Buscar

UNIDADE 2 - Normas de auditoria e controles internos

Prévia do material em texto

25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 1/32
ASPECTOS LEGAIS E CONTROLES 
INTERNOS
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 2/32
Você sabia que os(as) profissionais que atuam na área de controles internos ou junto à Governança podem 
ajudar a prevenir problemas importantes nas empresas e, consequentemente, no mercado financeiro, 
evitando grandes perdas financeiras para os investidores? 
Um dos órgãos mais importantes nas empresas é a Governança Corporativa. Ela é representada, 
normalmente, por uma estrutura nas organizações. Como estrutura, é representada por órgãos como, por 
exemplo, Conselho de Administração, Fiscal e comitês diversos, entre eles, os de auditoria independente. 
Também, em alguns casos, pode ser representada pela própria sociedade, como uma forma de controle, para a 
vigilância das entidades em diversos sentidos ligados à transparência pública, no caso de entidades mistas. 
É preciso entender que as empresas de capital aberto existem na sociedade e possuem um papel muito 
importante, sendo que o sucesso ou fracasso delas acabará afetando os investidores e a sociedade de uma 
forma geral. Isso ocorre porque as empresas de capital aberto movimentam milhões em recursos financeiros 
e têm aumentado a sua importância para o mundo dos investimentos e como as pessoas acabam poupando os 
seus recursos. Devido à globalização, o desempenho dessas organizações acaba afetando indivíduos em 
outros países, uma vez que é comum que elas negociem em bolsas internacionais. 
Na década de 1980, houve uma desconfiança, de forma geral, do mercado, envolvendo a forma como essas 
empresas eram conduzidas em relação à Governança Corporativa, o que também nos leva à questão dos 
controles internos e o impacto que eles possuem na auditoria. Especificamente, no dia 19 de outubro de 1987, 
a pior segunda-feira do mercado, o índice americano Dow Jones despencou 22,6%. Nunca ficou claro, 
exatamente, o que fez o mercado cair dessa forma, mas vários fatores, como, por exemplo, a questão do risco, 
que poderia ser prevenido por mecanismos na organização, poderiam ter mitigado a crise e auxiliado, 
principalmente, os investidores minoritários. 
Você tem ideia do que poderia ser feito para mudar a ocorrência de tais problemas? Será que leis ou 
mecanismos de auditoria mais restritos poderiam mudar essa situação?
A partir de agora, é com você! Gostaria que você realizasse um levantamento de outras crises financeiras 
importantes no mercado nacional e internacional, as quais demonstrem a importância que as empresas 
possuem para o mercado financeiro e como este necessita de controles para que os acionistas não sejam 
prejudicados.
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 3/32
Uma das primeiras crises de que se tem notícia foi o crash da bolsa em 1929, o qual levou à maior crise 
econômica dos Estados Unidos da América. Outra grande crise foi a de 2007/2008, conhecida como subprime, 
que criou uma bolha no mercado imobiliário e impactou bancos e diversas empresas pelo mundo inteiro. 
Já em 2020, devido à pandemia da Covid, houve uma queda global, ou, ainda, uma crise generalizada nos 
mercados financeiros, de cerca de 6%, sugerindo que os mercados atingissem patamares parecidos com os da 
Segunda Guerra Mundial, prejudicando milhões de investidores ao redor do globo. 
Você conseguiria pensar quais mecanismos de controle mais eficientes de auditoria poderiam ter evitado tais 
crises? Aproveite e liste em seu Diário de Bordo as suas reflexões sobre os impactos da auditoria em nossa 
economia nacional e internacional.
O trabalho do(a) auditor(a) e, por consequência, da auditoria é fundamentado em normas, sejam elas relativas 
ao profissional, à execução dos trabalhos ou à emissão do relatório de auditoria (CFC, [2021]). Isso ocorre 
porque o trabalho de auditoria é altamente regulamentado e precisa seguir questões normativas estritas. A 
observância destas é essencial para que se possa oferecer relatórios atestando a fidedignidade das 
demonstrações aos usuários.
Com base nesse cenário, uma das questões mais importantes relativas ao(à) auditor(a) é a independência 
mental, ou seja, a capacidade de julgamento que deverá ser neutra e imparcial. Essa característica permite ao 
profissional o bom andamento dos trabalhos de auditoria.
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 4/32
A independência mental é a regra de conduta mais relevante para o exercício profissional do auditor 
independente. Não havendo independência ou esta não esteja clara para a sociedade em geral, o trabalho do 
auditor será ou poderá ser contestado, desqualificando-o profissionalmente e à firma que integra (PEREZ 
JUNIOR, 2012, p. 34).
Ainda segundo Perez Junior (2012), a questão da independência está relacionada ao fato de que o(a) 
profissional deve ter isenção em relação à empresa que é auditada. Nesse sentido, é importante destacar que, 
caso o(a) auditor(a) não seja independente na execução de seus trabalhos, não somente o(a) profissional terá 
a sua imagem danificada, mas a realização de todo o trabalho executado pela firma de auditoria.
