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Saude Publica e Epidemiologia - Resumos

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Saúde Pública e Epidemiologia 
Saúde no mundo e em Portugal 
- Saúde Publica no mundo 
Definição de saúde segundo a OMS: estado de completo bem-estar físico, mental e social. 
Conceito de saude: transcende à ausência de doença tendo como objetivo a promoção e proteção em 
todo o mundo 
Classificação Internacional de Doenças (ICD): padrão internacional para definir e reportar doenças 
e condições de saúde assumido pela OMS em 1948. 
 
 Conquistas históricas da OMS pós isto: 
• Descoberta dos Antibióticos (1950); 
• Iniciativa global de erradicação da Poliomielite (1988) via vacinação que diminuiu a sua 
incidência para 1%; 
• Campanha global de vacinação contra a Varíola com a sua erradicação (1979); 
• Redução da Tuberculose (1995); 
• Fundo global para combater a SIDA, Tuberculose e Malária criado em colaboração com a 
ONU (2001); 
• Redução da mortalidade infantil antes de completar os 5 anos de idade = descuido dos pais, 
acidentes, etc… (2006); 
• OMS define metas globais para prevenir e controlar doenças cardíacas, diabetes, cancro, 
doenças pulmonares crónicas etc… (2012); 
• Surto do vírus da bola (2014) com 0 casos registados em 2006 pós intervenção da OMS. 
17 Objetivos de Desenvolvimento sustentável até 2030 
1 - erradicar a Pobreza; 9 - Indústria, Inovação e Infra-estruturas; 
2 - erradicar a Fome; 10 - Reduzir as Desigualdades; 
3 - Saúde de Qualidade; 11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis; 
4 - Educação de Qualidade; 12 - Produção e Consumo Sustentáveis; 
5 - Igualdade de Géneros; 13 - Ação Climática; 
6 - Água Potável e Saneamento; 14 - Proteger a Vida Marinha; 
7 - Energias Renováveis e Acessíveis; 15 - Proteger a Vida Terrestre 
8 - Trabalho e Crescimento Económico; 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes; 
17 - Parcerias para a Implementação dos Objetivos. 
- Saúde Publica em Portugal 
A organização dos serviços de saúde sofreu influencia dos conceitos religiosos, políticos e sociais 
de cada época e foi-se concretizando para dar resposta ao aparecimento de doenças. Iniciou-se a 
1899 pelo Dr. Ricardo Jorge. 
 de 1 17
Até a criação do SNS, a assistência medica competia às famílias, instituições privadas e aos 
serviços médico-sociais de Caixas de Previdência. 
1971 - Reforma do Sistema de saúde e assistência e esboço do primeiro SNS. 
Ainda neste ano surgem os primeiros centros de saúde e dá-se a reforma das Caixas de 
Previdência. 
1976 - Todos os cidadãos tem direito à proteção da saúde e o dever de a defender e promover. 
Criação do SNS universal, geral e gratuito. 
1984 - Criação da DGS dos cuidados de saúde primários. 
1989 - SNS passa a tendencialmente gratuito. 
1992 - Estabelecimento de taxas moderadoras. 
 
Atualmente 
O Serviço Nacional de Saúde é composto por todas as entidades públicas prestadoras de cuidados 
de saúde, sejam hospitais, unidades locais de saúde, centros de saúde e unidades de saúde familiar e 
agrupamentos de centros de saúde. O Estatuto do SNS aplica-se também às entidades particulares e 
profissionais em regime liberal integradas na rede nacional de prestação de cuidados de saúde, 
quando articuladas com o SNS. 
Representação gráfica das necessidades de saude da população em Portugal, por grandes grupos de 
problemas de saúde e por grupos de determinantes de saúde, e os cinco pilares da Agenda 2030 para o 
Desenvolvimento Sustentável. 
Epidemiologia e Conquistas Epidemiologias 
- Epidemiologia 
A epidemiologia atual é uma disciplina relativamente nova e usa métodos quantitativos para estudar 
a ocorrência de doenças nas populações humanas e para definir estratégias de prevenção e controle. 
Ciência fundamental para a Saúde Publica contribuindo para a melhoria da saúde das 
populações. 
