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Jacqueline Oliveira Lima Zago Luciana De Martino Nogueira Empreendedorismo e desenvolvimento de novos negócios, parte II © 2013 by Universidade de Uberaba Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Universidade de Uberaba. Universidade de Uberaba Reitor: Marcelo Palmério Pró-Reitora de Ensino Superior: Inara Barbosa Pena Elias Pró-Reitor de Logística para Educação a Distância: Fernando César Marra e Silva Assessoria Técnica: Ymiracy N. Sousa Polak Produção de Material Didático: • Comissão Central de Produção • Subcomissão de Produção Editoração: Supervisão de Editoração Equipe de Diagramação e Arte Capa: Toninho Cartoon Edição: Universidade de Uberaba Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário Catalogação elaborada pelo Setor de Referência da Biblioteca Central UNIUBE I8 Introdução à engenharia, inovação tecnológica e gestão de manutenção / Clidenor Oliveira Lima Zago... [et al.]. – Uberaba: Universidade de Uberaba, c2013 236 p. : il. ISBN 978-85-7777-462-3 1. Engenharia. 2. Inovações tecnológicas. 3. Manutenção. I. Araújo Filho, Clidenor Ferreira de. II. Zago, Jacqueline Oliveira Lima. III. Nogueira, Luciana De Martino. IV. Marques, Jairo Jeferson. V. Fonseca, Leonardo Lima da.VI. Universidade de Uberaba. VII. Título. CDD 620 Jacqueline Oliveira Lima Zago Especialista em Educação Escolar pela Faculdade Politécnica de Uberlândia (FPU). Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Pedagoga da Divisão de Apoio Técnico Pedagógico da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Luciana De Martino Nogueira Especialista em Gerenciamento de Redes de Computadores e Graduada em Tecnologia em Processamento de Dados pela Universidade de Uberaba (Uniube). Docente nos Cursos de Sistemas de Informação, Administração e Engenharia de Produção. Administradora de Redes desta instituição. Sobre os autores Sumário Apresentação .............................................................................................................VII Capítulo 1 A criatividade e a inovação tecnológica ............................... 1 1.1 A criatividade e a inovação tecnológica ....................................................................3 1.2 O engenheiro de produção .......................................................................................4 1.3 Ciência, tecnologia e inovação tecnológica .............................................................8 1.4 Os processos criativos no contexto das organizações ..........................................11 1.4.1 A importância da criatividade e da inovação tecnológica para o desenvolvimento de novos processos e produtos ........................................11 1.4.2 Como sabemos que uma pessoa é criativa? ...............................................18 1.5 O cérebro e a criatividade .......................................................................................20 1.6 O processo criativo .................................................................................................29 1.6.1 O conhecimento no processo criativo ...........................................................32 1.6.2 Os inibidores do conhecimento .....................................................................34 1.7 2009 – Ano Europeu da Criatividade e Inovação ...................................................36 1.8 Panorama Nacional de Inovação ...........................................................................39 1.8.1 Lei da inovação – principais avanços ...........................................................42 1.8.2 A lei do bem ...................................................................................................43 1.8.3 Meios de incentivo e apoio à inovação tecnológica .....................................45 Capítulo 2 O processo de inovação tecnológica: conceitos, fases e formas de acesso ............................................................... 59 2.1 Processo de inovação tecnológica .........................................................................61 2.1.1 Inovação conforme o objeto em foco ............................................................63 2.1.2 Inovação conforme o grau ............................................................................64 2.1.3 Lado negativo da inovação tecnológica ........................................................65 2.2 Importância da inovação .........................................................................................66 2.3 Propriedade Intelectual ...........................................................................................69 2.4 Constituição Federal e a Propriedade Intelectual ..................................................72 2.5 Patentes ..................................................................................................................76 2.5.1 Patente de invenções ....................................................................................77 2.5.2 Patente de modelos e objetos ......................................................................77 2.6 Instituto Nacional da Propriedade Industrial − INPI ...............................................78 2.7 Mudanças tecnológicas ..........................................................................................79 2.8 Concepção da ideia ................................................................................................81 2.9 O desenvolvimento da ideia ...................................................................................82 2.10 Estratégias de inovação tecnológica e as formas de acesso à tecnologia .........84 2.11 Sociedade do conhecimento.................................................................................87 2.12 Incentivo à Pesquisa e à Inovação Tecnológica – o CNPq ..................................88 2.13 Em busca da inovação tecnológica – a cooperação universidade-empresa.......89 2.13.1 Motivações ................................................................................................91 2.13.2 Barreiras ....................................................................................................92 Prezado(a) aluno(a). Você está recebendo mais um livro da série composta especialmente para seu curso a distância. Ele se compõe de dois capítulos, “A criatividade e a inovação tecnológica” e “O processo de inovação tecnológica: conceitos, fases e formas de acesso”. Para alcançar os objetivos propostos, primeiramente faremos uma abordagem conceitual de cada um dos temas apresentados. Essa abordagem precisará de uma constante parada para reflexão, análise e síntese de suas experiências. O conhecimento será construído a partir das suas observações e reflexões. No primeiro capítulo – “A criatividade e a inovação tecnológica” – você entenderá a importância da criatividade e da inovação tecnológica, para a formação do profissional de engenharia. Terá a oportunidade de conhecer os processos criativos em organizações, o cérebro e a criatividade, os passos do processo criativo, o ano europeu de criatividade e inovação e alguns aspectos gerais desse mesmo aspecto. No segundo capítulo – “O processo de inovação tecnológica: conceitos, fases e formas de acesso” – serão abordados os seguintes aspectos: os processos de inovação tecnológica, a importância da inovação, a propriedadeintelectual, a Constituição Federal e a propriedade intelectual, as patentes, o Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI), as mudanças tecnológicas, a concepção e o desenvolvimento da idéia, estratégias de inovação tecnológica e as formas de acesso à tecnologia, a sociedade e o conhecimento, o incentivo à pesquisa e à inovação tecnológica: o CNPq, a relação da universidade com as empresas e o que há de novidade em inovação. Apresentação VIII UNIUBE Desejamos a você bons estudos! Que este material sirva para o seu crescimento humano e profissional, ressaltando sempre a importância de se manter um ritmo de estudo que se estabeleça numa constante busca pelo conhecimento. Luciana De Martino Nogueira Jacqueline Oliveira Lima Zago Introdução A criatividade e a inovação tecnológica Capítulo 1 No contexto das organizações, o capital humano tem um aspecto significativo para o êxito operacional, pois liderar pessoas passa a ser o ponto crítico para empresas que atuam em mercados competitivos. Neste sentido, os profissionais que têm o desafio de pensar, implementar, operar e promover melhorias nos sistemas produtivos tornam-se peças fundamentais para as empresas que procuram produzir com o mais alto padrão de qualidade, num mundo em constante transformação. Assim, a criatividade, aliada à ciência e à tecnologia, é um comportamento que pode e deve ser desenvolvido no ser humano, entendido como mola propulsora na resolução dos problemas organizacionais. Para alcançar os objetivos propostos, primeiramente faremos uma abordagem conceitual de cada um dos temas apresentados. Essa abordagem precisará de uma constante parada para reflexão, análise e síntese de suas experiências. O conhecimento será construído a partir das suas observações e reflexões. 