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INFLUÊNCIA DA SELETIVIDADE ALIMENTAR NO AUTISMO

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Nome dos acadêmicos: Anna Caroline de França Messias Medeiros 
Raiane Eloá Rufino da Silva Alves 
Raphael Pacheco Miranda 
Rita de Cassia de Sousa 
Nome do Professor tutor externo: Jessica Maria Farias Kruschewsky Scoton 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Nutrição (FLC8719) – Prática do Módulo III - 20/10/22 
 
INFLUÊNCIA DA SELETIVIDADE ALIMENTAR NO AUTISMO 
 
Anna Caroline de França Messias Medeiros 
Raiane Eloá Rufino da Silva Alves 
Raphael Pacheco Miranda 
Rita de Cassia de Sousa 
Jessica Maria Farias Kruschewsky Scoton² 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 O presente trabalho abordará sobre o Transtorno do espectro autista, com 
ênfase na seletividade alimentar e sua principalmente no dia que diz respeito aos 
comprometimentos na saúde do paciente/cliente, com direcionamento no sistema 
gastrointestinal do indivíduo, para isso a metodologia escolhida foi a revisão de artigos 
recentes na temática e uma pesquisa de campo quantitativa para apurarmos e 
ratificarmos a teoria com a prática, não conseguimos definir um lugar fixo para a 
realização da pesquisa, porém conseguimos identificar vários graus, e dificuldades 
amplamente. 
 O objetivo geral se trata de como essa seletividade vem a causar certos 
comprometimentos na saúde do indivíduo, levando em consideração na disbiose do 
sistema gastrointestinal e quais as suas implicações no organismo. 
 Com a observação das pesquisas surgiu então a necessidade do 
entendimento da seletividade alimentar com relação a disbiose intestinal. Já que 
sabemos que muito se sabe sobre as deficiências que podemos ter, quando não 
temos uma dieta rica em nutrientes. 
 Levando em consideração em uma pessoa normal, geralmente existe uma 
resistência quanto ao consumo de determinados alimentos, porém devemos sempre 
observar quando existe uma resistência a um grupo alimentar completo, e 
consequentemente adequar prioritariamente quanto a questão de nutrientes, para que 
não haja comprometimentos. 
 
 Levando em consideração, tais questionamentos, buscamos definir o que 
achamos que seria pertinente. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
2.1 DEFINIÇÃO DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: 
 
 O Transtorno do espectro autista, está relacionado a fatores de comunicação, 
desordens no desenvolvimento neurológico, que tem início desde o seu nascimento. 
A criança apresenta dificuldades que vão desde a dificuldade na comunicação social 
até mesmo a dificuldade de entender e assimilar metáforas. 
 É caracterizado como uma síndrome ou um transtorno 
neurobiológico complexo que acomete o comportamento de seu portador, 
podendo ser diagnosticado a partir dos 12 meses e pode comprometer de 
diversas maneiras o desenvolvimento mental do paciente, afetando assim, 
negativamente a sua saúde e o seu bem-estar (RISTORI M, 2019). 
 
 Se caracteriza como uma disfunção do neurodesenvolvimento que apresenta 
diversos níveis de comprometimento em cada paciente, podendo variar entre leve, 
moderado ou grave. Se alterações de comunicação verbal e não-verbal, como 
acometimentos na habilidade motora da fala e as vezes dificuldades ou até mesmo 
incapacidade de interação com terceiros, cognição e relacionamento social. 
 Além disso, os pacientes apresentam alguns padrões, como comportamentos 
repetitivos, padronizados, os estereotipados, e alterações do processo sensorial que 
podem cursar com hipo ou hipersensibilidade. Outros sintomas observados são, 
alterações do aparelho gastrointestinal, possíveis crises convulsivas, autoagressão e 
alterações do sono, como dificuldade para iniciar o sono, sonambulismo e pesadelos 
frequentes. 
.O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma anormalidade 
do desenvolvimento neurológico, caracterizado por dificuldades de 
comunicação e interação social e pela presença de comportamentos e/ou 
interesses repetitivos e restritos ,sendo assim, são caracterizados por 
distúrbios de fala e linguagem, padrões restritos de estresse, disfunções 
motoras e deficiências tanto intelectuais, quanto de aprendizagem, o mesmo 
apresenta uma alta variabilidade em relação à presença e a intensidade de 
seus sintomas para cada portador, podendo indicar que tenham subtipos 
adicionais (RISTORI M, 2019). 
 
