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ProteAnaCReativa-Alves-2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
PROTEÍNA C REATIVA E SUA RELAÇÃO COM 
MARCADORES ANTROPOMÉTRICOS E 
BIOQUÍMICOS NA PREDIÇÃO DE ALTERAÇÕES 
CARDIOVASCULARES EM ADOLESCENTES COM 
EXCESSO DE PESO 
 
 
 
 
 
TAIANE DE FREITAS ALVES 
 
 
 
 
 
 
NATAL–RN 
2021 
 
 
TAIANE DE FREITAS ALVES 
 
 
 
PROTEÍNA C REATIVA E SUA RELAÇÃO COM 
MARCADORES ANTROPOMÉTRICOS E 
BIOQUÍMICOS NA PREDIÇÃO DE ALTERAÇÕES 
CARDIOVASCULARES EM ADOLESCENTES COM 
EXCESSO DE PESO 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Curso de Graduação em Nutrição da Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte como requisito 
final para obtenção do grau de nutricionista. 
 
 
 
Orientadora: Profª. Severina Carla Vieira Cunha Lima 
Coorientadora: Maria Eduarda Bezerra da Silva 
 
 
 
 
NATAL–RN 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS 
 
 Alves, Taiane de Freitas. 
 Proteína C Reativa e sua relação com marcadores 
antropométricos e bioquímicos na predição de alterações 
cardiovasculares em adolescentes com excesso de peso / Taiane 
de Freitas Alves. - 2021. 
 21f.: il. 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação em Nutrição) 
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de 
Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição. Natal, RN, 2022. 
 Orientadora: Severina Carla Vieira Cunha Lima. 
 
 
 1. Doenças cardiovasculares - TCC. 2. Adolescentes - TCC. 
3. Obesidade - TCC. 4. Proteína C Reativa - TCC. I. Lima, 
Severina Carla Vieira Cunha. II. Título. 
 
RN/UF/BS-CCS CDU 616.1 
 
 
 
 
 
Elaborado por ANA CRISTINA DA SILVA LOPES - CRB-15/263 
 
 
 
 
TAIANE DE FREITAS ALVES 
 
 
 
PROTEÍNA C REATIVA E SUA RELAÇÃO COM 
MARCADORES ANTROPOMÉTRICOS E 
BIOQUÍMICOS NA PREDIÇÃO DE ALTERAÇÕES 
CARDIOVASCULARES EM ADOLESCENTES COM 
EXCESSO DE PESO 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final para obtenção do 
grau de Nutricionista. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Severina Carla Vieira Cunha Lima 
(Orientadora) 
 
 
Maria Eduarda Bezerra da Silva 
(Coorientadora) 
 
 
Marcia Marília Gomes Dantas Lopes 
(3º membro) 
 
 
Natal,08 de setembro de 2021 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Primeiramente agradeço a Deus por iluminar a minha trajetória e me ajudar a 
atingir meus objetivos. Também quero agradecer imensamente à minha mãe, Josefa, por 
seu amor e carinho, pelas palavras encorajadoras e reconfortantes, pela confiança e por 
acreditar na minha capacidade, mesmo quando desacreditava. Agradeço também ao meu 
pai João, e meu tio Wilson pelo apoio incondicional em todos os momentos de minha 
vida. 
Agradeço também à minha orientadora Severina Carla e coorientadora Maria 
Eduarda por seus conselhos, pela motivação, pela paciência e sobretudo por me ajudar a 
atingir mais uma meta em minha carreira profissional. Estendo meus agradecimentos aos 
meus amigos, em especial, Roberta, Sthephanny, Nataly, Misael, Rolando e Joanielly e a 
todos que me ajudaram direta ou indiretamente a desenvolver esse trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALVES, Taiane de Freitas. Proteína-C reativa e marcadores antropométricos e 
bioquímicos como preditores de alterações cardiovasculares em adolescentes com 
excesso de peso. 2021. 25 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) 
– Curso de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021. 
 