2 UNIUBE Ao final destes estudos, esperamos que você seja capaz de: • apresentar o campo da criatividade e da inovação tecnológica; • diferenciar os conceitos: ciência, tecnologia e inovação tecnológica; • explicar os processos criativos no contexto das organizações; • identificar a importância da criatividade e da inovação tecnológica para o desenvolvimento de novos processos e produtos; • enumerar os principais conceitos e teorias que compõem essa área; • apontar a aplicabilidade desses conceitos por meio dos exemplos e atividades apresentados; • demonstrar como a criatividade pode contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional; • relacionar o processo de produção com a mediação do conhecimento nas empresas; • analisar o panorama nacional de inovação tecnológica, bem como as políticas públicas de incentivo. Objetivos Esquema 1.1 A criatividade e a inovação tecnológica 1.2 O engenheiro de produção 1.3 Ciência, tecnologia e inovação tecnológica 1.4 Os processos criativos no contexto das organizações 1.5 O cérebro e a criatividade 1.6 O processo criativo 1.7 2009 - Ano Europeu da Criatividade e Inovação 1.8 Panorama nacional de inovação UNIUBE 3 Você já reparou como alguns termos têm sido utilizados no contexto das organizações? Algumas palavras invadiram o espaço organizacional passando a fazer parte do vocabulário e do cotidiano das pessoas. Mais do que simples palavras, elas transmitem valores que podem provocar profundas transformações no modo de ser e agir das pessoas: liderança, pró-atividade, inovação, criatividade, são só algumas dentre tantas outras palavras. Com isso, podemos dizer que o mundo está em constante transformação e que ocorre em todos os setores. A tecnologia, o cenário político e econômico, as concorrências e as tendências do mercado são exemplos de forças que atuam promovendo essas mudanças. Hoje em dia, as organizações enfrentam um ambiente dinâmico e precisam acompanhar e entender esse novo cenário que se apresenta. A criatividade e a inovação tecnológica1.1 Observe à sua volta. Veja o quanto nosso cotidiano vem sendo modificado. A que você atribui essas mudanças? PARADA PARA REFLEXÃO Imagino que você tenha atribuído essas mudanças à capacidade do homem de criar novas formas para melhorar a sua vida, ou seja, não seria exagero afirmar que a mobilização das pessoas é fundamental para promover mudança, seja de que tipo for. Ou seja, qualquer invenção, ou inovação tecnológica, tem como aspecto principal o trabalho humano, criando e recriando estratégias. 4 UNIUBE Vamos, a partir de agora, identificar o campo de ação do engenheiro de produção, situar o seu surgimento, a legislação pertinente, conhecer a história da Engenharia de Produção no Brasil e suas práticas. O engenheiro de produção1.2 Você sabe o que é “engenhar”? Se buscarmos na etimologia da palavra, veremos que, em latim, ingeniu significa faculdade inventiva, talento. É a arte de aplicar princípios científicos e matemáticos, experiência e senso comum de forma a beneficiar o Homem. Os engenheiros são, antes de tudo, solucionadores de problemas. Devem procurar as melhores, as mais rápidas e menos dispendiosas formas de utilizar insumos e trabalho para atender às necessidades humanas. Desde a construção das pirâmides, o processo de irrigação egípcio, a aterrissagem do homem na lua, o progresso tem referência no trabalho de um engenheiro. A engenharia de produção nasceu nos EUA por volta do final do século XIX e início do século XX com o engenheiro Frederic Taylor e sua “Scientific Management”, ou administração científica, que ele escreveu no início do século passado juntamente com Frank e Lillian Gilbreth, H.L. Gantt, H. Emerson, entre outros. Apesar de controverso, a indústria americana viu-se invadida pelas ideias tayloristas. Introduziu procedimentos interessantes sobre a quantificação do tempo e dos movimentos no processo industrial e, mesmo hoje, é considerada uma revolução. No Brasil, a engenharia, enquanto profissão, é bastante jovem e só foi regulamentada em 1933 com as profissões de Engenheiro Agrônomo e Engenheiro Civil, ano em que também foi criado o Sistema CONFEA/ CREA, através do Decreto Federal n.º 23.569. A criação de cursos nessa área foi impulsionada nos anos 50 pela chegada das multinacionais. Tanto o departamento de planejamento e controle da produção, como o de UNIUBE 5 controle de qualidade, era de responsabilidade do “Industrial Engineers”, o nosso engenheiro de produção. De 1959, data de criação do primeiro curso de engenharia de produção, até os dias atuais, temos mais de 130 cursos nessa área, no Brasil. Desde então, o engenheiro de produção tornou-se peça fundamental para as empresas que procuram produzir com o mais alto padrão de qualidade, de forma cada vez mais “enxuta” e, nesse cenário de produção flexível, automatizado e em constante transformação, o perfil do engenheiro deve priorizar a criatividade. Sendo assim, o foco desse engenheiro, como o próprio nome diz, é produção. Em complementação, a Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO) aponta que o engenheiro de produção deve ter uma formação científica e profissional que o capacite a identificar, formular e solucionar problemas ligados às atividades de projeto; operação e gerenciamento do trabalho e de sistemas de produção de bens e/ou serviços, considerando também os aspectos humanos, econômicos, sociais e ambientais, com visão ética e humana, em atendimento às demandas da sociedade. O Engenheiro de Produção, segundo a ABEPRO, deve ter competên- cia para: • dimensionar e integrar recursos físicos, huma- nos e financeiros a fim de produzir, com efici- ência e ao menor custo, considerando a possi- bilidade de melhorias contínuas; • utilizar ferramental matemático e estatístico para modelar sistemas de produção e auxiliar na tomada de decisões; • projetar, implementar e aperfeiçoar sistemas, produtos e processos, levando em considera- ção os limites e as características das comuni- dades envolvidas; 6 UNIUBE • prever e analisar demandas, selecionar co- nhecimento científico e tecnológico, projetandoprodutos ou melhorando suas características e funcionalidade; • incorporar conceitos e técnicas de qualidade em todo o sistema produtivo, tanto nos seus aspectos tecnológicos quanto organizacionais, aprimorando produtos e processos e produ- zindo normas e procedimentos de controle e auditoria; • prever a evolução dos cenários produtivos, per- cebendo a interação entre as organizações e os seus impactos sobre a competitividade; • acompanhar os avanços tecnológicos, organi- zando-os e colocando-os a serviço da deman- da das empresas e da sociedade; • compreender a inter-relação dos sistemas de produção com o meio ambiente, tanto no que se refere à utilização de recursos escassos quanto à disposição final de resíduos e rejeitos, atentando para a exigência de sustentabilidade; • utilizar indicadores de desempenho, sistemas de custeio, bem como avaliar a viabilidade eco- nômica e financeira de projetos; • gerenciar e otimizar o fluxo de informação nas empresas utilizando tecnologias adequadas (ABEPRO, 2006, p. 3). Logo, compete ao engenheiro de produção não só implementar e operar os sistemas produtivos, como também efetuar, principalmente, as melhorias que esses sistemas requerem. O profissional de engenharia de produção deve saber lidar diretamente com as evoluções tecnológicas, com as exigências dos consumidores e do mercado globalizado, utilizando sua capacidade criativa para vencer os desafios que surgem no dia a dia. Entre outras, deve apresentar habilidades, tais como: UNIUBE 7 • iniciativa empreendedora; • iniciativa para autoaprendizado e educação continuada; • comunicação oral e escrita; • leitura, interpretação e expressão por meios gráficos; • visão crítica de ordens de grandeza; • domínio de técnicas computacionais; • conhecimento, em nível técnico, de língua estrangeira; • conhecimento da legislação pertinente; • capacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares; • capacidade de identificar, modelar e resolver problemas; • compreensão dos problemas administrativos, socioeconômicos e do meio ambiente; • “pensar globalmente, agir localmente”. A abrangente visão do engenheiro de produção lhe permite: • efetuar diagnósticos e propor soluções; • planejar e desenvolver estratégias; • desenvolver produtos ou processos; • coordenar equipes; entre outros. EXPLICANDO MELHOR Todas essas competências e habilidades são o que tornam esse profissional um dos mais procurados no mercado de trabalho, segundo o próprio CONFEA/CREA. É, sem dúvida, a sua capacidade em integrar as questões técnicas com as gerenciais que habilita o engenheiro de produção a atuar nos diferentes setores da produção industrial. Isso se dá porque grande parte dos problemas enfrentados no cotidiano das empresas envolve questões gerenciais, exigindo domínio das áreas técnica e administrativa, e também perfil integrador do engenheiro de produção. No exercício da profissão, o engenheiro de produção deve preocupar-se com inúmeros aspectos, como: 8 UNIUBE • com a gestão e a otimização dos processos produtivos e o consequente ganho em produtividade; • com o mercado de consumo, com a logística empresarial; • com o avanço tecnológico, com a qualidade dos produtos e serviços; • com o impacto ambiental e social de se produzir; • com a competitividade internacional, e, principalmente; • ter foco no cliente e no negócio. Nesse sentido, percebemos claramente como a criatividade é importante na formação do Engenheiro de Produção. Vejamos o que Sardenberg nos diz: Sem ciência e tecnologia, como pode um país aspirar uma posição de relevo no futuro? Trata-se de uma das mais importantes questões a ser colocada não apenas aos governantes, ao sistema político e aos meios de comunicação, mas ao povo brasileiro (Sardenberg, 2000, p.2). Sardenberg (2000), nessa citação, coloca a ciência e a tecnologia como aspectos relevantes para o desenvolvimento de uma nação e de seu povo, e que, por isso, deve ser objeto de estudo, reflexão e vontade política de todos. Para Erdmann (2000), produzir significa transformar, num contexto em que o estado inicial daquilo que será transformado se constitui nos insumos que, associados aos demais recursos, geram o resultado e/ou