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TCC-Raquel-Praxedes--pdf

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA NATURAL DA COVID-19 EM CRIANÇAS: 
PROTOCOLO DE REVISÃO DE ESCOPO 
 
 
 
 
 
 
RAQUEL PRAXEDES DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
Natal – RN 
2022 
 
 
 
RAQUEL PRAXEDES DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA NATURAL DA COVID-19 EM CRIANÇAS: 
PROTOCOLO DE REVISÃO DE ESCOPO. 
 
 TCC final apresentado ao departamento de 
Nutrição (DNUT) da Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte, como requisito para a conclusão 
do curso de nutrição. 
 
 
 
Orientador (a): Dra. Grasiela Piuvezam. 
Coorientador (a): Dra. Gidyenne C. Bandeira Silva de Medeiros. 
 
 
 
 
 
 
Natal – RN 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
 Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS 
Santos, Raquel Praxedes dos. 
 História natural da COVID-19 em crianças: protocolo de revisão de 
escopo / Raquel Praxedes dos Santos. - 2022. 
 51f.: il. 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação em Nutrição) - 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da 
Saúde, Departamento de Nutrição. Natal, RN, 2022. 
 Orientadora: Profa. Dra. Grasiela Piuvezam. 
 Coorientadora: Profa, Gidyenne C. Bandeira Silva de Medeiros. 
 
 
 1. COVID-19 - Crianças - TCC. 2. Recém-nascidos - TCC. 3. Variantes 
COVID-19 - TCC. 4. Doença de Coronavírus 2019 - TCC. 5. História natural 
da doença - TCC. I. Piuvezam, Grasiela. II. Medeiros, Gidyenne C. 
Bandeira Silva de. III. Título. 
 
RN/UF/BS-CCS CDU 616.2-053.2 
 
 
 
Elaborado por ANA CRISTINA DA SILVA LOPES - CRB-15/263 
 
 
 
RAQUEL PRAXEDES DOS SANTOS 
 
 
HISTÓRIA NATURAL DA COVID-19 EM CRIANÇAS: 
PROTOCOLO DE REVISÃO DE ESCOPO. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final para obtenção do grau de 
Nutricionista. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
Professora Dra. Grasiela Piuvezam – Orientadora. 
 
 
Professora Dra. Ana Heloneida de Araújo Morais. 
 
 
Professora Dra. Pétala Tuani Candido de Oliveira Salvador. 
 
 
 
 
Natal, 02 de fevereiro, 2022 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Assim como está escrito na Bíblia Sagrada, em 1º Tessalonicenses 5.18: “(...) Dêem 
graças em todas as circunstâncias. ” Dedico esta obra aquele que sempre esteve ao meu lado, 
guiando meus passos nessa longa jornada chamada vida: Jesus Cristo. 
Aos meus pais Ritinha e Arnilton, irmão Adson, avós José Elias e Artemizia por toda 
ajuda e incentivo. A minha querida vó Cecilda Belo (In memoriam), responsável por instigar 
minha curiosidade a estudar sobre diabetes mellitos, gostaria muito de ter sido sua 
nutricionista, vó! 
Ao meu tio Arni Praxedes (In memoriam), lembro com carinho do dia em que 
perguntou qual profissão pretendia seguir, tia Maeli que sempre forneceu meu material 
escolar, desde a alfabetização, e por fim, a tia Abilene e Adileuza pela acolhida na casa de 
vocês. Essa vitória é de todos nós! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 A experiência de cursar uma graduação pela Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte (UFRN), por meio do curso de nutrição, possibilitando o desenvolvimento 
de pesquisas acadêmicas através da Pró-reitoria de Pesquisa (Propesq), foi salutar para minha 
formação enquanto discente. Assim, agradeço a UFRN, a PROPESQ e ao curso de graduação 
em nutrição da UFRN. 
 O desenvolvimento deste TCC, tem sido um processo desafiador, mas rico em 
conhecimento e qualificação, o qual requer dedicação, compromisso e trabalho em equipe. 
Somado a outros estudos, portanto, espera-se que com este estudo a ciência continue 
avançando para com isso, proporcionar bem-estar e outros benefícios à população. 
 Agradeço a querida orientadora, professora doutora Grasiela Piuvezam, por 
cumprir o papel de forma impecável, sempre com acolhimento e respeito, também congratulo 
minhas saudações a coorientadora, professora doutora Gidyenne Medeiros, pela excelente 
orientação no decorrer da pesquisa. Obrigada a cada uma pela contribuição para que esta 
pesquisa esteja tão rica e vasta de informações pertinentes a comunidade científica. Saibam 
que fazem parte da minha carreira acadêmica, levarei cada ensinamento comigo, e os aplicarei 
no decorrer da minha vida profissional. 
 Ao Systematic Review and Meta-Analisys Laboratory (Lab-SYS), em nome de 
toda a equipe do grupo de pesquisas Lab-SYS-CNPq na condução da professora Dra. Grasiela 
Piuvezam. Agradeço a minha colega de turma, que dividiu comigo a iniciação científica: 
Anny, você é luz. Como também a Débora, obrigada meninas! 
 Ao meu grupo de estudos da faculdade: Maria Vitória Morais, Raymara 
Almeida, Talita Peixoto, e Carolina Brandão, vocês tornaram a caminhada mais leve e cheia 
de sorrisos. Gratidão a querida professora doutora Pétala Tuani de Oliveira Salvador, e Me. 
Anna Larice Menezes Galvão que juntas contribuíram para a formulação do protocolo, e o 
registro. E a cada professora do departamento de nutrição, muito obrigada pelos 
ensinamentos! 
 Ressalto que sou eternamente grata a Deus, pois sem Ele não estaria aqui. Assim 
como está escrito na Bíblia Sagrada, no livro de Romanos 11.36: “Porque Dele, e por Ele, e 
para Ele são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém! ”. 
 Agradeço aos meu pais, Rita de Cassia e Arnilton Praxedes que tanto 
trabalharam para que esse sonho se concretizasse. Ao meu irmão Adson Praxedes, por ser 
meu amigo e conselheiro para todas as horas. Meus avós José Elias de Melo e Artemizia 
Praxedes, que mesmo longe se preocupavam e ligavam pedindo notícias. Como também aos 
demais familiares e amigos, a prima Rebeca Praxedes e a Bianca Nascimento minha 
gratidão. Amo todos vocês, com todo meu coração! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 Discente, membro do grupo de pesquisas Lab-SYS-CNPq (Systematic Review 
and Metanalisys Laboratory), com enfoque nos estudos do tipo scoping review sobre o 
COVID-19 em crianças, orientado pela professora Dra. Grasiela Piuvezam. Inserida no 
plano de trabalho: “Manifestações Clínicas da COVID-19 em Crianças e Adolescentes: Uma 
Revisão de Escopo”, com orientação da professora Dra. Gidyenne C. Bandeira Silva de 
Medeiros. 
 O referido TCC integra o departamento de saúde coletiva juntamente com o 
departamento de nutrição, e a escola de saúde da Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, com a participação da professora doutora Pétala Tuani Candido de Oliveira Salvador, 
em parceria com a Me. Anna Larice, enfermeira e sanitarista, mestre em Ciências pelo 
Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São 
Paulo (USP). Vinculadas ao projeto de pesquisa: História Natural da Covid-19 em Crianças 
e Adolescentes: uma revisão de escopo, na qual originou este estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Aquele que leva a preciosa semente, andando e 
chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo 
consigo os seus molhos. ” 
(Bíblia Sagrada, Salmos 126. 6) 
 
 
SANTOS, Raquel Praxedes dos. História natural da COVID-19 em crianças: Protocolo de 
revisão de escopo. 2022. 51 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – 
Curso de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022. 
RESUMO 
O novo coronavírus foi confirmado como uma nova doença pelo centro chinês de doenças de 
controle e prevenção. O quelevou a OMS a decretar o episódio como uma emergência de saúde 
pública, denominando-o como uma pandemia. Nessa mesma perspectiva, muitos casos foram 
confirmados em crianças. O presente trabalho norteou-se pela pergunta principal a cerca de: 
qual o curso da história natural da doença em crianças com COVID-19? Objetivando a 
elaboração de um protocolo de scoping review para mapear a História Natural (HDN) da Covid-
19 em crianças, por meio de estudos encontrados na literatura científica. A metodologia foi 
desenvolvida com base nas recomendações do JBI Institute Reviewr’s Manual (JBI,2020), de 
acordo com quadro teórico proposto por Arksey e O’Malley (2005), na qual compreendeu as 
seguintes etapas: Definição e alinhamento com os objetivos e a pergunta de pesquisa, 
desenvolvimento e alinhamento dos critérios de inclusão com os objetivos e a pergunta de 
pesquisa, coincidindo na descrição da abordagem planejada para busca de evidências, seleção, 
extração de dados e apresentação das evidências, resultando no protocolo de revisão de escopo. 
Apresentando pesquisas realizadas em cinco (05) bases de dados: PubMed, Web of Science, 
SCOPUS, LILACS e Embase, dispondo de descritores e palavras chaves para a busca 
exploratória, e posteriormente, análise dos resultados em cada banco de dados com base nos 
critérios estabelecidos para os achados de cada equação elaborada. No protocolo ficou 
categorizado como tipos de estudo na qual devem ser incluídos, dos quais: ensaios clínicos, 
estudos observacionais, relatos de casos descrevendo história natural da COVID-19 em crianças 
com infecção por SARS-CoV-2, de 0 até os 10 anos de idade como critérios de inclusão. 
Ressalta-se a importância de um olhar atento por parte da comunidade cientifica para o 
delineamento de estudos que abrangem essa temática, além disso, a faixa etária dessa pesquisa 
contribui como um grupo que pode ser alvo de estudos futuros, através desse protocolo. 
Palavras Chave: Filho; Pré escola; Bebês; Recém-nascido; Variantes COVID-19; Doença de 
Coronavírus 2019; SARS-CoV-2; História Natural da Doença. 
 
