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Fundamentação dos direitos humanos	
APRESENTAÇÃO
A fundamentação dos Direitos Humanos pode ser problematizada a partir da origem dos direitos 
humanos e, também, o seu significado e objeto. Há várias formas de fundamentar os Direitos 
Humanos e essas formas implicam diretamente no julgamento acerca da necessidade e/ou 
prioridade desses direitos, bem como a sua relativização. É por isso que é essencial compreender 
qual é a fundamentação que pauta tais direitos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar o que são os Direitos Humanos, vai também 
refletir acerca da base para pensar nesses direitos (fundamentação), e com o que eles se ocupam 
e/ou preocupam (objeto).
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir os Direitos Humanos pela perspectiva da filosofia cristã.•
Reconhecer os fundamentos dos Direitos Humanos na perspectiva social.•
Identificar o sentido dos Direitos Humanos a partir de uma antropologia integral.•
DESAFIO
O direito à vida corresponde também ao direito de viver.
Há algumas formas de garantir o direito à vida: dar condições de vida e subsistência, direito ao 
trabalho digno e honesto, garantindo, assim, pelo menos um salário mínimo, acesso e garantia à 
saúde. Isso porque uma maneira fácil de desrespeitar o direito à vida é deixando que alguém 
morra de fome, ou de doença.
Logo, para respeitar e proteger o direito à vida, o Estado tem que oferecer políticas públicas 
desde o pré-natal até a vida adulta e, por fim, garantindo uma velhice com dignidade aos idosos.
INFOGRÁFICO
Há ao menos três grandes momentos de criação de direitos humanos ou "três gerações":
1) Direitos civis e políticos. 
2) Direitos sociais, econômicos e culturais. 
3) Direitos humanos difusos e coletivos.
Cada um desses momentos tem características importantes e que acabam por defini-los e 
diferenciá-los. Veja, no Infográfico, as principais características de cada um desses momentos.
CONTEÚDO DO LIVRO
A Declaração dos Direitos Humanos, proclamada pela Organização das Nações Unidas, há mais 
de setenta anos, é fruto de uma construção histórica que se desenvolveu ao longo dos últimos 
séculos. Contudo, apenas a Declaração, sem a compreensão desse contexto histórico e sem uma 
base sólida, não garante o respeito aos Direitos Humanos. Nesse sentido, é importante 
fundamentar os Direitos Humanos em uma antropologia integral. 
No capítulo Fundamentação dos Direitos Humanos, da obra Antropologia teológica e direitos 
humanos, você vai refletir acerca da fundamentação dos Direitos Humanos e a necessidade de 
uma visão de um ser humano integral.
Boa leitura!
ANTROPOLOGIA 
TEOLÓGICA E 
DIREITOS 
HUMANOS
Adriane da Silva Machado Möbbs
Fundamentação 
dos direitos humanos 
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir os direitos humanos pela perspectiva da filosofia cristã.
  Reconhecer os fundamentos dos direitos humanos na perspectiva social.
  Identificar o sentido dos direitos humanos a partir de uma antropo-
logia integral.
Introdução
Neste capítulo, você vai compreender em que consiste o problema da 
fundamentação dos Direitos Humanos à luz da filosofia cristã. Quando 
nos perguntamos acerca do fundamento, estamos a indagar sobre a raiz, 
ou seja, a origem de tais direitos. O termo fundamentação compreende 
um duplo conteúdo, a saber: o significado e o objeto do tema. Dessa 
forma, neste capítulo, você vai receber os subsídios necessários para 
compreender a origem dos direitos humanos, bem como a justificação 
na qual se baseiam esses direitos. 
A história da Declaração dos Direitos Humanos é dividida por alguns 
autores em três ou quatro momentos; há aqueles que falam em “três 
gerações” de direitos. Como o nosso foco não é a história da criação 
desses direitos, mas a sua fundamentação, optamos por utilizar os termos 
já empregados na literatura pertinente, sem qualquer problematização 
e/ou crítica a esse respeito. Portanto, algumas vezes, vamos nos referir a 
“gerações de direitos” e, em outras, a “momentos”. 
Com relação à fundamentação, que é o escopo deste capítulo, é 
importante dizer que há muitos modos de fundamentação da validade 
dos direitos humanos; esses modos são importantes porque deles deriva 
a necessidade e a justificativa para que os direitos sejam respeitados. Essas 
justificativas para a necessidade e o respeito aos direitos variam de acordo 
com a perspectiva ou a ideologia adotada. Contudo, elas coincidem no 
reconhecimento básico dos valores fundamentais. 
Entre os vários modos de fundamentação dos direitos humanos, estão 
a fundamentação religiosa, a lei natural clássica, o positivismo, o marxismo 
e a fundamentação sociológica. Entre eles, nos interessa a fundamen-
tação religiosa e a sociológica, em especial, a fundamentação religiosa 
pela perspectiva da filosofia cristã, que abordaremos em um primeiro 
momento, e a social, que abordaremos a seguir. Por fim, abordaremos os 
direitos humanos pela perspectiva holística, que congrega a perspectiva 
de uma antropologia integral.