produto. Assim, como a produção é a geração de processos e produtos, essa pode variar desde objetos até a recreação ou informação, isto é, desde bens até serviços. Produção envolve, assim, ciência e tecnologia. Ciência, tecnologia e inovação tecnológica1.3 Você já percebeu a relação entre a ciência, a tecnologia e a inovação tecnológica? UNIUBE 9 Podemos nos referir à ciência no seu sentido mais amplo buscando na origem da palavra o seu significado, ou seja, “conhecimento”, qualquer que seja ele: empírico ou senso-comum, teológico, filosófico ou científico. O conhecimento científico é a forma restrita de nos referirmos à ciência, pois a esse tipo de conhecimento é necessário um método que o comprove, ou seja, o método científico. Por isso, a ciência está intimamente relacionada à comprovação de fenômenos e teorias. Ela é racional e está direcionada à descoberta da verdade. Já a tecnologia está associada a novos processos de fabricação, a novos produtos, a novos métodos e aos impactos que todos esses podem produzir em uma sociedade. É uma palavra que vem do grego e significa estudo ou ciência do ofício. Envolve, portanto, o conhecimento técnico e o conhecimento científico, as ferramentas, os processos e materiais utilizados a partir de tal conhecimento. A tecnologia é, assim, a união entre a ciência e a engenharia. Na Figura 1 está representado, esquematicamente, a relação entre indústria, ciência e tecnologia. Observe a relação entre indústria, tecnologia e ciência, na Figura 1: Figura 1: A relação da indústria, ciência e tecnologia. 10 UNIUBE Inovação Deriva do latim innovatione e significa ato ou efeito de inovar, ou seja, introduzir novidades, produzir algo novo, encontrar novo processo, renovar. Os modelos criados por meio da ciência serão colocados em prática por intermédio das novas tecnologias. Assim, o processo de inovação tecnológica compreende todo um ciclo de desenvolvimento que engloba desde estudos científicos até as suas aplicações técnicas. Tem como um dos objetivos facilitar o cotidiano, a vida do homem, a vida em sociedade. Tecnologia pode ser definida como um acervo de conhecimentos de uma sociedade (como a ciência); entretanto, relaciona esse acervo de conhecimentos com as artes industriais. A tecnologia fundamenta- se nos métodos e nos conhecimentos científicos, compreendendo o domínio dos materiais e dos processos, úteis para a solução de problemas técnicos e para a fabricação de produtos (REIS, 2008, p. 33). Se, por um lado, a tecnologia pode trazer inúmeros benefícios sociais, por outro lado, grandes invenções podem ser utilizadas para diferenciar o status social, excluir pessoas, dizimar grupos étnicos, por exemplo, os trens a vapor que levaram os judeus para os campos de concentração na Segunda Guerra Mundial. O uso dos aviões nas guerras atirando bombas, a própria invenção da bomba atômica e sua consequente produção para fins destrutivos. Segundo Reis (2008), não se pode separar o conceito de tecnologia dos conceitos de ciência e indústria, pois, são domínios cognitivos próximos da ação de “saber-fazer”, em que a tecnologia envolve um conjunto de conhecimentos que “adquire especificidade ao assumir formas concretas na sua aplicação” (REIS, 2008, p.36). Assim, é muitas vezes associada à engenharia e por constituir um fator produtivo, ou tecnociência, encontra na indústria o seu combustível. Inovação é a palavra do momento. Por isso, depende de esforços teóricos e práticos e se refere a um processo, produto ou serviço UNIUBE 11 totalmente novo e inesperado. É também um estado mental das pessoas criativas, uma nova forma de observar o mundo que nos cerca e as novas necessidades emergentes. A inovação está associadaa uma maneira de produzir valor econômico para a sociedade. Inovamos por meio da geração de algo de valor, mediante o reconhecimento de oportunidade e da sua conversão em bens ou serviços viáveis e economicamente rentáveis. Assim, a inovação caminha lado a lado com o empreendedorismo, pois se alimentam da capacidade de ruptura e colocação de novos produtos, processos, matérias-primas ou mercados. Os empreendedores convertem a inovação em ideias de mercado por meio da descoberta de oportunidades, pois, a inovação tecnológica é motivada tanto pelo mercado, quanto pela existência de conhecimento novo, de uma descoberta ou invenção. Neste capítulo, a criatividade é que unirá ciência e tecnologia através da inovação. Os processos criativos no contexto das organizações1.4 1.4.1 A importância da criatividade e da inovação tecnológica para o desenvolvimento de novos processos e produtos Antes de continuarmos nossos estudos, responda, nos retângulos, às seguintes perguntas indicadas na Figura 2. Figura 2: Pensando criativamente. 12 UNIUBE Você sabia que a criatividade e a inovação sempre se relacionaram ao longo da história da humanidade? SAIBA MAIS Podemos definir criatividade como sendo a qualidade ou a característica de quem é criativo, e inovação como a ação ou efeito de inovar, ou derivar, aquilo que é novo, novidade. Temos como abordar o tema sob diferentes pontos de vista, conforme exemplificado pela Figura 3. Figura 3: Criatividade de diferentes pontos de vista. Assim, criatividade é apenas a habilidade e inovação é a ação e/ou objetos derivados do processo criativo. UNIUBE 13 Durante a pré-história, os seres humanos transformavam recursos naturais em ferramentas simples. Desde que o homem criou o primeiro objeto que se tem conhecimento, ele utilizou sua capacidade criativa para solucionar um problema. Assim, conseguiu agir transformando, por exemplo, a pedra lascada em uma ferramenta útil para sua sobrevivência. Esse ciclo se repete desde os primórdios. Permanecem, no mercado, os processos e produtos essenciais à sobrevivência de uma sociedade, embora a transformação, a readequação à realidade e a melhoria dos processos e produtos sejam também fundamentais para a sobrevivência das empresas. Já que, para produzir o novo, precisamos, antes de qualquer coisa, partir de um problema a ser solucionado, é preciso que exercitemos nossa capacidade de percepção e de criação. Para tanto, podemos utilizar técnicas que visem estimular nosso pensamento criativo. Muitos autores defendem que, de certa forma, fomos vedados de nossa capacidade criativa ainda na infância. Isso se deve à nossa própria cultura educacional que protege sempre os acertos, a objetividade e a eficácia e desconsideram o erro como parte integrante do processo de construção do conhecimento, da inovação e da criatividade. Em nossa educação, recebemos pouca informação ou estimulação sobre nossa ousadia. Cientificamente, isso quer dizer que fomos treinados desde cedo a utilizar com maior frequência o lado esquerdo de nosso cérebro, ou seja, o lado do raciocínio lógico, o pensamento convergente. Logo, podemos concluir que, de certa forma, o lado direito de nosso cérebro, responsável pela imaginação, intuição e criatividade, pelo pensamento divergente, aberto, ficou estagnado durante boa parte do tempo de nosso aprendizado. Em síntese, criatividade é mudança! 14 UNIUBE Faça uma lista das muitas utilidades que você encontraria para um tijolo. Isso mesmo! Um tijolo. Pense em, no mínimo, 10 utilidades. Registre suas anotações. Depois de fazer a sua lista, converse com seus colegas. Compare e veja como podemos ser criativos. Pense em outros objetos, uma torradeira, um grampeador e veja quantas perguntas você poderá fazer e quantas ideias poderão surgir. Pense na utilidade, na essencialidade, no que poderia ser melhorado. Faça isso com outras coisas no seu dia a dia. É um ótimo exercício para exercitar o seu potencial e pensamento criador! AGORA É A SUA VEZ A mente intuitiva A mente intuitiva é uma dádiva sagrada e a mente racional seu servo fiel. Criamos uma sociedade que honra o servo e esquece a dádiva. Einstein Já reparou como temos o hábito de explicar ao invés de criar? Refazemos todo o processo mentalmente de todas as coisas. Por exemplo, explicamos o funcionamento de um avião. Mas, como compreender o processo criativo que levou Santos Dumont a criá-lo? Será que ele já amanheceu com a ideia pronta? Sabemos que não. A criação é um processo que pode até resultar em um produto, mas não é uma coisa pronta. Podemos não saber exatamente de onde veio uma ideia, mas sabemos que ela está lá, existe uma operação para criá-la. Se déssemos mais valor à nossa mente intuitiva que cria, recria e aprecia as maravilhas, certamente teríamos mais Santos Dumonts, Einstens, Da Vincis. PONTO-CHAVE UNIUBE 15 Em um momento em que se fala muito em cultivar a saúde e o bem-estar, assim como o corpo precisa de exercícios físicos para manter o seu bom funcionamento, o cérebro também precisa de estímulos. Colocá-lo em atividade é um ótimo recurso para deixá-lo cada vez mais “esperto”. Como futuro engenheiro, e já conhecendo as competências que serão esperadas de você, cultivar a criatividade será de grande importância. Mas, como desbloquear a criatividade? Nascemos com a capacidade de sermos criativos, certo? Um constante jogo criativo abre muitas possibilidades e a mente racional ajuda a torná-las realidade. Tenha o hábito de perguntar: “e se...” Exemplos: E se, no meio do dia, minha camisa descosturasse embaixo do braço? E se de repente chegasse um ônibus cheio de novos clientes? E se aparecesse um pedido exorbitante na minha fábrica por novos produtos? E se eu ganhasse uma comissão extra 10 vezes maior que o meu salário? E se... EXPLICANDO MELHOR Não pense que você estará perdendo tempo. Você estará estimulando sua mente intuitiva e criativa e a racionalidade dos seus pensamentos. O que você prefere: ficar pensando em como é ruim ficar parado num congestionamento ou pensar em como você faria para viabilizar o trânsito de São Paulo? 