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Introdução As três primeiras unidades construíram os conceitos teóricos necessários para que pudéssemos entender as ferramentas de gestão da informação, sendo que a informação é a matéria-prima do processo de geração de estratégias. Nesta unidade, apresentaremos o detalhamento das etapas da gestão estratégica: definição da equipe de trabalho; o projeto de gestão estratégica da informação; processo de medição estratégica; e os planos de ação estratégicos. Iniciaremos o nosso estudo com a perspectiva de um pensamento estratégico, necessário para o desenvolvimento de uma empresa e para a formação de uma equipe de profissionais habilitada. Em seguida, com a equipe formada, conheceremos os processos de diretrizes estratégicas voltados à missão, à visão e aos valores. Estas informações serão base para a aplicação de uma análise de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, conhecidas por análise SWOT. Na aula seguinte, tem-se a medição de desempenho e seus indicadores, bem como os processos dessa medição e a criação de painéis de desempenho. Todas as indicações práticas são demonstradas por meio de formulários. Por fim, ficamos na materialização de todo o planejamento: o plano de ação, a parte prática do planejamento. Vamos conhecer a ferramenta 5W2H e sua forma de uso. Encerrando o conteúdo, esta unidade abordará a síntese de todos os conteúdos anteriores, apresentando sua real aplicabilidade. Bom estudos! A equipe de Trabalho De acordo com Lucca (2013), o pensamento estratégico nasce com o empreendedor, quando este decide empreender um projeto. A medida que seu empreendimento cresce, as variáveis competitivas vão fugindo ao seu controle, e o empreendedor começa a se afastar do "front" de batalha, outros oficiais vão assumindo postos importantes para as áreas estratégicas do empreendimento. REFLITA "Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões" (Filion, 1999, p.19.) Surge a figura do gerente financeiro, para cuidar dos fluxos de recebimentos e de pagamentos e para focalizar o aumento da riqueza e do patrimônio da organização. Surge a figura do gerente comercial para expandir a participação da organização no mercado, fortalecer sua marca, captar novos clientes, fidelizar os clientes atuais e garantir a sua satisfação. Também surge a necessidade de um gerente de operações para cuidar da eficácia e da eficiência dos processos internos, e muitas vezes a necessidade de um gerente de pessoas ou de recursos humanos para garantir a competência e a produtividade do capital humano da organização. Dessa forma, nasce naturalmente uma equipe estratégica multifuncional, o detalhe é que muitas organizações não se atentam para isso. Muitas organizações criam feudos, ao invés de áreas estratégicas, por não considerar a relação de causa e efeito entre estas áreas, e sofrem com disputas internas gerando uma perda de energia considerável. MINICASO Em meados de 2009, a empresa frigorífica Grande Portes S/A viu-se com sua contabilidade e sua projeção de crescimento totalmente comprometidas. De origem familiar, a empresa administrada pelo pai e os quatro filhos estava indo à falência. Em reunião, os filhos primogênito e caçula fizeram a oferta de compra ao pai e aos outros dois irmãos, que foi, após longo debate, aceita. Porém, ao contrário do pensamento do restante, os irmãos não acreditavam na administração puramente familiar e iniciaram a reestruturação da empresa em novos moldes. Nomearam colaboradores de confiança da empresa e os convidaram a uma nova empreitada. Renegociaram dívidas. Propuseram cortes de gastos e a divisão de lucros com os trabalhadores que se propuseram a ficar e lutar pela empresa e, com uma nova diretoria formada, traçaram metas de crescimento por meio das estratégias organizadas pelos cubos de decisão. Em três anos, a empresa já declarava ter liquidado todas as dívidas e iniciado um pequeno lucro. No ano de 2015, fomentados pela estrutura administrativa o desempenho de todos, a empresa aponta nos quadros empresariais como a que obteve o maior crescimento no ano. Nossa sugestão é que a equipe estratégica não seja muito numerosa, pois quanto maior o número de pessoas mais difícil será o processo de obtenção de harmonia e sinergia do grupo. De acordo com Lucca (2013), cinco membros é um bom número, sendo eles: o líder da estratégia; o representante da área financeira; o representante da área comercial ou de marketing; o representante da área de operações; o representante da área de pessoas ou recursos humanos. A Figura 1 mostra o Formulário 01 para formação da equipe estratégica. O Formulário 01, é útil para identificar cada um dos participantes da equipe estratégica pelo registro do nome, da área de atuação e do cargo na organização. O Formulário 01, é útil para identificar cada um dos participantes da equipe estratégica pelo registro do nome, da área de atuação e do cargo na organização. Fonte: Adaptado de Lucca (2013, p. 186) Atividades de estudo 1) Com relação à formação da equipe estratégica, assinale a única alternativa correta: a) Quanto maior o número de pessoas para a composição da equipe estratégica melhor; b) O ideal é a formação de uma equipe multifuncional, de no máximo cinco pessoas, envolvendo pessoas com visões das áreas de finanças, marketing, operações e recursos humanos com a supervisão de um líder da equipe estratégica. c) Não é interessante envolver pessoas com visões diferentes de forma a gerar conflitos no desenvolvimento das estratégias da empresa. d) É preciso escolher precisamente os membros da equipe de forma a evitar a relação de causa e efeito entre as áreas de recursos humanos, operações, marketing e finanças. e) A equipe deve ser composta de no máximo quatro pessoas dentre elas o líder do projeto. 2) Com relação à importância da formação de uma equipe estratégica: a) A medida em que o empreendedor/fundador da organização começa a se afastar dos níveis táticos e operacionais, ele deixa de ter uma visão do front de batalha e estas atribuições passam a seus gerentes funcionais. Dessa forma é importante a opinião destes gerentes nas decisões estratégicas; b) É importante para dar subsídio à tomada de decisões do empreendedor/fundador da organização que pode ou não acatar as recomendações da equipe. c) É importante para que o empreendedor exponha seus planos futuros e tais membros comuniquem a seus subordinados. d) É importante desde que o empreendedor/fundador não participe da equipe estratégica. e) É importante apenas para empresas de grande porte em que o empreendedor/fundador está distante dos níveis táticos e operacionais. Gabarito (selecione para ver a resposta): 1-B; 2-A O Projeto de Gestão Estratégica da Informação Após a constituição da equipe estratégica, o próximo passo é conduzir o projeto de gestão estratégica da informação. Este processo consiste em definir as diretrizes estratégicas: missão, visão e valores. Em seguida, realizar uma análise de SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças) da organização. A Figura 1 mostra o Formulário 2 de identificação das diretrizes organizacionais: A matriz de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças (SWOT), proposta por Albert Humphrey no início da década de 60, é uma prática que vem passando por décadas e continua sendo uma das mais importantes ferramentas de avaliação estratégica. O projeto de gestão estratégica da informação precisa desta ferramenta para o entendimento dos fatores estratégicos que precisam ser impulsionados, minimizados, aproveitados ou neutralizados. O desenvolvimento da matriz SWOT pela equipe estratégica deverá ocorrer em reuniões específicas para trabalhar as forças, fraquezas, oportunidade e ameaças (LUCCA, 2013). Para Lucca (2013), o primeiro estudo a ser realizado é o das forças, e deverá responder aos questionamentos: Atividades de estudo O Processo de Medição Estratégica Segundo Lucca (2013), há muito tempo se houve que não se pode gerenciar algo que não se tenha controle e o controle depende de medição de desempenho. De certaforma, a medição de desempenho já iniciou no momento da definição dos indicadores de desempenho e suas características: unidades de medida, periodicidade, metas, valores máximos e mínimos, responsáveis etc. O processo de medição depende da análise das forças, das fraquezas, das oportunidades e das ameaças, pois, a partir deste diagnóstico, a equipe estratégica irá estabelecer os objetivos, as metas e os respectivos indicadores de desempenho para acompanhá-los. Para facilitar o processo de medição, segue o Formulário 7 - Medição do Desempenho - que deverá ser utilizado para cada um dos indicadores estabelecidos, de acordo com a Figura 1: O formulário de medição de desempenho é um tanto simples, deve-se estabelecer os dados dos indicadores de desempenho: nome do indicador; periodicidade da medição; unidade de medida; objetivo (aumentar/reduzir); meta; valor aceitável; responsável pela medição. Em seguida, proceder a medição preenchendo as colunas: período ou data e hora da medição; origem ou forma de coleta dos dados; valor medido; observações ou ocorrências se houverem. O próximo passo será elaborar um gráfico de tendências, para acompanhar a evolução do indicador e verificar visualmente sua proximidade da meta e do valor aceitável. A Figura 2 ilustra um exemplo de medição com o indicador "índice de inadimplência": O apoio da área de tecnologia da informação é muito importante nesta etapa do processo de gestão estratégica. Isso ocorre, pois a origem dos dados dos indicadores poderá ser o próprio sistema de informação ERP da empresa e, neste caso, a medição será praticamente automática no momento em que o colaborador alimenta os dados operacionais diariamente. A criação de painéis de desempenho que contenham os indicadores com os respectivos gráficos de tendência poderá ser feita por um profissional de TI da empresa ou com a utilização de planilhas eletrônicas e ter acesso exclusivo da equipe estratégica multifuncional. Na gestão pública, a medição de desempenho é constantemente mensurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em suas mais diversas vertentes. O índice a seguir refere-se ao desempenho da produção industrial no Brasil. Índice de Desempenho da Produção Industrial no Brasil (1992-2013) Fonte: IBGE (2013) Extraído de: http://achadoseconomicos.blogosfera.uol.com.br/2014/02/04/industria-no-governo- dilma-tem-pior-desempenho-desde-collor/. Acesso em 03 fev. 2015. Após a definição de objetivos e de metas para as áreas estratégicas da organização, bem como a criação dos indicadores de desempenho para o acompanhamento destes direcionamentos, esta etapa é muito importante, pois é a materialização da estratégia. A definição apenas dos objetivos e das metas não é suficiente, é necessário colocá-los em prática reunindo estes objetivos em um plano de ação bem especificado. A ferramenta 5W2H (What, Why, Where, When, Who, How e How Much) é muito utilizada para realizar planos de ação, e será utilizada neste modelo de gestão estratégica da informação pela equipe de trabalho, para formalizar a realização dos objetivos propostos. No Formulário 9 é possível visualizar sete colunas respectivamente: What (objetivos): esta coluna apresenta todos os objetivos que terão uma linha correspondente no plano de ação. Resumindo, esta coluna deverá dizer o que precisa ser feito. ● Why (por que?): esta coluna apresenta a justificativa do objetivo apresentado na coluna anterior e deverá responder por que o objetivo é importante. ● Where (local de aplicação): esta coluna informa o local de aplicação do objetivo, por exemplo: no departamento de vendas, na filial da região sul, na equipe de desenvolvimento de sistemas. ● When (previsão): esta coluna atribui um prazo para realização do objetivo proposto na primeira coluna. ● Who (responsável): esta coluna atribui um ou mais responsáveis pela execução do objetivo proposto na primeira coluna. ● How (ações): esta coluna inclui o detalhamento do processo para atingir o objetivo predefinido, ou seja, as atividades necessárias para realizar o objetivo. ● How Much (custo estimado): nesta coluna atribui-se o valor estimado a ser gasto na realização do objetivo. Neste ponto, a equipe estratégica estará formalizando as ações necessárias para o alcance dos objetivos estabelecidos e consequentemente dando um passo em direção à visão estratégica estabelecida. Os desvios na realização das ações estratégicas devem ser retroalimentados, ou seja, informados à equipe estratégica de forma que se possa ajustar ou adaptar as ações para o alcance dos objetivos e das metas que serão monitoradas pelos indicadores de desempenho. FATOS E DADOS Os conselhos do pai do Balanced Scorecard Nos últimos dez anos, poucas teorias ligadas à administração fizeram tanto sucesso e provocaram tantas dúvidas como o balanced scorecard. Criado pela dupla de consultores americanos David Norton e Robert Kaplan, o BSC, como é mais conhecido, é uma ferramenta para medir até que ponto uma estratégia empresarial se transforma em resultado. Norton esteve no Brasil para participar de um evento sobre o uso do modelo na América Latina. Na ocasião, falou a revista Exame sobre a popularidade conquistada pelo BSC e as medidas que ele e Kaplan estão tomando para que o seu uso correto se perpetue. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/gestao/noticias/os-conselhos-do-pai-do-balanced-sc orecard-m0042901//>. Acesso em: 12 mar. 2015 Atividades de Estudo 1) Com relação aos indicadores de desempenho, podemos afirmar que: a) Os indicadores de desempenho podem ser obtidos dos sistemas legados da empresa, como ERP, SCM, CRM. b) Os indicadores de desempenho devem constituir um painel de análise estratégica do desempenho, por isso não deve ter relação qualquer com os sistemas legados da organização. c) Os indicadores de desempenho devem ser independentes das diretrizes estratégicas: missão, visão e valores. d) Os indicadores estratégicos estão relacionados às medidas de controle diário da organização. e) Nenhuma das alternativas. 2) Com relação ao processo de medição estratégica, assinale a única alternativa correta: a) A medição de desempenho é um processo independente do sistema de informação da organização. b) A medição estratégica significa medir as ações operacionais no dia a dia das organizações. c) A medição estratégica deve ser conduzida por um conjunto de indicadores obtidos a partir de objetivos estratégicos e metas que têm uma relação direta com o alcance da visão estratégica e a realização da missão estratégica. d) A medição estratégica deve ser conduzida por um conjunto de indicadores obtidos a partir de objetivos estratégicos e metas que não têm uma relação direta com o alcance da visão estratégica e a realização da missão estratégica. e) O modelo ERP é suficiente para a medição estratégica do desempenho das organizações. 3) Com relação ao modelo 5W2Hs, assinale a única alternativa correta: a) É um modelo de plano de ação desvinculado das demais etapas do processo de gestão estratégica da informação. b) É um modelo de plano de ação vinculado apenas aos indicadores de desempenho propostos para o processo de gestão estratégica da informação. c) Tem o objetivo de tornar os indicadores de desempenho mais claros para os gestores organizacionais. d) É uma ferramenta para elaboração de planos de ação que abrange o: what (o que fazer?), o why (por que fazer?); o when (quando fazer?); o who (quem fazer?); o where (onde fazer?) ; o how (como fazer?) e o how much (quanto custa?). e) Nenhuma das alternativas. 4) Com relação à importância das ações e à retroalimentação podemos afirmar que: a) Nesta etapa é que as estratégias são transformadas em ações concretas de melhoria e a visão da empresa passa a ser factível de alcance. b) As ações estratégicas não se vinculam aos indicadores de desempenho. c) Os sistemas de informação não têm qualquer relação com esta etapa do projeto de gestão estratégica da informação. d) A retroalimentação é desnecessária caso as ações estratégicastenham sucesso. e) Nenhuma das alternativas. Gabarito: 1-A; 2-C; 3-D; 4-A Relato de Caso A Empresa Tiko e Teko Ltda. atua no segmento de calçados infantis há 20 anos e atende todo o território nacional. Recentemente identificou uma demanda para seus produtos em outros países da América do Sul como: Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile. Tem como principal diferencial o conforto de seus produtos. Por se tratar de uma empresa familiar, é dirigida pelo presidente Sr. Mário Lima (bacharel em Administração) e sua esposa vice-presidente Sra. Fátima Bezerra (bacharel em Moda). Seu Mário é um empreendedor que passou por muitas dificuldades financeiras e construiu uma organização muito focada na honestidade, na ética, no respeito e principalmente no bem estar das pessoas que colaboram com a empresa. A empresa atua em um segmento altamente competitivo de grandes mudanças e inovações. As expectativas dos clientes seguem uma tendência de moda e o grande desafio da empresa é acompanhar as tendências sem deixar de lado seu principal diferencial que é o conforto. A saúde financeira da empresa é muito boa, pois a empresa não necessita de capital de terceiros com frequência. A demanda pelos produtos infantis tem crescido muito na economia brasileira, o detalhe é que a importação de matéria-prima tem um risco de gerar altos custos de fabricação devido à oscilação do dólar. A fábrica possui um bom sistema de produção com a qualidade ISO 9001:2008 e tem uma preocupação constante com a saúde e segurança dos trabalhadores. A empresa tem uma capacidade produtiva excelente, mas não tem conseguido funcionar com toda sua capacidade pela dificuldade do departamento de marketing em recrutar bons profissionais de vendas. O sonho da Sra. Fátima é ser a empresa líder no mercado nacional. Outra preocupação da empresa é com a sociedade no qual está inserida, semestralmente a empresa faz doações de calçados a creches