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Trabalho-de-ConclusAúo-de-Curso-Morais-2022

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Prévia do material em texto

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERFIL DE PORTADORES DE INTOLERÂNCIA À LACTOSE: 
IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAYANE LUCAS DE MORAIS 
 
 
 
 
 
 
Natal/RN 
2022 
 
Rayane Lucas de Morais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERFIL DE PORTADORES DE INTOLERÂNCIA À LACTOSE: 
IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado como pré-requisito 
para a Conclusão do Curso de Farmácia 
da Universidade Federal do Rio Grande 
do Norte. Orientador: André Gustavo 
Gadelha Mavignier de Noronha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natal/RN 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS 
Morais, Rayane Lucas de. 
 Perfil de Portadores de Intolerância à Lactose: Importância da 
Orientação Farmacêutica / Rayane Lucas de Morais. - 2022. 
 34f.: il. 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (graduação) - Universidade Federal 
do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de 
Farmácia. Natal, RN, 2022. 
 Orientador: André Gustavo Gadelha Mavignier de Noronha. 
 
 
 1. Intolerância à Lactose - TCC. 2. Lactase - TCC. 3. Automedicação - 
TCC. I. Noronha, André Gustavo Gadelha Mavignier de. II. Título. 
 
RN/UF/BSCCS CDU 615.035.4 
 
 
 
 
Elaborado por Adriana Alves da Silva Alves Dias - CRB-15/474 
 
 
 
 
 
 
 
Rayane Lucas de Morais 
 
 
 
 
 
PERFIL DE PORTADORES DE INTOLERÂNCIA À LACTOSE: 
IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA: 
 
 
 
 
Orientador: Profº. André Gustavo Gadelha Mavignier de Noronha, Farmacêutico, Mestre, 
UFRN 
 
 
 
 
Convidado (a) ¹: Profª Maria Célia Ribeiro Dantas de Aguiar, Farmacêutica, Mestre, UFRN 
 
 
 
 
Convidado (a) ²: Sunamita da Silva Barbosa dos Santos, Farmacêutica, Mestre, UFRN 
 
 
 
 
 
Natal/RN 
2022 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Nesse percurso longo e doloroso pude, por meio de Deus, aprender que nessa vida não 
estou só. Primeiramente agradeço a Ele por sempre colocar pessoas que até aqui acreditaram em 
mim e não soltaram minhas mãos. Que apesar do tempo, me apoiaram a encerrar esse ciclo sério 
e importante na vida dos que decidem encará-la. 
Calorosamente e de um coração grato, agradeço aos meus pais que deram total apoio, 
cuidado e puxões de orelha, que respeitaram meu tempo e minhas decisões, essa conquista é nossa, 
Mozar e Maria. Agradeço às minhas amigas de faculdade que direta e indiretamente sempre tive 
como ponte, que me ensinaram muito e ainda continuam sendo espelhos que refletem esforço, 
dedicação e amizade e a elas eu dou nome: Milena Jerônimo, Marcelle Leandro, Sunamita 
Barbosa, Amanda Xaviel e Mariane Duarte, quero levá-las para sempre. 
A Ana Lídia que por vezes rezamos muito as orações de São Tomás de Aquino, a Dani por 
ter intercedido e me levado à Deus sempre em meio às situações diversas. A Joyce que sempre me 
ouviu e me aconselhou e ao meu namorado José Ricardo que soma em minha vida de maneira 
concreta desde sempre. 
Foram longos 8 anos de aprendizado para uma vida inteira. Dias de choros e alegrias, de 
noites mal dormidas, saindo cedo e voltando tarde da noite para hoje estar aqui para conseguir 
concluir a graduação. Quero agradecer a todos que me incentivaram, professoras, preceptores 
familiares, irmãos e amigos, pessoas de um coração gigante da qual eu só sinto felicidade em poder 
partilhar deste momento. Obrigada a todos, todos que aqui estão presentes e isso será somente o 
começo. 
E por fim, sensatamente e pacientemente, agradeço ao Profº e orientador André Noronha 
por aceitar ser esse caminho que colocou simplicidade onde eu só via dificuldades com sua 
disponibilidade e a banca presente Profª Maria Célia Aguiar e Sunamita dos Santos, pois são todos 
profissionais competentes e exemplos de dedicação à profissão. 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
LISTA DE FIGURAS .................................................................................................................... 7 
LISTA DE GRÁFICOS ...................................................................................................................................... 8 
RESUMO .................................................................................................................................................................. 9 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 11 
2. METODOLOGIA ................................................................................................................ 15 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................................... 16 
3.1 Distribuição do perfil de intolerância à lactose em função da faixa etária, do gênero e 
idade de descoberta. ................................................................................................................................. 16 
3.2 Fatores associados e influenciados pela Intolerância à Lactose .................................................. 18 
3.3 Descoberta da intolerância e profissionais envolvidos .................................................................. 21 
3.4 Contribuições e importância da orientação farmacêutica ............................................................. 23 
4. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 27 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 28 
ANEXO ......................................................................................................................................... 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Ilustrações da ação da lactase e quando ocorre sua deficiência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 - Dados da pesquisa quanto ao gênero dos participantes Set a Out/2022 
Gráfico 2 - Distribuição dos participantes quanto a sua faixa etária atual entre Set a Out/2022 
Gráfico 3 - Distribuição dos participantes quanto à idade de descoberta da Intolerância à Lactose 
Gráfico 4 - Relação dos sintomas apresentados pelos participantes após consumo de lactose 
Gráfico 5 - Relação estimativa de sintomas apresentados após consumo de lactose 
Gráfico 6 - Distribuição do perfil dos participantes em relação a intolerância e o convívio social 
Gráfico 7 – Distribuição dos participantes quanto a presença ou ausência de outra comorbidade 
somada a Intolerância à Lactose 
Gráfico 8 - Distribuição dos participantes em relação a forma de descoberta da Intolerância à 
Lactose 
Gráfico 9 – Relação dos profissionais envolvidos no processo de diagnóstico da Intolerância à 
Lactose 
Gráfico 10 – Relação dos participantes quanto a forma de obtenção do diagnóstico 
Gráfico 11 – Distribuição dos participantes quanto aos que buscaram ou não por orientações 
sobre intolerância à lactose com o profissional farmacêutico 
Gráfico 12 - Relação dos participantes quanto à automedicação com medicamentos isentos de 
prescrição e suplementos. 
Gráfico 13 - Distribuição dos participantes quanto ao uso de enzimas e autoanálise de seu efeito 
Gráfico 14 – Percentual dos fatores que interferem no cotidiano dos participantes devido a 
intolerância à lactose 
Gráfico 15 - Distribuição dos pacientes conforme o despertar da necessidade de autocuidadosapós abordagem do formulário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
PERFIL DE PORTADORES DE INTOLERÂNCIA À LACTOSE: 
IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA 
 