 É um transtorno que conseguimos identificar logo na infância, e a grande 
maioria consegue ter o diagnóstico logo na infância, quando a criança começa a ter 
certa retração de comportamento, problemas de relacionamentos com outras crianças 
e adultos também. Para o diagnóstico, o paciente necessita de uma avaliação mais 
abrangente, exames detalhados, entre outros. 
 “Normalmente manifesta-se até os três anos de idade e os sintomas podem 
variar quanto à sintomatologia e grau de acometimento, mas apresenta em comum 
uma interrupção precoce de socialização” (KLIN, 2006). 
 
 Segundo o DSM-5 — Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos 
Mentais. 
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do desenvolvimento 
que pode ser reconhecido por déficits clinicamente significativos e 
persistentes na comunicação social e nas interações sociais; déficits 
expressivos na comunicação não verbal e verbal; padrões restritos e 
repetitivos de comportamento, interesses e atividades (APA, 2014) 
 
 Segundo o autor e o presente trabalho, a maior prevalência de diagnósticos 
está direcionado ao sexo masculino. "Tal ponto é relacionado à maior prevalência do 
transtorno do espectro autista em meninos; cerca de quatro meninos para cada 
menina" (OLIVEIRA; SERTIÉ, 2017). 
 
2.2 SELETIVIDADE ALIMENTAR: 
 
 A seletividade alimentar tem como definição, a dificuldade do indivíduo em não 
aceitar determinados alimentos ou grupos de alimentos, ou seja, existe a rejeição de 
grande parte de alimentos. Devemos diferenciar a recusa alimentar que é normal em 
toda criança, que é quando a criança não aceita comer por exemplo uma banana, do 
que a criança que não aceita comer nenhuma fruta. Ou da criança que se recusa em 
comer o grupo das proteínas. 
 A seletividade tem início a partir de 2 anos de idade, podendo se manifestar a 
qualquer etapa da vida dela. Pode ter recusa quanto o alimento em si, ou a textura do 
alimento, a cor, ou até mesmo do sabor. 
 
“A seletividade alimentar, como uma das alterações comportamentais existentes 
nos TEA, é associada à desordem sensorial e defensividade tátil, que pode afetar 
diretamente a aceitação de alimentos e texturas” (CARVALHO, et al., 2012; 
BERNARDES, 2018). 
Agora em relação indivíduos com Transtorno do espectro autista, a seletividade 
alimentar é um fator comum a eles, pois existe a alteração sensorial que podem vir a 
influenciar na percepção dos alimentos, da textura, cheiro e no olfato e até mesmo no 
que diz respeito a dificuldades de mastigação e/ou deglutição. Isso pode ser um fator 
importante para fazer essas crianças a terem aversões, fobias e vão 
consequentemente deixar de comer alimentos importante, não só de macronutrientes, 
mais prioritariamente os alimentos ricos em micronutriente, no qual temos vitaminas e 
minerais de suma importância. 
 Inicialmente começa com a criança comendo bem, e chega em um momento 
que ela vai começar recusando um grupo alimentar, e gradativamente o desprezo por 
cheiro de determinado alimento, podendo chegar a ter ânsia de vômito, a textura e cor 
também são um dos mais comuns fatores determinantes para a aceitação ou 
desprezo ,a marca e forma do alimento também são determinantes para a escolha do 
autista, além de todas as características sensoriais, pode ter também uma rotina 
quanto ao momento da refeição, a criança vai ter que estar sentada em uma mesma 
posição sempre, em determinado prato, determinado garfo ou colher, ou assistindo 
algum programa, desenho, entre outros , observado esse repertório citado, significa 
dizer que existe a seletividade, e com essa diminuição alimentar desse paciente 
acarretará a deficiêncianutricional, um dos fatores que mais observados quanto a 
seletividade são as questões que ela traz para o seletivo, como infecções, 
inflamações, doenças autoimunes, questões intestinais e a disbiose. 
 A seletividade também pode estar ligada a dificuldade de mastigação, quando 
não temos uma boa mastigação o alimento chega intacto ao trato gastrointestinal, o 
que pode vir a gerar desconforto em geral, que pode influenciar na seletividade. 
2.3 DISBIOSE INTESTINAL: 
 
