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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA SAZONALIDADE COMO MODULADOR DA DIVERSIDADE DE CRUSTÁCEOS DECAPODA DE REGIÃO TROPICAL Bruna Maria Braga Figueiredo Orientador: Professor Dr. Fúlvio Aurélio Morais Freire Coorientador: Dr. Carlos Eduardo Rocha Duarte Alencar Natal - RN 2017 2 SAZONALIDADE COMO MODULADOR DA DIVERSIDADE DE CRUSTÁCEOS DECAPODA DE REGIÃO TROPICAL Bruna Maria Braga Figueiredo Licenciada em Ciências Biológicas – Licenciatura Plena Universidade Federal do Rio Grande do Norte Dissertação submetida à Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, para Defesa do curso de Mestrado Acadêmico para o Programa de Pós-Graduação em Ecologia. BANCA EXAMINADORA _________________________________________________________ Prof. Dr. Fúlvio Aurélio de Morais Freire – Presidente da banca e Orientador Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN _______________________________________________________ Prof. Dra. Ariádine Cristine de Almeida Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita - UNESP ________________________________________________________ Dr. Tiego Luiz de Araújo Costa Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN Natal 2017 3 UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede Catalogação da Publicação na Fonte Figueiredo, Bruna Maria Braga. Sazonalidade como modulador da diversidade de decapoda de região tropical / Bruna Maria Braga Figueiredo. - 2017. 129 f. : il. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Programa de Pós-Graduação em Ecologia. Natal, RN, 2017. Orientador: Prof. Dr. Fúlvio Aurélio de Morais Freire. Coorientador: Carlos Eduardo Rocha Duarte Alencar. 1. Crustacea decapoda – Dissertação. 2. Estudo de assembléia – Dissertação. 3. Sazonalidade – Dissertação. 3. Crustáceos - Diversidade – Dissertação. 4. Preservação ambiental – Dissertação. I. Freire, Fúlvio Aurélio de Morais. II. Alencar, Carlos Eduardo Rocha Duarte. III. Título. RN/UF/BCZM CDU 595.384 4 AGRADECIMENTOS À Deus, por todos os anos que eu quase caí mas me segurei no Seu manto acreditando estar puxando a barra do meu próprio vestido. Obrigada por não desistir. À minha família. Meus pais, Adailton e Ana, à minha mãe/irmã Pipia, à meu cunhado Brê, às minhas irmãs Ananda, Amanda, Bruna e Juliana, à meu irmão Rafael e à Edna, por todo amor e por nunca realmente entenderem o que eu venho fazendo a dois anos nesse mestrado mas me apoiarem mesmo assim. Amo muito todos vocês. À todos os 25.058 animais que foram sacrificados para a realização desse estudo em prol da ciência. À todas as mulheres que lutaram por condições melhores de estudo e ingressaram no meio científico antes de mim, vocês foram fundamentais para eu chegar aqui, obrigada. À cafeína, dipirona, calmam, sea kalm, buscopan, ibuprofeno, chá verde com gengibre e álcool por me ajudarem a substituir minhas horas de sono por essa dissertação. Ao CNPq pelo apoio financeiro e incentivo à pesquisa. Vocês arrasam! Ao Museu de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco, ao Prof. Jesser Fidelis, Prof. Alexandre Almeida e toda equipe do museu pela ajuda. Obrigada! Aos meus amigos, o orientador Fúlvio e coorientador, o famoso Doutor Caducas, por cada mensagem de Whats App, cada almoço produtivo, cada reunião, cada análise ensinada, cada bronca, cada dica e cada e-mail. Muito obrigada. À todos os meus amigos de laboratório do GEFFAA: Sávio (meu migõ-segundo-coorientador-informal), Carol Loira, Carol Morena, Isa (que é quase do GEFFAA), Van (que sempre será do GEEFAA), Thábata, Val, Nathi do Axé, Laura e Matheus. Aos meus amigos do LISE: Dr. Márcio, Xérxus, Luquinhas, Germano, Lulu, Jana (que é quase do LISE), Roney-Gourmet, Flavinha, Silvia, Thaís Mão-Pelada e Aninha Bulimã. Vocês foram fundamentais! Aos outros integrantes do laboratório, por me ensinarem a lidar com pessoas difíceis, me fazendo crescer ainda mais, e por me mostrarem, exatamente, o tipo de pessoa e pesquisadora que não quero me tornar. Aprendi muito com vocês. Aos amigos lindos Robertinha, Samir, meus amigos de mestrado Melão, Lenice, Clarice, Renato, Leo e Rafa. Aos amigos Dan, Bru, à todo meu GC Joy, todo meu PG, à Shashá e todos os outros cujo o choro me impede de lembrar: obrigada! E à ele pois sem ele seria impossível, mas não pelo cargo social que ele ocupa ou pela influência de qualquer sentimento, e sim por gratidão à tudo que ele é: apoio incondicional, ombro-amigo, desconhecedor da palavra “desistir”, segurança, suporte, ajuda, fotógrafo oficial de crustáceos, revisor de ortografia e compreensão: Victor, cada página dessa dissertação tem um pouco de você. Obrigada, Pey. 5 SUMÁRIO Resumo Capítulo I.............................................................................................................7 Abstract Chapter I..............................................................................................................7 1) CAPÍTULO I: Diversidade de crustáceos Decapoda de Região Tropical: lista de espécies 1.1) Introdução...................................................................................................... 8 1.2) Materiais e métodos.................................................................................... 11 1.2.1) Área de Estudo..............................................................................11 1.2.2) Coleta de Dados.............................................................................11 1.2.3) Identificação do Material...............................................................13 1.2.4) Estimativas de Diversidade e Análises de Dados...........................13 1.3) Resultado..................................................................................................... 15 1.3.1) Lista de espécies............................................................................15 1.3.2) Diversidade ...................................................................................58 1.4) Discussão......................................................................................................59 1.5) Referências.................................................................................................. 63 Resumo Capítulo II..........................................................................................................74 Abstract Chapter II...........................................................................................................75 2) CAPÍTULO II: Sazonalidade: fator de impacto na fauna Decapoda acompanhante da pesca de arrasto camaroeira 2.1) Introdução.................................................................................................... 76 2.2) Materiais e Métodos.................................................................................... 79 2.2.1) Coleta de Dados.............................................................................79 2.2.2) Identificação do Material................................................................81 2.2.3) Fatores abióticos.............................................................................81 2.2.4) Análise Estatística..........................................................................83 2.3) Resultados.................................................................................................... 87 2.3.1) Fatores Abióticos...........................................................................87 2.3.1.1) Análise Sazonal...............................................................872.3.1.2) Análise Espacial..............................................................92 2.3.2) Dados Bióticos...................................................................99 2.4) Discussão....................................................................................................110 3.4.1) Dados Ambientais........................................................................110 6 3.4.2) Dados Bióticos.............................................................................112 2.5) Referências................................................................................................ 