RESUMO 
 
A Intolerância à lactose (IL) é uma reação adversa à falta da enzima lactase, responsável por 
quebrar o carboidrato do leite em glicose e galactose. A mesma pode ser classificada em congênita, 
primária ou secundária. O tratamento da reação alimentar não está voltado exclusivamente para a 
retirada do leite. Para isso, cabe aos suspeitos buscarem confirmação por meio de diagnóstico 
existente. A automedicação está presente na vida de portadores. Objetivo: Analisar o perfil dos 
portadores de Intolerância à lactose e alinhar a contribuição da orientação farmacêutica. 
Metodologia: o presente estudo trata-se de um estudo descritivo e exploratório aplicados a pessoas 
com perfis portando Intolerância à lactose por meio de formulário on-line composto por 15 
perguntas das quais faixa etária, idade presente e de descoberta, forma de diagnóstico, sinais e 
sintomas foram algumas perguntas que fizeram parte da abordagem. Resultados e Discussões: 
Foram analisados 161 pacientes dos quais 36,3% e 15,6% descobriram a intolerância já na fase 
adulta a contar seus 21 anos. Sintomas como dor abdominal, gases 92,5%, diarreia 64,6%, cansaço 
29,8%, irritabilidade 18%, dor de cabeça 25,5%, manchas na pele 11,2% e dor nos músculos 11,2% 
estão presentes após o consumo de leite e/ou derivados. Dos diagnósticos mais utilizados, 50,6% 
realizaram exame de sangue, 6,3% exames de fezes, 0,6% teste do ar expirado, sendo os mais 
utilizados. Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) como antigases, antieméticos e analgésicos 
são utilizados pelos participantes. Conclusão: os 91,3%| responderam com a afirmativa positiva 
da necessidade de autocuidado o que gera a oportunidade da aplicação da atividade da atenção 
farmacêutica na orientação do uso corretos dos MIPs mas também, busca por diagnóstico e a 
importância do uso e manipulação de enzimas e probióticos. 
 
Palavras chave: Intolerância à Lactose; Lactase; Automedicação. 
 
 
 
 
 
10 
 
PROFILE OF PEOPLE WITH LACTOSE INTOLERANCE: 
IMPORTANCE OF PHARMACEUTICAL GUIDANCE 
ABSTRACT 
 
The Lactose intolerance (LI) is a adverse reaction to the absence of lactose, responsible for 
breaking the milk’s carbohydrate in glucose and galactose. It can be classified as congenital, 
primary or secondary. The treatment of adverse reactions to food is not exclusively removal of 
milk. For this, it is up to suspects to seek confirmation through diagnosis, the subjects of LI often 
self-medicate Goal: To analyze the profile of people with lactose intolerance and align the 
contribution of pharmaceutical guidance. Methodology: the study is a descriptive and 
exploratory,applied to people with profiles carrying lactose intolerance through an online form 
consisting of 15 questions including age group, present age and age of discovery of LI, form of 
diagnosis , signs and symptoms were some questions that were used as part of the approach. 
Results and Discussion: A total of 161 patients were analyzed, of whom 36.3% and 15.6% 
discovered this intolerance already in the adult phase, counting their 21 years. Symptoms such as 
abdominal pain, gas 92.5%, diarrhea 64.6%, tiredness 29.8%, irritability 18%, headache 25.5%, 
skin spots 11 .2% and muscle pain 11.2% are present after consumption of milk and/or derivatives. 
Of the most used diagnoses, 50.6% performed a blood test, 6.3% stool tests, 0.6% breath test, 
being the most used. Over-the-counter medications (OTC) such as anti-inflammatory drugs, 
antiemetics and analgesics are used by participants. Conclusion: 91.3% responded with a positive 
affirmation of the need for self-medicate, which generates the opportunity to apply the activity of 
pharmaceutical care in guiding the correct use of OTC, but also, search for diagnosis and the 
importance of use and handling of enzymes and probiotics. 
 
