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TCC-Final---Lucas-Gabriel-Almeida-da-Silva

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUCAS GABRIEL ALMEIDA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
USO OFF-LABEL DO ANTIDEPRESSIVO FLUOXETINA NO TRATAMENTO 
DA PERDA DE PESO: UMA REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2022 
LUCAS GABRIEL ALMEIDA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
USO OFF-LABEL DO ANTIDEPRESSIVO FLUOXETINA NO TRATAMENTO 
DA PERDA DE PESO: UMA REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Curso de Graduação em Farmácia da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 
como requisito parcial para obtenção do título 
de Bacharel em Farmácia. 
 
Orientador: Prof. Me. Júlio César Mendes e 
Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2022 
Silva, Lucas Gabriel Almeida da.
 Uso off-label do antidepressivo fluoxetina no tratamento da
perda de peso: uma revisão da literatura / Lucas Gabriel Almeida
da Silva. - 2022.
 27f.: il.
 Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação em Farmácia)
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de
Ciências da Saúde, Departamento de Farmácia. Natal, RN, 2022.
 Orientador: Júlio César Mendes e Silva.
 1. Obesidade - TCC. 2. Antidepressivo - TCC. 3. Fluoxetina -
TCC. 4. Off-label - TCC. 5. Perda de peso - TCC. I. Silva, Júlio
César Mendes e. II. Título.
RN/UF/BS-CCS CDU 616-056.25
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS
Elaborado por ANA CRISTINA DA SILVA LOPES - CRB-15/263
LUCAS GABRIEL ALMEIDA DA SILVA 
 
 
 
USO OFF-LABEL DO ANTIDEPRESSIVO FLUOXETINA NO TRATAMENTO 
DA PERDA DE PESO: UMA REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Curso de Graduação em Farmácia da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 
como requisito parcial para obtenção do título 
de Bacharel em Farmácia. 
 
 
Data da aprovação: 21/01/2022 
 
 
Banca Examinadora: 
 
 _________________________________________________________________ 
Presidente: Prof. Me. Júlio César Mendes e Silva 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
_________________________________________________________________ 
Membro: Profª. Me. Maria Célia Ribeiro Dantas de Aguiar 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
_________________________________________________________________ 
Membro: Valdemária Abigail da Fonseca Ferreira 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
 
NATAL/RN 
2022 
RESUMO 
 
A obesidade é uma doença multifatorial considerada um problema de saúde pública e é 
decorrente de um balanço energético positivo que favorece o acúmulo de gordura. 
Pacientes apresentam obesidade secundária a uma condição médica identificável como, 
por exemplo, a depressão, onde mudanças no peso podem ser influenciadas por fatores 
específicos da doença, como alterações no apetite, na atividade física e por fatores 
específicos ligados às drogas antidepressivas. O objetivo dessa pesquisa tem o intuito de 
avaliar, em uma breve revisão da literatura, o uso off-label da fluoxetina, como 
antidepressivo utilizado no tratamento da perda de peso, seus resultados e a importância 
da orientação farmacêutica para este fim. E, tem como metodologia utilizada, a 
utilização de artigos por meio de buscas em plataformas científicas, selecionando-os 
através de palavras-chave e em relação ao assunto em conformidade com os objetivos 
do trabalho. Com isso, notou-se a perda de peso como um dos diversos efeitos colaterais 
apresentados. Entretanto, foi possível observar a recuperação do peso em estudos a 
longo prazo quando comparado ao período inicial de tratamento. Em virtude disso, 
constatou-se a importância em aderir a medidas mais saudáveis, que garanta resultados 
satisfatórios por um período de tempo maior, além da presença do farmacêutico, de 
suma importância para orientar o paciente de forma mais adequada, avaliando o risco-
benefício quando se opta por essa prescrição. 
 
Palavras-chave: Obesidade; Antidepressivo; Fluoxetina; Off-label; Perda de peso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Obesity is a multifactorial disease considered a public health problem and results from a 
positive energy balance that favors the accumulation of fat. Patients have obesity 
secondary to an identifiable medical condition, such as depression, where changes in 
weight can be influenced by disease-specific factors, such as changes in appetite, 
physical activity, and specific factors related to antidepressant drugs. The objective of 
this research is to evaluate, in a brief literature review, the off-label use of fluoxetine as 
an antidepressant used in the treatment of weight loss, its results and the importance of 
pharmaceutical guidance for this purpose. And, the methodology used is the use of 
articles through searches in scientific platforms, selecting them through keywords and 
in relation to the subject in accordance with the objectives of the work. Thus, weight 
loss was noted as one of the several side effects presented. However, it was possible to 
observe weight regain in long-term studies when compared to the initial treatment 
period. As a result, the importance of adhering to healthier measures to ensure 
satisfactory results for a longer period of time was noted, in addition to the presence of 
the pharmacist, which is of paramount importance to guide the patient more adequately, 
evaluating the risk-benefit when this prescription is chosen. 
 