Determinantes de Saúde 
Factores que contribuem para o estado atual da saúde de uma pessoa ou população, pelo 
aumento ou redução da probabilidade de ocorrência de doença ou de morte prematura e 
evitável. 
Foram classificados no âmbito do Plano Nacional de Saúde 2021-2030 os seguintes:
Ambientais Biológicos
Comportamentais 
ou estilos de vida 
Demográficos-sociais 
e Económicos
Relacionados com o 
Sistema de Saúde e à 
Prestação de cuidados 
de saúde
Apoiados em 5 Pilares de sustentabilidade
Planeta Prosperidade Pessoas Paz Parcerias
 de 2 17
Epidemiologia: O estudo da distribuição e dos determinantes de estados ou eventos relacionados a 
saúde em populações específicas, e a sua aplicação na prevenção controle dos problemas de saúde. 
Com o objetivo de melhora a saúde das populações, especialmente dos menos favorecidos. 
Os epidemiologistas não se preocupam apenas com a incapacidade, doença ou morte, mas 
também com a melhoria dos indicadores de saúde e com maneiras de promover a saúde. 
Doença: Mudanças desfavoráveis em saúde que inclui acidentes e doenças mentais. 
Alvo de estudo: População humana, normalmente utiliza-se aquela que esta localizada em uma 
determinada área num espaço de tempo 
- Saúde Pública 
Ações coletivas visando melhorar a saúde das populações. 
Estado de Saúde das Populações: A epidemiologia é frequentemente utilizada para descrever o 
estado de saúde de grupos populacionais. O conhecimento da carga de doenças que subsiste na 
população é essencial para as autoridades em saúde. Esse conhecimento permite a melhor utilização 
de recursos através da identificação de programas curativos e preventivos prioritários à população. 
- Conquistas da Epidemiologia 
• Varíola 
A erradicação da varíola contribuiu enormemente para a saúde e o bem estar de milhares de 
pessoas. A OMS liderou uma intensa campanha para eliminar a varíola humana durante muitos 
anos. 
A epidemiologia foi o centro deste processo por ter fornecido informações sobre a distribuição dos 
sacos e o modelo, mecanismo e níveis de transmissão, mapeado as epidemias da doença e avaliou as 
medidas de controle que poderiam ser instituídas. 
Os princípios e métodos epidemiológicos permitiram descobrir que em relação à varíola: 
- O único hospedeiro era o ser humano; 
- Não existia forma subclínica; 
- Pacientes que recuperavam eram imunes e não podiam transmitir a infeção; 
- A transmissão é somente através do contacto humano de longa duração; 
- A maioria dos utentes fica acamado aquando infectado diminuindo a transmissão da doença; 
• Febre reumática e doença cardíaca 
 de 3 17
Associadas com o baixo nível sócio-económico, em habitações precárias e aglomeração familiar, 
situações que favorecem a disseminação de infeções estreptocócias das vias aéreas superiores. 
Atualmente esta quase erradicada em países desenvolvidos embora ainda exista uma alta 
incidência entre grupos sócio-económicos desfavorecidos. 
• Tabagismo 
Aumento dramático da ocorrência do cancro do pulmão a partir de 1930 no sexo masculino. 
Atualmente é a principal causa do aumento da taxa de cancro do pulmão. Estando ambos 
correlacionados. 
Saúde e Doença 
Saúde (1948-OMS): é um estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas a mera 
ausência de doença. 
Como pouco vaga Houve necessidade de definir os conceitos de saúde e doença. 
Aspetos positivos: 
• Não somente a ausência de doença e mal-estar; 
• Prespetiva positiva da doença. 
Aspetos negativos: 
• Parece mais uma declaração política, é utópica, quase ninguém tem e se tiver um bem estar 
completo, por muito pouco tempo; 
• A saúde não algo estático, mas continuo, com diferentes graus; 
• Nós procuramos aliviar o mal estar; 
• A saúde necessária para o bem-estar; 
• O bem estar não é necessário para ter saúde. 
- Saúde 
Inclui dimensões com carácter subjectivo inclinando-se sobre o sentir-se bem e carácter objetivo 
na capacidade funcional. 