Keywords: Lactose Intolerance; Lactase; self-medication. 
 
 
 
 
 
 
11 
 
INTRODUÇÃO 
 
Uma reação alimentar adversa que vem se tornando comumente conhecida e presente na 
vida da população se chama Intolerância à Lactose (IL). Diferente do que se pensa e muitos ainda 
confundem com alergia à proteína do leite, a IL é uma alteração decorrente da falta de uma enzima 
chamada lactase, responsável por quebrar lactose, principal carboidrato do leite, em glicose e 
galactose. A alergia ao leite é uma resposta imunológica voltada para reações desencadeadas pela 
proteína que faz parte da composição da bebida. (1) 
Estima-se que a Intolerância à Lactose esteja presente em 65% da população mundial 
apresentando sintomas digestivos após consumo de leite e/ou derivados. (20: 13) No Brasil, estudos 
abordam que devido a sua miscigenação, a quantificação de indivíduos portadores de IL está ligada 
à etnia. (20) A quebra da lactose no organismo por meio da enzima lactase-florizina hidrolase (LPH), 
localizada na membrana da borda da escova dos enterócitos do intestino delgado, possuindo níveis 
elevados no intestino médio (jejuno médio), e níveis menores (duodeno e íleo distal). A velocidade 
com que a lactose será absorvida dependerá da quantidade de lactase disponível na mucosa 
intestinal. A lactose, quando quebrada, se torna glicose e galactose, transportada por carreadores 
para o fígado e segue disponível para o organismo. Quando ocorre a descompensação, caracteriza-
se o processo da intolerância à lactose onde a maioria se dá na vida adulta. (14) Na figura 1 segue o 
esquema ilustrativo de um organismo contendo a enzima, imagem A e a ausência da enzima na 
imagem bem e seus produtos consecutivos como resposta da deficiência da enzima. 
 
Figura 1 – Ilustrações da ação da lactase e quando ocorre sua deficiência. 
Fonte: PAIVA, 2019 
 
12 
 
O leite é uma bebida conhecida mundialmente sendo composto por carboidratos, água, sólidos 
totais, gordura, proteínas, minerais, vitaminas, bactérias, leucócitos, células mamárias secretoras. 
(2) 
Sendo a lactose o principal carboidrato presente no leite, isto torna-o a primeira fonte 
energética na vida dos mamíferos. Também há um alto nível de importância para o setor 
alimentício onde, por meio dele há produção de vários alimentos como doces, confeitos, pães e 
recheios, etc. O leite humano contém aproximadamente de 6% a 8% de lactose, enquanto o leite o 
bovino fornece 4% a 6% de lactose. (2) 
Adicionalmente os supermercados, as prateleiras vêm tendo uma maior variedade de 
produtos com o nome “isento de lactose”, “zero lactose”, “0% lactose”, “sem lactose” ou “não 
contém lactose”, em seu rótulo para os consumidores. Isso porque, grande parte da população com 
o decorrer dos anos de vida vem sofrendo com reações após o consumo de comidas e bebidas com 
lactose, todas essas denominações podem ser vistas por meio da ANVISA. (3) 
Nesse contexto, ocorre uma resposta fisiológica para esse tipo de alteração do organismo. A 
intolerância à lactose (IL) está classificada em três tipos: Congênita, deficiência primária e 
deficiência secundária. 
Porém, acompanhando todo esse contexto, fisiologicamente há uma resposta para esse tipo 
de alteração do organismo. A intolerância à lactose (IL) está classificada em 03 tipos: Congênita, 
da qual está relacionada a ausência total da enzima lactase desde o nascimento da criança, que por 
sua vez tem um caráter autossômico recessivo localizado no cromossomo 2q21 (18). É considerada 
rara, apresenta-se desde os primeiros aleitamentos podendo gerar o óbito do neonato. Já a 
deficiência primária, acontece de forma mais lenta devida condição autossômica recessiva sendo 
a mais comum em toda a população, ocorrendo de forma gradativa na vida do indivíduo, com 
redução programada da atividade da enzima no organismo conhecido por lactase não persistente. 
Em alguns genótipos, essaalteração sofre mutação e o indivíduo não chega a apresentar a IL mas 
sim a má absorção do componente. E por fim, a deficiência secundária que ocorre de maneira 
adquirida, atrelada a alterações na borda da escova do intestino. Alterações no organismo como 
doença celíaca, desnutrição, gastroenterites são alguns exemplos de doenças que caracterizam essa 
IL podendo ser transitória e reversível nos casos em que há tratamento e restituição da 
funcionalidade do intestino, podendo voltar a produzir normalmente a enzima. (4) 
 
