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FICHAMENTO O papel das oficinas de criatividade junto a idosos institucionalizados.

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
CPA- Centro de Psicologia Aplicada / Campus Tatuapé
DISCIPLINA: PRÁTICAS PSICOLÓGICAS
Área de estágio: Oficina de criatividade
Nome: Emily Célia Bispo Santos RA: N344HA-0
Supervisor: Marcos Vinicius CRP: 06/103044
Data: 26.04.2023
Fichamento: O papel das oficinas de criatividade junto a idosos institucionalizados.
	Desde a antiguidade se discute a respeito do envelhecer, a velhice é uma categoria social. Cada sociedade vive de forma diferente o desgaste do ser humano. Atualmente, a sociedade rejeita o idoso, não querendo continuar a sua obra, por considerar que ele já não é mais produtivo. O Idoso detentor de propriedades é mais bem acolhido, pois seus bens o defendem de sua desvalorização como pessoa. Depois do desenvolvimento industrial e urbanístico desordenado, os anciãos foram relegados a situações de marginalização e de empobrecimento.
	Idosos são populações ou indivíduos que podem ser caracterizados pela duração do seu ciclo vital. Segundo as convenções sócio demográficas atuais, idosos são pessoas com mais de sessenta anos, nos países em desenvolvimento, e de mais de sessenta e cinco, nos países desenvolvidos (Neri, 2001). 
	Beauvoir (1976), entende a velhice como um fenômeno biológico com consequências psicológicas consideradas típicas da idade avançada, que modifica a relação do homem no tempo e seu relacionamento com o mundo e com a sua própria história.
	A representação social do idoso conheceu uma série de modificações ao longo do tempo, uma vez que as mudanças sociais reclamavam políticas sociais para a velhice, que pressionaram a criação de categorias classificatórias adaptadas a nova condição moral e a uma construção ética do envelhecer, ou seja, conceder aos idosos condições e direitos para continuarem o restante da vida de forma digna e respeitosa.
	Em nosso país, o interesse do estado nas questões ligadas aos idosos caminha a passos lentos. Em 2003, foi criado o Estatuto do Idoso, que entende que o processo de envelhecimento diz respeito a sociedade, devendo ser objeto de conhecimento e informação para todos, asseverando que os idosos não devem sofrer nenhuma discriminação.
	Na Holanda no século XV, surgiram as primeiras instituições oficiais para acolher idosos carente ou enfermos e a Inglaterra foi o primeiro país a formalizar programas de cuidados em função do envelhecimento, após a Segunda Guerra Mundial. De maneira geral, a sociedade fecha os olhos para os abusos aplicados contra os idosos, que devido a uma discutível melhora da qualidade de vida, estão crescendo em número a cada ano. Segundo o instituto brasileiro de geografia e estatísticas (IBGE), entre 1991 a 2000, aumentou em 47,5% o número de idosos (com 65 anos ou mais). O crescimento da parcela de idosos da população foi de 17% em dez anos. Estima – se que em 2020, os maiores de 60 anos serão 30 milhões, ou o correspondente a 13% da população total do país.
	Os adultos, segundo Beauvoir (1990), muitas vezes interessam-se pelo idoso como objeto de exploração. Multiplicam-se clínicas e casas de repouso, onde idosos que podem pagar o fazem a troco de conforto e cuidados, que frequentemente deixam a desejar. Nessas instituições, apesar de receber os cuidados básicos, o idoso vai perdendo a originalidade, a vontade, a capacidade de projetar o futuro, o raciocínio, a memória, estando sempre a parte do processo da vida (Goffman, 1974). No cansaço e no desgaste do dia a dia a vida vai passando.
	Os exercícios propostos na oficina, a partir de atividades corporais e utilização de materiais expressivos, permitem aos participantes expressarem uma criatividade mais livre. Estes passam a ter, pouco a pouco, uma memória de Instantâneos reconstruídos e transformados em seus trabalhos expressivos. A oficina de criatividade, pode desempenhar em uma instituição para idosos, um papel de fundamental Importância, uma vez que, por meio dela, é possível explorar a expressividade e modificar a forma de ver o mundo.
	 A implantação de oficina de criatividade, persegue como produto adjacente, uma visão do ser humano contemporâneo como alguém que pode e deve expressar seus pensamentos e sentimentos, sem o receio de ser censurado. Para isso, utiliza a arte como estímulo sensorial, despertando capacidades. Podem ser também realizados exercícios de estimulação dos sentidos, trabalhando as percepções, explorando as possibilidades e capacidades de cada um.

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