Direitos humanos pela perspectiva 
da filosofia cristã 
O papel da fundamentação é indispensável para que tenhamos clareza quanto 
à forma e ao sentido dos direitos humanos. É a fundamentação dos direitos 
humanos que apresenta as diretrizes e os direitos que podem ser considerados 
direitos humanos. De acordo com Culleton, Bragato e Fajardo (2009, p. 19), 
“[...] parece que as teorias que versam sobre o tema são tantas e tão diversas, 
sobretudo sobre a natureza do ser humano, que seria inviável a sua justifi cação”; 
contudo, é justamente por isso que ela se torna indispensável. A forma e o 
sentido como os direitos humanos são compreendidos infl uencia diretamente 
o nosso julgamento acerca de tais direitos.
Embora a expressão “direitos humanos” não apareça nos livros sagra-
dos, é possível encontrar nesses livros as bases para uma teoria dos direitos 
humanos, cujo fim é o bem supremo. Essas teorias pressupõem a aceitação 
e a compreensão da revelação de tais direitos. Ao aceitarmos a premissa do 
Antigo Testamento, que se refere ao fato de que Adão, o primeiro homem, 
foi criado à imagem e semelhança de Deus (BÍBLIA, 1976, Gn 1, 27–28), 
aceitamos que toda a humanidade foi criada à imagem e semelhança de Deus 
e, por isso, possui um valor superior de dignidade em relação ao restante da 
criação, conforme lecionam Culleton, Bragato e Fajardo (2009).
Quando aceitamos a existência de um pai comum, assumimos a existência 
de uma humanidade comum e a universalidade de certos direitos. À luz da 
filosofia cristã, todo homem tem uma natureza que vem do sagrado e, por isso, 
merece ser respeitado e ter seus direitos respeitados. Esses direitos provêm de 
Fundamentação dos direitos humanos2
uma fonte divina, não podendo, portanto, ser desrespeitados por nenhum ser 
humano. Esse preceito é encontrado não só na tradição judaico-cristã, mas 
também em outras religiões de base teísta.
Ao aceitarmos a verdade da revelação de que o homem foi criado por Deus, 
à sua imagem e semelhança, estamos reconhecendo a paternidade de Deus, 
a nossa condição de filhos e irmãos (filialidade e fraternidade) e, portanto, a 
garantia de direitos. Há, sem dúvida, uma dignidade que deve ser respeitada 
por conta dessa paternidade e irmandade. Contudo, resta-nos saber: quais são 
esses direitos comuns a todos os seres humanos e que devem ser respeitados?
Aproximação entre Igreja Católica e direitos humanos
Historicamente, a origem dos direitos humanos nos remete à Revolução 
Francesa e à Declaração dos Direitos do Homem (1789). Mas, antes dela, já 
encontrávamos a doutrina dos direitos civis na Declaração de Independência 
dos Estados Unidos (1776). Segundo Strieder (1998, documento on-line): 
Essas duas declarações se baseiam na crença de que existem verdades universais 
e eternas, anteriores a qualquer governo ou ideologia. E entreessas verdades, 
estão os “direitos fundamentais do homem”. Por isso não compete aos governos 
criar esses direitos, mas apenas reconhecê-los, proclamá-los e fazê-los observar. 
Contudo, como vimos, encontramos fundamentação para tais direitos nos 
textos de várias religiões, que datam de muito antes de tais declarações. A 
aproximação da Igreja Católica de tais declarações e direitos acontece com o 
Papa Leão XIII, que, em sua encíclica Libertas, publicada em 1889, apresenta 
as novas liberdades que são aceitas e as que são reprovadas pela Igreja. Essa 
primeira aproximação da Igreja aos direitos humanos foi motivada pela situação 
histórica da segunda metade do século passado, com o avanço do liberalismo 
econômico e do socialismo, conforme aponta Strieder (1998).
A Encíclica Libertas, publicada pelo Papa Leão XIII, apresenta as liberdades aceitas pela 
Igreja Católica — os liberalismos de primeiro e segundo grau — que ganhavam espaço 
na época. A Encíclica também versava acerca da tolerância e pregava o senso crítico 
e o discernimento das diferentes formas de liberalismo e de liberdade.
3Fundamentação dos direitos humanos
Encontramos na Bíblia a certeza de que tudo foi criado por Deus, o Criador 
por excelência. Portanto, tudo no mundo está relacionado a Deus, e não há nada 
que exista no mundo que não seja com o seu consentimento e/ou por obra da 
sua criação. Dessa forma, tudo o que se denomina “direito” está relacionado 
a Deus. Não há nenhum “direito” que não tenha sido instituído por Deus. E, 
portanto, sendo o Criador justo, não há nada, nem mesmo os direitos huma-
nos, que não tenham sido criados por Ele, não sendo possível desvincular os 
direitos humanos do direito divino, uma vez que o autor desses direitos é o 
próprio Deus. Ainda conforme Strieder (1998, documento on-line), “Ao homem 
cabe apenas reconhecê-los, promulgá-los e cumpri-los. Vistos dessa forma, 
os nossos direitos humanos são as concretizações sociais do direito divino”. 