 
ABSTRACT 
The novel coronavirus has been confirmed as a novel by the Chinese Center for Disease Control 
and Prevention. This led the WHO to declare the episode a public health emergency, calling it 
a pandemic. In this same perspective, many cases have been confirmed in children. The present 
work was guided by the main question about: what is the course of the natural history of the 
disease in children with COVID-19? Aiming at children to develop a scoping review protocol 
to map the Natural History (HDN) of Covid-19 through studies found in the scientific literature. 
The methodology was developed based on the rules of the JBI Institute Reviewr's Manual (JBI, 
2020), according to the theoretical framework proposed by Arksey and O'Malley (2005), which 
comprises the following steps: Definition and with the objectives and the question of research, 
development and pursuit of the search for inclusion, selection, the objectives in the research of 
the research, study of evidence research and presentation, determination of no review of 
presentation research, determination of no research review. Presenting research carried out in 
five (05) databases: PubMed, Web of Science, SCOPUS, LILACS and Embase, with 
descriptors and keywords for the exploratory search, and later, analysis of the results in each 
database based on the criteria the findings of each protégé to proposed. In the protocol 
categorized as types of study in which they should be included, of which: clinical trials, 
observational, case reports that describe the natural history of COVID-19 in children with 
SARS-CoV-2 infection, aged 0 to 10 years age as an inclusion criterion. It is noteworthy that 
the scientific community has a close look at the design of studies that cover this theme, in 
addition, the age group of this contribution as a group that can be the target of future studies, 
through this protocol. 
 
Key words: Child; Preschool; Infants; Newborn; COVID-19 variants; Coronavírus 2019 
disease; SARS-CoV-2; Natural History of Disease. 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 13 
2. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 16 
3. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................... 17 
 3.1 PANDEMIA ..................................................................................................................... 17 
 3.1.1 Definição do que é Pandemia ....................................................................................... 17 
 3.1.2 Pandemia ao Longo da História ................................................................................. 17 
 3.1.3 Origem da pandemia da COVID-19 ........................................................................... 19 
3.2 PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS ...................................................................... 20 
3.3 HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA ............................................................................ 21 
3.3.1 Pré-Patogênese ............................................................................................................... 21 
3.3.2 Patogênese ...................................................................................................................... 22 
3.4 SUPORTE NUTRICIONAL ............................................................................................. 25 
3.5 REVISÃO DE ESCOPO ................................................................................................... 26 
4. METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................................................... 28 
4.1 TIPO DO ESTUDO ............................................................................................................ 28 
4.1.1 Desenvolvimento e Alinhamento com o Tipo de Estudo, Objetivos e a Pergunta da 
Pesquisa .................................................................................................................................. 28 
4.1.2 Desenvolvimento e Alinhamento dos Critérios de Inclusão com os Objetivos e a 
Pergunta de Pesquisa ............................................................................................................. 28 
4.1.3 Desenvolvimento da Abordagem Planejada para Busca de Evidências, Seleção, 
Extração de Dados e Apresentação das Evidências ............................................................. 28 
4.1.4 Análise das Evidências .................................................................................................. 28 
4.1.5 Registro do Protocolo .............................................................................................................. 29 
5. RESULTADOS ................................................................................................................... 30 
6. DISCUSSÃO ....................................................................................................................... 40 
7. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 44 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Em 2019 teve início o conjunto de casos de pneumonia, até então de origem 
desconhecida na cidade de Wuhan, na China (LI et al, 2020). Concomitantemente, apenas 
poucos dias depois, as autoridades sanitárias chinesas confirmaram que este caso foi 
associado ao novo coronavírus (HUI et al., 2020). 
 Para tal foi identificado através de amostras fluída de lavagem bronco alveolarem um paciente de Wuhan, na qual posteriormente, após análise dos resultados, foi 
confirmado como sendo a causa de uma nova doença pelo Centro Chinês de Doenças 
Controle e Prevenção (TAN et al., 2020; ZHU et al., 2019). 
 Além do mais, o patógeno responsável foi identificado como o novo coronavírus, 
chamado de SARS-CoV-2 por causa de sua sequência ser semelhante ao vírus que causa 
síndrome respiratória aguda (THOMPSON E RASMUSSEN, 2020). 
 Essa doença se espalhou rapidamente para outras partes da China e globalmente 
para muitos países (DONG et al.,2020). Como resultado, a OMS declarou em janeiro de 
2020 o novo surto de coronavírus como uma emergência de saúde pública de interesse 
internacional, já em março do mesmo ano, o surto foi declarado pandemia (THOMPSON 
E RASMUSSEN, 2020). 
 Dentre as recomendações atuais da OMS, pessoas com sintomas respiratórios 
leves devem ser encorajadas a se isolar, e o distanciamento social é enfatizado 
(CUCINOTTA E VANELLI, 2020). Por conseguinte, de acordo com estudos 
epidemiológicos realizados por DONG et al (2020, p. 02), na qual contabilizou um total de 
80 174 casos de pessoas infectadas por COVID-19 registrados na China, local oriundo da 
doença, e 8.774 casos em 64 países (e regiões) foram confirmados em março de 2020 
(WHO,2020). 
 Mais especificamente, a maioria de estudos na literatura científica demonstram 
que as crianças podem transmitir a doença, porém em menor escala do que os adultos, 
mesmo utilizando protocolos estruturados de busca ativa de contatos (BITTENCOURT et 
al., 2021). 
14 
 
 Aproximadamente 30% das crianças hospitalizadas tiveram COVID-19 grave, 
enquanto 0,5% morreram durante a hospitalização (WOODRUFF et al., 2022). Sendo 
assim, desde o surto de COVID-19, várias vacinas foram testadas e concedida autorização 
de uso emergencial como medida de contenção (ZHENG et al., 2022). 
 Considerando que a OMS declarou a necessidade de avaliar pacientes que 
apresentam sintomas, juntamente com os assintomáticos, e os de doença grave e morte 
devido ao COVID-19 (ZHENG et al., 2022). Alguns artigos relatam que 97% das crianças 
apresentavam-se assintomáticas ou com sintomas leves e moderados, com a prevalência de 
assintomáticos variando de 2 a 6,5% (BITTENCOURT et al., 2021). 
 Porquanto, inúmeros documentos sugerem que as crianças têm a mesma 
probabilidade de se infectar que os adultos, no entanto apresentam menos sintomas e 
doença de menor gravidade, tanto quanto uma taxa de letalidade bem inferior 
(ZIMMERMANN e CURTIS, 2020). Outros estudos corroboram, ao apontar que a maioria 
das crianças com a doença parecem ter um curso clínico mais brando em contraste com 
adultos infectados (LU et al, 2020). O que colabora com o fato de que, a epidemia está em 
um curso de evolução rápida, apesar de o escopo final e o impacto desse evento ainda não 
ser nitidamente claro. (DONG et al, 2020). 
 Nessa mesma perspectiva, muitos casos confirmados em crianças são 
denominados como doença de cluster, ou seja, parte do princípio de ser uma infecção de 
“segunda geração”, na qual pode ser proveniente do grupo familiar (SILVA et al., 2021). 
No mais, considerando que a população infantil reside com outras pessoas (pais, avós ou 
tutores) a probabilidade de se tornarem transmissores de COVID-19 para a família, e 
demais membros tornam-se elevados, especialmente porque na maioria dos casos são 
assintomáticos. (MEDEIROS et al, 2020). 
 Porém, até o momento não foi encontrado na literatura científica, relatos de 
crianças como fonte de infecção do adulto (SILVA et al., 2021). Sendo assim, há razões 
para permanecer vigilante sobre as formas oriundas de contaminação (THOMPSON E 
RASMUSSEN, 2020). Haja vista que há no momento, informações clínicas muito 
limitadas da infecção pelo SARS-CoV-2, pois faltam dados em relação à faixa etária como 
pode-se perceber. (HUI, 2020). 
 Inclusive, a compreensão do mecanismo para a sua patogenicidade é limitada, 
de modo que a infecção acontece por meio da ligação a receptores específicos em células 
15 
 