RESUMO 
 
Introdução: Os parâmetros antropométricos e bioquímicos auxiliam na classificação de 
fatores de risco para doenças cardiovasculares. Dentre eles, a proteína-C reativa (PCR) 
é um importante biomarcador sensível à identificação da condição pró-inflamatória 
sistêmica subclínica em indivíduos com obesidade. Objetivo: Analisar os marcadores 
antropométricos, bioquímicos e as concentrações de PCR e sua habilidade em predizer 
alterações cardiovasculares. Metodologia: Estudo transversal, com 184 adolescentes de 
10 a 19 anos com sobrepeso/obesidade. Foram coletados dados antropométricos (estatura, 
peso e perímetro da cintura e do pescoço) e bioquímicos (perfil lipídico, glicêmico e 
concentrações de PCR). Os dados foram avaliados por testes de coeficiente de correlação 
de Pearson e teste Exato de Fisher. Foi considerada estatisticamente significantes aqueles 
resultados com p-valor < 0,05. Resultados: Dos 184 adolescentes, 52,72% eram meninos. 
As meninas tiveram valores maiores de insulina de jejum e HOMA-IR, e os meninos 
apresentaram valores mais elevados para a razão cintura/estatura. Nos meninos, PCR 
correlacionou-se positivamente com índice de massa corporal (IMC), perímetro da 
cintura, insulina de jejum (p<0,005) e HOMA-IR (p<0,005) e razão cintura/estatura 
(p<0,001). E nas meninas com IMC e razão cintura/estatura (p<0,005). 
Conclusão: Marcadores antropométricos e do perfil glicêmico se correlacionaram com 
as concentrações de PCR em adolescentes com excesso de peso, sugerindo que a PCR 
pode predizer risco cardiovascular. 
PALAVRAS-CHAVE: Doenças cardiovasculares; adolescentes; obesidade; Proteína C 
reativa 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
Introduction: Anthropometric and biochemical parameters help in the classification of 
risk factors for cardiovascular disease. Among them, C-reactive protein (CRP) is an 
important biomarker sensitive to the identification of subclinical systemic 
proinflammatory condition in individuals with obesity. Objective: To analyze 
anthropometric and biochemical markers and CRP concentrations and their ability to 
predict cardiovascular changes. Methodology: Cross-sectional study with 184 
overweight/obese adolescents aged 10 to 19 years. Anthropometric (height, weight and 
waist and neck perimeter) and biochemical (lipid, glycemic and CRP concentrations) data 
were collected. Data were evaluated by Pearson's correlation coefficient tests and Fisher's 
exact test. Results with p-value < 0.05 were considered statistically significant. Results: 
Of the 184 adolescents, 52.72% were boys. Girls had higher values for fasting insulin and 
HOMA-IR, and boys had higher values for waist-to-height ratio. In boys, CRP was 
positively correlated with body mass index (BMI), waist circumference, fasting insulin 
(p<0.005) and HOMA-IR (p<0.005) and waist-to-height ratio (p<0.001). And in girls 
with BMI and waist/height ratio (p<0.005). Conclusion: Anthropometric and glycemic 
profile markers correlated with CRP concentrations in overweight adolescents, 
suggesting that CRP can predict cardiovascular risk. 
KEYWORDS: Cardiovascular diseases; teenagers; obesity; C-reactive protein 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1. Características biodemográficas, antropométricas e bioquímicas dos 
adolescentes de acordo com o sexo 
Tabela 2. Correlações entre PCR, parâmetros antropométricos e bioquímicos dos 
adolescentes de acordo com o sexo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................... 4 
ARTIGO DE PESQUISA ........................................................................................................... 5 
RESUMO .....................................................................................................................................6 
Introdução .................................................................................................................................. 11 
Metodologia ............................................................................................................................... 12 
Resultados .................................................................................................................................. 15 
Discussão .................................................................................................................................... 16 
Conclusão ................................................................................................................................... 17 
Referências ................................................................................................................................. 18 
TABELAS .................................................................................................................................. 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
O presente estudo teve origem de um projeto maior intitulado ``Estudo da 
associação entre polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) dos genes CYP2R1 e VDR 
com as concentrações séricas de cálcio e vitamina D e sobrepeso/obesidade em 
adolescentes’’ coordenado pela professora Severina Carla Vieira Cunha Lima. Nesse 
projeto participei na coleta de dados e com isso, tive a oportunidade de realizar meu 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). 
Para elaboração deste estudo, foram utilizados dados de um banco de dissertações 
de mestrado e tese de doutorado. A partir desse banco de dados, as variáveis aqui 
estudadas foram: dados antropométricos, do perfil lipídico e glicêmico, e dosagem das 
concentrações de PCR. Com isso, objetivou-se avaliar a relação entre as concentrações 
de PCR e as variáveis de risco cardiometabólico em adolescentes com excesso de peso. 
Os resultados encontrados foram utilizados na elaboração e defesa de TCC do 
Curso de Graduação em Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 
escrito em formato de artigo científico, conforme as normas da revista Jornal de 
Pediatria, Qualis B1 para a área de Nutrição da CAPES (2013-2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARTIGO DE PESQUISA 
 
