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Universidade Unopar - Criminologia - Situação carceraria no Brasil

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Universidade Unopar 
Tema da atividade: Situação carcerária no Brasil
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESENVOLVIMENTO	4
2.1	ETAPA 1: FUNDAMENTOS DA CRIMINOLOGIA	4
2.2	ETAPA 2: INTRODUÇÃO À FILOSOFIA	5
2.3	ETAPA 3: POLÍTICA CRIMINAL E PROCESSOS DE CRIMINALIZAÇÃO	6
2.4	ETAPA 4: PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO	6
2.5	ETAPA 5: PSICOLOGIA SOCIAL	7
2.6	ETAPA 6: TEORIA JURÍDICA DO DIREITO	8
3	CONCLUSÃO	9
REFERÊNCIAS	10
Introdução
A situação da população carcerária brasileira continua sendo um tema na pauta das discussões das autoridades competentes e da sociedade como um todo, dadas as mais diversas questões relacionadas a esse tema e todas as suas implicações, o objetivo da punição não é impedir que os criminosos de causar maiores danos à sociedade, nem impedir que outros cometam o mesmo crime. A punição e a maneira pela qual é imposta devem ser escolhidas de modo a causar a impressão mais forte e duradoura na mente dos outros, causando o menor tormento ao corpo do criminoso. 
Logo, baseado na situação geradora descrita no portfólio, foram buscadas informações e soluções para os problemas apresentados, fazendo articulações com a SGA apresentada e a teoria respectiva divididas em três desafios. Portanto, este trabalho procurou estabelecer uma relação sólida entre a teoria e a prática a fim de absorver o máximo de aprendizado possível, buscando referencial em livros e artigos acadêmicos do curso a respeito da situação carcerária no Brasil.
Fundamentos da criminologia
A criminologia investiga as causas dos fenômenos criminais com base no método experimental, ou seja, na análise do mundo existente, aborda de forma científica os fatores que podem levar as pessoas a cometer crimes, contextualizar o momento em que se realiza a análise do fenômeno do crime é o primeiro e fundamental passo para isso. 
A criminologia deve ser definida como uma ciência empírica e interdisciplinar que envolve o estudo do crime, perpetradores, vítimas e controle social do comportamento criminoso e busca fornecer resultados válidos e contrastantes sobre as origens, dinâmicas e comportamento das informações sobre crimes. (GARCÍA PABLOS; FLÁVIO GOMES, 2012).
No passado, por volta do final do século XVIII, as escolas criminais trabalhavam para melhor conceituar o crime e os criminosos, foi a partir do início da pesquisa científica que o ser humano passou a ser o foco das pesquisas, principalmente da psicologia e sociologia, possibilitando verificar todo tipo de comportamento humano, inclusive o criminoso, quando a escola de criminologia começou a surgir, eles usavam a colaboração multidisciplinar em pesquisa.
A criminologia crítica nasceu com base no marxismo, e foi através da teoria política e econômica do crime que começou a analisar as causas sociais e institucionais do crime, do ponto de vista da criminologia crítica o crime deixa de ser uma qualidade ontológica de alguns indivíduos, por meio de uma dupla escolha, primeiro, a seleção de itens criminalmente protegidos e o comportamento infrator desses itens, descritos no tipo de crime e segundo, entre todos os indivíduos que violam a norma punível indivíduos estigmatizados.
A Teoria do Etiquetamento é caracterizada pelo conceito de crime e delinquência como um conceito de controle social sobre o comportamento de determinados indivíduos a partir de definições legais e instâncias de controle social oficial do comportamento, a propriedade inerente ao sujeito, mas sim um rótulo atribuído a algum perpetrador socialmente compreendido. 
As desigualdades cidadãs nos processos sociais dão origem a teorias de rotulagem ou respostas sociais (métodos de rotulagem), ampliando o objeto da investigação criminológica, e segundo os teóricos, desvio e criminalidade não são entidades ontológicas pré-constituídas, altamente discriminatórias, é colocada em determinados tópicos.
introdução à filosofia
O pensamento filosófico de Aristóteles é amplo, profundo e complexo, na visão de Aristóteles, o Estado tem precedência sobre a família e o indivíduo porque prioriza a manutenção dessa organicidade funcional do ser humano que vive em sociedade. Uma sociedade composta por várias aldeias, auto-suficiente, organiza-se não só para manter a sua existência, mas também para procurar a felicidade.
Aristóteles fez três proposições sobre a natureza e a cidade-estado: primeiro, a cidade-estado existe naturalmente porque deriva das associações naturais mais primitivas e serve a seu propósito; segundo, os seres humanos são animais inerentemente políticos porque a natureza não faz nada, os equipa com palavras que lhes permitem comunicar ideias morais como justiça. Terceiro, as cidades-estados naturalmente precedem os indivíduos, porque os indivíduos não podem desempenhar suas funções naturais fora das cidades-estados porque não são auto-suficientes (ARISTÓTELES, 2000).