13 
 
As consequências da hipolactasia primária e secundária são a má absorção e a intolerância 
à lactose. (4). Gerando uma melhor compreensão, Intolerância à Lactose, má absorção e 
hipolactasia são sinônimos que se diferenciam entre si. IL ocorre quando o indivíduo começa 
apresentar sintomas após ingestão de leite e/ou derivados; Na má absorção o indivíduo têm 
dificuldade em digerir e/ou absorver lactose; E a hipolactasia é a diminuição da atividade da lactase 
dentro de um perfil primário ou secundário de classificação. (20) 
Tendo em vista as alterações fisiopatológicas, a IL está associada a modificações no 
sistema digestório, onde a deficiência da enzima somada ao consumo de lactose corrobora para 
que o açúcar não quebrado permaneça no organismo. Consequentemente, esse processo gera 
sintomas desconfortáveis que variam conforme cada organismo, mas que geralmente apresentam-
se como dores abdominais, aumento do número de evacuações durante o dia, náusea, fezes 
pastosas e fétidas.(4) 
 Consequentemente à presença de sinais e sintomas, o que repercute na qualidade de vida 
da população, surge o processo de automedicação, que é definido pela Organização Mundial da 
Saúde (OMS) como a seleção e o uso de medicamentos (incluindo chás e produtos tradicionais) 
para tratar sintomas ou doenças autodiagnosticadas. (5) 
Nesse sentido, o processo da automedicação é algo que deve ser evitado quando não se tem 
uma orientação de um profissional da saúde capacitado, como farmacêutico, médico ou dentista 
(6), pois o acesso ao medicamento não implica na melhoria e rentabilidade da saúde (10). Destaca-se 
que os medicamentos de tarja vermelha (sem necessidade de reter receita) fazem parte dos MIPs 
(Medicamentos Isentos de Prescrição), que possuem ampla disponibilidade em drogarias e 
farmácias. (7) Neste ponto, aplica-se a atenção farmacêutica, que atua na prevenção, detecção e 
resolução de problemas relacionados a medicamentos, promovendo o uso racional dos 
medicamentos, a fim de melhorar a saúde e qualidade de vida dos usuários. (10) 
Adicionalmente, o farmacêutico pode orientar de modo multidisciplinar, juntamente a outros 
profissionais, para que a promoção em saúde ocorra, estimulando, por exemplo, a busca por uma 
alimentação saudável e a diminuição do consumo de álcool, utilizando-se aqui das atividades de 
aconselhamento e direcionamento no âmbito da assistência. (11) 
Outra orientação farmacêutica importante é a busca por diagnóstico, principalmente devido 
à possibilidade de confusão, por parte da população, entre intolerância à lactose e alergia ao leite. 
Nesse sentido, a anamnese, o exame físico, o teste de hidrogênio expirado e o teste de tolerância à 
 
14 
 
lactose são alguns testes disponíveis e que avaliam alterações fisiológicas importantes para 
diagnosticar a IL. (11) 
Considerando as atribuições supracitadas, observa-se que orientação do profissional 
farmacêutico é importante no diagnóstico da IL e, principalmente, no acompanhamento 
terapêutico desses pacientes, pois esse profissional é qualificado de forma clínica e assistencial 
uma vez que, conscientiza sobre automedicação, conta com a Política Nacional de Medicamentos 
(PNM), está ciente dos cuidados básicos com o paciente, forma correta de administrar o 
medicamento, melhor horário, relação medicamento e alimentos, dose diária máxima, objetivo do 
uso, início do efeito, o motivo da duração do tratamento. (8) Adicionalmente, o farmacêutico deve 
orientar o usuário a buscar assistência de outros profissionais de saúde, quando julgar necessário, 
considerando as informações ou resultados decorrentes das ações de atenção farmacêutica. (10) 
Este trabalho tem por objetivo analisar o perfil de pessoas portadoras de Intolerância à 
Lactose num estudo transversal, e associar a importância da orientação farmacêutica no 
acompanhamento terapêutico desses pacientes, mas também no direcionamento para diagnóstico 
seguro e preciso da IL, por meio do encaminhamento à equipe multiprofissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
METODOLOGIA 
A metodologia adotada para o desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso 
pautou-se na abordagem de um estudo descritivo, por meio de coleta de dados em que consistiu 
na criação de formulário específico no programa GOOGLE FORMS, contendo os quesitos a serem 
avaliados, que contemplou perfis confirmados e suspeitos de portarem Intolerância à Lactose, 
sendo preenchido com o seguinte link: 
https://docs.google.com/forms/d/1LnhfFJdZGgj74S7YatDCDLsSMsu8eOAaBXWT_lD1ICE/ed
it#responses. 
O formulário foi composto por 15 perguntas, segue em anexo e com a ordem em que 
aplicada e respondida, contendo apenas questionamentos sobre informações de caráter impessoal, 
o que acarretou uma melhor aceitação dos participantes gerando um bom número de respostas. As 
perguntas realizadas no questionário englobaram quesitos como: faixa etária, gênero, idade de 
descoberta ou suspeita da Intolerância à Lactose, se faz uso de medicamentos, restrições, busca 
por ajuda profissional da saúde. 
A pesquisa ocorreu no período de Setembro a Outubro de 2022, alcançando 161 (cento e 
sessenta e um) participantes, de modo que o modelo de questionário virtual mostrou ter grande 
importância como um facilitador dessa pesquisa devido ao seu maior alcance versus o necessidade 
de curto espaço de tempo para obtenção das respostas 
Como uma melhor forma de explorar o estudo realizado, foram utilizados gráficos em 
forma de pizza onde o somatório das respostas obtém 100% em seu percentual, o que difere do 
gráfico em barras em que, a porcentagem ultrapassa 100% pois, os participantes tiveram a opção 
de marcar mais de uma resposta facilitando a abrangência de especulações dos perfis, sendo os 
seguintes gráficos: Sintomas comumente apresentados após o consumo de lactose; Profissionais 
envolvidos no diagnóstico; Distribuição dos pacientes em relação a forma de diagnóstico obtida; 
Distribuição dos pacientes em relação a automedicação e Distribuição do percentual dos fatores 
que interferem no dia a dia devido a IL 
Com os dados coletados foi pautado a necessidade de se buscar conhecer melhor a reação 
alimentar e relacioná-la com a necessidade de visar a ajuda de um profissional da saúde, sendo o 
farmacêutico participante da classe composta e a suma importância de sua contribuição no meio. 
 
