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03- PODERES ADMINISTRATIVOS

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DIREITO ADMINSTRATIVO 
MARCO AURÉLIO 
 
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1- CONCEITO: 
Representam as prerrogativas inerentes à Administração Pública, que devem ser utilizadas em prol da coletividade. Em razão 
disso, os poderes administrativos são denominados de “poder-dever”. 
2 – ESPÉCIES DE PODERES ADMINISTRATIVOS 
2.1. Poder Vinculado X * Poder Discricionário 
 
 Poder Vinculado: É o poder da administração de movimentar a máquina administrativa para a prática de 
determinado ato vinculado. Neste caso, NÃO existe margem de escolha para o agente público, pois todos os elementos do 
ato administrativo estão vinculados à lei. Exemplo: Concessão de licença maternidade. 
 
 Poder Discricionário: É o poder da administração de movimentar a máquina administrativa para a prática de 
determinado ato discricionário. Neste caso, existe margem de escolha para o agente público. Exemplo: Concessão de licença 
para o trato de interesses particulares. 
 
ATENÇÃO: 
 
 
 
 
2.2. Poder Hierárquico X Poder Disciplinar 
 
Poder Hierárquico: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existe hierarquia na estrutura externa da administração? 
 
 
 
 
 
 Poder disciplinar: 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO: Quando a administração aplica penalidade a servidor público, ela exerce o seu poder disciplinar, que, nesse caso, 
decorre do poder hierárquico, em razão da hierarquia existente na estrutura interna da administração. É possível afirmar, 
então, que a penalidade aplicada ao servidor público tem como fundamento imediato (direto) o poder disciplinar e como 
fundamento mediato (indireto) o poder hierárquico. No entanto, quando a administração aplica penalidade a particular 
sujeito ao regime jurídico administrativo, a exemplo da aplicação de multa à empresa particular contratada pela 
administração, ela exerce apenas o poder disciplinar, que, nesse caso, NÃO decorre do poder hierárquico, pois o que permite 
a aplicação da penalidade é o vínculo contratual e não uma hierarquia existente. 
 
2.3- Poder de polícia: Prerrogativa de o Estado condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos 
individuais, mesmo que considerados direitos fundamentais, em prol do interesse público. 
 
O exercício do poder de polícia é gratuito? 
 
 
 
 
 
 
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA AVOCAÇÃO DE COMPETÊNCIA 
Um órgão administrativo e seu titular poderão delegar parte da 
sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que não 
lhes sejam hierarquicamente subordinados. 
Será admitida, em caráter excepcional e por 
motivos relevantes, devidamente justificados, a 
avocação temporária de competência atribuída a 
órgão hierarquicamente inferior. 
Observe que a delegação de competência poderá ocorrer de forma horizontal, mesmo nível hierárquico; enquanto a 
avocação de competência somente poderá ocorrer de forma vertical, realizada necessariamente por superior hierárquico. 
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ATENÇÃO: O poder de polícia administrativa atua tanto de forma preventiva, como de forma repressiva. Porém, é 
importante destacar que o poder de polícia é majoritariamente preventivo. 
 
 
 
POLÍCIA ADMINISTRATIVA POLÍCIA JUDICIÁRIA 
Polícia Administrativa incide sobre bens, direitos e atividades e 
esgota-se no âmbito da função administrativa, que é exercida 
por órgãos administrativos de caráter fiscalizador, ou seja, por 
integrantes dos mais diversos setores da Administração 
Pública. 
Exemplos: Agentes de Trânsito, Fiscais da Prefeitura, Vigilância 
Sanitária e Corpo de Bombeiros. 
Polícia Judiciária atua sobre as pessoas e prepara a 
atuação da função jurisdicional penal, evitando e 
investigando ilícitos criminais. 
Exemplos: Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Federal. 
 
O que define se o órgão é classificado como polícia administrativa ou polícia judiciária, é a atividade que está sendo 
desempenhada, pois um mesmo órgão pode, em determinado momento, atuar como polícia administrativa; e, em outro 
momento, como polícia judiciária. