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Alfabetização e Educação infantil (Aulas 4, 5 e 6)
A Educação Infantil é o primeiro contato da criança com a experiência escolar e engloba a importante fase da vida entre 2 e 6 anos de idade. Dessa 
forma, ela propicia o desenvolvimento integral do indivíduo em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social. O trabalho com as crianças 
pequenas, demanda, necessariamente, atividades que desenvolvam objetos de estudo concretos, lúdicos e contextualizados com a sua realidade. 
A Educação Infantil é essencial para que a criança tenha um convívio social além do núcleo familiar. Ou seja, é um momento importante para que o 
indivíduo aprenda a se relacionar e viver em sociedade, desenvolvendo habilidades fundamentais à formação humana, além das capacidades 
cognitivas e motoras.
As crianças devem ser colocadas em situações desafiadoras e que impulsionem o desenvolvimento integral da criança. Elas devem ser acompanhadas,
mas não conduzidas pela professora, de maneira que possam desenvolver sua própria linguagem, seu modo de pensar e a capacidade de chegar as suas
próprias conclusões
A Educação Infantil cumpre sua tarefa, quando oferece às crianças variadas formas de expressão através de diferentes linguagens (escrita, oral, 
artística, imagética, matemática, corporal…) que proporcionam experiências lúdicas e propulsoras de desenvolvimento.
Utilizar as práticas de leitura e de escrita (perspectiva do Letramento) todos os dias, na presença das crianças. Deve-se trabalhar os conteúdos 
pertinentes a esta fase específica através do brincar, buscando sempre potencializar as aprendizagens, sendo este um caminho importante para um 
trabalho de qualidade.
Antes: Assistencialista, a Criança considerada como um “Vir a Ser”, etapa preparatória para a Educação Básica. 
Atualmente: Espaço de circulação e produção de conhecimento por crianças pequenas, etapa obrigatória da Educação Básica.
A palavramundo como conteúdo alfabetizador = práticas interculturais presentes na sala de aula.
Aprender a ler lendo. Aprender a escrever escrevendo.
A escolarização e didatização da literatura acabam por afastar a criança do livro e dissipar o seu interesse pela leitura. 
O professor leitor ensinando a gostar de ler. 
 
É importante ler quantas vezes for do interesse das crianças e possibilitar que a mesma faça a leitura também, seja através das imagens ou pela 
memória a partir de outras leituras, feitas por um adulto. Assim, a criança se reconhece como sujeito leitor.
Quais as consequências de um processo de escolarização antecipado na Educação Infantil?
Estimular a leitura precoce, por sua vez, compromete tal formação. Além disso, pode ocasionar problemas como sobrecarga, deficiências na 
coordenação motora, apatia, desinteresse, desmotivação e estresse.
Como promover o desenvolvimento integral na Educação Infantil?
Desenvolvimento Integral – Atividades físicas: conhecendo as dimensões do próprio corpo
Atividades culturais: expandindo além do físico
Desenvolvimento Integral – Atividades cognitivas: trabalhando o pensamento intelectual
Atividades afetivas: sentindo a si mesmos
Atividades simbólicas: conexão com tudo e todos
Desenvolvimento Integral e a Passos da Criança
Aula 4 – Alfabetização e Educação Infantil – 1ª parte
RESUMO: A Educação Infantil passou a ser etapa obrigatória da escolaridade básica, a partir da atual LDB 9.394/96. Só então, começou a tomar 
corpo um processo de distinção entre o atendimento assistencial e a tarefa pedagógica, característica desse segmento, para atender às necessidades de 
desenvolvimento das crianças na faixa etária de 0 a 6 anos. O trabalho com as crianças pequenas, demanda, necessariamente, atividades que envolvam
objetos de estudo concretos, lúdicos e contextualizados com a sua realidade. Dessa maneira, os desafios que se impõem aos docentes que lidam com 
esse cotidiano são maiores e mais amplos que a mera assistência e cuidado com aspectos físicos e sociais.
Aula 5 – Alfabetização e Educação Infantil – 2ª parte
CONCLUSÃO: A partir do panorama apresentado sobre a criança e a importante função da Educação Infantil, podemos discutir, agora, os motivos 
pelos quais não podemos reduzir a EI apenas a um período preparatório para a alfabetização. Admitir que a Educação Infantil possui apenas um papel 
de preparação para a leitura e a escrita significa negar tudo o que apresentamos até aqui. Por que então algumas escolas insistem em utilizar em seu 
cotidiano, livros e cadernos para as crianças com idade entre 2 e 6 anos? Por que continuam a oferecer folhas reproduzidas de livros didáticos, com 
pontinhos para cobrir e formar figuras? Se nós acreditamos no trabalho da Educação Infantil como um trabalho de desenvolvimento das 
potencialidades da criança de forma concreta e contextualizada, não deveríamos impor às crianças atividades de repetição, memorização e treino 
motor. Compreender o amplo trabalho da EI significa acreditar que rolar, correr e saltar é muito melhor do que cobrir pontinhos; acreditar que cantar, 
rimar e dramatizar são mais importantes do que soletrar; ter a convicção de que ouvir e inventar muitas histórias têm mais valor do que decorar o 
nome das letras.
RESUMO: A Educação Infantil possui características próprias porque atende a crianças em pleno desenvolvimento da sua inteligência, sua 
personalidade, seu corpo e sua afetividade. A primeira infância, como é chamada essa etapa, é a mais importante da vida de um indivíduo, pois é onde 
se dá a formação das relações de causa e consequência, das formas de elaboração das perdas e frustrações, da forma como vai compreender as regras 
de convivência entre as pessoas. Portanto, a tarefa é árdua. O professor precisa ser um profundo conhecedor das etapas do desenvolvimento infantil 
para poder propor ações que permitam o crescimento dos educandos. O trabalho da Educação Infantil precisa garantir o processo de desenvolvimento 
da criança respeitando a etapa em que ela se encontra e, ao mesmo tempo, desafiando-a a seguir adiante. Por esse motivo, iniciar a alfabetização sem 
levar em consideração a formação do educando como um todo, para além da prontidão dos elementos que os professores julgam necessários para 
aprender a ler e escrever, é, sem dúvida nenhuma, um equívoco.
Aula 6 – Alfabetização e Educação Infantil – 3ª parte 
RESUMO: Realizar o trabalho da Educação Infantil com seriedade requer estudo e conhecimento acerca do desenvolvimento infantil e dos processos 
pedagógicos necessários ao processo de aprendizagem, nessa faixa etária. A tarefa da Educação Infantil diz respeito à formação da criança em todas as
suas dimensões: corporal, afetiva, cognitiva. O que alguns autores chamam de biopsicossocial. Nesse contexto, o desenvolvimento de habilidades 
necessárias à apropriação da leitura e da escrita passa a ser consequência e não a única meta do trabalho. Se a escola de Educação Infantil conseguir 
realizar um trabalho sério no desenvolvimento das crianças, já contribuirá, necessariamente, para o letramento e o processo de alfabetização.
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Oralidade, escrita e ortografia (Aulas 12, 13, 14, 15 e 16)
Qual a contribuição do latim para a língua portuguesa? O latim se tornou o idioma oficial do antigo Império Romano. A partir de sua importância 
influência deu origem a várias línguas europeias, denominadas românicas, sendo elas: o português, espanhol, castelhano, francês, italiano, o romeno, 
o galego e o catalão. 
O que podemos dizer sobre a oralidade e a escrita? A oralidade e a escrita são duas formas de variação linguística, onde a oralidade é geralmente 
marcada pela linguagem coloquial (ou informal), enquanto a escrita, em grande parte, está associada à linguagem culta (ou formal).