Segundo o’Donnel (1986) a saude abrange em 5 dimensões: 
• Saúde emocional - inclui gestão de stress e cuidados com as crises emocionais; 
• Saúde social - abrange relações com amigos, família e comunidade; 
• Saude intelectual - educação, desenvolvimento da carreira e realização intelectual; 
• Saúde espiritual - abrangeo amor, esperança, caridade e objetivos de vida; 
• Saude Física - condição física, alimentação, cuidados médicos e abuso de substâncias. 
A saúde segundo um paradigma holista ou integral: 
• Conceito positivo; 
 de 4 17
• Processo dinâmico; 
• Direito de todos e simultaneamente uma responsabilidade pessoal (autonomia); 
• Problema social e político; 
• A promoção da saúde é uma tarefa interdisciplinar. 
Objetivo da OMS: que todos os habitantes de todos os países do Mundo tenham o nível de Saúde 
suficiente para que possam trabalhar produtivamente e participar ativamente na vida social da 
comunidade onde vivem. 
- Doença 
Conceito: é um estado em que o funcionamento da pessoa, em termos físicos, emocionais, 
intelectuais, sociais, de desenvolvimento, ou espirituais, esta diminuído ou afetado, quando 
comparado com uma situação anterior. 
As doenças podem existir de forma somática - alterações corporais e orgânicas - ou psíquicas - 
alterações de esfera mental. 
Doença aguda: geralmente de curta duração e grave. Os seus sintomas surgem de forma abrupta, 
são intensos e reduzem após um período relativamente curto. Em regra, existe uma recuperação 
total ou um término abrupto em morte. Pode tornar-se crónica 
Doença crónica: persiste geralmente por mais de seis meses, a pessoa oscila entre o funcionamento 
ótimo e sérias recaídas na saude que podem constituir uma ameaça à vida. É a maior causa da 
mortalidade em todos os países. 
Doença terminal: é aquela que não possui potencial para cura e é eventualmente fatal. 
Factores que podem ter efeito sobre a pessoa segundo a OMS 
• Rendimento, status social e educação - quanto mais alto, mais saudável; 
• Ambiente físico - água potável, ar puro, ambiente de trabalho sadio, habitação e comunidade 
organizado; 
• Rede de apoio social - incluindo família, amigos e comunidade; 
• Genética - que influencia a expectativa de vida e o risco de desenvolvimento de determinadas 
doenças; 
• Género - homens e mulheres enfrentam riscos de saúde de desenvolvimento de determinadas 
doenças; 
• Comportamento pessoal - e habilidades de enfrentar dificuldades, além do tabaco, consumo de 
bebidas alcoólicas, hábitos alimentares, atividade fisica e forma de lidar com o stress. 
 
Ideias chave para compreender a entidade contraditória de saúde/doença: 
• Conceção médica - a saúde como um estado de ausência de doença; 
• Conceção psico-social - a saúde como ausência de mal-estar e um estado de conforto, de 
confiança e segurança pessoal; 
 de 5 17
• Conceção politico-legal - a saúde como pré- requesto funcional para a manutenção do vigor e 
equilíbrio adaptativo da vida; 
• Conceção económica - a saúde como factor de importância económica fundamental. 
- Promoção da saúde 
Conceito multidisciplinar de que têm sido produzidas inúmeras definições. Define-se como o 
processo de “capacitar” as pessoas para aumentarem o controlo sobre a sua saúde e para a melhorar. 
Surgiu porque trazia 
• Vantagens económicas diretas - menos gastos com a doença; 
• Vantagens económicas indiretas - mais dias de trabalho e mais energia no trabalho 
- Estilo de vida 
“Agregado de decisões individuais que afetam a vida (do individuo) e sobre as quais tem algum 
controlo.” 
“Conjunto de estruturas mediadores que refletem uma totalidade de atividades, atitudes e valores 
sociais” ou como “ um aglomerado de padrões comportamentais, intimamente relacionados, que 
dependem das condições económicas e sociais, da educação, da idade e de muitos outros factores” 
Saúde e doença não são estados ou condições estáveis, mas sim conceitos vitais, sujeitos a 
avaliação e mudança. 