hospedeiras suscetíveis. Nesse sentido, a enzima conversora de angiotensina 2 – ACE2- é 
considerado um receptor do SARS-CoV-2. Podendo estar expresso na superfície das 
células do músculo liso arterial, intestino delgado, epitélio e trato respiratório (LIYA et al., 
2020). 
 Além disso, dentre as características clínicas comumente observadas no início da 
COVID-19 foi identificado febre, tosse, mialgia e fadiga (CHEN et al., 2020). Para mais, 
alguns estudos acrescentam a presença de calafrios, dor de garganta, dificuldade 
respiratória, diarreia e vômito. (LIYA et al., 2020). Nesse sentido, faz-se necessário 
entender qual a história natural da doença em questão, e consequentemente a importância 
do suporte nutricional associada a mesma. 
 Uma vez que, entender os mecanismos associados as características clínicas de 
maior prevalência em crianças e adolescentes quando em algum momento foram 
infectadas, configura-se como uma inserção de controle e prevenção, de tal forma, faz-se 
necessário compreender por meio da literatura científica: qual o curso da história natural 
da doença em crianças com COVID-19? 
 Isso posto, ressalta-se a importância deste trabalho, pois a colaboração 
internacional e o compartilhamento de recursos de informação podem ajudar a minimizar 
o impacto do surto e reduzir as mortes globais (ZHOU et al, 2020). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 2. OBJETIVOS 
 Elaborar um protocolo de scoping review para mapear a História Natural (HDN) 
da Covid-19 em crianças, por meio de estudos encontrados na literatura científica e 
evidenciar os cuidados mais efetivos para esse seguimento populacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
3. REVISÃO DE LITERATURA 
3. 1 PANDEMIA 
3.1.1 Definição do que é Pandemia 
 Primordialmente, o termo pandemia era tão impreciso que poderia ser atribuído 
significados diferentes, e até mesmo contraditórios, em contextos distintos (MORENS et 
al, 2020). Haja vista que, antes do século XIX as doenças eram frequentemente descritas 
por artistas e escritores, entretanto, isso começou a mudar conforme novas infecções 
microbianas foram surgindo, a ciência foi se aprimorando em estudos nesse sentido 
(GRAHAM e SULLIVAM, 2019). 
 Inclusive, tornou-se perceptível a usabilidade dessa palavra para relaciona-la 
com doenças infecciosas, substituindo vários vocábulos populares históricos, tais como: 
peste, pestilência ou praga, antigamente utilizado para referir-se as infecções emergentes 
(MORENS et al., 2020). Além do mais, a definição clássica não inclui nada sobre 
imunidade populacional, virologia ou gravidade da doença (KELLY, 2011). 
 De certa forma, mais especificamente, o conceito transmite a vaga noção de uma 
epidemia impressionantemente grande, na qual “pan” significa todos, e “demos” refere-
se a pessoas. Portanto, no geral é traduzida do grego como “aquilo que está sobre o povo”, 
ou seja, uma condição de alta incidência (MORENS et al., 2020). Tendo em vista o seu 
número absoluto, e a velocidade com que humanos e animais ou vetores de transmissão 
podem propagar o vírus (AKIN e GÖZEL, 2020). 
3.1.2 Pandemia ao Longo da História 
 Sob a perspectiva histórica, há cerca de 12.000 anos, pequenos grupos familiares 
abandonaram o estilo de vida nômade para começar a caça e coleta estabelecendo-se em 
locais estáveis, cultivando e criando animais domésticos para alimentação, trabalho e 
roupas (MORENS et al, 2020). Em virtude disso, no decorrer do tempo, novas cepas de 
vírus, como a gripe, originaram pandemias que incidiram no aumento de doenças, mortes 
e distúrbios em vários países (AKIN e GÖZEL, 2020). 
 Desde então, humanos e animais recém-domesticados viviam juntos em um 
compilado de aldeias, vilas, cidadese pastagens. Em condições de intensa proximidade 
humano - animal e alterações ambientais, ocasionando de certa forma doenças enzoóticas 
e zoonóticas. (MORENS et al, 2020). Outrossim, transformações no estilo de vida, 
18 
 
incursões humanas em habitats naturais e mudanças nas práticas agropastoris corroboram 
para que as fronteiras entre a vida selvagem e da população se tornem mais permeáveis 
(FAILLOUX e MOUTAILLER, 2015). 
 Ademais, importante salientar que, doenças zoonóticas são categorizadas de 
acordo com a via de transmissão, o tipo de patógeno e o grau de transmissibilidade 
(KARESH et al.,2012). Patógenos como bactérias, parasitas e vírus são originalmente 
mantidos dentro de um ciclo enzoótico entre populações de primatas não humanos ou 
outros mamíferos (FAILLOUX e MOUTAILLER, 2015). 
 As infecções do tipo enzoóticas são estabelecidas de forma estável em animais, 
no entanto pode ser transmitido de animais para pessoas com pouca ou nenhuma 
transmissão subsequente de pessoa para pessoa (KARESH et al.,2012). Haja vista que 
a expansão da pandemia ocorreu de forma previsível entre militares de passagem ou 
rotas comerciais importantes no passado, visto que a globalização multiplicou e 
obscureceu as rotas dominantes (AKIN e GÖZEL, 2020). 
 De certa forma, outros patógenos zoonóticos podem se espalhar com eficiência 
entre pessoas, uma vez introduzidos de um reservatório animal, levando a surtos 
localizados, como foi o caso do vírus ebola, ocasionando em alguns casos a 
disseminação global (KARESH et al.,2012). 
 Portanto, muitas pandemias ocorreram ao longo da história, principalmente a 
praga, varíola, cólera e a gripe espanhola, sendo essa última a mais duradoura e 
repetitiva acometendo grande número de mortes humanas (AKIN e GÖZEL, 2020). 
Logo, entende-se que, pandemias mortais e emergências de doenças não são fenômenos 
novos, têm desafiado a existência humana ao longo da história registrada, como é o caso 
da pandemia do estudo em questão (MORENS et al, 2020). 
 A exemplo, a gripe espanhola em 1918, gripe asiática em 1957, gripe de Hong 
Kong em 1968 e a gripe suína em 2009 foram conhecidas como pandemias que 
apresentavam várias características em termos de morbidade e mortalidade (AKIN e 
GÖZEL, 2020). 
 Dentre as doenças do tipo zoonóticas identificadas pela primeira vez está a 
síndrome respiratória aguda também chamada de SARS, síndrome respiratória do 
Oriente Médio ou MERS, vírus Hendra (HeV) e o vírus Nipah (PERRINGS et al., 2018). 
19 
 
 Além de que, o surgimento da “gripe aviária”, e o vírus influenza A também 
conhecido como H5N1 E H7N9, mataram mais de mil pessoas. Já em 2019 e 2020, o 
SARS-CoV-2 semelhante ao SARS está causando a mais nova pandemia atual, 
denominada de COVID-19 (MORENS et al, 2020). 
 Eventualmente, o surgimento dessas novas ameaças por doenças com potencial 
pandêmico é monitorado por meio do comitê de emergência da organização mundial da 
saúde (GRAHAM e SULLIVAM, 2019). Aliás, importante salientar que epidemias 
sazonais não são consideradas pandemias (KELLY, 2011). 
 Uma vez compreendido a importância do seu conceito, convém ressaltar que as 
últimas três décadas são marcadas por um constante fluxo de patógenos recém-
identificados que receberam maior atenção (GRAHAM e SULLIVAM, 2019). 
3.1.3 Origem da pandemia da COVID-19 
 Os primeiros casos de infecção por SARS-CoV-2 foram registrados na China no 
início de dezembro de 2019, logo depois a doença se espalhou para outras partes da 
região, e globalmente para muitos países. (DONG et al., 2020). 
 Dos quais, países da Europa Ocidental, Ásia, Canadá, Estados Unidos, Emirados 
Árabes Unidos, Bahrein e Chile realizaram mais de 100 mil testes/milhão de habitantes, 
enquanto Suécia, França, Holanda, Turquia, Romênia, Polônia, Brasil, Peru, Panamá, 
China, Omã e África do Sul distribuíram-se em um bloco intermediário, seguido dos 
países com menor número de testes realizados, possuindo o menor PIB per capita, 
englobando o Japão, além da Nigéria e do Egito (PILECCO, 2021). 
 O surto está relacionado com um grande mercado de animais e frutos do mar 
(YANG et al.,2020). Tendo em vista que a maioria dos pacientes inicialmente 
contaminados relataram que estiveram nesse mercado, na qual consumiram várias 
espécies de animais vivos (DONG et al., 2020). Sendo assim, como consequência um 
novo coronavírus foi identificado por sequenciamento de todo o genoma da amostra 
desses pacientes supracitados (ZHOU et al., 2020). 
 Alguns estudos levantam a hipótese de que o morcego crisântemo chinês estava 
contaminado pelo vírus SARS CoV-2, na qual foi consumido pelas pessoas (YANG et 
al., 2020). Suscitando na nova síndrome respiratória aguda através do vírus SARS-CoV-
2, responsável por causar a doença denominada COVID-19, ou seja, o novo coronavírus 
20 
 
(ZIMMERMANN e CURTIS, 2020). Atualmente, o principal canal de disseminação 
acontece por meio do contato entre pessoas que estejam contaminadas, tanto 
sintomáticas como também assintomáticas durante o período de incubação do vírus 
(YANG et al., 2020). 
3.2 PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS 
 O SARS-CoV-2, recentemente identificado como β-coronavírus, é o agente 
causador da terceira pandemia em grande escala das últimas duas décadas 
(LAUXMANN, SANTUCCI e AUTRÁN-GÓMEZ, 2020). Estudos evidenciam que 
esse vírus foi derivado de morcegos, embora os hospedeiros intermediários ainda não 
tenham sido determinados (SUN et al., 2020). Portanto, o possível papel dos animais na 
infecção por COVID-19 não deve ser ignorado (HALAJI et al., 2020). 
 O coronavírus ou coronaviridae se diz respeito a família do vírus na qual 
assemelham-se em virtude de suas partículas em formato de coroa com pontas 
projetando-se de sua superfície. Pelo qual o vírus denominado SARS-CoV-2, 
pertencente a ordem nidovirales, foi identificado como o responsável pela doença 
(CHEN et al., 2020). 
 Apresentam em sua estrutura RNA de fita simples que podem ser isolados de 
diferentes espécies animais, sobretudo a infecção tende a induzir doenças entéricas e 
respiratórias dentro do hospedeiro (MACHHI et al.,2020). Sabe-se que, atualmente este 
é o maior tamanho de genoma conhecido para um vírus de RNA (CHEN et al. 2020). 
 O material genético apresenta fita positiva, são grandes e envelopados, que 
podem ser divididos em 4 gêneros, a, b, d e g, dos quais coronavírus a e b são conhecidos 
por infectar humanos, que são chamados coronavírus humanos (DONG et al., 2020). 
Portanto, estudos evidenciam que o SARS-CoV-2 trata-se de um novo β-coronavírus, 
pertencente ao subgênero botulinum da família Coronaviridae (SUN et al., 2020). 
 Sabe-se que pode causar doença grave, embora a vigilância ativa dos contatos 
seja necessária para definir a extremidade mais branda do espectro da doença para com 
isso estimar a verdadeira hospitalização e a taxa de letalidade, proporcionando análise 
do transcorrer da história natural da doença (CHENG e WILLIAMSON, 2020). 
Principalmente, no que diz respeito ao suporte de como tratar os pacientes, tendo em 
vista que o diagnóstico e o tratamento são urgentes (GUARNER, 2020). 
21 
 