Como a língua portuguesa foi sendo modificada ao longo do tempo? O contato entre os indígenas, os africanos e os vários imigrantes quevieram de 
algumas regiões da Europa contribuiu para o chamado multilinguismo. Assim, além da fase bilíngue pela qual passou a nossa língua, o 
multilinguismo contribuiu – e continua contribuindo – para a formação da identidade do português brasileiro.
O que é ortografia oficial na língua portuguesa? Ortografia Oficial, ou simplesmente Ortografia, é a parte da nossa gramática que se dedica a estudar a
escrita correta das palavras. Quando falamos de “Ortografia Oficial” estamos nos referindo à Ortografia definida oficialmente no Brasil como a 
correta.
Qual a influência da cultura indígena na língua portuguesa? Topônimos como Iguaçu, Pindamonhangaba, Ipiranga, Ipanema, Itaipu e Mantiqueira são 
palavras ou expressões indígenas. Há heranças do tupi também em verbos, como cutucar, e em expressões populares como estar na pindaíba ou ficar 
jururu. A contribuição do tupi, no entanto, não ficou restrita ao Brasil.
Qual a influência da cultura negra no vocabulário brasileiro? Nosso vocabulário é repleto de termos e expressões de origem africana: abadá, caçamba,
fubá, corcunda, miçanga, samba, saravá, moleque, macumba, entre outras. Grande parte dessas palavras tiveram origem com os bantus, oriundos de 
regiões que pertencem hoje à Angola, Congo e Moçambique.
Quais as estratégias para leitura e escrita na Educação Infantil? Para favorecer o desenvolvimento dos pequenos, vale a pena ensinar a usar as letras 
em situações reais de leitura e escrita, propiciar momentos de reflexão sobre elas, conversar sobre suas denominações e promover a relação com 
palavras e partes de palavras conhecidas, como os nomes de amigos e parentes…
O que é Hipossegmentação na escrita? A hipossegmentação trata-se de uma segmentação não convencional, nas quais palavras autônomas e 
independentes na escrita, são unidas como se fossem uma só, como por exemplo, a escrita, atualmente corriqueira, da locução conjuntiva “por isso” 
que encontramos na forma “porisso”
O que é hipersegmentação? Já a hipersegmentação ocorre na escrita quando uma palavra morfológica é dividida em partes menores, como, por 
exemplo, “ca ju” ao invés de “caju”, encontrada em nosso corpus e objeto de nossa análise.
Como favorecer o desenvolvimento da linguagem escrita na Educação Infantil?
Como trabalhar a aprendizagem da escrita na Educação Infantil…
Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as crianças manifestam curiosidade em relação à escrita desde muito pequenas. Ouvir a leitura 
de histórias, observar textos, palavras e letras ao seu redor, faz com que ela construa uma concepção da língua escrita.
Qual desses erros de ortografia que ocorre em fases iniciais de aprendizagem? Um erro de ortografia particularmente comum nas fases iniciais da 
aprendizagem do português brasileiro é o erro na escrita de fonemas vocálicos devido à forma como certos fonemas são pronunciados, por exemplo a 
escrita de sorveti em vez de sorvete
Qual a importância da variação linguística no ensino escolar? Trabalhar variedade linguística em sala de aula é um processo importante para a 
sociedade, pois viabiliza conseguir a diminuição do preconceito existente e ampliar o repertório linguístico dos alunos. Busca-se, assim, aprimorar o 
ensino de língua portuguesa.
Quais seriam as dificuldades se a ortografia fosse baseada na fonética? A ortografia é atualizada com menos frequência que a fala das pessoas no uso 
cotidiano da língua. Tal aspecto faz com que os sistemas ortográficos se tornem mais opacos em relação ao sistema fonológico que a ortografia tenta 
reproduzir, porque a língua falada está em constante alteração.
Como a linguística pode interferir no processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa? Na língua Portuguesa a linguística leva o aluno a lidar 
com diferentes situações na língua desenvolvendo as habilidades e competências necessárias para os tornarem reflexivos, sendo leitores e escritores 
críticos e adequados para produzirem, por exemplo, textos orais ou escritos.
Aula 12 – O Latim e o surgimento da Língua Portuguesa
CONCLUSÃO: Observamos que a construção de um sistema gráfico padronizado não se fez da noite para o dia em Portugal. O fato de cada pessoa 
escrever do modo como pronunciava as palavras, fez com que a forma de dividir as palavras nas frases, bem como a escolha das letras para grafar as 
palavras, seguissem a intuição de quem escrevia. Se por um lado, os textos respeitavam o estilo de cada um, permitindo que se expressassem de 
acordo com a variedade linguística utilizada em seu dia a dia, por outro, a leitura desses textos tornava-se mais difícil para quem não utilizava o 
mesmo dialeto. Apesar de os portugueses falarem o mesmo idioma, o uso da língua em cada classe social, em cada região, em cada faixa etária se 
manifestava de maneira distinta. Considerando que uma nação se compõe de falares distintos, os gramáticos do século XV, visando à consolidação da 
Língua Portuguesa, pensam formas para padronizar a escrita a fi m de evitar ambiguidades. Com isso se ressalta uma questão política: que dialeto será
privilegiado para padronizar a linguagem escrita? Certamente o da classe dominante. A partir do texto que lemos, podemos deduzir que as relações de 
opressão linguística encontram-se também nas práticas desenvolvidas pela escola. Quando o professor valoriza um determinado dialeto, impedindo 
que outros dialetos se manifestem, ele está estabelecendo uma relação de poder, ou, pelo menos, reproduzindo uma relação opressiva. Na medida em 
que desconsideramos outras formas de manifestação verbal, tanto no campo da oralidade, como no campo da escrita, impedimos que os sujeitos 
recriem a sua linguagem a partir de sua perspectiva. Se por um lado, é necessário normatizar um sistema de códigos para que a linguagem se torne 
mais eficaz diante das variações, por outro lado é necessário considerar as diferenças envolvidas no processo de elaboração de novos saberes que a 
escola busca produzir.
RESUMO: Toda língua está em constante transformação, sendo determinada por fatores econômicos, políticos, culturais e sociais. A constituição de 
um idioma está vinculada às relações de poder entre as diversas instâncias que compõem um Estado. No percurso da história, é possível perceber que 
o processo de dominação dos romanos, sobre outros povos, fez com que o Latim se tornasse a língua hegemônica no continente europeu entre os 
séculos III A.C. e V D.C. Observa-se, entretanto, que a apropriação da língua, imposta pelos povos dominados, sofreu transformações, promovendo a 
construção de novos dialetos e idiomas. Cada grupo, a partir de seus saberes consolidados, e no contato com outras civilizações, acabou por 
desenvolver uma dinâmica própria, elaborando uma forma singular de se expressar. Um dos meios de consolidação da língua reinventada foi a 
produção de registros escritos de acordo com o discurso oral. A Igreja tentou impedir que esse fato acontecesse, dificultando a democratização dos 
saberes produzidos pela humanidade nas escolas monásticas. Graças a um amplo processo de resistência, os portugueses, assim como outras nações, 
conseguiram adaptar o sistema de escrita latina para a sua língua materna, adotando uma nova forma de expressão verbal pela via do discurso escrito. 
A partir deste movimento, desenvolve-se um processo de valorização da produção de textos escritos em sua própria língua materna. 
Aula 13 – Ortografia: por que não pronunciamos como escrevemos? 
Nesta aula, retrataremos as primeiras discussões que visavam à institucionalização da ortografia entre os séculos XVI e XVIII em Portugal. A 
valorização da cultura greco-latina na Renascença estava a todo vapor. No Brasil também ocorria a formação de uma identidade nacional, graças a 
miscigenação entre índios, negros e brancos. Aproveite para relembrar as concepções de mundo que vigoravam neste período nos livros de História, 
nas aulas que você já teve sobre o assunto e em filmes que dialogam com esse tempo.