- População de risco 
Total de pessoas expostas, ou seja, indivíduos que podem vir a ter a doença, sendo suscetíveis à 
mesma 
• Ocorrências de Doença - Medição 
As três medidas epidemiologias de ocorrência de doença são: Taxa de prevalência, Tava de 
incidência, Incidência cumulativa. 
- Incidência 
Numero de novos casos ocorridos em um certo período de tempo numa população específica 
 de 6 17
Utilização: expressa o risco de tornar-se doente. É a principal medida para doenças ou condições 
agudas , mas pode, também, ser utilizada para doenças crónicas. Mais útil em estudos de 
causalidade. 
I = Número de pessoas que adoeceram no período x constante 
Pessoa-tempo em risco 
- Prevalência 
Número de casos (novos e velhos) encontrados numa população definidas num determinado ponto 
no tempo. 
Utilização: estima a probabilidade de a população estar doente no período do tempo em que o 
estudo está a realizar-se. Mais útil em estudos que visam determinar a carga de doenças crónicas em 
uma população e suas implicações para os serviços de saúde. 
P = Número de pessoas com a doença x constante 
População de risco 
Expressa em casos por 100(%) ou por mil (‰) pessoas. 
Estudos de prevalência não proporcionam fortes evidências de causalidade. 
- Taxa de incidência Cumulativa ou Risco 
É a maneira mais simples de medir a ocorrência de uma doença. 
Incidência Cumulativa = Número de pessoas que desenvolveram a doença num período x constante 
 Número de pessoas sem doença no inicio do período 
Expressa em casos por mil (‰) pessoas. 
Do ponto de vida estatístico, a incidência cumulativa refere-se à probabilidade (ou risco) de um 
individuo da população vir a desenvolver a doença durante um período especifico de tempo. 
- Mortalidade 
Taxa de mortalidade geral = Número de óbitos no período x constante 
 População no meio de período 
A principal desvantagem de taxa de mortalidade geral é o fato de não ter em conta o risco de morrer 
varia conforme o sexo, idade, raça, classe social, entre outros factores. 
 de 7 17
- Taxa padronizada especifica por idade 
Taxa padronizada = A x constante 
 B 
A - Nº total de óbitos entre indivíduos de determinado sexo e idade numa área definida durante um 
período de tempo especifico 
B - População total estimada do mesmo sexo e idade residindo na mesma área e no mesmo período 
Esta taxa não expressa o risco dos membros de uma população contrair ou morrer por uma doença. 
- Coeficiente de Mortalidade Infantil 
É utilizado com um indicador do nível de saúde de uma comunidade. 
C. do mortalidade infantil = Óbito de crianças com menos de 1 ano entre momentos x constante 
 Nados vivos entre momentos 
Este coeficiente é particularmente sensível e mudanças socioeconómicas e a intervenções na saúde. 
• Taxa de Mortalidade para menores de 5 anos 
Refere-se a óbitos ocorridos entre crianças com idades entre 1 e 4 anos. Ocorrências de acidentes, 
desnutrição e doenças infecciosas são causas comuns de óbitos nessa faixa etária. 
- Taxa de Mortalidade Materna 
Referes-se ao risco de morte materna em decorrência de causas associados a complicações durante a 
gestação, parto e puerpério. Essa importante estatística é frequentemente negligenciada devido à 
dificuldade para calculá-la de forma precisa. 
Taxa de mortalidade materna = C x constante 
 D 
C - Número de óbitos maternos relacionados a gestação parto e puerpério num ano 
D - Total de nascidos vivos durante o mesmo ano 
 de 8 17
- Esperança de Vida 
Número médio de anos que se espera viver, se as taxas atuais de mobimortalidade forem mantidas. 
A esperança de vida ao nascer, como uma medida do estado de saúde, apresenta maior relevância 
para os óbitos ocorridos na infância do que em relação a óbitos ocorridos em fase mais tardia de 
vida. 
 
Comparando a Ocorrência de Doenças 
1º passo - medir a ocorrência de doença ou qualquer outra condição relacionada ao estado de saúde 
das populações. 
2º passo - comparar entre as medidas de dois ou mais grupos de pessoas cuja exposição tenha sido 
diferente. O grupo não exposto é utilizado como grupo de referencia ou grupo basal. 