3.3 HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 
 A importância de introduzir a questão da prevenção das doenças, têm como base 
o modelo de Leawell & Clarck, no que se diz respeito ao esquema da História Natural 
das Doenças, conceituando a promoção da saúde como um cuidado direcionado ao 
comportamento do indivíduo, além de atitudes e hábitos que caracterizam os diferentes 
modos de vida (SUCUPIRA e MENDES, 2003). 
 Embora esse termo tenha sido inicialmente usado por Leawell & Clarck para 
caracterizar um nível de atenção da medicina preventiva, o seu significado foi 
transformado ao longo do tempo, com o foco voltado para o processo saúde-doença-
cuidado (BUSS, 2003). Dessa forma, conjuntamente as predisposições fisiológicas do 
indivíduo, organização econômica,social e cultural do grupo em que se encontra 
inserido, apresenta relevância na determinação do estado saúde-doença (SOARES e 
SANTOS, 2013). 
 A promoção ficava restrita ao nível primário, já a prevenção deveria acontecer 
em todos os níveis da História Natural das Doenças (HND), seja prevenindo a doença 
ou as suas complicações nos diferentes momentos de evolução em que estiver 
transcorrendo (SUCUPIRA e MENDES, 2003). 
 No mais, para começar a entender a História Natural da COVID-19, julga-se 
prudente definir o quadro de evolução com mais clareza, por meio de alguns termos para 
melhor compreensão dessa pesquisa (JÚNIOR, 2020). Termos esses que envolvem a 
pré-patogênese e patogênese da doença. 
 3.3.1 Pré- Patogênese 
 O SARS-CoV-2 começou a ser disseminado pelo contato com carne de animais 
silvestres e depois entre humanos (SOUZA et al., 2020). Sendo assim, o vírus por ser 
uma partícula inerte fora da célula, permanece existindo na natureza até encontrar um 
hospedeiro, ou seja, enquanto as pessoas se isolam, o contágio diminui, mas quando as 
pessoas voltam a circular o vírus volta a se propagar (JÚNIOR, 2020). 
 Nesse caso, a proporção da sociedade imune a COVID-19 deve ser suficiente 
para prevenir a sua propagação. Quando isso ocorrer, as intervenções de emergência de 
saúde pública não serão mais necessárias (MENDES, 2020). 
22 
 
 Importante investir na prevenção dos agravos na lógica do direito de evitá-lo e 
impedir que avance para o contágio, na qual existem conhecimentos e procedimentos 
que possivelmente possam reduzir o agravamento da doença (SUCUPIRA e MENDES, 
2003). Por essa razão, só existe uma maneira de uma epidemia terminar, quando a maior 
parte da população em torno de 80% já estiver apresentando anticorpos que combatam 
o vírus (JÚNIOR, 2020). 
 Devido a isso, no que se diz respeito a vacinação a média mundial de vacinados 
com apenas 1 dose totalizou em torno de 21,8% da população mundial, concentrando 
cerca de 2,7 bilhões de pessoas (SENHORAS, 2021). 
 No entanto, a maior preocupação se diz respeito a aglomeração de pessoas que 
podem transmitir o vírus para a população mais vulnerável (MENDES, 2020). Sendo 
assim, as campanhas de prevenção das doenças infecciosas são extremamente válidas, 
sendo efetivas na redução da incidência, por utilizarem conhecimentos e práticas da 
atenção primária que comprovadamente podem evitar o avanço da doença para a fase 
de patogênese (SUCUPIRA e MENDES, 2003). 
 No mais, um conjunto de 18 vacinas contra a COVID-19 foram utilizadas 
globalmente em 2021, compreendendo uma hierarquia assimétrica quanto a capacidade 
de produção e os destinos de distribuição (SENHORAS, 2021). 
 Importante ressaltar que a respeito do comportamento biológico do bioagente 
patogênico SARS-COV-2, existem apenas estimativas pela literatura, de maneira ampla, 
sem garantia de certeza (JÚNIOR, 2020). 
 3.3.2 Patogênese 
 A forma mais comum de contaminação por SARS-CoV-2 ocorre por meio da 
propagação do vírus pelo ar, na qual a pessoa contaminada tosse ou espirra espalhando 
aerossóis que ao chegar em um hospedeiro pode ficar incubado em média por 5 dias, até 
aparecer os sintomas (JÚNIOR, 2020). Avançando para a etapa de patogênese da 
doença, em que pode ocorrer a cura, ou avançar para complicações devido a infecção, e 
se não tratado levar a morte de acordo com o modelo de História Natural da Doença 
(HND) de Leavell&Clarck (PEREIRA, 2005). 
 Estudos disponíveis até o momento relatam que a população pediátrica 
representa cerca de 1% a 5% dos casos diagnosticados com COVID-19 (MANZOLI et 
23 
 
al., 2020). Visto que cada um dos coronavírus humanos podem levar a infecções graves 
do trato respiratório inferior. Importante salientar que a doença afeta todas as faixas 
etárias e é exacerbado em indivíduos com doenças mórbidas subjacentes (PYRC et al. 
2007; ZHENG et al. 2018; MACHHI et al., 2020). 
 No entanto, alguns estudos têm relatado casos de infecção em crianças, com uma 
perspectiva na qual 83% (275, intervalo de 52% -100%) das crianças tiveram um contato 
positivo com o vírus, principalmente com membros da família. (ZHANG et al., 2020; 
SUN et al., 2020; ZIMMERMANN e CURTIS, 2020). 
 Em outra pesquisa, dos pacientes avaliados, 728 (34,1%) foram identificados 
como casos confirmados por laboratório, 1407 (65,9%) com suspeita de contaminação. 
A idade média de todos os pacientes era de 7 anos em um intervalo interquartil de 2 a 
13 anos. Entre esses pacientes, 1.208 casos (56,6%) eram meninos. (DONG et al.,2020) 
 No tocante aos estudos realizados com o intuito de auxiliar no diagnóstico, 
Zimmermann e Curtis (2020, p. 03) descrevem que, dentre os sintomas mais comuns 
estão: tosse em 48% (160, 19% –100%), febre em 42% com média duração de 3-6 dias, 
em um intervalo de 1-16 dias, faringite em 30% (99, 11% –100%) dos pacientes 
avaliados. 
 Então, é perceptível que a COVID-19 tem infecciosidade mais forte se 
comparado com os demais vírus da mesma família. Pois, crianças com SARS eram 
esporádicas e tinham uma história clara de exposição. Em contraste, as com COVID-19 
que evidenciaram uma clara história de agrupamento em famílias e comunidade 
infectadas (ZHOU et al., 2020). 
 Além de que, características clínicas de COVID-19 em crianças variam em 
diferentes países, dados recentes dos EUA relatam que, em 27 de março de 2020, pelo 
menos 35 crianças necessitaram de ventilação mecânica e um bebê morreu 
(ZIMMERMANN e CURTIS, 2020). 
 Logo, crianças de todas as idades estão sensíveis a COVID-19 (DONG et al., 
2020). Outros sintomas relatados por Zimmermann e Curtis (2020, p. 03) foram: 
taquipneia (0% –100%), congestões nasais (0% –30%), rinorreia (0% –20%), respiração 
ofegante (33%), diarreia (8% –23%), vômitos (8% –50%), dor de cabeça (8% -13%) e 
fadiga (8% –13%). 
24 
 
 Nesse interim, os testes laboratoriais mostraram uma queda geral no lavor dos 
linfócitos sugerindo que o SARV-CoV-2 pode ter como alvo principal os linfócitos, 
espalhando-se pela mucosa respiratória, desencadeando respostas imunológicas, 
consequentemente revertidas em manifestações clínicas (YANG et al., 2020). 
 Apesar da existência de casos recentes de pacientes pediátricos em todo o país 
com síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica provavelmente de complicações 
vinculado a COVID-19 (MACHHI et al., 2020). Existem dados limitados sobre crianças 
com COVID-19. Portanto, há uma necessidade urgente de definir as características 
clínicas e a gravidade da doença, especialmente nos países que não têm dados com 
pacientes pediátricos (ZHOU et al.,2020). 
 Consideravelmente, as indicações atuais destacam que esse novo patógeno é 
mais transmissível do que os coronavírus anteriores (CHENG e WILLIAMSON, 2020). 
Visto que essa síndrome inflamatória tem características que se sobrepõem àquelas 
vistas na doença de Kawasaki e na síndrome do choque tóxico, que pode ocorrer dias 
ou semanas após a doença aguda COVID-19 (ZHOU et al.,2020). 
 Sendo assim, será somente por meio da identificação das características clínicas, 
que será possível distinguir pacientes com COVID-19 daqueles com outras infecções 
virais respiratórias, incluindo influenza (CHENG e WILLIAMSON, 2020). 
 Portanto, estudos que priorizem características clínicas na fase infanto juvenil é 
importante para a identificação precoce de crianças infectadas por SARS-CoV-2, com 
o intuito de fornecer assistência hospitalar adequada e reduzir o impacto da pandemia 
(ZIMMERMANN e CURTIS, 2020). Impedindo que a doença evolua para um curso 
mais danoso de complicação ou morte (SUCUPIRA e MENDES, 2003). Pois, com base 
em estudos científicos, estima-se que foram registrados 521 óbitos de crianças no Brasil, 
em torno de 22% (SANTOS et al., 2021). 
 Em suma, compreender o mecanismo de proteção em crianças ajuda no 
desenvolvimento de objetivos terapêuticos principalmente para a população consideradade risco, como os idosos. Além disso, também é importante identificar os riscos em 
crianças para fazer recomendações sobre tratamentos em casos de infecção 
(DHOCHAK et al., 2020; MEDEIROS et al, 2020). 
 