CONCLUSÃO: De acordo com estatísticas recentes, a Línguaportuguesa é falada e grafada por mais de 200 milhões de pessoas no mundo. Ela se 
apresenta como língua oficial no Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe compondo assim, a CPLP 
(Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), Além destes países, o idioma se mantém como a língua de pequenos grupos em Macau, Goa e Timor.
Desde o início do século XX ocorreram muitas tentativas de unificar a ortografia da Língua Portuguesa entre os países que se expressam por meio 
deste idioma. Entretanto, as diferenças de pronúncia, modo de realização das construções frasais, vocabulário, e forma de grafar as palavras 
apresentam muitas singularidades do ponto de vista linguístico. A organização de um acordo impõe uma série de concessões dos diversos grupos que 
se comunicam por meio do idioma. Em termos econômicos, a unificação representa maior expansão do mercado editorial, visto que o alcance de 
materiais impressos com uma padronização ortográfica favorece o intercâmbio entre os países que falam a Língua Portuguesa. Por outro lado, 
homogeneíza-se o que há de mais vivo e singular na língua de um povo, a sua diversidade. Unificar um sistema ortográfico significa estabelecer um 
decreto, obrigando todos os países escreverem de uma nova forma, em que o padrão será determinado por um modelo de língua arbitrário e 
idealizado.
RESUMO: O desentendimento entre os gramáticos e a mistura de critérios sobre o modo de grafar as palavras foi tão grande que até o início do 
século XX não se tinha conseguido firmar uma ortografia comum para as sociedades lusófonas. Mesmo que, no percurso da história, houvesse o 
predomínio da representação fonética, a grafia das palavras nunca será espelho da fala. Toda representação gráfica de uma língua, elege uma 
variedade linguística ideal para ser transcrita, deixando de lado outras formas de retratação da mesma. No Brasil, desprezam-se as variedades 
linguísticas dos grupos de menor prestígio social do ponto de vista econômico. Apresenta-se como forma gráfica uma variedade idealizada que, de 
fato, não corresponde à fala dos brasileiros. Tal procedimento se agrava, ainda mais, se pensarmos numa série de padrões linguísticos estabelecidos a 
partir da Língua Portuguesa falada em Portugal. Alguns linguistas no Brasil defendem a existência de um português brasileiro, visto que as palavras e 
o uso da língua neste país diferem do português lusitano. Para os defensores de um idioma português brasileiro, a gramática, assim como sua 
ortografia, deveria ser guiada por um padrão distinto, promovendo estudos mais próximos da língua falada pelos brasileiros. 
Aula 14 – Oralidade, escrita e ortografia 
CONCLUSÃO: Nos adultos, por termos desenvolvido uma consciência metalinguística dos fatos relacionados à linguagem verbal, segmentamos as 
palavras de acordo com os critérios sintáticos morfológicos dominados durante o processo escolar. Muitas vezes brincamos com as palavras, 
modificando a segmentação das palavras, explorando sentidos mais maliciosos, realizando trocadilhos, sem notarmos a atividade criativa que 
desempenhamos ao interagirmos com as propriedades da língua. As crianças, ao longo de seu processo alfabetizador, fazem diversas descobertas 
sobre os fatos linguísticos, voltando sua atenção para os recursos da língua. É importante que o professor valorize as formas de percepção elaboradas 
pela criança para representar a oralidade no discurso escrito. É vital, no processo de ensino-aprendizagem, o reconhecimento do saber intuitivo que as 
crianças formulam sobre a escrita. O erro nesta perspectiva não é visto como uma camisa de força que tolhe o aluno, para aprender mais. O erro é 
visto como a organização de hipóteses experimentadas pelo aluno para se chegar à escrita ortográfica convencional. Reconhecendo os diferentes 
aspectos envolvidos no domínio da ortografia, o professor pode prever intervenções que auxiliem os alunos na apropriação e superação dos obstáculos
voltados para a construção de conhecimentos.
RESUMO: Algumas escolas para evitar que o erro se instale, não permitem que as crianças arrisquem e produzam textos espontâneos. Suas atividades
se restringem à construção de frases com base na relação grafema fonema já trabalhados durante o processo alfabetizador. A ortografia, neste contexto
é tratada como uma atividade de treino e repetição, sendo adquirida de forma mecânica e passiva. Geralmente, os erros ortográficos são vistos como 
se todos fossem iguais, utilizando os mesmos procedimentos didáticos para lidar como eles. Estudos linguísticos têm comprovado que os erros 
ortográficos não são da mesma natureza. As razões sobre os diversos tipos de erros são analisadas em pesquisas linguísticas que vislumbram a 
perspectiva de quem aprende, observando o conhecimento adquirido na oralidade. Sobre a segmentação indevida das palavras nos textos espontâneos,
os linguistas apresentam diversas hipóteses a respeito deste fenômeno. Os erros de segmentação se apresentam de duas formas: hiposegmentação 
(escrita aglutinada de dois ou mais itens lexicais no interior de um enunciado) e a hipersegmentação (representação gráfica das palavras de forma 
fragmentada). Os motivos das segmentações inadequadas são decorrentes a) da percepção baseada na tonicidade e entoação das palavras expressa na 
oralidade, b) da didática desenvolvida na escola e c) dos fatores que envolvem a descoberta da linguagem escrita com o apoio da oralidade. 
Aula 15 – A troca de letras nas séries iniciais
CONCLUSÃO: Qualquer tentativa de traduzir a representação gráfica como reprodução fi el dos sons da fala consistirá em um engodo que gerará 
mais confusão na cabeça do aprendiz. A explicitação e a discussão em sala de aula sobre as diferenças entre a modalidade escrita e falada fazem 
partem do processo de compreensão dos mecanismos de funcionamento da escrita ortográfica. Práticas de ensino da escrita que reduzem a 
representação gráfica a um sistema de sílabas não ajudam a criança a compreender as convenções ortográficas e regras implícitas presentes em sua 
organização. O bom ensino prevê, a todo instante, a reflexão sobre as arbitrariedades presentes em nosso sistema de escrita.
RESUMO: Muitas cartilhas difundem a concepção de língua escrita como espelho da fala. Nesse sentido, os métodos tradicionais veem o ato de 
alfabetizar relacionado à transposição do conhecimento de uma modalidade oral para a modalidade escrita, sem levar em conta as diferenças dialetais.
O modo de expressar pela Língua Portuguesa não é homogêneo, cada grupo social em decorrência da região onde mora, da profissão, do grau de 
escolaridade, de sua classe social, de sua idade, de sua religião etc., pronunciará e produzirá seu discurso de maneira distinta. Quando se ensina a 
escrever, de acordo com as convenções preestabelecidas, é preciso refletir sobre a influência da oralidade no processo de apropriação de saberes 
vinculado à escrita. As normas ortográficas não retratam a fala, visto que correspondem em modelo idealizado de representação da língua, constituído 
de aspectos fonéticos e ideográficos. Algumas noções equivocadas a respeito das vogais e das consoantes, no campo da alfabetização, vêm sendo 
analisadas do ponto de vista fonológico. Essas pesquisas têm demonstrado que as crianças quando trocam, acrescentam ou suprimem alguma letra 
estão fundamentadas em princípios que obedecem a uma lógica de observação sobre o funcionamento da língua falada, muitas vezes não percebidos 
pelo professor.