118 7 RESUMO – CAPÍTULO I: DIVERSIDADE DE CRUSTÁCEOS DECAPODA DE REGIÃO TROPICAL: LISTA DE ESPÉCIES Os Crustacea Decapoda representam um dos grupos mais abundantes e diversos em ambientes marinhos consolidados e não consolidados. Regiões litorâneas constituem a maior parcela de adensamento populacional humano e, por meio de ações diretas e indiretas podem impactar negativamente a diversidade e a estruturação populacional e de assembléia. Assim, o estudo objetivou inventariar a diversidade de Crustacea Decapoda, constituindo a primeira lista de espécies oficial, com dados de fauna acompanhante da pesca de arrasto, para o estado do Rio Grande do Norte. As coletas foram na região litorânea não consolidada no município de Baía Formosa, mensalmente (março/2013 a fevereiro/2015), através de um barco de pesca artesanal com rede de porta do tipo single trawl, em 6 arrastos georreferenciados padronizados por tempo (20min). Foram capturados um total de 25.058 animais, dos quais pertencem a Palinura, Brachyura, Caridea, Dendrobranchiata e Anomura, totalizando 57 espécies, dentre elas:, Acetes americanus, Alpheus intrinsecus,, Nematopalaemon schmitti, Xiphopenaeus kroyeri,, Litopenaeus schmitti, Callinectes ornatus e Petrochirus Diógenes, como espécies mais abundantes. Além da nova ocorrência para o estado (Lysmata. cf. bahia), há a ocorrência de espécies com grande apelo econômico, como Xiphopenaeus kroyerii que obteve a maior abundância, mostrando a importância da preservação dessa área. Para as demais espécies, o resultado já era esperado para a região, uma vez que os animais descritos são encontrados em regiões com características geográficas semelhantes, constituintes da ecorregião Nordeste do Brasil. Há também presença de espécies invasoras (Charybdis (charybdis) hellerii e Litopenaeus vannamei, o que pode ocasionar futuros desequilíbrios ambientais uma vez que essas espécies náo possuem predadores naturais na região. Dessa forma, têm-se a necessidade de estudo e preservação da área com intuito de conservação ambiental. Palavras-chave: Estudo de assembléia, diversidade, preservação. 8 ABSTRACT - CHAPTER I: DIVERSITY OF CRUSTACEANS DECOPODE OF TROPICAL REGION: LIST OF SPECIES Crustacea Decapoda represent one of the most abundant and diverse groups in both consolidated and non-consolidated marine environments. Coastal regions constitute the largest portion of human population density and, through direct and indirect actions, may negatively impact diversity and population and assembly structuring. Thus, the study aimed at inventorying the diversity of Crustacea Decapoda, constituting the first official species list, with accompanying trawl fauna data, for the state of Rio Grande do Norte. The collections were in the unconsolidated coastal region in the municipality of Baía Formosa, monthly (March / 2013 to February / 2015), by means of an artisanal fishing boat with a single trawl port network, in 6 time-standardized geo-referenced trawls (20min ). A total of 23,218 animals were captured, including Palinura, Brachyura, Caridea, Dendrobranchiata and Anomura, totaling 57 species, among them: Acetes americanus, Alpheus intrinsecus, Nematopalaemon schmitti, Xiphopenaeus kroyeri, Litopenaeus schmitti, Callinectes ornatus and Petrochirus diogenes, as more abundant species. In addition to the new occurrence for the state (Lysmata cf. bahia), there is the occurrence of species with great economic appeal, like Xiphopenaeus kroyerii, which obtained the greatest abundance, showing the importance of the preservation of this area. For the other species, the result was already expected for this region, since the described animals are found in regions with similar geographic characteristics, constituents of the Northeastern Ecoregion of Brazil. There are also invasive species (Charybdis (charybdis) hellerii and Litopenaeus vannamei), which may cause future environmental imbalances since these species do not have natural predators in the region. Therefore, there is a need to study and preserve the area to environmental conservation. Keywords: Assembly study, diversity, preservation. 9 1) CAPÍTULO I: DIVERSIDADE DE CRUSTÁCEOS DECAPODA DE REGIÃO TROPICAL: LISTA DE ESPÉCIES FIGUEIREDO, B. M. B.¹; FREIRE, F. A. M.¹; ALENCAR, C. E. R. D.¹; MORAES, S. A. S. N.¹; ROCHA, M. A. L.¹ ¹ Grupo de Estudos Ecológicos e Fisiológicos de Animais Aquáticos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Bruna Figueiredo - brunambfigueiredo@gmail.com 1.1) INTRODUÇÃO Há cerca de 14300 espécies de Decapoda descritos (MELO, 1999; MELO 1996; DE GRAVE et al., 2009). Em sua maioria, os mais representativos para a atividade pesqueira apresentam grande porte (macrocrustáceos), sendo itens importantes em atividades pesqueiras e, consequentemente, apresentando uma grande importância econômica (MMA, 2011; MPA, 2011). Por esse motivo os decápodes têm sido alvo de estudos biológicos populacionais, mais frequentemente nos últimos 30 anos (MARTINELLI et al., 2002). Os crustáceos Decapoda em ambiente marinho representam o grupo mais abundante e diverso da macrofauna bentônica, porém, as atividades antrópicas podem impactar negativamente esses animais (ALVES et al., 2012). A atividade humana tem sido continuamente responsável por mudanças ambientais em escalas global e local, e está levando à mudanças na estrutura e composição das comunidades ecológicas, seja pela perda de espécies ou introdução de espécies exóticas (HOOPER et al., 2005; LEÃO et al., 2011). Atividades pesqueiras, destruição de habitat devido à exploração de recursos, liberação de toxinas por fontes de poluição e introdução de espécies exóticas são os principais impactos humanos no ambiente (NORSE, 1993). O mesmo autor ainda chama atenção para o fato que todo o consumo (alimentação, água) humano é dependente dos recursos naturais e que essa exploração sem controle acarretará, possivelmente em breve, na extinção de organismos, havendo necessidade de manejo e preservação. Além do efeito antrópico, a disponibilidade de recursos alimentares (matéria orgânica no solo e nutrientes suspensos) e variação dos fatores ambientais influenciam na abundância e diversidade de espécies (NEGREIROS-FRANSOZO et al., 1997; 10 SANTOS, 2010). Fatores como gradiente de profundidade podem afetar a composição das comunidades marinhas (BLAKE & GRASSEL, 1994), bem como influenciar a variação dos fatores ambientais (BERTINI & FRANSOZO, 2002). Estudos de diversidade e distribuição de Decapodas no Brasil veem sendo bastante discutidos nos últimos anos (FRANSOZO et al., 1992; FRANSOZO et al., 1998; COSTA et al., 2008; FURLAN et al., 2012; SILVA et al., 2016; SIMÕES et al., 2012). Esses estudos mostram que os fatores ambientais exercem influencias sobre os fatores bióticos, como o aumento da profundidade, que, para alguns estudos, ocasiona uma maior abundância e diversidade de espécies (BERTINI & FRANSOZO, 2004; BERTINI et al., 2010). Outro fator que influencia a diversida e abundância é a maior concentração de sedimento mais fino (silte e argila) e consequente maior disponibilidadede matéria orgânica no sedimento, que é utilizada pelos crustáceos para alimentação (SANTOS et al., 2010). Além disso, as mudanças climáticas atuais também podem ser responsáveis pela composição das comunidades aquáticas. Essas mudanças estão causando impacto negativo na pesca à nível mundial, que são causadas principalmente devido ao aumento da poluição, afetando os ciclos biogeoquímicos da água e temperatura da mesma (SUMALLIA, et al., 2011). Para o Brasil é observado um aumento anual na produção de pescados, no entando esse aumento vem decaindo quando comparado com os anos anteriores (IBAMA, 2006), gerando preocupação em relação aos estoques pesqueiro. Para o Nordeste do Brasil, estudos de diversidade foram iniciados em 1888, com os estudos de Pocock, o qual descreveu 24 espécies para o arquipélago de Fernando de Noronha. Posteriormente, estudos como os de Rathbun (1900; 1930) descreveram a diversidade no Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Maceió. Coelho et al. (1972) descreveram espécies para o Estado do Rio Grande do Norte e Santos (2004; 2010; 2013) descreveu espécies para o Município de Baía Formosa, área onde foi realizado o presente estudo. No entanto, as informações sobre os animais utilizados para a realização dos estudos citados acima são provenientes de expedições e desembarque de pesca, muitas vezes ocorrendo uma única coleta nas regiões acima citadas, podendo não possuir uma amostragem precisa de, exatamente, quais espécies ocorrem em cada região. Estudos objetivando o conhecimento da biodiversidade Decapoda disponibilizam informações que podem possibilitar o estabelecimento de metas e planos de manejo visando à compreensão e conservação da biota marinha e dos ecossistemas aquáticos. Essas metas e planos garantiriam uma futura extração de recursos segura, para as 11 comunidades marinhas, e consciente, para as populações humanas que necessitam desse importante recurso pesqueiro. Além disso, percebe-se a importância sobre o conhecimento da biodiversidade pois permite a sua inclusão em vários acessos de usos imediatos, como livros didáticos e de interesses acadêmicos, na maioria das vezes relacionados ao meio ambiente (WEIGEL, 2001), aprimorando o conhecimento sobre o habitat de vida de várias espécies. A pouca informação acerca da biodiversidade para os estados nordestinos chega a ser preocupante, uma vez que os estados constituintes dessa região, também conhecida como ecorregião Tropical Sudoeste Atlântico (SPALDING et al., 2007), não apresentam período de defeso para a pesca de camarão (SANTOS et al., 2013). Há, então, uma necessidade de estudos para aumentar as informações disponíveis, tanto práticas como teóricas, sobre esse ambiente, pois a maioria das ameaças e impactos à biodiversidade marinha é causada por atividades de pesca e poluição (ALVES et al., 2012). Dessa forma, o presente estudo objetiva realizar um levantamento da carcinofauna Decapoda, através da realização de uma lista de espécies, constituindo a primeira lista de espécies do estado do Rio Grande do Norte com dados de fauna acompanhante. 