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AULAS- FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM

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Técnico em 
Enfermagem
 
Módulo II
FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM
APRESENTAÇÃO CURRICULAR
DOCENTE: JOSEVALDO CAFÉ 
GRADUAÇÃO: BACHAREL EM ENFERMAGEM
PÓS-GRADUAÇÃO:
	-DOCÊNCIA EM ENSINO SUPERIOR
	-URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
SOCORRISTA SAMU-DF
INSTRUTOR SAMU-DF
TÉCNICO EM ENFERMAGEM
EMENTA
Assistência de Enfermagem visando suprir as necessidades humanas de forma integral. 
Rotinas hospitalares: admissão, alta e transferência de paciente. Instrumentos e procedimentos básicos na assistência de enfermagem. 
Administração de medicamentos. 
Princípios científicos da enfermagem.
Controle de Infecção Hospitalar.
Funções e necessidades vitais do organismo.
Fundamentação teórico práticados cuidados de enfermagem. 
Sistematização da assistência de Enfermagem.
OBJETIVO PRINCIPAL
Realizar assistência de enfermagem no momento da admissão, encaminhamento de exames, realização de diagnósticos.
 Realizar orientações ao paciente e família no momento da alta..
Conhecer as finalidades, estrutura e funcionamento da comissão de controle de infecção hospitalar.
Identificar fontes de infecção hospitalar relacionadas a artigos, meio ambiente, paciente e equipe de saúde.
Realizar atividades de limpeza, desinfecção e esterilização de materiais e equipamentos.
OBJETIVO PRINCIPAL
Desenvolver eficazmente a técnica de lavagem das mãos.
 Executar assistência ao paciente relacionados à higiene, movimentação, sono e repouso, hidratação, e eliminação.
Aferir sinais vitais, efetuar balanço hídrico com segurança na avaliação de saúde.
Executar banho no leito, colocar oxigênio, realizar nebulização, colocar sonda vesical, coletar material para exames.
Executar crioterapia (gelo) e termoterapia (calor e frio).
OBJETIVO PRINCIPAL
Preparar e administrar medicamentos em varias vias de administração.
Conhecer as partes de um prontuário e reconhecer do ponto de vista ético, administrativo e legal, a importância de realizar os registros das atividades corretamente.
Identificar os sistemas de informação utilizada na assistência de enfermagem.
Conhecer e desenvolver habilidades em relação aos fundamentos básicos da sistematização da assistência de enfermagem.
Efetuar o preparo do corpo após a morte com os princípios da ética da ciência.
Admissão, Alta e Transferência 
do Paciente
Admissão Hospitalar
A internação é a chegada de um paciente ao hospital, em condições que exijam a sua permanência por período igual ou superior a 24 horas. A admissão do paciente tem uma rotina diferente em cada instituição. 
A humanização do atendimento em saúde é um fator importantíssimo na recuperação do paciente e na minimização do seu sofrimento e de seus familiares, buscando formas de tornar este período de internamento o menos agressivo possível.
Admissão, Alta e Transferência 
do Paciente
Procedimentos para a admissão
Dar as boas-vindas ao paciente e seus familiares.
Apresentar-se pelo nome e referir a sua função junto ao paciente.
Informar sobre os horários dos exames que serão colhidos, sobre a necessidade de higiene, troca das roupas, e outros de acordo com as condições e caso do internamento.
Em caso de preparo para cirurgia eletiva providenciar os preparos da higiene e dos processos de aferição de sinais vitais entre outros, dependendo do tipo e horário da cirurgia.
Admissão, Alta e Transferência 
do Paciente
Procedimentos para a admissão
Informar as rotinas da unidade, sobre a chamada do posto de enfermagem, os horários da alimentação, os controles da movimentação do leito e da TV.
Informar sobre os horários das visitas médicas, visitas de familiares, serviços religiosos e os pertences pessoais necessários.
Relacionar e guardar roupas seguindo a rotina do local.
Entregar pertences de valores à família, anotando no prontuário.
Apresentá-lo aos companheiros de enfermaria, quando isto for o caso.
Admissão, Alta e Transferência 
do Paciente
Procedimentos para a admissão
Se necessário, encaminhá-lo ao banho.
Efetuar o registro da internação e dos procedimentos realizados.
Comunicar o serviço de nutrição e os demais serviços interessados.
Verificar SSVV, peso, altura e anotar.
Fazer anotações de enfermagem referentes a: hora de entrada, condições da chegada (deambulando, de maca, cadeira de rodas, acompanhamento), sinais e sintomas observados.
Admissão, Alta e Transferência 
do Paciente
Procedimentos para a admissão
Avaliação e anamnese do paciente
 
Realizar o registro das condições de chegada do paciente, realizar exame físico, questionar sobre alergias a drogas, objetos e produtos, como material de limpeza, esparadrapo.
Investigar doenças como hipertensão, diabetes, ou outras patologias, seguindo o protocolo para admissão.
Proceder todo o tempo com atenção e humanização dos cuidados na assistência.
Alta Hospitalar
Tipos de Altas Hospitalares:
 
Alta hospitalar por melhora: aquela dada pelo médico porque houve melhora do estado geral do paciente, sendo que este apresenta condições de deixar o hospital.
 
Alta a pedido: aquela em que o médico concede a pedido do paciente ou responsável, mesmo sem estar devidamente CURADO. O paciente ou responsável por ela assina o termo de responsabilidade.
 
Alta Hospitalar
Papel da Enfermagem:
 
Avisar o paciente após alta registrada em prontuário pelo médico;
Orientar o paciente e familiares sobre cuidados precisos pós alta (repouso, dieta, medicamentos, retorno);
Preencher pedido de alta (de acordo regras da instituição);
Providenciar medicamentos (conforme regulamento da instituição);
Reunir pertences do paciente e providenciar suas roupas;
Auxiliá-lo no que for necessário.
Alta Hospitalar
Papel da Enfermagem:
 
Realizar anotações de enfermagem contendo:
Hora de saída.
Tipo de alta.
Condições do paciente.
Presença ou não de acompanhante.
Orientações dadas.
Meio de transporte (ambulâncias, carro próprio).
Preparar prontuário e entregá-lo conforme rotina da instituição.
 
Alta Hospitalar
Transferência 
Um aspecto particular da alta diz respeito à transferência para outro setor do mesmo estabelecimento, ou para outra instituição. 
A unidade para onde o paciente está sendo transferido deverá ser comunicada com antecedência, a fim de que esteja preparada para recebê-lo, conforme rotina. 
O prontuário deve estar completo e ser entregue na outra unidade. O paciente será transportado de acordo com as normas da instituição e seu estado geral.
Alta Hospitalar
Transferência 
Quando do transporte a outro setor ou à ambulância, o paciente deve ser transportado em maca ou cadeira de rodas, junto com seus pertences, prontuário e os devidos registros de enfermagem. 
Deve-se considerar que a pessoa necessitará adaptar-se ao novo ambiente, motivo pelo qual a orientação da enfermagem é importante.  
Cuidados de Enfermagem com 
o Corpo após a Morte:
A morte ou óbito significa a cessação da vida, com interrupção irreversível das funções vitais do organismo e, legalmente, deve ser constatada pelo médico. 
 Após a morte, observa-se: 
esfriamento do corpo; 
manchas generalizadas arroxeadas; 
relaxamento dos esfíncteres; 
rigidez cadavérica.  
Cuidados de Enfermagem com 
o Corpo após a Morte:
A equipe de enfermagem deve anotar no prontuário a hora da parada cardiorrespiratória, as manobras de reanimação, os medicamentos utilizados, a hora e causa da morte e o nome do médico que constatou o óbito.
Somente após essa constatação inicia-se o preparo do corpo: limpeza e identificação, evitar odores desagradáveis e saída de secreções e sangue e adequar a posição do corpo antes que ocorra a rigidez cadavérica. 
Nesta fase, é importante garantir ao paciente a privacidade e a companhia dos seus entes queridos, mantendo-o em quarto ou utilizando biombos caso ele encontre-se em enfermaria.
Cuidados de Enfermagem com 
o Corpo após a Morte:
Lembremos que o cadáver merece todo respeito e consideração, e que sua família
deve ser atendida com toda a atenção, respeitando-se sua dor e informando-a cuidadosamente, de modo compreensível, sobre os procedimentos a serem realizados. 
Geralmente, é o médico quem fornece a informação da causa e hora da morte; no entanto, atualmente, a presença do familiar junto ao paciente terminal sem possibilidade terapêutica, tem sido incentivada e autorizada (visitas liberadas), o que permite à família acompanhar mais de perto a situação. 
Na medida do possível, durante esta fase, é imprescindível que a equipe de enfermagem sensibilize-se na ajuda/amparo ao familiar do paciente.
Cuidados de Enfermagem com 
o Corpo após a Morte:
Materiais utilizados para o preparo do corpo
 
Dois rolos de ataduras de crepe.
Algodão.
Gaze não estéril.
Esparadrapo.
Luvas de procedimentos.
Uma pinça cheron.
Avental de manga longa.
Cuidados de Enfermagem com 
o Corpo após a Morte:
Procedimentos a serem realizados
 
Reunir o material.
Explicar o procedimento à família.
Manter privacidade do local e corpo.
Colocar o avental e calçar luvas de procedimento.
Retirar travesseiros, deixando o corpo em decúbito dorsal.
Retirar sondas, cateteres, ocluindo (fechando) os orifícios com gaze.
Higienizar o corpo com muito respeito e humanização. Evitar conversas.
Tamponar ouvidos, nariz, orofaringe, região anal e vaginal e garrotear região peniana com gaze.
Cuidados de Enfermagem com 
o Corpo após a Morte:
Procedimentos a serem realizados
 
Vestir o corpo com a vestimenta trazida pela família.
Imobilizar mandíbula, pés, mãos, usando ataduras.
Colocar o corpo sobre a maca, sem colchão, cobri-lo com lençol.
Desprezar luvas e avental, reunir todo os materiais para colocação no ramper.
Higienizar as mãos cuidadosamente.
Providenciar que seja realizado o transporte do corpo ao necrotério.
Anotar no prontuário todos os procedimentos realizados e material utilizado neste procedimento.
Comissão de Controle de 
Infecção Hospitalar
Procedimentos a serem realizados
 
Vestir o corpo com a vestimenta trazida pela família.
Imobilizar mandíbula, pés, mãos, usando ataduras.
Colocar o corpo sobre a maca, sem colchão, cobri-lo com lençol.
Desprezar luvas e avental, reunir todo os materiais para colocação no ramper.
Higienizar as mãos cuidadosamente.
Providenciar que seja realizado o transporte do corpo ao necrotério.
Anotar no prontuário todos os procedimentos realizados e material utilizado neste procedimento.
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)
Infecção Hospitalar
Infecção é uma ação exercida no organismo decorrente da presença de agentes patogênicos, podendo ser por bactérias, vírus, fungos ou protozoários. 
Infecção Hospitalar (IH) é a infecção adquirida após a admissão do paciente na Unidade Hospitalar e que se manifesta durante a internação ou após a alta. 
A infecção hospitalar poderá surgir mesmo após a alta, e estar relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares realizados.
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)
Finalidade da CCIH: 
Detectar casos de infecção hospitalar, seguindo critérios de diagnósticos previamente estabelecidos.
Conhecer as principais infecções hospitalares detectadas no serviço e definir se a ocorrência destes episódios de infecção estão dentro dos parâmetros aceitáveis.
Elaborar normas de padronização para os procedimentos realizados na instituição, visando protocolo de técnicas assépticas.
Colaborar no treinamento de todos os profissionais da saúde no que se refere à prevenção e controle das infecções hospitalares.
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)
Finalidade da CCIH: 
Realizar controle da prescrição de antibióticos, evitando que os mesmos sejam utilizados de maneira descontroladas no hospital.
Recomendar medidas de isolamento no caso de doenças transmissíveis, quando se tratar de pacientes hospitalizados, ou em caso de bactérias multirresistentes.
Oferecer apoio técnico à administração hospitalar para a aquisição correta de materiais e equipamentos e para o planejamento adequado da área física das unidades de saúde.
Normas Básicas de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar
Medidas de prevenção e controle de infecção hospitalar:
 
Lavar sempre as mãos antes de realizar qualquer procedimento é um dos mais importantes meios para prevenir a infecção cruzada;
Manter os cabelos longos presos durante o trabalho, pois quando soltos acumulam sujidades, poeira e microrganismos, favorecendo a contaminação do paciente e do próprio profissional;
Manter as unhas curtas e aparadas, pois as longas facilitam o acúmulo de sujidades e microrganismos;
Normas Básicas de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar
Medidas de prevenção e controle de infecção hospitalar:
 
Evitar o uso de joias e bijuterias, como anéis, pulseiras e demais adornos, que podem constituir-se em possíveis fontes de infecção pela facilidade de albergarem microrganismos em seus sulcos e reentrâncias, bem como na pele subjacente;
Não encostar ou sentar-se em superfícies com potencial de contaminação, como macas e camas de pacientes, pois isto favorece a disseminação de microrganismos.
Assepsia, Antissepsia, Desinfecção, Descontaminação e Esterilização
Assepsia médica: medidas adotadas para reduzir o número de microrganismos e evitar sua disseminação
Assepsia cirúrgica: medidas adotadas para impedir a contaminação de uma área ou objeto estéril.
Antissepsia: medidas que visam reduzir e prevenir o crescimento de microrganismos em tecidos vivos.
Desinfecção: Processo de destruição de microrganismos em estado vegetativo (com exceção das formas esporuladas) utilizando-se agentes físicos ou químicos. 
Assepsia, Antissepsia, Desinfecção, Descontaminação e Esterilização
A desinfecção pode ser de:
 
Alto nível: quando há eliminação de todos os microrganismos e de alguns esporos bacterianos;
Nível intermediário ou médio: quando há eliminação de microbactérias (bacilo da tuberculose), bactérias na forma vegetativa, muitos vírus e fungos, porém não de esporos;
Baixo nível: quando há eliminação de bactérias e alguns fungos e vírus, porém sem destruição de microbactérias, nem de esporos.
Assepsia, Antissepsia, Desinfecção, Descontaminação e Esterilização
Descontaminação: Processo que visa destruir microrganismos patogênicos, em artigos contaminados ou em superfície ambiental, tornando-os, consequentemente, seguros ao manuseio. Pode ser realizada por processo químico, mecânico ou por processo físico.
Esterilização: Processo utilizado para destruir todas as formas de vida microbiana, por meio do uso de agentes físicos: Vapor Saturado sobre Pressão: Autoclave; Vapor Seco: Estufa; Esterilização Química: óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio, formaldeído, glutaraldeído e ácido peracético. 
Importância da lavagem das mãos na prevenção de infecção
A principal via de transmissão das infecções hospitalares são as mãos, em geral da equipe de saúde, sua adequada lavagem é de grande importância. 
Sua finalidade consiste em eliminar microrganismos, evitando propagar infecções, eliminar da pele substâncias tóxicas e medicamentosas e proteger-se contra agressões do meio.
A lavagem das mãos é de extrema importância para a segurança do paciente e do próprio profissional, haja vista que, no hospital, a disseminação de microrganismos ocorre principalmente de pessoa para pessoa, através das mãos.
Importância da lavagem das mãos na prevenção de infecção
Passos da lavagem das mãos
 
Abrir a torneira;
Umedecer as mãos;
Acionar o dispensador de sabão líquido e umedecer as palmas das mãos;
Espalhar a solução fazendo movimentos de fricção com as palmas das mãos;
Fechar a torneira e a seguir ensaboá-la e esfregá-la;
Friccionar o punho com movimentos rotatórios com o auxílio da palma da mão oposta;
Repetir o movimento no punho oposto;
Friccionar o dorso das mãos com auxílio da mão oposta;
Repetir o movimento para a mão oposta.
Importância
da lavagem das mãos na prevenção de infecção
Passos da lavagem das mãos
 
Unir as palmas das mãos, friccionando-as;
Friccionar a região perineal dos dedos da mão com as pontas dos dedos da mão oposta;
Repetir o movimento para a outra mão;
Abrir a torneira;
Enxaguar as mãos iniciando pelo punho sem repetir os movimentos;
Enxaguar a torneira e fechá-la;
Pegar o papel toalha e enxugar as mãos, seguindo a mesma sequência da lavagem ou posteriormente utilizar álcool glicerinado;
Desprezar o papel toalha.
Técnica de Lavagem das Mãos
Uso de Luvas 
Técnica de calçar e descalçar luvas estéreis:
 
Verifique se a numeração corresponda ao tamanho da sua mão;
Abra o pacote de luvas posicionando a abertura do envelope para cima e o punho em sua direção;
Toque somente a parte externa do pacote, mantendo estéreis a luva e a área interna do pacote.;
Segure a luva pela dobra do punho, pois é a parte que irá se aderir à pele ao calçá-la, única face que pode ser tocada com a mão não enluvada - desta forma, sua parte externa se mantém estéril.
Uso de Luvas 
Técnica de calçar e descalçar luvas estéreis:
 
Para pegar a outra luva, introduza os dedos da mão enluvada sob a dobra do punho e calce-a, ajustando-a pela face externa.
Calçando a luva, mantenha distância dos mobiliários e as mãos em nível mais elevado, evitando a contaminação externa da mesma.
Calçando Luvas Estéreis
Uso de Luvas 
Após o uso, as luvas estão contaminadas. Durante sua retirada, a face externa não deve tocar a pele. Para que isto não ocorra, puxe a primeira luva em direção aos dedos, segurando-a na altura do punho com a mão enluvada; em seguida, remova a segunda luva, segurando-a pela parte interna do punho e puxando-a em direção aos dedos. 
Esta face deve ser mantida 
voltada para dentro para 
evitar autocontaminação e 
infecção hospitalar.
Retirando Luvas Estéreis
Necessidades Humanas Básicas
(A teoria de Wanda Horta)
"Enfermagem é ciência e a arte de assistir o ser humano no atendimento de suas NECESSIDADES BÁSICAS, de torná-lo independente desta assistência através da educação; de recuperar, manter e promover sua saúde, contando para isso com a colaboração de outros grupos profissionais"
Definição de Enfermagem segundo Wanda Horta
Necessidades Humanas Básicas
(A teoria de Wanda Horta)
	CLASSIFICAÇÃO	
	Necessidades psicobiológicas	Necessidades psicosociais
	Oxigenação, hidratação, nutrição, eliminação, sono e repouso, exercício, sexualidade, abrigo, mecânica corporal, motilidade cuidado corporal, integridade cutâneo mucosa, integridade física, regulação térmica, hormonal, neurológica, hidrossalina, eletrolítica, imunológica, crescimento celular, percepção: olfativa, visual, auditiva, tátil, gustativa, dolorosa ambiente, terapêutica.	Segurança, amor, liberdade, comunicação, criatividade, aprendizagem (educação à saúde), gregária, recreação, lazer, espaço, orientação no tempo e espaço, aceitação, autorrealização, autoestima, participação, autoimagem, atenção, necessidadse psicoespirituais, religiosa ou teológica, ética ou de filosofia de vida.
Classificação das Necessidades Humanas Básicas
Nutrição
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a maioria dos governos tem publicado recomendações de ingestão diária de nutrientes para indivíduos saudáveis, que, por sua vez, sofrem adaptações, para mais ou para menos, em situações de doença. Em situações normais, uma pessoa que mantém uma alimentação balanceada, intercalando e integrando os elementos da pirâmide alimentar, consegue suprir grande parte das necessidades nutricionais requeridas para o pleno funcionamento do organismo. 
Nutrição
Pirâmide alimentar
Nutrição
O profissional de enfermagem tem a responsabilidade de acompanhar seus clientes, tanto em seus domicílios quanto no hospital, preparando o ambiente e auxiliando-os durante as refeições. Os pacientes impossibilitados de se alimentarem sozinhos devem ser assistidos pela enfermagem, a qual deve providenciar os cuidados necessários de acordo com o grau de dependência existente.
Hidratação
Constituíndo de mais de 60% do corpo humano, de água se faz fundamental para a vida, sendo um nutriente indispensável à saúde. 
Todo o funcionamento do organismo depende da água. Além de distribuir os nutrientes pelos diferentes órgãos do corpo, a água ajuda a regular a temperatura do corpo, eliminar as toxinas através da urina e da transpiração e a estimular o trânsito intestinal.
Eliminamos cerca de dois litros através da urina, do suor e das fezes, o que nos obriga a repor a água perdida diariamente.
Hidratação
Se o líquido de nosso corpo não for reposta, entramos num processo de desidratação e intoxicação. 
Além disso, nosso rim fica sobrecarregado e não têm as condições ideais para realizar o processo de filtração de toxinas. 
Nesse processo perdemos também sais minerais, principalmente potássio e sódio. Então, se por um lado é preciso tomar água para facilitar a filtração pelos rins, por outro, ela não pode ser ingerida em excesso.
Hidratação
Os especialistas aconselham a ingestão de no mínimo dois litros de água por dia, que devem ser ingeridos em quantidades e intervalos regulares. 
A sede, que é causada pela baixa quantidade de água dentro das células, diminuindo a eliminação de água pelos rins e por meio da saliva, é um sinal do organismo indicando que o indivíduo deve beber água.
Eliminações
Nosso organismo possui um sistema de purificação e eliminação de toxinas para manter sua higiene interna. 
Quando a eliminação está equilibrada e adequada às necessidades da pessoa, o material tóxico acumulado em áreas sensíveis do corpo é eliminado com maior rapidez, promovendo o equilíbrio orgânico e ativando a renovação celular por células mais fortes e saudáveis. 
 
A eliminação deficiente faz com que o sangue que circula fique intoxicado, e este, ao banhar áreas mais frágeis, favorecerá a assimilação de material tóxico por células deficientes, facilitando a formação de doenças. 
Higiene
A higiene pessoal é muito importante para a saúde do indivíduo e, também, para o seu relacionamento com a sociedade. O asseio com o corpo, ou a falta dele, demonstra o grau de compromisso que o indivíduo tem consigo mesmo. Uma pessoa asseada é facilmente aceita pelos demais membros de seu grupo social, tem sua autoestima elevada e, consequentemente, vive mais feliz. Diferente de uma pessoa sem zelo com o seu próprio corpo, que pode ficar com sua autoestima baixa, além de sofrer perseguições e apelidos por parte dos seus companheiros.
Higiene
As doenças e problemas mais frequentes decorrente da falta de higiene são: 
 
Micoses - manchas brancas ou vermelhas que surgem na pele, podem resultar da falta de asseio; 
Pé-de-atleta - tipo de micose que acomete os dedos e se propaga para a planta dos pés, provocando coceiras. A contaminação ocorre quando a pessoa caminha descalça em pisos úmidos e sujos; 
Piolhos - parasitas que atacam o couro cabeludo, a ação dos piolhos provoca coceira; 
Mau hálito é provocado, dentre outros fatores, pela presença de restos de alimentos entre os dentes; etc.
 
Sono e Repouso
Sono é o nome dado ao repouso que fazemos em períodos de cerca de 8 horas em intervalos de cerca de 24 horas. Durante esse período nosso organismo realiza funções importantíssimas com consequências diretas à saúde.
Funções do sono
O sono é uma necessidade humana básica, mas muitas pessoas desconhecem sua importância e tentam se manter com poucas horas de repouso.
Durante o sono muitos dos principais órgãos do corpo e sistemas regulatórios continuam a trabalhar ativamente.
Na realidade, algumas partes do corpo aumentam a sua atividade de forma acentuada e o organismo produz maior quantidade de determinados hormônios. 
Funções do sono
Durante o sono, o cérebro classifica e armazena memórias e o corpo se recupera dos desgastes do dia.
Dormir bem é essencial
não apenas para ficar acordado no dia seguinte, mas, para manter-se saudável e melhorar a qualidade de vida. Nosso desempenho físico e mental está diretamente ligado a uma boa noite de sono. 
O efeito de uma madrugada em claro é semelhante ao de uma embriaguez leve: a coordenação motora é prejudicada e a capacidade de raciocínio fica comprometida, ou seja, sem o merecido descanso o organismo deixa de cumprir uma série de tarefas importantíssimas. 
Funções do sono
Na infância, cerca de 90% do hormônio do crescimento é liberado durante o sono, crianças que dormem mal têm mais chances de ter problemas no seu desenvolvimento físico. 
O hormônio do crescimento continua sendo liberado mesmo na fase adulta, durante o sono. Embora em doses menores, ele evita a flacidez muscular e garante vigor físico.
Pessoas que conseguem dormir bem possuem uma maior capacidade de concentração, autocontrole e realização de tarefas pessoais e profissionais. Quanto ao tempo de sono necessário para um repouso adequado, não existe um consenso entre os especialistas, mas é comum em torno de sete horas de sono.
Funções do sono
Em estudo realizado pela Universidade de Chicago – EUA, onze pessoas com idades entre 18 e 27 anos foram impedidas de dormir mais de quatro horas durante seis dias. 
O efeito foi assustador. No final do período, o funcionamento do organismo delas era comparado ao de uma pessoa de 60 anos de idade. E os níveis de insulina eram semelhantes aos dos portadores de diabetes.
O sono também contribui para o bem-estar mental e emocional.
Fatores que influenciam a 
qualidade do sono:
As interferências ao sono São classificadas em externas(trabalhos noturnos ou turnos rotativos, os eventuais problemas com fusos horários, em casos de viagens) e orgânicas(ronco, a apneia, a insônia, a narcolepsia, o bruxismo, a síndrome das pernas inquietas e outras). 
 
O ronco e o bruxismo, geralmente, incomodam mais quem dorme nas proximidades do que quem apresenta o quadro clínico.
A apneia é o fechamento da passagem de ar ao nível da garganta pelos próprios tecidos da mesma, por isso frequentemente está associada ao ronco, com consequente parada da respiração. 
Fatores que influenciam a 
qualidade do sono:
Esse fechamento pode demorar vários segundos e até mesmo causar a morte súbita. Essa disfunção nem sempre a percebe e apresenta noites com “dorme e acorda” que podem chegar a 300 vezes.
O ronco e a apneia podem ser evitados. Algumas providências podem ser tomadas como desde um posicionamento correto na cama à eliminação do hábito de tomar bebidas alcoólicas antes de dormir.
A perda de peso pode eliminar depósitos de gordura na região do pescoço que são prejudiciais à passagem de ar, mas, alguns casos persistem e necessitam de tratamento.
Fatores que influenciam a 
qualidade do sono:
A necessidade de sono será afetada principalmente no pós-operatório imediato, de pacientes submetidos à procedimentos cirúrgicos na laringe, devido à frequência de acessos de tosse e ao aumento da produção de secreções brônquicas. 
Também outros fatores podem influenciar o repouso dos laringectomizados no pós-operatório imediato, como a dor e a rigidez muscular cervical. 
Para ajudar o laringectomizado a satisfazer esta necessidade, a enfermagem deve gerir os períodos de repouso com a administração de analgésicos, antitússicos e indutores do sono, quando estes estiverem prescritos.
Fatores que influenciam a 
qualidade do sono:
Algumas prescrições de enfermagem para o diagnóstico de Padrão do Sono Perturbado.
Manter regularidade no horário de dormir e acordar. 
Não compensar uma noite mal dormida com prolongamento do sono pela manhã ou com cochilos diurnos.
Utilizar o quarto apenas para dormir ou para as relações íntimas, evitar utilizá-lo para ler, ver televisão, comer...
Evitar dormir com fome. Uma boa dica é beber um copo de leite morno.
Fatores que influenciam a 
qualidade do sono:
Algumas prescrições de enfermagem para o diagnóstico de Padrão do Sono Perturbado.
Evitar muitos líquidos a noite, pois ocorre a necessidade de urinar interrompendo a sequência do sono...
Dar intervalo de duas horas entre a refeição e a hora de deitar.
Evitar uso de estimulantes como café, chá preto, pois causa ansiedade e insônia.
Tomar banho em temperatura agradável e fazer um pequeno lanche.
Fatores que influenciam a 
qualidade do sono:
Os níveis de ansiedade e stress induzidos pela doença oncológica, por cirurgias de grande porte, agendadas, afetam o sono do paciente e seus acompanhantes. 
O papel da enfermagem passa pela escuta ativa dos medos e receios do doente, tentando desmistificar a cirurgia, a patologia ou simplesmente permitindo que o cliente fale sobre seus problemas. 
Também podemos usar de recursos e técnicas de relaxamento, encaminhamento para a psicóloga, se necessário, juntamente com a administração da terapêutica indutora do sono prescrita, são estratégias recomendadas para ajudar o doente a satisfazer esta necessidade humana básica.
Fatores que influenciam a 
qualidade do sono:
Quem dorme pouco costuma ter menos vigor físico, envelhece mais precoce, está mais sujeito a infecções, obesidade, hipertensão e ao diabetes. 
A leptina, hormônio que controla a sensação de saciedade é liberado durante o sono. A falta de sono inibe a produção de insulina, o que faz a taxa de açúcar no sangue subir e eleva a quantidade de cortisol, o hormônio do estresse. 
Atenção: Não é benéfico esforçar-se para dormir. O esforço, usualmente é acompanhado por ansiedade e estimulação que se traduzem em mais insônia.
Conforto do Paciente
O bem-estar é elemento comum nas definições de conforto.O conforto pode ser definido como a experiência imediata de ter atendidas as necessidades humanas básicas para alívio, calma e transcendência. Na medida em que o paciente pode apresentar necessidades de conforto não atendidas, percebemos a necessidade de intervenção da enfermagem para maximizar o conforto.
Assim como o conforto que uma pessoa necessita em uma residência, a pessoa também necessita em um ambiente hospitalar que deve incluir: espaço que permita a privacidade de seus moradores, aquecimento no sentido de calor natural, calma e silêncio e personalização, ou seja, torná-la própria de alguém. Alguns pacientes têm necessidade do toque e conversa bem como necessitam ser ouvidos. O relacionamento harmônico com os profissionais de saúde também influenciam no conforto do paciente pois este, precisa se sentir seguro (sentir que está em boas mãos).
Conforto do Paciente
O conforto pode ser definido como a experiência imediata de ter atendidas as necessidades humanas básicas para alívio, calma e transcendência. 
Na medida em que o paciente pode apresentar necessidades de conforto não atendidas, percebemos a importância da intervenção da enfermagem para maximizar o conforto.
O conforto necessário no ambiente hospitalar se assemelha ao obtido em uma residência: espaço que permita a privacidade, aquecimento no sentido de calor natural, calma e silêncio e personalização, ou seja, torná-la própria de alguém. Alguns pacientes têm necessidade do toque e conversa bem como necessitam ser ouvidos.
Conforto do Paciente
O relacionamento harmônico com os profissionais de saúde influencia no conforto do paciente.
As situações de conforto que um paciente que irá submeter-se à cirurgia relacionaram-se a: visita da família, estar na companhia de familiares, ser bem medicado, receber orientações, visita e bom atendimento dos médicos e enfermeiras, tranqüilidade, paz, calma, ausência de dor.
Considerando a relação existente entre o conforto e o trabalho da enfermagem e a constatação de que as ações de enfermagem devem procurar responder as expectativas e necessidades dos pacientes, percebe-se a importância da realização de medidas para proporcionar conforto ao mesmo.
Conforto do Paciente
Medidas adotadas pela Enfermagem para proporcionar
Conforto:
Ambiente limpo, arejado, em ordem, temperatura adequada e leito confortável;
Boa postura do paciente: realizar mudança de decúbito; movimentação ativa ou passiva;
Respeito quanto à individualidade do paciente;
Inspirar sentimento de confiança, segurança e otimismo;
Recreação através de atrativos. Exemplos: TV, grupos de conversa, trabalhos manuais, leituras.
Realizar massagem de conforto;
Realizar medidas para alívio da dor;
Higiene corporal, sempre que necessário.
Conforto do Paciente
Pacientes que permanecem muito tempo acamados requerem uma atenção especial. Os inconscientes geralmente apresentam reflexos alterados, com diminuição ou abolição de movimentos voluntários. 
A imobilização facilita complicações traqueobrônquicas; a circulação torna-se deficiente em determinados pontos da área corpórea, sofrendo maior pressão, provocando ulcerações; o relaxamento muscular e a posição incorreta dos vários segmentos do corpo pode provocar deformidades. A mudança de decúbito, exercícios passivos e massagem de conforto são medidas utilizadas para prevenir.
Conforto do Paciente
Como colocar e retirar comadre do paciente acamado:
Materiais necessários para o procedimento: 
Comadre; 
Papel higiênico; 
Biombos; 
Bacia com água morna; 
Toalha de banho; 
Sabonete.
Conforto do Paciente
Como colocar e retirar comadre do paciente acamado:
Técnica do procedimento
Lavar as mãos;
Identificar o paciente;
Cercar a cama com biombos;
Explicar ao paciente o que vai ser feito;
Reunir o material necessário junto a unidade;
Colocar as luvas de procedimento;
Aquecer a comadre (fazendo movimentos de fricção em sua superfície, com a extremidade sobre o lençol ou colocando-a em contato com água quente);
Conforto do Paciente
Como colocar e retirar comadre do paciente acamado:
Técnica do procedimento
Pedir ao paciente para levantar os quadris e se ele estiver impossibilitado, levantar por ele, com a ajuda de outro funcionário da Enfermagem;
Colocar a comadre sob os quadris;
Deixar o paciente sozinho, sempre que possível;
Ficar por perto e voltar tão logo ele o chame;
Entregar papel higiênico ao paciente, orientando-o sobre a higiene intima e se necessário, realize por ele.
Se fezes, realizar a higiene dos genitais todas as vezes que se fizer necessário.
Conforto do Paciente
Como colocar e retirar comadre do paciente acamado:
Técnica do procedimento
Pedir novamente ao paciente ajuda, que levante o quadril, colocando força na planta dos pés na cama, e se necessário, realize o procedimento com ajuda.
Retirar a comadre; após a higiene.
Fornecer bacia com água para que o paciente lave as mãos;
Fornecer toalha para que ele enxugue as mãos;
Lavar o material;
Colocar o material restante no lugar;
Conforto do Paciente
Como colocar e retirar comadre do paciente acamado:
Técnica do procedimento
Deixar o paciente em posição confortável;
Desprezar as luvas e lavar as mãos;
Anotar no prontuário.
Observação - Não deixar um paciente esperando pela comadre, por se tratar de um ato fisiológico a espera pode levar a angústia física e emocional, podendo ocorrer diminuição do tônus dos esfíncteres. Por se tratar de um momento íntimo, muitos pacientes tem que ficar sozinhos, pois se sentem inibidos, não conseguindo evacuar perto de outras pessoas.
Conforto do Paciente
Massagem de conforto
Técnica do procedimento:
1 - Aproximar o paciente na lateral do leito, onde se encontra a pessoa que irá fazer a massagem;
2 - Virar o paciente em decúbito ventral ou lateral;
3 - Após lavar as costas, despejar na palma da mão pequena quantidade de creme;
4 - Aplicar nas costas do paciente massageando com movimentos suaves e firmes, seguindo a seguinte orientação:
Conforto do Paciente
Massagem de conforto
Técnica do procedimento:
Deslizar as mãos suavemente, começando pela base da espinha e massageando em direção ao centro, em volta dos ombros e dos lados das costas por quatro vezes;
Realizar movimentos longos e suaves pelo centro e para cima da espinha, voltando para baixo com movimentos circulares por quatro vezes;
Conforto do Paciente
Massagem de conforto
Técnica do procedimento:
Realizar movimentos longos e suaves pelo centro da espinha e para cima, retornando para baixo massageando com a palma da mão, executando círculos pequenos;
Repetir os movimentos longos e suaves que deram início a massagem, por três a cinco minutos e continuar com o banho ou mudança de decúbito.
Anamnese 
Chama-se anamnese a entrevista realizada com o objetivo de conhecer o histórico relativo à saúde física e mental do paciente. 
A finalidade da anamnese é promover um intercâmbio das informações entre o paciente e a enfermagem e assim identificar os principais sinais e sintomas e a causa do problema. 
Anamnese 
Estrutura da Anamnese
1 - Identificação ou dados bibliográficos - É importante para reconhecer quem é o paciente e a que possíveis doenças ele está exposto.
Data e hora da entrevista;
Nome;
Endereço, Telefone, Idade, Raça, religião;
Estado civil;
Profissão.
Repita as informações para verificar a exatidão.
Anamnese 
Estrutura da Anamnese
2 - Queixa principal e duração - Motivo pelo qual foi buscado o atendimento.
Por que você procurou o hospital? (Motivo imediato pelo qual o paciente procurou o serviço de saúde);
Há quanto tempo essa preocupação existe? (Estabeleça o momento exato do início da queixa).
Anamnese 
Estrutura da Anamnese
3 - História da doença atual - Tem a finalidade de ampliar a descrição da queixa principal e relacioná-la com outros sintomas.
Modo como começou a doença (os sintomas), se súbito ou gradativo;
Duração e frequência dos sintomas atuais;
História de uma crise típica e com sintomas associados;
Perguntar sobre tratamentos prévios e prescrições médica.
Anamnese 
Estrutura da Anamnese
4 - História patológica pregressa:
Perguntas sobre a saúde do cliente antes da doença, muitas vezes a queixa é uma complicação de uma doença que já existia;
Que doenças você sabe que possui? Desde quando?
Já teve alguma doença infecciosa? (Sarampo, caxumba, pneumonia, tuberculose...) quais vacinas você já tomou?
Já fez alguma cirurgia? Quando? Por quê?
Já teve algum traumatismo, lesão?
Anamnese 
Estrutura da Anamnese
5 - História Familiar - Devemos conhecer a história familiar do cliente, pois há doenças com reconhecido fator genético importante, outras em que a convivência com pessoas afetadas aumenta a chance de contágio. Por isso perguntar sempre sobre:
Estado de saúde dos pais e avós, ou causas de suas mortes;
Doenças em filhos, irmãos e irmãs;
Casos de doenças cardiovasculares, hipercolesterolemia, hipertensão arterial, diabetes e câncer na família.
Anamnese 
Estrutura da Anamnese
6 - História social - Procure saber um pouco sobre a rotina do seu cliente, gostos, dúvidas, relação com familiares, situação profissional e planos; além de fortalecer a relação com o paciente, alguns desses problemas podem ter grande impacto sobre a saúde do paciente.
Ao fim, pergunte se há algo que o cliente queira dizer ou perguntar. Se necessário, confirme os dados.
Técnicas de Exames Físicos
Inspeção: Consiste no processo de observação, um exame visual das partes do corpo. Com a inspeção pode-se dar conta do aspecto geral da área examinada e das características específicas em relação ao tamanho, forma, posição anatômica, textura, movimento e simetria. 
Devemos observar a postura, os movimentos corporais, condições de higiene e padrão de fala. A prática leva o profissional a perceber as variações de uma pessoa para a outra.
 
Técnicas de Exames Físicos
Palpação: as mãos são nossos instrumentos de palpação, com elas nós percebemos alterações específicas com relação à forma, textura, espessura, sensibilidade e volume. Muitas vezes não podemos ver determinadas estruturas corporais, mas, com o toque podemos identificar alguma alteração como, por exemplo:
tireoide ou linfonodos aumentados.
 
ATENÇÃO: ao examinar o abdome, a ausculta deve ser feita antes da palpação e da percussão, para evitar alterações nos sons intestinais.
Técnicas de Exames Físicos
Percussão: consiste em golpear a superfície do corpo com a ponta dos dedos para produzir som, avaliar o tamanho e consistência dos órgãos, bem como para descobrir líquidos nas cavidades corporais. Devemos observar o som e a resistência oferecida pela região golpeada. É uma prática que requer bastante habilidade. 
Os dois métodos de percussão são o direto (envolve o golpeamento da região examinada diretamente com um ou dois dedos) e o indireto (é feito com o dedo indicador ou o dedo médio da mão dominante, pressionando-o firmemente sobre a zona a ser percutida. Com o dedo médio da outra mão, que deve estar um pouco flexionado, golpeia-se o dedo a ser percutido, produzindo-se os sons). 
Técnicas de Exames Físicos
São cinco os sons básicos da percussão:
 
Timpânico: como um tambor (víscera vazia, exemplo: fundo do estômago);
Ressonância: oco (pulmão normal);
Hiper-ressonante: vibrante (pulmão enfisematoso);
Maciço: sólido (víscera cheia, ou fígado);
Som claro (submacicez): músculo.
Técnicas de Exames Físicos
Ausculta: consiste em escutar sons produzidos por diferentes órgãos do corpo. É útil para avaliação dos sons emitidos pelo coração, pelos pulmões, pelos intestinos e vasos. O estudante deve primeiramente aprender os sons normais criados pelo sistema cardiovascular, respiratório e gastrintestinal. 
Os sons anormais podem ser reconhecidos apenas depois de aprendidas as variações normais. Para auscultar corretamente é necessário uma boa audição e um bom estetoscópio (que deve ser colocado na pele sem roupas, pois o tecido abafa os sons). 
Técnicas de Exames Físicos
É importante estar familiarizado com o estetoscópio, é proveitoso praticar seu uso com um amigo. A ausculta requer concentração e prática. Fechar os olhos pode ajudar a focalizar determinado som.
Os exemplos de fenômenos acústicos clinicamente importantes, incluem os murmúrios vesiculares (sons percebidos durante a ausculta normal dos pulmões) e os ruídos adventícios (sons anormais durante a ausculta pulmonar).
Exame Físico Geral
O exame físico geral constitui-se como importante ferramenta ao raciocínio clínico e a sua realização estreita a relação entre o profissional de saúde e o paciente/cliente. É fundamental que se realize de maneira completa, minuciosa e se peça permissão ao paciente para examiná-lo, fornecendo informações do porquê e como será realizada cada etapa do exame.
 
O exame físico pode ser dividido em parâmetros qualitativos (subjetivos) e quantitativos (objetivos). Desta forma, a experiência, tanto para adquirir um padrão de normalidade como para obter maior precisão da técnica, será um fator que tornará o exame mais preciso.
Parâmetros Qualitativos
Dos parâmetros qualitativos, um dos primeiros a serem notados é o estado geral do paciente. Este pode ser bom, regular e mau (BEG, REG, MEG) levando-se em conta o contexto (ambulatório ou enfermaria, por exemplo). 
Um paciente que conversa normalmente sem sinais de doença grave, encontra-se em BEG. Já um paciente com alguma alteração de normalidade pode ser classificado em estado geral regular. Por fim, um paciente com doença debilitante, por exemplo, que não consiga nem se sentar, encontra-se em MEG.
Parâmetros Qualitativos
Em seguida avaliamos a coloração, se o paciente está corado (normocorado) ou não, descorado ou pálido (hipocorado). A presença de palidez é um sinal indireto da presença de anemia. 
Todavia, a simples observação da pele está sujeita a erros, já que no frio pode ocorrer vasoconstrição e a pele tornar-se pálida. 
Assim, um paciente que aparenta ter um grau leve de anemia seria classificado como descorado 3+/4+ (três cruzes em quatro). Esta graduação parte de um parâmetro pessoal e, portanto, sujeita a erros, nem sempre se correlacionando à medida laboratorial de hemoglobinas.
Parâmetros Qualitativos
O próximo sinal a ser observado é se há presença de icterícia, um aumento de bilirrubinas no sangue, que pode ser devido a uma doença no fígado, entre outras coisas. Esta pode ser observada por uma coloração amarelada da pele, freio da língua e esclera do olho. 
De preferência procura-se observar o paciente na presença de luz natural, já que luzes artificiais podem diminuir a visão da cor amarelada da esclerótica. 
Por ser um sinal qualitativo, o grau de icterícia também é medido em cruzes, sendo uma para o paciente levemente ictérico e quatro para aquele intensamente ictérico. Os pacientes que não apresentam icterícia são ditos anictéricos.
Parâmetros Qualitativos
Outro sinal importante é a presença de cianose, que se traduz por uma coloração azulada mais facilmente vista nos lábios, extremidades (leito ungueal-unhas), e pavilhões auriculares. 
A cianose ocorre por um aumento da concentração de hemoglobina reduzida (não ligada ao oxigênio) o que pode ser devido à uma má oxigenação do sangue. 
Se o paciente não apresenta cianose, é dito acianótico. Como nos outros sinais, o grau de cianose é aferido por cruzes, sendo uma, cianose leve e quatro, um grau mais importante.
Parâmetros Qualitativos
Hidratação é aferida pela observação da umidade das mucosas, principalmente oral e língua. Em um paciente hidratado, a pele tem turgor (consistência) elástico. 
Em idosos, pode ocorrer uma diminuição fisiológica da umidade da mucosa e a pele tem alteração do turgor, dificultando o achado de desidratação. 
Em criança, o turgor da pele pode ser notado fazendo-se uma prega no abdome e outro sinal de desidratação é a fontanela (moleira) deprimida. 
Parâmetros Qualitativos
O nível de desidratação pode ser medido pelo sistema de cruzes indo de uma (quadro leve) à quatro (quadro grave). Deve-se ter em mente que dificilmente, um adulto consciente, com acesso a água e sem vômitos ou diarreia apresentará quadro de desidratação. 
Além da falta de hidratação, pode ocorrer o seu excesso, que é o chamado edema. Este pode ser notado ao realizar- se pressão na região pré-tibial e persistindo-se a impressão do dedo na pele.
O edema ou inchaço, ocorre a partir do aumento da permeabilidade vascular aos componentes do sangue, o que leva ao extravasamento do líquido de dentro do vaso para o espaço intersticial extracelular (fora da célula).
Parâmetros Quantitativos
Os parâmetros quantitativos incluem a medida do pulso, frequência respiratória, pressão arterial, temperatura, peso e altura.
Medidas Antropométricas - É o ato de verificar peso e altura. Tem a finalidade de acompanhar o crescimento pôndero-estatural, detectar variações patológicas do equilíbrio entre peso e altura.
Parâmetros Quantitativos
Método de verificação do peso:
Forrar a balança com papel toalha;
Regular ou tarar a balança;
Solicitar ao paciente que use roupas leves;
Auxiliar o paciente a subir na balança, sem calçados, colocando-o no centro da mesma, com os pés unidos e os braços soltos ao lado do corpo;
Mover o indicador de quilos até a marca do peso aproximado do paciente;
Mover o indicador de gramas até equilibrar o fiel da balança;
Ler e anotar o peso indicado na escala;
Auxiliar o paciente a descer da balança;
Colocar os mostradores em zero e travar a balança.
Parâmetros Quantitativos
Método de verificação de estatura:
Colocar o paciente de costas para a escala de medida;
Suspender a escala métrica, fazendo com que a haste repouse sobre a cabeça do paciente;
Manter o paciente em posição ereta, com a cabeça em posição anatômica com os pés unidos;
Travar a haste;
Auxiliar o paciente a descer da balança;
Realizar a leitura e anotar;
Destravar e descer a haste.
Observação: Para verificação de peso e estatura de crianças existem balança e régua apropriada, onde a criança permanece deitada.
Balanço Hídrico 
Balanço hídrico é o processo
de observação e registro da quantidade de líquidos administrados e eliminados pelo paciente no período de 24 horas, com o objetivo de verificar perdas e/ou ganhos de líquidos e eletrólitos. 
A manutenção da quantidade adequada de líquidos no organismo e de seus elementos são fatores essenciais para a vida, pois os líquidos correspondem aproximadamente 50 a 70% do peso corporal exercendo um papel importante no organismo, como:
Transporte de oxigênio e nutrientes para a célula e remoção dos produtos de degradação.
Manutenção do equilíbrio físico e químico.
Balanço Hídrico 
A eliminação de líquidos é denominada perda sensível (mensurável, que podemos medir) e perda insensível (não mensurável). A água é eliminada do organismo pela pele,quando transpiramos, pelos rins, quando urinamos, pelo intestino, através das fezes e pelos pulmões durante as respirações.
Aproximadamente 300 a 500 ml são eliminados pelos pulmões em 24 horas e aproximadamente 500ml/dia de água são eliminados pela pele através da transpiração. A quantidade de perda insensível, em um adulto, é de aproximadamente 500 a 1.000 ml/dia;.
Líquidos Administrados
Soros;
Medicações EV;
Diluição de medicações (EV e VO);
Sangue e derivados;
Medicações VO líquidas (nistatina, óleo mineral);
Controle de líquidos fornecido pela copa (ver coerência em relação à aceitação);
Sonda nasoenteral: dieta.
Líquidos Eliminados
Urina;
Fezes (diarreia);
Vômitos;
Drenagens;
Sangramentos.
Medidas Importantes ao Controle
Aspecto (acolia, melena, com sangue) e quantidade das fezes (P, M, G). Medir as diarreias;
Quantidade e aspecto da diurese. Pesar as fraldas;
Em caso de vômito, anotar o aspecto (alimentar, sialorreia, etc.);
Aspecto das drenagens: Se mais de dois drenos, especificar a drenagem de cada um;
Pesar os curativos quando houver sangramentos ou ascite volumosos;
Todas as medicações EV devem ser registradas.
Balanço Hídrico
Quando fechar o Balanço Hídrico?
O balanço hídrico parcial deve ser fechado sempre as 06, 12, 18 e 24 horas. O balanço hídrico total deve ser fechado às 24 horas pelo enfermeiro responsável. Em muitas instituições este balanço é realizado no horário das 7h da manhã e à noite as 19h.
Balanço Hídrico
Como fechar o Balanço Parcial?
Devemos somar todos os líquidos administrados e somar todos os líquidos eliminados. Após fazer a subtração dos líquidos eliminados dos líquidos administrados.
Colocaremos o sinal de “+” se o líquido administrado for maior que o líquido eliminado. Colocaremos o sinal de “-” se o líquido eliminado for maior que o líquido administrado.
Onde anotar?
Devemos anotar os valores corretamente na folha de sinais vitais.
Coleta de Materiais
Coleta de Materiais para Exames:
Os exames de laboratórios destinam-se a complementação diagnóstica e assumem importância considerável, desde que observadas as normas corretas da coleta do material. Geralmente cabe à enfermagem, o preparo do paciente, a obtenção e encaminhamentos de amostras de urina, fezes e escarro. Em muitos serviços, apenas a coleta de exsudatos e sangue é feita pelo pessoal do laboratório.
Coleta de Materiais
Normas gerais:
Informar o paciente sobre o exame que deverá ser feito, suas finalidades, métodos de coleta e necessidade de sua colaboração, minimizando preocupações e ansiedade na realização dos mesmos;
Empregar frascos ou recipientes adequados e com tampas perfeitamente ajustáveis;
Lavar as mãos antes e após a coleta do material e usar luvas;
Rotular o frasco com etiqueta, onde deve constar: nome do paciente, n° do registro geral, número da enfermaria, leito, exame solicitado, data e hora da coleta, médico requisitante, pessoa responsável pela coleta do material e caso haja necessidade de mais amostras, numerar os frascos.
Coleta de Materiais
Normas gerais:
Manter a parte externa dos frascos limpos e pedir ao paciente que não os contamine;
Todo material coletado deve seguir imediatamente para o laboratório, acompanhado da respectiva requisição;
Efetuar registro no prontuário do paciente, constando, horário, tipo de material colhido e exame solicitado.
Coleta de Materiais
Coleta de Urina:
Urina Tipo I - Amostra ideal para exame de rotina ou Tipo I de preferência deve ser colhida no laboratório, se não for possível deve ser levado ao laboratório dentro de 1 hora. Este tipo de amostra é essencial para evitar resultados falsos negativos no teste de gravidez e para avaliar a proteinúria ortostática (deitado). Trata-se de uma amostra mais concentrada o que garante a detecção de substâncias que podem estar presentes nas amostras aleatórias, mais diluídas.
Método de Coleta
Mulheres: 
De preferência no vaso sanitário;
Fazer assepsia da vagina e destampar o frasco estéril. 
Com uma das mãos afastar os grandes lábios e com a outra segurar o frasco já destampado.;
Desprezar o primeiro jato;
Colher a porção média no frasco estéril, urinando em jato para que a urina não escorra na região genital; 
Desprezar o restante da micção; 
Tampar o frasco imediatamente; 
Evitar coletar em período menstrual;
Volume mínimo de 10 ml.
Método de Coleta
Homens: 
Fazer assepsia do pênis; 
Destampar o frasco estéril; 
Retrair o prepúcio com uma das mãos e com a outra segurar o frasco já destampado; 
Desprezar o primeiro jato de urina; 
Colher a porção média no frasco estéril urinando em jato para que a urina não escorra na região genital; 
Desprezar o restante da micção; 
Tampar o frasco imediatamente; 
10 a 20 ml é ideal.
Método de Coleta
Urina de 24 horas 
Muitas vezes é necessário medir a quantidade exata de determinada substância química na urina, ao invés de registrar apenas sua presença ou ausência. 
Deve-se usar uma amostra colhida cronometrada cuidadosamente para conseguir resultados quantitativos exatos. Devemos manter o paciente hidratado durante os períodos de coletas curtas.
Procedimento de Coleta
Para conseguir uma amostra precisamente cronometrada, é necessário iniciar o período de colheita com a bexiga vazia. Pegar recipiente devidamente limpo e seco para coleta, com capacidade de 2.000 ml, já que o volume será bem maior que o normal.
Procedimento de Coleta
1º dia – 7 h da manhã: Urinar e descartar a amostra. O paciente então colhe toda urina nas próximas 24 horas. (As amostras colhidas devem ser mantidas refrigeradas).
2º dia – 7 h da manhã: o paciente urina e junta toda esta urina com aquela previamente colhida. E leva até o laboratório todo volume que foi recolhido.
Procedimento de Coleta
Enviar toda a urina ou a amostra ao laboratório. Para a amostra de 24 horas deve- se misturar toda a urina e pegar uma amostra de uns 10-20 ml, anotando na etiqueta o volume total de 24h. Se tratando de Clearence de creatinina, colher a urina de 24h. Ao completar 24h, colher 5 ml de sangue em tubo seco. Não se pede jejum. Pesar e medir a altura do paciente e anotar na requisição.
Exame Simples 
Instruir o paciente sobre o exame, fazê-lo urinar em recipiente limpo e seco previamente rotulado e enviar ao laboratório com a requisição.
 
TIG (Teste Imunológico de Gravidez) - Colher a primeira urina da manhã. Seguir método de coleta para o exame simples.
 
Glicosúria - É a eliminação de glicose pela urina. Quando o sangue é filtrado pelos rins, as substâncias que são desnecessárias são eliminadas na urina, enquanto as necessárias, como a glicose, são reabsorvidas e reenviadas ao sangue. Nos indivíduos sadios praticamente toda glicose é reabsorvida.
Método de Coleta
Entregar ao paciente a comadre limpa e seca e pedir que avise assim que urinar;
Calçar as luvas;
Retirar (cortar) 1 cm de GLICOFITA.
Mergulhar por um minuto a ponta da fita na urina e comparar a cor da fita com a cor padrão;
Tirar as luvas, lavar as mãos e registrar o resultado no relatório;
Tomar as medidas previstas caso o paciente deva receber insulina, de acordo com a glicosúria apresentada.
Método de Coleta
Coleta Estéril 
Jato médio para realizar urocultura - É útil para realização de cultura em urinas suspeitas de infecção bacteriana. Seguir a mesma técnica de coleta de Urina tipo I, só que empregando pote (frasco) estéril. De preferência o paciente deve urinar diretamente no frasco.
Coleta de Fezes
Parasitológico
O exame parasitológico de fezes é utilizado para identificação de diversas infestações parasitárias, ovos ou larvas de helmintos e de cistos de protozoários;
Instruir o paciente sobre o exame;
Preparar recipiente limpo, rotular e tampar;
Pedir a paciente que evacue em comadre limpa;
Calçar as luvas;
Colher pequena quantidade de fezes com uma espátula;
Em pessoas incapaz de evacuar na comadre, colher as fezes em fralda ou pano;
Enviar ao laboratório com a requisição.
Coleta de Fezes
Pesquisa de Sangue oculto nas Fezes
 
Orientar o paciente que durante 3 dias antes da coleta, evite a ingestão de: produtos com corantes, alimentos vermelhos (beterraba, tomate), carne vermelha, vegetais clorofilados (verdes), medicamentos à base de ferro e outros como: aspirina, AAS, anti-inflamatório não esteroides, anticoagulantes, colchicina, reserpina, vitamina C, iodo, sulfato ferroso e corante radiológico. Evitar bebidas alcoólicas por 3 dias antes da coleta. Coletar a amostra no 4° dia, logo após a dieta
Coleta de Fezes
ATENÇÃO - O material não deve ser colhido no período menstrual. Deve-se ter todo cuidado ao escovar os dentes para evitar sangramentos em gengivas.
Método - Colher as fezes em recipientes apropriados, seguindo normas do laboratório. Manter material à temperatura ambiente até 30 minutos da coleta. Após isso, manter o material refrigerado.
Coleta de Fezes
Coleta de Exsudato (feridas, cavidades naturais):
 
Orientar o paciente a respeito do exame;
Após lavar as mãos, calçar luvas esterilizadas;
Passar o cotonete, estilete ou “Swab” na região indicada, colhendo uma amostra significativa do material solicitado;
Recolocar o instrumento de coleta no frasco ou tubo e tampá-lo devidamente;
Enviar ao laboratório com a requisição;
Tirar as luvas e lavar as mãos;
Anotar o cuidado.
Atenção: se tratando de coleta de pus de uma ferida, o procedimento antecederá à realização do curativo.
Coleta de Sangue
Do ponto de vista da sua constituição, o sangue é considerado como um sistema complexo e relativamente constante, constituído de elementos sólidos (células sanguíneas), substância líquida (soro ou plasma) e elementos gasosos (O e CO). Para obtê-lo, o procedimento é conhecido como punção venosa, flebotomia.
 