Key-words: Obesity; Antidepressant; Fluoxetine; Off-label; Weight loss. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 7 
2. OBJETIVOS ......................................................................................................... 10 
2.1. OBJETIVO GERAL ..................................................................................................... 10 
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................ 10 
3. METODOLOGIA ................................................................................................. 11 
4. OBESIDADE x USO OFF-LABEL DA FLUOXETINA ..................................... 12 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................... 16 
6. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 20 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade pode ser 
compreendida como um agravo de caráter multifatorial decorrente de balanço 
energético positivo que favorece o acúmulo de gordura (SHEEHAN et al., 2014 apud 
ZAROS, 2018), ou seja, ocorre quando há um aumento do armazenamento de energia, 
resultante de um desequilíbrio entre a energia consumida e energia gasta durante um 
período de tempo. 
De acordo com os Dados da Pesquisa Nacional de Saúde, do Ministério da 
Saúde (MS), divulgado em março de 2021, apontam que, atualmente no Brasil, 60,3% 
dos adultos apresentam excesso de peso, o equivalente a 96 milhões de pessoas, sendo 
62,6% das mulheres e 57,5% dos homens, caracterizando, desta forma, um aumento da 
obesidade no país. 
A etiologia, segundo as Diretrizes de 2016, da Associação Brasileira para o 
Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), é considerada complexa e 
multifatorial, resultando da interação de genes, ambiente, estilos de vida e fatores 
emocionais.Wannmacher (2017) cita alguns exemplos de fatores que contribuem para 
maiores índices de sobrepeso e obesidade, como, por exemplo, a inatividade física. 
Além disso, o estilo de vida moderno também favorece o ganho de peso por diversos 
fatores que interferem na ingestão alimentar: a necessidade de se realizar refeições em 
curto espaço de tempo e consequentemente atrapalhar os mecanismos de saciedade 
(ABESO, 2016). 
Nas últimas décadas, a população está aumentando o consumo de alimentos 
agradáveis ao paladar, com alta densidade calórica, baixo poder sacietógeno e de fácil 
absorção e digestão. Estas características favorecem o aumento da ingestão alimentar e, 
portanto, contribuem para o desequilíbrio energético, que pode ser alterado por esse 
aumento do consumo calórico, pela diminuição do gasto energético ou por ambos 
(ABESO, 2016 apud ZAROS, 2018). 
Na sua fisiopatologia, há três componentes primários no sistema neuroendócrino 
envolvidos com a obesidade: o sistema aferente, que envolve a leptina e outros sinais de 
saciedade e de apetite de curto prazo; a unidade de processamento do sistema nervoso 
central e o sistema eferente, um complexo de apetite, saciedade, efetores autonômicos e 
termogênicos, que leva ao estoque energético (ABESO, 2016). Dentro da rede neuronal, 
8 
 
muitos neurotransmissores e neuropeptídeos têm sido identificados como estimulantes 
ou inibidores da rede de apetite cerebral, afetando assim o consumo calórico total, como 
o neuropeptídeo Y, o estimulador mais potente conhecido, que influencia o apetite 
exercendo seus efeitos no hipotálamo (SHEEHAN et al., 2014 apud ZAROS, 2018). 
A obesidade é a doença física mais comum e crônica na sociedade moderna e a 
depressão é a condição psicológica mais prevalente (DIXON et al., 2003 apud 
PEIXOTO et al., 2008). Ocasionalmente, pacientes apresentam obesidade secundária a 
uma condição médica identificável como, por exemplo, a depressão (SHEEHAN et al., 
2014 apud ZAROS, 2018). 
Mudanças no peso, associadas à depressão, são um fenômeno complexo e 
podem ser influenciadas por fatores específicos da doença, como alterações no apetite, 
na atividade física e por fatores específicos ligados às drogas antidepressivas 
(MICHELSON et al., 1999 apud PEIXOTO et al., 2008). 
Estima-se que a prevalência da obesidade em pacientes psiquiátricos tratados 
farmacologicamente é 2 a 5 vezes maior do que na população em geral 
(GOPALASWAMY et al., 1985 apud PEIXOTO et al., 2008). Entre todas as causas, 
uma das possibilidades é que o medicamento usado para o tratamento da depressão pode 
levar ao ganho de peso, particularmente, durante a manutenção do tratamento 
(ARONNE, 2003; VIRK et al., 2004 apud PEIXOTO et al., 2008). Entretanto, em 
resposta ao aumento da obesidade na população em geral, de acordo com Li Z. (et al., 
2005), tratamentos farmacológicos vêm se tornando cada vez mais comuns, entre eles, 
os inibidores do apetite, como a fluoxetina (antidepressivo Inibidor Seletivo da 
Recaptação de Serotonina - ISRS), sendo essa droga citada pelo Consenso Latino 
Americano de Obesidade e pelo Consenso Brasileiro de Diabetes, na intervenção 
coadjuvante ao tratamento anti-obesidade. No entanto, nos Estados Unidos, essas drogas 
ainda não foram aprovadas pela Food and Drug Administration (FDA) para o uso na 
perda de peso. 
Atualmente, no Brasil, tem aprovados para tratamento da perda de peso, a 
liraglutida, a lorcasserina, a orlistate e a sibutramina (SHEEHAN et al., 2014). Uma 
variedade de classes de fármacos aprovados para outras indicações tem sido utilizadas 
off-label para promover perda de peso em pacientes obesos. Entre esses fármacos, 
encontram-se anticonvulsivantes, como topiramato, fármacos utilizados no controle de 
diabetes, como metformina, antidepressivos, como fluoxetina e bupropiona, além de 
9 
 