16 UNIUBE Importância das coisas Outra dica interessante é pensar no que é mais importante nas coisas. Por exemplo, um aparelho celular. O que é mais importante? O que poderia ser removido sem perder a sua função? O que poderia ser agregado atribuindo valor? E em um sapato? E em um biscoito? Use sua criatividade! DICAS 1.4.1.1 Criar um problema para depois resolvê-lo Pense em causar um problema ou deixá-lo pior a fim de resolvê-lo. Tivemos um apagão de 3 horas. E se o apagão durasse três dias? Lembre-se: “O que move o mundo não são as respostas, são as perguntas...” (F/NAZCA, 2009). Pense agora, qual foi a pergunta feita por quem inventou o primeiro restaurante self-service? Qual terá sido o problema que motivou o surgimento dessa ideia? Resposta: E se os clientes pudessem servir as suas próprias refeições? A vida social atual necessita de maior otimização do uso do tempo. Isso pode ter parecido ridículo na ocasião. Será que na época os garçons viram isso com bons olhos e não como ameaça à sua profissão? Situações como essa, muitas vezes sem sentido, é que levam a soluções criativas e muitas vezes bastante rentáveis. O que pode parecer “normal”, hoje, com certeza, já passou pelo ridículo um dia. UNIUBE 17 Pense numa empresa. O que mais chateia as pessoas num grupo? Digamos que seja cara feia e falta de educação dos colegas. Pense, então, em como resolver este problema. Que tal imaginar que as pessoas que ofenderem os outros serão “enviadas” para o “treinamento da sensibilidade”. Que treinamento seria esse? Que tipo de formação teria essas pessoas? PARADA PARA REFLEXÃO Você verá que, pensando sobre isso, você estará “treinando” a observa- ção à sua volta, aplicando os seus conhecimentos e, com isso, relacio- nando-se melhor com as pessoas. Criatividade, como já foi dito, não serefere à criação de produtos, mas eventos, ideias, situações, posturas. As pessoas criativas podem passar de uma perspectiva para outra com mais facilidade. Mudar o foco, o olhar sobre uma mesma coisa. Isso pode ser nato, mas também é uma habilidade que pode ser aprendida. As ideias aparentemente malucas nada mais são do que uma cadeia de associações mentais que levam a uma ideia mais útil. Veja nas principais manchetes de hoje. Escolha um problema que foi relatado e escreva aqui: Agora pense em várias perspectivas, para este mesmo problema. Segundo cada uma dessas perspectivas, tente produzir uma ideia para minimizá- -lo. Cada vez que você fizer este exercício, verá que você ficará melhor. Experimente! Registre para depois conversar com os seus colegas. AGORA É A SUA VEZ 18 UNIUBE 1.4.2 Como sabemos que uma pessoa é criativa? Para saber se uma pessoa é realmente criativa, podemos passá-la por três “peneiras” (Figura 4): Figura 4: Critérios para saber se uma pessoa é criativa. E, então, você é criativo? Lembra do exercício com os tijolos? Quem pensou em 60 diferentes utilidades para o tijolo é mais criativo do que quem pensou em 10? Bom, alguém poderia colocar que não, pois 60 ideias medíocres nada significam perante 10 ideias interessantes. Mas, a experiência e a história nos mostram que quanto mais ideias temos, mais próximos de boas ideias estaremos. A originalidade também é importante, mas o que dizer da qualidade das ideias? Como medir se uma ideia é de fato de qualidade? Em geral, ter um monte de ideias aumenta as probabilidades de ter algumas boas ideias. As pesquisas mostram isso, assim como a experi- ência pessoal. Uma ferramenta para isso é o próprio mercado no caso da criação de novos produtos. Por que algumas coisas são lançadas e logo esquecidas e outras estão em constante aprimoramento? No mercado de carros, por exemplo, é fácil detectar as más ideias. UNIUBE 19 Lembre-se dos muitos produtos que já foram criados e que saíram do mercado ou ficaram obsoletos. Faça uma lista e reflita sobre as razões que levaram estes produtos a não serem mais aceitos. Qual foi o grande erro da empresa que o lançou no mercado? PARADA PARA REFLEXÃO Deixar de considerar, entender e estudar quais são os desejos do consumidor, pode ter sido um dos erros dessa e outras empresas, não é mesmo? Você gosta de assistir a filmes? Se sim, veja nossa sugestão. Filme: Tudo acontece em Elizabethtown Sinopse: Após provocar um prejuízo de US$ 972 milhões para a Mercury, a maior empresa de esportes dos Estados Unidos, ao elaborar um tênis que foi um fiasco, Drew Baylor (Orlando Bloom) é demitido pelo magnata Phil DeVoss (Alec Baldwin). Ellen Kishmore (Jessica Biel), sua namorada, acaba com Drew. Ele decide cometer suicídio e estava para executá-lo, quando o celular toca. Drew atende e sabe através da sua irmã, Heather (Judy Greer), que o pai deles, Mitchell (Tom Devitt), morrera de infarto em Elizabethtown, sua cidade natal [...]. Para saber mais sobre o filme, acesse: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-53579/ Embora não seja o foco principal do filme, a criação do tênis e o seu insucesso podem exemplificar muito essa relação da criatividade e a reação do mercado. DICAS 20 UNIUBE 1.4.2.1 Como gerar mais ideias Para melhorar as suas idéias, o melhor é trabalhar os problemas para os quais você pode, realmente, fazer alguma coisa e, então, exercer a sua criatividade com eles. Encontrar uma nova maneira de fazer o mesmo trabalho, por exemplo, ou, na sua vida pessoal, encontrar uma nova maneira para que as crianças realizem as tarefas de casa, ou guardem os brinquedos que espalharam, pode ser algumas dicas interessantes. Colocar suas ideias em ação diz a sua mente que elas são importantes para a vida real, e assim sua mente inconscientemente começa a trabalhar em novas ideias e soluções. Esta prática irá aumentar o seu quociente de criatividade. Percebemos que a criatividade é muito mais do que uma característica do ser humano ou uma capacidade latente, mas uma visão, um modo de vida, uma maneira de assumir um papel na coletividade, na sociedade, algo permanentemente construído e que não combina com acomodação e inércia. A criatividade é um comportamento e pode ser desenvolvido. Não é obtido de alguém, mas quanto mais um ser humano libera o seu potencial criativo, mais desenvolve maturidade para criar conscientemente, e conquistar sua autonomia. O cérebro e a criatividade1.5 Referir-se ao nosso cérebro é bastante complexo e extenso. É um órgão que requer 25% daquilo que o coração bombeia, sendo um conjunto de milhões de células, que, segundo pesquisadores, pode ser visualizado, tocado e manipulado. Substâncias químicas, enzimas e hormônios fazem parte de sua composição. O que o faz funcionar são os neurônios que consomem oxigênio e troca substâncias através de suas membranas. UNIUBE 21 Nosso cérebro se divide em dois hemisférios, o direito e o esquerdo. O seu estudo ainda causa muitas controvérsias, seja no campo da medicina, da psicologia ou da educação. A neurolinguística, ciência que estuda a elaboração cerebral da linguagem, afirma que o temperamento de cada pessoa, tem relação direta com a forma que utiliza cada lado do cérebro. Sugere até mesmo uma “reprogramação neurolinguística” capaz de fazer com que o indivíduo se torne mais produtivo, de modo a desenvolver suas habilidades de liderança e melhorar a comunicação e os relacionamentos. Segundo esses estudos, as pessoas que utilizam mais o lado esquerdo, tendem a usar de forma adequada a lógica, a matemática, pois é o lado mais intuitivo. Ao contrário, as pessoas que utilizam o lado direito possuem habilidades de análise, são comunicativas, criativas e serenas. De qualquer forma, para que funcionemos corretamente, faz-se necessá- rio que utilizemos os dois hemisférios, pois o comando da memória se faz presente nessa interação. Tanto o raciocínio como a inteligência são determinados pelos hemisférios cerebrais. No entanto, embora sejam simetricamente proporcionais, cada um deles, o esquerdo e o direito apresentam funções distintas, sendo, geralmente, um deles dominante. Se fizéssemos um mapa do cérebro na tentativa de localizar regiões específicas, perceberíamos o local onde estão nossas emoções. Pesquisas diversas seguem essa categoria de análise, embora boa parte do funcionamento cerebral continue a ser um mistério. Muitos estudiosos atribuem o pensamento criativo ao hemisfério direito do cérebro. No entanto, esse estudo pode contribuir para entender alguns comportamentos. Mas, antes de pensar em usar “um ou outro”, o importante é usar os dois lados e não dar um valor em separado. Para um raciocínio criativo, para a resolução criativa de problemas, verificamos que ocorre uma oscilação interativa síncrona ou simultânea de ambos os hemisférios e não apenas do direito. 22 UNIUBE Teste 1: Qual lado do cérebro orienta você? Responda sinceramente às questões a seguir e descubra se você é mais dirigido pelo hemisfério direito ou pelo hemisfério esquerdo do cérebro, ou se você utiliza o “cérebro inteiro”, ou seja, ambos os hemisférios, ao lidar com fatos, ideias e questões. O teste, a seguir, foi extraído do livro Você é criativo? de autoria de Eugene Raudsepp (RAUDSEPP, 1981), faça-o: Assinale suas respostas: 1 - Nos auditórios, plateias de cinema, salas de conferência etc., você prefere se sentar: a) do lado direito? b) do lado esquerdo? c) no meio? 2 - Ao responder a uma pergunta que exija raciocínio você: a) costuma olhar para a esquerda? b) costuma olhar para a direita? c) costuma olhar diretamente para a pessoa que fez a pergunta? 3 - Você é: a) mais extrovertido? b) mais introvertido? 