Dose - quantidade de exposição sofrida pelo individuo. 
Medidas absolutos: Diferença do Risco 
A diferença de risco refere-se à diferença nas taxas de ocorrênciae não expostos. Medida útil em 
saude publica porque dá uma ideia da extensão do problema causada pela exposição. 
Medidas absolutas: Fração atribuível 
A fração atribuível é a proporção de todos os casos que pode ser atribuída a uma exposição em 
particular. É estimada dividindo-se a diferença de risco pela taxa de ocorrência da doença na 
população exposta. Medida útil na definição de prioridades de intervenção em saúde publica. 
- Risco Relativo ou Razão de Riscos (RR) 
RR = a/(a+b) 
 c/(c+d) 
É melhor que a diferença de risco porque é o expresso em relação a um grupo de referência. Está 
diretamente relacionado à magnitude da incidência no grupo de referência. 
Determinantes, Indicadores de saúde e factores de risco 
- Indicadores de Saúde 
 de 9 17
Dados estatísticos (devidamente estudados) que nos dão várias indicações em relação ao estado de 
saúde de uma população. Permitem-nos fazer um diagnostico de saúde de uma população definindo 
as prioridades e esboçando estratégias no planeamento da saúde. 
É uma variável que pode ser medida para refletir o estado de saúde das pessoas dentro de uma 
comunidade. 
 Exemplos: 
• Percentagem de gravidez na adolescência; 
• Taxa de mortalidade infantil; 
• Esperança média de vida; 
• Taxa de doenças infecciosas; 
• Percentagem de doenças cardiovasculares; 
• Percentagem de obesos; 
• Percentagem de diabéticos tipo 1 e tipo 2. 
- Factores de Risco 
Hábitos pessoais ou de exposição ambiental associados ao aumento da probabilidade de 
ocorrência de alguma doença. Como estes podem ser modificados, medidas que os atenuem 
podem diminuir a ocorrência da doença. 
 Exemplos: 
• Consumo de álcool; 
• Tabagismo; 
• Dieta; 
• Sedentarismo; 
• HTA; 
• Obesidade. 
Epidemiologia e Prevenção 
Doenças crónicas não transmissíveis: 
As causas das doenças crónicas são geralmente conhecidas e avaliações de custo-benefício das 
intervenções estão disponíveis. Ao nível da saúde publica requerem uma abordagem ampla para 
uma prevenção e controlo. 
Mudanças no padrão de morbimortalidade indicam que as principais causas de doenças são 
prevenireis . 
 de 10 17
Níveis de Prevenção
As formas de prevenção primordial e primária tem maior impacto sobre a saúde das populações, 
enquanto que os níveis de prevenção secundária e terciários são geralmente foçados nas pessoas, 
visto que estas já possuem os sinais de doença.
Primordial
Fase da Doença Objetivos Ações População alvo 
Determinantes 
distais, económicos, 
sociais e ambientais
Estabelecimento e 
manutenção de condições que 
reduzam riscos à saúde
Médias que inibam o efeito de 
condições ambientais, 
económicas, sociais e 
comportamentais 
População total ou grupos 
selecionados alcançados 
através de políticas 
públicas e de promoção à 
saúde
Primário
Fase da Doença Objetivos Ações População alvo 
Factores causais 
específicos 
limitar a incidência de doença 
através do controle das causas 
especificas e dos factores de 
risco. 
Redução da incidência de 
doenças 
Proteção de saúde por esforços 
pessoais e comunitários como, 
melhoria do estado nutricional, 
imunizações e eliminação de 
riscos ambientais 
População total, grupos 
selecionados e indivíduos 
saudáveis alcançados 
através de políticas 
publicas de saúde.
• Estratégia Populacional 
Objetivo: deslocar a distribuição de toda a população para a esquerda de um eixo x imaginário, ou seja, exemplo: 
reduzir a média dos níveis de colesterol. 
Vantagem: não há necessidade de identificar um grupo de risco populacional. 
Desvantagem: oferecer benefício pequeno para muitos indivíduos, visto que os riscos absolutos de doença são muito 
baixos. 