Cabe a todos os homens, criados à imagem e semelhança de Deus, promover 
o amor e a justiça de Deus nas suas relações com seus irmãos. No entanto, 
cabe ressaltar que a justiça de Deus não é a mesma justiça dos homens, aquela 
praticada de olhos vendados. Pelo contrário, a justiça divina é aquela da 
misericórdia, de acordo com o Êxodo: 
Não explorarás, nem oprimirás a um estrangeiro, pois foste estrangeiro na terra 
do Egito. Não maltratarás a viúva, nem o órfão; se o maltratares e ele clamar a 
mim, ouvirei o seu clamor... Se emprestares dinheiro a alguém do meu povo, 
ao necessitado que está contigo, não agirás com ele como um agiota, não lhe 
cobrarás juros. Se tomares o manto de teu próximo em penhor, devolvê-lo-ás 
ao pôr-do-sol, pois o manto que lhe protege a pele é o seu único cobertor... E se 
ele clamar a mim, hei de ouvi-lo, pois sou misericordioso (apud BÍBLIA, 1976; 
STRIEDER, 1998, documento on-line).
Tal justiça aparece também quando o profeta Jeremias caracteriza o bom 
e o mau governo e diz: “Ai de quem constrói seu palácio desprezando a jus-
tiça, e amontoa seus andares desrespeitando o direito; que obriga aos outros 
a trabalhar sem pagar-lhes o salário” (apud BÍBLIA, 1976; STRIEDER, 
1998, documento on-line). É preciso, portanto, que o justo não tenha os olhos 
vendados, ao contrário, que ele olhe para os dois lados. O bom governante é 
aquele que defende a causa do humilhado e do pobre. 
Aqueles que não possuem quem os defenda são defendidos e protegidos 
por Deus — e nenhuma pessoa deve ser vítima da injustiça. Por isso, segundo 
a Lei de Deus, um bom governo é aquele que assume como responsabilidade 
primária a defesa dos direitos daqueles indefesos, que não têm meios para 
defender os seus próprios direitos. Logo, é possível avaliar um governo a 
partir da situação daqueles que vivem em situação de vulnerabilidade, ou seja, 
aqueles que são desprotegidos. Segundo Strieder (1998, documento on-line), 
Fundamentação dos direitos humanos4
“O respeito aos direitos dos mais pobres e dos mais indefesos é a medida da 
moralidade de um país”.
Em suma, os direitos humanos encontram as suas bases na Bíblia e na 
Doutrina Cristã, porque os homens e as mulheres foram criados à imagem e 
semelhança de Deus, mas também porque encontramos no Novo Testamento 
que a ação salvadora de Jesus Cristo vale para todos os seres humanos. Cristo 
nos ensina ainda que o modelo de convivência dos homens entre si deve ser 
o seu Reino e, por isso, repleto de amor e misericórdia. É exatamente nesse 
ponto que os “direitos humanos” e a Bíblia convergem. Há, nesse sentido, um 
ideal de dignidade para o ser humano universal.
Como afirma Strieder (1998, documento on-line):
A defesa dos direitos humanos formais é fundamentalmente um sinal desta 
dimensão mais profunda, que é a defesa da dignidade humana, de cada ser 
humano como ser pessoal. E isso é bíblico. Outro ensinamento da teologia 
cristã, em seus primórdios, considerava que Jesus Cristo, ao assumir a natureza 
humana, dignificou extraordinariamente essa mesma natureza, revelando-a 
na sua dimensão mais profunda [...]. Por isso, hoje, grande parte dos cristãos 
já compreende que, promovendo os direitos humanos, nada mais faz do que 
evidenciar a teologia da vida, que se orienta no amor e na misericórdia das 
bem-aventuranças do Evangelho.
Dessa forma, é possível verificar que os direitos humanos encontram a 
sua fundamentação na doutrina cristã, uma vez que ser cristão é, sobretudo, 
defender a dignidade humana universal, ou seja, a humanidade. 
Fundamentação dos direitos humanos 
na perspectiva social
Ainda que, como vimos, a fundamentação dos direitos humanos sob o aspecto 
da doutrina cristã nos remeta às Sagradas Escrituras, momento histórico 
anterior até mesmo aos próprios direitos humanos, a fundamentação desses 
direitos sob a perspectiva social é bem mais recente. Ela data do último século 
e é favorecida pelo desenvolvimento de novas ciências sociais e naturais.
Cabe salientar que é possível, a partir da fundamentação religiosa, que tem 
por base a doutrina cristã, pensar os direitos humanos por meio da perspectiva 
social. Apesar de muitos teóricos não admitirem que exista uma fundamentação 
a priori para os direitos humanos, é como se a necessidade de tais direitos 
surgisse justamente graças à vida em sociedade.
5Fundamentação dos direitos humanos
Embora existam muitas teorias acerca da fundamentação dos direitos 
humanos, é possível encontrar um denominador comum, a saber: a tentativa 
de equacionar uma lei com os fatos da vida humana em sociedade. Talvez 
uma importante contribuição de tal perspectiva e fundamentação dos direitos 
humanos esteja justamente na busca do equilíbrio entre os sentimentos morais 
e as condições sociais e econômicas de um determinado tempo e lugar. Tal 
perspectiva, como afirmam Culleton, Bragato e Fajardo (2009, p. 25), “[...] res-
ponde a uma visão pragmática onde a essência do bem é satisfazer demandas”.
Ao identificar as bases para um sistema de direitos humanos no contexto 
do desenvolvimento social, temos contribuído para as novas exigências da 
sociedade, como os direitos dos desempregados, dos desfavorecidos, das 
minorias, etc. Ou seja, são os direitos humanos visando a atender às novas 
demandas de uma nova sociedade. Dessa forma, não é possível ignorar as 
demandas atuais da sociedade — os direitos humanos devem ser estendidos 
e atualizados de forma a atendê-las. E isso só é possível ao pensarmos que os 
direitos humanos se fundamentam também na perspectiva social, de forma 
que não se pode desvincular uma forma de fundamentação da outra.
O século XX pode ser considerado como referência no contínuo reconhecimento 
dos desejos humanos, das demandas humanas e dos interesses sociais. Contudo, é 
necessário deixar claro que, embora os direitos humanos devam dar conta das novas 
demandas de uma nova sociedade, eles não podem ser confundidos com demandas 
políticas. Trata-se de perceber que as minorias devem ser vistas pelo quesão — parte 
da humanidade e, portanto, dignas de respeito.
Direitos humanos e os princípios de justiça social
No que é considerado o primeiro momento dos direitos humanos, os direitos 
humanos eram compreendidos como naturais e inerentes aos indivíduos, devido 
às características naturais dos seres humanos — liberdade, racionalidade e 
vontade. Na sequência, os direitos humanos passaram a incorporar princípios 
de justiça social e a incluir direitos sociais, econômicos e culturais, adquirindo, 
assim, uma perspectiva social. Esse segundo momento é fruto das lutas dos 
trabalhadores por melhores condições de trabalho e pela garantia de direitos, 
bem como pela redução da desigualdade social.
Fundamentação dos direitos humanos6
Assim, esse período é marcado pela Declaração Universal dos Direitos 
Humanos (DUDH), promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU, 
[2018]) em 10 de dezembro de 1948. Segundo Storck (2014, p. 544), “[...] essa 
declaração é fruto de um processo ético de reconhecimento da igualdade essencial 
de todo o ser humano e da necessidade de respeito à igual dignidade de todos, 
independentemente das distinções de cor, sexo, religião, opinião ou origem”.
Você sabia que a DUDH, criada em 1948, foi assinada à época pelos 58 Estados-membros 
da ONU? Ela estabelece, pela primeira vez, a proteção universal dos direitos humanos 
e tem como objetivo evitar as práticas desumanizadoras, como aquelas que ocorreram 
durante a Segunda Guerra Mundial. A Declaração pode ser caracterizada como um 
documento que delimita os direitos fundamentais do ser humano, apresentando, 
assim, uma lista de direitos cujo respeito e observância universal devem ser promovidos 
pelos Estados-membros da ONU.
O ideal universal de igualdade presente na Declaração só foi possível após o 
término da Segunda Guerra e das suas práticas desumanizadoras, quando restou 
demonstrado que a ideia de superioridade, seja de uma raça, de uma classe social, 
de uma cultura ou de uma religião, sobre todas as demais, põe em risco toda a 
humanidade. Tal fato pode ser evidenciado pelo preâmbulo da própria Declaração:
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros 
da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da 
liberdade, da justiça e da paz do mundo. 
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos do homem resul-
taram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade, e que o 
advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de 
crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade.
Considerando ser essencial que os direitos do homem sejam protegidos pelo 
império da lei, para que o homem não seja compelido, como último recurso, 
à rebelião contra a tirania e a opressão.
Considerando ser essencial promover o desenvolvimento de relações amis-
tosas entre as nações.
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua 
fé nos direitos do homem e da mulher, e que decidiram promover o pro-
gresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla 
(ONU, [2018], documento on-line).
7Fundamentação dos direitos humanos
É importante destacar que a origem dessa Declaração se deu após as críticas 
de Karl Marx, em A questão judaica, aos ideais dos direitos humanos que, se-
gundo ele, expressavam apenas a concepção de homem como indivíduo egoísta 
e pertencente à burguesia. O desfecho desses direitos egocêntricos não poderia 
ser diferente: uma longa e desumana guerra, na qual inúmeras pessoas foram 
mortas por conta do egoísmo, do individualismo e de uma falsa superioridade.
A DUDH, de aspiração universalista — pois busca ser válida para 
“[...] todos os membros da família humana” —, é um documento resultante de 
um acordo político entre os países membros da ONU (ONU, [2018], documento 
on-line) e, portanto, é um ideal a ser atingido, conforme aponta Storck (2014). 
Essa mudança de enfoque, ou, melhor dizendo, a ampliação da concepção de 
direitos, se aproxima mais do ser humano real, aquele que vive e necessita 
viver e conviver em sociedade. Por isso, os direitos humanos devem também 
fomentar que essa convivência seja harmônica e promova a paz, diminuindo as 
desigualdades sociais. Como afirma o primeiro artigo da Declaração: “Todos 
os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados 
de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito 
de fraternidade” (ONU, [2018], documento on-line, grifo nosso).
Observe que a Declaração agora fala em seres humanos; é possível encontrar 
algumas versões que falam em pessoas. Essa não é apenas uma mudança na 
escrita ou uma mera troca de palavras; ela apresenta uma nova concepção de 
homem e de mulher, de ser humano. É uma nova Declaração para uma nova 
época que pretende deixar o individualismo e o egoísmo de lado e pensar o 
coletivo. Mas, não apenas isso, pensar o coletivo para diminuir as desigual-
dades entre as pessoas e fomentar a solidariedade e a fraternidade entre elas.
Você sabia que é possível acessar a DUDH na íntegra no site da ONU? Veja no link a seguir.
https://goo.gl/8BGSf4
A expressão fraternidade como base para as relações humanas demonstra o 
aspecto social do texto. Outro aspecto que merece destaque é aquele expresso no 
art. 21 da Declaração Universal, que menciona a vontade geral e a importância 
da democracia: “III. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; 
Fundamentação dos direitos humanos8
esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio 
universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade 
de voto” (ONU, [2018], documento on-line). Nos arts. 22 a 26, encontramos 
os direitos econômicos e sociais, que visam à proteção dos trabalhadores e 
das minorias menos favorecidas da sociedade. Essa proteção vem em forma 
de algumas garantias: condições adequadas de trabalho, garantia à educação 
gratuita e garantia à saúde e ao bem-estar (ONU, [2018], documento on-line).
O terceiro momento da DUDH surge após o término da Guerra Fria e 
do processo de globalização do final do século XX. Algumas mudanças de 
perspectiva são notórias, como o fato de os direitos humanos não estarem mais 
associados apenas à figura do indivíduo como seu titular — os novos direitos 
possuem titularidade coletiva ou difusa, destinando-se também à proteção 
dos grupos. Há uma preocupação com as gerações presentes e futuras, e a 
matriz é dada na forma de cooperação entre os Estados.
Essas mudanças graduais e a incorporação de novas perspectivas e novas 
garantias de direitos marcam uma mudança de perspectiva de ser humano e 
de direitos para esses seres humanos. O enfoque está na visão do ser humano 
como um ser integral e, portanto, com necessidade de direitos e garantias 
mais amplos do que aqueles conquistados antes. Vejamos agora essa nova 
perspectiva. 
Os direitos humanos a partir 
de uma antropologia integral
Após percorrer alguns dos princípios que fundamentam as chamadas gerações 
de direitos humanos, chegamos ao nosso objetivo principal, que é a proposta de 
uma antropologia teológica que muda a forma como vemos os seres humanos 
e, consequentemente, os direitos humanos.
É importante deixar claro que abordar o ser humano, na perspectiva de 
uma antropologia integral, consiste em vê-lo não mais a partir do dualismo 
corpo e alma, mas de uma forma integradora. Não deve haver prevalência de 
um sobre o outro, ou seja, não há corpo sem alma, da mesma forma que não 
há alma sem corpo. A integração dessas duas dimensões é fundamental para 
uma vida saudável, pois não é saudável o ser humano que cuida apenas do 
seu corpo, da mesma forma que não é saudável aquele que cuida apenas da 
alma. É necessário um cuidado de forma integrada. E isso só será possível 
a partir da compreensão de que não há essa separação entre ambos. Embora 
9Fundamentação dos direitos humanos
eles sejam, sim, coisas distintas, não são dissociadas;pelo contrário, estão 
integradas. Talvez, você esteja se perguntando: qual é a relação dessa pers-
pectiva integradora com os direitos humanos?
A antropologia integral visa ao cuidado do ser e à busca de sentido. 
Portanto, tem uma visão integral do sujeito. Quando relacionamos essa pers-
pectiva com os direitos humanos, pensamos nessa visão integral do ser e sua 
busca de sentido não apenas no aspecto individual, mas também no coletivo. 
Para isso, a compreensão de que não há tal dualismo se torna fundamental.
A pessoa é vista pelos cristãos nessa perspectiva de uma antropologia integral. 
O ser humano é considerado pessoa, primeiramente, porque ele foi criado à imagem 
e semelhança de Deus. Um Deus trino. O Deus trino é aquele que subsiste nas 
três pessoas divinas que, além de compartilharem o poder, relacionam-se em uma 
comunidade de amor. Por isso, não podemos desvincular os direitos humanos 
da noção de pessoa compreendida nessa perspectiva, devido à centralidade da 
noção de dignidade da pessoa humana na origem de todos os direitos humanos.
Nesse sentido, pensar os direitos humanos na perspectiva de uma antropolo-
gia integral é compreender a necessidade de os cristãos não apenas respeitarem 
os direitos humanos, mas defendê-los. Ao garantirmos a dignidade da pessoa 
humana, estamos, também, por extensão, defendendo a Deus, o Deus trino. 
A perspectiva de uma antropologia integral nos permite unir as diferentes 
gerações de direitos humanos, a começar por aquela que possui sua funda-
mentação religiosa e é compreendida como natural, até a terceira geração de 
direitos humanos, aquela que traz a titularidade coletiva dos direitos humanos.
Trata-se, portanto, dos direitos humanos pensados de forma integral e 
solidária — integral porque contempla o humanismo do ser humano, um 
humanismo que traz a sua origem e criação, ou seja, a participação em Deus. 
E solidária porque pensa esse ser humano integral em relação aos outros, 
aquele que se preocupa e se solidariza com o outro, que exerce a alteridade e 
a empatia. Ser cristão, de forma integral, é estar com os outros, em comunhão.
No link a seguir, você pode acessar uma entrevista com a prof.ª Marly Carvalho Soares, 
da Universidade Estadual do Ceará, que trata da obra do Padre Lima Vaz e da sua 
proposta de uma antropologia integral. 
https://goo.gl/WAfyx5
Fundamentação dos direitos humanos10
Acerca desse modo de pensar e conceber o humano como integrado, cabe 
destacar, como afirma Rubio (2007, p. 8):
Em decorrência da perspectiva antropológica dualista, desenvolveram-se, 
século após século, orientações espirituais que desprezavam o corpo, visto 
como inimigo da vida espiritual, que valorizavam o eterno em detrimento 
do temporal, a graça divina em detrimento da natureza humana, a oração em 
detrimento da ação social e política etc.
Não podemos negar que essas dicotomias, alimentadas por muitos séculos, 
nos conduziram ao esvaziamento do ser, aos altos índices de suicídio e às 
altas taxas de adoecimento emocional, mental e espiritual. 
É chegada a hora de uma antropologia integral, uma perspectiva e uma 
concepção de ser humano integral, uma visão integrada de ser humano, respei-
tando, é claro, as diferenças entre os elementos constitutivos do ser humano, 
conforme aponta Rubio (2007, p. 8–9). É necessário, no atual contexto, clareza 
quanto ao fato de que:
Se o decisivo em Deus é o Amor e a Liberdade, devemos concluir que o ser humano, 
criado à imagem e semelhança desse Deus, deverá ser valorizado, sobretudo pela 
capacidade de se decidir com liberdade (de maneira condicionada e finita, mas real) 
e de amar (também de maneira limitada e penetrada de ambiguidade, mas real).
É urgente a necessidade de superação do antropocentrismo moderno 
excludente. E, nesse sentido, como afirma Rubio (2007, p. 280):
O ser humano é considerado de maneira integrada, superando-se os dualismos 
clássicos e modernos. É visto como um sistema vivo relacionado de múltiplas 
maneiras com os outros seres humanos e com o ecossistema vital do qual faz parte. 
A consciência ecológica é especialmente valorizada bem como os aspectos mais 
intuitivos e femininos, a colaboração, a receptividade e a perspectiva sintética. Mas, 
procura, ao mesmo tempo, desenvolver um equilíbrio dinâmico entre o racional e 
o intuitivo, entre a autoafirmação e a cooperação, entre o masculino e o feminino. 
A superação do antropocentrismo moderno, da individualidade, só é pos-
sível com uma visão integrada de ser humano. Essa visão integrada de ser 
humano se torna imprescindível para a manutenção e a celebração dos direitos 
humanos. Ela garante uma visão de alteridade em relação ao outro, que é um 
ser humano assim como eu e, portanto, criado por Deus. Garante a integração 
11Fundamentação dos direitos humanos
entre o eu e o nós e prevê, assim, a solidariedade e a fraternidade em um mundo 
no qual os direitos humanos são respeitados, contemplando em um só tempo 
as três gerações ou momentos da histórica DUDH.
Veja exemplos de direitos de acordo com cada momento da DUDH:
Direitos humanos
Primeira geração Segunda geração Terceira geração
Direito à vida, dignidade 
e segurança da pessoa.
Direito à saúde e 
à educação.
Direitos à paz e à 
autodeterminação 
dos povos.
Direito à liberdade 
de pensamento, 
consciência, religião 
e expressão.
Direito à remuneração 
justa, ao repouso e 
à aposentadoria.
Direito ao 
desenvolvimento e 
ao meio ambiente.
Direito à propriedade 
privada.
Direito à conservação 
e à utilização do 
patrimônio histórico 
e cultural.
Fonte: Adaptado de Storck (2014).
É possível afirmar, portanto, que a perspectiva de uma antropologia integral, pers-
pectiva adotada pela Antropologia Cristã, integra, fundamenta e garante as outras 
duas perspectivas de fundamentação dos direitos humanos, a saber: a perspectiva 
da filosofia cristã e a perspectiva social. 
Fundamentação dos direitos humanos12
BÍBLIA. Bíblia sagrada. São Paulo: Paulinas, 1976.
CULLETON, A.; BRAGATO, F. F.; FAJARDO, S. P. Curso de direitos humanos. São Leopoldo: 
Unisinos, 2009.
ONU. Assembleia Geral das Nações Unidas. Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
Unicef Brasil, [2018]. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10133.
html. Acesso em: 27 mar. 2019.
RUBIO, A. G. (org.). O humano integrado: abordagens de antropologia teológica. 2. ed. 
Petrópolis: Vozes, 2007.
STORCK, A. Direitos humanos. In: TORRES, J. C. B. Manual de ética: questões de ética 
teórica e aplicada. Petrópolis: Vozes, 2014.
STRIEDER, I. A Bíblia e a fundamentação ético-religiosa dos direitos humanos. Symposium 
de Filosofia. v. 1, nº. 1, p. 11–17, jul./dez. 1998. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.
puc-rio.br/2934/2934.PDF/. Acesso em: 27 mar. 2019.
Leituras recomendadas
ADAMATTI, B.; GONÇALVES, L. O relativismo e o diálogo entre culturas na atualidade. UNI-
SINOS, São Leopoldo, 2013. Disponível em: http://unisinos.br/blogs/ndh/2013/05/02/o-
-realitivismo-e-o-dialogo-entre-culturas-na-atualidade/. Acesso em: 27 mar. 2019.
CASTILHO, R. Educação e direitos humanos. 5. ed. Sã o Paulo: Saraiva, 2018. 
FERRAZ JUNIOR, T.; BITTAR, E. B.; ALMEIDA, G. A. (org.). Filosofia, sociedade e direitos 
humanos: ciclo de palestras em homenagem ao professor Goffredo Telles Jr. Barueri: 
Manole, 2012.
JULLIEN, F. O diálogo entre as culturas: do universal ao multiculturalismo. Rio de Janeiro: 
Zahar, 2009.
KOTTAK, C. P. Um espelho para a humanidade: uma introdução à antropologia cultural. 
Porto Alegre: AMGH, 2013.
MAZZUOLI, V. O. Curso de direitos humanos. 5. ed. São Paulo: Método, 2018.
RACHELS, J. Elementos da filosofia da moral. São Paulo: Manole, 2006.
13Fundamentação dos direitos humanos
DICA DO PROFESSOR
Você acredita que o aborto deveria ser legalizado? Você acredita que o casamento infantil é uma 
prática de algumas culturas que deve ser respeitada? Você acredita na máxima de "Direitos 
Humanos para humanos direitos"?
Como você pode ver, os Direitos Humanose a sua defesa ainda causam críticas e alguns 
conflitos entre as culturas, infelizmente. Há muita polêmica em relação a como estabelecer um 
consenso do que são os Direitos Humanos, ou ainda sobre quem deveria desfrutá-los, pois há 
culturas morais tão diversas. 
Assista, nesta Dica do Professor, as críticas relacionadas aos Direitos Humanos.
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EXERCÍCIOS
1) Considerando o percurso de criação dos Direitos Humanos, desde a “primeira 
geração” até a “terceira geração” que dá origem à Declaração Universal dos Direitos 
Humanos, avalie as proposições a seguir: 
I. A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um documento que delimita os 
direitos fundamentais do ser humano. 
II. Lista direitos cujo respeito e observância universal devem ser promovidos pelos 
Estados-membros da Organização das Nações Unidas. 
III. Sua criação foi motivada especialmente para promover a observância dos 
Direitos Humanos fortemente abalados na Segunda Guerra Mundial. 
IV. Criado em 1938, a Declaração foi assinada à época pelos mais de 190 Estados-
membros da ONU. 
Quais afirmativas estão CORRETAS? 
 
A) II, III e IV.
B) I e II.
C) II e IV.
D) I, II e III.
E) IV.
2) O papel da fundamentação dos Direitos Humanos é de suma importância, pois é ela 
que dá as bases para tais direitos. Com base na perspectiva cristã, analise as 
assertivas abaixo: 
I. Toda a humanidade foi criada por Deus e à sua imagem e semelhança. 
II. A humanidade tem um valor superior de dignidade se comparada ao restante da 
criação divina. 
Considerando as assertivas acima, marque aquilo que for CORRETO:
A) Ambas as assertivas são verdadeiras, mas não se relacionam. 