É possível que irregularidades relativas à auditoria estejam ligadas à falta de independência ou, ainda, à não 
aplicação das normas por parte do(a) auditor(a). Isso fará com que diversas implicações acabem recaindo 
sobre a própria pessoa do(a) auditor(a) externo(a). 
Devido à falta de independência, que, até os anos 1990 — época em que ocorreram os escândalos com 
grandes empresas como Enron e Parmalat e que envolviam as empresas que as auditavam —, era comum que 
essas empresas também prestassem serviços de consultoria para as entidades citadas. Além disso, não 
existia o rodízio das firmas de auditoria ou de auditores(as). Esse fator comprometia a independência dos(as) 
profissionais que ao prestarem consultoria para as mesmas entidades que auditavam discutiam assuntos
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 5/32
profissionais que, ao prestarem consultoria para as mesmas entidades que auditavam, discutiam assuntos 
que eles mesmos revisavam. Adicionalmente, ao fazer mais de uma auditoria, acabavam criando laços com as 
empresas auditadas. 
Entretanto, depois de tantos escândalos e problemas, foram criadas regras, normas e leis, como, por exemplo, 
a Sarbanes-Oxley, ou SOX, em 2002, nos EUA, que é usada, também, para as empresas que negociam na bolsa 
americana e que teve impacto mundialmente. Entre vários impactos, essa lei acabou por trazer algumas 
implicações para os(as) auditores(as) e suas relações com as empresas. Alguns dos impactos estavam 
relacionados com a proteção dos investidores e o aumento da transparência das demonstraçõesfinanceiras, o
aumento nos padrões de Governança Corporativa e maiores exigências quanto a controles internos.
Segundo Attie (2018), é importante que os serviços de consultoria e de auditoria sejam separados em uma 
firma de auditoria para a manutenção da independência. Ainda segundo o autor, isso ocorre porque um(a) 
profissional da área nunca deverá ter qualquer relação que permita alterar ou revisar:
● Controles internos.
● Planejamento tributário.
● Sistemas integrados diversos.
● Áreas diversas relacionadas com a auditoria.
Com a separação dessas áreas, o(a) profissional não poderia, por exemplo, revisar ou criar um controle, 
sugerir melhorias e, depois, validá-las, o que demonstraria total falta de independência do(a) auditor(a) e do 
processo.
Entretanto, devido à complexidade da profissão, da questão empresarial e das normas, outras situações 
também podem levar à perda da independência. Entre elas, segundo Araújo, Arruda e Barreto (2008), estão:
● Realização de operações de crédito ou garantias com a entidade que será auditada.
● Eventuais transações comerciais de qualquer natureza entre a firma, auditor(a) e a empresa auditada.
● Relações familiares.
● Atuação como administrador(a) da empresa auditada.
Outros tipos de ameaça, de forma específica, e que podem levar à perda da independência, fazendo com que 
exista uma transgressão às regras, também podem ocorrer. Elas estão previstas de acordo com a NBC PA 
290 (CFC, 2014, on-line):
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 6/32
As ameaças se enquadram em uma ou mais de uma das categorias a seguir:
(a) ameaça de interesse próprio é a ameaça de que interesse financeiro ou outro interesse influenciará de 
forma não apropriada o julgamento ou o comportamento do auditor;
(b) ameaça de autorrevisão é a ameaça de que o auditor não avaliará apropriadamente os resultados de 
julgamento dado ou serviço prestado anteriormente por ele, ou por outra pessoa da firma dele, nos quais o 
auditor confiará para formar um julgamento como parte da prestação do serviço atual;
(c) ameaça de defesa de interesse do cliente é a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá a posição 
de seu cliente a ponto em que a sua objetividade fique comprometida;
(d) ameaça de familiaridade é a ameaça de que, devido ao relacionamento longo ou próximo com o cliente, o 
auditor tornar-se-á solidário aos interesses dele ou aceitará seu trabalho sem muito questionamento;
(e) ameaça de intimidação é a ameaça de que o auditor será dissuadido de agir objetivamente em decorrência 
de pressões reais ou aparentes, incluindo tentativas de exercer influência indevida sobre o auditor.
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 7/32
Para que essas ameaças sejam resolvidas, Araújo, Arruda e Barreto (2008) sugerem algumas situações que 
podem mitigá-las:
● Interesse próprio: por exemplo, interesse financeiro. O membro deve ser afastado do trabalho que está 
executando na empresa auditada.
● Interesse próprio pautada em relações comerciais: terminar as operações de crédito entre a entidade 
auditada e a firma de auditoria.
● Familiaridade: deverá ser feita a substituição do membro que possui a familiaridade e que possa, de 
alguma forma, influenciar o processo de auditoria.