• Estratégia individual para o alto risco (enfoque de risco) 
Objetivo: proteger pessoas suscetíveis e mais eficientes para a população com maiores riscos para a uma doença 
especifica. 
Vantagem: os benefícios da intervenção direcionada a indivíduos de alto risco superam qualquer efeito adverso. 
Desvantagem: necessidade de um programa de rastreamento para identificar grupos de alto risco, o que é caro e 
difícil de ser realizado.
Secundário 
Para que o programa seja útil deve apresentar pelo menos dois requisitos: 
- método de deteção da doença deve ser seguro e acurado, preferivelmente em um estágio pré-
clinico; 
- Existência de um método efeito de intervenção.
Fase da Doença Objetivos Ações População alvo 
 de 11 17
Rasteio 
Processo que utiliza testes em larga escala para identificar a presença de doenças em pessoas 
aparentemente saudáveis, motivado pelo potencial beneficio da prevenção secundaria através da 
deteção precoce e do tratamento. 
Estes testes não são utilizados para estabelecer diagnósticos, mas sim para determinar a presença 
ou ausência de um factor de risco. 
Exemplo: amostras de sangue de crianças, caso vivam em áreas em que as tintas apresentam alto 
teor de chumbo, podem ser rasteadas para verificar a presença de chumbo. 
Estágio precoce da 
doença
Reduzir as consequências 
mais graves da doença através 
do diagnóstico precoce e do 
tratamento. Redução da 
prevalência da doença.
Medidas disponíveis para 
indivíduos e comunidades para 
deteção precoce e intervenção 
imediata visando controlar a 
ocorrência da doença e 
minimizar incapacidade (ex. 
Rastreio)
Indivíduos com alto risco e 
pacientes, todos alcançados 
através da medicina 
preventiva
Terciário
Fase da Doença Objetivos Ações População alvo 
Estágio tardio da 
doença (tratamento e 
reabilitação
Reduzir a progressão e as 
complicações de uma doença 
já sintomática
Medidas que amenizem o 
impacto da doença de longa 
duração e de incapacidade; 
Redução do sofrimento e 
aumento dos anos potenciais de 
vida útil 
Pacientes alcançados 
através de reabilitação
Testes de Rasteio
Rasteio em Massa Rastreio múltiplo ou 
em multifase 
- Rastreio em alvo - Rastreio 
oportunístico
Envolve toda a 
população
Envolve o uso de vários 
testes na mesma 
ocasião
Rastreio de grupos que 
sofrem exposições.
Exemplo: pessoas que 
trabalham em fundições.
É restrito a pacientes 
que consultam um 
médico por algum 
motivo
 de 12 17
Profilaxia 
Profilaxia - Conjunto de medidas que visam prevenir, ao nível populacional, uma doença. 
Profilático - refere-se a profilaxia e significa preventivo, sendo utilizado para designar algo capaz 
de prevenir ou atenuar determinada doença (medidas/ações profilática, tratamento profilático). 
Medidas Profiláticas - são utilizadas como intuito de impedir ou reduzir o risco de transmissão de 
uma doença. Protegendo a população da ocorrência ou da evolução de um fenómeno desfavorável à 
saúde. 
• Vacinas 
Considerada um dos métodos mais eficazes. Consiste em inocular uma pequena amostra do 
agente causador da doença no organismo do individuo. É normal pós administração da mesma o 
paciente demonstrar alguns sintomas de doença, mas estes são de recuperação rápida e pós isto o 
organismo torna-se imune àquela doença. 
• Medicina profilática 
Área que orienta para a prevenção de doenças. O profissional dessa especialidade é responsável por 
aconselhar, sugerir medidas e conscientizar os pacientes para evitar a doença. Dentro desta está 
complementa a saúde pública. 
• Saúde pública 
A Saúde Pública é definida como “a arte e a ciência de prevenir a doença, prolongar a vida e 
promover a saúde através de esforços organizados da sociedade” (Acheson, 1988; OMS). 