25 
 
 3.4 SUPORTE NUTRICIONAL 
 A princípio, os pacientes pediátricos suspeitos ou com confirmação da doença 
quando internados, devem ser monitorados pela equipe de saúde, incluindo o 
nutricionista, sendo proposto e implementado a terapia nutricional pelo mesmo 
(MANZOLI et al., 2020). A avaliação do risco nutricional em unidades hospitalares é 
obrigatória, recomendando-se a sua prática em até 48 horas de admissão. Para a triagem 
em crianças utiliza-se a ferramenta STRONG Kids (QUEIROZ et al., 2021). 
 De modo geral, a triagem nutricional cuja entrevista com o responsável deve 
ser concretizada, preferencialmente, a distância. No caso da entrevista presencial, 
recomendam-se o uso de EPIs estabelecidos por meio dos protocolos institucionais, e 
recomendações da ANVISA (MANZOLI et al., 2020). 
 Alguns estudos sugerem adaptação da triagem nutricional para pacientes 
pediátricos com COVID-19 em situações de complicações (QUEIROZ et al., 2021). Em 
virtude da atual situação, o uso de parâmetros antropométricos nem sempre é possível. 
Visto que a inclusão de medidas de antropometria em protocolos deve ser avaliada com 
cautela, até mesmo com o intuito de considerar o diagnóstico (MANZOLI et al., 2020). 
 Logo, a classificação do estado nutricional deve ser obtida a partir de peso e 
estatura aferidos pela equipe de enfermagem, em outros casos referidos pela mãe ou 
acompanhante responsável (QUEIROZ et al., 2021). Pois, a pandemia impacta direta e 
indiretamente a saúde infantil, afetando o nascimento, puerpério, crescimento e 
desenvolvimento das crianças (PINHEIRO et al., 2022). 
 Portanto, nesse primeiro momento, o nutricionista realiza anamnese nutricional, 
coleta medidas antropométricas de peso e altura referidas pelo acompanhante, e aplica 
triagem de risco nutricional (QUEIROZ et al., 2021). A cada reavaliação, sempre que 
houver necessidade, o plano de cuidado nutricional deverá ser redefinido (MANZOLI 
et al., 2020). 
 A oferta nutricional deve ser prioritariamente via oral, em consistência 
compatível com a aceitação do paciente com diagnóstico de COVID-19 não grave. A 
determinação das necessidades energético-proteica deve levar em consideração a idade, 
estado nutricional e condição clínica do paciente (QUEIROZ et al., 2021). O cálculo 
26 
 
das necessidades nutricionais de pacientes com excesso de peso deve considerar o peso 
ideal, e não o peso atual ou o habitual. (MANZOLI et al., 2020). 
 Paciente entre 0 a 2 anos de idade em aleitamento materno, pode ter a prática 
continuada mesmo com mães infectadas em condição clínica estável, no entanto, em 
casos de maior gravidade materna, faz necessário a separação do RN, visando evitar 
infecção do bebê no pós-natal através de secreções respiratórias maternas (QUEIROZ 
et al., 2021). 
 A COVID-19 causa uma série de sintomas como por exemplo: a falta de ar, 
náuseas e vômitos, disgeusia e anosmia, além de febre que possam prejudicar a aceitação 
alimentar, com isso elevar as demandas de energia. Sendo assim, é importante a terapia 
nutricional (MANZOLI et al., 2020). 
 A terapia nutricional enteral deve ser iniciada para os pacientes graves durante 
24-48 horas após a admissão, caso se encontrem compensados hemodinamicamente. 
Nesse caso, a comunicação entre o nutricionista e a equipe multidisciplinar é 
indispensável para alinhamento de conduta e dieta apropriada (QUEIROZ et al., 2021). 
 3.5 REVISÃO DE ESCOPO 
 Com o surgimento recente da revisão de escopo, a qual apresenta semelhança 
com as revisões sistemáticas por seguirem um processo estruturado, no entanto, são 
realizadas por diferentes motivos e apresentam diferenças metodológicas importantes 
(MUNN et al., 2018). As revisões de escopo são uma abordagem útil para sintetizar as 
evidências de pesquisa (LOCKWOOD, SANTOS e PAP, 2019). Sendo vista como uma 
abordagem válida, enquanto as revisões sistemáticas não atendem aos objetivos ou 
requisitos necessários dos usuários do conhecimento (MUNN et al., 2018). 
 Tendo em vista que este trabalho trata-se de uma revisão de escopo, na qual 
implica em uma abordagem relativamente nova para a síntese, existindo pouca 
orientação ao compilar as evidências (MUNN et al., 2018). Compreendendo como uma 
abordagem útil para sintetizar a pesquisa (LOCKWOOD, SANTOS e PAP, 2019). 
 As revisões de escopo ainda requerem métodos rigorosos e transparentes em 
sua conduta para garantir que os resultados sejam confiáveis (MUNN et al., 2018). As 
duas formas mais recentes de orientação metodológica ativa, são as diretrizes de 
27 
 
relatórios PRISMA-ScR e as Diretrizes Metodológicas JBI para a realização de revisão 
por escopo (LOCKWOOD, SANTOS e PAP, 2019). 
 PRISMA-ScR foi criado com o intuito de apoiar os autores a aderir às 
melhores práticas ao preparar seus projetos de escopo para publicação. Além disso, o 
Manual do Revisor JBI, sobre revisões de escopo fornece um guia abrangente 
(LOCKWOOD, SANTOS e PAP, 2019). 
 Esse tipo de estudo é útil para examinar as evidências emergentes quando 
ainda não está claro que outras questões mais específicas, podem ser colocadas e 
abordadas de forma valiosa por uma revisão sistemática mais precisa (MUNN et al., 
2018). A realização de uma revisão de escopo baseia-se na fase de pré-planejamento e 
operacionaliza o protocolo. Nessa fase, o grupo de revisão deve confirmar o 
alinhamento entre objetivos, questões, e critérios de inclusão. 
 Os próximos passos compreendem o desenvolvimento de estratégias de 
pesquisa, busca e seleção das evidências (LOCKWOOD, SANTOS e PAP, 2019). O 
objetivo geral para conduzir revisões de escopo é identificar e mapear as evidências 
disponíveis (MUNN et al., 2018). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
4. METODOLOGIA DA PESQUISA 
 4.1 TIPO DO ESTUDO 
 
 Trata-se da elaboração de protocolo de pesquisa para uma revisão de escopo 
(scoping review), orientada pelas recomendações do JBI Institute Reviewr’s Manual 
(JBI,2020), de acordo com quadro teórico proposto por Arksey e O’Malley (2005), para 
mapear conceitos de conhecimento fundamental de uma determinada área do 
conhecimento, por meio de uma cobertura abrangente da literatura, e identificar lacunas de 
pesquisa existentes (BERNADINO et al., 2021). De tal forma que, a condução do estudo 
seguiu nove (09) etapas, dos quais correspondeu a: 
4.1.1 Desenvolvimento e Alinhamento com o Tipo de Estudo, Objetivos e a 
Pergunta de Pesquisa. 
 Foi realizado a definição do tipo de estudo, os objetivos e a pergunta de pesquisa 
com base nas recomendações do JBI (2020), na qual definia a priori o título como algo 
claro, explícito e que deveria refletir os elementos centrais da revisão. Logo mais, tendo 
em vista o tipo de estudo, e objetivos, a pergunta primária abordada foi declarada, de 
maneira abrangente e geral. 
4.1.2 Desenvolvimento e Alinhamento dos Critérios de Inclusão com os 
Objetivos e a Pergunta da Pesquisa 
 Esta etapa da revisão de escopo considerou a base sobre a qual as fontes para 
inclusão foram priorizadas. Na qual, foi necessariamente transparente, dependendo da 
pergunta formulada de acordo com a estratégia PCC (População, Conceito e Contexto). 
4.1.3 Descrição da Abordagem Planejada para Busca de Evidências, 
seleção, extração de dados e apresentação das evidências. 
Foi realizado documentação específica para cada estratégia de busca, com 
justificativa das datas e horário de busca incluído no protocolo. Considerando, as fontes 
de evidência em estudos primários, artigos textuais e revisões, além de estudos publicados 
e não publicados. Além do mais, o período de tempo com datas de início e términofoi 
definido para a pesquisa, sendo claramente justificada. 
 