12 1.2) MATERIAIS E MÉTODOS 1.2.1) Área de estudo A área de estudo foi a região costeira do município de Baía Formosa, localizado no litoral sul do Estado do Rio Grande do Norte, a 90 km de Natal (GOVINDIN & MILLER, 2015). A região possui um clima tropical chuvoso, caracterizado por um verão seco, de setembro a dezembro, e estação chuvosa no outono, com presença de precipitação maior entre os meses de janeiro a agosto, cuja temperatura média e umidade relativa anual são em torno de 25,6ºC e 79%, respectivamente (MME, 2005). A área costeira de Baia Formosa sofre influência do rio Curimataú, cujo estuário é classificado como tropical raso (IBGE, 2013). Rios com essa característica apresentam flutuações sazonais em sua temperatura e taxa de produtividade primária até três vezes maior quando comparadas com os rios temperados (ELSER et al., 2007; GREGO et al., 2009). Embora o município tenha a pesca como uma das principais atividades econômicas (MME, 2005), não existe defeso do camarão no Estado do Rio Grande do Norte, bem como nos Estados do Ceará, Paraíba e Pernambuco (SANTOS et al., 2013). Essa informação torna-se preocupante pois a pesca de uma espécie-focal sempre acarretará na pesca de outros indivíduos, conhecidos como “bycatch” (ALVERSON et al., 1994) ou fauna acompanhante, impactando a abundância de espécies, muitas vezes, não comerciais. Os Estados nordestinos abrangem uma extensão de 1.300 km de costa, onde se registra a existência de 70 municípios (incluindo Baía Formosa, Rio Grande do Norte), compreendendo a ecorregião Nordeste do Brasil da Província Atlântico Tropical (SPALDING et al., 2007), juntamente com os estados do Maranhão, Piauí, Alagoas, Sergipe e Bahia, onde esses estados possuem a prática da pesca motorizada desde a década de 80 (SANTOS, 2010). 1.2.2) Coleta de dados As coletas do presente estudo ocorreram mensalmente, no período de março de 2013 a fevereiro de 2015. Foram realizados arrastos de barco de pesca artesanal com seis pontos de coleta (Figura 1) sendo Ponto Amostral (P. A.) I à VI. 13 A amostragem foi realizada por meio de uma rede de arrasto de 28 mm (de altura e largura entre os ângulos opostos da malha esticada), com esforço de captura de 20 minutos a uma velocidade de 1,08 nós, em média. O material biológico foi triado, separado por ponto amostral, os espécimes foram submetidos a crioanestesia acondicionados em caixas térmicas com gelo picado e depositado no Laboratório de Fauna Aquática, no Departamento de Botânica e Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para procedimentos de identificação. Figura 1. Mapa da área de estudo com os pontos de coleta amostrados em Baía Formosa – RN. A – Continente Sul Americano enfatizando país onde o presente estudo foi realizado; B – Estado do Rio Grande do Norte, com destaque para o Município de Baía Formosa, região de realização do estudo; C – Região costeira do município de Baía Formosa. Pontos amostrais indicados pelos algarismos I, II, III, IV, V e VI. Linha tracejada indicando o caminho percorrido pelo barco de pesca artesanal para realização do arrasto. 14 1.2.3) Identificação do Material A biometria ocorreu no Laboratório de Fauna Aquática da UFRN, local onde os os exemplares foram medidos com paquímetro digital Western PRO®, tendo sua medida padrão (MP) aferida (medição do cefalotórax). Cálculos da média e desvio padrão dessas medidas foram realizados através do software Microsoft Excel®. As espécies que ocorreram uma vez durante o período de coleta (um único exemplar ocorrendo em todo o período de estudo) foram consideradas de ocorrência rara. Os exemplares da Infraordem Brachyura e Achelata foram identificados com o auxílio dos trabalhos de Holthuis (1959), Melo (1996) e Williams (1965, 1984), seguindo a ordem taxonômica proposta por Ng et al. (2008), para os espécimes de Brachyura, e Melo (1996) para os indivíduos de Achelata. Os espécimes de Peneiodea foram identificados a partir dos trabalhos de Burkenroad (1934, 1936) e Holthuis (1980), seguindo a ordem taxonômica de Farfante & Kensley (1997). Os espécimes de Anomura foram identificados com o auxílio dos trabalhos de Melo (1999), Veloso & Melo (1993), Rodriguez et al. (2005) e Nucci & Melo (2007, 2011, 2012 e 2015), seguindo a ordem taxonômica proposta por McLaughlin et al. (2010) e Osawa & McLaughlin (2010). Após identificação preliminar, uma sub-amostra dos lotes (a qual contemplou todas as espécies ocorrentes) armazenados na coleção de Invertebrados da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) foi selecionada para ser submetida à comparação com material do Museu de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco(UFPE). Os exemplares coletados no presente estudo foram comparados com, pelo menos, duas fêmeas e dois machos da mesma espécie do material que já se encontrava identificado e tombado no Museu de Oceanografia da UFPE. Após identificação do material, os exemplares coletados no presente estudo retornaram para o Laboratório de Fauna Aquática da UFRN para comparação com o restante do material coletado. Atualmente, todo o material do presente estudo encontra-se tombado na Coleção Oficial da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em 478 lotes (GEEFAA/UFRN-362 à GEEFAA/UFRN-840). 1.2.4) Estimativas de diversidade e Análises de Dados A diversidade total das espécies ocorrentes foi estimada por dois índices: o de Shannon (PIELOU, 1966) e o de Simpson (SIMPSON, 1949), utilizando permutações do 15 tipo bootstrap. Esses índices foram utilizados uma vez que o de Shannon leva em consideração que a comunidade não pode ser completamente inventariada, porém considera todas as espécies com o mesmo peso. Já o de Simpson considera com peso maior as espécies dominantes e dá um peso menor para as espécies raras. A diversidade (H’), então, foi estimada pelo índice de Shannon-Wiener que é capaz de aliar os dois componentes da diversidade: a riqueza de espécies (S), sendo o número de espécies, e equitatividade (J’) que representa a distribuição dos indivíduos entre as espécies. O índice é expresso pela fórmula: H′ = [𝑁. ln. (𝑁) − ∑ 𝑛. 𝑖𝑠𝑖=1 . ln(𝑛𝑖)] 𝑁 J’ = H’ log²S H’ = Índice de Shannon ni=Número de indivíduos amostrados da “i-ésima” espécie N=número total de indivíduos amostrados S=número total de espécies amostradas. ln=logaritmo de base neperiana O índice de Simpson (D) (SIMPSON, 1949) também foi utilizado, sendo expresso pela fórmula: D = ∑ 𝑛 (𝑛 − 1) N (N − 1) N= Total de organismos presentes n = Total de organismos por espécie Além disso, o índice de Dominância de Simpson também foi mensurado. Ele mede a probabilidade de dois indivíduos que foram selecionados aleatoriamente no conjunto de dados pertencerem à mesma espécie (BROWER & ZARR, 1984). É dado pela fórmula: 𝐶 = 1 − ∑ 𝑛𝑖𝑠𝑖=1 (𝑛𝑖 − 1) 𝑁 (𝑁 − 1) C = índice de dominância de Simpson 16 n i = número de indivíduos amostrados da “i-ésima” espécie N = número total de indivíduos amostrados; Os dados bióticos e abióticos foram testados quanto a outlier, normalidade e homocedasticidade seguindo a metodologia proposta por Zurr et al. (2010), através do software R (R Development Core Team, 2013). O cálculo dos índices de diversidade ocorreram com a utilização do software Past (versão 2.17, 2013). 