Proteína C- reativa e marcadores antropométricos e bioquímicos como preditores 
de alterações cardiovasculares em adolescentes com excesso de peso 
C-reactive protein and anthropometric and biochemical markers as predictors of 
cardiovascular changes in overweight adolescentes 
 
Taiane de Freitas Alves1, Maria Eduarda Bezerra da Silva, Amanda Caroline Pereira 
Nunes1, Angélica Luiza de Sales Souza 1, Severina Carla Vieira Cunha de Lima1. 
 
1 Departamento de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Av. Sen. Salgado 
Filho 3000, Lagoa Nova, Campus Central, Natal, RN, CEP: 59078-970, Brasil. Taiane de 
Freitas Alves, taianealves.f@gmail.com; Maria Eduarda Bezerra da Silva, 
dubezerrasilva@gmail.com; Amanda Caroline P.Nunes, amandanunes0206@gmail.com; 
Angélica Luiza de Sales Souza, angélica_sales9@hotmail.com; Severina Carla Vieira 
Cunha Lima, scvclima@gmail.com. 
 
Título abreviado: Proteína C- reativa e alterações cardiovasculares. 
 
*Autor correspondente: Severina Carla Vieira Cunha de Lima; scvclima@gmail.com, 
Departamento de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Av. Sen. 
Salgado Filho, no 3000, Campus Central, Lagoa Nova, Natal, RN. CEP: 59078-970, 
Brasil. Telefone: 55(84) 3342-2291 
 
 
Palavras-chave: Doenças cardiovasculares; adolescentes; obesidade; Proteína C reativa 
 
 
 
mailto:taianealves.f@gmail.com
mailto:dubezerrasilva@gmail.com
mailto:amandanunes0206@gmail.com
mailto:angélica_sales9@hotmail.com
mailto:scvclima@gmail.com
 
 
RESUMO 
Introdução: Os parâmetros antropométricos e bioquímicos auxiliam na classificação de 
fatores de risco para doenças cardiovasculares. Dentre eles, a proteína-C reativa (PCR) 
é um importante biomarcador sensível à identificação da condição pró-inflamatória 
sistêmica subclínica em indivíduos com obesidade. Objetivo: Analisar os marcadores 
antropométricos, bioquímicos e as concentrações de PCR e sua habilidade em predizer 
alterações cardiovasculares. Metodologia: Estudo transversal, com 184 adolescentes de 
10 a 19 anos com sobrepeso/obesidade. Foram coletados dados antropométricos (estatura, 
peso e perímetro da cintura e do pescoço) e bioquímicos (perfil lipídico, glicêmico e 
concentrações de PCR). Os dados foram avaliados por testes de coeficiente de correlação 
de Pearson e teste Exato de Fisher. Foi considerada estatisticamente significantes aqueles 
resultados com p-valor < 0,05. Resultados: Dos 184 adolescentes, 52,72% eram meninos. 
As meninas tiveram valores maiores de insulina de jejum e HOMA-IR, e os meninos 
apresentaram valores mais elevados para a razão cintura/estatura. Nos meninos, PCR 
correlacionou-se positivamente com índice de massa corporal (IMC), perímetro da 
cintura, insulina de jejum (p<0,005) e HOMA-IR (p<0,005) e razão cintura/estatura 
(p<0,001). E nas meninas com IMC e razão cintura/estatura (p<0,005). 
Conclusão: Marcadores antropométricos e do perfil glicêmico se correlacionaram com 
as concentrações de PCR em adolescentes com excesso de peso, sugerindo que a PCR 
pode predizer risco cardiovascular. 
PALAVRAS-CHAVE: Doenças cardiovasculares; adolescentes; obesidade; Proteína C 
reativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Introdução 
 