 
29 
 
 
4.1.4 Análise da Evidências 
Para esta etapa, foi descrito o processo real de triagem das fontes de evidência, 
incluindo todas as etapas até então descritas, resultando em um breve panorama do 
protocolo de revisão de escopo. 
4.1.5 Registro do Protocolo 
Logo após formulado o protocolo de revisão de escopo, o mesmo foi 
encaminhado para registro no The Open Science (OSF), resultando na próxima seção 
desta pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
5. RESULTADOS 
 
Este estudo resultou em um protocolo de pesquisa para uma revisão de escopo 
(scoping review), orientada pelas recomendações do JBI Institute Reviewr’s Manual 
(JBI,2020), de acordo com quadro teórico proposto por Arksey e O’Malley (2005). 
Conforme estratégia de busca, foi realizada busca preliminar nas seguintes bases de dados: 
JBI COnNECT+, DARE, The Cochrane Library e PROSPERO), não sendo identificado 
protocolos e revisões com temática semelhante. 
 Ademais, mediante a pesquisa realizada, foi identificado um (01) artigo na 
literatura científica que de maneira sucinta, configurou-se como uma revisão de escopo, 
objetivando mapear o perfil epidemiológico de crianças e adolescentes com COVID-19 na 
literatura mundial (BERNADINO et al., 2020). 
 No entanto, o mesmo apresentou algumas discrepâncias com o protocolo em 
fase de construção, tendo em vista a população de estudo deste ser mais abrangente por 
envolver tanto crianças como adolescentes, e a temática da pesquisa ser diferente. Sendo 
assim, foi descartado qualquer risco de semelhança entre os dois estudos, e a possibilidade 
de ser possível continuar com a escrita do protocolo. Assim, foi definido o seguinte 
protocolo: 
 
 5.1 DEFINIÇÃO DO TÍTULO 
 Foi definido como título do protocolo: História natural da covid-19 em crianças: uma 
revisão de escopo. Considerando que, foi considerado de caráter informativo, fornecendo 
uma indicação clara do tópico da revisão de escopo, além do mais, O título do protocolo (e 
revisão subsequente) foi estruturado para refletir os elementos centrais do PCC. (JBI,2020). 
 5.2 OBJETIVO DO PROTOCOLO 
 O protocolo objetivou mapear a história natural da covid-19 em crianças 
confirmados com infecção por SARS-CoV-2. 
 
 
31 
 
 5.3 POPULAÇÃO DE ESTUDO 
 Crianças confirmadas com infecção por SARS-CoV-2, desde o nascimento até os 
10 anos de idade (OMS, 1986). 
 5.4 PERGUNTA DE PESQUISA 
 Assim como no título, a pergunta incorporou os elementos do PCC. Esse procolo 
de revisão de escopo teve uma pergunta principal (JBI, 2020), configurando-se como: Qual 
a História Natural da COVID-19 em Crianças? 
 Para a formulação desta pergunta, foi utilizada a estratégia PCC, conforme 
descrição: Onde P (Population) representado por crianças, e C (Concept) referindo-se a 
História Natural da Doença, já no que se diz respeito ao C (Context), foi definido como não 
correspondente ao foco da scoping review. 
Logo, a pergunta abordou suficientemente o PCC, que correspondeu 
adequadamente ao objetivo da revisão, sendo assim as subquestões não foram necessárias 
(JBI, 2020). 
 5.5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO 
 Conforme metodologia JBI (2020), a título de inclusão, de acordo com o protocolo 
deve fazer parte ensaios clínicos, estudos observacionais, relatos de casos descrevendo 
história natural do COVID-19 em crianças confirmados com infecção por SARS-CoV-2. 
 5.6 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO 
 Serão excluídos, estudos do tipo editoriais, relatos de experiência, ensaios 
teóricos e revisões integrativas, além disso, não será delimitado idioma, nem limite 
atemporal. 
 5.7 ESTRATÉGIA DE PESQUISA 
 Foi realizado pesquisa inicial na JBI COnNECT+, DARE, The Cochrane 
Library e PROSPERO), não sendo identificado protocolos e revisões com temática 
semelhante. Logo mais, a segunda pesquisa foi realizada usando todas as palavras-chave e 
os termos de índice foram identificados conforme mneumônico, separando os “MeSH” e 
“DeCS” descritos em tabelas. Em um terceiro momento, foi definido a estratégia de busca 
final. 
32 
 
 Logo mais adiante, foi conduzido busca inicial no portal PubMed para 
identificar os principais descritores e palavras-chave utilizados nos estudos que abordem a 
temática de interesse a partir da combinação dos MeSH e DeCS, na qual ficou definido 
como palavras-chave: ("Child" OR "Preschool" OR "Infants") AND ("COVID-19 virus" 
OR " Severe Acute Respiratory Syndrome" OR "SARS-CoV-2 variants") AND ("Health 
profile" OR "Epidemiology" OR "Natural History of Disease"). 
 Em seguida foi realizada pesquisa no portal da LILACS por meio das seguintes 
palavras chaves: (Infant OR Children OR Preschool) AND (Severe Acute Respiratory 
Syndrome OR syndrome coronavirus 2 OR COVID 19 virus) AND (Health profile OR 
Epidemiology OR Natural History of Disease). 
 Logo mais, foi realizado pesquisa no portal da Web of Science para identificar os 
principais descritores e palavras-chave utilizados nos estudos que abordem a temática de 
interesse, sendo esta equação: (Child OR Preschool OR Infants OR Newborn) AND 
(COVID-19 variants OR Severe Acute Respiratory Syndrome OR SARS-CoV-2) AND 
(Health profile OR Epidemiology OR Natural History of Disease OR virus infection). 
 Por conseguinte, também foi efetuado busca no portal da SCOPUS, por meio das 
seguintes palavras-chaves: (child OR preschool OR infants) AND (sars-cov-2 variants OR 
2019 nCoV Infection OR coronavírus 2019 disease) AND (health profile OR epidemiology 
OR natural history of disease). 
 Por fim, também foi realizado busca no portal da EMBASE em função das palavras-
chaves definidas como: ("Child" OR "Preschool" OR "Infants") AND ("COVID-19 virus" 
OR " Severe Acute Respiratory Syndrome" OR "SARS-CoV-2 variants") AND ("Health 
profile" OR "Epidemiology" OR "Natural History of Disease"). 
 Após busca nas principais bases de dados supracitadas nesse trabalho, tal qual a 
PubMed, Web of Science, Scopus, LILACS e Embase, a estratégia de busca geral definida 
ficou determinada como: (child OR preschool OR infants OR Newborn) AND (COVID-19 
variants OR Coronavírus 2019 disease OR SARS-CoV-2 OR Severe Acute Respiratory 
Syndrome) AND (Health profile OR Epidemiology OR Natural History of Disease). 
Seguindo para o resgate dos artigos científicos conforme a estratégia de busca específica 
para cada base de dados. 
 O aplicativo Rayyan de aplicação QCRI específico para revisões sistemáticas 
(OUZZANE; HAMMADY; FEDOROWICZY, 2016) será utilizado em primeira fase para 
33 
 
coletar os artigos achados conforme cada estratégia de busca definida, de acordo com as 
bases de dados. 
 Conforme disposto no protocolo da scoping review, devem ser incluídos ensaios 
clínicos, estudos observacionais, relatos de casos descrevendo história natural da COVID-
19 em crianças confirmados com infecção por SARS-CoV-2, desde o nascimento até os 10 
anos de idade (OMS, 1986) para elaboração do artigo. 
 No mais, devem ser excluídos, pesquisas relacionadas a editoriais, relatos de 
experiência, ensaios teóricos e revisões integrativas, além disso, estudos que abordem 
populações infantis com problemas psicológicos ou neuroendócrinos. No mais, não será 
delimitado idioma, nem limite temporal. 
 Os seguintes dados devem ser extraídos a partir do aplicativo Rayyan de aplicação 
QCRI (OUZZANE; HAMMADY; FEDOROWICZY, 2016) conforme equação de cada 
base, selecionando os achados de acordo com a busca exploratória. 
 Em síntese, após a definição da estratégia de busca para cada base de dados 
selecionadas para o protocolo da scoping review, osartigos encontrados foram organizados 
em um compilado de pastas no aplicativo Rayyan de aplicação QCRI (OUZZANE; 
HAMMADY; FEDOROWICZY, 2016), com os respectivos quantitativos de achados para 
cada base, sendo expressados como os resultados dessa monografia, servindo como suporte 
para discussão desse trabalho, envolvendo a quantidade de estudos e qualidade de cada 
pesquisa encontrada. 
 Na sequência, conforme consta na figura 01, o quantitativo de cada uma das 
bases de dados, incluindo a PubMed, Web of Science, SCOPUS, LILACS e Embase. Pelo 
qual através da equação elencada para cada base, foram extraídos um compilado de artigos 
durante busca exploratória. 
 
Figura 01: Fluxograma com as bases de dados do protocolo e os seus respectivos resultados, 2022. 
 
34 
 
 
De maneira mais específica, a PubMed apresentou 1.143 resultados de acordo com 
pesquisa realizada no dia 08/11/2021 às 15h00min, conforme a tabela 02: 
Tabela 02: Busca exploratória na PubMed, realizada no dia 08/11/2021. 
Palavras-chave: ("Child" OR "Preschool" OR "Infants") AND ("COVID-19 virus" OR " 
Severe Acute Respiratory Syndrome" OR "SARS-CoV-2 variants") AND ("Health profile" OR 
"Epidemiology" OR "Natural History of Disease") 
Total de estudos encontrados: 1.143 resultados. 
Mneumônico MeSH DeCS Palavras-chave identificadas 
P 
Child 
Preschool 
Infants 
Child 
Preschool 
Infants 
- 
C 
 
COVID-19 virus. 
Severe Acute 
Respiratory 
Syndrome. 
SARS-CoV-2 variants. 
SARS-CoV-2. 
Epidemiology. 
COVID-19 virus 
Severe Acute 
Respiratory 
Syndrome. 
Health profile 
Epidemiology 
Natural History of 
Disease 
 
Coronavirus. 
Infection. 
Characteristics. 
Severe Acute Respiratory 
Syndrome-Related Coronavirus 2. 
 