Aula 16 – Chegando mais perto das formas ortográficas 
CONCLUSÃO: Muitas práticas reduzem o ato de escrever à associação de letras a sons, estimulando a fixação de normas ortográficas sem processo 
de reflexão que discuta as razões que levam a grafar uma palavra de uma determinada forma e não de outra. Considerando a escrita como espelho da 
fala, o ensino artificializa a oralidade, negando a existência de convenções presentes no sistema de escrita da Língua Portuguesa. A orientação doensino da língua escrita não está estritamente vinculada às leis da fala, mas às leis que dizem respeito ao código escrito. A compreensão das leis do 
código escrito pode ser estimulada se o professor propuser atividades em que as crianças venham a refletir sobre o conjunto de arbitrariedades 
produzidas pelos gramáticos para padronizar a escrita que conhecemos nos dias de hoje.
RESUMO: Tradicionalmente, o ensino da ortografia no espaço escolar vincula-se à classificação de palavras em: encontros vocálicos, encontros 
consonantais e a separação de sílabas. Os principais recursos para ensinar as crianças a escrever são a cópia e o ditado de palavras de forma mecânica.
Pesquisas recentes demonstram que tais atividades não ajudam as crianças a superarem suas dificuldades. Muitos alunos omitem e acrescentam letras 
indevidamente. Tal falta está relacionada ao apoio na oralidade para grafar as palavras e o modo artificial que a escola desenvolve para ensinar a ler e 
a escrever. Partindo do princípio que é mais fácil ensinar padrões silábicos simples, consoante vogal (CV), a escola reduz a escrita a mecanismos de 
silabação. Para ensinar a escrever, é preciso ir além das partes, visto que o sistema de escrita é resultante de um conjunto de relações marcado por 
regularidades e irregularidades. É no processo de reflexão e ação sobre as arbitrariedades produzidas no sistema que o aluno se apropria e internaliza 
as regras do sistema ortográfico.
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Projetos Pedagógicos em Alfabetização (Aulas 17, 18 e 19)
Sabemos que o trabalho do professor não começa na sala de aula. Muito antes disso, é necessário planejar a ação, definir claramente o que se deseja 
com ela, questionar-se por que e para que realizamos cada proposta, cada atividade. Esse é um dos motivos que tornam o processo de alfabetização, 
na perspectiva sociointeracionista, muito mais trabalhoso para o professor do que no processo mecanicista. No primeiro caso, é preciso investigar, 
conhecer o universo e a realidade das crianças. O primeiro passo é ouvi-las para saber o que já trazem de conhecimento, quais são as suas hipóteses 
sobre a leitura e a escrita, para só então consolidar o que se pensou planejar. Já no segundo caso, no processo mecanicista basta planejar o que 
julgamos melhor para preparar as atividades, previamente definidas, apenas pelo professor, e oferecê-las com a certeza de que serão “muito legais” 
para os nossos alunos.
Para as primeiras aulas: trabalho criativo a partir do nome das crianças, já que ainda não as conhecemos. Projeto pedagógico: etapas – Pré-textual 
(capa, folha de rosto, sumário) - Textual (introdução, justificativa, objetivos, público-alvo, metodologia, formas de registro, resultados, planilha de 
custos). 
Aproveitar pistas do interesse dos alunos a partir do bate-papo com eles. 
Atividades avaliativas: podem ser jogos, debates, seminários, relatórios, etc. 
Formas de registro: material produzido nas atividades propostas. 
Etapas da produção do projeto pedagógico: investigação, reflexão, planejamento, redação e execução.
Estruturação para a elaboração de um projeto pedagógico.
Capa: Apresenta o nome da instituição, título, nome do autor do projeto, cidade, ano. 
Folha de rosto: Consta o nome da instituição, título do trabalho e texto com uma breve apresentação do trabalho. 
Sumário: Deverá apresentar: introdução, justificativa, objetivos, público-alvo, metodologia, formas de registro, resultados planilha de custos.
Introdução: Apresenta o tema genericamente descrito, anunciando a ideia básica e situando a área de trabalho em que se enquadra o projeto.
Justificativa: Estabelece o porquê do projeto e sua relevância para a comunidade a que se destina. Por que fazer? Para que fazer? 
Objetivos: Enumera os objetivos a serem alcançados (claros e curtos). As ações devem ficar bem definidas para que todos saibam quais são os 
resultados a serem atingidos.
Público-alvo: Indica o grupo e número de alunos envolvidos.
Metodologia: Descreve cada passo a ser dado, pelo menos os previstos. Compreende a descrição ou exposição narrativa da experiência ou pesquisa da
aparelhagem e do material utilizado. Deverá apresentar a utilização de alguma ferramenta tecnológica.
Forma de registro: São as produções escritas (textos de diferentes gêneros), desenhos, fotos. Descrição de atividades em grupo ou individualmente. 
Resultado: É a escrita de todo resultado do processo e do trabalho. Avaliação e análise crítica de todos os aspectos: participação do aluno, atuação do 
professor, recursos utilizados.
Planilha de custos: apresenta uma planilha com a descrição dos gastos (se houver) em cada etapa e no geral.
Como aplicar a concepção sociointeracionista de aprendizagem em seu cotidiano escolar? Para que isso seja possível, o aluno deve ser colocado em 
contato com atividades que estimulem a criatividade e a colaboração, além de desenvolver habilidades e competências que o desafiem a criar 
conexões, refletir e experimentar.
O que é uma proposta pedagógica sociointeracionista? A proposta sociointeracionista ressalta a importância da interação do sujeito com o meio em 
que vive. O indivíduo forma o conhecimento por meio da interação com outras pessoas, em processo histórico, cultural e social pelo qual passa 
durante toda a vida.
Os benefícios da educação baseada em projetos Esse formato deve criar condições favoráveis para dar sentido à aprendizagem, engajar 
cognitivamente os alunos a se questionarem sobre o que estão aprendendo e a buscar soluções criativas. Além disso, proporciona diversas 
possibilidades dentro da sala de aula.
Quais as desvantagens da pedagogia de projetos? É acentuada a falta de comprometimento de alguns educadores, pois quando são realizados trabalhos
interdisciplinares, não é explícito no início do projeto o objetivo a ser atingido. Com isso muitos alunos não são motivados, não sentem a real 
necessidade de participar nesta prática educativa. Há também outro agravante: facilidade são trocados os projetos por trabalhos sem sentido para o 
aluno. Primeiramente teve-se ter o cuidado ao planejar o projeto, pois estes precisam condizer com a realidade dos alunos e com meio escolar.
Aula 17 – Projetos pedagógicos em alfabetização – 1ª parte
RESUMO: É fundamental que o professor alfabetizador perceba a importância de criar estratégias que oportunizem o contato do aluno com os mais 
diversos tipos de textos para que, a partir de atividades muito bem planejadas e conduzidas em sala de aula, possa garantir ao seu aluno a apropriação 
da leitura e da escrita. Sabe-se que não há receitas prontas para realizar essa perspectiva na prática. Entretanto, tendo concepções de leitura e de 
escrita bem definidas, o professor, com um pouco de criatividade, poderá trilhar seu próprio caminho na direção de um trabalho que assegure ao aluno
uma aprendizagem significativa. O que planejar para as primeiras semanas de aula se ainda não conhecemos os alunos? Em aulas anteriores, demos 
algumas pistas de como minimizar esse problema tão comum entre os docentes, e aqui reiteramos que um trabalho criativo a partir do nome das 
crianças oferece importantes pistas a respeito das hipóteses que trazem acerca da leitura e da escrita. A discussão sobre o que os alunos desejam 
aprender e um pouco de conhecimento da história de cada um são necessários, de maneira que o professor recolha informações necessárias para a 
estruturação de um projeto que desperte nos educandos o interesse em aprender. Como uma dica para iniciar o ano letivo com sua turma, sugerimos 
que você releia o projeto ‘’caixas de vida’’, apresentado na Aula 22 de Alfabetização 1. Para garantir um registro válido de projeto de atividades, é 
necessário planejar guiando-se pelas etapas pré-textual e textual. A necessidade de domínio dessas etapas é de fundamental importância para um 
professorque tenha como objetivo: atender à necessidade de significação da aprendizagem, no contexto de seus alunos.
Aula 18 – Projetos pedagógicos em alfabetização – 2ª parte
RESUMO: Antes de iniciar o planejamento das atividades, aquele professor que se dispõe a conversar com as crianças sobre alimentação, qualidade 
de vida, suas preferências, dentre outros assuntos, já se coloca na direção de uma aprendizagem significativa, pois como atores principais do processo 
pedagógico, as crianças oferecem pistas para o trabalho docente. Assim, cabe ao professor oferecer oportunidades para que as crianças manifestem 
seus interesses, suas curiosidades e suas necessidades a partir dos relatos das suas experiências e das suas leituras de mundo para que tendo feito a 
coleta dos dados, seja possível definir um tema específico para as atividades a serem desenvolvidas com a turma. Todas as atividades, antes de 
iniciadas, devem ser discutidas com a turma que opinará e apresentará sugestões a respeito. Deste modo, o professor, já de início, terá garantias de que
o tema escolhido e as atividades propostas serão do interesse dos alunos e os seus resultados terão utilidade para suas vidas.
Aula 19 – Projetos pedagógicos em alfabetização – 3ª parte
RESUMO: É fundamental que o professor perceba que trabalhar com projetos pedagógicos não é perda de tempo mas, pelo contrário, é um ganho 
para o trabalho do professor e para o processo de aprendizagem do aluno. No entanto, ao contrário do que se pensava anteriormente, o trabalho na 
perspectiva sociointeracionista demanda um cuidadoso planejamento. Para isso é preciso conhecer a realidade dos alunos, ouvindo-os. A escolha do 
tema, a determinação dos objetivos, a coleta de dados, sua análise e interpretação até o relatório final, tudo deve obedecer a um plano preestabelecido,
nenhuma dessas etapas deve ser feita de forma improvisada, pois o risco de não atingir os objetivos é grande. As atitudes de um professor não devem 
contar com o espontaneísmo, fruto do descompromisso profissional e/ou do despreparo para a função de professor. Trabalho docente é coisa séria!
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Alfabetização e tecnologia (Aulas 20, 21 e 22)
Ciberespaço – meio que surge da intercomunicação entre os computadores. 
Cibercultura – conjunto de técnicas materiais e intelectuais práticas, atitudes e pensamentos que se desenvolvem em ambientes virtuais. 
O pensamento humano é semelhante ao hipertexto (sempre pensamos em várias coisas ao mesmo tempo, como em janelas do Windows). 
Aprendizagem hoje em dia: duas dimensões. 
1ª: educando aprende interagindo apenas com objetos (livros, apostilas, textos). 
2ª: processo dinâmico de interação com outros indivíduos para a construção do conhecimento.
O poder da mídia sobre a formação de opinião é muito forte. Em vez de apenas criticar o que os alunos assistem, o professor deve procurar analisar 
criticamente tais programas e buscar uma forma de utilizá-los de maneira positiva.
O sistema acredita que basta oferecer cursos de curta duração para “capacitar” a população a fazer uso das tecnologias. Alfabetização digital, em uma 
perspectiva de inclusão, precisa ser mais do que apenas desenvolver habilidades para uso e consumo. Precisa desenvolver habilidades que permitam o
uso crítico, a produção de conhecimento através da tecnologia. Não podemos apenas formar usuários dos bens tecnológicos: é preciso refletir sobre 
suas consequências e interferências em nossa constituição de cidadania.
As vantagens: as mesma formas que as crianças já chegam à sala de aula trazendo suas leituras de mundo, também já traz em suas experiências 
relacionadas ao uso de vários aparelhos tecnológicos. As práticas sociais que envolvem a leitura e a escrita devem incluir o uso do computador e da 
internet. Utilizar e capacitar o aluno para o uso crítico e consciente das ferramentas tecnológicas, pois elas permitirão a ele apoderar-se das suas 
vantagens e, assim, participar efetivamente e decidir, como cidadão do seu tempo, os destinos da comunidade à qual pertence.
As desvantagens: a escola deve contribuir para a exclusão, principalmente, a digital, e deste modo, não promove o desenvolvimento das habilidades 
que permitam o seu uso crítico e a produção de conhecimento a partir dos recursos tecnológicos, tornando-os apenas para o uso e consumo, 
reduzindo-os em apenas mais uma ferramenta de manipulação e dominação, c omo tantas outras, apenas mais sofisticada e adequada aos novos 
tempos.
Qual o impacto da tecnologia na educação ou na vida escolar? O uso da tecnologia na educação, com recursos em sala de aula, pode estimular a 
criatividade, o raciocínio lógico, a colaboração, a capacidade de pesquisa e outras competências importantes para o mundo contemporâneo, para 
entender as tendências e desenvolver as habilidades para o futuro.
Quais as transformações na área da educação com os avanços tecnológicos? O avanço das tecnologias de informação possibilitou a criação de 
ferramentas que podem ser utilizadas pelos professores em sala de aula, o que permite maior disponibilidade de informação e recursos para o 
educando, tornando o processo educativo mais dinâmico, eficiente e inovador.
O uso de tecnologia em sala de aula oferece uma melhora significativa da qualidade de ensino. Seja porque consegue captar a atenção dos alunos de 
forma diferenciada dos métodos tradicionais de ensino, seja porque desenvolve e estimula competências como o pensamento crítico e a curiosidade 
dos alunos. Vantagens do uso de Tecnologia na educação: 1. Personalização do Ensino; 2. Flexibilidade de horário e geográfica; 3. Otimização da 
comunicação com os pais; 4. Universalização do acesso à informação; 5. Facilitação das atividades; 6. Aulas mais dinâmicas e atraentes; 7. Estimula o
autodidatismo…
Não podemos deixar de analisar os dois lados da moeda. O uso de tecnologia em sala de aula é, sem dúvidas, benéfico para o ensino, mas também 
pode causar alguns obstáculos. Desvantagens do uso de Tecnologia na Educação: 1. Distração dos alunos; 2. Qualidade das informações; 3. 
Superficialidade de conteúdos…
Quais são as possíveis dificuldades para aplicação de tecnologia para educação? As limitações do uso da tecnologia na educação estão relacionadas à 
falta de acesso aos recursos existentes, as barreiras de convivência social, dificuldade de concentração do aluno, de contato com o tutor, entre outras 
situações.
Qual a importância da tecnologia no processo de ensino e aprendizagem? A presença dos recursos tecnológicos na sala de aula não garante mudanças 
na forma de ensinar e aprender. A tecnologia deve servir para enriquecer o ambiente educacional, propiciando a construção de conhecimentos por 
meio de uma atuação ativa, crítica e criativa por parte de alunos e professores.
Qual a relação entre tecnologia e leitura? A tecnologia permite que os livros digitais sejam acessados por meio de diferentes dispositivos eletrônicos, 
como computadores e tablets. A conexão à internet é suficiente para a leitura! Isso facilita o acesso ao acervo e permite que mais alunos leiam as 
obras disponíveis.
Aula 20 – Alfabetização e tecnologia – 1ª parte
RESUMO: Estamos vivendo um tempo de profundas transformações na sociedade, por influência dos avanços tecnológicos. A velocidade das 
mudanças não nos tem permitido refletir criticamente sobre o impacto que causam em nossa vida e na sociedade de forma geral. Apenas temos 
absorvido as informações, na medida em que nos é possível, sem que possamos fazer uma seleção do que realmente é útil ou fundamental. O discurso 
de educar e preparar para o futuro não cabe mais na escola, pois o futuro é ainda hoje, as mudanças ocorrem em alguns instantes. Não conseguimos 
mais acompanhar esse ritmo alucinante. Por esse motivo, a escola, os professores e educadores, em geral, precisam construir uma posturareflexiva e, 
ao mesmo tempo, objetiva, de como utilizar a tecnologia como aliada ao processo de formação de seus alunos, para a inserção em um mundo e uma 
sociedade, com demandas e necessidades que ainda desconhecemos. Sabemos apenas que precisamos aprender a desenvolver habilidades necessárias 
à apropriação – compreendida como mais que uso, mais que domínio – dos recursos tecnológicos disponíveis.
Aula 21 – Alfabetização e tecnologia – 2ª parte
CONCLUSÃO: Precisamos aprender a usar, em sala de aula, os mesmos artifícios: a curiosidade, o suspense, a comédia e o prazer. Não somos atores 
nem produtores de TV nem de vídeo. Mas precisamos admitir que, desde o nosso tempo de alunos, a escola vem se tornando enfadonha. Para nossas 
crianças (e para nós quando crianças, também) era mais divertido ficar em casa vendo desenho animado. Nossa proposta, nesta aula, não é oferecer as 
técnicas de utilização do vídeo e da televisão em sala de aula, porque existem livros e autores, que tratam desse assunto, melhor que nós. Cabe a você 
realizar uma boa pesquisa. Nosso objetivo é despertar a necessidade de uma reflexão na busca de novas alternativas para a utilização desses recursos 
no cotidiano da escola, de forma crítica e construtiva. Os processos de alfabetização, com a utilização de projetos pedagógicos, não podem prescindir 
do uso da TV e do Vídeo, por serem elementos integrantes da realidade, do mundo e da sociedade que desejamos transformar.
RESUMO: Apesar da atual preocupação com o uso do computador nos processos educacionais, faz-se necessário uma reflexão acerca do uso do vídeo
e da televisão. São recursos tecnológicos anteriores, que ainda não têm seu potencial plenamente utilizado na escola. Seja por desconhecimento do 
professor, ou pela falta de informações sobre melhores formas de aproveitamento, o vídeo e a TV acabam sendo subutilizados como ‘’bengalas’’ para 
atividades empobrecidas de significação e de sentido para os alunos. Existem múltiplas possibilidades para a realização de um trabalho integrado, 
criativo e construtivo para o uso crítico dos recursos de mídia, na formação dos educandos. Precisamos buscar uma formação complementar, que 
nossos cursos, normalmente, não oferecem. Tornar nossas crianças telespectadoras críticas e informadas, para além da superficialidade é um desafio a 
ser enfrentado com coragem, diante de influências poderosas. Dessa forma, contribuiremos para que os educandos sejam produtores de conhecimento,
a partir das informações recebidas e não consumidores passivos de opiniões, de valores equivocados fornecidos pela mídia como um desserviço à 
educação. Esse, com certeza, é nosso maior desafio, na sociedade do conhecimento.
Aula 22 – Alfabetização e tecnologia – 3ª parte
CONCLUSÃO: Nossa proposta é apresentar alternativas para que você construa seu caminho, na direção de uma prática docente que seja 
comprometida com a demanda desses novos (e assustadores) tempos. A velocidade e a quantidade de informações que nos chega, não nos têm 
permitido dar conta de nós mesmos, de nossa alfabetização digital. Ainda vivemos uma realidade em que a maioria dos professores da Escola Básica 
não possui computadores em suas casas. A formação continuada para o uso das novas tecnologias é uma imposição da qual não podemos mais fugir 
ou negar. Não temos condições, nem argumentos de lutar contra as evidências mais fortes de um cotidiano que nos “engole’’ com tantos apelos. Não 
podemos ceder simplesmente porque nos está imposto, mas sim por acreditar que a tecnologia está reconfigurando o mundo, as relações e a forma de 
aprender. Portanto, para lutar contra um inimigo tão poderoso, precisaremos primeiro dominá-lo. É quebrando a resistência e vencendo os medos e a 
falta de oportunidades que conseguiremos nos munir de conhecimentos diversos sobre as tecnologias da informação e comunicação, para podermos, 
então utilizá-los no processo de alfabetização de nossas crianças. A alfabetização digital é a ampliação do próprio processo de alfabetização, que vem 
sendo amplamente discutido ao longo de nossas duas disciplinas, na perspectiva de uma alfabetização que permita a inclusão social e a formação da 
verdadeira cidadania. 
RESUMO: Os avanços da tecnologia confirmam a hipótese de que a alfabetização é, de fato, um conceito dinâmico. Precisamos acompanhar as 
modificações no mundo e na sociedade para oferecer uma formação que permita aos educandos se desenvolver, em consonância com as exigências da
realidade em que estão inseridos. Em cada tempo, a educação precisa dar respostas válidas aos desafios impostos pelas mudanças no mundo. Nesse 
momento, o impacto que a tecnologia vem exercendo sobre a vida de todos, precisa ser, não apenas absorvido, mas digerido; transformado em força 
produtiva e criativa. Caso contrário, formaremos usuários alienados da tecnologia, seguindo os mesmos e equivocados passos da Revolução 
Industrial, isto é, no lugar de apertar os botões das máquinas das fábricas, apertarão os botões dos computadores, de forma acrítica, reproduzindo e 
perpetuando as mesmas relações de poder.
Professora pesquisadora (Aulas 23 e 24)
Os professores são aqueles de quem se espera as mudanças em qualquer reforma educacional, porém, raramente eles são consultados sobre essas 
mudanças, tendo que simplesmente reproduzir novas metodologias, criadas por quem sequer sabe o contexto da sala de aula. 
Uma vez que os professores não são reconhecidos como agentes ativos no processo de mudança, eles acabam resistindo a elas, modificando e 
subvertendo tais decretos. 
Prática reflexiva implica um processo de reflexão sobre a própria experiência e envolve três movimentos 
Conhecimento em ação: conhecimento que surge no próprio cotidiano. 
Reflexão em ação: ocorre no decorrer da ação pedagógica (interrupção da explicação para responder perguntas inesperadas ou solucionar problemas). 
Conversa reflexiva com a situação: Surge um obstáculo que provoca incerteza à professora, que busca refletir e transformar a situação.
O conhecimento teórico não pode ser visto de forma separada da prática.
Qual é o objetivo da tendência tecnicista? O tecnicismo é uma tendência pedagógica que valoriza a técnica e a reprodução sistematizada atrelada às 
capacidades e habilidades dos indivíduos.
Qual é a finalidade da tendência tecnicista? A Tendência Liberal Tecnicista é modeladora do comportamento humano através de técnicas específicas. 
Os procedimentos e técnicas preparam para a transmissão e recepção de informações. A aprendizagem é baseada no desempenho (aprender fazendo). 
O Professor é o técnico e responsável pela eficiência do ensino.
Qual o papel do professor no tecnicismo? O professor é apenas um elo de ligação entre a verdade científica e o aluno, é o técnico responsável pela 
eficiência do ensino. O aluno é um ser fragmentado, espectador que está sendo preparado para o mercado de trabalho para “aprender a fazer”.
Qual deve ser a postura do professor alfabetizador? Há algumas características que eu considero fundamentais ao alfabetizador, como ser um 
constante pesquisador; ter clareza do currículo, compreendendo o que os alunos devem aprender; compreender a avaliação como processo essencial 
na aprendizagem dos alunos, etc.
Quais são os saberes necessários à prática educativa? A prática educativa envolve afeto, emoção, capacidade científica, domínio técnico a serviço da 
mudança e da construção real da cidadania. A Pedagogia da Autonomia está fundamentalmente alicerçada na ética, no respeito à dignidade e a própria 
autonomia do educando.
Aula 23 – Professora alfabetizadora e pesquisadora de sua prática: investigar para conhecer, conhecer para ensinar – 1ª parte
CONCLUSÃO: Para concluir a nossa discussão, é importante reafirmar que a melhoria da qualidade da Educação para todos, sendo a alfabetização 
um dos carros-chefe dessa mudança, implica, necessariamente, um comprometimento dos professores. Os autores apresentados nessa aula defendem 
que a mudança só será significativa quandoum número cada vez maior de professores exercerem um papel central na criação e implementação das 
reformas educacionais. 
RESUMO: A formação da professora reflexiva ou professora pesquisadora tem sido um dos caminhos propostos, no campo da formação de 
professores, para a superação dos graves impasses enfrentados pela escola. As experiências das reformas educacionais nas últimas décadas têm 
mostrado que “as mudanças qualitativas nas práticas de salas de aula somente ocorrerão quando os professores compreenderem e aceitarem como 
suas estas mudanças”. Daí a importância de se pensar a formação de professores como profissionais reflexivos que desempenham um papel central na
condução do processo ensino-aprendizagem. Segundo Schön (1982), a reflexão sobre a própria experiência envolve três movimentos: o conhecimento
em ação; a reflexão em ação e a conversa reflexiva com a situação.
Aula 24 – Professora alfabetizadora e pesquisadora de sua prática: investigar para conhecer, conhecer para ensinar – 2ª parte
RESUMO: No exercício da prática cotidiana, a professora se depara com problemas para os quais não tem resposta imediata, sendo forçada a buscar 
soluções, procurar alternativas, construir caminhos. Da prática emergem as questões, as necessidades e os caminhos para dar conta destas questões. É 
esse movimento de investigação e produção de conhecimentos que caracteriza a natureza pesquisadora da prática docente. Daí a importância de se 
pensar a qualificação da professora como pesquisadora, desde os Cursos de Formação, de maneira que se possa romper a tradicional dicotomia teoria 
e prática, percebendo-as numa perspectiva dialética, na qual os desafios da prática cotidiana promovem a busca por novos conhecimentos que por sua 
vez, transforma a prática inicial numa nova prática.
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Avaliação (Aulas 25, 26 e 27)
Antes de se falar sobre os processos de avaliação, deve-se levantar a questão do fracasso escolar e, sua relação com o processo de inclusão/exclusão 
social. Uma turma heterogênea possibilita muito mais trocas entre os alunos do que uma turma na qual todos são iguais. Se um professor deseja 
determinada resposta, ele deve elaborar uma pergunta com clareza e precisão, de maneira que não permita outras tantas respostas igualmente corretas.
A avaliação usada como instrumento de poder e não como ferramenta de acompanhamento de aprendizagem do aluno, vem sendo expressa por meio 
de arbitrariedades derivadas do autoritarismo. 
Mudança em um sistema de avaliação passa também pelo professor, muitas vezes resistente a qualquer mudança na forma como faz seu trabalho. 
Características “tradicionais das provas: 
• Exploração exagerada da memorização.
• Falta de parâmetros para correção.
• Utilização de palavras de comando sem precisão de sentido no contexto.
Avaliação eficaz X avaliação eficiente. 
Avaliação eficaz: os objetivos propostos pelo professor foram alcançados pelos alunos. 
Avaliação eficiente: demonstra que os alunos construíram o conhecimento e são capazes de fazer correlações entre os conteúdos.
A avaliação que se pretende “neutra” desconsidera os fatores econômicos e sociais dos alunos. Em vez de otimizar o conhecimento, a avaliação 
exclui, fazendo com que aqueles que são aprovados sejam vistos como possuidores de algum dom, diferente dos demais.
Quais as contribuições da avaliação para o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos?
Ao avaliar um aluno, é possível verificar o que os alunos conhecem sobre um determinado conteúdo, orientando o professor de forma que possa 
planejar as atividades de acordo com as dificuldades dos alunos. Tal procedimento favorece o avanço de cada um deles durante o ano letivo.
Como a avaliação pode contribuir para a aprendizagem?
A avaliação da aprendizagem deve ser vista como um mecanismo para que o professor possa detectar as dificuldades dos alunos, bem como verificar 
quais possibilidades esse aluno apresenta para construir novos conhecimentos e atingir os objetivos propostos pelo professor em sua prática educativa.
Como a avaliação da aprendizagem pode causar o fracasso escolar?
A partir desta análise literária, foi possível constatar que a falta de sucesso no aprendizado não deve ser focado apenas no aluno, mas, que também 
pode ser ocasionado pela falta de competência dos métodos pedagógicos e didáticos dos docentes que não buscam, ou, por outros motivos, não 
conseguem atender às diversas necessidades e as individualidades do aluno no ambiente escolar
Aula 25 – Avaliação e alfabetização: a busca por novos caminhos 
CONCLUSÃO: Se o professor trabalhar com a ideia de que, na sala de aula, a heterogeneidade pode ser um elemento viabilizador de trocas, desde 
que se oportunizem situações de interação entre os alunos e que, a partir do confronto das suas diferenças, as crianças construirão conhecimentos, 
então, não caberá adotar um rígido padrão preestabelecido para a avaliação da aprendizagem. O processo avaliativo aberto para a heterogeneidade 
deve seguir o princípio das práticas investigativas e sobre este aspecto, iremos, mais uma vez, e encerrando nossa conversa nesta aula, nos valermos 
das ideias de Maria Tereza Esteban. 
RESUMO: Indiscutivelmente, avaliar é uma prática fundamental ao processo de escolarização e, embora ainda muito se discuta acerca dos 
procedimentos e dos instrumentos utilizados pela escola para avaliar o aluno, entendemos que as discussões deveriam focar os objetivos de uma 
avaliação que esteja ancorada numa perspectiva técnica, tradicionalmente utilizada pela escola, tendo como contraponto os de uma avaliação numa 
perspectiva ética, perpassando pela reflexão sobre a produção do fracasso/sucesso escolar no processo de inclusão/exclusão social. É preciso rever os 
objetivos de uma avaliação classificatória articulada à “pedagogia do exame”, tendo como eixo fundamental a produção de uma hierarquia dos 
estudantes, a partir de padrões preestabelecidos que visam o controle e à classificação.
Aula 26 – Avaliação ou castigo? 
CONCLUSÃO: Encerrando nossa conversa nesta aula, é importante que você reflita sobre a diferença entre avaliação eficaz e avaliação eficiente. 
Consideramos avaliação eficaz aquela em que os objetivos propostos pelo professor foram alcançados pelos alunos. Por exemplo, se o professor teve 
como objetivo verificar se os alunos sabem o nome de todos os presidentes que o Brasil já possuiu, e todos conseguem nota dez na questão, isto quer 
dizer que a avaliação foi eficaz. Já a eficiência implica a relevância do objetivo e a racionalidade e utilidade do processo desenvolvido para alcançá-
lo. Logo, para que a avaliação seja eficiente, ela precisa ser, primeiramente, eficaz. Portanto, quando todos os alunos demonstraram saber os nomes de
todos os presidentes do Brasil, o objetivo proposto pelo professor foi alcançado e dizemos que a avaliação foi eficaz, porém, houve pouca, ou mesmo 
não houve eficiência, pois este conhecimento possivelmente não tem relevância no contexto dos alunos e o processo de aprendizagem não foi 
racional, pois o obtiveram a partir da memorização e de forma isolada. Definitivamente, o professor não criou as condições necessárias para que os 
alunos construíssem esse conhecimento. Concluindo, cabe ao professor criar as condições necessárias e organizar de forma eficiente o processo de 
avaliação da aprendizagem dos seus alunos. 