agentes considerados “alternativos”, como sais de cromo, quitosana, alguns 
fitoterápicos e até mesmo hormônios (ZAROS, 2018). 
Com isso, por muito tempo o tratamento farmacológico da obesidade foi visto 
como uma opção terapêutica controversa e sujeita a inúmeras críticas. Isso deve-se a 
vários fatores, entre eles, os erros no uso racional dos agentes disponíveis, além da 
generalização da prescrição médica (HALPERN; MANCINI, 2002). 
Como exemplo, a fluoxetina é um agente serotoninérgico que tem sido prescrito 
para perda de peso, embora seu mecanismo de ação na obesidade seja desconhecido. 
Resultados de estudos em animais indicam que a ação inibitória do apetite produzida 
pela fluoxetina seja consequência do bloqueio de recaptação de serotonina e o aumento 
da disponibilidade desse neurotransmissor nas sinapses neuronais (McEVOY, 2015 
apud ZAROS, 2018). De acordo com a literatura, normalmente são utilizadas doses 
mais altas (60 mg) do que no tratamento de depressão (20 mg), pois parece que a 
fluoxetina tem um efeito relacionado à dose quanto à perda de peso (SHEEHAN et al., 
2014 apud ZAROS, 2018). 
Nesse contexto, tendo em vista que a fluoxetina vem sendo utilizada como 
adjuvante na perda de peso, entra o conceito do uso de medicamento off-label, que é 
aquele cuja indicação diverge do que consta na bula, em relação à idade, à dose, à 
indicação ou à via de administração, sendo utilizado para uma finalidade terapêutica 
diferente daquela autorizada pela agência reguladora do país (BONATI, M.; 
PANDOLFINI C., 2011). 
A expressão medicamento off-label (inglês) corresponde a um “uso não 
descrito”, e pelo fato de não estar relatado em literatura da saúde com comprovação 
científica, a sua efetividade para outras indicações terapêuticas além das elencadas na 
bula, não cabe o uso indiscriminado, podendo causar reações adversas e efeitos 
colaterais, mesmo quando prescrito por um médico, o qual se torna o responsável direto, 
caso algo aconteça ao paciente (ARAÚJO, 2021). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1. OBJETIVO GERAL 
 
Avaliar o uso de um antidepressivo no tratamento para a perda de peso através de uma 
breve revisão da literatura. 
 
 
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 - Avaliar o uso off-label da fluoxetina, como antidepressivo utilizado no tratamento 
da perda de peso; 
 - Apresentar os resultados obtidos das pesquisas em relação ao uso e a efetividade 
do medicamento; 
 - Apontar as consequências da utilização da fluoxetina a longo prazo e a importância 
da orientação farmacêutica em relação ao uso off-label. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
3. METODOLOGIA 
 
Esse estudo teve como objetivo revisar na literatura científica a avaliação do uso 
off-label do antidepressivo fluoxetina para o tratamento da perda de peso, seus 
resultados e a importância da orientação farmacêutica para este fim. A identificação dos 
artigos foi feita por meio de buscas em bases científicas, como Scientific Electronic 
Library Online (SciELO), PubMed, Google Scholar, Lilacs e Portal de Periódicos da 
Capes, selecionando os trabalhos publicados através das palavras-chave: “off-label”, 
“fluoxetina”, “obesidade”, “antidepressivo” e “perda de peso”. A seleção dos artigos 
baseou-se na conformidade dos assuntos com os objetivos deste trabalho. Como 
critérios de inclusão, foram considerados artigos em qualquer idioma e publicações 
realizadas do ano de 1985 ao ano de 2021, sendo excluídos os artigos que não incluíam 
as palavras-chave descritas e os artigos que não abordavam os assuntos relacionados 
com o tema proposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
4. OBESIDADE x USO OFF-LABEL DA FLUOXETINA 
 