 De acordo a tabela 03, foi realizado pesquisa no portal da LILACS, totalizando 
28 artigos para identificar os principais descritores e palavras-chave utilizados em estudos 
que abordem a temática de interesse a partir da combinação dos MeSH e DeCS: 
 
Tabela 03: Busca exploratória na LILACS, realizada no dia 08/11/2021. 
Palavras-chave: (Infant OR Children OR Preschool) AND (Severe Acute Respiratory Syndrome OR 
syndrome coronavirus 2 OR COVID 19 virus) AND (Health profile OR Epidemiology OR Natural 
History of Disease). 
Total de estudos encontrados: 28 resultados. 
Mneumônico MeSH DeCS Palavras-chave identificadas 
35 
 
P 
 
Infants. 
Child. 
Preschool. 
Child. 
Preschool. 
Infants. 
- 
C 
 
Severe Acute Respiratory
 Syndrome. 
syndrome coronavirus 2. 
COVID 19 virus. 
Epidemiology. 
Severe Acute Respiratory 
syndrome coronavirus 2. 
COVID 19 virus. 
Health profile. 
Epidemiology. 
Natural History of 
Disease. 
 
Pandemics. 
Child health. 
Coronavirus Infections. 
 
 
 Logo mais, na tabela 04, foi realizado pesquisa no portal da Web of Science para 
identificar os principais descritores e palavras-chave utilizados nos estudos que abordem a 
temática de interesse a partir da combinação dos MeSH e DeCS: 
 
Tabela 04: Busca exploratória na Web of Science, realizada no dia 08/11/2021. 
Palavras-chave: (Child OR Preschool OR Infants OR Newborn) AND (COVID-19 variants OR Severe 
Acute Respiratory Syndrome OR SARS-CoV-2) AND (Health profile OR Epidemiology OR Natural 
History of Disease OR virus infection). 
Total de estudos encontrados: 1.721 resultados. 
Mneumônico MeSH DeCS Palavras-chave identificadas 
P 
Infants. 
Child. 
Preschool. 
Child. 
Preschool. 
Infants. 
Premature. 
Neonates. 
 
 
 
 
C 
 
 
COVID-19 variants. 
COVID-19. 
Severe Acute 
Respiratory 
Syndrome. 
COVID-19 in neonates. 
Vertical transmission. 
Care. 
Pediatrics. 
Preterm births. 
Adverse birth outcomes. 
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/mesh/68045169
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/mesh/68045169
https://www-webofscience.ez18.periodicos.capes.gov.br/wos/woscc/general-summary?queryJson=%5B%7B%22rowBoolean%22:null,%22rowField%22:%22AK%22,%22rowText%22:%22%5C%22Premature%5C%22%22%7D%5D&eventMode=oneClickSearch
https://www-webofscience.ez18.periodicos.capes.gov.br/wos/woscc/general-summary?queryJson=%5B%7B%22rowBoolean%22:null,%22rowField%22:%22AK%22,%22rowText%22:%22%5C%22neonates%5C%22%22%7D%5D&eventMode=oneClickSearch
https://www-webofscience.ez18.periodicos.capes.gov.br/wos/woscc/general-summary?queryJson=%5B%7B%22rowBoolean%22:null,%22rowField%22:%22AK%22,%22rowText%22:%22%5C%22COVID-19%20in%20neonates%5C%22%22%7D%5D&eventMode=oneClickSearch
https://www-webofscience.ez18.periodicos.capes.gov.br/wos/woscc/general-summary?queryJson=%5B%7B%22rowBoolean%22:null,%22rowField%22:%22AK%22,%22rowText%22:%22%5C%22vertical%20transmission%5C%22%22%7D%5D&eventMode=oneClickSearch
https://www-webofscience.ez18.periodicos.capes.gov.br/wos/woscc/general-summary?queryJson=%5B%7B%22rowBoolean%22:null,%22rowField%22:%22KP%22,%22rowText%22:%22%5C%22CARE%5C%22%22%7D%5D&eventMode=oneClickSearch
https://www-webofscience.ez18.periodicos.capes.gov.br/wos/woscc/general-summary?queryJson=%5B%7B%22rowBoolean%22:null,%22rowField%22:%22AK%22,%22rowText%22:%22%5C%22pediatrics%5C%22%22%7D%5D&eventMode=oneClickSearch
https://www-webofscience.ez18.periodicos.capes.gov.br/wos/woscc/general-summary?queryJson=%5B%7B%22rowBoolean%22:null,%22rowField%22:%22AK%22,%22rowText%22:%22%5C%22preterm%20births%5C%22%22%7D%5D&eventMode=oneClickSearch
https://www-webofscience.ez18.periodicos.capes.gov.br/wos/woscc/general-summary?queryJson=%5B%7B%22rowBoolean%22:null,%22rowField%22:%22AK%22,%22rowText%22:%22%5C%22adverse%20birth%20outcomes%5C%22%22%7D%5D&eventMode=oneClickSearch
36 
 
 
 
 
 
 
Severe Acute 
Respiratory. 
Syndrome. 
Health profile. 
 
 
 
Health profile. 
Epidemiology. 
Natural History of 
Disease. 
 
 
 
 Por conseguinte, também foi efetuado busca no portal da SCOPUS para 
identificar os principais descritores e palavras-chave utilizados nos estudos que abordem a 
temática de interesse a partir da combinação dos MeSH e DeCS, conforme pode-se ver na 
tabela 05: 
 
Tabela 05: Busca exploratória na Scopus, realizada no dia 08/11/2021. 
Palavras-chave: (child OR preschool OR infants) AND (sars-cov-2 variants OR 2019 nCoV Infection 
OR coronavírus 2019 disease) AND (health profile OR epidemiology OR natural history of disease). 
Total de estudos encontrados: 1.634 resultados. 
Mneumônico MeSH DeCS Palavras-chave identificadas 
P 
Chil. 
Infants. 
Preschool 
 
Child. 
Infants. 
Preschool. 
 
 
 
Neonates. 
C 
 
SARS-CoV-2 
variants. 
Epidemiology. 
 
2019 coronavirus 
disease. 
2019 nCoV Infection. 
Health profile. 
Epidemiology. 
Maternal-fetal interfase 
Viruses. 
SARS-CoV-2 infection. 
37 
 
Natural History of 
Disease. 
SARS-CoV-2. 
 
 
 Por fim, a tabela 06 apresentou a busca no portal da Embase para identificar os 
principais descritores e palavras-chave utilizados nos estudos que abordem a temática de 
interesse a partir da combinação dos MeSH e DeCS: 
 
Tabela 06: Busca exploratória na Embase, realizada no dia 08/11/2021. 
Palavras-chave: ("Child" OR "Preschool" OR "Infants") AND ("COVID-19 virus" OR " Severe 
Acute Respiratory Syndrome" OR "SARS-CoV-2 variants") AND ("Health profile" OR 
"Epidemiology" OR "Natural History of Disease"). 
Total de estudos encontrados: 1.511 resultados. 
Mneumônico MeSH DeCS Palavras-chave identificadas 
P 
Infants. 
Child. 
Preschool. 
Child. 
Preschool. 
Infants. 
 
 
Preschool child. 
C 
 
COVID-19 variants. 
Coronavírus 2019 
disease. 
SARS-CoV-2. 
Epidemiology. 
2019 coronavirus 
disease. 
SARS-CoV-2. 
Health profile. 
Epidemiology. 
Natural History of 
Disease. 
 
Disease transmission. 
Hospitalization. 
Epidemiological surveillance. 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 5.8 SELEÇÃO DA FONTE DE EVIDÊNCIA 
 De acordo com o Institute Reviewr’sManual (2020), a seleção deverá ser 
realizada com base nos critérios de inclusão pré-especificados no protocolo de revisão 
para compor o artigo da revisão. No mais, em qualquer revisão de escopo, a seleção da 
fonte (tanto na triagem de título/resumo quanto na triagem de texto completo) será 
realizada por dois ou mais revisores, independentemente. Quaisquer discordâncias são 
resolvidas por consenso ou por decisão de um terceiro revisor. 
 Logo mais, deve haver uma descrição narrativa do processo acompanhada de 
um fluxograma detalhando o fluxo da pesquisa, através da seleção de fontes, duplicatas, 
recuperação de texto completo e quaisquer acréscimos de terceira pesquisa, dados 
extração e apresentação das provas que será disposta no artigo da scoping review (JBI, 
2020). 
 5.9 EXTRAÇÃO DE DADOS 
 Os seguintes dados serão extraídos a partir de planilha construída no Microsoft 
Excel 2010, conforme análise no que se diz respeito a variável relacionada ao título, ano 
de publicação, tipo de estudo, país de origem, amostra populacional, faixa etária, 
resultados, conclusão e recomendações para novos estudos. 
 Com base no que está disposto na tabela 07, descrevendo as variáveis e a 
padronização da extração de dados. 
Tabela 07: Variáveis para extração de dados dispostas no protocolo. 
Variável Padronização 
Título Identificar o título do estudo 
Ano de publicação Ano em que foi publicado. 
Tipo de estudo 
Se artigo (ensaios clínicos, estudos observacionais, relatos de casos), 
dissertação ou tese. 
País de origem Local onde o estudo foi conduzido. 
Amostra populacional Qual grupo populacional, se recém-nascidos ou crianças. 
Faixa etária Qual a faixa etária do grupo estudado. 
Resultados Detalhar os achados da pesquisa. 
Conclusão e 
recomendações para 
novos estudos 
Descrever novas propostas de pesquisa, com base nos estudos 
realizados. 
 
 
 
 
39 
 
 5.10 ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS 
 A consideração mais importante em relação a análise é que os autores devem ser 
transparentes, e explícitos na abordagem escolhida, justificando a abordagem e relatando 
claramente quaisquer análises (JBI, 2020). Sendo assim, tendo em vista isso, os dados serão 
sintetizados de forma descritiva (n e %). 
 