https://docs.google.com/forms/d/1LnhfFJdZGgj74S7YatDCDLsSMsu8eOAaBXWT_lD1ICE/edit
https://docs.google.com/forms/d/1LnhfFJdZGgj74S7YatDCDLsSMsu8eOAaBXWT_lD1ICE/edit
 
16 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Distribuição do perfil de intolerância à lactose em função da faixa etária, do gênero e idade 
de descoberta. 
Gráfico 1 - dados da pesquisa quanto ao gênero dos participantes Set a Out/2022. 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
Gráfico 2 - Distribuição dos participantes quanto a sua faixa etária atual entre Set a Out/2022
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
Gráfico 3 - Distribuição dos participantes quanto à idade de descoberta da Intolerância à Lactose 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
17 
 
De acordo com os resultados obtidos nos gráficos 01, 02 e 03 percebe-se, primeiramente, 
uma predominância de pacientes do gênero feminino 66,9% com faixa etária de descoberta já na 
fase adulta. 
Em relação a idade, foi visto que a IL acomete indivíduosde todas as faixas etárias. Os 
participantes da pesquisa apresentaram em sua maior parte um perfil adulto 58,8%, 
correspondendo à faixa etária 21-30 anos e 18,1% entre 41-50 anos, o que vai ser compreendido 
com a distribuição conforme a idade de descoberta da intolerância à lactose. 
Conforme mostra o levantamento de dados, nota-se visivelmente que dentre os portadores 
de IL, a idade de descoberta ou suspeita da IL foram durante a fase adulta, dos 21 aos 40 anos 
36,3% e 15,6%, corresponde a mais de 50% dos participantes; sendo seguido pela fase de 
adolescência, dos 11 aos 20 anos 29,4% e, por último, na fase infantil dos 0-10 anos 14,4%, 
comparativamente. 
Estima-se que a Intolerância à Lactose esteja presente em 65% da população mundial, 
independentemente do gênero. Adicionalmente, apesar de atingir diferentes etnias, e está associada 
ao país de origem, têm-se as populações asiáticas e africanas as maiores prevalências. (13) 
Segundo dados do instituto Data folha, estima-se que 60% a 70% da população mundial 
possui algum problema relacionado à digestão de lactose. No Brasil, aproximadamente 35% da 
população com idade acima de 16 anos, relatam algum tipo de desconforto digestivo após o 
consumo de derivados de leite, sendo a deficiência primária a forma mais prevalente associada às 
características em questão, com incidência variando de 46 a 67 e estando diretamente ligada ao 
começo da fase adulta devido à diminuição de exposição à lactose. (14) 
 
 
18 
 
Fatores associados e influenciados pela Intolerância à Lactose 
Gráfico 4 - Relação dos sintomas apresentados pelos participantes após consumo de lactose 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
 
 Dos processos envolvidos com desconfortos e sintomas, ocasionados pela quebra da 
lactose, são gerados os subprodutos glicose e galactose para a obtenção de energia. Mas, se há falta 
da enzima lactase, a lactose permanece no organismo se acumulando no intestino delgado. Com 
a presença de bactérias anaeróbicas como Lactobacillus e Bifidobacterium, fermentadoras e 
produtoras de lactato, hidrogênio, dióxido de carbono e metano, que já são produzidos 
normalmente, quando se soma a fermentação da lactose acumulada é gerado o aumento exacerbado 
desses produtos ocasionando alterações fisiológicas como diminuição do pH, devido ácido lático, 
e aumento do volume de água na luz do intestino gerando diferença osmótica. Os principais 
sintomas são distúrbios abdominais como diarreia, distensão abdominal e flatulência e, menos 
frequentemente, o paciente também pode se queixar de náuseas e vômitos, redução do trânsito 
intestinal e constipação. (15) 
Portanto, tais sintomas justificam os resultados obtidos no gráfico, onde são apresentados 
dor abdominal com gases 92,5% e diarreia 64,6% como sendo os sintomas majoritariamente 
presentes nos participantes, confirmando a natureza e persistência da IL. Outros sintomas foram 
mencionados pelos participantes como dor de cabeça, dor muscular e dor articular, além de 
manchas no corpo, cansaço e irritabilidade. Tais sintomas são respostas que estão associadas a IL 
por meio da conexão do sistema digestório, responsável pelo controle metabólico do organismo, 
com os sistemas nervoso central e entérico; que permanecem conectados pelo nervo vago, por 
meio de diferentes mecanismos imunológicos e endócrinos. (17) 
 
 
 
 
 
19 
 
Gráfico 5 - Relação estimativa de sintomas apresentados após consumo de lactose. 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
 