A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo em excesso de adiposidade 
corpórea que aumenta o risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis 
(DCNT) como diabetes melito tipo 2, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares. 
Esses agravos são as principais causas de morte em adultos e, por isso, a obesidade e o 
sobrepeso no público mais jovem aumentam o risco de morbidade, mortalidade e 
incapacidade na vida adulta (SANTOS et al, 2020). Sugiro inserir algum dado 
epidemiológico do excesso de peso no público jovem. 
Na obesidade ocorre um aumento substancial no tamanho e número de células do 
tecido adiposo, que gera uma redução do suprimento de sangue para os adipócitos e, em 
consequência, uma hipóxia dessas células. Esse processo ocasiona a liberação de grande 
quantidade de citocinas pró-inflamatórias, como o Fator de Necrose Tumoral Alfa 
(TNFα) e Interleucina 6 (IL-6), que geram uma inflamação local no tecido adiposo e, em 
seguida, uma inflamação sistêmica, sendo essa última caracterizada principalmente pelo 
aumento da produção de proteína C-reativa (PCR) (RAHMAT et al, 2017). 
Há evidências de que a obesidade esteja intimamente associada a valores 
significativamente mais altos de PCR, inclusive em faixas etárias mais jovens. A infância 
e a adolescência são marcadas por uma alta presença de adipogênese e de alterações na 
síntese e secreção das adipocinas, que por sua vez, interferem na produção das citocinas 
pró-inflamatórias TNFα e IL-6. Essas citocinas, além de induzirem a lipólise e a liberação 
de ácidos graxos aumentando a produção de glicose pelo fígado e a resistência à insulina 
(RI), também causam a diferenciação de adipócitos e a inflamação nas células adiposas, 
endoteliais e hepáticas, contribuindo para o aumento das concentrações de PCR 
(LUCIARD et al, 2018). 
A PCR é um importante biomarcador sérico sensível à identificação da condição 
pró-inflamatória sistêmica subclínica, denominada de adiposopatia, em indivíduos 
obesos. Essa proteína é um reagente de fase aguda, de alta sensibilidade, que pode ser 
secretada de maneira local por células do tecido adiposo, endoteliais, musculares da 
parede arterial coronariana e pelas placas de ateroma, contudo, é no fígado onde ocorre 
sua maior produção. A nível hepático, os hepatócitos secretam a PCR em resposta à12 
 
presença de citocinas inflamatórias, principalmente a IL-6, liberadas durante uma 
infecção ou lesão de algum tecido. (CASTRO et al, 2018). 
As comorbidades vinculadas à obesidade estão associadas ao processo 
inflamatório crônico característico dessa doença. Esse desequilíbrio dos mecanismos 
inflamatórios sistêmicos, marcados por valores elevados de PCR, contribuem para o 
aparecimento da RI, disfunção endotelial precoce, hipercoagulabilidade e, 
consequentemente, aumentam a possibilidade de formação da aterosclerose, que pode 
resultar em disfunções no sistema cardiovascular. Além disso, foi observado que níveis 
altos de PCR estão associados ao risco aumentado de infarto do miocárdio e doença 
vascular periférica (UJVAROSY et al, 2018) 
Além de marcadores inflamatórios e bioquímicos, há também os indicadores 
antropométricos que auxiliam na identificação de possíveis riscos de evento 
cardiovascular. O perímetro da cintura (PC), o índice razão cintura/estatura (RCEst) e a 
circunferência do pescoço (CP) possuem relação com o excesso de tecido adiposo, risco 
cardiovascular, síndrome metabólica e RI (TEIXEIRA et al, 2019). Nesse sentido, há 
lacunas quanto a qual seria o melhor marcador para predição de risco para o 
desenvolvimento de doenças cardiovasculares, principalmente em adolescentes. Portanto, 
este estudo pretende analisar os marcadores antropométricos, bioquímicos e as 
concentrações de PCR e sua habilidade em predizer alterações cardiovasculares com o 
intuito de tornar o diagnóstico e conduta nutricional mais assertiva no tratamento de 
adolescentes com excesso de peso. 
 