 5.11 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 
 Durante o desenvolvimento do protocolo, foi definido tabelas como forma de 
apresentação dos resultados. Pois, é necessário que seja planejado cuidadosamente a 
maneira como pretende-se apresentar os dados extraídos das fontes de evidência no artigo 
(JBI, 2020). 
 5.12 – REGISTRO DO PROTOCOLO 
O protocolo foi registrado no The Open Science Framework (OSF), sob número de 
DOI: 10.17605 / OSF.IO / SG38R gerado em 02/12/2021, disponível em 
<https://osf.io/sg38r/?view_only=e510b817c5c849cd9f6dc1b9b01bd1af. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://osf.io/sg38r/?view_only=e510b817c5c849cd9f6dc1b9b01bd1af
40 
 
6. DISCUSSÃO 
 O presente estudo, caracterizado como um protocolo de pesquisa para a realização 
de uma Scoping Review, nesta seção apresenta uma discussão sobre a necessidade da 
revisão e os caminhos da elaboração deste protocolo. 
 Com base nos resultados aferidos expresso através do quantitativo totalizando em 
torno de 6.037 resultados mediante as cinco (05) bases de dados. Na qual, de maneira mais 
específica, a PubMed obteve 1.143 resultados, enquanto a Web of Science 1.721, já a 
Scopus totalizou em torno de 1.634, em contrapartida a lilacs apresentou 28, e por fim a 
Embase com 1.511 resultados. 
 Tal qual orientado pelas recomendações do JBI Institute Reviewr’s Manual 
(JBI,2020), de acordo com o quadro teórico proposto por Arksey e O’Malley (2005), foi 
possível definir as estratégias de busca que regimentam cada base de dados, com o suporte 
do aplicativo Rayyan (OUZZANE; HAMMADY; FEDOROWICZY, 2016). 
 E, ao final foi definido a palavra-chave mãe de todas as bases de dados, para 
chegar aos resultados descritos nesta pesquisa de protocolo para artigo de revisão de 
escopo. Assim, pode-se observar que esse tipo de estudo de maneira ampla possibilitou a 
condução da pesquisa através da identificação e o mapeamento das evidências disponíveis 
na literatura, a respeito da temática (MUNN et al., 2018). 
 Portanto, é notório que diante do atual contexto pandêmico, as crianças com risco 
maior de COVID-19 podem se beneficiar dos esforços de prevenção, incluindo a 
vacinação, por exemplo (WOODRUFF et al., 2022). Ressalta-se, sob essa mesma 
circunstância, que pacientes pediátricos oferecem oportunidade para os pesquisadores 
sobre o assunto de obter uma visão crítica da patogenicidade da doença, com o intuito de 
orientar futuras vacinas, e terapia nutricional (DE MELO, 2021). 
 Apesar de estar em circulação há pouco tempo, o impacto desse vírus é imenso, 
em todos os contextos envolvendo setores da saúde, social, econômica e educacional, 
impactando principalmente aos mais vulneráveis, logo esses aspectos devem ser levados 
em consideração (BITTENCOURT et al., 2021). Por isso, considera-se importante o 
levantamento e a análise de informações na literatura científica, através de pesquisas, 
documentos, orientações e consulta as notas emitidas pelas entidades oficiais de saúde 
conforme cada localidade (SILVA, 2020). 
41 
 
 Trazendo para atualidade, um estudo realizado em 25 países europeus, na qual 
pesquisadores descobriram que em uma amostra de 582 crianças, cerca de 63% foram 
hospitalizadas (DUARTE- SALLES et al., 2022). Neste contexto, a vacinação assume-se 
como uma medida que permite diminuir a potencial gravidade do impacto da COVID-19 
nas crianças, sobretudo com evidências científicas robustas de que a vacina é segura 
(PINTO, MACEDO, 2022). 
 Além do mais, o Brasil foi considerado como o terceiro maior número de casos 
confirmados e o segundo maior número de óbitos no mundo até maio de 2021, com 
disversas peculiaridades que tornaram a pandemia por Covid-19 um desafio à parte 
(NEHAB e MENEZES, 2022). Configura-se como medida de contenção, a vacinação 
contra o vírus SARS-COV-2 sendo considerada segura e eficaz para as crianças. Tendo em 
vista que as reações adversas são raras, inclusive em particular no grupo de crianças entre 
os 5 e 11 anos (PINTO, MACEDO, 2022). 
 Dessa forma, podemos estimar que o número total de óbitos por COVID-19 na 
população pediátrica no Brasil em 2020 foi de aproximadamente 3.014 óbitos por sindrome 
respiratória agura grave, e 35 por Síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica, 
somando o número de 3. 049 crianças mortas em 2020 (NEHAB e MENEZES, 2022). 
 Para tal, a COVID-19 apesar de ter sido menos frequente em crianças, têm 
aumentado no decurso dos últimos meses em consequência da maior prevalência e 
infecciosidade da nova variante ómicron (PINTO, MACEDO, 2022). 
 Em razão do surgimento da nova variante ômicron, proveniente do Sul da África, 
sendo assim, reforçado a importância da vacinação para a população infantil (RIQUELME, 
2022). Além do mais, os casos de infecção graves em crianças ocorreram em pacientes 
não vacinados, conforme estudos (PINTO, MACEDO, 2022). 
 Portanto, tendo em vista todo o panorama pandêmico, relacionando-o a temática 
da pesquisa, e a proposta da população da qual faz parte o protocolo de Scoping Review, 
para elaboração do artigo, foi pautado a rigor o tipo de estudo como agente determinante e 
norteador de todo o processo de desenvolvimento do protocolo. 
 Pois, ao decidir entre a abordagem de revisão sistemática ou a revisão de escopo, 
foi priorizado as indicações para o tipo de síntese, e a determinação exata da pergunta - 
42 
 
qual a história natural da COVID-19 em crianças? - Como também com relação ao 
propósito na qual o protocolo pretendeu alcançarcom a revisão (MUNN et al., 2018). 
 Para a formulação da pergunta foi utilizado a estratégia PCC, sigla esta que 
corresponde respectivamente a população (p), conceito (c), e contexto (c), conforme 
descrito em cada tabela no tópico de resultados. Inclusive, essa construção da estratégia foi 
baseada na pergunta norteadora (ARAÚJO, 2020). 
 Portanto, com base nas recomendações do JBI Institute Reviewr’s Manual 
(JBI,2020), a estratégia definida envolveu a Population (P) composta por Crianças, além 
do Concept (C) está associado a História Natural da Doença, no entanto o Context (C) não 
correspondeu ao foco do protocolo da scoping review, devido ao contexto não estar 
associado a detalhes específicos, nem fatores culturais, ou localização geográfica 
(ARAÚJO, 2020). 
 Logo mais, a estratégia de busca do protocolo foi definida como conjunto de regras, 
pelo qual tornou possível o encontro entre a pergunta formulada e a informação 
armazenada no banco de dados (LOPES, 2002). Tendo em vista que o presente estudo se 
tratou de um protocolo para uma revisão de escopo, sobre a história natural da COVID-19 
em crianças, levando em consideração de que a COVID-19 vêm gerando um grande 
impacto negativo para toda a população mundial (SILVA et al., 2021). 
 Portanto, foi realizado de uma nova busca dos artigos, na qual o pesquisador deve 
fazer a seleção dos documentos para o artigo de revisão de escopo de acordo com os 
objetivos, critérios de inclusão e exclusão pré-definidos dispostos no protocolo (ARAÚJO, 
2020). 
 Sendo assim, diante da busca exploratória realizada nesse protocolo de pesquisa e 
dos resultados obtidos buscou-se avaliar o quantitativo de artigos publicados em cada 
banco de dados, elencados para construir o protocolo, possibilitando logo mais em seguida 
a elaboração do artigo. A partir do levantamento dos dados, diversas produções científicas 
foram realizadas, outras ainda estão em fase de desenvolvimento no que diz respeito ao 
enfrentamento ao COVID-19 (SILVA et al., 2021). 
 Com o intuito de alavancar o desenvolvimento de uma pesquisa mais robusta 
através da scoping review, a pergunta norteadora do protocolo possibilitou criar um 
panorama sobre a temática (ARAÚJO, 2020). Sendo os autores que mais se destacaram em 
publicações da SCOPUS sobre COVID-19 está a pesquisadora Mahase (SILVA et al., 
43 
 
2021). Já a PubMed foi considerada como a base de dados com maior abrangência e 
prestígio internacional para a área de medicina e saúde (TORRES, 2020). 
 Além disso, paralelamente a ciência, as produções científicas têm disputado com a 
disseminação de notícias falsas, fake News, o que compromete ainda mais a saúde pública, 
assim a ciência precisa superar qualquer ato de desinformação ou notícia infundada 
(SILVA et al., 2021). 
 Por conseguinte, a Embase apresentou volume publicações com teor técnico e 
acadêmico sobre a infecção pelo SARS-COV-2 incorporando o conhecimento produzido 
as práticas pautadas em evidências (MELO et al., 2020). Já a Lilacs foi a que apresentou 
menor quantidade de artigos. 
 Logo, entende-se que uma estratégia que tenha o intuito de desenvolver pesquisas 
e inovações capazes de enfrentar o coronavírus são bem aceitas e empregadas pela 
comunidade científica, como foi o caso da estratégia de busca definida no protocolo e 
descrita na seção de resultados desse trabalho (SILVA et al., 2021). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
7. CONCLUSÃO 
 O protocolo propõe uma pesquisa abrangente sobre a história natural da COVID-
19 em crianças, a fim de localizar os trabalhos relevantes publicados e não publicados sobre 
este assunto. O protocolo produzido proporcionou análise da literatura científica dos 
achados relacionados ao tema, de maneira crítica e construtiva com o intuito de nortear as 
próximas etapas, na qual se diz respeito a elaboração da pesquisa de revisão de escopo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
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