Crianças com TEA são comumente rotineiras na alimentação e na vida, 
geralmente elas preferem amido, lanches e alimentos processados e recusam frutas, 
 
vegetais e proteínas, em sua grande maioria alimentos ultra processados, que podem 
vir a acarretar problemas ainda maiores, como descontrole da glicemia, obesidade, 
diabetes, como bem sabemos, o que causa o consumo desenfreado desse tipo de 
alimento. 
Normalmente as crianças têm níveis diminuídos de ácido 
pantatênico, folato, biotina, vitaminas, principalmente B12, D e E, e também 
redução do cálcio, magnésio, cobre e ferro. Além disso, é comum a 
ocorrência de intolerâncias alimentares, principalmente por laticínios, nozes 
e frutas, que podem produzir uma reação do sistema imunológico e provocar 
liberação de citocinas (químicos inflamatórios), os quais podem inflamar o 
cérebro (PERETTI S, et al., 2018). 
 “As crianças autistas são mais vulneráveis a alterações microbianas no 
intestino que podem ocasionar disbiose, produção de toxinas, aberrações nos 
produtos de fermentação e anormalidades imunológicas e metabólicas.” (DING; 
TAUR; WALKUP, 2017). 
De acordo com Hsiao EY (2014): 
 Os portadores de TEA possuem problemas gastrointestinais 
significativos e estudos revelam que esse distúrbio está fortemente associado 
à disbiose, ou seja, uma alteração na microbiota intestinal dessas crianças, 
contribuindo para deficiências cognitivas e comportamentais. Essa mudança 
da microbiota em comparação com as crianças em desenvolvimento típico 
(DT) é caracterizada por baixo nível de Bifidobacterium, firmicutes e alto nível 
de clostridium, bacteroidetes, desulfovibrio e lactobacillus. 
 Os clostrídios, por exemplo, produzem uma neurotoxina que inibe a 
liberação de neurotransmissores e contribui para a ansiedade, estresse e 
outros sintomas característicos de portadores de TEA. Assim, a disbiose é 
associada a dificuldades significativas de cognição, humor e dor, causando 
comportamentos irritativos nas crianças do espectro (HSIAO E, 2014). O 
TEA, que antes tinha pouca visibilidade, hoje é visto como uma disfunção do 
sistema nervoso central (SNC) com distúrbios no corpo em geral, incluindo o 
trato digestivo. 
 
 Segundo Srikantha P e Mohajeri M (2019), há uma conexão importante entre 
a microbiota intestinal e o sistema nervoso central (SNC), e a modulação do eixo 
microbiota-intestino-cérebro pode ser uma forma eficaz e promissora para melhorar 
os sintomas da doença. 
 Além disso, nos transtornos do espectro autismo (ASDs) foi visto a 
ocorrência de uma ativação do sistema imunológico precocemente com 
inflamação crônica e falha na regulação de citocinas o que nos chama mais 
atenção a esses eventos gastrointestinais. Por fim, foi visto que a constipação 
é um sintoma do sistema gastrointestinal frequentemente relatado por 
indivíduos autistas e essa constipação agrupa diferentes tipos bacterianos. 
Essas comunidades de microrganismos intestinais alteradas não se 
 
relacionam ao modo de constipação dos portadores de autismo e sim 
dependem do próprio transtorno autista (STRATI F, et al., 2017). 
 
2.4 PAPEL DO NUTRICIONISTA NOS CASOS DE TEA: 
 
 Sabemos que o papel do nutricionista é de suma importância, não somente 
com relação ao TEA, mas em um ambiente geral, e não seria diferente no autismo, 
pois com um acompanhamento adequado e direcionado, conseguimos amenizar 
muitos problemas como por exemplo a deficiência nutricional, bem como alterações 
de humor, como por exemplo irritabilidade, agressividade, entre outros 
comportamentos. 
 “Alguns estudos sugerem que intervenções nutricionais podem ser uma via de 
tratamento dos sintomas comportamentais e gastrointestinais em crianças com TEA” 
(PERETTI S, et al., 2018). 
 Infelizmente notamos durante o desenvolvimento deste trabalho que isso 
não ocorre, as pessoas ainda não entendem como é importante um acompanhamento 
multidisciplinar, e que também envolve a nutrição. Devemos ter um olhar amplo, em 
relação a nutrição, pois podemos com isso amenizar os sintomas do autismo, e 
contribuir para esse que esse indivíduo tenha uma vida mais normal possível, sem 
dificuldades além das que são características do autismo. 
 Com essa visão algumas estratégias podem ser utilizadas como a restrição 
do glúten, e caseína, estratégias como o uso de probióticos e probióticos, dietas 
direcionadas a fim de incluir mais grupos alimentares, contribuindo para que também 
possam ter uma microbiota funcionante. 
 “As principais dietas utilizadas são sem glúten e sem caseína (GFCF), 
cetogênica, com ferro, ácido graxo (suplementação de ômega 3), dieta específica de 
carboidrato, suplementos alimentares como vitaminas A, E, B12, além de magnésio e 
folato” (KARHU E, et al., 2019). 
 “Outras estratégias como o uso de prebióticos e probióticos, baseadas na 
ideia de que a dieta influencia as bactérias intestinais, têm demonstrado papel 
importante na digestão alimentar, com melhora do humor, ansiedade e estresse 
nesses pacientes” (PERETTI S, et al., 2018). 
 