Metodologia 
Trata-se de um estudo transversal, O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê 
de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) (CAAE 
56763716.7.0000.5292), obedecendo às diretrizes regulamentadoras da pesquisa 
envolvendo seres humanos, que constam na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de 
Saúde. O termo de consentimento livre esclarecido foi devidamente assinado pelos pais 
e/ou responsáveis de cada uma das crianças e adolescentes, após terem recebido 
informações sobre os objetivos, riscos e benefícios da pesquisa. 
Foi constituída uma amostra de conveniência composta por 184 adolescentes, de 
ambos os sexos, com idades entre 10 e 19 anos. O recrutamento dos participantes 
 
 
13 
 
realizou-se por meio do contato direto com pais e/ou responsáveis e adolescentes, 
esclarecendo os objetivos da pesquisa para aqueles que frequentaram o ambulatório de 
endocrinologia pediátrica do HUOL nos anos de 2016 a 2018. Foram considerados 
critérios de inclusão: (1) apresentar idade entre 10 e 19 anos; (2) diagnóstico de sobrepeso 
ou obesidade; (3) participantes com as funções físicas e cognitivas preservadas. Os 
critérios de exclusão corresponderam a: (1) presença de síndromes genéticas associadas 
à obesidade ou outras doenças (2) gestantes e lactantes; (3) uso de vitaminas e minerais; 
(4) uso de medicamentos para o tratamento da resistência à insulina ou diabetes mellitus 
tipo 2; e (5) adolescentes que apresentam alguma doença aguda ou crônica que pudesse 
alterar as concentrações séricas de PCR (doenças reumáticas, infecções, doença renal 
crônica, câncer e insuficiência cardíaca). 
A avaliação antropométrica foi realizada a partir do peso e a estatura, os quais 
foram coletados de acordo com procedimentos descritos no Anthropometric 
Standardization Reference Manual (LOHMAN, 1992) e recomendações da Organização 
Mundial da Saúde (WHO, 1995). A aferição dessas medidas, bem como o perímetro da 
cintura foram realizados por examinadores capacitados durante a coleta de dados. A partir 
do cálculo do Índice da Massa Corporal (IMC) foi possível a classificação dos valores de 
IMC e consequente diagnóstico do sobrepeso e obesidade dos adolescentes. O diagnóstico 
ocorreu com base nas curvas de índice de massa corporal (IMC) da Organização Mundial 
da Saúde (OMS), específicas para idade e sexo, sendo classificado como sobrepeso e 
obesidade, respectivamente, quando o escore Z de IMC for maior ou igual a +1 e +2. O 
índice de conicidade (IC), foi obtido a partir da seguinte fórmula: IC = circunferência da 
cintura (m)/0,019 x √peso corporal (kg)/estatura (m). 
Foram utilizados como parâmetro também o Perímetro da Cintura (PC), com a 
classificação proposta por Taylor et al. (2000), considerando como ponto de corte valor 
de PC < 80 cm como adequado, visando a prevenção do risco cardiovascular em 
adolescentes; e a Circunferência do Pescoço (CP), utilizando-se para a análise pontos de 
corte adaptados para adolescentes, os quais definem como excesso de peso valores >32cm 
e >35,5cm para os sexos feminino e masculino, respectivamente (HINGORJO et al, 
2012); a Razão Cintura/Estatura (RCEst) foi classificado com ponto de corte de 0,50 para 
ambos os sexos, aqueles acima ou igual foram classificados com risco cardiovascular e 
os abaixo, sem risco. O índice de conicidade foi calculado por meio dos valores de IMC 
e perímetro da cintura utilizando-se a equação de Valdez. 
 
