 2002 que dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de APPs. Para a região de Mata Atlântica em específico, existe também a Lei 11.428 de 22 de dezembro de 2006 que discorre acerca da utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma. Sabe-se que, em teoria, existem as normativas voltadas para a proteção das áreas de preservação, porém, na prática, na maioria dos núcleos urbanos estas são negligenciadas, acarretando diversos prejuízos ambientais e trazendo, inclusive, riscos à população. De acordo com (DENSKI, 2011, p. 13) Conflitos existentes na legislação regulamentadora, o desconhecimento da população, 11 a ineficiência dos órgãos públicos fiscalizadores e a falta de políticas de planejamento ambiental – urbano são apontadas como fatores de formação da situação posta na maioria das cidades brasileiras. 2. JUSTIFICATIVA Para que o planejamento territorial e ambiental seja eficiente, deve-se viabilizar a organização dos espaços conciliando o meio antrópico e o natural, visando a sustentabilidade e equilíbrio dos sistemas, principalmente das áreas protegidas por lei (APPs). Uma metodologia eficaz para se realizar um diagnóstico da situação das APPs e a influência antrópica nas mesmas é o emprego de Sistema de Informações Geográficas (SIG). Segundo Machado (2002, p. 15), os mesmoscontam com um grande potencial para se realizar planejamentos voltados para conservação do solo e da água. A ferramenta é capaz de manipular informações geográficas representativas de processos ambientais de forma eficiente, economizando tanto o uso de recursos quanto o tempo de execução. Ressalta-se que as técnicas de Geoprocessamento possibilitam a espacialização da informação, trazendo mais acessibilidade, precisão e velocidade para se obter e processar dados necessários às análises. Desse modo, essas ferramentas convergem informações variadas de uma base de dados, permitindo sua atualização constante, aprimorando a observação de ações que ocorrem no espaço possibilitando uma análise sistêmica das informações. (VEIGA e XAVIER-DA-SILVA, 2004, apud ZANATA et al. 2012, p. 05) O presente trabalho se inseriu nesse contexto, com a finalidade de realizar uma análise e diagnóstico das APPs presentes na sub-bacia hidrográfica do Rio Pirangi, localizada na região do litoral sul do RN, verificando a ocorrência de conflitos de uso e ocupação do solo e sua concordância com as normativas determinadas no Código Florestal Brasileiro. 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 Áreas de Preservação Permanente Segundo a Lei Federal nº 12.651 de 2012 denominada também de “Código Florestal Brasileiro”, as Áreas de Preservação Permanentes são definidas como “áreas protegidas, cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger 12 o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas” (BRASIL, 2012). Sendo assim, deve- se preservar todos os componentes presentes nestas áreas. Segundo o Art. 4º: Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para o efeito desta Lei: I – as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: a) 30 (trinta) metros, para cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura; b) 50 (cinquenta) metros, para cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; c) 100 (cem) metros, para cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura; d) 200 (duzentos) metros, para cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; II – as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima: a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja taxa marginal será de 50 (cinquenta) metros; b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas; III – as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento; IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45º, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive; VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; VII - os manguezais, em toda a sua extensão; VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais; IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25º, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação; X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação; XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado. Já o Art. 7º diz que: A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser mantida pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou pessoa jurídica, de direito público ou privado. O Código Florestal também dispõe sobre as propriedades que ocupavam APPs com atividades agrossilvipastoris (cultivo de agricultura, silvicultura e/ou pecuária), de ecoturismo e turismo rural estabelecidas até 22 de julho de 2008. As disposições acerca da continuidade, permissões e restrições das atividades consolidadas em tais áreas foram instituídas com a alteração na lei 12.651 de 2012 pela Lei nº 12.727, do mesmo ano, determinado que nas áreas consideradas consolidadas, existe a autorização da continuidade de execução