 A obesidade é uma doença multifatorial considerada um problema de saúde 
pública e o aumento da sua prevalência confere-lhe grande importância por atingir tanto 
países desenvolvidos quanto países em desenvolvimento. Tal fato deve-se a grande 
associação existente entre o excesso degordura corporal e o aumento de 
morbimortalidade, pois essa condição aumenta o risco de se desenvolver doença arterial 
coronariana, hipertensão arterial, diabetes tipo II, doença pulmonar obstrutiva, 
osteoartrite e certos tipos de câncer (FUJIMOTO, 1999 apud HALPERN et al., 2004). 
 Em relação a essa condição, vários fatores atuam e interagem na regulação da 
ingestão de alimentos e de armazenamento de energia, contribuindo para o surgimento e 
a manutenção da obesidade. Entre eles, fatores neuronais, fatores endócrinos, 
adipocitários e fatores intestinais (HALPERN et al., 2004). 
 A insulina e leptina, por exemplo, são hormônios que são secretados em 
proporção à massa adiposa e atuam perifericamente, estimulando o catabolismo. 
Portanto, indivíduos obesos têm elevadas concentrações de insulina e leptina. A 
administração destes hormônios não é uma alternativa viável de tratamento, em função 
da resistência que é resultante de altas concentrações séricas. Além disso, cabe ressaltar 
que a insulina tem o efeito periférico de aumentar a captação de glicose e lipídeos, 
levando à queda da glicemia e a consequente fome rebote, além de favorecer o aumento 
dos estoques de gordura, respectivamente (WOODS et al., 1998 apud HALPERN et al., 
2004). 
Existem tabelas como o índice de massa corporal que é bastante utilizado, onde 
serve para analisar se a pessoa está dentro do seu peso ideal em relação a altura, por 
meio da fórmula: IMC = Peso (kg) / Altura² (m). Desse modo, convenciona-se chamar 
de sobrepeso o IMC de 25 a 29,9 kg/m² e obesidade o IMC maior ou igual a 30 kg/m². 
Além disso, a avaliação do comportamento alimentar do paciente obeso é um 
pré-requisito fundamental para a elaboração da estratégia terapêutica para o 
emagrecimento. No entanto, é possível observar algumas mudanças na alimentação da 
população, como um aumento do conteúdo calórico nas refeições em redes de fast food 
e que consequentemente implicam no aparecimento da obesidade devido a um aumento 
da ingestão alimentar de forma excessiva desses alimentos industrializados de uma 
maneira geral. 
13 
 
Com o aparecimento dessa condição, há um aumento dos sentimentos de 
inferioridade e do isolamento social entre adultos e crianças obesas. Sintomas de 
estresse, tais como ansiedade, depressão, nervosismo e o hábito de se alimentar quando 
problemas emocionais estão presentes são comuns em pacientes com sobrepeso ou 
obesidade, sugerindo relação entre estresse, compulsão por comida palatável, transtorno 
de compulsão alimentar e obesidade (ABESO, 2016). 
No que diz respeito ao método convencional de redução do peso corpóreo, estão 
presentes: o desenvolvimento de atividade física, dieta e modificação de comportamento 
do indivíduo (MOTA, 2012). No entanto, alguns indivíduos recorrem ao tratamento 
farmacológico que, nesse contexto, vale ressaltar que os medicamentos moduladores do 
apetite comercializados no Brasil são anfepramona, femproporex e mazindol, que estão 
no mercado brasileiro há mais de 30 anos, além de orlistate, que foi registrado pela 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em fevereiro de 1998, e sibutramina, 
que recebeu seu registro no país em março de 1998. Esses medicamentos, com exceção 
do orlistate, fazem parte da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998, a qual 
promove um controle sanitário rigoroso sobre a prescrição, dispensação e consumo de 
tais produtos no país (MOTA, 2012). Além disso, de acordo com essa norma esses 
medicamentos são classificados como psicotrópicos anorexígenos pertencentes a lista 
B2 cuja notificação de receita na cor azul é exigido para a dispensação do medicamento 
em farmácias e/ou drogarias credenciadas no Sistema Nacional de Gerenciamento de 
Produtos Controlados (SNGPC) da Anvisa. 
Um medicamento útil para tratamento da obesidade deve possuir as seguintes 
características: demonstrar efeito em reduzir o peso corporal e levar a melhora das 
doenças dependentes do excesso de peso; ter efeitos colaterais toleráveis e/ou 
transitórios; não ter propriedades de adição; apresentar eficácia e segurança mantidas a 
longo prazo; possuir mecanismo de ação conhecido; e idealmente ter um custo razoável 
(HALPERN; MANCINI, 2002). 
Entretanto, através do surgimento dos antidepressivos, alguns fármacos dessa 
classe vêm sendo estudados e analisados como possíveis medicamentos que podem ser 
utilizados no tratamento para a perda de peso, tendo o seu uso off-label. 
Sabbatini (2003) relata que o primeiro medicamento especificamente ativo 
contra as chamadas "doenças afetivas" foi o carbonato de lítio, em 1949 e que a sua 
descoberta aconteceu por acaso. Já a iproniazida, em 1951, foi desenvolvida para o 
tratamento da tuberculose. No entanto, os médicos observaram que esta droga, tinha 
14 
 
