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UNIDADE II Processo Saúde x Ambiente Resíduos agroquímicos • Resíduo: substância ou mistura de substâncias remanescente ou existente em alimentos ou no meio ambiente decorrente do uso ou da presença de agrotóxicos e af ins, inclusive, quaisquer derivados específicos, tais como produtos de conversão e de degradação, metabólitos, produtos de reação e impurezas, consideradas toxicológica e ambientalmente importantes. Decreto nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002. Resíduos agroquímicos • Resíduo de agrotóxico para fins de avaliação do risco dietético: resíduo do ingrediente ativo do agrotóxico, de seus metabólitos e de seus produtos de degradação presentes nos alimentos, q u e p o s s u e m re l e vâ n c i a t ox i c o l ó g i c a e contribuem de maneira importante para a exposição humana Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 295, de 29 de julho de 2019. Resíduos agroquímicos • Em consonância com a missão e os valores da Anvisa, a Gerência-Geral de Toxicologia mais uma vez consolida e apresenta os resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos – PARA. Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos – PARA Plano Plurianual 2017-2020 – Ciclo 2017/2018 O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos • O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos – PARA é uma ação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS); • coordenado pela Anvisa e executado em conjunto com órgãos estaduais/municipais de vigilância sanitária e com os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen); • Foi criado no ano de 2001 como um Projeto e a partir do ano de 2003 foi institucionalizado como um Programa, por meio da Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 119, de 19 de maio de 2003. O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos • O PARA se insere no Planejamento Estratégico da Anvisa como uma ação de vigilância pós- mercado de grande re levânc ia pe la sua abrangência, pela representatividade quanto ao consumo dos alimentos pelos brasileiros e pela sua contribuição para a segurança alimentar. O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos • O P r o g ra m a t e m c o m o principal objetivo monitorar resíduos de agrotóxicos em alimentos de origem vegetal, visando mitigar o risco à s a ú d e d e c o r r e n t e d a e x p o s i ç ã o a e s s a s substânc ias pe la d ieta , m e d i a nte ava l i a ç ã o d o cenário de irregularidades e risco à saúde, a partir dos resultados das análises das amostras coletadas. • A s a t i v i d a d e s d o PA R A p o s s u e m a b r a n g ê n c i a n a c i o n a l e f o r a m estruturadas de forma que sejam coletados alimentos de origem vegetal em todas as Unidades Federativas (UFs) O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos • Os resultados das análises do Programa são aval iados pela Anvisa, que faz o mapeamento da distr ibuição dos resíduos de agrotóxicos nos alimentos; • Adota medidas mit igatór ias q u a n d o v e r i f i c a d a s irregularidades ou identificado risco à saúde; • O P A R A c o n t r i b u i p a r a a segurança alimentar, orientando as cadeias produtivas sobre as inconformidades existentes em s e u p r o c e s s o p r o d u t i v o e incentivando a adoção das Boas Práticas Agrícolas (BPAs). • No segundo semestre de 2 0 1 7 , a s c o l e t a s d o primeiro ano do tr iênio foram iniciadas, com plano d e a m o s t r a g e m d e s e n v o l v i d o p a r a r e p r e s e n t a r e s t a t i s t i c a m e n t e a incidência de resíduos de agrotóxicos nos principais alimentos comercializados no mercado vare j i sta e consumidos pela população brasileira. O Sistema Nacional de Vigi lância Sanitária – SNVS • “O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária compreende o conjunto de ações definido pelo § 1º do art. 6º e pelos arts. 15 a 18 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, executado por instituições da Administração Pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que exerçam atividades de regulação, normatização, controle e fiscalização na área de vigilância sanitária.” • “ art. 1º da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999” A Anvisa Fazem parte : • o Conselho Nacional de Saúde • o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde, • o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde, • os Centros de Vigilância Sanitária Estaduais, do Distrito Federal e dos Municípios, • os Laboratórios Centrais de Saúde Pública, • a Fundação Oswaldo Cruz e os Conselhos Estaduais, Distrital e Municipais de Saúde, partícipes das ações de vigilância sanitária que incluem o monitoramento e o controle de substâncias que representem risco à saúde, dentre as quais estão os resíduos de agrotóxicos em alimentos (Lei nº 9.782, de 1999, art. 8º, inciso II). Atuação da Anvisa na Avaliação Toxicológica e controle de agrotóxicos • A Anvisa, por meio da Gerência-Geral de Toxicolog ia (GGTOX), é responsável pe la avaliação dos aspectos toxicológicos, o