 Para avaliar a estimativa de ação da lactose sob o organismo dos participantes, o tempo é 
um predisposto avaliado de forma particular e individual. Conforme estudo, os sintomas poderão 
surgir de 30 min a contar o momento de consumo e 2h de ingestão. O que explica a maior parte 
dos participantes 56,9% apresentarem sintomas digestivos após consumo da lactose. (23) 
 
Gráfico 6 - Distribuição do perfil dos participantes em relação a intolerância e o convívio social 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
 
Entre as opções terapêuticas para IL, está a exclusão do leite da dieta, que pode ser realizada 
por indicação de especialista ou de forma autônoma (4). A recomendação inicial de retirada dos 
laticínios da alimentação é uma forma de reduzir os sintomas, permitindo o convívio social sem 
constrangimentos e aliviando os desconfortos causados pelas reações da lactose no organismo. (2; 
24) Amenizando essa dificuldade são apresentadas no mercado da indústria alimentícia e 
farmacêutica as seguintes oportunidades: ingestão de alimentos que contenham zero lactose ou 
fazer uso de enzimas e probióticos; esse último auxilia de forma positiva, alterando beneficamente 
a flora intestinal. (2; 15) 
 
20 
 
Tendo em vista que a pesquisa buscou levantar esses aspectos, sobre o consumo de 
laticínios, 35% dos participantes responderam que continuam ingerindo alimentos contendo 
lactose; 18,1% saem de casa e ficam sem consumir derivados do leite; 11,2% sempre levam 
consigo algo para comer; e os 5,1% restantes, preferem não sair de casa. Adicionalmente, 30,6% 
responderam fazer uso de enzimas e probióticos para alívio dos desconfortos, o que é recomendado 
pela indústria alimentícia e farmacêutica. (15) 
 
Gráfico 7 – Distribuição dos participantes quanto a presença ou ausência de outra comorbidade somada a 
Intolerância à Lactose 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
 
 Dentro dos parâmetros de comorbidades, 87,5% responderam não apresentar nenhuma 
outra alteração, sendo expressamente positivo por parte dos participantes. A diferenciação da IL 
nesse quesito é indispensável uma vez que outras comorbidades que por apresentar sintomas 
parecidos podem gerar confusão e autoavaliação errônea. Muitos ainda confundem com alergia ao 
leite de vaca onde se trata de uma resposta imunológica devido a proteína do leite (1); A Doença 
Celíaca que é uma resposta inflamatória desencadeada pela exposição ao glúten em sementes de 
diversos cereais que também provoca danos na parede do intestino delgado causando sintomas 
digestivos (21); são exemplos de doenças que alteram o sistema digestório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
Descoberta da intolerância e profissionais envolvidos 
 Gráfico 8 - Distribuição dos participantes em relação a forma de descoberta da Intolerância à Lactose 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
 
Gráfico 9 – Relação dos profissionais envolvidos no processo de diagnóstico da Intolerância à Lactose 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
O diagnóstico adequado da IL é indispensável e deve ser realizado com cuidado, uma vez 
que situações diversas geram os mesmos sintomas característicos da IL. A primeira delas é o 
consumo de alguns alimentos comuns e rotineiros que podem dificultar o processo de diagnóstico 
num caso de uma anamnese, por exemplo, são eles: consumo de feijão, brócolis, batata, couve-flor 
e cebola, devido ao conteúdo de rafinose e estaquiose; consumo de sucralose, manitol e sorbitol; 
consumo de fibras alimentares e suplementos de fibras. Adicionalmente aos alimentos 
supracitados, algumas condições clínicas também podem causar dificuldade diagnóstica, como a 
síndrome do cólon irritável e o supercrescimento bacteriano, pois os mesmos atingem o sistema 
digestivo. (18) 
Nesse sentido, o estudo buscou analisar como a IL foi diagnosticada entre os participantes, 
tendo os resultados mostrado que 53,4% buscaram ajuda profissional, o que caracteriza uma 
preocupação no cuidado à saúde por parte dos participantes. Adicionalmente, além da necessidade 
 
22 
 
do diagnóstico correto, é sabido que pacientes com esse perfil precisam de acompanhamento por 
profissionais da saúde. (25; 26) 
Gastroenterologistas 37,3%, Clínico Geral 27,3% e Nutricionistas 25,5% tiveram maior 
percentual. Esses valores são muito significativos uma vez que, os mesmos têm conhecimento 
sobre sistema digestório, sãoprofissionais da saúde, e o que pode acometê-la, auxiliando na 
investigação. Sabendo disso, o processo de avaliação por meio de anamnese dos sintomas, por se 
tratar de alterações fisiológicas, não é suficiente para se fechar um diagnóstico. (12) 
 
 Gráfico 10 – Relação dos participantes quanto a forma de obtenção do diagnóstico 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
Dos participantes da pesquisa, 50,6% obtiveram diagnóstico por meio do exame de sangue, 
6,3% exame de fezes, 4,4% biópsia do intestino e 0,6% teste do ar expirado. Quando comparado 
aos participantes que não marcaram nenhuma das alternativas é um diferencial a se destacar. Tendo 
uma quantidade significativa de diagnósticos disponíveis, profissionais habilitados, 46,6% 
utilizaram apenas de percepção de sinais e sintomas presentes após consumo da lactose, 
representando uma falta de adesão relevante. Dentre as respostas obtidas, Exame de sangue, fezes 
e ar expirado são os mais utilizados conforme literatura e destacados na pesquisa em questão. (12) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
Contribuições e importância da orientação farmacêutica 
 