como efeito colateral a diminuição do comportamento retraído e depressivo dos 
pacientes (AGUIAR et al., 2011; SABBATINI, 2003). Só em 1952, que ficou provado 
que a iproniazida era da classe dos Inibidores da Monoamina Oxidase (IMAO) e ela foi 
a primeira droga utilizada como antidepressivo, em 1956 (AGUIAR et al., 2011). 
Até os anos 80 havia duas classes de antidepressivos, os tricíclicos (ADTs) e os 
inibidores da monoaminoxidase (IMAOs). Embora muito eficazes, apresentavam efeitos 
colaterais indesejáveis causados pela inespecificidade de sua ação farmacológica e eram 
potencialmente letais em casos de superdosagem (MORENO et al., 1999). 
Surge então a classe dos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina 
(ISRS), que inibem a recaptação pré-sináptica da recaptação da serotonina e, deste 
modo, aumentam a disponibilidade da serotonina sináptica. A serotonina está 
claramente envolvida na regulação da ingestão de alimentos e vários receptores de 
serotonina têm sido implicados neste processo. 
A ativação do receptor 5-HT1A, um receptor autócrino no núcleo dorsal da rafe, 
estimula agudamente a ingestão de alimentos. A estimulação do receptor 5-HT1B reduz 
a ingestão de alimentos ao atuar em um receptor pós-sináptico sugerindo que esse 
receptor desempenha um papel importante na modulação da alimentação. Já a 
estimulação do receptor 5-HT2C por meio de seu receptor acoplado à proteína G ativa a 
fosfolipase C, que produz dois sinais intracelulares, o inositol-3-fosfato e o 
diacilglicerol. Camundongos transgênicos, por exemplo, sem o receptor 5-HT2C 
apresentam aumento da epilepsia e ganho de peso, sugerindo que esse receptor também 
pode estar envolvido na regulação da ingestão de alimentos. O receptor 5-HT3 ativa um 
canal iônico e pode estar envolvido na resposta anorexígena a dietas deficientes em um 
único aminoácido (BRAY, 1999). Portanto, em resumo, concentrações altas de 5HT nos 
núcleos hipotalâmicos mediais levam à redução do apetite e à preferência por alimentos 
protéicos, e baixos níveis de 5HT neste local produzem aumento do apetite e preferência 
por hidratos de carbono (MARQUES et al., 1996 apud PEIXOTO et al., 2008). 
Desenvolvidos a partir dos ADTs, os ISRS foram assim classificados devido 
a sua baixa afinidade conhecida por receptores adrenérgicos, colinérgicos e 
histaminérgicos e maior afinidade pelo bloqueio das proteínas de recaptação da 
serotonina. Os ISRS são geralmente bem tolerados em doses terapêuticas e 
praticamente isentos de risco em cardiopatas, quando comparados com os ADTs 
(AGUIAR et al., 2011). 
15 
 