que inclui a avaliação de risco à exposição ocupacional e dietética de resíduos de agrotóxicos. Atuação da Anvisa na Avaliação Toxicológica e controle de agrotóxicos • A GGTOX tem atuado de forma a otimizar os seus recursos e assim obter resultados mais efetivos relacionados à avaliação toxicológica de agrotóxicos, além de focar os recursos em ações onde, baseada nas competências, estrutura e capacidade, seja possível reduzir a exposição das pessoas a resíduos de agrotóxicos nos alimentos e minimizar os efeitos tóxicos destes produtos aos trabalhadores rurais. • O PARA assume fundamental importância na mitigação de riscos relacionados à exposição a resíduos de agrotóxicos por meio da dieta. Avaliação Toxicológica e a sua interface com o PARA • De acordo com a Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, o processo r e g u l a t ó r i o d e p r o d u t o s agrotóxicos é um ato complexo que envolve: • OMinistér io da Agr icul tura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); • O Ministério do Meio Ambiente, na figura do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Ministério da Saúde, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). • A avaliação toxicológica para fins de segurança de uso de um agrotóxico é u m a t o d e a l t a e s p e c i f i c i d a d e e complexidade técnica. Nesse contexto, devido a essa particularidade do processo, a avaliação é m u l t i d i s c i p l i n a r e interdependente. Avaliação Toxicológica e a sua interface com o PARA • A metodologia de análise utilizada pela Anvisa para a avaliação toxicológica de agrotóxicos está em consonância com as melhores práticas regulatórias internacionais. • U m a d a s e t a p a s d a avaliação real izada pela Anvisa consiste na avaliação do risco dietético, etapa esta em que se analisa a p r o b a b i l i d a d e d e aparecimento de efeitos adversos à saúde humana, resultante da ingestão de alimentos que contenham resíduos de agrotóxicos. A reavaliação de ingredientes ativos de agrotóxicos e a sua interface com o PARA • D i fe re n te m e n te d e o u t ro s p ro d u t o s reg u l a d os p e l a A nv i s a , o re g i st ro d e agrotóxicos no Brasil não possui previsão legal para a sua renovação ou revalidação. • Portanto, uma vez concedido, o registro de agrotóxicos possui validade indeterminada. No entanto, o conhecimento técnico- científico sobre esses produtos está em permanente evolução e, após o registro, n o v o s a s p e c t o s e r i s c o s p o d e m s e r identificados • A reavaliação toxicológica é o instrumento técnico e legal para a revisão do perfil de segurança desses produtos, a partir de novas informações produzidas pelos sistemas de monitoramentoou de pesquisas científicas. • Como no Brasil um agrotóxico n o v o s o m e n t e p o d e s e r r e g i s t r a d o e m c a t e g o r i a toxicológica igual ou inferior a outro já existente no mercado, a r e a v a l i a ç ã o t o r n a - s e u m instrumento fundamental para a diminuição, ao longo do tempo, do padrão de toxic idade dos ingredientes ativos aprovados no país. Ou seja, essa at ividade tende a retirar produtos mais tóxicos e, portanto, inviabilizar o registro de novos agrotóxicos em categoria de toxicidade mais elevada A reavaliação de ingredientes ativos de agrotóxicos e a sua interface com o PARA • O regulamento dispõe sobre os critérios e os procedimentos para o p r o c e s s o d e r e a v a l i a ç ã o toxicológica de ingredientes ativos de agrotóxicos no âmbito da Anvisa, o que confere maior objetividade, clareza, transparência e efetividade aos procedimentos de reavaliação, de forma que eles correspondam às reais necessidades e à finalidade da atividade. RDC nº 221, de 28 de março de 2018. • Evidências de riscos à saúde c o m o a e x t r a p o l a ç ã o d e p a r â m e t r o s d e r e f e r ê n c i a d ietét icos e a re levânc ia da exposição ao agrotóxico para humanos, avaliada por meio de dados de comercialização, de i n t o x i c a ç õ e s h u m a n a s , d e monitoramento de resíduos do agrotóxico em água, alimentos e em amostras biológicas, dentre outros. processo de reavaliação ü Pela manutenção do registro do ingrediente ativo sem alterações; ü pela alteração da formulação, da dose ou do método de aplicação; ü pela restrição da produção, da importação, da comercialização ou do uso; ü pela proibição ou suspensão da produção, importação ou uso; ou pelo cancelamento do registro. • O PARA está relacionada à detecção de agrotóxicos que passaram pelo proced imento de reava l iação toxicológica e que tiveram sua comercialização proibida ou para os quais foram estabelecidas medidas restrit ivas como a exclusão da permissão de sua aplicação em determinadas culturas. • A reavaliação de ingredientes ativos de agrotóxicos e do monitoramento de resíduos pelo PARA são ações de vigilância pós-mercado que devem c a m i n h a r e m s i n t o n i a n a perspectiva da redução dos riscos à saúde da população decorrentes da exposição aos agrotóxicos. obrigada
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