4 - Você é: a) uma pessoa “do dia”? b) uma pessoa “da noite”? c) igualmente “do dia” e “da noite”? AGORA É A SUA VEZ UNIUBE 23 5 - Identifique quatro características, da lista a seguir, que você julguepossuir em alto nível, e mais quatro que representem dificuldades. Todas elas se relacionam com o trabalho. Assinale as que você possui com G e as que você não possui com D: a) Divisão do tempo........ b) Organização de projetos........ c) Planejamento estratégico........ d) Resolução criativa de problemas........ e) Persuasão de outras pessoas........ f) Tomada de iniciativa........ g) Supervisão de outras pessoas........ h) Conceituação de noções........ i) Controle........ j) Impulso/motivação........ k) Autodisciplina........ l) Desenvolvimento de programas........ m) Obediência a prazos........ n) Preparo de orçamentos........ o) Integração........ p) Motivação de outras pessoas........ q) Consultas........ r) Cortesia........ s) Percepção........ t) Consideração........ u) Previsão........ v) Confiabilidade........ w) Discernimento........ x) Pragmatismo........ y) Energia........ z) Intuição........ 6 - Assinale na lista a seguir as cinco palavras que melhor descrevem você: a) Analítico........ b) Lógico........ 24 UNIUBE c) Musical........ d) Artístico........ e) Matemático........ f) Verbal........ g) Inovador........ h) Intuitivo........ i) Controlado........ j) Detalhista........ k) Emocional........ l) Com visão global........ m) Dominador........ n) Intelectual........ o) Com capacidade de síntese........ p) Com orientação espacial........ q) Com orientação linear........ r) Leitor inveterado........ s) Com capacidade dedutiva........ t) Com capacidade de usar analogias........ Assinale na lista de frases a seguir as quatro que mais digam respeito a você: a) Tenho grande capacidade de liderança........ b) Prefiro trabalhar por conta própria........ c) Gosto de sair e do convívio social........ d) Amo as artes........ e) Sou uma pessoa conscienciosa e responsável........ f) Considero-me uma pessoa muito sensível........ g) Gosto de participar de atividades de grupo e equipe........ h) Não sou uma pessoa muito organizada........ i) Tenho uma boa capacidade de relacionamento........ j) Tenho uma autocrítica muito forte........ k) Respeito as convenções e os valores sociais........ l) Algumas vezes duvido, da minha capacidade intelectual........ UNIUBE 25 Q ue st ão A lte rn at iv as 1 a= 1 b= 10 c= 5 2 a= 10 b= 1 c= 5 3 a= 2 b= 8 4 a= 2 b= 8 c= 5 5 a) G =2 D =7 b) G =7 D =2 c) G =2 D =7 d) G =8 D =2 e) G =2 D =8 f) G =7 D =2 g) G =2 D =7 h) G =7 D =2 i) G =2 D =8 j) G =7 D =2 k) G =2 D =7 l) G =7 D =2 m ) G =1 D =8 n) G =2 D =7 o) G =7 D =2 p) G =2 D =7 q) G =7 D =2 r) G =1 D =8 s) G =8 D =2 t) G =2 D =7 u) G =7 D =3 v) G =2 D =7 w ) G =8 D =3 x) G =2 D =8 y) G =7 D =3 z) G =8 D =2 6 a= 3 b= 2 c= 9 d= 9 e= 3 f= 4 g= 8 h= 8 i= 2 j= 3 k= 7 l= 8 m =3 n= 3 o= 8 p= 8 q= 2 r= 5 s= 8 t= 8 7 a= 3 b= 8 c= 2 d= 8 e= 2 f= 7 g= 3 h= 7 i= 3 j= 3 k= 3 l= 7 Calcule o valor de suas respostas de acordo com a tabela a seguir: 26 UNIUBE Seu resultado de 41 a 84 de 85 a 128 de 129 a 172 Orientação Esquerda Orientação Dupla Orientação Direita O teste, a seguir, é sobre os comandos do cérebro, tente fazê-lo. Teste 2: Identificando os comandos do cérebro Analise os comportamentos a seguir e escreva, no Quadro 1, qual parte do cérebro você acredita que está dominando cada situação-problema: Quadro 1: Identificando os comandos do cérebro Situação-Problema Lado do Cérebro Mais Usado 1 Júlia é a gerente de marketing de uma grande empresa de cosméticos. Destaca-se pela criatividade das campanhas que coordena e pela sensibilidade que lidera sua equipe de trabalho. No entanto, se precisar seguir instruções ou procurar um endereço, Júlia se atrapalha e prefere ser guiada. 2 João Carlos é um advogado criminalista muito competente. É capaz de ler vários processos, localizando fatos e detalhes. Além disso, acredita-se que o seu sucesso seja da facilidade que tem em expressar-se oralmente. 3 Renato tem uma memória invejável para as imagens, mas não consegue lembrar-se do que fez há uma semana. Começa a fazer algo e se esquece do tempo, seja no trabalho como no lazer, por isso vive perdendo os prazos e deixando as pessoas esperando. Mas é a sua capacidade de ver as relações entre uma coisa e outra, e a maneira como as partes unem-se para formar um todo, que o tornam o profissional da arte tão maravilhoso e respeitado que é. UNIUBE 27 Você deve ter verificado que Júlia e Renato utilizam mais o lado direito do cérebro, e que João Carlos o lado esquerdo. Cada hemisfério do cérebro é dominante para alguns comportamentos, como exemplifica a Figura 5, é especializado para algumas tarefas específicas, mas, mais do que identificarmos o lado predominante do nosso cérebro, é perceber que devemos trabalhar com os dois lados, melhorando nossas habilidades no nosso dia a dia. Através de exercícios e técnicas variadas pode-se estimular o lado direito do cérebro e buscar a integração entre os dois hemisférios, equilibrando o uso de nossas potencialidades. Figura 5: Principais diferenças dos hemisférios. Na tentativa de reativar nossa criatividade individual utilizando o lado direito do cérebro, podemos seguir algumas sugestões/atividades, como a que já abordamos no capítulo. Acompanhe-as a seguir no Quadro 2. 28 UNIUBE Quadro 2: Estimulando a criatividade Criar metas. Armazenar as ideias e, sempre que possível, colocá-las em prática. Fazer anotações. Procurar ser otimista, positivo. Ser um bom observador. Desenvolver uma forte curiosidade e aprender a fazer perguntas como: quem, quando, onde, o quê, por que, qual e como. Saber escutar e estar aberto a mudanças. Descobrir novas fontes de ideias, como novas amizades, novos livros, jornais, revistas, cultura em geral. Você sabe a diferença entre pensamento lateral e pensamento vertical? O pensamento vertical: é o pensamento lógico e o racional, aquele que nos prende a um estado de não solução dos problemas encontrados. O pensamento lateral: é aquele que busca alternativas para os nossos obstáculos por meio de nossa capacidade criativa. Podemos dizer que pensar de forma criativa é pensar de forma lateral. Você sabe utilizar o seu potencial criativo? A seguir, selecionamos algumas citações de grandes inventores e pensadores que nos dão a dimensão do potencial que podemos explorar por intermédio de nossa criatividade. Por meio delas, percebemos que o homem tem sempre a necessidade de sentir-se em desenvolvimento, criando e vivenciando novos desafios, para atingir o sucesso. CURIOSIDADE UNIUBE 29 Não sou realmente um homem de ciência, não sou um observador, não sou um pensador. Nada sou senão um conquistador, por temperamento – um aventureiro – com a curiosidade, a rudeza e a tenacidade que compõem essa espécie de ser (FREUD). Criatividade é permitir a si mesmo cometer erros. Arte é saber quais erros manter (SCOTT ADAMS). Inquietação e descontentamento são as primeiras necessidades do progresso (THOMAS EDISON). Criatividade é inventar, experimentar, crescer, correr riscos , quebrar regras, cometer erros e se divertir (MARY LOU COOK). A Figura 6, a seguir, nos evidencia as fases do processo criativo. O processo criativo1.6 Figura 6: Fases do Processo Criativo. Fonte: Adaptado de Patrick (1955). Viu como o processo criativo é individual e, portanto, inerente a cada ser? Aliar a capacidade criadora individual aos processos inovadores que uma empresa precisa desenvolver é um dos grandes desafios e diferenciais competitivos de hoje. Para que as empresas desenvolvam sua capacidade de inovação, é preciso que seus funcionários desenvolvam de forma coletiva a criatividade. Como fazer isso? Uma boa forma é o uso de técnicas que estimulem o pensamento criador. 30 UNIUBE Uma das técnicas mais utilizadas pelasempresas para a obtenção de ideias se chama brainstorming. Você sabe o que isso significa? É uma técnica criativa de resolução de problemas, inventada em 1938, pelo publicitário Alex F. Osborn, quando na presidência de uma grande agência norte-americana. O brainstorming é uma ferramenta associada à criatividade, e é por isso, preponderantemente, usada na fase de Planejamento (na busca de soluções). O nome da técnica deriva das palavras em inglês brain e storming que, traduzindo literalmente para o português, pode ser entendido como tempestade cerebral, mas melhor compreendido como tempestade de ideias. Geralmente, aplica-se a técnica para que um grupo de pessoas crie o maior número de ideias possíveis acerca de um tema previamente selecionado. Que tipo de problema requer um brainstorming? Quer imaginar um novo produto, rejuvenescer um antigo, simplificar um processo de produção, inventar meios de aumentar lucro ou, apenas melhorar a embalagem, a distribuição, as vendas ou as relações humanas entre os funcionários ou com os acionistas? Caso você tenha algum problema desse tipo, uma sessão de brainstorming muitas vezes lhe proporcionará as desejadas respostas. O que é uma sessão de brainstorming? UNIUBE 31 À primeira vista, parece uma reunião comum. Há um grupo de pessoas e um encarregado de presidi-lo, e aí termina toda semelhança. As regras de brainstormings são quase exatamente opostas às de uma reunião comum e, assim, também acontece com a atmosfera que a cerca. • Numa reunião, todos começam com a esperança de que você seja calmo e lógico – o que não acontece em brainstormings. • Numa reunião, você procura ser judicioso e comedido – o que não se dá nas tempestades cerebrais. • Numa reunião, você está atento(a) a dificuldades e possibilidades de cometer um erro, o que não ocorre em brainstormings. • Numa reunião, o papel do presidente é ser imparcial e controlador. No brainstorming, é ser inspirador e estimulador. O objetivo principal é produzir o maior número de ideias possíveis sobre um problema. É fundamental separar completamente as funções opostas de imaginação e julgamento. As ideias nascem primeiro numa atmosfera não crítica de excitação e entusiasmo. O controle de qualidade e o julgamento são aplicados depois, em condições de pacífico e analítico desprendimento. O brainstorming pode ser aplicado em diversas oportunidades, visando a melhoria contínua da empresa, principalmente na tomada de decisão para o planejamento em equipe, criação de um produto ou mesmo avaliação de um processo. É interessante na definição dos objetivos, diagnóstico e plano de ação de uma empresa, utilizar-se também do processo de decision mapping – mapeamento de decisões. Veja a seguir um exemplo: 32 UNIUBE Responda às questões a seguir. Suas respostas podem basear-se na sua vida profissional ou pessoal: a) Objetivo: Qual a sua Necessidade ou Desejo? Defina um objetivo desejado. b) Diagnóstico: Existem obstáculos? Verifique quais os obstáculos impedem de atingir os objetivos; c) Ação: O que te impede de atingir o seu objetivo? Defina os passos para eliminar os obstáculos, e a quem compete implementá-la e quando. Viu como é fácil? A aplicação dessa técnica demonstra a capacidade inovadora dos líderes nas empresas que buscam nas suas equipes a participação, a integração, a coordenação. EXPLICANDO MELHOR Produção e conhecimento nas empresas: A melhor forma de ter uma grande ideia é ter um monte de ideias (LINUS PAULING). 