das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural. Porém, apesar disso, há a obrigatoriedade 13 de uma recomposição mínima. Essa recomposição varia segundo o módulo fiscal (unidade de medida agrária estabelecida pelo INCRA) dos imóveis. Essas determinações estão descritas conforme o Art. 6º da referida Lei (BRASIL, 2012): Art. 6º: Para os imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 5 (cinco) metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d´água. Para os imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2 (dois) módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 8 (oito) metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d´água. Para os imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e de até 4 (quatro) módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 15 (quinze) metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d’água. Para os imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais: Nos casos de áreas rurais consolidadas em Áreas de Preservação Permanente no entorno de nascentes e olhos d’água perenes, será admitida a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição do raio mínimo de 15 (quinze) metros. Para os imóveis rurais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente no entorno de lagos e lagoas naturais, será admitida a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição de faixa marginal com largura mínima de: I - 5 (cinco) metros, para imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal; 5 II - 8 (oito) metros, para imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2 (dois) módulos fiscais; III - 15 (quinze) metros, para imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e de até 4 (quatro) módulos fiscais; e IV - 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais. 3.2 Histórico do Código Florestal Brasileiro O primeiro Código Florestal no Brasil foi criado no anode 1934 com objetivo de normatizar o uso das florestas, este foi instituído através do Decreto Federal nº 23.793. Neste primeiro, uma importante determinação era a preservação da vegetação original em propriedades em 25% (vinte e cinco por cento) da área total da mesma (BRASIL, 1934). Já no ano de 1965 através Lei Federal nº 4.771, foi criado o segundo Código Florestal Brasileiro, onde surgiu a preocupação com a preservação dos recursos hídricos e com as áreas de risco (encostas íngremes e dunas) chamadas de “florestas protetoras”. É nesta lei que aparecem, pela primeira vez, os termos “Áreas de Preservação Permanente”, as APPs, definidas em 5m (cinco metros) e “Reserva Legal” determinadas em 50% (cinquenta por cento) na 14 Amazônia e 20% (vinte por cento) nas demais regiões do País. Vale ressaltar até o ano da criação do atual Código Florestal, houveram diversas atualizações no Código vigente da época. (FILHO et al, 2015, p. 279) No ano de 2012, após o processo de reformulação, entrou em vigor a Lei Federal nº 12.651, o atual Código Florestal Brasileiro. Este determinou uma nova regulamentação para as Áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal e áreas verdes urbanas. Foram determinadas também Áreas de Uso Restrito para proteção dos pantanais e planícies pantaneiras. (FILHO et al, 2015, p. 285). Esta Lei (nº 12.651), apesar de ainda estar em vigor, foi alterada em alguns pontos pela Lei n◦ 12.727, de 17 de outubro de 2012. A normativa é intitulada de Lei de Proteção da Vegetação Nativa (LPVN), conhecida popularmente por Novo Código Florestal. Um ponto importante de ajuste nesta lei, foi acerca das atividades executadas em propriedades rurais e a recuperação de APP nas mesmas, nesta lei foi criado o Cadastro Ambiental Rural (CAR) visando a regularização ambiental nas propriedades em todo território nacional. Segundo Brancalion, (2016, p. 13) “O cumprimento efetivo da LPVN é fundamental para a preservação do que resta da flora, da fauna e dos mananciais brasileiros, uma vez que 53% da vegetação nativa remanescente no país se encontram em propriedades rurais particulares”. 3.3 Uso e Ocupação do Solo Segundo Behr (2014, p. 01), tem-se que o uso e ocupação do solo urbano é “o reflexo do processo de ocupação do território determinado por condicionantes naturais e sociais, que produzem efeitos diversos na paisagem e no ambiente. Na área de estudo (Bacia do Rio Pirangi), a economia da área é bastante variada, porém deve-se ressaltar a grande presença de atividades voltadas para a agricultura e pecuária, cocoicultura, cana-de-açúcar, mandioca, banana, mamão, laranja e hortaliças são comuns na região. Essa diversidade deve-se as condições locais como a disponibilidade de água para irrigação e também pela proximidade da região com o maior centro consumidor do estado, a capital Natal. Em relação à pecuária, destacam-se a avicultura de postura e de corte e a bovino- cultura de leite e de corte. A implantação de indústrias na região segue em constante crescimento, porém, deve-se ressaltar que a atividade econômica que mais cresce no local é a do turismo, representando um importante fator socioeconômico regional. Fato este que se deve a localização da área, no litoral, 15 onde a infraestrutura hoteleira vem se expandindo progressivamente (LUCENA, 2005, p. 23). 