● Autorrevisão: modificação do plano de auditoria ou mudança no nível de controle do trabalho executado 
ou, ainda, envolvimento de outro(a) profissional na revisão.
● Defesa de interesse da entidade auditada: caso o(a) profissional esteja se preparando para entrar na 
empresa, deverá ser mantida a política que regulamenta esse tipo de relação, relatando que, 
preferencialmente, o trabalho deve ser recusado. Nesse caso, em específico, deve-se observar a NBC PA 290 
(CFC, 2014, on-line): 
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 8/32
134. Podem ser criadas ameaças de familiaridade ou de intimidação se conselheiro ou diretor do cliente de 
auditoria, ou empregado em cargo que exerça influência significativa sobre a elaboração dos registros 
contábeis do cliente ou das demonstrações contábeis sobre as quais a firma emitirá relatório de auditoria, foi 
membro da equipe de auditoria ou sócio da firma.
135. Se ex-membro da equipe de auditoria ou ex-sócio da firma foi contratado pelo cliente de auditoria para 
esse cargo e continua havendo relação significativa entre a firma e a pessoa, a ameaça seria tão significativa 
que nenhuma salvaguarda poderia reduzir a ameaça a um nível aceitável. Portanto, a independência seria 
considerada comprometida se o ex-membro da equipe de auditoria ou ex-sócio for contratado pelo cliente de 
auditoria como conselheiro ou diretor, ou como empregado em cargo que exerça influência significativa sobre 
a elaboração dos registros contábeis do cliente ou das demonstrações contábeis sobre as quais a firma 
emitirá relatório de auditoria, a menos que:
(a) a pessoa não tenha direito a nenhum benefício ou pagamento da firma, exceto quando em conformidade 
com acordos fixos pré-determinados, e qualquer valor devido para a pessoa não seja relevante para a firma;
(b) a pessoa não continue a participar ou não aparenta participar dos negócios e atividades profissionais da 
firma.
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 9/32
Com isso, denota-se que a independência é um fator preponderante no trabalho do(a) auditor(a), e, para que 
ela seja alcançada, o(a) profissional deverá se preocupar com diversos aspectos para a sua manutenção. 
Porém, outras situações também são vedadas a esse(a) profissional, entre elas, segundo o que afirmam 
Crepaldi e Crepaldi (2019), estão:
● A auditoria do trabalho anterior não poderá ser executada pelo(a) próprio(a) auditor(a).
● O(A) auditor(a) não pode exercer funções gerenciais na empresa auditada, salvo exceções relativas ao 
tempo de desligamento.
● Auditores não podem promover interesses próprios na empresa auditada, por exemplo, envolvendo 
mercado acionário.
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 10/32
Atenção
Pode-se comprometer a independência quando o profissional deixa de ser sócio-chave da auditoria e a 
entidade emite demonstrações auditadas em um período de, no mínimo, dozes meses, a menos que o sócio não 
tenha sido membro da equipe de auditoria, nem tenha qualquer tipo de relação com a entidade em questão 
(CFC, 2014). 
Além desses aspectos, a definição dos honorários é um tópico amplamente discutido na área de auditoria. 
Segundo Attie (2018), a determinação dos honorários de auditoriainclui o volume dos trabalhos a serem 
realizados, e isso deve ser feito com base em alguns fatores:
● Tipo e dimensão da empresa que será analisada.
● Ramo de atividade.
● Quantidade de colaboradores.
● Filiais e locais de atuação.
● Volume de faturamento e clientes existentes.
● Volume de lançamentos contábeis.
● Sistema contábil utilizado.
● Sistema de controles internos.
A questão relacionada ao tamanho da empresa é um dos fatores primordiais, além da própria complexidade 
das atividades. Caso o(a) profissional não leve esses fatores em consideração, corre o risco de cobrar muito 
pelos serviços, o que pode acarretar em perda da independência, uma vez que a entidade auditada pode exigir 
pelo que é cobrada.
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 11/32
Se o(a) profissional cobrar pouco pelos honorários, ele(a) pode executar os serviços de maneira inadequada, o 
que também gerará problemas para todos os envolvidos.
Outra situação que deve ser observada com cuidado, e com base na legislação, é a não definição da base de 
trabalhos pré-determinados, uma vez que cada processo de auditoria é único. Assim, a determinação dos 
valores não deve ocorrer de forma antecipada, sem conhecer as características do que ocorrerá.
O próprio Código de Ética Profissional do Contador (CEPC) define que, em relação aos honorários, devem ser 
observados os seguintes requisitos:
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 12/32
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 13/32
Valor e publicidade dos serviços profissionais
1. O contador deve estabelecer, por escrito, o valor dos serviços em suas propostas de prestação de serviços 
profissionais, considerando os seguintes elementos:
(a) a relevância, o vulto, a complexidade, os custos e a dificuldade do serviço a executar;
(b) o tempo que será consumido para a realização do trabalho;
(c) a possibilidade de ficar impedido da realização de outros serviços;
(d) o resultado lícito favorável que, para o contratante, advirá com o serviço prestado;
(e) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou permanente; e
(f) o local em que o serviço será prestado.
2. Nas propostas para a prestação de serviços profissionais, devem constar, explicitamente, todos os serviços 
cobrados individualmente, o valor de cada serviço, a periodicidade e a forma de reajuste.
3. Aceita a proposta apresentada, deve ser celebrado, por escrito, contrato de prestação de serviços, 
respeitando o disposto em legislação específica do CFC.
4. Caso parte dos serviços tenha que ser executada pelo próprio tomador dos serviços, isso deve estar 
explicitado na proposta e no contrato (CFC, 2019, on-line).
Observa-se, assim, que existe uma complexidade e, também, questões normativas na elaboração de 
honorários. Com isso, os(as) profissionais da área devem estar atentos a eventuais conflitos e 
particularidades que devem ser observados para que não haja problemas.
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 14/32
Conecte-se
A definição de honorários na área de auditoria é bastante complexa, porém existem alguns Sindicatos de 
Contabilistas que fazem sugestões de honorários mínimos que podem ser cobrados de acordo com os serviços 
executados. No link a seguir, no item 13.D, existe uma sugestão de valor para consultoria de auditoria. 
Disponível aqui
UNIDADE 2 Página inicial
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F9021&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0V1AlMY4mD0qD3EMYoGXpQ
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 15/32
Outro ponto que precisa ser levado em consideração é a questão da segurança, do sigilo e do zelo. De acordo 
com Perez Junior (2012), o zelo profissional está ligado a todas etapas do trabalho, do momento da 
contratação até a entrega do relatório. Isso ocorre porque o(a) profissional deverá conhecer a entidade, 
colher informações sobre os seus integrantes, analisar se pode ou não aceitar o trabalho, verificar a questão 
dos riscos de auditoria até a emissão de sua opinião.
Por fim, ainda segundo o autor, o(a) auditor(a) deve manter a questão de segurança, sigilo e cuidado com os 
papéis de trabalho relativos à tarefa executada. O zelo, de acordo com as normas de auditoria, está 
relacionado com (PEREZ JUNIOR, 2012):
● Definição de critérios de risco de auditoria.
● Horas adequadas para os trabalhos.
● Cronograma de eventuais visitas que sejam necessárias para pessoas-chave e locais durante o processo 
de auditoria.
● Planejamento do trabalho.
● Procedimentos e extensão dos testes, observando a questão do planejamento de auditoria.
● Seleção e adequada escolha da equipe de auditoria, observando as competências necessárias de acordo 
com o planejamento de trabalho.
● Supervisão do trabalho que deverá ocorrer em todas as etapas do processo de auditoria.
● Elaboração e revisão de papéis de trabalho.
● Emissão de relatórios sobre a questão dos controles internos e a emissão da opinião final sobre as 
demonstrações contábeis.
● Sigilo profissional relativo a todas as etapas do processo.
● Guarda e documentação dos papéis de trabalho.
O zelo ainda contempla outras questões que permearão todo o trabalho do(a) auditor(a). Além disso, existem 
normas que exigem que o profissional observe a questão da Educação Continuada, como a NBC PG 12 (CFC, 
2016).
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 16/32
Na prática
Confira, agora, como funciona a questão da educação continuada e a sua importância para os profissionais da 
área. 
Disponível aqui
UNIDADE 2 Página inicial
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F8768&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3HVZm1WHcJEEODnYrRt5ED
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 17/32
Observam-se, também, questões de competência profissional e outras características baseadas em normas 
que permitem que o(a) auditor(a) desempenhe as suas funções com excelência e todos os cuidados quea 
profissão requer. O(A) profissional também deve ficar atento(a) ao conjunto de normas que faz parte do 
arcabouço técnico da profissão (PEREZ JUNIOR, 2012). Assim, o(a) profissional deverá observar, de forma 
contínua, todo o conjunto de normas para que possa desempenhar, de maneira adequada, os seus trabalhos 
nas organizações e atender aos anseios dos usuários das demonstrações contábeis.
Dando continuidade ao trabalho desenvolvido pelos(as) profissionais da auditoria, um outro ponto muito 
relevante é a questão da transparência e de como ela ocorre. Nas organizações, para que exista uma correta 
separação entre as funções, principalmente, entre os donos e aqueles que exercem o poder, foi criado um 
sistema denominado Governança Corporativa (GC). Ela permite, por exemplo, que os investidores tenham 
alguns mecanismos para acompanhar as atividades daqueles que conduzem as organizações e acabam 
detendo decisões que podem ter impacto sobre elas.