1.6.1 O conhecimento no processo criativo Autores que se especializaram nos estudos das ciências sociais aplicada dizem que estamos vivenciando a era do conhecimento. Inovar por meio do conhecimento é uma forte vantagem competitiva entre as empresas. Existe uma grande distância entre a produção da ciência e a sua aplicação na inovação tecnológica. Um verdadeiro cânion que significa perdas econômicas substanciais. Mas, como se dá a mediação de conhecimento nas empresas? UNIUBE 33 Primeiramente, é importante saber que existem dois tipos distintos de conhecimentos: o implícito ou tácito e o explícito ou codificável. O conhecimento implícito ou tácito: é aquele que não pode ser transferido por meio de documentos escritos. Dizemos que esse conhecimento é não codificável, ou seja, está apenas no cérebro humano. Como exemplo, podemos citar talentos individuais como o dom de Mozart para a música. O conhecimento explícito ou codificável: é aquele que pode ser armazenado fora do cérebro humano; ele é transferível de uma pessoa a outra e pode ser compartilhado na forma de dados brutos e está presente em livros, mídias, computadores dentre outros. O conhecimento implícito depende de um investimento individual, enquanto que o explícito é um conhecimento público que pode ser utilizado e recorrido sempre que necessário. As empresas têm um grande desafio em termos de conhecimento, pois é preciso saber quem detém aqueles tidos como diferenciais para o seu sucesso, bem como saber onde o conhecimento explícito está armazenado e como recuperá-lo quando necessário. É fundamental que exista uma interação harmoniosa entre as pessoas dentro da empresa, para que esse conhecimento seja repassado de forma responsável e organizada, garantindo assim, o sucesso dos processos e das inovações que possam surgir. 34 UNIUBE O sucesso para a criação do conhecimento dentro da empresa se dá na união dos dois tipos de conhecimentos. Existem algumas condições que promovem a criação desse conhecimento dentro de uma empresa, como por exemplo: • intenção de todos, principalmente dos líderes; • autonomia para a realização de tarefas; e • atitudes abertas, principalmente com relação ao ambiente externo. IMPORTANTE! Figura 7: Fases do Processo de criação do conhecimento. Fonte: Adaptado de REIS (2008). 1.6.2 Os inibidores do conhecimento Davenport e Prusak (1998, p. 117) chamam a atenção para fatores culturais que inibem a transferência do conhecimento. Esses atritos “retardam ou impedem a transferência e tendem a erodir parte do conhecimento à medida que ele tenta se movimentar pela organização”. Os atritos mais comuns e formas de superá-los, são apresentados no Quadro 3. Erodir Sofrer processo de erosão, desintegração. A seguir, veremos as fases do processo de criação do conhecimento, seguido Reis (2008) (Figura 7). UNIUBE 35 Quadro 3: Atritos mais comuns e possíveis soluções Atrito Soluções Possíveis Falta de confiança mútua Construir relacionamentos e confiança mútua por meio de reuniões face a face Diferentes culturas, vocabulários e quadros de referências Estabelecer um consenso por intermédio de educação, discussão, publicações, trabalho em equipe e rodízio de funções Falta de tempo e de locais de encontro, ideia estreita de trabalho produtivo Criar tempo e locais para transferências do conhecimento: feiras, salas de bate-papo, relatos de experiências Status e recompensa vão para os possuidores do conhecimento Avaliar o desempenho e oferecer incentivos baseados no compartilhamento Falta de capacidade de absorção pelos recipientes Educar funcionários para a flexibilidade, propiciar tempo para o aprendizado, basear as contratações na abertura de ideias Crença de que o conhecimento é prerrogativa de determinados grupos, síndrome do “não inventado aqui” Estimular a aproximação não hierárquica do conhecimento, a qualidade das ideias e mais importante que o cargo da fonte Intolerância com erros ou necessidade de ajuda Aceitar e recompensar erros criativos e elaboração; não há perda de status por não saber tudo Fonte: Adaptado de Davenport e Prusak (1998). Sobre o registro do conhecimento na empresa, não poderíamos deixar de citar Probst, Raub e Romhardt (2002), que, assim, se referem a essa fase tão importante da Gestão do Conhecimento: A memória pode ser descrita como um sistema de conhecimento e habilidades que preserva e armazena percepções e experiênciasalém do momento em que ocorrem, para que possam ser recuperadas posteriormente. A memória organizacional é o ponto de referência para novas experiências: sem memória, nenhum aprendizado é possível. (PROBST, RAUB e ROMHARDT, 2002, p. 176). 36 UNIUBE Assim, concluímos que, sem memória e sem promoção da transferência do conhecimento, uma empresa não poderá inovar. 2009 – Ano Europeu da Criatividade e Inovação1.7 Quando falamos do processo de inovação e do crescimento sustentável é preciso compreender que esses dependem da competitividade dos seus produtos e processos. Essa premissa tornou-se senso comum no cenário nacional e internacional quando o assunto é desenvolvimento. Não só de produtos e processos vive esse desenvolvimento, mas o conteúdo tecnológico deve estar em constante atualização, o que a curto, médio e longo prazos assegurará o atendimento à demanda dos consumidores e usuários. A União Européia escolhe a cada ano um tema para sensibilizar e chamar atenção dos governos nacionais e da população para as questões que julga relevante. A primeira vez que foi escolhido um tema foi em 1983. Em 2009 foi escolhido como tema a Criatividade e Inovação. Para a equipe organizadora, criatividade é a faculdade de encontrar soluções diferentes e originais para novas situações e inovação a concretização de novas ideias. Ou seja, a criatividade é a base da inovação. Este programa foi organizado em torno de oito verbos que representam as áreas de aplicação da criatividade e da inovação (Figura 8). UNIUBE 37 Figura 8: Verbos criativos. Ainda, segundo o material organizado pelo Centro de Informação Europeia Jacques Delors para o Ano Europeu da Criatividade e Inovação (2009), encontramos as seguintes aplicações para cada um dos verbos (ou ações) apresentados: • comunicar: desenvolver de forma criativa o uso da língua portuguesa e da literatura para reforçar a relação entre povos e culturas; • aprender: reforçar o uso da criatividade no processo educativo e iniciativas que reforcem esse uso ao longo da vida; • inventar: reconhecer o papel da ciência e tecnologia e da cultura científica e tecnológica na evolução da sociedade e do conhecimento humano; • criar: facilitar o desenvolvimento de ideias com potencial econômico; • realizar: propor iniciativas criativas e empreendedoras na iniciativa privada como fator crucial para o desenvolvimento econômico e criação de riqueza; • cooperar: estimular uma organização social que visem combater a pobreza e exclusão e que promovam a cooperação comunitária; • viver: aplicar a criatividade em contexto urbano melhorando as condições de vida dos cidadãos e estimulando a competitividade empresarial; 38 UNIUBE • imaginar: desenvolver diversas formas de expressão artística, como música, teatro, cinema, artes circenses e plásticas. De acordo com a perspectiva do Programa, a questão da Criatividade e Inovação Tecnológica representa a oportunidade de aliar crescimento econômico de maneira a valorizar a cultura. Os pilares serão o trabalho e o emprego, o cuidado com o meio ambiente e uma maior coesão social, integrando os diversos setores econômicos e sociais. Foram 260 projetos apoiados pelo programa, mas que envolveram diversas iniciativas de âmbito público e privado. Desse projeto nasceu um manual de Melhores Práticas de Programas de Criatividade e Inovação da União Européia, uma exposição de 20 exemplos, 35 projetos e 10 peritos independentes de um total de mais de 100 inscritos. Caso queira saber mais, os relatórios, dados e materiais estão disponíveis no site oficial do Ano Europeu, disponível em <http://www.create2009. europa.eu>. Sugerimos que o acesse! PESQUISANDO NA WEB Por que trabalhar com um tema como esse? Porque é objetivo da UE, até 2010, ter uma economia baseada no conhecimento, mais dinâmica e competitiva do mundo, capaz de garantir um crescimento econômico sustentável, com mais e melhores empregos, e com maior coesão