Filosofia Escolástica refere-se a um produto da filosofia medieval que ocorreu entre os séculos IX e XIII d.C, dada a necessidade de formação em massa dos padres e a forte influência cultural e educacional na fé católica promovida pelo Império carolíngio, a Igreja Católica criou escolas e universidades para ensinar e formar pensadores e novos padres. 
A filosofia acadêmica é um período de intensa produção filosófica e valorização do conhecimento científico e da união entre fé e razão, o principal filósofo escolástico Tomás de Aquino era conhecido por combater a heresia (pecado e violação do dogma católico) por meio do conhecimento e da ciência, foi um dos principais pensadores da Escolástica, foi ele quem batizou o pensamento do filósofo grego Aristóteles após os comentários produzidos pela filosofia árabe da época, pelo fato de fundir o pensamento sistemático grego com o seu tornou o pensamento do frade dominicano conhecido como "Tomás-Aristóteles".
Política criminal e processos de criminalização
A expressão da política criminal não tem um conceito unificado na doutrina criminal, é vista como um conjunto sistemático de princípios e regras pelos quais o Estado promove a luta para prevenir e reprimir delitos, o objeto da política criminal, é lidar com as pessoas que violam as regras básicas de convivência em sociedade, prejudicando ou colocando em perigo um indivíduo ou uma sociedade (DELMAS MARTY, 1992).
Vivemos em uma administração de política criminal que gera insegurança na sociedade, cria e dissemina o medo do outro em nome da segurança pública, o que impulsiona estrategicamente a prática do confronto e da morte, é necessário criar um novo corpo coletivo que reúna a sociedade civil, operadores legítimos, operadores sociais e investigadores.
A criminalização secundária leva ao estigma, à rotulagem, que levará a uma maior criminalização, à reincidência, assim inserido na cultura criminosa, após ser rotulado e marginalizado pela sociedade, o indivíduo seguirá a carreira criminosa. Esses fatos mostram claramente que a punição não ressocializa, mas o estigmatiza, pois não é o fato do crime que torna o sujeito impopular aos olhos da sociedade, mas o fato de a pena ser cumprida. 
Psicologia aplicada ao Direito
A relação entre direito e psicologia existe há muito tempo, desde o início eles vêm unindo e aprimorando ferramentas individuais e, quando tomadas em conjunto, acabam beneficiando ambos os campos, a psicologia jurídica é o campo da psicologia que reúne profissionais que trabalham na interação entre psicologia e direito. 
A relação entre psicologia e direito se mostra como uma forma de complementar o compromisso social e comunitário, de modo que a psicologia compreende e interpreta o comportamento humano, e o direito busca focalizar o comportamento que forma normas pelas quais os indivíduos convivem de acordo com regras e regulamentos (JESUS, 2001).
No direito penal, um psicólogo atuará como especialista na análise do risco ou na saúde mental de todas as partes em um julgamento e, no direito do trabalho, desempenhará um papel na produção de perícia relacionada ao contencioso trabalhista. 
Um psicólogo jurídico será responsável por produzir laudose pareceres, possivelmente até sua opinião sobre a solução do problema em questão, mas lembre-se de que esse parecer não deve ser confundido com decisões judiciais. Quanto à sua atuação, todas as partes no litígio e os advogados presentes podem consultá-lo, devendo também responder às indagações dos juristas, esses costumes passaram da psicologia para a sociologia e depois para o direito, formando costumes legais (MIRANDA, 2005).
Psicologia social
A psicologia social lida com as relações entre membros de grupos sociais, por isso fica na fronteira entre a psicologia e a sociologia, tem como objetivo compreender como os seres humanos se comportam nas interações sociais, no entanto, para alguns estudiosos, a comparação da psicologia social e da sociologia não é tão direta, pois ambas são campos separados, de diferentes perspectivas teóricas. 
É um campo de conhecimento da ciência psicológica que estuda as dimensões subjetivas dos fenômenos sociais, cujos objetos de estudo são: 
-Violência; relações de gênero; comunicação; exclusão; identidade social; autoconsciência; família; escola; trabalho e classe social; grupos;
-Fatores psicológicos da vida social, tais como: status social, liderança, estereótipos;
-Fatores sociais da psicologia humana, como motivação; atitude; opinião; preconceito, etc (LANE, 1981).
A presença do psicólogo na unidade prisional é de extrema importância, pois a atuação desse profissional deve refletir-se não apenas na formulação de laudos exigidos pelas autoridades judiciárias, mas também otimizar e prestar assistência aos detentos e demais famílias. Além disso, é uma área de pesquisa muito importante no campo da psicologia, que permite o estudo do comportamento humano e a compreensão de controvérsias sobre o porquê de alguém cometer um ato ilícito; sejam causas passadas ou genéticas, a Lei de Execução Penal de 1984 legalizado Em conjunto com a Psicologia, a representação dos psicólogos na área criminal se formaliza em dois momentos: a elaboração do parecer da Comissão Técnica de Classificação e a atuação do Centro de Observação Criminal. Desenvolver programas personalizados e verificações prognósticas para sistemas de incidentes na execução criminal
A atuação dos psicólogos nas prisões efetiva, proporciona muitos benefícios para os envolvidos direta e indiretamente no sistema prisional, por trás de um sistema prisional mais eficiente e profissional, onde os detentos realmente reaprendem a viver e respeitar, poder focar na validade dos direitos amparados por nossa legislação penal e pela Constituição Federal.