Gráfico 11 – Distribuição dos participantes quanto aos que buscaram ou não por orientações sobre intolerância à 
lactose com o profissional farmacêutico 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
 Analisando os dados dos participantes, é possível ver uma baixa adesão na procura do 
profissional farmacêutico, em que apenas 38,1% procuraram o profissional. O mesmo é capacitado 
em orientar não somente sobre o uso de medicações, mas também, orientar na busca por outros 
profissionais de saúde (10). Esse ponto é muito importante, pois a atenção farmacêutica vai além da 
dispensação de medicamentos, ela leva o paciente à conscientização, em casos de automedicação 
segura, dose necessária, forma farmacêutica correta, uso correto de medicamentos e induz a busca 
por profissionais habilitados. Sendo assim, sua orientação é essencial para a utilização correta das 
enzimas e da suplementação probiótica, que são parte da terapia da IL. Essa atuação evita, assim, 
a automedicação exacerbada e o adiamento na procura de ajuda especializada. (27; 28) 
 
Gráfico 12 - Relação dos participantes quanto à automedicação com medicamentos isentos de prescrição e 
suplementos. 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
 
24 
 
Dentro das intervenções terapêuticas para a IL, além das medidas não-farmacológicas 
anteriormente citadas (retirada de laticínios da dieta), medidas farmacológicas também podem ser 
utilizadas, sendo que estudos apontam que o uso da enzima lactase e suplementação com 
probióticos são as alternativas mais recomendadas (19; 9). Corroborando com essa indicação, os 
participantes da pesquisa mostraram justamente maior adesão ao uso de enzimas 46,6% e de 14,3% 
probióticos, comparado às demais alternativas medicamentosas. 
A reposição com lactase exógena, por meio de leveduras ou fungos, auxilia na diminuição 
dos sintomas mesmo não quebrando totalmente a lactose ingerida. Tais enzimas devem ser 
ingeridas 30 minutos antes das refeições contendo lactose e encontram-se disponíveis em formas 
farmacêuticas líquidas, comprimidos e cápsulas; sendo essas duas últimas as mais utilizadas 
devido à sua facilidade de manipulação, dosagem precisa e excelente estabilidade (19; 9). Quanto 
aos probióticos, que são microrganismos vivos, esses atuam no organismo protegendo e mantendo 
a flora intestinal, como também, fortalecendo o sistema imunológico. Eles são provenientes de 
alimentos com algum grau de fermentação, sendo os mais utilizados Lactobacillus e 
Bifidobacterium (bactérias), Saccharomyces boulardii (levedura não patogênica). (19) 
Adicionalmente às enzimas e probióticos, outros medicamentos também são úteis no alívio 
dos sintomas da IL: Antigases para reduzir o incômodo devido às flatulências e peristaltismo, 
analgésicos para alívio da dor e antieméticos para enjoos, são alguns exemplos. (9) Na pesquisa 
realizada, foi possível visualizar essas diferentes classes medicamentosas sendo utilizadas pelos 
participantes, sendo os antigases utilizados em 26,7%, os antieméticos em 17,4% e os analgésicos 
em 14,9% dos casos. É importante frisar que, apesar desses fármacos se tratarem de Medicamentos 
Isentos de Prescrição (MIPs), que podem ser obtidos sem necessidade de receita médica, é 
necessária a orientação farmacêutica quanto ao uso de tais medicamentos, pois estudo mostra que 
diversos MIPs possuem lactose em seus excipientes, o que poderia limitar seu uso em pacientes 
portadores de IL. (9) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
Gráfico 13 - Distribuição dos participantes quanto ao uso de enzimas e autoanálise de seu efeito 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
Na avaliação dos resultados, mais da metade dos participantes 51,9% responderam não 
fazer uso de enzimas. 20,6% dos participantes fazem utilizam enzimas e sentem uma melhora dos 
sintomas em cerca de 50%; outros 20,6% também utilizam enzimas, mas sentem uma melhora 
total dos sintomas (até 100%) após o consumo da lactose. 
Conforme mostrado na literatura, essa diferença na melhoria dos sintomas é normal, 
principalmente nos indivíduos com deficiência primária do qual a hipolactasia decorre com a idade 
e com a exposição aos produtos com lactose, sendo necessário o uso da enzima e/ou probióticos 
antes da ingestão de alimentos lácteos como uma das maneiras de evitar os sintomas ocasionados 
pela lactose no organismo. (14) 
Gráfico 14 – Percentual dos fatores que interferem no cotidiano dos participantes devido a intolerância à lactose 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Gráfico 15 - Distribuição dos pacientes conforme o despertar da necessidade de autocuidados após abordagem do 
formulário 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
 
Levando em consideração que a intolerância à lactose envolve restrição alimentar de leite 
e seus derivados, os participantes foram questionados sobre quais fatores, inerentes a portar IL, 
interferiam em seus cotidianos prejudicavam a qualidade de vida. Lidar com os efeitos colaterais 
após consumo de lactose foi citado como sendo o principal fator 68,9%, seguido por fazer restrição 
parcial a total do consumo de leite e derivados 65,2%, comprar alimentos com restrição à lactose 
61,5%, possuir um alto custo de vida 17,4% e, por fim, não ter condições de auxílio profissional, 
medicamento ou financeiro 11,2%. 
 E por fim, o presente estudo mostrou por meio das perguntas e respostas uma destrinchar 
da intolerância à lactose, desde os seus sinais e sintomas até profissionais atuantes, tipos de 
diagnóstico, uso de enzimas e probióticos buscando mostrar uma nova perspectiva no cuidado com 
a saúde. 91,3% responderam com a afirmativa positiva da necessidade de autocuidado em relação 
a essa alteração, o que trouxe aspecto positivo ao estudo em questão. 
 