De acordo com Rossetti e Andrade (2014), a GC decorre do processo de crescimento das empresas, em que o 
poder ou, ainda, a capacidade de decisão delas passou a ser diluído, ou seja, já não cabia mais ao dono, e, sim, a 
administradores. Com isso, requeria-se algum tipo de controle para assegurar que as decisões 
descentralizadas seriam adequadas. Assim, esses controles, essas ferramentas e esses elementos que fazem 
parte da GC são usados para auxiliar os investidores e, também, os(as) auditores(as) internos(as) e 
externos(as), uma vez que estão baseados em preceitos de transparência e accountability. 
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 18/32
Conecte-se
A accountability pode ser definida, segundo o Instituto de Governança Corporativa (LANDRISCINA, 2020), 
como prestação de contas e está ligada à transparência e, também, a assumir a responsabilidade pelos atos, 
ou seja, ações administrativas, bem como atuar com diligência. Mais informações sobre a accountability e 
sobre outros pilares da governança podem ser acessados no link a seguir: 
Disponível aqui
UNIDADE 2 Página inicial
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F9020&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0h1tudhrMp8CrDkWtbMjs_
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 19/32
A estrutura de GC pode variar ou, em alguns casos, pode nem existir, já que é de alta complexidade, e algumas 
empresas poderão optar por modelos simplificados de controle. Rossetti e Andrade (2014) demonstram que o 
sistema de GC de uma empresa é formado pelos sócios ou investidores, pelos Conselhos de Administração, 
Conselho Fiscal e outros que podem ser formados de acordo com a estrutura organizacional.
Observa-se que um dos mais importantes órgãos é o Comitê de Auditoria, composto pela auditoria interna e, 
também, pela externa. Entretanto, pode variar de acordo com as condições estabelecidas pela empresa e 
recursos humanos e financeiros. O Comitê de Auditoria tem a importante função de assessorar a 
administração da entidade, auxiliando na questão da qualidade das demonstrações, monitoramento dos riscos
e questões ligadas à ética da entidade.
Deve-se ressaltar, porém, que a responsabilidade não cabe a esse órgão em relação ao que se apresenta nas 
demonstrações financeiras, segundo o que é preconizado na NBC TA 200 (CFC, 2009, on-line):
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 20/32
4. As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade, elaboradas pela sua administração, 
com supervisão geral dos responsáveis pela governança. As NBCs TA não impõem responsabilidades à 
administração ou aos responsáveis pela governança e não se sobrepõe às leis e regulamentos que governam 
as suas responsabilidades. Contudo, a auditoria em conformidade com as normas de auditoria é conduzida 
com base na premissa de que a administração e, quando apropriado, os responsáveis pela governança têm 
conhecimento de certas responsabilidades que são fundamentais para a condução da auditoria. A auditoria 
das demonstrações contábeis não exime dessas responsabilidades a administração ou os responsáveis pela 
governança (ver itens A2 a A11).
A auditoria interna, segundo Rossetti e Andrade (2014), não é necessariamente entendida como órgão da GC, 
mas serve como um dos serviços corporativos de apoio da Direção Executiva. A auditoria interna possui, 
então, uma relação íntima com os órgãos administrativos e de fiscalização. 
De forma mais específica, a área de auditoria interna é aquela que trabalha ativamente com o 
desenvolvimento e implementação dos controles internos que são utilizados pela organização. Os controles 
internos, também, são essenciais para o trabalho do(a) auditor(a). Já na etapa de planejamento, o(a) 
profissional deverá levar os seguintes fatores em consideração para que possa executar suas tarefas da 
forma mais adequada o possível, conforme Almeida (2017):
● Práticas contábeis.
● Sistemas gerenciais e outros adotados pela empresa.
● Identificação de possíveis riscos que terão impacto na auditoria.
● Sistema de controles internos.
O sistema de controles internos, em especial, deverá ser feito com base na vistoria de áreas específicas da 
empresa, uma vez que existem departamentos e atividades com maior risco para erros e fraudes e que, assim, 
devem ter uma atenção especial dos(as) auditores(as).
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 21/32
Para Perez Junior (2012, p. 79), “o controle interno compreende o plano de organização e todos os métodos e 
medidas coordenados, adotados numa empresa para proteger seus ativos, verificar a exatidão operacional e 
promover a obediência às diretrizes administrativas estabelecidas”. Já para Almeida (2017), o controle 
interno pode ser definido como um conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas, que objetiva a proteção de
ativos e a produção de dados confiáveis para auxiliar a administração da empresa na condução dos negócios.
Quando o(a) auditor(a) observa o sistema de controles internos de uma empresa, ele(a) procura, entre outras 
ações, em relação ao sistema de controles internos (ALMEIDA, 2017):
● Levantar todo o conjunto de controles internos.
● Verificar se os controles propostos são seguidos na prática.
● Avaliar se existe alguma irregularidade aparente em relação aos controles propostos.
● Determinar os possíveis procedimentos de auditoria que serão aplicados.
Ainda segundo Almeida (2017), um bom sistema de controles internos pode ser definido como uma peneira 
que ajudará na redução dos testes: com um sistema forte, os testes diminuem; com controles fracos, esses 
testes aumentarão.
O controle interno, considerado o sistema nervoso da empresa, conforme a definição de Attie (2018), permite 
o desenvolvimento das atividades organizacionais de forma fluida e em seu tempo devido. Seusprincípios 
podem ser observados a seguir:
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 22/32
Quadro 1 - Princípios e fundamentos de controle interno 
Fonte: adaptado de Crepaldi (2019).
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 23/32
Em pauta
Confira, agora, neste podcast, a importância do uso dos controles internos nas empresas e como eles podem 
fazer toda a diferença em diferentes departamentos e situações. 
Disponível aqui
UNIDADE 2 Página inicial
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F8773&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2AAy4YhrpOYL--gIiVi1lI
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 24/32
Entretanto, o próprio Crepaldi (2019) observa que essas ferramentas possuem algumas limitações e que é 
necessário que os(as) auditores(as), sejam eles(as) internos(as) ou externos(as), estejam atentos(as) a elas. 
Entre as restrições dos controles internos, estão:
● Conluios de funcionários.
● Instruções inadequadas para a realização de tarefas.
● Negligência para a execução de trabalhos rotineiros.
● Outros problemas que podem gerar perdas para a organização.
No ambiente organizacional, por mais que sejam usados diversos mecanismos de controle, é comum que ainda 
existam erros e fraudes. Tais situações estão relacionadas ao uso de manobras que podem ser aplicadas por 
colaboradores e terceiros que fazem parte do ambiente externo da empresa. O conluio acontece quando 
pessoas, duas ou mais, fazem uma combinação para agir de maneira ilícita. No caso dos funcionários, pode ser 
o desvio de bens, por exemplo. As instruções inadequadas levam a erros, que envolvem situações comuns, 
envolvendo tributos, apropriação de depreciação e outros valores que necessitam de cálculos e interpretação 
de leis. Por sua vez, a negligência tem ligação com a não aplicação do zelo na realização de tarefas, sendo que 
essa questão, também, pode levar a erros.
Os controles internos de uma organização, segundo Attie (2018), poderão envolver diversas áreas da 
empresa, passando por orçamento, custos, relatórios operacionais, análises estatísticas, área de treinamento 
e pessoal, controle e qualidade e outras que podem ser definidas conforme a entidade.
Para Crepaldi e Crepaldi (2016), não existe uma divisão universal para os controles, porém eles podem ser 
agregados por finalidade, por exemplo. Entre elas, estão:
● Controles organizacionais e que podem incluir a segregação de funções.
● Controles relativos aos sistemas de informação da empresa.
● Controles de procedimentos.
Os controles do tipo organizacional permitem designar e delegar autoridade, o que auxilia a estabelecer uma 
estrutura organizacional adequada. Entre eles, estão a delegação de autoridade, segregação de funções e 
outros para proteger ativos. Os ligados aos sistemas de informação permitem ou não acesso a determinadas 
áreas. Entre elas, estão o detalhamento de relatórios, a apresentação de informações e como estas podem ou 
não ser utilizadas pelos usuários.
Controles de procedimentos têm ligação com a observância de políticas e métodos da empresa. Nessa 
categoria, estão a correta definição de funções e as responsabilidades, mas não só isso. Esses controles estão 
relacionados aos procedimentos, à sua revisão, à aplicação, aos acessos, às documentações e às outras 
formas de barreiras que podem proteger a empresa.
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 25/32
Para que se possa avaliar o conjunto de controles internos de uma rotina operacional, por exemplo, é preciso 
conhecer como funciona um determinado sistema. Perez Junior (2012) sugere que o(a) auditor(a) deverá 
fazer a leitura de manuais ou, ainda, entrevistar colaboradores da área, o que permite que ele(a) entenda 
melhor como o sistema funciona e, por consequência, consiga avaliar as atividades e controles a ele 
vinculados.
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 26/32
Atenção
Algumas empresas possuem um número reduzido de colaboradores e atividades, o que poderá levar a um 
menor e mais simplificado contingente de controles internos, mas estes, assim como os complexos e 
utilizados em grandes organizações, devem ser compreendidos e verificados quanto à sua eficácia.
Para Ribeiro e Coelho (2013), durante a conversa com os funcionários, o(a) auditor(a) envolve a avaliação do 
desenho dos controles e se estes, de forma individual ou em combinação com outros controles, são capazes de 
detectar e corrigir eventuais distorções relevantes.
A avaliação do controle interno ocorre depois do conhecimento de determinados aspectos da empresa, e, para 
isso, utiliza-se um questionário, denominado Questionário de Avaliação de Controles Internos. Esse tipo de 
formulário deverá observar as características próprias de cada organização auditada. O formulário que é 
apresentado a seguir tem como base o exemplo hipotético da área de compras e demonstra como ela pode ser 
avaliada pelo(a) auditor(a) em campo.