3.4 Geoprocessamento As técnicas de planejamento territorial mais convencionais utilizadas anteriormente não acompanham a rapidez que ocorrem as alterações. Devido a isso, a aplicação das técnicas de geoprocessamento nos processos auxilia para que as análises ocorram de forma mais tecnológica e adequada para que se detecte, em tempo real, a expansão do espaço geográfico e as alterações ambientais decorrentes de tal fenômeno. Desse modo, pode-se afirmar que o uso do geoprocessamento é essencial para que se tenha maior eficiência no planejamento do território (FARINA, 2002, p. 02). O geoprocessamento é definido como um conjunto de técnicas e métodos voltados para o processamento de dados espaciais com intuito de fazer o cruzamento de dados, classificação, realizar o acompanhamento de evoluções, fazer estimativas tanto territoriais quanto temporais acerca de entidades ambientais presentes em uma base de dados georreferenciados. Estas ações citadas são realizadas por meio de sistemas cujo são denominados de Sistemas de Informações Geográficos (SIG) (XAVIER DA SILVA E ZAIDAN, 2012) O SIG é um sistema que realiza o processamento de dados gráficos e alfanuméricos focando nas análises espaciais e modelagens de superfícies. Ele possui a função de integrar dentro de uma base de dados, as informações espaciais advindas de dados cartográficos, realiza a compilação de dados de censo e cadastro urbano e rural, juntamente com imagens de satélite, redes e modelos numéricos de terreno (INPE, 1991). O geoprocessamento tem sido cada vez mais empregado para uso em diversas áreas das ciências, onde podemos citar algumas como a geografia, geologia, cartografia e agricultura, auxiliando estudos ambientais, estruturação de meios de transportes, planejamento territorial, comunicação e energia (SILVA,2020). Conforme afirma Peluzio et al. (2010) “O geoprocessamento é uma alternativa bastante viável que reduz significativamente o tempo gasto com mapeamento das áreas a serem protegidas e otimiza o período hábil de fiscalização do cumprimento das normas pertinentes a legislação”. 4. MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 Caracterização da área de estudo 16 A bacia hidrográfica do Rio Pirangi está localizada na porção sul do estado do Rio Grande do Norte, Brasil, estando entre as coordenadas geográficas de latitude 05º 50’ – 06º 30’ Sul e de longitude 35º 30’ – 35º 00’ Oeste. A sua extensão aproximada é de 495 Km², o que corresponde a 0,93% da área total do estado. A bacia que é responsável por parte do abastecimento de Natal, permeia pelos seguintes municípios: Parnamirim, Natal, Macaíba, Nísia Floresta, São José do Mipibu e Vera Cruz, destes, apenas Vera Cruz não integra a região metropolitana da capital Natal (Figura 1). Concomitante ao manancial superficial, também é verificada a presença de um grande manancial subterrâneo que ocupa parte da bacia hidrográfica do Rio Pirangi. É o Aqüífero Barreiras. Este, atualmente, é considerado o mais relevante reservatório da faixa costeira, sendo ele responsável por abastecer grande parte das cidades litorâneas estado do Rio Grande do Norte, incluindo a capital, Natal. O manancial possui boas vazões para realização de sua exploração em algumas localidades, principalmente naquelas onde o sedimento possui maior espessura do Grupo Barreiras segundo observado durante captações de água na região sul de Natal e Parnamirim-RN (onde as vazões são da ordem de 100 m³/h) (LUCENA, 2005, p. 24). Figura 1. Mapa de localização da bacia hidrográfica do Rio Pirangi/RN. 17 Geologicamente, há predominantemente na área de estudo presença de rochas sedimentares da Formação Barreiras, da idade Plio-Pleistocênica. Também é possível encontrar depósitos quaternários de aluviões além de dunas presentes na borda oriental da superfície do leito dos rios e dos tabuleiros. No alto curso hidrográfico, pode-se encontrar mesmo que em menor quantidade afloramentos cristalinos. (RAMALHO e FARIAS, 2010 apud Projeto RadamBrasil, 1981, p. 23). Em relação aos tipos de solo, segundo o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 2018, np), no local existem 3 tipos diferentes, que são eles o Latossolo Amarelo, Neossolo Quartzarênico e o Argissolo Vermelho e Amarelo. Na rede de drenagem da sub-bacia hidrográfica do Rio Pirangi existem os rios: Taborda, Pitimbu e Pium e os riachos: Mendes, Água Vermelha e Lamarão. Além de duas lagoas: Jiquí e Pium (Figura 2) (SILVA 2020, p. 02). Figura 2. Hidrografia da sub-bacia do Rio Pirangi/RN.O relevo é de extrema relevância para a determinação da modelagem hidrológica de uma bacia, visto que este atua como divisor de águas moldando sua superfície hidrostática. A sub-bacia conta com presença de dois domínios