 
14 
 
As amostras de sangue foram coletadas após jejum de 12 a 14 horas. Realizou-se 
a dosagem do perfil lipídico e PCR-ultrassensível (PCR us) pelo Laboratório de Análises 
Clínicas do HUOL da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A 
classificação das concentrações do perfil lipídico dos adolescentes foi realizada de acordo 
com as recomendações para lipídeos e lipoproteínas preconizados pela Atualização da 
Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2017), sendo 
considerado valores normal para população entre 10 e 19 anos o Colesterol Total < 170 
mg/dL; Lipoproteína de alta densidade (HDL-c) > 45 mg/dL; Triglicérides < 90 mg/dL e 
Lipoproteína de baixa densidade (LDL-c) < 110 mg/dL. Utilizou-se método enzimático 
para determinação da concentração sanguínea de colesterol total e triglicérides, 
colorimétrico direto através de espectrofotomeria para a fração de HDL-c e o cálculo do 
LDL-c através da fórmula de Friedwald. 
Para a avaliação bioquímica foram coletadas amostras de sangue após jejum de 
12 a 14 horas. O sangue foi fracionado em tubo sem anticoagulante (volume de 10 ml) 
para obtenção do soro e, em seguida, destinado às análises de glicemia de jejum, teste 
oral de tolerância à glicose (TOTG), insulina no jejum e aos 120 minutos após TTGO 
para a avaliação da resistência à insulina (RI) por meio do índice: HOMA- IR 
(homeostasis model assessment – insulin resistance) calculado pela seguinte fórmula: 
(glicemia de jejum em mg/dLx0,05551) x insulina de jejum em μU/mL]/22,5, que 
segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, 2019 possui ponto de corte de >3 
caracterizando o teste como positivo para resistência à insulina. 
Os valores da PCR-us foram utilizados para avaliar o risco cardiovascular nos 
adolescentes. Para isso, as concentrações de PCR-us foram analisadas segundo método 
de imunoturbidimetria, utilizando-se os seguintes valores de referência: < 1 mg/L como 
baixo risco para doenças cardiovasculares; entre 1mg/L e 3 mg/L, médio risco para 
doenças cardiovasculares; e acima de 3mg/L, elevado risco para doenças cardiovasculares 
(CORDEIRO et al, 2017). 
Os dados da pressão arterial diastólica e sistólica foram obtidos a partir do registro 
do prontuário do Endocrinologista no dia da consulta. Assim como também, os dados 
referentes ao estadiamento puberal registrados pelo Endocrinologista Pediátrico no 
prontuário neste mesmo dia. 
 
 
15 
 
Para a análise estatística dos dados foi utilizado o Software R x64 3.4.2. As 
variáveis quantitativas foram descritas pela média e desvio padrão e as variáveis 
categóricas por proporção. A distribuição das variáveis foi avaliada pelo teste de Shapiro-
Wilk, e a correlação entre as variáveis foi testada utilizando-se o coeficiente de correlação 
de Pearson. Para variáveis que não apresentaram normalidadefoi utilizada a 
transformação de Box-Cox, para aproximar a variável a uma distribuição normal. A 
comparação de média foi feita através do teste t de Student para variáveis paramétricas 
ou teste de Wilcoxon para as não-paramétricas. Para testar a associação entre duas 
variáveis foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson ou o teste exato de Fisher, quando 
o valor esperado de algum dado fosse menor que cinco. Todas as análises estatísticas 
foram consideradas significantes para p-valor < 0,05. 
 
Resultados 
Um total de 184 adolescentes com sobrepeso e obesidade participaram deste 
estudo, sendo 52,72% meninos. As meninas tiveram valores significativamente maiores 
de insulina de jejum, e HOMA-IR e apresentaram maior proporção de púberes enquanto 
os meninos apresentaram valores estatisticamente mais elevados para a razão 
cintura/estatura. Os dados biodemográficas, antropométricas e bioquímicos dos 
adolescentes de acordo com o sexo estão dispostos na tabela 1. 
Tabela 1. 
Como observado na tabela 2, nos meninos, a PCR se correlacionou positivamente 
com IMC insulina de jejum, HOMA IR (p<0,005) e RCest. Nas meninas a PCR se 
correlacionou positivamente com IMC e RCest. 
Foram realizadas regressões lineares simples tendo as concentrações de PCR-us 
como variável independente e as variáveis que se correlacionaram significativamente, 
como dependentes. Nos meninos estima-se que a cada unidade a mais de PCR a variável 
IMC aumente em 0,24 kg/m2; a circunferência da cintura sofra um aumento de 0,09 cm; 
a razão cintura/altura se eleva em 20,66; a insulina de jejum tem um aumento de 
0,17nU/mL e o HOMA IR, 0,73. Nas meninas, a cada unidade a mais do PCR, a variável 
IMC aumenta 0,5 kg/m2; a razão cintura/altura sofre um aumento de 31,92; a altura reduz 
em 0,19cm. 
 