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 27/32
Quadro 2 - Avaliação dos controles internos
Fonte: adaptado de Perez Junior (2012).
Lembrando que esses formulários podem mudar e serão adaptados de acordo com as particularidades de cada 
organização. Caso o(a) auditor(a) marque “não” em algum item, isso poderá mostrar algum indício de 
problemas com o controle em questão e necessitará de outros trabalhos complementares para a sua 
verificação (PEREZ JUNIOR, 2012).
Depois da revisão e avaliação de um questionário de controles, ao concluir a sua adequação ou, ainda, se for 
necessário averiguar no caso de eventuais problemas, o(a) auditor(a) deverá testar os procedimentos. Nessa 
etapa, ele aplica o que é conhecido como testes de observância ou, ainda, de cumprimento. De acordo com 
Perez Junior (2012), as confirmações feitas em relação aos controles internos são usadas para:
● Confirmar o real conhecimento, por parte dos funcionários, dos controles internos.
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-228/32
● Atestar o seu funcionamento na prática, não apenas de forma teórica.
● Descobrir falhas que possam existir em relação a eles e como elas podem afetar as demonstrações 
contábeis.
● Demonstrar se os controles são capazes de fornecer informações adequadas para o sistema de 
informações gerenciais.
Logo, denota-se a importância dos controles internos e de sua verificação por parte dos auditores para a 
realização dos trabalhos de auditoria. Lembrando que não basta que a empresa possua os controles, ela 
também precisa aplicá-los de forma correta e efetiva.
Depois, na sequência, antes de iniciar o trabalho de auditoria propriamente dito, o(a) auditor(a), tendo como 
base os controles internos, fará o que é conhecido como programa de auditoria. Segundo Crepaldi e Crepaldi 
(2016), o programa de auditoria é um rol de verificação que permite entender as inter-relações dos 
procedimentos e como elas ocorrem na contabilidade da organização. 
Esses programas devem ser aplicados em áreas específicas que serão trabalhadas durante o processo de 
auditoria. As firmas de auditoria possuem programas-padrões que serão devidamente preenchidos pelos(as) 
auditores(as) para a área, demonstração ou grupo contábil que se deseja auditar (ALMEIDA, 2017).
Almeida (2017) aponta, ainda, que existem outros que são relacionados a assuntos específicos, como, por 
exemplo:
● Planejamento.
● Supervisão.
● Riscos em auditoria.
● Riscos envolvendo os controles internos.
● Outras áreas da empresa.
Perez Júnior (2012) aponta que os programas de auditoria devem ser preparados por escrito e deverão, entre 
outros objetivos, facilitar o entendimento do que será executado nos procedimentos de auditoria. 
Adicionalmente, o autor afirma que eles servem para uma orientação mais adequada para a divisão dos 
trabalhos. O programa pode ser entendido como um guia ou instrumento de controle para a execução dos 
trabalhos (PEREZ JUNIOR, 2012).
Crepaldi e Crepaldi (2016) afirmam que os programas de auditoria possuem diversos objetivos, e estes são 
fundamentais para a continuidade dos trabalhos do auditor. Entre eles, estariam:
● Determinação do objetivo e, também, do escopo da auditoria que será realizada.
● O universo e a amostra que serão examinados.
● Procedimentos, técnicas, critérios e outros detalhamentos que são necessários durante o processo de 
auditoria.
● Quantificação dos recursos, sejam eles financeiros, humanos ou de qualquer tipo que serão usados na 
auditoria.
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 29/32
Para Almeida (2017), o programa de auditoria tem como objetivos:
● O estabelecimento por escrito da política da firma de auditoria, ou seja, a definição de como ela trabalha.
● Padronizar os procedimentos que serão aplicados pelos colaboradores que atuam na mesma organização.
● Evitar que sejam omitidos procedimentos importantes ou, ainda, que ocorram erros na hora da realização 
dos trabalhos de auditoria.
● Melhorar a qualidade dos serviços de auditoria durante a sua execução.
O autor ainda lembra que, devido ao grau de complexidade das auditorias, que variam de empresa para 
empresa, poderão ocorrer procedimentos que estão nos programas e que não são necessariamente 
aplicáveis. Adicionalmente, em algumas situações peculiares, o(a) auditor(a) pode ter que aplicar 
determinados procedimentos tendo em vista alguma ocorrência na empresa auditada, o que deverá ser 
relatado nos papéis de trabalho.
Durante a elaboração dos programas de auditoria, alguns fatores precisam ser levados em consideração, 
entre eles, Perez Júnior (2012) aponta: as características ou circunstâncias do que se observa; como 
aprender com o que se observa; a ocasião do que é auditado; por quem o programa é elaborado.