morfológicos, sendo eles: a planície litorânea, 18 abrangendo as áreas de praias e os platôs do litoral leste, com a existência de vales encaixados com a presença de várzeas, terraços fluviais e ambientes lacustres. Adicionalmente, pode-se observar os também os cordões dunares e os mangues. Na área de estudo o relevo é predominantemente plano com suaves ondulações. Os declives locais variam entre 0% e 5% exceto para áreas próximas a rede de drenagem, onde estes costumam ter uma acentuação maior (LUCENA, 2005, p. 09) Em relação a altitude da sub-bacia hidrográfica do Rio Pirangi, o seu ponto mais alto fica em torno de 118 metros de altura à oeste de sua área conforme dados compilados no mapa abaixo (Figura 3). Figura 3. Mapa de altimetria da sub-bacia do Rio Pirangi/RN. De acordo com a Classificação de Köppen, (ALVARES et al, 2013, p. 717) o clima local se caracteriza por ser do tipo As’, quente e úmido. As temperaturas médias giram em torno de 24 ºC (mínima) e 27ºC (máxima). Em relação aos índices pluviométricos, estes ficam em torno de 1.500 a 2.000 milímetros anuais. O período chuvoso se concentra entre os meses de fevereiro a julho (RAMALHO e FARIAS, 2010 apud Projeto RadamBrasil, 1981, p. 23-24). A área em questão se encontra dividida em dois biomas diferentes, na porção próxima ao litoral, está a mata atlântica e à oeste da bacia, a caatinga conforme apresentada a seguir 19 (Figura 4). Na área de estudo, pode-se observar diversos impactos ambientais. Entre eles, estão presentes, sobretudo na faixa próxima ao litoral, a urbanização voltada para o turismo e lazer. Além disso, impactos como desmatamento, abertura de estradas, atividades industriais, loteamentos em áreas rurais e a crescente especulação imobiliária estão presentes na sub-bacia do Rio Pirangi(RAMALHO E FARIAS 2010, p. 20) Figura 4. Biomas presentes na área de estudo. 4.2 Elaboração do banco de dados digital e georreferenciado Foi criado um banco de dados para se armazenar e organizar os dados necessários para a realização do estudo, os dados utilizados foram os seguintes: -Imagens do satélite Sentinel-2A datadas de 14 de outubro de 2020 com resolução espacial de 10 metros. Estas foram obtidas no site do United States Geological Survey (USGS, 2020) através da plataforma Earth Explorer. As imagens serviram de base para a caracterização do uso e ocupação do solo no local, embasando a geração posterior de mapa temático. 20 -Modelo Digital de Elevação (MDE), este foi essencial para a identificação e a geração do mapa de declividade do terreno e o mapa de altimetria. O modelo advém do projeto TOPODATA, que utilizou como base dados da missão de mapeamento do relevo terrestre Shuttle Radar Topography Mission (SRTM) fornecidos pela USGS. O projeto TOPODATA executou o preenchimento de possíveis falhas, refinamento e realizou o pós-processamento do MDE original oriundo da missão americana gerando, assim, um novo produto abrangendo o território brasileiro. Estas imagens de radar contêm informações altimétricas com resolução espacial de 1 arco-segundo e são divididas em cartas (quadrantes). Para esse estudo foram utilizados dois quadrantes que abrangem a área de interesse. -Dados vetoriais em formato shapefile. Os dados da rede de drenagem foram obtidos através do site da Agência Nacional de Águas (ANA), disponibilizado em 2019, assim como também o contorno das sub-bacias hidrográficas do Brasil. Além deste, foram usadas as seguintes shapefiles extraídas do site do Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística (IBGE): o estado e municípios do Rio Grande do Norte, o contorno do Brasil e seus estados e os biomas brasileiros.. 4.3 Geoprocessamento Para todos os procedimentos, desde geração de mapas, projeção de coordenadas, ajuste de shapefiles e processamento das imagens, foi utilizado o software da Environmental Systems Research Institute (ESRI) ArcGis na versão 10.6.1. O primeiro procedimento realizado foi a obtenção da shapefile da bacia hidrográfica do Rio Pirangi. A mesma advém do banco de dados geográficos da ANA. O arquivo utilizado foi o de Bacias Ottocodificadas de Nível 3. Para extrair apenas a área de interesse, foi utilizada a ferramenta de seleção do Arcgis e, em seguida o dado foi exportado como uma nova shapefile abrangendo apenas o local escolhido. Em posse da shapefile da bacia hidrográfica, o passo seguinte foi a realização dos ajustes necessários no MDE. Foram utilizadas duas quadrículas do Modelo Digital de Elevação (MDE), sendo elas numeradas como 05_36 e 06_36, disponibilizadas no site do projeto TOPODATA (Figuras 5 e 6). 