Critérios para Rastreio
Doença - Bem definida
Prevalência - conhecida
História natural - longo período entre os primeiros sinais e a evidencia da doença; doença grave para a 
qual há um tratamento efetivo
Escolha do teste - simples e seguro 
Desempenho do teste - distribuição conhecida dos valores dos testes im indivíduos afetados e não 
afetados
Custo - custo-benefício 
Facilidades - disponível e de fácil acesso
Aceitabilidade - os procedimentos após um teste com resultados positivos são geralmente aceitos pelos 
que realizaram o rastreamento e por aqueles que foram rasteados.Equidade - Equidade para acesos os serviços de rastreamento; tratamento disponível efetivo, aceitável e 
seguro
 de 13 17
As suas atividades visam reforçar o sistema de ação e as melhorias no serviços de saude com o 
objetivo de manter os cidadãos saudáveis, melhorar a sua saude e bem estar e prevenir a sua 
deteorização. 
O Médico de Saúde Pública (SP) centra a sua atividade profissional em três pilares essenciais: 
promoção da saúde, prevenção da doença e prolongamento da vida saudável. 
São competências de um especialista em Saúde Pública: 
(1) Descrever, analisar, interpretar e comunicar tecnicamente o nível de saúde de uma população e 
dos grupos que a integram; 
(2) Desenhar planos de ação e programas de intervenção em saúde, participar na sua 
implementação, execução, e avaliação; 
(3) Vigiar e monitorizar fenómenos e acontecimentos que possam interferir ou por em perigo a 
saúde da população; 
(4) Supervisionar programas ou atividades que têm por finalidade a defesa, proteção e promoção da 
saúde da população; 
(5) Auditar serviços, programas e projetos de saúde, tendo com referência normas técnicas e de 
creditação, nacionais e internacionais; 
(6) Investigar problemas de saúde com repercussão populacional e seus fatores determinantes; 
(7) Colaborar com os serviços de saúde na análise e transferência de dados e informação de saúde, 
designadamente com os serviços de saúde pública de outros níveis; 
(8) Colaborar com instituições da comunidade cuja atividade é relevante para a saúde; 
(9) Comunicar à população informação relevante em saúde; 
(10) Associar conhecimentos das disciplinas da saúde pública com informação técnica específica 
sobre o perfil de saúde da população, tendo em vista influenciar políticas de saúde que 
defendam, protejam ou promovam a saúde do público; 
(11) Utilizar ferramentas informáticas de apoio ao planeamento, vigilância, intervenção e 
investigação em saúde; 
(12) Exercer o poder de autoridade de saúde quando para tal for nomeado. 
Vacinação 
A vacina é um agente (c/produtos antigénicos) – microrganismo ou substância que, introduzido no 
corpo de um indivíduo, por via oral ou injectado, provoca a imunidade para determinadas doenças. 
• Imunização - conotada com o processo de aquisição de imunidade aos a administração de uma 
substância imunobiológica. 
- Ativa - pela produção de anticorpos através do agente infeccioso ou toxóide; 
 (1) Natural - contacto com agente infeccioso; 
 (2) Artificial - vacinação 
- Passiva - pelo fornecimento de imunidade temporária pela administração de anticorpos pré-
formado (imunoglobulinas) 
 (1) Natural - passagem de anticorpos da mãe para o filho ou pelo leite; 
 (2) Artificial - imunoglobulina humana combinada (ex. Imunoglobulina (soro) - 
antitetânica), transfusão de produtos sanguíneos, anafilaxia; 
 de 14 17
• Objetivos 
- Evitar epidemias como as que se verificam para a poliomielite e com a varíola; 
- Proteger o ser humano de infeções como a difteria e a raiva; 
- Prevenir doenças numa população vulnerável pela ”imunização de substitutos”, por exemplo, a 
imunização da rubéola para prevenir a síndroma congénita da rubéola; 
- A melhoria da qualidade de vida. 
Resistência – soma total dos mecanismos de defesa; 
Resistência natural – resistência à doença independentemente da existência de anticorpos (Ac)
(características anatómicas); 
Imunidade - resistência à doença associada a Ac; 
Vacinar - Introduzir um ou mais antigénios (Ag) no organismo. 