17 1.3) RESULTADOS 1.3.1) Lista de Espécies Foi coletado um total de 25.058 organismos, pertencentes a 38 gêneros, 21 famílias e 57 espécies (Tabela 01 a 16). O camarão sete-barbas, Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) foi a espécie mais abundante, com 18.960 espécimes (76,07%), seguida por Litopenaeus schmitti (Burkenroad, 1936) com 1646 espécimes (6,60%) e Exhippolysmata oplophoroides (Holthuis, 1948) com 1084 espécimes (4,32%). As espécies consideradas de ocorrência rara foram aquelas que cuja coleta aconteceu uma vez durante o tempo do estudo, representando 0,0042% do total de animais coletados, sendo: Alpheus formosus Gibbes, 1850, Hepatus pudibundus (Herbst, 1785), Calappa sulcata Rathbun, 1898, Williamstimpsonia denticulatus (White, 1848), Sicyonia parri (Burkenroad, 1934), Pitho lherminieri (Desbonne in Desbonne & Schramm, 1867), Pagurus leptonyx Forest & de Saint Laurent, 1968, Pagurus brevidactylus (Stimpson, 1859), Damithrax hispidus (Herbst, 1790), Macrocoeloma laevigatum (Stimpson, 1860), Lysmata cf. bahia Rhyne & Lin, 2006 e Isocheles sawaya Forest & de Saint Laurent, 1968. Do total capturado, 11 espécimes correspondentes aos puerulus do gênero Panulirus e 249 indivíduos jovens do gênero Callinectes foram removidos da referida lista. Isso ocorreu devido não haver na literatura material de descrição para estes taxa em estágios de vida iniciais. O total geral de animais e suas respectivas distribuições nos pontos amostrais são expostos na Tabela 17. 18 Tabela 01. Listagem de espécies Superfamília Penaeoidea Rafinesque, 1815, Subordem Dendrobranchiata Bate, 1888, da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2015. Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn – Mínimo; Máx – Máximo; σ: desvio padrão e �̅�: média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e �̅� Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/max FAMÍLIA PENAEIDAE Rafinesque, 1815 Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) (Figura 02 – A) 18960 [4,4 : 29,1] 3,41 e 14,48 22 espécimes analisados, 13 machos e 9 fêmeas (adultos). Lote GEEFAA/UFRN-621. Comparado com Xiphopenaeus kroyeri (MOUFPE 1383, coletado em 2000, sem localidade). Atlântico ocidental. Desde os Estados Unidos (Carolina do Norte) ao Brasil. No Brasil ocorre do nordeste até o sul do Rio Grande do Sul (PÉREZ FARFANTE & KENSLEY, 1997). Litopenaeus schmitti (Burkenroad, 1936) (Figura 02 – E) 1646 [5,2 : 33,5] 2,92 e 21,38 7 espécimes analisados, 4 machos e 3 fêmeas (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-789, GEEFAA/UFRN-790 e GEEFAA/UFRN-825. Comparado com Litopenaeus schmitti (MOUFPE 1400, coletado em 28/07/1972 em Canal de Santa Cruz – PE); Litopenaeus vannamei (MOUFPE 15120, coletado em 04/05/2012, em Rio Capibaribe, Ilha de Deus – PE, lat. 8º 5'66" sul long. 34º54'09" oeste). Atlântico ocidental. Desde Cuba, Jamaica, Haiti, República Dominicana, Porto Rico, Ilhas Virgens, Guadalupe, Belize, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Trinidad, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Uruguai. No Brasil ocorre do Amapá ao Rio Grande do Sul (COSTA et al., 2003; SANTOS et al., 2008). 115 [5,7 : 34,2] 4,7 e 19,1 5 espécimes analisados, machos (adultos). Lote GEEFAA/UFRN-764. Comparado com Litopenaeus schmitti (MOUFPE 1400, coletado em 28/07/1972 em Canal de Santa Cruz – PE); Litopenaeus vannamei (MOUFPE 15120, Pacífico oriental. Desde o México (Tijuana) ao Peru (Arica). No Brasil ocorre em Pará, Bahia, Alagoas, Sergipe, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Maranhão, Piauí, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná (BOONE, 1931; http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106683 http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106669 http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106727 19 Litopenaeus vannamei (Boone, 1931) (Figura 02 – D) coletado em 04/05/2012, em Rio Capibaribe, Ilha de Deus – PE, lat. 8º 5'66" sul long. 34º54'09" oeste). TAVARES & MENDONÇA, 2004; BARBIERI & MELO, 2006). Farfantepenaeus brasiliensis (Latreille, 1817) (Figura 02 – B) 26 [3,8 : 27,8] 2,3 e 17,3 7 espécimes analisados, 3 machos e 4 fêmeas (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-673 e GEEFAA/UFRN-646. Comparado com Litopenaeus subtilis (MOUFPE 1461, coletado em 19/08/1980 em Tamandaré – PE); Litopenaeus. brasiliensis (MOUFPE 1282, coletado em 10/09/ 1979 em Canal de Santa Cruz - PE). Atlântico ocidental. Desde os Estados Unidos (Carolina do Norte), Bermudas, Bahamas, Antilhas e ao longo da Costa Atlântica da América do Sul. No Brasil ocorre em toda a região litorânea,até o Rio Grande do Sul (PEREZ-FARFANTE, 1988; COSTA et al., 2003; GUSMÃO et al., 2005). Farfantepenaeus subtilis (Pérez Farfante, 1967) (Figura 02 – C) 766 [4,3 : 28,4] 3,7 e 18,4 6 espécimes analisados, 3 machos e 3 fêmeas (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-696; GEEFAA/UFRN-690; GEEFAA/UFRN-691. Comparado com Litopenaeus subtilis (MOUFPE 1461, coletado em 19/08/1980 em Tamandaré – PE); Farfantepenaeus brasiliensis (MOUFPE 1282, coletado em 10/09/ 1979 em Canal de Santa Cruz - PE). Antilhas, ao longo da costa ocidental atlântica da América Central. No Brasil ocorre do Rio de Janeiro ao nordeste. (PEREZ-FARFANTE, 1988; GUSMÃO et al., 2005). Rimapenaeus similis (Smith, 1885) (Figura 02 – F) 2 [9,1: 1,4] - 2 espécimes analisados, 1 macho e 1 fêmea (adultos). Lote GEEFAA/UFRN-421. Comparado com Rimapenaeus similis (MOUFPE 1569, coletado em S 0º31'33” W47º49'45”, sem data); R. constrictus (MOUFPE 1288, coletado em 1962 sem local). Mar Mediterrâneo (Bacia Oriental) e Atlântico Ocidental. Estados Unidos (desde a California) e Golfo do México. No Brasil ocorre em toda a costa, até o sul do Rio Grande do Sul) (PEREZ-FARFANTE & KINSLEY, 1997). 20 FAMÍLIA SICYONIIDAE Ortmann, 1898 Sicyonia dorsalis Kingsley, 1878 (Figura 03 – A) 53 [4,4 : 10,2] 2,9 e 7,3 11 espécimes analisados, 4 machos e 7 fêmeas (adultos). Lote GEEFAA/UFRN-370; GEEFAA/UFRN-433; GEEFAA/UFRN-434; GEEFAA/UFRN-441. Comparado com Sycionia dorsalis (MOUFPE 1650, coletado em 2001, em Foz do Rio São Francisco – PE); S. parri (MOUFPE 13364, coletado em 19/07/2001 em Itamaracá - PE); S. laevigata (MOUFPE 1675, coletado em 2001, sem local). Atlântico ocidental. Desde os Estados Unidos (Carolina do Norte) ao Brasil. No Brasil ocorrem em toda a costa brasileira, até Santa Catarin) (COSTA et al., 2003). Sicyonia laevigata Stimpson, 1871 (Figura 03 – B) 3 [4,5 : 8,2] 1,93 e 6,67 3 espécimes analisados, 2 machos e 1 fêmea (adulta). Lote GEEFAA/UFRN-442. Comparado com Sycionia laevigata (MOUFPE 1675, coletado em 2001, sem local); S. parri (MOUFPE 13364, coletado em 19/07/2001, em Itamaracá - PE); S. dorsalis (MOUFPE 1650, coletado em Foz do Rio São Francisco - PE). Atlântico Ocidental. Desde Estados Unidos (Beaufort, Carolina do Norte) ao Brasil. Pacífico Oriental – Panamá (Golfo do Panamá) até o México (Mazatla). No Brasil ocorre do Amapá até o Rio Grande do Sul. (COSTA et al., 2003). Sicyonia parri (Burkenroad, 1934) 1 5,2 - 1 espécime analisado, fêmea (adulto). Lote GEEFAA/UFRN-438. Comparado com Sicyonia parri (MOUFPE 13364, coletado em Itamaracá - PE em 19/07/2001); Sicyonia dorsalis (MOUFPE 1650, coletado em Foz do Rio São Francisco, sem data). Atlântico Ocidental. Desde os Estado Unidos (Carolina do Norte) ao Brasil. No Brasil ocorre do Maranhão à São Paulo (COSTA et al., 2003). 21 22 Tabela 02. Listagem de espécies Superfamília Sergestoidea Dana, 1852 e Subordem Dendrobranchiata Bate, 1888, da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2015. Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn – Mínimo; Máx – Máximo; σ: desvio padrão e �̅�: média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e �̅� Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/Max Família Sergestidae Dana, 1852 Acetes americanus Ortmann, 1893 (Figura 04) 345 [3,4 : 4,6] 0,43 e 3,843 35 espécimes analisados, 24 machos e 11 fêmeas (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-410; GEEFAA/UFRN-414; GEEFAA/UFRN-423; GEEFAA/UFRN-496; GEEFAA/UFRN-497; GEEFAA/UFRN-498; GEEFAA/UFRN-499; GEEFAA/UFRN-502; GEEFAA/UFRN-509; GEEFAA/UFRN-513; GEEFAA/UFRN-529; GEEFAA/UFRN-532; GEEFAA/UFRN-533; GEEFAA/UFRN-534; GEEFAA/UFRN-543; GEEFAA/UFRN-546; GEEFAA/UFRN-548; GEEFAA/UFRN-549; GEEFAA/UFRN-554; GEEFAA/UFRN-556; GEEFAA/UFRN-558; GEEFAA/UFRN-562; GEEFAA/UFRN-568; GEEFAA/UFRN-573. Comparado com Acetes americanus (MOUFPE 1825, coletado em 18/03/19881, lat. 32º06'5" oeste e long. 52º01'00" leste); Acetes paraguayensis (MOUFPE 432, coletado em 17/09/1966 em Ria Araguaia, Aruanã – Goiás). Atlântico Ocidental - Guyana, Porto Rico até o Brasil. No Brasil ocorre do Pará até o Rio Grande do Sul. (COSTA et al., 2003). http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106669 23 Tabela 03. Listagem de espécies Subordem Pleyocemata Burkenroad, 1963, Infraordem Caridea Dana, 1852 e Superfamília Palaemonoidea Rafinesque, 1815 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2015. Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn – Mínimo; Máx – Máximo; σ: desvio padrão e �̅�: média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e �̅� Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/Max FAMÍLIA PALAEMONIDAE Rafinesque, 1815; SUBFAMÍLIA PALAEMONINAE Rafinesque, 1815 Leander paulensis Ortmann, 1897 (Figura 05 – A) 57 [5,4 : 12,4] 3,5 e 8,9 41 espécimes analisados, 28 machos e 11 fêmeas (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-362; GEEFAA/UFRN-363; GEEFAA/UFRN-365; GEEFAA/UFRN-367; GEEFAA/UFRN-368; GEEFAA/UFRN-369; GEEFAA/UFRN-372; GEEFAA/UFRN-373; GEEFAA/UFRN-374; GEEFAA/UFRN-375; GEEFAA/UFRN-382; GEEFAA/UFRN-385; GEEFAA/UFRN-389; GEEFAA/UFRN-390; GEEFAA/UFRN-391; GEEFAA/UFRN-395; GEEFAA/UFRN-425; GEEFAA/UFRN-427; GEEFAA/UFRN-429; GEEFAA/UFRN-431; GEEFAA/UFRN-436; GEEFAA/UFRN-439; GEEFAA/UFRN- 727;GEEFAA/UFRN-729; GEEFAA/UFRN-730; GEEFAA/UFRN-731; GEEFAA/UFRN-736. Comparado com Leander paulensis Ortmann, 1897 (MOUFPE 10168, coletado em 15/11/1969 em Vila Velha – PE); L. tenuicornis (Say, 1818) (MOUFPE 10107, coletado em 11/07/1972 em Tamandaré – PE). Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (Florida) ao Brasil. No Brasil ocorre em toda a costa até o Paraná. (FERREIRA et al., 2010). http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106674 http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106715 http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106788 http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=148527 24 Nematopalaemon schmitti (Holthuis, 1950) (Figura 05 – B) 1770 [0,89 a 16,1] 7,6 e 8,5 20 espécimes analisados, 8 machos e 12 fêmeas (adultos). Lote GEEFAA/UFRN-619. Comparado com Nematopaleomon schmitii (Holthuis, 1950) (MOUFPE 10623, coletado em 1964, sem localidade). Atlântico Ocidental. Desde a Guyana até o Brasil. No Brasil ocorre em toda a costa do país, até o Rio Grande do Sul (FERREIRA et al., 2010). Tabela 04. Listagem de espécies Subordem Pleyocemata Burkenroad, 1963, Infraordem Caridea Dana, 1852 e Superfamília Alpheoidea Rafinesque, 1815 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2015. Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn – Mínimo; Máx – Máximo; σ: desvio padrão e �̅�: média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informadarespectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e �̅� Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/Max FAMÍLIA ALPHEIDAE Rafinesque, 1815 Alpheus estuariensis Christoffersen, 1984 (Figura 06 – A) 1 7,2 - 1 espécime analisado, macho (adulto). Lotes GEEFAA/UFRN-359. Comparado com Alpheus estuariensis Christoffersen, 1984 (MOUFPE 13633, coletado em 17/02/1995 em Vila Velha – PE); A. formosus Gibbes, 1850 (MOUFPE 8806, coletado em 22/11/1968 em Piedade - PE); A. intrinsecus Spence Bate, 1888 (MOUFPE 9515, coletado em 12/06/1996 em Acaú - PB) Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (Flórida, do Mississippi ao Texas), Cuba, República Dominicana, Trinidad e Tobago, Curaçao e Brasil. Pacífico Leste. Desde o Golfo da Califórnia (Baía Concepción), Costa Rica, Panamá à Colômbia (Baía Málaga). No Brasil ocorre do Pará ao Paraná. (CHRISTOFFERSEN, 1984; PIRES et al., 2008). 1 espécime analisada, fêmea (adulta). Lote GEEFAA/UFRN-392. Comparado com Alpheus Atlântico Ocidental. Desde Bermuda, estados Unidos (Carolina do Norte a Florida), Golfo do Mexico, http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106674 http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106715 http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106715 http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106776 25 Alpheus formosus Gibbes, 1850 (Figura 06 – B) 1 4,1 - estuariensis Christoffersen, 1984 (MOUFPE 13633, coletado em 17/02/1995 em Vila Velha – PE); A. formosus Gibbes, 1850 (MOUFPE 8806, coletado em 22/11/1968 em Piedade - PE); A. intrinsecus Spence Bate, 1888 (MOUFPE 9515, coletado em 12/06/1996 em Acaú - PB). Bahamas, Índias Ocidentais, América Central, Colombia, Venezuela e Brazil. No Brasil ocorre no Atol das Rocas, Fernando de Noronha e do Ceará ao Paraná. (CHRISTOFFERSEN, 1984; MASUNARI & DUBIASKI-SILVA, 1998; SOLEDADE & ALMEIDA, 2013). Alpheus intrinsecus Spence Bate, 1888 45 [2,5 : 10,6] 1,69 e 5,68 28 espécimes analisados, 21 machos e 7 fêmeas (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-364; GEEFAA/UFRN-366; GEEFAA/UFRN-371; GEEFAA/UFRN-376; GEEFAA/UFRN-377; GEEFAA/UFRN-378; GEEFAA/UFRN-379; GEEFAA/UFRN-380; GEEFAA/UFRN-381; GEEFAA/UFRN-383; GEEFAA/UFRN-384; GEEFAA/UFRN-386; GEEFAA/UFRN-387; GEEFAA/UFRN-388; GEEFAA/UFRN-393; GEEFAA/UFRN-394; GEEFAA/UFRN-397; GEEFAA/UFRN-409; GEEFAA/UFRN-424; GEEFAA/UFRN-435; GEEFAA/UFRN-544; GEEFAA/UFRN-732; GEEFAA/UFRN-733; GEEFAA/UFRN-735; GEEFAA/UFRN-739. Comparado com Alpheus estuariensis Christoffersen, 1984 (MOUFPE 13633, coletado em 17/02/1995 em Vila Velha – PE); A. formosus Gibbes, 1850 (MOUFPE 8806, coletado em 22/11/1968 em Piedade - PE); A. intrinsecus Spence Bate, 1888 (MOUFPE 9515, coletado em 12/06/1996 em Acaú - PB). Atlântico Ocidental. Desde Porto Rico ao Brasil. Atlântico Oriental, desde o Saara Ocidental ao Gabão. No Brasil ocorre do Piauí à Santa Catarina. (CHRISTOFFERSEN, 1998; COELHO et al., 2006; SOLEDADE & ALMEIDA, 2013). FAMÍLIA LYSMATIDAE Dana, 1852 26 Lysmata cf. bahia*, Rhyne & Lin, 2006 (Figura 06 – C) 1 13,1 - 1 espécime analisado, fêmea ovígera (adulta). Lote GEEFAA/UFRN-739. Lysmata wurdemanni (Gibbes, 1850) (MOUFPE 8355, coletado em 1991 em Rio Sergipe - SE). Atlântico ocidental - Panamá (Bocas del Toro) e Brasil. No Brasil ocorre no Ceará, Sergipe, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo (PACHELLE et al., 2016; RHYNE & LIN, 2006; BAEZA, 2008; BARROS-ALVES, 2015). Exhippolysmata oplophoroides (Holthuis, 1948) 1084 [4 : 14,8] 2,10 e 9,42 949 espécimes tombados, dispostos nos lotes GEEFAA/UFRN-926 à GEEFAA/UFRN-954. Atlântico Ocidental - Estados Unidos (Cape Fear River, Carolina do Norte) até Port Aransas, Texas. Guiana Inglesa até o Uruguai. Caribe até a foz do Rio Amazonas (Brasil). No Brasil ocorre do Amapá ao Rio Grande do Sul. (CHRISTOFFERSEN, 1982; Christoffersen, 2016 in PINHEIRO, M. & BOOS, H, 2016). * Nova ocorrência. Tabela 05. Listagem de espécies Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Achelata Scholtz & Richter, 1995 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2015. Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn – Mínimo; Máx – Máximo; σ: desvio padrão e �̅�: média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e �̅� Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/Max FAMÍLIA PALINURIDEA Latreille, 1802 27 Panulirus echinatus Smith, 1869 (Figura 07 – A) 2 [30,6 : 40,7] - 2 espécimes analisados, fêmeas (adultas). Lote GEEFAA/UFRN-463. Comparado com P. echinatus (n° de tombo 8242; Coletado em Rio Doce - PE, em 31/05/74; P. laevicauda (MOUFPE 8299, coletado em Piedade - PE em 15/02/1972); P. argus (MOUFPE 8258, Tamandaré - PE em 05/02/1989). Atlântico Ocidental. Ilhas Atlânticas de Cabo Verde, Santa Helena, Ilha da Ascensão, Tristão da Cunha, Ilhas Canárias, Arquipélogo São Pedro e São Paulo e Brasil (MELO, 2000). Panulirus laevicauda (Latreille, 1817) (Figura 07 – B) 13 [34,9 : 52,5] 6,47 e 38,78 3 indivíduos analisados, 2 machos e 1 fêmea (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-449; GEEFAA/UFRN-466; GEEFAA/UFRN-472; GEEFAA/UFRN-473; GEEFAA/UFRN-597; GEEFAA/UFRN-613; GEEFAA/UFRN-614; GEEFAA/UFRN-744; GEEFAA/UFRN-746. Comparado com Panulirus laevicauda (MOUFPE 8299, Coletado em Piedade - PE, em 15/02/72); P. argus (MOUFPE 8258, em Tamandaré - PE em 05/02/1989); P. echuinatus (MOUFPE 8242, em Rio Doce - PE em 31/06/1974). Atlântico Ocidental. Golfo do México ao Brasil. No Brasil ocorre em toda a região litorânea brasileira (MELO, 1999). FAMÍLIA SCYLLARIDAE Latreille, 1825 e SUBFAMÍLIA IBACINAE Holthuis, 1985 2 espécimes analisados, 1 fêmea adulta e 1 fêmea jovem. Lotes GEEFAA/UFRN-419; GEEFAA/UFRN-822. Comparado com Parribacus Atlântico ocidental. Desde os Estados Unidos (Flórida) ao norte do Brasil. Costa sul da África, no Oceano Índico, e no Havaí e Polinésia e no Pacífico Sul. No 28 Parribacus antarcticus (Lund, 1793) 2 [19,4 : 23,5] - antarticus (MOUFPE 8313, coletado em Pontal do Peba - AL em 12/12/1993). Brasil ocorre no nordeste com Porto de Galinhos (MELO, 1999; PORTO et al., 2005; GIRALDES et al., 2012). Tabela 06. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Anomura McLeay, 1838 e Superfamília Paguroidea Latreille, 1802 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2015. Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn – Mínimo; Máx – Máximo; σ: desvio padrão e �̅�: média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e �̅� Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográficamín/Max FAMÍLIA PAGURIDEA Latreille, 1802 Pagurus brevidactylus (Stimpson, 1859) (Figura 08 – D) 1 8 - 1 espécime analisado, macho (adulto). Lote GEEFAA/UFRN-443. Comparado com Pagurus brevidactylus (Stimpson, 1859) (MOUFPE 3674, coletado em Itamaracá - PE, sem data); P. criniticornis (Dana, 1852) (MOUFPE 5010, coletado em 11/03/1989 em Forte Orange - Itamaracá - PE). Atlântico Ocidental. Goldo do México até o Brasil. No Brasil ocorre no nordeste, Santa Catarina e São Paulo (COELHO & SANTOS, 1980; MELO, 1999; NUCCI & MELO, 2007). 