21 Figura 5. Localização de quadrículas onde se encontra inserida a sub-bacia do Rio Pirangi. Figura 6. Detalhe das quadrículas utilizadas. Para se fazer a união das imagens de cada um dos quadrantes tornando-as uma só, foi empregada a ferramenta “Mosaico para um novo raster”, encontrada em ArcToolBox>Data Management Tools>Raster>Raster Dataset>Mosaic to a New Raster. A junção das duas quadrículas é necessária para que a visualização da área da bacia seja completa, visto que a mesma encontra-se dividida entre as quadriculas indicadas na imagem apresentada anteriormente. No MDE, para melhorar ainda mais sua precisão, foi utilizada a ferramenta FILL, encontrada em ArcToolBox>Spatial Analyst Tools>Fill. Sua função é regularizar imperfeições nos dados, removendo picos e possíveis buracos. Adicionalmente, para realizar a exclusão de valores altimétricos negativos, a função Copy Raster foi aplicada, ela está presente em ArcToolBox>Data Management Tools>Raster>Raster Dataset>Copy Raster. Esta ferramenta cria um novo arquivo excluindo os valores menores que zero. Posteriormente tanto o MDE quanto a imagem obtida do Sentinel-2A foram recortados utilizando como “molde” a shapefile da sub-bacia do Rio Pirangi, para que a visualização desses rasters abranja apenas da área de interesse. Para tal, foi feito uso da ferramenta “Extract by Mask” para cada uma das imagens separadamente. A ferramenta se encontra em ArcToolBox>Spatial Analysis Tools>Extraction>Extract by Mask. Em relação a shapefile de hidrografia, foi realizado um ajuste manual com o auxílio da ferramenta de edição do ArcGis e da imagem de satélite Sentinel-2A como base, a fim de obter maior precisão do local onde permeiam os cursos d’água. Em posse das imagens rasters e das shapefiles devidamente ajustadas para o estudo, foi 22 feita a projeção dos dados para o Datum: Sirgas 2000 e a conversão das coordenadas para UTM. Esse passo é importante visto que os dados baixados se encontram cada um com uma projeção diferente. A ferramenta responsável para a projeção dos arquivos vetoriais se encontra em ArcToolBox>Data Management Tools>Projections and Transformations>Project. E para as imagens raster, ArcToolBox> Data Management Tools>Projections and Transformations >Raster>Project Raster. 4.4 Delimitação de APPs A delimitação das APPs se dividiu em três etapas conforme explanado a seguir: 4.4.1 Delimitação de APPs em nascentes Foi criada uma shapefile de forma manual marcando todas as áreas de nascentes com o editor do Arcgis. Logo após foi utilizada a ferramenta Buffer encontrada em ArcToolBox>Analysis Tools>Proximity>Buffer delimitando um raio de 50 metros no entorno das mesmas conforme preconiza a legislação. 4.4.2 Delimitação de APPs nas margens dos rios Para as APPs margeando os cursos d’agua, foi feito novamente o Buffer, porém agora na hidrografia do local. Foi realizada a segmentação desta shapefile de hidrografia de modo a separar as diferenteslarguras de rios caso conforme a necessidade visualizada. Após a separação da shapefile principal em shapes secundárias. O Buffer criou raios de 30 metros em cursos d’água com largura menor que 10 metros, de 50 metros em cursos com largura entre 10 e 50 metros e 100 metros em cursos com largura entre 50 e 200 metros. 4.4.3 Delimitação de APPs em encostas e topos de morros Segundo o Código Florestal Brasileiro (Lei 12.651) apenas encostas com declividade acima de 45º graus, são consideradas APPs. Sendo assim, para fazer a identificação de tais áreas, foi usado o Modelo Digital de Elevação (MDE). Com auxílio da ferramenta Slope, encontrada em ArcToolBox>Analyst Tools>Surface>Slope, a partir do MDE, foi obtida uma nova imagem matricial contendo as informações da declividade do terreno em graus. Após seu processamento, foi gerado um mapa 23 temático expondo a declividade do terreno na área da bacia. Desse modo, foi possível verificar a presença ou não de APPs de encostas. Para a delimitação das APPs de topo de morro o procedimento utilizado foi embasado no método de Oliveira Fernandes Filho, (2013). Conforme explanado a seguir: 1. Inversão do MDE transformando os morros em vales da seguinte forma: Deve-se escolher um valor de altitude “n” que não exista no local e, em seguida, deve-se fazer a subtração do MDE deste valor utilizando a função Minus. Desse modo é resultado um MDE invertido; 2. Geração de raster de fluxo de escoamento no MDE invertido com a ferramenta Flow Direction; 3. Delimitação das bacias de drenagem com a ferramenta Basin; 4. Delimitação dos pontos de sela (pontos com declividade nula): -Vetorização do contorno de bacias com a ferramenta Raster to Polygon; -Divisão do polígono em linhas com a ferramenta Feature to line; -Cálculo dos valores máximos das linhas em um arquivo raster com a ferramenta Zonal Statistics; -Identificar células do MDE e do arquivo gerado anteriormente com o máximo de linhas -com a ferramenta Raster Calculator; -Conversão do arquivo obtido em pontos com a ferramenta Raster to Point; -Colocar valores de altitude nos pontos com a ferramenta Add Surface Information; 5. Delimitação do topo de morro: -Obtenção do ponto máximo do arquivo do contorno de bacias com a ferramenta Zonal Statistics; -Verificação de pontos em comum com o arquivo gerado e o MDE com a ferramenta Raster Calculator; -Reclassificação dos pontos de máximo com valor 1 com