e orfanatos que cuidam de crianças carentes. A empresa possui um sistema ERP que atende as áreas de finanças, de contabilidade, de marketing, de comercial, de produção, de logística e de recursos humanos. Adota um sistema de CRM para manter um excelente nível de retenção dos clientes, e está implantando um sistema de SCM para otimizar sua cadeia de suprimentos. Com relação aos sistemas de apoio à decisão, pretende adquirir inicialmente uma ferramenta para geração de cubos OLAP. Fonte: o próprio autor Considerações Finais Caríssimo(a) acadêmico(a), esta unidade teve um caráter completamente prático e permitiu visualizar a aplicação dos conceitos aprendidos nas três primeiras unidades. Conseguimos perceber que a utilização de formulários para conduzir o projeto de gestão estratégica da informação torna o processo intuitivo e organizado e conduz a uma reflexão profunda sobre dos sistemas de informação, para a condução das ações estratégicas no cotidiano das organizações. Não se esqueçam do óbvio, que promover a gestão estratégica em uma organização terá custos diretos associados, o primeiro deles é a mão de obra envolvida. O tempo de dedicação da equipe gerencial ao projeto é um fator determinante do sucesso e tem um custo de hora/homem gerencial representativo. Mas não é possível estabelecer um valor exato para a implantação de um projeto desta natureza, pois cada organização tem peculiaridades e custos e benefícios diferenciados. O que podemos afirmar com toda a certeza é que existe uma viabilidade econômica e financeira em que os benefícios superam de longe os custos. No mínimo, os seguintes benefícios serão obtidos: orientação estratégica para o alinhamento das operações diárias, individualizadas e corporativas, à visão da organização, garantindo que todos direcionem seus esforços para o mesmo alvo; alinhamento dos sistemas e das tecnologias da informação à estratégia empresarial; clarificação das informações traduzindo as metas individuais e coletivas em termos práticos para que as pessoas entendam sua contribuição no alcance da visão macro; maior comprometimento das pessoas para que as metas da organização sejam alcançadas; facilidade na avaliação do desempenho dos processos e das pessoas com a possibilidade de ação imediata; identificação e valorização dos colaboradores comprometidos que se destacam com bons índices de desempenho. Resumo Pois bem, caríssimo(a) acadêmico(a), chegamos ao final desta obra que tratou da gestão estratégica da informação. Nesta última unidade, tivemos a oportunidade de avaliar algumas variáveis estratégicas que compõem a identidade da organização. Esta discussão foi idealizada no final do livro, depois de termos entendido muito bem os conceitos e as ferramentas úteis para a gestão da informação, pois agora conseguimos ver o quanto devemos alinhar os sistemas de informação dos níveis operacionais, táticos e estratégicos às diretrizes estratégicas organizacionais. No início da unidade, enfocamos a composição da equipe estratégica, pois a sua definição pode garantir o sucesso ou o fracasso das demais etapas da gestão estratégica da informação. Entendemos que esta equipe deve ser multifuncional, composta por, no máximo, cinco pessoas, sendo o líder do projeto e os representantes das principais áreas funcionais da organização: finanças, marketing, operações e recursos humanos. O projeto de gestão estratégica da informação deve seguir as etapas de identificação das diretrizes estratégicas: missão, visão e valores. Em seguida, deve seguir para um diagnóstico do ambiente interno e externo da organização com o estudo das forças, das fraquezas, das oportunidades e das ameaças. A partir destas etapas (diretrizes e diagnóstico), a organização deve definir objetivos e metas estratégicas com indicadores de desempenho associados. Estes indicadores poderão estar vinculados aos sistemas de informação legados da organização (ERP, CRM, SCM, ferramentas OLAP, mineração de dados etc.). Após o mapeamento dos indicadores estratégicos que irão acompanhar a realização dos objetivos que devem contribuir para o alcance da visão, da submissão à missão e aos valores da empresa, entendemos que é necessário criarmos um plano de ação para materializarmos as ideias estratégicas da organização. Com o andamento do processo estratégico, a equipe deve realimentar o processo com as informações de sucesso ou insucesso das ações de forma que elas possam ser adaptadas ou alteradas e os objetivos e metas sejam devidamente alcançados.