Dentre esses inibidores, por volta de 1988, surgiu no mercado a fluoxetina, um 
derivado oxitrifluorfenil da fenilpropanolamina, com o nome comercial Prozac, que 
marcou uma nova era no tratamento das depressões (HALPERN; MANCINI, 2002; 
SABBATINI, 2003). É uma substância reconhecidamente eficaz para o tratamento dos 
sintomas da depressão humana mas, como ocorre com outros ISRS e com os 
antidepressivos tricíclicos, ela pode produzir uma série de reações adversas. Contudo, 
em função de sua ação seletiva, apresentam um perfilmais tolerável e, ainda, é a única 
substância pertencente à classe dos ISRS que apresenta metabólito (norfluoxetina) com 
atividade clínica significativa, pois inibe a recaptação da serotonina e as isoenzimas do 
citocromo P450. Em relação a Portaria nº 344/1998, da Anvisa, é exigida a prescrição 
desse fármaco em uma receita especial (Lista C1 da Portaria nº 344), a qual fica retida 
nas farmácias ou drogarias para futuro controle da Vigilância Sanitária, tendo a sua 
comercialização controlada. 
De forma geral, os efeitos colaterais mais frequentemente relatados são: 
gastrintestinais (náuseas, vômitos, dor abdominal, diarréia), psiquiátricos (agitação, 
ansiedade, insônia, nervosismo), alterações do sono, fadiga, efeitos neurológicos 
(tremores, efeitos extrapiramidais), disfunções sexuais ou reações dermatológicas 
(GOLDSTEIN, 1998 apud MORENO et al., 1999). 
Além disso, uma das reações adversas observadas durante o tratamento dos 
sintomas depressivos com fluoxetina é a perda de peso, sendo esta postulada como 
agente anorexígeno e inconvenientemente utilizada para o tratamento da obesidade 
(CARLINI et al., 2009) apesar de não possuir indicação legalmente para este fim, sendo 
utilizada, portanto, como off-label. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Em experimentos clínicos, para aprovação desse medicamento como 
antidepressivo, foi observado perda de peso. Apesar de ter sido relatado, é usado de 
forma off-label no tratamento da obesidade e, por isso, é essencial observar alguns 
estudos no que diz respeito ao uso e a efetividade desse medicamento, relacionando o 
período de tempo e os efeitos ocasionados. 
Na maioria dos estudos, a perda máxima de peso é, em geral, atingida em 20-24 
semanas. Um grupo placebo, em vários ensaios clínicos com duração de 31 a 60 
semanas, mostrou perdas de peso de mais de 4 kg e um atingiu 14 kg. Essa variabilidade 
na resposta ao placebo em estudos de duração variável reflete a inclusão de terapia 
comportamental, dietas com níveis baixos ou muito baixos de energia e exercícios no 
plano de tratamento, além da pílula “placebo” (BRAY, 1999). 
Nos estudos a longo prazo, algumas mudanças comportamentais no 
aconselhamento inicial do paciente, o que aumenta a perda de peso do grupo placebo, 
dificulta a detecção de efeitos do princípio ativo. Se os pacientes estudados perdem peso 
rapidamente a partir de modificações comportamentais ou uma dieta com baixas 
calorias, fica mais difícil observar efeitos adicionais de um medicamento antiobesidade 
ou inibidor de apetite, por exemplo. 
Em uma revisão de estudos clínicos, Bray (1999) calculou que em 6, 12 e 18 
semanas, a perda de peso correspondia em média a 44%, 72% e 89%. Além disso, a 
quantidade de perda de peso é maior para os homens do que para as mulheres, com 
qualquer grau comparável de restrição calórica, porque as mulheres têm menos massa 
corporal magra para um determinado peso. 
Em um estudo randomizado e controlado, foi investigado o efeito a curto prazo 
do uso da fluoxetina na ingestão energética de indivíduos saudáveis mantidos em 
alojamento laboratorial. Estudou-se, durante 16 dias, a ingestão de dietas ricas em 
carboidrato ou em gordura, comparando-as com dieta controle que continha quantidades 
adequadas de macronutrientes, concomitantemente ou não ao uso de 40mg de 
fluoxetina. Observou-se diminuição de ingestão energética em 400kcal pelo uso da 
fluoxetina, sem evidências de efeitos da droga na ingestão de carboidratos. O efeito 
observado foi a diminuição no número e na quantidade das refeições (FOLTIN, 1996 
apud PEIXOTO, 2008). 
17 
 
Deitos (1995), em um estudo de coorte, observou em pacientes obesas com 
depressão maior que, de 52 pacientes que utilizaram 20mg de fluoxetina, a maioria 
delas (49 pacientes) perdeu de 2 a 11kg de peso em 56 dias de acompanhamento. Estes 
e outros estudos corroboram o efeito dos ISRS na diminuição do apetite e a consequente 
perda ponderal nas primeiras semanas de tratamento. Entretanto, a longo prazo, a 
mudança de peso parece ser o oposto, com ganho de peso que, nem sempre, é 
relacionado ao efeito colateral da droga, mas à recuperação da depressão. 
Levine et al. (1989) relataram uma resposta à fluoxetina na faixa de dose de 10–
80 mg/dia. Além disso, um ensaio clínico randomizado, de 6 semanas, controlado por 
placebo e de dose flexível, mostrou que a fluoxetina usada em dose flexível nessa 
mesma faixa de dose, quando comparado ao placebo, mostrou-se eficaz no controle dos 
episódios de compulsão alimentar e redução do peso corporal (ARNOLD, 2002). Wise 
(1992) revisou seis estudos duplo-cegos controlados por placebo de curto prazo com 
fluoxetina com duração de 6–8 semanas e ele descobriu que a fluoxetina (60 mg/dia) 
produziu uma perda de 0,23 kg/semana a mais do que o placebo. 
Em um outro estudo, Levine et al. (1989) determinou a dose fixa diária mais 
eficaz que causa perda de peso em pacientes obesos não deprimidos, fluoxetina (10, 20, 
40 e 60 mg) e placebo foi administrado uma vez ao dia por 8 semanas para 655 
pacientes consistindo principalmente de mulheres (idade média de 40 anos, peso médio 
de 95 kg). Dieta e atividade não foram controladas. Os pacientes tratados com placebo 
perderam +/- 2,3 kg. Com a dose de fluoxetina de 60 mg, os pacientes perderam uma 
média de +/- 3,9 kg, com respostas intermediárias nas doses mais baixas. A perda de 
peso foi proporcional ao índice de massa corporal inicial (peso/altura ao quadrado). 
Entre os eventos adversos comumente relatados (incidência > 10%), apenas astenia foi 
relatada de forma estatisticamente significativa mais frequentemente com fluoxetina do 
que com placebo, além das notificações de sonolência e sudorese dependentes da dose. 
A fluoxetina 60 mg/dia foi eficaz por um período mais longo do que a fluoxetina 20 
mg/dia ou o placebo na manutenção da perda de peso. Dessa forma, no geral, a 
fluoxetina foi segura e bem tolerada e parece ser potencialmente eficaz para uso na 
redução de peso (LEVINE, 1989). 
A fluoxetina possui ainda alguns efeitos endócrinos e metabólicos sobre 
pacientes diabéticos, os quais, quando tratados com fluoxetina, perdiam mais peso e 
reduziam seus requerimentos de insulina. Em um estudo com diabéticos, os pacientes 
tratados com fluoxetina perderam mais peso e reduziram a necessidade de insulina. 
18 
 