Para alguns exames é necessário jejum de 12 horas, como por exemplo, dosagem de hormônios, de proteínas totais, colesterol e triglicerídeos, albuminas e ácido úrico e alguns exames de sorologia e imunologia, especialmente o da rubéola. Outros exigem que o sangue seja colhido com anticoagulante (EDTA- ácido tetra acético etileno diamino) como coagulograma, hemograma e gasometria. Já os exames para hepatite, sífilis, HIV e outros, não se faz necessário jejum, nem anticoagulante. 
Coleta de Sangue
Material
 
Seringa de 5 ou 10 ml ou tubo vacutainer;
Álcool a 70%;
Agulha 25 x 8;
Luvas de procedimento;
Frascos ou tubos rotulados;
Garrote;
Algodão;
Requisição;
Saco plástico para resíduos.
Coleta de Sangue
Método de Coleta:
 
Instruir o paciente sobre o exame;
Preparar o ambiente providenciando boa iluminação;
Lavar as mãos;
Colocar o material na mesa de cabeceira;
Posicionar o paciente, se possível sentado ou em decúbito dorsal; O braço do paciente deve ser posicionado em uma linha reta do ombro ao punho, de maneira que as veias fiquem mais acessíveis e o paciente o mais confortável possível. O cotovelo não deve estar dobrado e a palma da mão voltada para cima;
Calçar as luvas;
Coleta de Sangue
Método de Coleta:
 
Palpar e selecionar a veia a ser puncionada; A regra básica para uma punção bem sucedida é examinar cuidadosamente o braço do paciente. As características individuais de cada um poderão ser reconhecidas através de exame visual e/ou palpação das veias. Deve-se sempre que for realizar uma punção, escolher as veias do braço para a mão, pois neste sentido encontram-se as veias de maior calibre e em locais menos sensíveis a dor.
Coleta de Sangue
Método de Coleta:
 
Garrotear. O garrote é utilizado durante a coleta de sangue para facilitar a localização das veias, tornando-as proeminentes. O garrote deve ser colocado no braço do paciente próximo ao local da punção (4 a 5 dedos ou 10 cm acima do local de punção), sendo que o fluxo arterial não poderá ser interrompido. Para tal, basta verificar a pulsação do paciente. Mesmo garroteado, o pulso deverá continuar palpável. O garrote não deve ser deixado no braço do paciente por mais de um minuto. Deve-se retirar ou afrouxar o garrote logo após a punção, pois o garroteamento prolongado pode acarretar alterações nas análises.
Coleta de Sangue
Método de Coleta:
 
Fazer a antissepsia da área com algodão embebido em álcool, no sentido do retorno venoso, para estimular o aparecimento das veias.
Deixar o algodão na bandeja ou segurá-lo com o dedo mínimo.
Com o polegar da mão não dominante fixar a veia, esticando a pele abaixo do ponto da punção.
Coleta de Sangue
Método de Coleta:
 
Segurar a seringa horizontalmente, com a mão dominante, mantendo o indicador sobre o canhão da agulha.
Introduzir a agulha com o bisel e a graduação da seringa voltados para cima. A agulha deve penetrar na veia aproximadamente 1cm e ser mantida num ângulo de 15°.
Aspirar a seringa com a mão que fixava a veia. Isto evitará movimentos desnecessários e deslocamento da agulha. Se usar vacutainer, aguardar seu enchimento.
Após a coleta do sangue necessário, pedir para o paciente abrir a mão, desprender o garrote e remover a agulha, com movimento único e suave, apoiando o local com algodão embebido em álcool.
Coleta de Sangue
Método de Coleta:
 
Para facilitar a hemostasia, fazer leve pressão no local da punção com o algodão.
Fazer com que a amostra de sangue escorra vagarosamente pela parede do tubo, evitando a hemólise. Se o frasco tiver anticoagulante, agitá-lo levemente, para misturar bem com o conteúdo.
Deixar o ambiente em ordem e o paciente confortável.
Enviar o material ao laboratório com a requisição.
Anotar o cuidado descrevendo as observações.
Coleta de Sangue
Método de Coleta:
 
Vacutainer
Verificação de Sinais Vitais 
As alterações da função corporal geralmente se refletem na temperatura do corpo, na pulsação, na respiração e na pressão arterial, podendo indicar enfermidade. Por essa razão são chamados sinais vitais e pela importância de cada um deles, sua verificação e anotações devem ser exatas. 
Os sinais vitais referem-se a:
 
Temperatura (T);
Pulso ou Batimentos Cardíacos (P);
Respiração (R);
Pressão Arterial (PA).
Verificação de Sinais Vitais 
Materiais necessários para aferição dos Sinais Vitais:
Esfigmomanômetro;
Estetoscópio;
Termômetro;
Recipiente com algodão (umedecer com álcool só o necessário para uso imediato);
Recipiente com álcool a 70%;
Relógio com ponteiros de segundos;
Papel ou bloco de anotações (sugestão: escrever previamente no papel o nome e o número do leito de cada cliente para organizar as anotações).
Verificação da temperatura
Valores normais no adulto:
Temperatura axilar: 35,5° a 37°C, contraindicado em casos de queimaduras no tórax e em pacientes muito magros.
Temperatura bucal: 36° a 37,4°C, contra indicado em pacientes inconscientes, agitados, com queimaduras de face e cirurgias na boca.
Temperatura retal: 36° a 37,5°C, mais fidedigna que a axilar e bucal. Contra indicado em pacientes com cirurgias do reto, diarreia e em pacientes propensos a bradicardia (estímulo vagal do ânus).
Temperatura timpânica: 36 a 38,2°C.
Verificação da temperatura
Terminologias Específicas:
Normotermia: temperatura corporal normal.
Afebril: ausência
da elevação da temperatura.
Febrícula: temperatura corporal (axilar) entre 37,1 e 37,5° C.
Hipertermia: quando a temperatura corporal encontra-se acima do valor normal.
Hiportermia: temperatura corporal abaixo do valor normal.
Verificação da temperatura
Procedimentos:
Explicar o procedimento ao paciente.
Realizar a desinfecção do termômetro com algodão embebido em álcool a 70%.
Em casos de termômetros digitais zera-lo; em caso de termômetros de mercúrio sacudi-lo cuidadosamente até que a coluna de mercúrio desça abaixo de 35°C.
 
Observação - As três etapas descritas acima devem ser realizadas antes da aferição da temperatura axilar, bucal, retal e timpânica.
Verificação da temperatura
Temperatura Axilar:
Enxugar a axila do paciente (a umidade pode abaixar a temperatura real do corpo).
Colocar o termômetro com o bulbo em contato direto com a pele na região axilar.
Pedir ao paciente para comprimir o braço com a mão ao ombro oposto.
Retirar após 3 a 5 minutos.
Verificar o valor e registrar.
Comunicar e registrar alterações.
Realizar desinfecção do termômetro.
Verificação da temperatura
Temperatura Bucal:
Colocar o termômetro sob a língua do paciente.
Pedir ao paciente para comprimir o braço com a mão ao ombro oposto.
Retirar após 3 a 5 minutos.
Verificar o valor e registrar.
Comunicar e registrar alterações.
Realizar desinfecção do termômetro.
Verificação da temperatura
Temperatura Retal:
Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento.
Colocar o paciente em decúbito lateral.
Lubrificar o termômetro com vaselina e introduza-lo dois centímetros pelo ânus.
Retirar após 3 a 5 minutos.
Verificar o valor e registrar.
Lavar o termômetro com água e sabão.
Retirar as luvas e lavar as mãos.
Anotar a temperatura, usando um “R” para indicar a região onde foi verificada.
Verificação da temperatura
Temperatura Retal:
Observação - Este procedimento é mais utilizado nas maternidades e serviços de pediatria. Neste caso, o termômetro é individual, de tipo apropriado, isto é, com o bulbo de mercúrio curto, arredondado e de vidro mais grosso. É indicado também para adultos em estado grave ou inconscientes.
Verificação do pulso
Radial (pulso).
Braquial (região interna do braço).
Carótida (próximo à laringe).
Poplítea (atrás do joelho).
Pediosa (dorso do pé).
Verificação do pulso
Terminologias básicas:
Pulso normocárdico: batimento cardíaco normal.
Pulso rítmico: os intervalos entre os batimentos são iguais.
Pulso arrítmico: intervalos entre os batimentos desiguais.
Taquisfigmia ou taquicardia: pulso acelerado, acima do valor normal.
Bradisfigmia ou bradicardia: frequência cardíaca abaixo do valor normal.
Pulso filiforme: fraco, quase que imperceptível.
Verificação do pulso
Método de verificação do pulso:
Explicar o procedimento ao paciente.
Manter o paciente confortável (deitado ou sentado), com o braço apoiado.
Colocar os dedos indicador e médio sobre a artéria, fazendo leve pressão (o suficiente para sentir a pulsação).
Procurar sentir bem o pulso antes de iniciar a contagem.
Contar batimentos em período de um minuto.
Repetir contagem, em casos de dúvidas.
Anotar o valor e comunicar alterações.
Verificação do pulso
Método de verificação do pulso:
Observações - Não usar o polegar para verificação do pulso, pois a própria pulsação pode ser confundida com a pulsação do paciente. Aquecer as mãos. Não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isso pode impedir de sentir os batimentos.
Verificação da Respiração
A respiração é o ato de inspirar e expirar, promovendo a troca de gases entre o organismo e o ambiente. A frequência respiratória normal no adulto varia entre 16 a 20 respirações por minuto (rpm).
Terminologias Básicas
Eupneia: respiração normal.
Taquipneia: respiração acelerada (mais que 20 rpm).
Bradipneia: diminuição dos movimentos respiratórios (menos que 16 rpm).
Apneia: ausência de movimentos respiratórios.
Dispneia: dor ou dificuldade ao respirar.
Verificação da Respiração
Método de Verificação:
Lavar as mãos
Deixar o tórax do paciente visível (pode estar sentado ou deitado).
Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax. Os dois movimentos (inspiração e expiração) somam um movimento respiratório.
Colocar a mão no pulso do paciente a fim de disfarçar a observação.
Contar os movimentos respiratórios durante um minuto.
Anotar o valor.
Comunicar e registrar anormalidades.
 
Observações - Pedir que o paciente não fale durante o procedimento. Não contar respiração após esforços físicos
Verificação da Pressão Arterial (PA)
A pressão arterial é a força com que o sangue bate na parede dos vasos sanguíneos. É determinada pelo volume de sangue que sai do coração e pela resistência que ele encontra. 
Ao medir a pressão arterial, consideramos a pressão máxima (sistólica) e a pressão mais baixa (diastólica). A pulsação ventricular ocorre em intervalos regulares. A P.A. é medida em milímetros de mercúrio (mmHg).
A posição recomendada para a medida da pressão arterial (PA) é a sentada. Entretanto, a medida na posição ortostática (de pé) deve ser feita pelo menos na primeira avaliação, especialmente em idosos, diabéticos, alcoólicos e pacientes em uso de medicação anti-hipertensiva. 
Verificação da Pressão Arterial (PA)
Recomendações para a verificação de pressão arterial
Explicar o procedimento ao paciente, orientando que não fale e descanse por 5-10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. Promover relaxamento, para atenuar o efeito do avental branco (elevação da pressão arterial pela tensão provocada pela simples presença do profissional de saúde, particularmente do médico).
 
Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia; não praticou exercícios físicos há 60-90 minutos; não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes; e não está com as pernas cruzadas.
Verificação da Pressão Arterial (PA)
Recomendações para a verificação de pressão arterial
Manter o braço do paciente na altura do coração, livre de roupas, com a palma da mão voltada para cima e cotovelo ligeiramente fletido.
 
Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneroide.
 
Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa do nível a pressão sistólica; desinflar rapidamente e aguardar um minuto antes de inflar novamente.
Verificação da Pressão Arterial (PA)
Recomendações para a verificação de pressão arterial
Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva.
 
Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar de 20 a 30 mmHg, o nível estimado da pressão sistólica. Proceder a deflação (desinflando o manguito), com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo. Após identificação do som que determinou a pressão sistólica, aumentar a velocidade para 5 a 6 mmHg para evitar congestão venosa e desconforto para o paciente.
Verificação da Pressão Arterial (PA)
Recomendações para a verificação de pressão arterial
Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som, seguido de batidas regulares que se intensificam com o aumento da velocidade de deflação. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som. 
Auscultar cerca de 20 a 30mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons.
Verificação da Pressão Arterial (PA)
Recomendações para a verificação de pressão arterial
Registrar os valores das pressões sistólicas e diastólica. Não arredondar os valores de pressão arterial para dígitos terminados em zero ou cinco. 
 
Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas.
Verificação da Pressão Arterial
(PA)
Hipertensão Arterial 
Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial sistólica maior ou igual a 140 mmHg e uma pressão arterial diastólica maior ou igual a 90 mmHg, em indivíduos que não estão fazendo uso de medicação anti-hipertensiva. É preciso ter cautela antes de rotular alguém como hipertenso, tanto pelo risco de um diagnóstico falso-positivo, como pela repercussão na própria saúde do indivíduo e o custo social resultante. O Quadro 1 apresenta a classificação da pressão arterial para adultos com mais de 18 anos.
Verificação da Pressão Arterial (PA)
Hipertensão Arterial 
	Classificação	Pressão Arterial Sistólica (mmHg)	Pressão Arterial Diastólica (mmHg)
	Normal	Menor que 120	Menor que 80
	Pré-hipertensão	120-139	80-89
	HIPERTENSÃO	Estágio 1 : 
140 -159	90-99
	 	Estágio 2 : Maior ou 
igual a 160	Maior ou igual a 100
Observação - Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação do estágio.
Classificação da pressão arterial 
Movimentação e Transporte do Paciente
Movimentação de Paciente:
 
Deixar os pés afastados e totalmente apoiados no chão;
Trabalhar com segurança e com calma;
Manter as costas eretas;
Usar o peso corporal como um contrapeso ao do paciente;
Flexionar os joelhos em vez de curvar a coluna;
Abaixar a cabeceira da cama ao mover um paciente para cima;
Utilizar movimentos sincrônicos;
Trabalhar o mais próximo possível do corpo do cliente, que deverá ser erguido ou movido;
Realizar a manipulação de pacientes com a ajuda de, pelo menos, duas pessoas.
Movimentação e Transporte do Paciente
Movimentação de Paciente:
 
Mecânica corporal: é o esforço coordenado dos sistemas musculoesquelético e nervoso para se manter o equilíbrio, a posição e o alinhamento corporal ao sentar-se, mover-se, curvar-se e realizar as atividades da vida diária.
Movimentação e Transporte do Paciente
Mudanças de Decúbito:
 
Lembrar que o paciente deve ser estimulado a movimentar-se de uma forma independente, sempre que não existir contraindicações nesse sentido.
A seguir conheceremos as mudanças de posição mais frequentes.
Movimentação e Transporte do Paciente
1 - Trazer o cliente para um dos lados da cama:
 
A movimentação no leito deve ser realizada, preferencialmente, por duas pessoas, seguindo-se os seguintes passos:
As duas pessoas devem ficar do mesmo lado da cama, de frente para o paciente;
Permanecer com uma das pernas em frente da outra, com os joelhos e quadris fletidos, trazendo os braços ao nível da cama: a primeira pessoa coloca um dos braços sob a cabeça e, o outro, na região lombar;
Movimentação e Transporte do Paciente
1 - Trazer o cliente para um dos lados da cama:
 
A segunda pessoa coloca um dos braços também sob a região lombar e, o outro, na região posterior da coxa.
Trazer o paciente, de um modo coordenado, para este lado da cama. Se for necessário mover o paciente sem ajuda, deve-se fazê-lo em etapas, utilizando-se o peso do corpo como um contrapeso e plásticos facilitadores de movimentos.
Movimentação e Transporte do Paciente
2 - Colocar o cliente em decúbito lateral 
Quando o paciente não é obeso, pode-se seguir as seguintes fases:
 
Permanecer do lado para o qual você vai virar a pessoa;
Cruzar seu braço e sua perna no sentido em que ele vai ser virado, flexionando o joelho.
Observar o posicionamento do outro braço e fazer o paciente virar a cabeça em sua direção;
Rolar a pessoa gentilmente, utilizando seu ombro e joelho como alavancas.
Movimentação e Transporte do Paciente
3 - Movimentar o cliente, em posição supina, para a cabeceira da cama:
 
Se o paciente tem condições físicas, ele pode mover-se sozinho, com a ajuda de um trapézio.
O cliente flexiona os joelhos e dá um impulso, tendo como apoio um plástico antiderrapante sob seus pés ou uma pessoa segurando-os;
Pode-se também colocar um plástico deslizante sob as costas e a cabeça do paciente.
Transporte de Pacientes
1 - Auxiliar o cliente a levantar de cadeira ou poltrona:
Colocar o cliente para a frente da cadeira, puxando-o alternadamente pelo quadril;
Permanecer ao lado da cadeira, olhando do mesmo lado que o paciente;
O cliente deve colocar uma mão no braço mais distante da cadeira e a outra é apoiada pela mão do trabalhador de enfermagem. Com o outro braço, o trabalhador circunda a cintura do paciente, segurando no cinto de transferência;
Levantar de uma forma coordenada, com movimentos de balanço.
Dependendo das condições do cliente, pode ser necessária a participação de outra pessoa, do outro lado da cadeira.
Transporte de Pacientes
2 - Auxiliar o cliente a deambular:
É importante fazer uma avaliação cuidadosa para verificar se o cliente tem condições de deambular. A pessoa deve permanecer bem próxima do paciente, do lado em que ele apresenta alguma deficiência, colocando um braço em volta da cintura e o outro apoiando a mão. O ideal, nestes casos, é utilizar um cinto especial, colocado na cintura do paciente.
Transporte de Pacientes
3 - Transferir o cliente do leito para uma poltrona ou cadeira de rodas:
O paciente pode executar essa transferência de uma forma independente ou com uma pequena ajuda, utilizando uma tábua de transferência, da seguinte maneira:
Posicionar a cadeira próxima à cama. Elas devem ter a mesma altura;
Travar a cadeira e o leito, remover o braço da cadeira e elevar o apoio dos pés;
Posicionar a tábua apoiada seguramente entre a cama e a cadeira.
Transporte de Pacientes
4 - Transferir o paciente do leito para uma maca:
Não existe maneira segura para realizar uma transferência 
manual do leito para uma maca. Existem equipamentos que devem ser utilizados, como as pranchas e os plásticos resistentes de transferências nesse caso, o paciente deve ser virado para que se acomode o material sob ele. 
Volta-se o paciente para a posição supina, puxando-o para a maca com a ajuda do material ou do lençol. Devem participar desse procedimento quantas pessoas forem necessárias, dependendo das condições e do peso do cliente. Nunca esquecer de travar 
as rodas da cama e do leito e de ajustar sua altura.
Transporte de Pacientes
4 - Transferir o paciente do leito para uma maca:
Transporte de paciente
Contenção no Leito 
A contenção deve satisfazer os seguintes objetivos:
 
Reduzir o risco de lesão por queda;
Evitar interrupção da terapia (tração, infusão, alimentação por sondas, etc.);
Evitar que cliente confuso ou agressivo remova o equipamento de suporte de vida;
Reduzir risco de lesão para outros clientes.
Contenção no Leito 
Procedimentos - Proceder a restrição no leito dos segmentos corporais na seguinte ordem: 
 
Ombros: lençol em diagonal pelas costas, axilas e ombros, cruzando-as na região cervical;
Tornozelos e pulsos: proteger com algodão ortopédico, com a atadura de crepe fazer movimento circular, amarrar;
Quadril: colocar um lençol dobrado sobre o quadril e outro sob a região lombar, torcer as pontas, amarrar;
Joelhos: com 02 lençóis. Passar a ponta D* sobre o joelho D e sob o E* e a ponta do lado E sobre o joelho E e sob o D. (*D: direito **E: esquerdo).
Contenção no Leito 
ATENÇÃO!
 
Não utilizar ataduras de crepe (faixas) menor do que 10 cm; pois podem causar garroteamento no membro imobilizado;
Evitar garroteamento dos membros;
Afrouxar a restrição em casos de edema, lesão e palidez;
Retirar a restrição uma vez ao dia (banho);
Proceder limpeza e massagem de conforto no local.
Úlceras por Pressão
É uma lesão com tendência a necrose dos tecidos. É causada pela irrigação sanguínea deficiente, ocasionada por pressão demorada e consequente falta de nutrição 
dos tecidos. 
Ocorre frequentemente em pacientes com afecções 
graves do sistema nervoso, sobretudo nos hemiplégicos 
e paraplégicos, em pacientes em estado de coma ou politraumatizados incapacitados de mover-se na cama.
A úlcera de pressão caracteriza-se

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