Dessa forma, conclui-se que o programa considera diversos fatores que o(a) auditor(a) deve ter observado no 
planejamento, como, por exemplo, a atividade e o tamanho da empresa, as suas principais políticas, o sistema 
de controles internos e, ainda, a finalidade dos testes que serão aplicados. Esses detalhes sempre são 
observados porque permitem ao(à) auditor(a) conhecer o campo em que trabalhará, definir o tamanho e 
volume dos testes e, por exemplo, quais são as áreas mais ou menos problemáticas. Ao fazer esse 
reconhecimento, também, o(a) profissional já pode reconhecer como está a eficácia dos controles e outros 
detalhes que somente o levantamento em campo e detalhado permite unir. Os controles internos e o 
cruzamento das informações com o que será observado nos programas de auditoria dão uma visão 
privilegiada aos profissionais da área.
Na sequência, apresenta-se um modelo de programa da área de vendas e contas a receber, demonstrando 
como essas duas áreas são ligadas e como devem ser analisadas pelo(a) profissional que realiza uma 
auditoria.
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 30/32
Quadro 3 - Programa de auditoria — Área de vendas e contas a receber
Fonte: adaptado de Perez Junior (2012).
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 31/32
No momento da utilização dos programas de auditoria, os controles internos correspondentes já devem estar 
verificados e aprovados. No programa, por sua vez, pode-se notar que existe a necessidade de fazer 
cruzamentos, como, por exemplo, no caso das notas fiscais, que permitem entender a relação entre as vendas, 
sejam elas à vista ou a prazo, e o que foi registrado na conta de receitas.
Nem todas as relações que são apontadas no quadro são válidas para todas organizações, bem como, em 
alguns casos, é preciso propor cruzamentos adicionais que permitem entender a movimentação, envolvendo 
contas específicas da organização auditada. Isso ocorre porque o programa, assim como os controles e outras 
situações, sempre devem se adaptar à organização que está sendo observada.
O programa de auditoria também possui campos específicos para anotações de quem desenvolveu os 
trabalhos, uma vez que as equipes são formadas por vários profissionais, além dos responsáveis pelo seu 
gerenciamento, que devem conferir e assinar o que foi realizado.
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
25/03/22, 18:13 UNIDADE 2 - Unidade 2
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/página-inicial/unidade-2 32/32
Responsabilidade pela preparação: levando-se em conta os fatores ligados a eficiência e treinamento, o 
programa de auditoria deve ser preparado pelo sênior encarregado da auditoria. O sênior está normalmente 
familiarizado com os detalhes da auditoria e, por estar em estreito contato com os aspectos do controle 
interno, sua posição é a melhor possível para recomendar a aplicação de procedimentos de auditoria em 
certas áreas em que existem fraquezas ou a eliminação de procedimentos nas áreas onde os controles são 
rígidos, no momento. Ao se exigir do sênior que assuma a responsabilidade pela preparação do programa, 
tem-se maiorcerteza de que todos os fatos pertinentes ao trabalho foram considerados, o que não ocorreria 
se o programa fosse preparado numa instância mais elevada (CREPALDI; CREPALDI, 2016, p. 372).
Ao fazer a revisão contínua desse processo, há uma fiscalização efetiva entre os pares, essencial na auditoria. 
Segundo Crepaldi e Crepaldi (2016), um programa que é preparado por um supervisor, porém sem uma 
verdadeira investigação de campo, representa somente uma formação de pontos de vista. Por isso, é 
necessário todo o processo de observação dos controles, validação e, depois, aplicação dos controles e a 
ratificação de sua utilização.
Para que o(a) profissional possa conhecer a empresa e, posteriormente, atuar como auditor(a), ele(a) precisa 
seguir alguns passos. Um deles é a definição, as características e a importância dos controles internos. Ele(a) 
precisa entender, por exemplo, qual controle precisa ser usado e o motivo. Será que o controle pode ser usado 
de maneira isolada ou, ainda, pode evitar totalmente fraudes e erros? Uma dica é observar o quadro que 
mostra os princípios e fundamentos de controle interno e refletir sobre o papel fundamental que eles possuem
nas organizações e para a auditoria.
Para o êxito na auditoria, o(a) profissional deverá buscar atuar com independência. Esta pode e deve ser 
ligada às suas ações ou, ainda, à empresa que está sendo auditada e a eventuais situações que podem gerar 
conflitos. Adicionalmente, a área exige observação criteriosa das normas vigentes, principalmente, no que diz 
respeito à atualização constante e busca de conhecimento. Outro ponto para o sucesso é o conhecimento 
técnico e prático dos controles internos e de sua importância no contexto empresarial, ou seja, de suas 
características, se são elaborados e aplicados. Essa compreensão auxilia em todo o processo de auditoria e 
evita erros e retrabalhos. 
Avançar
UNICESUMAR | UNIVERSO EAD
UNIDADE 2 Página inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial/agora-%C3%A9-com-voc%C3%AA
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade2/p%C3%A1gina-inicial

Continue navegando