Como exemplo, em um estudo com comedores compulsivos, Marcus et al. (1990) 
relataram que os comedores compulsivos responderam tão bem quanto os comedores 
não compulsivos durante o ensaio de 1 ano. 
Goldstein et al. (1998) relataram um ensaio multicêntrico em que 317 indivíduos 
foram tratados com fluoxetina 60 mg/dia por 8 semanas e alcançaram uma perda de 
7,2% do peso corporal inicial. Ele então randomizou os pacientes em três grupos que 
foram tratados por 40 semanas. Destes indivíduos, 107 receberam placebo, 104 
receberam fluoxetina 20 mg/dia e 106 receberam fluoxetina 60 mg/dia. No final do 
estudo, a perda de peso pelos três grupos não foi diferente e manteve uma perda de 
cerca de 2,1% do peso corporal inicial da linha de base. 
O resultado obtido se deve ao período de tratamento prolongado de 40 semanas 
pois, apesar da fluoxetina ter sido postulada como agente anorexígeno, seu efeito na 
perda de peso a longo prazo não tem sido demonstrado. Com isso, foi observado que o 
principal problema da fluoxetina como agente antiobesidade foi justamente o oposto do 
esperado, ou seja, houve a recuperação de peso observada em ensaios clínicos de longo 
prazo. Darga et al. (1991) observaram uma perda de peso de 11,7% em 29 semanas, mas 
ao final de 1 ano, a perda de peso foi de apenas 7,8% e não significativamente diferente 
do placebo. 
Em uma análise desses estudos de longo prazo, Sayler et al. (1994) descobriram 
que os 504 pacientes tratados com placebo perderam 2,1% em 6 meses, em comparação 
com uma perda de 5,3%nos 522 indivíduos tratados com fluoxetina. Ao final dos 12 
meses de tratamento, no entanto, o grupo que recebeu fluoxetina havia perdido apenas 
2,7% do peso basal, em comparação com 1,6% no grupo do placebo. Em geral, durante 
os seis primeiros meses de tratamento, o paciente consegue obter uma redução gradual 
do peso, após este período o peso gradualmente se eleva, a despeito da continuação de 
uso da medicação. 
Um estudo multicêntrico, confirmando esse efeito, teve duração de 52 semanas e 
demonstrou que o tratamento com fluoxetina até a semana 28 resultou em uma perda de 
peso significativa, mas ao final do período não houve diferença entre a fluoxetina e 
placebo. Cabe ressaltar que, esse estudo comparou a eficácia da fluoxetina 60 mg/dia e 
placebo na promoção de perda de peso, juntamente de modificações comportamentais e 
aconselhamento nutricional. 
Em relação a avaliação da segurança da fluoxetina no tratamento da obesidade, o 
fármaco foi considerado bem tolerado. Os efeitos adversos, quando comparado os 
19 
 
pacientes obesos sem depressão dos pacientes deprimidos, ambos recebendo doses 
semelhantes, foi ligeiramente diferente. Os pacientes obesos, por sua vez, apresentaram 
uma maior incidência de fadiga e menor incidência de náusea, ansiedade e tremores. 
Outro tipo de estudo feito foi investigar, por meio de coleta e análise das receitas 
especiais, a frequência da prescrição e consequente uso da fluoxetina. Carlini et al. 
(2009) analisaram as receitas advindas de farmácias e drogarias e observaram a 
presença da fluoxetina com associação ou não a outros princípios ativos. Com isso, 
verificou-se que de quase 40.000 receitas, quase 28% continham a fluoxetina. Inclusive, 
observou que a predominância dessas receitas eram destinadas às mulheres, com cerca 
de 86%, enquanto destinadas aos homens, cerca de 14%, tornando-se um fato curioso 
tendo em vista que na população brasileira a prevalência de depressão, principal 
indicação desse medicamento, atinge a proporção de apenas duas mulheres para cada 
homem e nesse presente estudo foi demonstrado uma relação maior, de 6,8 mulheres 
para cada homem que recebeu prescrição de fluoxetina. 
Além disso, nas prescrições analisadas das farmácias, praticamente 100% 
continham a associação da fluoxetina com outras substâncias que estão presentes em 
fórmulas magistrais para indução de anorexia, visando à perda de peso. Porém, 
acrescenta-se a possibilidade de interações farmacológicas prejudiciais, em virtude da 
interação com as enzimas do sistema P450 devido a essas associações. Pode-se, 
portanto, supor que a redução de peso foi um dos motivos das prescrições da fluoxetina, 
uma finalidade inadequada e sem uma relação risco-benefício que as justificassem 
(CARLINI et al., 2009). 
Em razão disso, a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da 
Síndrome Metabólica (ABESO) não indica o uso da fluoxetina para tratamento da 
obesidade a longo prazo, tendo em vista o efeito transitório na perda de peso, com a 
recuperação do peso perdido logo após os seis meses iniciais. 
Portanto, quando o prescritor recorre ao uso off-label, é de suma importância a 
presença e orientação do farmacêutico, para equilibrar a necessidade com a 
consequência, além de ser o profissional que é responsável pela função de verificar a 
eficácia ou o fracasso terapêutico dos medicamentos prescritos, e isso pode acontecer 
por meio da orientação na hora da dispensação, com o intuito de garantir a forma 
adequada de administração, assim como na consulta farmacêutica, em que é feito o 
acompanhamento do tratamento do paciente (SILVA, 2016). 
 