 
16 
 
Tabela 2. 
Discussão 
O presente estudo demonstrou que a PCR está intimamente relacionada com os 
indicadores IMC, circunferência da cintura, insulina de jejum, índice HOMA e razão 
cintura/altura nos meninos e, nas meninas, essa proteína se relaciona positivamente com 
o IMC e razão cintura/altura. Esses dados demonstram a relação entre a PCR e indicadores 
antropométricos e bioquímicos de eventos cardiovasculares em adolescentes com 
sobrepeso e obesidade. Nosso estudo demonstrou relação entre a PCR e o IMC. A 
obesidade é marcada por um quadro inflamatório em que ocorre o aumento do tecido 
adiposo somado à redução de adiponectina. Juntamente com esse processo, as citocinas 
inflamatórias infiltram o tecido adiposo, pâncreas e outros tecidos levando a um quadro 
inflamatório tanto local quanto sistêmico, caracterizado pelo aumento acentuado de 
marcadores inflamatórios, como a PCR (CERCATO; FONSECA, 2019). 
A PCR também se associou positivamente com os indicadores razão 
cintura/estatura e circunferência da cintura que correspondem à gordura visceral. Isso 
ocorre, pois, no estágio inicial da obesidade a deposição de gordura ocorre principalmente 
na região subcutânea e, gradualmente, ela vai se concentrando na região visceral. A 
atividade lipolítica do tecido adiposo visceral é maior que a do tecido subcutâneo devido 
à elevação da atividade β3-adrenoreceptores e a menor quantidade de receptores de 
insulina (BORODKINA et al, 2018). Somado a isso, o tecido adiposo visceral apresenta 
maior quantidade de fatores pró-inflamatórios, como a PCR, e um número mais baixo de 
mediadores antiinflamatórios que o secretoma subcutâneo. Essa atividade metabólica 
desfavorável contribui para o maior risco de doenças cardiovasculares (TUERO et al, 
2019). Em consonância com nossos achados, pesquisadores também encontraram 
associação positiva entre indicadores inflamatórios e gordura abdominal (GONZÁLEZ-
CHICA et al, 2021). 
Muitos mecanismos podem contribuir para o desenvolvimento da RI na 
obesidade, dentre eles o processo inflamatório sistêmico (Ferrari et al, 2019). Assim como 
observado no nosso estudo, no qual nos meninos, a PCR se correlacionou com insulina 
de jejum e HOMA-IR comprovando a relação entre PCR e perfil glicêmico. 
 
 
17 
 
De fato, a RI reduz a sensibilidade das células do tecido adiposo ao efeito 
antilipídico do hormônio, o que gera um aumento da lipólise nas células adiposas e 
liberação de ácidos graxos, que por sua vez ativam a via inflamatória. E as próprias 
citocinas TNF-a e IL-6 liberadas no processo inflamatório também induzem lipólise, 
intensificando a relação inflamação/RI (CICOGNA et al, 2021). Essas citocinas pró-
inflamatórias podem desencadear uma ativação em cadeia da enzima c-Jun N-terminal 
quinase (JNK), seguida da serina ou treonina quinase que causa uma redução da 
sinalização de insulina. Além disso, a ativação da JNK se relaciona às vias de sinalização 
que ativam o fator nuclear kappa B (NF-B) o qual, por sua vez, estimula a produção de 
citocinas pró-inflamatórias. Somado a isso, a JNK também ativa a NF-B nas ilhotas 
pancreáticas gerando um ciclo vicioso (Ferrari et al, 2019). 
O presente estudo apresenta algumas limitações as quais merecem ser relatadas, 
como o fato do desenho transversal, não possibilitar a identificação de uma relação 
causa/consequência. Contudo, nosso estudo apresenta um número amostral significativo, 
trazendo uma nova perspectiva na relação entre um marcador inflamatório simples e de 
baixo custo com antropométricos e bioquímicos numa população que ainda carece de 
estudos nesta perspectiva. 
 