B) Ambas as assertivas são falsas, embora se relacionem.
C) Ambas as assertivas são verdadeiras e não apenas se relacionam, mas também se 
complementam.
D) A primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa.
E) A segunda assertiva é verdadeira e a primeira é falsa.
3) Acerca da história da declaração de Direitos Humanos, é possível identificar pelo 
menos três momentos, nos quais novos direitos e novas perspectivas vão sendo 
incorporados às declarações. Acerca do primeiro momento, é CORRETO afirmar 
que:
A) É o momento em que os Direitos Humanos são compreendidos como direitos naturais 
inerentes a indivíduos que os têm por serem livres e dotados de racionalidade e vontade.
B) É o momento em que os Direitos Humanos passam a incorporar os princípios de justiça 
social e incluem os direitos sociais, econômicos e culturais.
C) É o momento em que os Direitos Humanos passam a incorporar os princípios de justiça 
social e excluem os direitos econômicos e culturais.
D) É o momento em que os Direitos Humanos passam a ter titularidade coletiva.
E) É o momento em que se crê na aquisição de Direitos Humanos, por parte dos seres 
humanos, e estes só serão conquistados por aqueles indivíduos livres e dotados de 
racionalidade e vontade.
4) Acerca da história da declaração de Direitos Humanos, é possível identificar pelo 
menos três momentos: o primeiro, concebido como natural e inerente aos indivíduos; 
o segundo, com a perspectiva da justiça social e a diminuição das desigualdades; e, o 
terceiro, a titularidade coletiva, que visa à proteção dos grupos. Acerca do segundo 
momento, é CORRETO afirmar que:
A) Derivam do direito divino e, portanto, são compreendidos como Direitos Humanos 
concedidos por Deus à humanidade.
B) São oriundos da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho e pela redução 
das desigualdades sociais.
C) Derivam das Sagradas Escrituras e têm por objetivo as condições de trabalho e pela 
redução das desigualdades sociais.
É o momento em que os Direitos Humanos passam a incorporar os princípios de justiça D) 
social e excluem os direitos econômicos e culturais. 
E) É o momento em que os Direitos Humanos passam a ter a titularidade coletiva e a 
incorporar os princípios de justiça social, os direitos sociais, econômicos e culturais.
5) A superação do antropocentrismo moderno e da individualidade só é possível com 
uma visão integrada de ser humano. E, nesse sentido, a antropologia integral 
possibilita compreender o ser humano como esse ser integral e se torna 
imprescindível para a manutenção e a celebração dos Direitos Humanos. 
Considerando a relação entre a antropologia integral e os Direitos Humanos, é 
CORRETO afirmar que:
A) A antropologia integral possibilita a superação das “gerações” de direitos e propõe uma 
nova declaração de Direitos Humanos atual e que dê conta dessa nova sociedade.
B) A Declaração dos Direitos Humanos é decorrência da aceitação, por parte dos Estados, da 
perspectiva de uma antropologia integral.
C) Os Direitos Humanos e a ideia de uma antropologia integral só são compatíveis mediante 
uma nova declaração dos Direitos Humanos.
D) A antropologia integral permite a integração entre o eu e o nós, abrindo mão da 
solidariedade e da fraternidade, por um ideal de um ser humano integral e, portanto, 
devolve a titularidade individual aos Direitos Humanos, que fora retirada pela terceira 
geração de Direitos Humanos.
E) A antropologia integral garante uma visão de alteridade, o outro que, assim como eu, foi 
criado por Deus. Garante a integração entre o eu e o nós, prevê, assim, a solidariedade e a 
fraternidade em um mundo no qual os Direitos Humanos são respeitados, contemplando 
em um só tempo as três “gerações”, ou momentos, da histórica declaração de Direitos 
Humanos.
NA PRÁTICA
Os conflitos entre os Direitos Humanos e a Antropologia têm sido muito frequentes. Nessa 
pauta está a discussão em torno da suposta prática de infanticídio, por parte de algumas das 
tribos indígenas brasileiras, e os Direitos Humanos.
Há um debate acerca dessa questão controversa, se deve-se ou não interferir em nome de um dos 
direitos humanos mais elementares que, como você viu, é o direito à vida.
Na Prática, o que deve ser feito? Será que há uma forma de respeitar o direito à liberdade 
religiosa, os direitos culturais e o direito à vida? 
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Anistia Internacional
A Anistia Internacional é um movimento global com mais de 7 milhões de apoiadores, que 
realiza ações e campanhas para que os Direitos Humanos, internacionalmente reconhecidos, 
sejam respeitados e protegidos. Está presente em mais de 150 países.
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Nações Unidas
O site das Nações Unidas no Brasil também contém um acervo muito rico acerca da temática 
dos Direitos Humanos
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Direitos Humanos
A Onu Mulheres Brasil disponibiliza em seu canal no YouTube pequenos vídeos acerca dos 
Direitos Humanos. Você pode acessar aqui o primeiro da série.
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