3 espécimes analisados, fêmeas (adultas). Lote GEEFAA/UFRN-883. Comparado com Pagurus brevidactylus (Stimpson, 1859) (MOUFPE 3674, coletado em Itamaracá - PE, sem data); P. criniticornis (Dana, 1852) (MOUFPE 5010, Atlântico Ocidental. Golfo do México, Antilhas, Norte da América do Sul, Colômbia e Venezuela. No Brasil ocorre d Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina (COELHO & SANTOS, 1980; MELO, 1999; NUCCI & MELO, 2007). 29 Pagurus criniticornis (Dana, 1852) (Figura 08 – E) 3 [2,7 : 3,7] 0,5 e 3,2. coletado em 11/03/1989 em Forte Orange - Itamaracá - PE). Pagurus leptonyx Forest & de Saint Laurent, 1968 1 3,6 - 1 espécime analisado, fêmea (adulta); Lote GEEFAA/UFRN-446. Comparado com Pagurus criniticornis (Dana, 1852) (MOUFPE 5010, coletado em 11/03/1989 em Forte Orange - Itamaracá - PE); P. brevidactylus (Stimpson, 1859) (MOUFPE 3674, coletado em Itamaracá - PE, sem data). Atlântico Ocidental. Desde a Venezuela ao Brasil. No Brasil ocorre do Ceará à Santa Catarina (MELO, 1999; NUCCI & MELO, 2007). FAMÍLIA DIOGENIDAE Ortmann, 1892 Dardanus venosus (H. Milne Edwards, 1848) (Figura 08 – A) 32 [7,3 : 40,3] 12,58 e 29,03 19 espécimes analisados, 13 machos e 6 fêmeas (adultos); Lotes GEEFAA/UFRN-467; GEEFAA/UFRN-512; GEEFAA/UFRN-521; GEEFAA/UFRN-526; GEEFAA/UFRN-797; GEEFAA/UFRN-824. Compardo com Dardanus venosus (H. Milne Edwards, 1848) (MOUFPE 3855, coletado em 1973, sem local); D. fucosus Biffar & Provenzano, 1972 (MOUFPE 3903, sem data, sem local); D. insignes (de Saussure, 1858) (MOUFPE 3824, coletado em 01/11/1968, sem local). Atlântico Ocidental. Estados Unidos (Florida), Bermudas, Antilhas, Venezuela e região Norte da América do Sul. No Brasil ocorre do Pará ao Rio de Janeiro, incluindo Rocas, Fernando de Noronha, Ceará e Rio Grande do Norte (MELO, 1999; NUCCI & MELO, 2015). Isocheles sawayai Forest & de Saint Laurent, 1968 (Figura 08 – B) 1 13,6 - 1 espécime analisado, fêmea (adulta); Lote GEEFAA/UFRN-448. Comparado com Isocheles sawayai (MOUFPE 3798, coletado em 16/08/1964 em Fortaleza – CE). Atlântico Ocidental. Desde a Venezuela ao Brasil. No Brasil o corre em toda a costa até Santa Catarina) (MELO, 1999; NUCCI & MELO, 2015). 17 espécimes analisados, 12 machos e 5 fêmeas (adultos); Lotes GEEFAA/UFRN-531; Atlântico occidental. Estados Unidos (Carolina do Norte ao Sul da Flórida), Caribe e Golfo do México. No http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=367585 30 Petrochirus diogenes (Linnaeus, 1758) ] (Figura 08 – C) 95 [3,1 : 83,2] 16,77 e 31,93. GEEFAA/UFRN-564; GEEFAA/UFRN-575; GEEFAA/UFRN-589. Comparado com Petrochirus diogenes (MOUFPE 3552, coletado em 26/04/1983, Praia dos Carneiros – PE). Brasil ocorre em todo o litoral (MELO, 1999; NUCCI & MELO, 2015). 31 Tabela 07. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Anomura McLeay, 1838 e Superfamília Galatheoidea Samouelle, 1819 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2015. Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn – Mínimo; Máx – Máximo; σ: desvio padrão e �̅�: média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e �̅� Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/Max FAMÍLIA PORCELLANIDAE Haworth, 1825 Minyocerus angustus (Dana, 1852) (Figura 09 – A) 2 [2,8 : 3,4] - 2 espécimes analisados, 1 macho e 1 fêmea (adultos). Lote GEEFAA/UFRN-432. Comparado com Minyocerus angustus (Dana, 1852) (MOUFPE 7370, coletado em 26/08/1988 em Itamaracá – PE). Atlântico Ocidental. América Central (Honduras), Venezuela, Suriname e Brasil (do Pará até Santa Catarina) (MELO, 1999). Porcellana sayana (Leach, 1820) (Figura 09 – B) 2 [3,6 : 4,8] - 2 espécimes analisados, fêmeas (adultas). Lote GEEFAA/UFRN-087. Comparado com Porcellana sayana (MOUFE 7722, coletado em outubro de 1966, em Praia de Piedade, Município de Jaboatão – PE) Atlântico ocidental. Desde os Estads Unidos (Carolina do Norte, Carolina do Sul, Geórgia, Flórida, Mississippi, Louisiana e Texas), México (Tamaulipas, Veracruz, Campeche, Yucatán e Quintana Roo), Belize (Twin Cays), Panamá (Caledonia Bay), Bahamas,Cuba, Jamaica, Porto Rico, Ilhas Virgens, Antigua, Barbados, Colômbia (Golfo de Morrosquillo, La Guajira, Cabo De La Vela e Ilhas de Providência, Rosário e Santa Marta), Venezuela (Ilhas Blanquilla, Los Roques, Margarita, Cubagua e Coche), Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Uruguai. No Brasil ocorre do Amapá ao Rio Grande do Sul (MELO, 1999; RODRIGUEZ et al., 2005). 32 33 Tabela 08. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Brachyura Linnaeus, 1758, Seção Eubrachyura Saint Laurent, 1980, Subseção Heterotremata Guinot, 1977 e Superfamília Aethroidae Dana, 1851 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2015. Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn – Mínimo; Máx – Máximo; σ: desvio padrão e �̅�: média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e �̅� Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/Max FAMÍLIA AETHRIDAE Dana, 1851 Hepatus gronovii Holthuis, 1959 (Figura 10 – A) 15 [9,3 : 40,7] 9,43 e 21,91. 7 espécimes analisados, 5 machos e 2 fêmeas (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-417; GEEFAA/UFRN-454; GEEFAA/UFRN-458 Comparado com H. gronovii (MOUFPE 5338, coletado em Baia do Tubarão - MA em 1975); H. scaber (MOUFPE 5313, coletado em 1988, sem localidade). Atlântico Ocidental. Desde Colômbia, Venezuela, Guianas ao Brasil. No Brasil ocorre do Amapá à Santa Catarina (MELO, 1999; MELO, 2000). Hepatus pudibundus (Herbst, 1785) (Figura 10 – B) 1 17,3 mm. - 1 espécime analisado, macho (adulto). Lote GEEFAA/UFRN-417. Comparado com Hepatus pudibundus (MOUFPE 13105; coletada em 15/07/1998, sem local); Calappa ocellata (MOUFPE 5216, coletado em Rio Paripe - Itamaracá - PE em 15/09/1969). Atlântico Ocidental. Ocorre ao sul dos Estados Unidos, Guiné à África do Sul. No Brasil ocorre em toda a região costeira até o sul do Rio Grande do Sul (MELO, 19996; MELO, 2000). http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106680 34 35 Tabela 09. Listagemde espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Brachyura Linnaeus, 1758, Seção Eubrachyura Saint Laurent, 1980, Subseção Heterotremata Guinot, 1977 e Superfamília Calappoidea De Haan, 1833 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2015. Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn – Mínimo; Máx – Máximo; σ: desvio padrão e �̅�: média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e �̅� Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/Max FAMÍLIA CALAPPIDAE De Haan, 1833 Calappa ocellata Holthuis, 1958 (Figura 11 – A) 2 [25 : 47,1] - 2 espécimes analisados, machos (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-451 e GEEFAA/UFRN-514. Comparado com Calappa ocellata Holthuis, 1958 (MOUFPE 5216, coletado em Rio Paripe - Itamaracá - PE em 15/09/1969). Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (Carolina do Norte a Flórida), Golfo do México, Antilhas, Colômbia, Venezuela e Brasil (Amapá ao Rio de Janeiro) (MELO, 2000). Calappa sulcata Rathbun, 1898 (Figura 11 – B) 1 27,2 - 1 espécime analisado, macho (adulto). Lote GEEFAA/UFRN-840. Comparado com Calappa ocellata Holthuis, 1958 (MOUFPE 5216, coletado em Rio Paripe - Itamaracá - PE em 15/09/1969). Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (Carolina do Norte, à Flórida), Golfo do México, Antilhas, Colômbia, Guianas, Venezuela e Brasil (Amapá ao Espírito Santo, Paraná) (MELO, 2000). http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106680 36 Tabela 10. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Brachyura Linnaeus, 1758, Seção Eubrachyura Saint Laurent, 1980, Subseção Heterotremata Guinot, 1977 e Superfamília Eriphioidea MacLeay, 1838 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2015. Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn – Mínimo; Máx – Máximo; σ: desvio padrão e �̅�: média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e �̅� Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/Max FAMÍLIA MENIPPIDAE Ortmann, 1893 Menippe nodifrons Stimpson, 1859 (Figura 12 – A) 2 [34,5 : 48,2] - 2 espécimes analisados, 1 macho e 1 fêmea (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-469 e GEEFAA/UFRN-470. Comparado com Menippe nodifrons Stimpson, 1859 (MOUFPE 2823, coletado em Calhetas - PE, em 05/09/1990). Atlântico ocidental. Desde os Estados Unidos (Flórida), Golfo do México, América Central, Antilhas, região norte da América do Sul, Guianas e Brasil. Atlântico oriental, de Cabo Verde até Angola. No Brasil ocorre do Maranhão à Santa Catarina (MELO, 1996). http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106680 37 Tabela 11. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Brachyura Linnaeus, 1758, Seção Eubrachyura Saint Laurent, 1980, Subseção Heterotremata Guinot, 1977, Superfamília Leucosioidea Samouelle, 1819 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2015. Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn – Mínimo; Máx – Máximo; σ: desvio padrão e �̅�: média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e �̅� Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/Max FAMÍLIA LEUCOSIIDAE Samouelle, 1819 e SUBFAMÍLIA EBALIINAE Stimpson, 1871 Ebalia stimpsoni A. Milne-Edwards, 1880 2 3,4 - 2 espécimes analisados, machos (adultos). Lote GEEFAA/UFRN-411. Comparado com Ebalia stimpsoni A. Milne-Edwards, 1880 (MOUFPE 13760, coletado em 25/11/2003 em Bacia Potiguar – RN). Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (Flórida) ao Brasil. No Brasil ocorre do Amapá ao Rio Grande do Sul (MELO, 2000). Persephona lichtensteinii Leach, 1817 (Figura 13 – A) 27 [14,5 : 23,8] 3,24 e 20,56 15 espécimes espécimes, 7 machos e 8 fêmeas (adultas). Lote GEEFAA/UFRN-455; GEEFAA/UFRN-471; GEEFAA/UFRN-480; GEEFAA/UFRN-482; GEEFAA/UFRN-527; GEEFAA/UFRN-530. Comparado com Persephona lichtensteinii Leach, 1817 (MOUFPE 6333, coletado em 13/11/1977 em Tamandaré – PE); Persephona punctata (Linnaeus, 1758) (MOUFPE 13465, 04/11/2005 em Santo Aleixo - PE). Atlântico Ocidental. Desde a Venezuela, Suriname, Guiana Francesa e Brasil. No Brasil ocorre do Amapá à São Paulo (MELO, 1996; MELO, 2000). http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106680 38 Persephona punctata (Linnaeus, 1758) (Figura 13 – B) 5 [17,3 : 35,6] 6,80 e 24,46. 5 espécimes, 3machos e 2 fêmeas (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-461; GEEFAA/UFRN-517 e GEEFAA/UFRN-523. Comparado com Persephona punctata (Linnaeus, 1758) (MOUFPE 13465, coletado em 04/11/2005 em Ilha de Santo Aleixo – PE); Persephona licheisteinii Leach, 1817 (MOUFPE 6333, coletado em 13/11/1977 em Tamandaré - PE) Atlântico Ocidental. Antilhas, Colombia, Venezuela, Guianas e Brasil. No Brasil ocorre do Amapá ao Rio Grande do Sul (MELO,1996; MELO, 2000). Tabela 12. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Brachyura Linnaeus, 1758, Seção Eubrachyura Saint Laurent, 1980, Subseção Heterotremata Guinot, 1977 e Superfamília Majoidea Samouelle, 1819 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2015. Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn – Mínimo; Máx – Máximo; σ: desvio padrão e �̅�: média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e �̅� Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/Max FAMÍLIA EPIALTIDAE MacLeay, 1838 e SUBFAMÍLIA EPIALTINAE MacLeay, 1838 Acanthonyx dissimulatus Coelho, 1993 (Figura 14 – A) 4 [2,7 : 5,6] 1,31 e 3,83 4 espécimes analisados, 2 machos e 2 fêmeas (adultos), Lotes GEEFAA/UFRN-437; GEEFAA/UFRN-551; GEEFAA/UFRN-555; GEEFAA/UFRN-572; GEEFAA/UFRN-574. Compardo com Acantonyx dissimulatus Coelho, 1993 (MOUFPE 4109, coletado em Itamaracá – PE em 17/01/1969). Atlântico Ocidental.No Brasil ocorre do Piauí à Bahia e em São Paulo (MELO, 1996; COELHO et al., 2008; TAMBURUS & MANTELLATO, 2012). http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106680 http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=196143 http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=439052 http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=439052 39 Epialtus bituberculatus H. Milne Edwards, 1854 (Figura 14 – B) 3 [4,3 : 5,1] 0,42 e 4,63 3 espécimes analisados, 1 machoe 2 fêmeas (adultos). Lote GEEFAA/UFRN-403. Comparado com Epialtus bituberculatus H. Milne Edwards, 1834 (MOUFPE 4509, coletado em Praia da Piedade - PE, em 02/06/1988). Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (Flórida), Golfo do México, Antilhas, Colombia, Venezuela. No Brasil ocorre do Piauí até São Paulo (LIMA-JÚNIOR, et al., 2010). Macrocoeloma laevigatum (Stimpson, 1860) (Figura 14 – C) 1 7,1 - 1 espécime analisado, fêmea (adulto). Lote GEEFAA/UFRN-404. Comparado com Macroceloma laevigatum (Stimpson, 1860) (MOUFPE 4327, coletado em Recife - PE, em 2003); M. concavum Miers, 1886 (MOUFPE 4416, Coletado em Recife - PE, sem data). Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (Florida), Golfo do México, Antilhas e Brasil. No Brasil ocorre do Pará ao Alagoas (MELO, 2000). FAMÍLIA INACHIDAE MacLeay, 1838 e SUBFAMÍLIA PODOCHELINAE Neumann, 1878 Coryrhynchus algicola Stebbing, 1914 2 [2,6 : 3,1] - 1 espécime analisado, macho (adulto). Lote GEEFAA/UFRN-402. Comparado com Coryrhynchus algicola Stebbing, 1914 (MOUFPE 13419, coletado em março de 2004 em Ilheus – BA). Atlântico Ocidental. Colômbia e Brasil. No Brasil ocorre do Maranhão a São Paulo (MELO, 1996). FAMÍLIA INACHIDAE MacLeay, 1838 e SUBFAMÍLIA TYCHINAE Dana, 1851 Pitho lherminieri (Desbonne 1867) (Figura 14 – D) 1 2,3 - 1 espécime analisado, macho (adulto). Lote GEEFAA/UFRN-405. Comparado com Pitho lherminieri (Desbonne 1867) (MOUFPE 13903, coletado em 17/11/2003 na Bacia Potiguar – RN). Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (California a Florida), Golfo do México, Antilhas e Brasil. No Brasil ocorre em Fernando de Noronha e do Pará à São Paulo (MELO, 1996). 40 Damithrax hispidus (Herbst, 1790) (Figura 14 – E) 1 5,9 1 espécime analisado, macho (adulto). Lote GEEFAA/UFRN-462. Comparado com Damithrax hispidus (Herbst, 1790) (MOUFPE 6145, coletado em Praia do Janga – PE em 17/08/1993; Damithrax tortugae (Rathbun, 1920) (MOUFPE 4891, coletado em 1985, sem localidade). Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (Delaware à Flórida), Golfo do México, Antilhas e Brasil. No Brasil ocorre do Pará à Santa Catarina (MELO, 1996; WINDSOR & FELDER, 2014). FAMÍLIA INACHIDAE MacLeay, 1838 e SUBFAMÍLIA PISINAE Dana, 1851 Stratiolibinia bellicosa (Oliveira, 1944) (Figura 14 – F) 12 [36,4 : 58,2] 8,36 e 44,06. 4 espécimes analisados, 2 machos e 2 fêmeas (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-464; GEEFAA/UFRN-465; GEEFAA/UFRN-474; GEEFAA/UFRN-477; GEEFAA/UFRN-478; GEEFAA/UFRN-479; GEEFAA/UFRN-588; GEEFAA/UFRN-615; GEEFAA/UFRN-616; GEEFAA/UFRN-620; GEEFAA/UFRN-830. Comparado com Stratiolibina bellicosa (MOUFPE 4374, coletado em Fortaleza – CE, sem localidade, em 1962). Atlântico Ocidental. América Central, Guianas e Brasil. No Brasil ocorre do Ceará ao Rio de Janeiro e Paraná (MELO, 1996; MELO, 2000). Notolopas brasiliensis Miers, 1886 (Figura 14 – G) 6 [6,3 : 40,9] 5,24 e 15,73 5 espécimes analisados, 3 machos e 2 fêmeas sendo uma ovígera (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-398; GEEFAA/UFRN-406; GEEFAA/UFRN-408; GEEFAA/UFRN-550. Comparado com Notolopas brasiliensis Miers, 1886 (MOUFPE 15463, coletado na Bacia Potiguar - RN, sem data). Atlântico Ocidental. Desde Colômbia, Venezuela ao Brasil. No Brasil ocorre do Amapá à São Paulo (MELO, 1996; MELO, 2000). http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=850781 http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=850781 41 Tabela 13. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Brachyura Linnaeus, 1758, Seção Eubrachyura Saint Laurent, 1980, Subseção Heterotremata Guinot, 1977 e Superfamília Pilumnoidea Samouelle, 1819 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2015. Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn – Mínimo; Máx – Máximo; σ: desvio padrão e �̅�: média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e �̅� Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/Max FAMÍLIA PILUMNIDAE Samouelle, 1819 e SUBFAMÍLIA PILUMNINAE Samouelle, 1819 Pilumnus dasypodus Kingsley, 1879 (Figura 15 – A) 2 [3 : 4,3] - 2 indivíduos analisados, 1 macho e 1 fêmea. Lote GEEFAA/UFRN-440. Comparado com Pilumnus reticulatus Stimpson, 1860 (MOUFPE 13508, coletado em 03/03/2006 em Ilha de Santo Aleixo – PE); Pilumnus daysipodus Kingsley, 1879 (MOUFPE 10569, coletado em 18/10/1997 em Praia dos Carneiros - PE); Pilumnus caribaeus Desbonne in Desbonne & Schramm, 1867 (MOUFPE 6669, coletado em 19/07/1987, sem localidade) . Atlântico Ocidental. Estados Unidos (Carolina do Norte), Antilhas, região Norte da América do Sul e Brasil. No Brasil ocorre do Rio Grande do Norte à Santa Catarina (MELO, 1996; LIMA-JÚNIOR et al., 2010; MORAES et al. 2015). - 2 espécimes analisados, 1 macho e 1 fêmea. Lotes GEEFAA/UFRN-557; GEEFAA/UFRN-563. Comparado cm Pilumnus reticulatus Stimpson, 1860 (MOUFPE 13508, coletado em 03/03/2006 em Ilha de Santo Aleixo – PE); Pilumnus daysipodus Kingsley, 1879 (MOUFPE 10569, coletado em 18/10/1997 em Praia dos Carneiros - PE); Pilumnus Atlântico Ocidental. Golfo do México, Antilhas e Brasil. No Brasil ocorre do Amapá ao Rio Grande do Sul (MELO, 1996). http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106680 42 Pilumnus diomedeae Rathbun, 1894 (Figura 15 – B) 2 [6,2 : 10,6] caribaeus Desbonne in Desbonne & Schramm, 1867 (MOUFPE 6669, coletado em 19/07/1987, sem localidade). Pilumnus reticulatus Stimpson, 1860 (Figura 15 – C) 6 [3,3 : 5,5] 1,3 e 4,7 3 espécimes analisados, 2 machos e 1 fêmea. Lotes GEEFAA/UFRN-444; GEEFAA/UFRN-445; GEEFAA/UFRN-447. Comparado com Pilumnus reticulatus Stimpson, 1860 (MOUFPE 13508, coletado em 03/03/2006 em Ilha de Santo Aleixo – PE); Pilumnus daysipodus Kingsley, 1879 (MOUFPE 10569, coletado em 18/10/1997 em Praia dos Carneiros - PE); Pilumnus caribaeus Desbonne in Desbonne & Schramm, 1867 (MOUFPE 6669, coletado em 19/07/1987, sem localidade). Atlântico Ocidental. América Central, Antilhas, região norte da América do Sul e Brasil (Pará ao Rio Grande do Sul) (MELO, 1996; LIMA-JÚNIOR et al., 2010 ). http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=422096 43 Tabela 14. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Brachyura Linnaeus, 1758, Seção Eubrachyura Saint Laurent, 1980, Subseção Heterotremata Guinot, 1977 e Superfamília Portunoidea Rafinesque, 1815 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2015. Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn – Mínimo; Máx – Máximo; σ: desvio padrão e �̅�: média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e �̅� Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/Max FAMÍLIA PORTUNIDAE Rafinesque, 1815 e SUBFAMÍLIA PORTUNINAE Rafinesque, 1815 Arenaeus cribrarius (Lamarck, 1818) (Figura 16 – A) 23[31,7 : 85,9] 17,78 e 63,22. 6 indivíduos analisados, 4 machos e 2 fêmeas. Lotes GEEFAA/UFRN-452; GEEFAA/UFRN-460; GEEFAA/UFRN-590; GEEFAA/UFRN-623; GEEFAA/UFRN-755. Comparado com Arenaeus cribrarius (Lamarck, 1818) (MOUFPE 6862, coletado em 17/08/1989 em Piedade – PE, área do Hospital da aeronáutica). Atlântico Ocidental. Estados Unidos (Carolina do Norte), Antilhas, região norte da América do Sul e Brasil. No Brasil ocorre no Ceará ao Rio Grande do Sul (MELO, 1996). Callinectes danae Smith, 1869 (Figura 16 – B) 39 [19,20 : 87,50] 12,62 e 64,67 7 espécimes analisadas, 4 machos e 3 fêmeas (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-450; GEEFAA/UFRN-453; GEEFAA/UFRN-580; GEEFAA/UFRN-622; GEEFAA/UFRN-625; GEEFAA/UFRN-756. Comparado com Callinectes danae Smith, 1869 (MOUFPE 7752, coletado em 30/09/2005, sem localidade); Callinectes ornatus Atlântico Ocidental. Bermudas, Estados Unidos (Flórida, Golfo do México, Antilhas, Colômbia, Venezuela e Brasil. No Brasil ocorre no Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul (MELO, 1996; COSTA & NEGREIROS-FRANSOZO, 2003; LIMA-JÚNIOR et al., 2010). http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106680 44 Ordway, 1863 (MOUFPE 13795, coletado em 21/11/2003, sem localidade). Callinectes ornatus Ordway, 1863 (Figura 16 – C) 244 [4,3 : 61,2] 18,16 e 48,46. 28 espécimes analisados, 17 machos e 11 fêmeas (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-457; GEEFAA/UFRN-484; GEEFAA/UFRN-485; GEEFAA/UFRN-486; GEEFAA/UFRN-487; GEEFAA/UFRN-488; GEEFAA/UFRN-489; GEEFAA/UFRN-524; GEEFAA/UFRN-577; GEEFAA/UFRN-585; GEEFAA/UFRN-587; GEEFAA/UFRN-595; GEEFAA/UFRN-599; GEEFAA/UFRN-600; GEEFAA/UFRN-601; GEEFAA/UFRN-602; GEEFAA/UFRN-605; GEEFAA/UFRN-606; GEEFAA/UFRN-607; GEEFAA/UFRN-611; GEEFAA/UFRN-612; GEEFAA/UFRN-624; GEEFAA/UFRN-626; GEEFAA/UFRN-627; GEEFAA/UFRN-628; GEEFAA/UFRN-629; GEEFAA/UFRN-630; GEEFAA/UFRN-631; GEEFAA/UFRN-632; GEEFAA/UFRN-633; GEEFAA/UFRN-634; GEEFAA/UFRN-635; GEEFAA/UFRN-636; GEEFAA/UFRN-823. Comparado com Callinectes danae Smith, 1869 (MOUFPE 7752, coletado em 30/09/2005, sem localidade); Callinectes ornatus Ordway, 1863 (MOUFPE 13795, coletado em 21/11/2003, sem localidade). Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (Carolina do Norte à Flórida), Golfo do México, Antilhas, Colômbia, Venezuela e Guianas. No Brasil ocorre do Amapá ao Rio Grande do Sul (MELO, 1996). Callinectes sapidus Rathbun, 1896 4 [72,0 : 89,70] 9,96 e 75,23 1 espécime analisado, fêmea (adulta). Lote GEEFAA/UFRN-468. Comparado com Callinectes danae Smith, 1869 (MOUFPE 7752, coletado em 30/09/2005, sem localidade); Callinectes ornatus Atlântico ocidental. Nova Scocia, Argentina (incluindo Bermudas), Antilhas, Mar do Caribe e Atlântico Oriental (Mar Noth e sudoeste da França), sul da Itália e Japão (MELO, 1996). No Brasil ocorre do Amapá ao Rio Grande do Sul. 45 (Figura 16 – D) Ordway, 1863 (MOUFPE 13795, coletado em 21/11/2003, sem localidade). Cronius tumidulus (Stimpson, 1871) 5 [5,2 : 11,8] 2,57 e 25,53 5 espécimes analisados, 3 machos e 2 fêmeas (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-428; GEEFAA/UFRN-519. Comparado com Cronius tumidurus (Stimpson, 1871) (MOUFPE 13807, coletado em 15/11/2003, sem localidade). Atlântico Ocidental. Estados Unidos, Antilhas, Guianas e Brasil. No Brasil ocorre do Pará à São Paulo (MELO, 1996). FAMÍLIA PORTUNIDAE Rafinesque, 1815 SUBFAMÍLIA THALAMITINAE Paul'son, 1875 Charybdis (Charybdis) hellerii (A. Milne- Edwards, 1867) (Figura 16 – E) 10 [6,1 : 46,9] 17,04 e 25,53 3 espécimes analisados, 1 macho e 2 fêmeas (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-456; GEEFAA/UFRN-570; GEEFAA/UFRN-571; GEEFAA/UFRN-581; GEEFAA/UFRN-728; GEEFAA/UFRN-829. Comparado com Charybdes hellerii (MOUFPE 15.087, coletado em 27/09/2004 em Pontal do Maceio, Fortim – CE). Indo-Pacífico. Região Costeira do Pacífico. Atlântico Ocidental. Estados Unidos (Flórida), Colômbia, Venezuela e Cuba. No Brasil ocorre em toda a costa, exceto Sergipe, Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Sul (MELO, 1996; MANTELATO & DIAS, 1999). 46 Tabela 15. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Brachyura Linnaeus, 1758, Seção Eubrachyura Saint Laurent, 1980, Subseção Heterotremata Guinot, 1977 e Superfamília Xanthoidea MacLeay, 1838 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2015. Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn – Mínimo; Máx – Máximo; σ: desvio padrão e �̅�: média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e �̅� Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/Max FAMÍLIA PANOPEIDAE Ortmann, 1893 Hexapanopeus caribbaeus (Stimpson, 1871) (Figura 17 – A) 3 [7,3 : 10,5] 1,70 e 8,57 3 espécimes analisados, 1 macho e 2 fêmeas (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-415; GEEFAA/UFRN-430; GEEFAA/UFRN-525; GEEFAA/UFRN-559. Comparado cm Hexapanopeus caribbaeus (Stimpson, 1871) (MOUFPE 2594, coletado em 11/12/1989 em Forte Orange – PE); Hexaponopeus paulensis Rathbun, 1930 (MOUFPE 5880, em 26/05/1990 em Forte Orange- PE). Atlântico Ocidental. Antilhas, região nordeste da América do Sul e Brasil. No Brasil ocorre do Piauí ao Rio Grande do Sul (MELO, 1996). Hexapanopeus paulensis Rathbun, 1930 (Figura 17 – B) 10 [4,2 : 10,6] 1,95 e 7,22 4 espécimes analisados, 1 machos e 3 fêmeas (2 fêmeas ovígeras). Lotes GEEFAA/UFRN-416. Comparado com Hexapanopeus caribbaeus (Stimpson, 1871) (MOUFPE 2594, coletado em 11/12/1989 em Forte Orange – PE); Hexaponopeus paulensis Rathbun, 1930 (MOUFPE 5880, em 26/05/1990 em Forte Orange- PE). Atlântico Ocidental . Estados Unidos (Sul da Carolina à Flórida) e Golfo do México. No Brasil ocorre do Pará à Santa Catarina (MELO, 1996). http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=106680 47 FAMÍLIA XANTHIDAE MacLeay, 1838 e SUBFAMÍLIA XANTHINAE MacLeay, 1838 Williamstimpsonia denticulatus (White, 1848) 1 11,6 - 1 espécime analisado, macho (adulto). Lote GEEFAA/UFRN-400. Comparado com Williamstimpsonia denticulatus (White, 1848) MOUFPE 2686, coletado 29/11/1978 em Praia de Suape – PE); Xanthodius parvulus (Fabricius, 1793) (MOUFPE 5896, coletado em Ilha do Farol, Atol das rocas – PE, sem data). Atlântico Ocidental. Estados Unidos (Flórida), Bermuda, Golfo do México, Antilhas e Venezuela. No Brasil ocorre no Arqueipélogo São Pedro e São Paulo, do Ceará à Bahia e São Paulo (MELO, 1996). 48 Tabela 16. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Brachyura Linnaeus, 1758, Seção Eubrachyura Saint Laurent, 1980, Subseção Heterotremata Guinot, 1977 e Superfamília Pinnotheroidea De Haan, 1833 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2015. Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn – Mínimo; Máx – Máximo; σ: desvio padrão e �̅�: média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e �̅� Material de Identificação e Comparação
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