 
2.4 GRÁFICOS/QUESTIONÁRIO: 
 
 Tabela relacionada com a pesquisa que fizemos sobre a seletividade 
alimentar, demonstrada por porcentagem, nas quais não limitamos a uma única 
alternativa. Foi distribuída para pessoas próximas e algumas também de grupos de 
conhecidos nossos. 
1 - Qual o sexo do entrevistado? 
Feminino 77,22% 
Masculino 27,78% 
 
2 - Com quantos anos foi descoberto o 
autismo? 
1 - 2 anos 33,33% 
3 - 4 anos 36,11% 
5 - 6 anos 8,33% 
7 - 8 anos 11,11% 
9 - 10 anos 0,00% 
11 - 12 anos 2,78% 
13 - 14 anos 5,56% 
 
3 - A família buscou o acompanhamento de 
profissional? 
Nutricionista 25,00% 
Psicólogo 47,78% 
Neurologista 86,11% 
Psiquiatra 30,56% 
Clínico geral 16,67% 
Fonoaudiólogo 69,44% 
Não possui nenhum tipo de acompanhamento 5,56% 
 
4 - Existe alguma seletividade, alguma 
recusa de alimentos? 
Frutas 36,11% 
Legumes 47,22% 
Proteínas 27,78% 
 
Doces 19,44% 
Leite 22,22% 
Come de tudo 25,00% 
 
5 - Qual a textura que mais agrada o 
indivíduo? 
Dura 69,44% 
Mole 25,00% 
 
6 - Tem alguma preferência alimentar? 
Doce 41,67% 
Salgado 44,44% 
Verduras 13,89% 
Frutas 25,00% 
Legumes 22,22% 
Proteínas 25,00% 
Pães/Salgados 41,67% 
 
7 - Sobre a defecação, o indivíduo possui 
alguma dificuldade? 
Facilidade 72,22% 
Dificuldade 27,78% 
 
3. METODOLOGIA 
 A pesquisa contou com a revisão bibliográfica de outros autores e foi feito um 
delineamento com base em uma pesquisa exploratória de dados, o procedimento foi 
uma pesquisa de campo, de forma virtual estruturada, através do site, 
https://Surveyheart.com, no qual fizemos um questionário de 7 perguntas, das quais 
buscamos incluir as confirmações sobre a seletividade alimentar. Tal questionário foi 
enviado aos responsáveis e aos próprios portadores do autismo, com isso 
conseguimos trinta e seis respostas reais. Os gráficos são os números verídicos feitos 
para ratificar a parte teórica informada inicialmente, tendo como sua natureza 
quantitativa, ou seja, com bases estatísticas. 
 Quanto as buscas dos artigos, utilizamos as bases de dados Google 
Acadêmico, Scielo, PubMed, Lilacs, empregando os termos, “seletividade alimentar”, 
 
“autismo e alimentação”, “transtorno do espectro autista com seletividade alimentar”, 
em língua portuguesa e inglesa. Utilizamos o critério de pesquisas em seres humanos, 
com diferentesidades, não focamos em regiões pela dificuldade de encontrarmos 
pessoas com o Transtorno. 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
 Depois de observados os gráficos, percebemos que de fato a doença alcança 
em sua maior parte de fato os meninos com 77,78 %, conforme outros artigos 
revisados já haviam informado, e que a idade de maior predominância para 
descoberta foi do espectro foi entre 3 a 4 anos com 36,11%. 
Uma outra informação levantada com a pesquisa de campo foi sobre o 
acompanhamento em algumas especialidades da saúde, em primeiro lugar veio o 
neurologista; segundo o psicólogo; terceiro fonoaudiólogo; quarto psiquiatra e em 
quinta posição o nutricionista e com esse dado é relevante a temática desde trabalho 
pois uma vez conhecida atuação de nutrição esses responsáveis deveriam procurar 
tratamento multidisciplinar de forma simultânea. 
 Foi percebido que a maioria dos entrevistados que a preferência é por textura 
dura, e faz sentido a recusa alimentar pelos legumes e frutas, comprometendo toda a 
parte gastrointestinal e de humor, onde entra a participação do nutricionista em 
suplementar essa alimentação e entender quais são os alimentos, cores, texturas que 
desencadeiam o comportamento agitado ou calmo; Prazer ou repulsa; Quanto a 
preferência alimentar consta-se salgados de farinha branca e doces , com esses 
hábitos há de se perceber uma má alimentação e consequências desfavoráveis. 
Outro fator importante é quanto a seletividade alimentar que é tão limitada e os 
exames informam carências de vitaminas e nutrientes tais como B5, B6, B6, Cálcio, 
magnésio, cobre e fibras. 
 Concluímos então com esse trabalho corroborou com as pesquisas e autores 
anteriormente citados de forma que todos os dados se completam, tudo inicia-se com 
a seletividade alimentar com isso as desordens gastrintestinais que são associadas a 
maior colonização por Clostridium sp. e há um crescimento da produção de 
 
