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aula do dia 06-04

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Documentação Museológica
Noris Mara P. M. Leal
O que é Museu? 
Estatuto dos Museus
As instituições sem fins lucrativos que conservam, investigam, comunicam, interpretam e expõem, para fins de preservação, estudo, pesquisa, educação, contemplação e turismo, conjuntos e coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de qualquer outra natureza cultural, abertas ao público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento
O que é documento?
Senso comum – prova de existência de alguém ;
Museologia: É compreendido como aquilo que ensina ou mais precisamente aquilo que pode ser utilizado para ensinar alguma coisa a alguém.
Também é compreendido como suporte de informações, que só podem ser preservadas e resgatadas através de questionamento.
Objeto Museal
Rosana Nascimento
Senso comum - objetos feitos por grandes artistas ou de um segmento social
Significativo em função de sua propria representação; (Moro)
Reconhecidos pela comunidade ou pela ciêcia – ou que tenam valor cultural e natural (Icom);
É o objeto selecionado pelas suas qualidades, voltados para o desenvolvimento da comunidade (Mensch);
O objeto não é fator de preocupação e, sim o fato museal (Guarnieri);
Valor Intrínseco
Valor extrínseco
Valor que deriva do ambiente
Coleções
Colecção é um termo que deriva do vocábulo latino collectĭo e que faz menção ao conjunto de coisas de uma mesma classe, reunidas pelo seu valor ou pelo interesse que suscitam.
Pode ser definida como sendo um conjunto de objetos que se encontra fora do circuito de atividades econômicas, e que é conduzido para uma proteção especial, organizado em um ambiente fechado e que seja exposto ao olhar. (Pomian)
Pesquisa Histórica em Museus
Museus 
Preservação- prolonga a vida útil dos objetos;
Investigação – amplia as possibilidades e comunicação dos bens culturais;
Comunicação – da acesso as informações efetivas.
Investigação – produção de conhecimento
	assegura visão critica sobre contextos e realidades 	que os objetos são testemunhas;
Historicamente museus – Produtores de conhecimento;
Atualidade – pesquisa precisa ser implementada nos museus;
Pesquisa
Compreendida como produção de conhecimento original, com base em critérios científicos;
Na academia e nos museus;
Cientistas separados dos museólogos;
Prática museográfica como menor;
Não capaz de comunicar resultados de pesquisa
Pesquisa e documentação – relegada a um segundo plano
Século XIX -Produção do Conhecimento científico nos Museus
Século XX – academicização da Pesquisa
O que é Documentação Museológica?
Conjunto de informações sobre cada um dos itens que compõem um acervo
 A preservação e a representação destes por meio da palavra e da imagem. 
 Sistema de recuperação de informação capaz de transformar as coleções dos museus de fontes de informação em fontes de pesquisa científica ou em instrumentos de divulgação de conhecimento
O que cada objeto nos conta?
o objeto museal deverá ser compreendido pela gênese das teias de relações e, não apenas como um produto que por si só, representa um espaço-tempo histórico definido a priori por seus aspectos físicos que são determinados numa ação documental que busca resgatar "informações" sobre este bem cultural. (Nascimento)
Informações que podem ser recolhidas sobre cada um dos objetos do acervo de um museu;
Uma parte desta informação nos chega com o objeto,
a outra se estabelece através da pesquisa
Os objetos são portadores de informações intrinsecas e extrinsecas que nos falam:
De que são feitos?
Para que são feitos?
Quem os fez? 
Quando? 
Onde? 
Como foram usados? 
Que significado tinham? 
Quem os usou? 
A quem pertenceram?
Possuem também informações que são incorporadas ao longo da jornada depois do objeto ser incorporado ao acervo de um museu:
Pesquisa de novos usos que lhe são conferidos pelas exposições; 
De novas atividades de que participam; dos processos de conservação ou restauração que possam vir a sofrer
As informações sobre as peças, que nos explicam sua vida e os problemas passados são tão importantes, ou inclusive mais que os próprios objetos.
as informações inerentes ao objeto podem ser recolhidas sempre, sua história no entanto, quando perdida, esta perdida para sempre. 
Os responsáveis por um museu possuem a obrigação de manter as suas coleções em bom estado, e de transmitir a seus sucessores com as melhores condições de registro.
A boa administração de um museu requer uma boa documentação
Para que documentar?
Para a própria atividade do museu, é necessária para as questões de conservação, exposição e difusão das coleções;
Para que o museu seja um centro de investigação;
Para demonstrar a propriedade legal das coleções;
Para auxiliar na luta contra o tráfico ilícito de bens culturais.
Estatuto dos Museus
Subseção II
Do Estudo, da Pesquisa e da Ação Educativa 
Art. 28.  O estudo e a pesquisa fundamentam as ações desenvolvidas em todas as áreas dos museus, no cumprimento das suas múltiplas competências. 
	§ 1o  O estudo e a pesquisa nortearão a política de aquisições e descartes, a identificação e caracterização dos bens culturais incorporados ou incorporáveis e as atividades com fins de documentação, de conservação, de interpretação e exposição e de educação.  
Subseção IV
Dos Acervos dos Museus 
Art. 38.  Os museus deverão formular, aprovar ou, quando cabível, propor, para aprovação da entidade de que dependa, uma política de aquisições e descartes de bens culturais, atualizada periodicamente. 
	Parágrafo único.  Os museus vinculados ao poder público darão publicidade aos termos de descartes a serem efetuados pela instituição, por meio de publicação no respectivo Diário Oficial.  
	Art. 39.  É obrigação dos museus manter documentação sistematicamente atualizada sobre os bens culturais que integram seus acervos, na forma de registros e inventários.  
	§ 1o  O registro e o inventário dos bens culturais dos museus devem estruturar-se de forma a assegurar a compatibilização com o inventário nacional dos bens culturais. 
	§ 2o  Os bens inventariados ou registrados gozam de proteção com vistas em evitar o seu perecimento ou degradação, a promover sua preservação e segurança e a divulgar a respectiva existência. 
§ 1o  Entende-se por inventário nacional a inserção de dados sistematizada e atualizada periodicamente sobre os bens culturais existentes em cada museu, objetivando a sua identificação e proteção. 
	§ 2o  O inventário nacional dos bens dos museus não terá implicações na propriedade, posse ou outro direito real. 
	§ 3o  O inventário nacional dos bens culturais dos museus será coordenado pela União. 
	§ 4o  Para efeito da integridade do inventário nacional, os museus responsabilizar-se-ão pela inserção dos dados sobre seus bens culturais.

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