a ferramenta Reclassify; -Criar vetorização de pontos máximos com a ferramenta Raster to Point; -Colocação das altitudes nos pontos vetoriais gerados com a ferramenta Add Surface Information; 6. Delimitação da base de morro: -Criação de tabela de atributos com dados do topo do morro; -Adicionar coluna com a ferramenta Join Field com os pontos de sela e outra com os pontos geográficos dos topos; 24 -Fazer subtração de cotas dos pontos de sela do MDE com a ferramenta Raster Calculator; -Reclassificar células com valores maiores que 1 com a ferramenta Reclassify; -Realizar a vetorização dos polígonos com a ferramenta Raster to Polygon cujo arquivo será referente a base do morro; Após isso, foi observado a inexistência desse tipo de APP na área de estudo. 4.4.4 Verificação de módulos fiscais Conforme citado anteriormente, segundo o que preconiza a Lei nº 12.727 de 17 de outubro de 2012, nas Áreas de Preservação Permanente é autorizada a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em propriedades rurais estabelecidas até a data de 22 de julho de 2008. O Código estabelece regras específicas para a recomposição vegetal desses locais segundo o tamanho da propriedade e de acordo com seu módulo fiscal. A definição das faixas que precisam ser recompostas para cursos d´água são definidas para se iniciar da borda da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d´água. Desse modo, foram utilizadas shapefiles com informações do tamanho de módulo, área de propriedade e a área necessária a ser recomposta disponibilizadas pelo portal do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Em posse desses dados, foi feita análise dos dados e a explanação acerca daqueles que necessitam de reposição florestal. 4.5 Geração do mapa de Uso e ocupação do solo O mapa de uso de ocupação do solo foi elaborado objetivando a análise do atual estado ocupacional da sub-bacia hidrográfica. A imagem de satélite acima citada pertencente a missão Sentinel-2A serviu como base. Para esta etapa primeiramente foi feita a composição das bandas espectrais a partir da ferramenta Composite Bands do Arcgis. Em seguida, foi avaliada a melhor composição para a realização da análise. Para a geração das classes de uso e ocupação do solo realizou-se a vetorização poligonal manual em tela (heads-up) (JENSEN 2009; LONGLEY et al., 2013) a partir da imagem de satélite como pano de fundo . Para a definição do tipo de classe de uso, o embasamento teórico será proveniente do Manual Técnico de Uso da Terra do IBGE (2013). 25 4.6 Análise de dados finais Nessa etapa, por fim, foi feita a mesclagem dos dados obtidos. As shapefiles de APPs foram sobrepostas à de uso e ocupação do solo, desse modo, foi possível quantificar e qualificar a ocupação do solo existente nas áreas que deveriam estar em estado de preservação. Feito isso, este projeto seguiu para a explanação análise do produto cartográfico final obtido confrontando- o com a legislação vigente. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 5.1 Análise dos dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) Dentro da área de Sub-bacia do Rio Pirangi, existem 806 propriedades rurais registradas no Cadastro Ambiental Rural. A área ocupada pelos imóveis até o limite da bacia é de 17.004,54 hectares o que corresponde a 34,38% da área total da sub-bacia. Dentre os imóveis, 797 deles são imóveis rurais (IRU) e 9 são assentamentos (AST). Após consulta ao CAR, constatou-se que 158 desses imóveis estão presentes em alguma região da APP da área em questão, destes, apenas 2 dos 158 imóveis estão com status de pendência no sistema, essa pendência diz respeito à quando o imóvel não cumpriu ainda os requisitos legais definidos por lei, ou seja, o mesmo está ocupando de forma irregular alguma região da APP e ainda não regularizou esta situação. Em relação ao restante, seus cadastros encontram-se como ativos, com o status de “Aguardando análise” pelo órgão competente. O mapa a seguir (figura 7) ilustra a disposição das propriedades na área da sub-bacia. 26 Figura 7. Imóveis Cadastrados no CAR 5.2 Uso e ocupação do Solo Após a análise e classificação em tela da distribuição espacial do Uso e Ocupação do Solo na Sub-bacia do Rio Pirangi, usando como instrumento norteador o Manual de Uso de Terra elaborado pelo IBGE (BRASIL, 2013) e fazendo uma adaptação do mesmo para a área em questão, foram identificadas 7 classes diferentes de uso, sendo essas: Áreas Antrópicas Agrícolas, Áreas Antrópicas Não Agrícolas, Áreas de Vegetação, Corpos de Água, Dunas, Solo Exposto e Áreas Úmidas. A tabela 1 abaixo explana a característica de cada uma das áreas. Tabela 1. Descrição das características do uso e ocupação de cada porção identificada. Classes Características Áreas Antrópicas Agrícolas “A terra agrícola pode ser definida como terra utilizada para a produção de alimentos, fibras e commodities do agronegócio. Inclui todas as terras cultivadas, caracterizadas pelo delineamento de áreas cultivadas