• Resposta imunológica 
(1) Primeiras Imuniglobolinas (IG) são sintetizadas a partir da 10a semana de gestação; 
(2) Ig maternas passam a placenta após o 6o mês de gravidez; 
(3) Imunidade celular encontra-se bem desenvolvida no RN com peso superior a 2kg. 
Tipos de vacinas
Vivias Inativas
Micro-organismos vivos atenuados - VASPR; VAP; 
poliomielite, febre amarela… 
Micro-organismos similares - BCG
Micro-organismos mortos - VIP; VHB; VHA; cólera, 
tosse convulsa, febre tifóide. 
Tifóides - tétano e difteria. 
Polissacarídeos bacterianos - Hib; meningococo; 
pneumococo.
Intervalos entre a administração de vacinas de antígenos deferentes.
Entre vacinas inativadas – em qualquer altura; 
Entre vacinas vivas atenuadas e vacinas inativadas - em qualquer altura; 
Entre vacinas vivas – no mesmo dia, desde que em locais anatómicos diferentes, ou intervalo mínimo de 4 semanas 
entre cada vacina.
Conservação
• Proteger da luz; 
• Temperatura entre 2 e 8oC; 
• Prazo de validade (seguir indicações de fabricante).
Siglas Vacina contra:
BCG Tuberculose
DTPa (pertússis acelular) Difteria-Tétano- Tosse convulsa (pertússis)
DTPaHib (pertússis acelular) Difteria-Tétano-Tosse convulsa-doença invasiva 
por Haemophilus influenzae do serotipo b
DTPaHibVIP Difteria-Tétano-Tosse convulsa-doença invasiva 
por Haemophilus influenzae do serotipo b- 
Poliomielite
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Durante toda a vida: 
- Tétano e Difeteria (Td) esta 10 em 10 anos 
Alterações do PNV 
• Alargamento a todas as crianças, aos 2, 4 e 12 meses de idade, da vacinação contra doença 
invasiva por meningite meningocócica (Neisseria meningitidis) do grupo B (vacina MenB); 
• Alargamento ao sexo masculino, aos 10 anos de idade, da vacinação contra infeções por vírus do 
Papiloma humano (vacina HPV), incluindo os genótipos causadores de condilomas ano-genitais; 
• A vacina contra o rotavírus (vacina ROTA) para grupos de risco, principal causador de 
gastroenterites em crianças, também passa a integrar o Programa Nacional de Vacinação 2020, 
mas será aplicada apenas para grupos de risco. 
Locais anatómicos de administração de vacinas: 
Idade <12 meses 
Braço esquerdo: BCG 
Coxa esquerda: DTPa; DTPa Hib; DTPa VIP; DTPa HibVIP 
Coxa direita: VHB; Hib; VIP 
Idade >12 meses 
Braço esquerdo: BCG; DTPa; DTPa Hib; DTPa VIP; MenC; Td 
Braço direito: VHB; Hib; VIP; VASPR; HPV 
DTPaVIP Difteria-Tétano-Tosse convulsa-Poliomielite
Hib Doença invasiva por Haemophilus influenzae 
do serotipo b (ou Haemophilus influenzae b)
HPV Infecção por vírus do Papiloma humano
MenC Doença invasiva por Neisseria meningitidis do 
serogrupo C (ou meningococo C)
VAR Rubéola
VAS Sarampo
VASPR Sarampo-Parotidite epidémica-Rubéola
VHB Hepatite b
VAP (vírus vivos atenuados) Poliomielite
VIP (vírus inativados) Poliomielite
Td (difteria em dose de adulto) Tétano-Difteria
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Reações adversas 
- reações anafilácticas 
 Reação alérgica aguda potencialmente perigosa para a vida devida à possibilidade de rápida 
evolução para obstrução das vias aéreas, dificuldade respiratória e choque, associados a alterações 
cutâneas e mucosas. 
Legalidade inferior a 1% 
Como evitar: 
- questionário dirigido de forma a evitar novas reações alérgicas 
- Sinal indicador de compromisso cardiovascular é o Tempo de Preenchimento Capilar (TPC) 
Os cuidados hospitalares na abordagem do doente com reação anafiláctica devem obedecer a uma 
lógica sequencial “ABCDE” 
Airway 
Breathing 
Circulariam 
Disability 
Exposition 
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