social e respeito pelo meio ambiente. Reflete uma preocupação da UE e dos Estados-Membros, num mundo marcado UNIUBE 39 por mudanças contínuas e por uma economia globalizada, tornando importante estimular o potencial criativo e de inovação dos cidadãos (Figura 9). Figura 9: Investindo no Capital Humano. Fomentar o potencial criativo e de inovação dos cidadãos é fundamental para melhorar os conhecimentos e para adquirir novas competências que visem promover o crescimento e o emprego, o que trará melhor coesão social, sensibilidade cultural e civismo. Com o desenvolvimento da economia europeia tem-se o social, o que permite que os cidadãos se integrem na sociedade contemporânea. Diante dessa preocupação da União Europeia com as questões da criatividade e da inovação, qual deverá ser a postura das políticas públicas brasileiras? PARADA PARA REFLEXÃO Como está o Panorama Nacional de Inovação? Conforme aponta Tironi (2005, p. 50), "a motivação do mercado para a inovação geralmente ocorre em um contexto setorial", o que para o autor significa que dentro de um mesmo setor industrial, alguns setores Panorama Nacional de Inovação1.8 40 UNIUBE apresentam uma taxa de inovação superior a outras. É o caso das empresas brasileiras de equipamentos de informática, material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de telecomunicações, equipamentos e instrumentos médico-hospitalares, instrumentos de precisão e ópticos, equipamentos de automação industrial, cronômetros e relógios estão no topo da lista. Já entre as empresas estrangeiras presentes no Brasil aquelas que mais inovam são as de fabricação de móveis, máquinas de escritório e equipamentos de informática, fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias, fabricação de outros equipamentos de transporte e fabricação de produtos de minerais não metálicos. Pensar em inovação enquanto processo ou produto é um fenômeno difícil de ser mensurado e, talvez por isso, não seja possível quantificar. Apesar dessa observação, o autor aponta que "a inovação é um processo difícil de ser mensurado" (Tironi, 2005, p. 51), e que requer diferentes metodologias de investigação. Ainda assim, conclui que "o principal desafio da política de inovação tecnológica brasileira seria conseguir aumentar a frequência da inovação radical, entendida como de maior intensidade tecnológica", e não apenas a inovação incremental, ou melhoramento de um processo. O Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT passou a se chamar, no dia 03 de agosto de 2011, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Conforme apresentado em seu histórico no sítio oficial, desde a sua criação ainda na década de 80 é o órgão responsável por uma função estratégica no âmbito da Ciência, desenvolvendo estudos e pesquisas que se traduzem em geração de novos conhecimentos e tecnologias. Está legalmente amparado pelas disposições do Capítulo IV, da Constituição Federal de 1988, onde trata da Política Nacional de Ciência e Tecnologia. Os eixos estratégicos de sua ação são o apoio à Política UNIUBE 41 Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior, na forma de programas e de leis de incentivo à pesquisa e desenvolvimento nas empresas e ao fortalecimento da infraestrutura de instituições científicas e tecnológicas, bem como daquelas voltadas à prestação de serviços nesse setor. Segundo consta no site do MCT: O surgimento do novo ministério, além de expressar a importância política desse segmento, atendeu a um antigo anseio da comunidade científica e tecnológica nacional. Sua área de competência abriga o patrimônio científico e tecnológico e seu desenvolvimento; a políti- ca de cooperação e intercâmbio concernente a esse patrimônio; a definição da Política Nacional de Ciência e Tecnologia; a coordenação de políticas setoriais; a política nacional de pesquisa, desenvolvimento, produção e aplicação de novos materiais e serviços de alta tecnologia (BRASIL, 2006). Verificamos que, na realidade,esse Ministério foi criado para estabelecer políticas referentes à ciência e à tecnologia, acompanhando detalhadamente, nesse sentido, as ações necessárias a esse crescimento. Podemos, ainda, por meio do MCT, acessar o seguinte. A divulgação de indicadores, na realidade, contribui para o acesso a informações técnico-científicas na referida área, sobretudo em comunicações internacionais. Segundo esses indicadores, os principais obstáculos para inovação apontados pelos empresários, são os elevados custos, riscos econômicos excessivos e escassez de fontes de financiamento. A parceria da Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica – PROTEC, com o Ministério de Ciência e Tecnologia e SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, organizaram, em 2006, o manual “Mecanismos de Apoio à Inovação Tecnológica” na tentativa de promover o desenvolvimento de inovações e tecnologias nas empresas brasileiras. Esse manual funciona como um facilitador do esforço das indústrias para 42 UNIUBE elevar a sua competitividade nos mercados internos e externos pela diferenciação de seus produtos e processos de fabricação, agregando-os tanto às inovações que estejam desenvolvendo quanto às que venham a ser realizadas. Resume e explica detalhadamente as novas leis que regulam os procedimentos de subvenção econômica e de incentivos fiscais para as empresas, propiciando uma redução do risco e dos custos das inovações tecnológicas. Identifica, ainda, os programas de apoio ao desenvolvimento tecnológico das agências federais e estaduais, como, por exemplo, o programa Inovação, divulgado pelo BNDES, em 2006. São iniciativas como estas que demonstram que o Governo Federal brasileiro, preocupado em transformar conhecimento científico em riquezas, tem apresentado diversos mecanismos para alavancar o desenvolvimento tecnológico. Podemos citar também os Fundos de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico que têm por principais objetivos promover integração entre universidades, centros de pesquisa e o setor produtivo, gerar inovações que contribuam para a solução de problemas nacionais e estimular o elo entre ciência e desenvolvimento tecnológico. Dentre outras, estão as seguintes entidades: o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, a Agência Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP, o Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa – SEBRAE. 1.8.1 Lei da inovação – principais avanços Criada em 2 de dezembro de 2004, a lei 10.973, estabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, com vistas à capacitação e ao alcance da autonomia tecnológica e ao desenvolvimento industrial do País, nos termos dos artigos 218 e 219 da Constituição Federal de 1988. UNIUBE 43 O artigo 19, da Lei da Inovação, diz que a União, a Instituição Científica e Tecnológica – ICT, e as agências de fomento promoverão e incentivarão o desenvolvimento de produtos e processos inovadores em empresas nacionais e nas entidades nacionais de direito privado sem fins lucrativos voltadas para atividades de pesquisa. Isso ocorrerá mediante a concessão de recursos financeiros, humanos, materiais ou de infraestrutura, a serem ajustados em convênios ou contratos específicos, destinados a apoiar atividades de pesquisa e desenvolvimento, para atender às prioridades da política industrial e tecnológica nacional. O artigo 22 traz o estímulo ao inventor independente que comprove depósito de pedido de patente. Para ele, é facultado solicitar a adoção de sua criação por ICT, que decidirá livremente quanto à conveniência e oportunidade da solicitação, visando à elaboração de projeto voltado à sua avaliação para futuro desenvolvimento, incubação, utilização e industrialização pelo setor produtivo. 1.8.2 A lei do bem A lei 11.196, de 21 de dezembro de 2005, mais conhecida como lei do bem, constitui-se como um dos mecanismos para incentivar o desenvolvimento tecnológico do país. O capítulo III, dessa lei, trata dos incentivos à inovação tecnológica para as empresas. Essa lei pretende encorajar a participação das instituições científicas e tecnológicas no processo de inovação, compartilhando sua infraestrutura laboratorial com microempresas e empresas de pequeno porte. Cede, ainda, funcionários do setor público para colaborar com essas instituições, recebendo bolsa de estímulo à inovação e participando dos ganhos econômicos advindos das criações resultantes. Trata do estímulo ao inventor independente e às empresas, as quais podem beneficiar-se 44 UNIUBE de mecanismos financeiros (subvenção econômica, financiamento ou participação societária) ao investirem no desenvolvimento de produtos e processos. Os artigos dessa lei representam avanços importantes para a consolidação de um sistema de apoio à inovação. Esses incentivos foram regulamentados pelo Decreto Nº 5.798, de 7 de junho de 2006, Art. 2º. Para efeitos deste Decreto, considera-se: inovação tecnológica: a concepção de novo produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado (BRASIL, 2006). Esse artigo regulamenta os incentivos fiscais às atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, de que tratam os artigos 17 a 26, da Lei do bem (2005). O Art. 3º traz que a pessoa jurídica poderá usufruir de incentivos fiscais, tais como: • dedução, para efeito de apuração do lucro líquido, de valor correspondente à soma dos dispêndios realizados no período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tec- nológica, classificáveis como despesas operacio- nais pela legislação do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) ou o como pagamento na forma prevista no § 1 deste artigo; • redução de cinquenta por cento do Imposto so- bre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumen- tos, bem