peptídeos opioides que modifica a permeabilidade intestinal e o nível de produção de 
metabólitos e toxinas com isso a microbiota é irregular, e inflama que fomenta os 
sintomas do TEA. 
 Esta revisão confirmou que o acompanhamento nutricional em portadores de 
TEA é necessário e eficiente para sintomas gastrointestinais e comportamentais, uma 
vez assistidos há um significativo aumento na qualidade de vida devido a 
irregularidade dos sintomas gasto entéricos que são vinculados ao TEA que causam 
comportamentos agitados. 
 Confirmou-se que tal particularidade de refeições e carências do organismo e 
a importância de uma dieta individualizada devido à alta seletividade alimentar, 
embora não esteja nos gráficos, frequentemente o TEA leva ao ganho de peso 
excessivo. 
 No entanto, o estudo ainda é longo e longe de ser totalmente explorado, é 
viável que sejam elaboradas mais análises para levantar quais seria a melhor 
abordagem e os benefícios para que a atuação multidisciplinar seja assertiva. 
 
REFERÊNCIAS 
 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION -APA. Manual diagnóstico e estatístico de 
transtornos mentais: DSM-5; Associação Brasileira de Psiquiatria. Trad. Maria Inês Corrêa 
Nascimento. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
BERNARDES A. Influencia da nutrição em crianças com transtorno do espectro autista. 
Universidade de Cuiabá. Cuiabá, 2018; 9-28. 
CARVALHO J. et al. Nutrição e Autismo: Considerações sobre a alimentação do autista, Araguaina. 
2012; 5: 1-6. 
DING, Helen T.; TAUR, Ying; WALKUP, John T. Gut microbiota and autism: key concepts and 
findings. Journal of autism and developmental disorders, v. 47, n. 2, p. 480-489, 2017. 
HSIAO E. Gastrointestinal issues in autism spectrum disorder. Harvard review of psychiatry, 2014; 
22(2): 104-111. 
KARHU E, et al. Nutritional interventions for autism spectrum disorder. Nutrition Reviews, 2020; 
78(7): 515-531. 
 
KLIN,A. Autismo e síndrome de Asperger: uma visão geral. Revista Brasileira de Psiquiatria, 
v. 28, supl. 1, p. 3-11, 2006. 
Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais [recurso eletrônico] : DSM-5 / [American 
Psychiatric Association ; tradução: Maria Inês Corrêa Nascimento ... et al.] ; revisão técnica: Aristides 
Volpato Cordioli ... [et al.]. – 5. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2014. 
Neurosaber. DSM-5 e o diagnóstico no TEA. Instituto Neuro Saber, 2020. Disponível em: 
<https://institutoneurosaber.com.br/dsm-5-e-o-diagnostico-no-tea>. Acesso em: 08, outubro e 2022. 
PERETTI S, et al. Diet: the keystone of autism spectrum disorder?. Nutritional neuroscience, 2019 
SRIKANTHA P, MOHAJERI M. Hasan. The possible role of the microbiota-gut-brain-axis in autism 
spectrum dinternational journal of molecular sciences, 2019; 20(9): 2115. 
STRATI F, et al. Novas evidências sobre a microbiota intestinal alterada em transtornos do 
espectro do autismo. Microbione, 2017; 5; 1-11. 
 
OLIVEIRA, K. G; SERTIÉ, A. L. Transtornos do espectro autista: um guia atualizado para 
aconselhamento genético. Einstein, v. 15, n. 2, p. 234-238, 2017 
RISTORI, Maria Vittoria et al. Autism, Gastrointestinal Symptoms and Modulation of Gut 
Microbiota by Nutritional Interventions. Nutrients. 2019. 
TIMOTHY G, et al. O Microbiome-Gut-Brain Eixo na Cura e na Doença. Article in press, 2016.

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