ou em descanso, podendo também compreender áreas alagadas. Podem se constituir em zonas agrícolas heterogêneas ou representar extensas áreas de “plantations”. Encontram-se inseridas nesta categoria as lavouras temporárias, lavouras permanentes, 27 pastagens plantadas, silvicultura e áreas comprovadamente agrícolas cujo uso não foi identificado no períododo mapeamento.” (BRASIL, 2012) Áreas Antrópicas Não Agrícolas “A esta nomenclatura estão associados todos os tipos de uso da terra de natureza não agrícola, florestal ou água, tais como áreas urbanizadas, industriais, comerciais, redes de comunicação e áreas de extração mineral.” (BRASIL, 2013) Áreas de Vegetação “A vegetação natural compreende um conjunto de estruturas florestais e campestres, abrangendo desde florestas e campos originais (primários) e alterados até formações florestais espontâneas secundárias, arbustivas, herbáceas e/ou gramíneo-lenhosas, em diversos estágios sucessionais de desenvolvimento”. (BRASIL, 2013) Corpos de Água “Incluem todas as classes de águas interiores e costeiras, como cursos de água e canais (rios, riachos, canais e outros corpos de água lineares), corpos d’água naturalmente fechados, sem movimento (lagos naturais regulados) e reservatórios artificiais (represamentos artificiais d’água construídos para irrigação, controle de enchentes, fornecimento de água e geração de energia elétrica), além das lagoas costeiras ou lagunas, estuários e baías.” (BRASIL, 2013) Dunas “São unidades geomorfológicas compostas principalmente de areia, podendo conter ou não vegetação esparsa.” (BRASIL, 2013) Solo Exposto São Áreas onde, por algum motivo o solo encontra-se sem nem uma cobertura vegetal. Áreas Úmidas São áreas de águas naturais permanentes ou temporariamente inundadas (MMA, 2013). No caso da área de estudo em questão, estas são esparsas e com pouca profundidade (Menor que 6 metros). Conforme é mostrado na Tabela 2, é possível observar que as áreas com maior abrangência na sub-bacia hidrográfica são as Áreas Antrópicas Agrícolas, as Áreas Antrópicas Não Agrícolas e as Áreas de Vegetação. É possível observar um equilíbrio nos valores destas classes, visto que as porcentagens de ocupação das mesmas resultaram em 31,10%; 32,95 e 33,51 respectivamente. Em contrapartida, as áreas com menor abrangência foram as áreas de dunas e os Solos Expostos. Vale ressaltar que os corpos de água foram calculados segundo a calha dos cursos d’água delimitadas por fotointerpretação das imagens do satélite sentinel-2. Tabela 2. Explanação de dados por área dos usos do solo Classes Área (ha) Área (%) Áreas Úmidas 450,81 0,91 Áreas Antrópicas Agrícolas 15381,97 31,10 Áreas Antrópicas Não Agrícolas 16297,32 32,95 Áreas de Vegetação 16572,76 33,51 Corpos de água 311,13 0,63 28 Dunas 229,23 0,46 Solo exposto 219,80 0,44 TOTAL 49.463,02 hectáres O mapa abaixo (figura 8) ilustra as classes presentes na Sub-bacia do Rio Pirangi: Figura 8. Mapa de Uso e Ocupação do Solo. 5.3 Áreas de Preservação Permanente As áreas de Preservação Permanentes foram delimitadas conforme o preconizado no Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651 de 2012). Foram verificadas as legislações locais, bem como os planos diretores dos municípios que compõem a sub-bacia hidrográfica, porém o descrito na lei supracitada atendeu os critérios necessários para a delimitação, exceto para o trecho da drenagem que corresponde ao Rio Pitimbu. Para este, existe a Lei Estadual nº 8.426 de 14 de novembro de 2003 que dispõe sobre a faixa de preservação ambiental do rio. Em seu artigo 4º é definido que: § 1o - As Áreas de Preservação Permanente destinam-se, prioritariamente, à criação de unidade de conservação e aos usos estabelecidos em plano de 29 manejo, compreendendo: I - a vegetação ciliar, considerando-se uma faixa mínima de 100 (cem) metros para cada margem, medidos horizontalmente, a partir do leito maior sazonal do rio, seus afluentes e entorno das nascentes; II - as áreas inundáveis situadas nas margens direita e esquerda do Rio Pitimbu em toda a sua extensão; Desse modo, foi adotado como parâmetro de medição, o leito maior sazonal. Este é definido pela resolução Conama nº 04 de 18 de setembro de 1985 (BRASIL, 1985), como “a calha alargada ou maior de um rio, ocupada nos períodos anuais de cheia”. As APPs então foram delimitadas conforme a largura de calha dos rios conforme definido no Código Florestal Brasileiro, e para o Rio Pitimbu, respeitando a largura mínima de 100 metros definida pela lei 8.426. A Figura 9 a seguir corresponde a delimitação das APPs de Rios e Nascentes:: Figura 9. Mapa das áreas de APPs identificadas. As regiões que são consideradas como APPs abrangem uma área de 3.067,5 hectares representando um total de 6,2% da área total da sub-bacia hidrográfica que devem, por lei, 30 serem protegidas. Em relação as APPs de topo de morro e de encosta foi constatado que a região de estudo não as possui. Para as APPs de topo de morro, após