RESUMO: A avaliação na linha tradicional, encarada como um castigo para o aluno, que deve memorizar o conteúdo trabalhado em sala de aula e, no
momento da prova, reproduzi-lo por escrito ou oralmente, respondendo às questões tal e qual o esperado pelo professor, precisa ser repensada e 
reavaliada pelo professor que pretende criar as condições necessárias para o desenvolvimento de habilidades e para a construção de competências do 
aluno, de modo a prepará-lo para o exercíciopleno dos sentidos da sua cidadania. Torna-se necessário repensar a avaliação tradicionalmente usada 
pela escola. Também é fundamental a adoção de novos paradigmas de avaliação, que atendam às especificidades do estudante do século XXI. Nesse 
sentido, as mudanças mais significativas devem ocorrer na sala de aula, resultantes da vontade do professor, do seu compromisso, da sua constante 
atualização e da sua capacidade criadora ao planejar as etapas do seu trabalho e da disposição para a sua consecução.
Aula 27 – Avaliação como possibilidade de sucesso 
RESUMO: O controle, pela avaliação, das hierarquias sociais é, de certa forma, consequência do controle do que se faz do conhecimento. A 
“determinada cultura” que a avaliação legitima e a “determinada forma de relação com a cultura” que também legitima são a cultura da classe 
dominante e a forma de relação que esta classe mantém com a cultura. Dessa forma, para os estudantes que pertencem à classe dominante, os 
resultados na avaliação dependem, em geral, não mais que de sua performance escolar. Já para os estudantes das classes desfavorecidas, os resultados 
na avaliação estão condicionados apenas secundariamente à sua performance escolar. Primordialmente, eles são determinados pelas condições de vida
– econômicas, sociais e culturais – dadas ao indivíduo em decorrência de sua posição na hierarquia social, e pela distância que separa essas condições 
das exigências e expectativas da escola. A avaliação, tradicionalmente utilizada na escola, pede muito mais que aquilo que abertamente pede, isto é, o 
conteúdo cobrado e a forma como ele é cobrado pressupõe aprendizagens que se desenvolvem fora da escola, longe da escola, antes da escola; “em 
decorrência disso, desigualdades sociais mascaram-se em desigualdades escolares e a seleção social dissimula-se sob a ilusão da seleção educacional”
(SOARES, 1991).
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Alfabetização e letramento (Aulas 28, 29 e 30)
Alfabetização – aquisição do código.
Letramento – fenômeno social. Cultivar e exercer práticas sociais de leitura e escrita.
“O homem faz a história em comunhão com o mundo e com os outros homens. Não está isolado do e no mundo.” Paulo Freire 
A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e
realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o
contexto.
No Brasil, os conceitos de alfabetização e letramento se confundem, pois, as habilidades de leitura e escrita necessárias para as práticas sociais estão 
associadas à aprendizagem básica da leitura e da escrita. França: “illettrisme” – associado ao desempenho na leitura e escrita de jovens e adultos do 
chamado “Quarto Mundo” Estados Unidos: “illiteracy” – jovens graduados na universidade não possuem as habilidades de leitura necessárias às 
práticas sociais e de mercado. O letramento é um fenômeno social, resultante da ação de ensinar e/ou aprender a ler e a escrever e significa que um 
sujeito ou grupo se apropriou da modalidade escrita da língua materna. Ou seja, “alfabetização” é a aquisição da escrita e “letramento” é o uso que se 
faz dela num contexto sociocultural.
Paradigma cognitivista: a criança é um sujeito ativo capaz de reconstruir os modelos representacionais do sistema de escrita a partir da interação com 
a língua escrita em seus usos e práticas cotidianos. 
Equívocos do construtivismo: acreditar que apenas pelo convívio com materiais escritos a criança se alfabetiza. Antes dele, havia um método e 
nenhuma teoria. Depois dele, passou-se a ter uma teoria e nenhum método. 
Perspectiva da complexidade: somos seres incompletos, em um permanente estado de aprendizagem.
Perspectiva humanista: Paulo Freire vê o homem como um ser do mundo, com o mundo e com os outros no mundo. Solidão e comunhão são parte da
experiência existencial do homem. A relação homem mundo possibilitou aos homens escrever histórias sem escrever palavras (primeiro o homem 
criou as coisas, depois as nomeou). 
A educação é um processo de recriação, não de repetição, portanto, é desinibidora e não restritiva.
Aula 28 – Alfabetização e letramento – 1ª parte – A invenção do conceito de letramento
CONCLUSÃO: Nos tempos atuais, em que sociedades do mundo inteiro apoiam-se cada vez mais na escrita, a condição de ser alfabetizado, isto é, 
saber ler e escrever, vem sendo questionada por uma corrente de pesquisadores, como uma condição insuficiente para responder de forma adequada às
demandas sociais. Identificando a alfabetização como uma simples aquisição do código escrito, esses pesquisadores defendem que, para responder as 
demandas atuais, é preciso apropriar-se da função social da leitura e da escrita, utilizando-as no cotidiano, ou seja, é preciso letrar-se. Contudo, temos 
nos perguntado se a simples construção de um novo conceito poderá dar conta das complexas relações que envolvem tanto a aprendizagem inicial, 
quanto as práticas sociais de leitura e escrita. 
RESUMO: Letramento e alfabetização são conceitos entrelaçados, que não podem ser pensados sem a prática social concreta. O conceito de 
letramento, articulado ao conceito de alfabetização, traz um novo enfoque para os usos e funções sociais da escrita e para o processo de apropriação 
do código escrito o que, do ponto de vista da prática pedagógica, tem profundas repercussões, pois envolve diretamente as práticas sociais de leitura e 
escrita que contêm outros saberes.
Aula 29 – Alfabetização e letramento – 1ª parte – A invenção do conceito de letramento 
CONCLUSÃO: A distinção entre alfabetização e letramento é uma falsa questão. Não se trata de dissociar, definir e estabelecer diferenças, mas sim 
de compreender a sua complexidade: alfabetização e letramento constituem um mesmo e único processo que envolve a apropriação da leitura e da 
escrita e os contextos socioculturais das práticas sociais de escrita.
RESUMO: As diferentes mudanças paradigmáticas no campo da alfabetização produzem desdobramentos teórico-práticos. Tomando como referência 
a lógica da complexidade, percebemos que, na perspectiva sociocultural, é impossível dissociar alfabetização e letramento.
Aula 30 – A concepção freireana de alfabetização: uma prática de letramento
CONCLUSÃO: A educação é um processo de recriação não de repetição, portanto, desinibidora e não restritiva. O destino do homem é o de ser 
sujeito de sua ação, criando e recriando o mundo. Uma educação, comprometida com a liberdade, é uma educação que de fato desenvolve este ímpeto
ontológico de criar; é uma educação que promove o aprendizado da generosidade e da vontade de oferecer uma interpretação não-conformista do 
mundo, é uma educação que, baseada no diálogo, tem no homem o seu sujeito: o homem é comunicação, é diálogo, é fala, é voz; o homem é o sujeito 
de sua própria educação, não pode ser objeto dela, por isso ninguém educa ninguém... Freire nos aponta a possibilidade e a necessidade de pensarmos,
desejarmos e lutarmos pela construção de um mundo onde os homens sejam mais felizes; onde haja um outro tipo de “globalização” – não a 
globalização da sem-vergonhice, como diz Freire – mas, uma globalização mais humana, mais solidária; um mundo em que os homens possam 
produzir espaços felizes. 
RESUMO: Paulo Freire desenvolveu um pensamento profundamente comprometido com a educação e a cultura brasileira. Um pensamento ancorado 
na realidade cotidiana do povo brasileiro; um pensamento inquieto e instigante; otimista, mas não ingênuo; um pensamento generoso, marcado por 
uma crítica radical, pela rigorosidade, pelo risco, pela tolerância, pela humildade; pensamento curioso e encharcado de esperança na construção de um
futuro melhor para a nação e para o povo brasileiro.

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