 
 
 
 
 
27 
 
CONCLUSÃO 
 
Essa reação adversa que acomete em média 65% da população mundial está associada à 
etnia de cada região e sua exposição ao componente. A partir desta pesquisa foi possível traçar o 
perfil de portadores de intolerância à lactose, sendo um total de 161 participantes, onde a maior 
parte 36,3% e 15,6% descobriram a IL já na fase adulta a contar seus 21 anos. Após consumo de 
leite e/ou derivados, apresentam sinais e sintomas com um tempo estimado de até 30 min 56,5%, 
dentre eles 53,4% descobriram a IL com ajuda profissional, mas poucos fazem uso de enzimas e 
probióticos como obtenção de cobertura para o consumo da lactose 30,6%; Sintomas como dor 
abdominal, gases 92,5%, diarreia 64,6%, cansaço 29,8%, irritabilidade 18%, dor de cabeça 25,5%, 
manchas na pele 11,2% e dor nos músculos 11,2% foram expressamente presentes, o que 
representa sinais de desconforto; Dos diagnósticos mais utilizados, 50,6% realizaram exame de 
sangue, 6,3% exames de fezes, 0,6% teste do ar expirado,sendo também a biópsia menos utilizada 
por ser invasivo e de um custo mais elevado 4,4%; Sobre outras comorbidades que poderiam estar 
presente na vida dos participantes 87,5% responderam não apresentar nenhuma, o que confere um 
resultado positivo para qualidade de vida e diferenciação de outros problemas de saúde; A taxa de 
automedicação foi distribuída dentre enzimas, probióticos, antigases, antieméticos e analgésicos 
com uma baixa procura por orientação farmacêutica 38,1% o que confere relevância na pesquisa 
sobre a necessidade de se obter maiores informações com o profissional uma vez que, os estudos 
apontam que o leite é rico em nutrientes e sua exclusão total não é recomendada desde que tenha 
tido orientação profissional sendo a bebida também responsável pela manutenção do organismo e 
evita doenças como osteoporose. 
Segue a oportunidade de ampliar a visibilidade da importância do profissional 
farmacêutico na conscientização da automedicação racional e consciente, apresentando melhores 
formas de manejo com a IL sendo uma delas a busca por profissionais especialista no sistema 
digestivo. Outro ponto importante é a apresentação e manipulação das formas farmacêuticas 
produzidas pela indústria, nos casos de uso de enzimas e probióticos. 
E por fim, o presente estudo mostrou por meio das perguntas e respostas um destrinchar da 
intolerância à lactose, desde os seus sinais e sintomas até profissionais atuantes, tipos de 
diagnóstico, uso de enzimas e probióticos buscando mostrar uma nova perspectiva no cuidado com 
a saúde. 
 
28 
 
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https://search.scielo.org/?q=&lang=pt&count=15&from=1&output=site&sort=&format=summary&fb=&page=1&q=intolerancia+a+lactose&lang=pt30 
 
Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) - Programa de Pós-Graduação em 
Ciência e Tecnologia de Alimentos, da Universidade Federal do Tocantins, Palmas, TO, 
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, 2019. 
23. PEREIRA, M.C.S., BRUMANO, L.P. KAMIYAMA, C.M., PEREIRA, J.P.F. RODARTE, 
M.P., PINTO, M.A. de O. LÁCTEOS COM BAIXO TEOR DE LACTOSE: UMA 
NECESSIDADE PARA PORTADORES DE MÁ DIGESTÃO DA LACTOSE E UM 
NICHO DE MERCADO. Rev. Inst. Latic. “Cândido Tostes”, Nov/Dez, nº 389, 67: 57-65, 2012 
24. NUNES, R. F. Vivência e percepção de nutricionistas no atendimento de pacientes 
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25. A. C. O. Cornélio, S. B. Vasconcelos, T. O. M. Pina, A. A. Sousa, S. B. Santos. 
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Foco, Teresina, v.9, n. 2, art. 4, p. 58-73, mai./ago.2022 
26. Corozolla, W. Rodrigues, A.G. Intolerância à Lactose e Alergia à Proteína do Leite de 
Vaca. E o desafio de como diferenciá-las. Saúde em Foco, Edição nº 08. Ano 2016. 
27. RESOLUÇÃO – RDC Nº 44, DE 17 DE AGOSTO DE 2009. Diário Oficial da União, 
seção 1, p. 20. Ministério da Saúde/AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. 
 
28. JÚNIOR, J.B. DA S. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC N° 98, 
DE 1° DE AGOSTO DE 2016 . Diário Oficial da União. Ministério da Saúde/AGÊNCIA 
NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
ANEXO 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
32 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
 
33 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
34 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
35 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022)

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