Conclusão 
 
Marcadores antropométricos e bioquímicos foram relacionados com as 
concentrações de PCR, importante biomarcador inflamatório. Desse modo, a dosagem e 
investigação desse biomarcador pode ser uma importante ferramenta na predição de risco 
cardiovascular na prática clínica nutricional nos cuidados em adolescentes com excesso 
de peso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TABELAS 
 
Tabela 1. Características biodemográficas, antropométricas e bioquímicas dos 
adolescentes de acordo com o sexo. 
 TOTAL (n=184) 
 Meninos (n=97) Meninas (n=87) p-valor 
Idade (anos) 11,66 ± 1,61 11,30 ± 1,55 0,1566 
Peso (kg) 62,84 ± 14,95 64,74 ± 12,85 0,3616 
Altura (cm) 152,26 ± 10,47 152,91 ± 8,61 0,6529 
IMC/idade (kg/m²) 26,74 ± 3,78 27,55 ± 4,08 0,1681 
Púbere (n/%)a 35 (64,8) 46 (92,0) 0,0008** 
Perímetro da cintura (cm) 89,93 ± 10,18 87,05 ± 10,30 0,0625 
Índice de conicidade 1,24 ± 0,27 1,22 ± 0,16 0,6069 
Razão cintura/estatura 0,59 ± 0,05 0,57 ± 0,07 0,0278* 
Perímetro do pescoço (cm) 33,98 ± 3,29 33,23 ± 2,39 0,0852 
Glicemia em jejum (mg/dL) 93,78 ± 7,80 92,63 ± 7,92 0,3243 
Insulina em jejum (uU/mL) 11,50 ± 7,27 15,98 ± 13,57 0,0086** 
HOMA -IR 2,69 ± 1,69 3,69 ± 3,20 0,0118* 
Colesterol Total (mg/dL) 170,80 ± 37,92 170,48 ± 30,80 0,9506 
HDL-c (mg/dL) 39,63 ± 7,90 39,54 ± 7,56 0,9377 
Triglicerídeos (mg/dL) 120,11 ± 78,78 119,90 ± 59,74 0,9848 
TG/HDL 3,20 ± 2,53 3,15 ± 1,97 0,8786 
PAS (mm/Hg) 116,05 ± 12,84 113,04 ± 11,07 0,1188 
PAD (mm/Hg) 72,83 ± 11,38 70,03 ± 10,88 0,1174 
PCR (mg/dL) 3,14 ± 3,49 4,33 ± 5,68 0,1074 
 
IMC, índice de massa corporal; HOMA-IR, homeostatic model assessment-insulin resistance; 
TG, triglicerídeos; HDL-c, lipoproteínas de alta densidade; PAS, pressão arterial sistólica; PAD, 
pressão arterial diastólica. Dados foram apresentados pela média ± desvio padrão e pela 
frequência. Foi utilizado teste t nas comparações de médias. a Foi realizado teste qui-quadrado na 
comparação de proporções. *p < 0,050, **p < 0,010. 
 
 
 
 
 
 
21 
 
Tabela 2. Correlações entre PCR, parâmetros antropométricos e bioquímicos dos 
adolescentes de acordo com o sexo. 
 PCR 
 Meninos (n=97) Meninas (n=87) 
 Pearson R p-valor Pearson R p-valor 
Peso (kg) 0,172 0,120 0,091 0,433 
Altura (cm) 0,018 0,869 -0,286 0,012* 
IMC/idade (kg/m²) 0,257 0,015* 0,347 0,002** 
Perímetro da cintura (cm) 0,265 0,018* 0,202 0,077 
Índice de conicidade -0,022 0,842 0,040 0,734 
Razão cintura/altura 0,309 0,006** 0,355 0,002** 
Perímetro do pescoço (cm) 0,214 0,059 0,158 0,171 
Glicemia em jejum (mg/dL) 0,050 0,655 -0,203 0,075 
Insulina em jejum (uU/mL) 0,357 0,002** 0,140 0,235 
HOMA -IR 0,366 0,001** 0,110 0,351 
Colesterol Total (mg/dL) 0,035 0,753 -0,058 0,613 
HDL-c (mg/dL) -0,210 0,056 -0,019 0,871 
Triglicerídeos (mg/dL) 0,066 0,554 -0,013 0,909 
TG/HDL 0,044 0,696 0,017 0,885 
PAS (mm/Hg) 0,152 0,212 0,066 0,593 
PAD (mm/Hg) -0,151 0,216 -0,070 0,576 
 
IMC, índice de massa corporal; HOMA-IR, homeostatic model assessment-insulin resistance; 
TG, triglicerídeos; HDL-c, lipoproteínas de alta densidade; TG/HDL-c, razão TG para HDL; 
PAS, pressão arterial sistólica; PAD, pressão arterial diastólica. Correlações foram estimadas 
utilizando-se coeficiente de correlação de Pearson. *p < 0,050, **p < 0,010.

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