procedimento de identificação, o software Arcgis não retornou resultado. E para as APPs de encosta o mapa de declividade a seguir explana que, no local, o maior valor para este parâmetro foi de 26,38º quando o mínimo para haver APPs de encosta seria de 45º conforme ilustra o mapa abaixo (figura 10). Figura 10. Mapa de Declividade na sub-bacia. Na tabela 3 a seguir constam as áreas de APPs identificadas: Tabela 3. Explanação dos dados de área das APPs. APPs Área (ha) Área (%) Nascentes 47,45 1,57 Margens de cursos d’água 3020,05 98,43 TOTAL 3.067,5 hectares Foi possível observar durante a análise das APPs que em muitas regiões os cursos d’agua encontram-se assoreados e devido às intervenções antrópicas, em alguns pontos, pode- se observar que não existe mais fluxo de água. Outro ponto importante a ressaltar é a existência ao longo da extensão da rede de drenagem, a presença de diversas áreas com barramento. As 31 imagens a seguir (figuras 11 e 12) mostram alguns trechos da rede hidrográfica onde foram constatadas as situações supracitadas. Figura 11. Trecho da drenagem com presença de barramento. Fonte: Google Earth. Figura 12. Trecho da drenagem com sinal de assoreamento. Fonte: Google Earth 5.4 Áreas de Conflito do Uso do Solo com as Áreas de Proteção Permanente A realização da sobreposição dos dados de Uso e Ocupação do Solo e da Área de Preservação Permanente resultou no mapa exposto a seguir (Figura 13). Nele é possível observar que, de fato, existem áreas de conflito de uso na área de estudo. Figura 13. Mapa de Conflito do Uso e Ocupação do Sono na Sub-bacia do Rio Pirangi. 32 Os dados de área estão explanados na tabela a seguir na Tabela 4: Tabela 4. Áreas de conflito de Uso e Ocupação do Solo na Sub-bacia do Rio Pirangi. Tipo de Uso Área de Conflito (ha) Área de Conflito (%) Porcentagem em relação à área total da APP (%) Áreas Antrópicas Agrícolas 390,80 46,38 12,74 Áreas Antrópicas Não Agrícolas 451,93 53,62 14,73 TOTAL 842,73 hectáres 27,47% Conforme observado acima, o tipo de uso de maior conflito corresponde às Áreas Antrópicas Não Agrícolas, contando estas com 53,62% do total da área conflitante. Em relação ao tamanho total da APP da área de estudo, esse uso corresponde a 14,73% da área total. A respeito das Áreas Antrópicas Agrícolas, estas são responsáveis por 46,38% do conflito, correspondendo a 12,74% da área total das APPs. Desse modo, pode-se concluir que aproximadamente 27,47% das APPs estão ocupadas de forma irregular. Para as Áreas Antrópicas Não Agrícolas, observou-se que esta se trata principalmente de ocupação de centros urbanos e as Áreas Antrópicas Agrícolas são, em sua maioria compostas por porções de pastagens, e diversos tipos de plantações voltadas para agricultura, bem como também foi observada a existência de quadrículas preparadas para receber plantios. É evidente que o processo de urbanização e a demanda pela agricultura e pecuária tem crescido drasticamente nos últimos anos. Aliado a isso, tem-se a escassez de condições de habitabilidade o que gera um descaso com os espaçosnaturais, em especial com as APPs, pelo fato de que os avanços populacionais tendem a se expandir para esses locais. Estes fatos elucidam a importância que o planejamento ambiental tem para diminuir esses problemas, planejamento este que quando aliado com as ferramentas de geoprocessamento, se torna muito mais eficiente. 6. CONCLUSÕES A metodologia aplicada utilizando como ferramenta principal o geoprocessamento, possibilitou de forma eficaz que o objetivo principal desse trabalho (identificar as áreas de conflito de uso do solo) fosse atingido. O Cadastro Ambiental Rural, possibilitou ter uma dimensão da grande quantidade de imóveis rurais (com dados ainda em análise) estão presentes na área de estudo. Adicionalmente com a execução dos mapas temáticos e a delimitação destes realizadas por mapeamento manual e visual em tela, ilustrou, de modo eficaz, o problema 33 presente na região. Pode-se concluir que na sub-bacia do Rio Pirangi existe, de fato, um conflito da ocupação do solo contrariando o preconizado em lei. Ações antrópicas irregulares na região prejudicam a função ambiental das APPs que tem como objetivos principais preservar os recursos hídricos, o solo, a paisagem natural, a estabilidade geológica, a biodiversidade e o próprio bem estar das populações, visto que a degradação dessas áreas pode causar impactar diretos. Esse trabalho pode ser considerado importante pelo fato de explanar na área de estudo onde a vegetação é escassa ou inexistente. Fornecendo, dessa forma, um subsídio para auxiliar na recuperação da vegetação e no ordenamento territorial local. 34 7. REFERÊNCIAS ALVARES, Clayton Alcarde et al. Koppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrif, [s. l.], v. 22, ed. 6, p. 711-728. AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA), BACIAS Hidrofráficas Ottocodificadas. 5 mar. 2021. shapefile. 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