Teoria Jurídica do Direito
O princípio da presunção de inocência é um dos princípios fundamentais do direito brasileiro e é responsável pela proteção das liberdades individuais, regulamentado pelo artigo 5º, inciso LVII, da Constituição de 1988, que afirma que ninguém será condenado por crime até que seja proferida sentença definitiva contra a condenação criminal. 
Considerando que a Constituição Federal é nossa lei suprema, toda legislação constitucional deve ser inocente e obedecer a esse princípio, de acordo com este princípio, o acusado é presumido inocente até prova em contrário, logo, um indivíduo só será preso após um veredicto final sobre a condenação. Inclui o direito de não ser declarado culpado a menos que uma sentença final seja proferida e, na conclusão do devido processo legal, o acusado tenha usado todos os meios de prova relevantes para se defender e prejudicar a credibilidade das provas apresentadas por a acusação (LIMA, 2012).
O princípio da presunção de inocência destina-se a proteger a liberdade de um indivíduo que comete um ato ilícito, ou seja, até que o acusado seja provado culpado, ele deve permanecer livre, nesse caso, ele não poderá cumprir sua pena até que a condenação definitiva seja proferida, mas a prisão preventiva e a prisão provisória não têm a natureza do cumprimento de pena. As prisões provisórias, caracterizadas pelas prisões em flagrante, prisões temporárias e preventivas, não violam o princípio da presunção de inocência, pois não têm caráter de cumprimento de pena, mas são preventivas e processuais, e servem para proteger a investigação, para que não apresente risco ao processo. 
CONCLUSÃO
O objetivo deste estudo foi esclarecer alguns pontos relevantes sobre a criminologia, em um primeiro momento, concluiu-se que a criminologia é uma ciência empírica, interdisciplinar, ou seja, baseada na observação e na experiência, voltada para a análise do crime, das vítimas, dos infratores e do controle social. 
Reduzir o número de presos temporários, aplicarem mais penas alternativas, aumentar as opções de trabalho e estudo nas prisões, reformar as prisões e segregar adequadamente os presos são algumas das soluções para os problemas carcerários do país. 
O Estado e a sociedade como um todo devem investir para deixar de lado o descaso e aversão aos encarcerados e começar a vê-los de forma igualitária, para que possam começar a fazer os investimentos necessários para reconstruir esse sistema cronicamente falho e ineficiente.
REFERÊNCIAS
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Nova Cultural, 2000.
BARATTA, Alessandro. Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal. Rio de Janeiro: Ed. Revam, 2011.
BATISTA, Nilo. Introdução Crítica ao Direito Penal Brasileiro. Rio de Janeiro: Revan, 1990.
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Ed. Saraiva: 2002.
CRUZ, Roberto Moraes; MACIEL, Saidy Karolin; RAMIREZ, Dario Cunha. O Trabalho do Psicólogo no Campo Jurídico. Casa do Psicólogo, 2010.
DELMAS MARTY, Mireille. Modelos e movimentos de Política Criminal. Rio de Janeiro: Revan, 1992.
FERNANDES, Newton; FERNANDES, Valter. Criminologia Integrada. São Paulo: revista dos Tribunais, 1995.
GARCÍA-PABLOS DE MOLINA, Antônio; FLÁVIO GOMES, Luiz. Criminologia: introdução a seus fundamentos teóricos; introdução as bases criminológicas da Lei 9.099/95; Lei dos Juizados Especiais Criminais. 8ª. ed. rev. e atual: São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, 2012.
JESUS, Fernando de. Psicologia aplicada à Justiça. Goiânia: AB, 2001.
LANE, S. T. M. O que é Psicologia Social. São Paulo: Brasiliense, 1981.
Lei de Execução Penal: disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm; último acesso: 16/02/2022.
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal, volume 1. Impetus. Niterói: 2012.
Ministério da Justiça e Segurança Pública - Departamento Penitenciário Nacional, Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias Junho de 2019. Disponível em <http://depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen>. Acesso em 20/02/2020.
MIRANDA, de Pontes; À Margem do Direito. 3a edição. Campinas: Bookseller, 2005.
PABLOS DE MOLINA, Antônio Garcia. Criminologia: uma introdução a seus fundamentos teóricos. Tradução de: Luiz Flávio Gomes. 3ª. ed. Revista dos tribunais. São Paulo, 2002.
SANTORO FILHO, Antonio Carlos. Conceito de Política Criminal. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 20, n. 4549, 15 dez. 2015. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/43624. Acesso em: 20 fev. 2022.

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