20 
 
6. CONCLUSÃO 
 
Com a obsessão das pessoas em querer enquadrar-se nos padrões propostos pela 
sociedade, por se sentirem insatisfeitas ou por considerarem uma dificuldade em perder 
peso de forma saudável, as conduzem a tomar iniciativas que muitas vezes não é o mais 
correto a se fazer naquele determinado momento, como acabar fazendo o uso da 
automedicação com o objetivo de perder peso de forma mais rápida através do uso de 
fármacos que promovem esse efeito. 
Tendo em vista os resultados e todo o conhecimento a respeito da fluoxetina e 
do seu uso off-label, ressaltar a importância do profissional da saúde em relação a 
prescrição e consequente orientação do uso desse medicamento é essencial na prática 
clínica e no dia-a-dia. A terapia medicamentosa pode sim ser considerada um adjunto 
para pacientes que falharam em atingir a perda de peso adequada após seis meses de 
dieta, exercícios físicos e mudanças comportamentais, no entanto, com muita cautela. 
Como foi esclarecido, os fármacos podem contribuir na redução dos riscos de 
comorbidades associadas a obesidade quando indicados de forma adequada e segura ao 
paciente. A fluoxetina, por possuir um tempo de meia vida prolongado, permite uma 
comodidade posológica e maior adesão ao tratamento, porém, tem como principal 
problema a recuperação do peso observado em estudos a longo prazo quando 
comparado ao período inicial de tratamento (GUEDES; CHAVES, 2011). Além do 
mais, é um medicamento que pode vir a causar diversas reações adversas e se tornar 
prejudicial ao paciente de alguma forma. 
Sendo assim, a alteração do comportamento físico/psíquico, com reeducação 
alimentar e adesão aos exercícios físicos consistem na maneira mais saudável para perda 
de peso e que garante resultados satisfatórios por um longo período de tempo. E, 
quando necessário, o auxílio de fármacos antiobesidade, que devem ser somente 
utilizados com prescrição médica especializada e acompanhamento nutricional 
(COLETO et al., 2012) pois, segundo a literatura, os estudos que demonstraram maiores 
benefícios com a fluoxetina também utilizaram desse aconselhamento nutricional e 
comportamental. 
 Com isso, o uso indiscriminado de determinadas drogas deve ser combatido. 
Apesar do mercado oferecer muitos fármacos antiobesidade, a automedicação, 
prescrições e as vendas ilegais ainda são comuns. E, por isso, a conduta para o 
21 
 
tratamento deve ser acompanhada por profissionais especializados, analisada de maneira 
isolada para cada paciente e é necessário que a população seja informada, além de 
conscientizada dos riscos que o uso descontrolado e desnecessário desses medicamentos 
causa à saúde (OLIVEIRA et al., 2014). 
Independente da escolha do plano de tratamento, o manejo da obesidade 
é um processo vitalício que requer suporte ao paciente e monitoramento cuidadoso para 
segurança e eficácia (SHEEHAN et al., 2014). O uso de medicamentos off-label não é 
proibido, mas deve ser feito somente após o insucesso de outra terapia medicamentosa 
previamente aprovada para tal fim e é de responsabilidade do médico prescritor, tendo 
que avaliar o risco-benefício para o paciente e é feito quando há pouca evidência clínica 
para uma determinada terapia. Essa prática pode ter bons resultados ou pode levar a 
reações adversas e a falta de efeito terapêutico (SILVA, 2016). Portanto, é de suma 
importância a presença de um farmacêutico para equilibrar a necessidade com a 
consequência quando se opta por essa prescrição, além de uma orientação adequada ao 
paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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	1. INTRODUÇÃO
	2. OBJETIVOS
	2.1. OBJETIVO GERAL
	2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
	3. METODOLOGIA
	4. OBESIDADE x USO OFF-LABEL DA FLUOXETINA
	5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
	6. CONCLUSÃO
	REFERÊNCIAS

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