como os acessórios sobressalentes e ferramentas que acompanhem esses bens, des- tinados à pesquisa e ao desenvolvimento tecno- lógico; UNIUBE 45 • depreciação acelerada, calculada pela aplicação da taxa de depreciação usualmente admitida, multiplicada por dois, sem prejuízo da deprecia- ção normal das máquinas, equipamentos, apare- lhos e instrumentos novos, destinados à utilização nas atividades de pesquisa tecnológica e desen- volvimento de inovação tecnológica, para efeito de apuração do IRPJ; • amortização acelerada, mediante dedução como custo ou despesa operacional, no período de apu- ração em que forem efetuados, dos dispêndios relativos à aquisição de bens intangíveis, vincu- lados exclusivamente às atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tec- nológica, classificáveis no ativo diferido do bene- ficiário, para efeito de apuração do IRPJ; • crédito do imposto sobre a renda retido na fonte, incidente sobre os valores pagos, remetidos ou creditados a beneficiários residentes ou domicilia- dos no exterior, a título de royalties, de assistência técnica ou científica e de serviços especializados, previstos em contratos de transferência de tec- nologia averbados ou registrados nos termos da Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996, redução a zero da alíquota do imposto sobre a renda retido na fonte nas remessas efetuadas para o exterior destinadas ao registro e manutenção de marcas, patentes e cultivares. (BRASIL, 2006). 1.8.3 Meios de incentivo e apoio à inovação tecnológica A Agência Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que visa o auxílio a pesquisa e inovação.São quatro opções estratégicas como prioridades: a) semicondutores; b) software; 46 UNIUBE c) fármacos e medicamentos; d) bens de capital. E três tecnologiasportadoras de futuro: a) biotecnologia; b) nanotecnologia; c) biomassa. A FINEP financia, com essa visão de prioridades, projetos institucionais de pesquisa e desenvolvimento, seja de Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) ou de empresas, de entidades públicas ou privadas. Sugerimos que confira no site informações interessantes a respeito da FINEP. Disponível em: <http://www.finep.gov.br>. PESQUISANDO NA WEB Nesse site, estão os formulários para solicitar apoio; pode ser realizada também uma consulta prévia em formulário eletrônico autoexplicativo, no qual constarão informações sobre a empresa interessada consistindo de dados básicos, informações sobre a atividade econômica, dados econômicos, pessoa para contato e sobre o projeto, constituindo objetivos, inserção no mercado, etapas ou atividades do projeto, além de estimativa de gastos previstos e financiamento pretendido, bem como proposição de garantias. Uma vez analisado o projeto e aprovado pela FINEP, a empresa será informada da aprovação e receberá o contrato de financiamento para assinar, e cumpridas todas as exigências receberá a liberação do financiamento. UNIUBE 47 1.8.3.1 PROINOVAÇÃO − Programa de Incentivo à Inovação nas Empresas Brasileiras O Proinovação é um programa do FINEP que visa estimular a realização de atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P, D & I) nas empresas brasileiras. Trata-se, do programa que fundamenta o financiamento reembolsável padrão para situações em que são atendidos requisitos, tais como: • aumento da competitividade; • inovação com relevância regional; • aumento das atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico; • projetos que resultem em adensamento tecnológico, parcerias entre universidades e empresas; • contratação de doutores, ou desenvolvimento de produtos da área de semicondutores/microeletrônica; • software, bens de capital e fármacos/medicamentos, ou como áreas portadoras de futuro, tais como: biotecnologia, nanotecnologia, biomassa. 1.8.3.2 BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social É o mais poderoso instrumento do Estado brasileiro para execução de políticas industriais. Foi criado em 1952, para promover o desenvolvimento econômico do país, financiando indústria, infraestrutura e outros investimentos. O BNDES é, hoje, uma empresa pública vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ele atua por meio de linhas, programas e fundos. Os produtos oferecidos pelo Banco são: financiamento a empreendimentos – FINEM; FINAME; Inovação P, D & I; Inovação Produção. 48 UNIUBE Todas as linhas de atuação do BNDES podem propiciar, ensejar ou criar condições favoráveis à inovação tecnológica. Dos seis programas industriais do BNDES, três são voltados precisamente para opções estratégicas da PITCE: o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Farmacêutica (PROFARMA), o Programa de Modernização do Parque Industrial Nacional (MODERMAQ) e o Programa para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços Correlatos (PROSOFT). 1.8.3.3 Estados Federativos Além dos mecanismos do Governo Federal de fomento à inovação tecnológica, os governos estaduais também desenvolvem incentivos à inovação. O Estado de São Paulo, por exemplo, instituiu ainda em 1962, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). A partir de 1989, diversos estados incluíram em suas novas constituições estaduais artigos estipulando percentuais mínimos da arrecadação a serem destinados ao esforço estadual em ciência e tecnologia. Em vários Estados, temos fundações de amparo à pesquisa (FAP’s), que passaram a funcionar como repositório dos recursos oriundos desse dispositivo. Uma das principais iniciativas envolvendo os sistemas estaduais na inovação tecnológica é o Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas – PAPPE; trata-se de um mecanismo de uso dos recursos dos fundos setoriais pela FINEP em parceria com as FAP’s. O principal desafio da política de inovação tecnológica brasileira é conseguir aumentar a frequência da sua inovação, por exemplo, por meio do lançamento de novos produtos e ou implementação de novos processos. Aumentar o investimento das empresas em tecnologia seria um bom cenário. E isso poderia ser suscitado se culturalmente a criatividade fosse um valor nas pessoas, e não tratada como irreverência pessoal. UNIUBE 49 Antes de finalizarmos os estudos aqui propostos, gostaríamos de ressaltar que: o engenheiro de produção, entre outras atividades, deverá saber identificar, formular e solucionar problemas. Para que isso seja feito com sucesso, precisará acompanhar as evoluções tecnológicas e conhecer os anseios do mercado, a fim de utilizar sua capacidade criativa para superar os desafios que lhe serão constantemente propostos. A tecnologia, conforme defendido nesse capítulo é, de forma geral, a união entre a ciência e a engenharia. Assim, o processo de inovação tecnológica engloba desde estudos científicos, pesquisa, planejamento, até sua aplicação técnica, resultando num processo, produto ou serviço totalmente novo. Sem dúvida, os processos, produtos ou serviços essenciais à vida da sociedade são os que permanecem no mercado, são editados, copiados, redimensionados, transformados etc. Esse engenheiro precisará, antes de qualquer coisa, ser um líder. Líder de si mesmo, envolvido com as pessoas e, portanto, com os processos. Precisará ser dinâmico, para que possa efetivar o processo decisório das organizações. O engenheiro voltado para si mesmo não terá espaço. O seu espaço será o espaço do grupo, da sociedade, do mundo. Observe a Figura 10: Figura 10: O que é necessário para realizar as mudanças. 50 UNIUBE Na Figura 10, temos o modo como as mudanças deverão ser feitas. Está claro que é preciso evoluir nos conceitos preconcebidos em função dos avanços tecnológicos que exigem, cada vez mais, pessoas habilitadas para significativas mudanças. Pessoas que respondam criativamente diante dos diferentes cenários e das diferentes equipes de trabalho, propondo novas soluções para velhos problemas, quebrando paradigmas, modelos constituídos, são muito necessárias. Está no capital humano o elemento que significará êxito operacional na medida em que a tecnologia torna-se comum às diferentes organizações, porque liderar pessoas passa a ser o ponto crítico para empresas que permanecem em mercados competitivos. Após toda essa leitura, a pergunta é: você está preparado? Com o estudo deste capítulo, vimos pontos importantes que devem ser foco de atuação e conhecimento do profissional que lida com produção e seus processos, como: • o engenheiro de produção tornou-se peça fundamental para as empresas que procuram produzir com o mais alto padrão de qualidade; • entre as competências esperadas desse profissional está evidenciado o seu potencial criativo para vencer os desafios que surgem no dia a dia; • a ciência, a tecnologia e a inovação tecnológica se relacionam; • a ciência produz modelos, a tecnologia está associada a novos processos de fabricação, a novos produtos, a novos métodos e aos impactos que todos esses podem produzir em uma sociedade; Resumo UNIUBE 51 • que inovação é a arte de introduzir novidades, produzir algo novo; • a criatividade é que unirá ciência e tecnologia através da inovação; • a criatividade é um comportamento que pode e deve ser desenvolvido; • liberar o nosso potencial criativo torna-se fundamental para perceber o mundo em constante transformação e atuar sobre ele; • entender o cérebro e seus hemisférios nos faz perceber o quanto criativo nós somos; • uma das técnicas mais utilizadas pelas empresas para a obtenção de ideias se chama brainstorming – tempestade de ideias – e tem como premissa produzir o maior número de ideias possíveis sobre um problema; • as empresas têm um grande desafio em termos de desenvolvimento do conhecimento dos seus
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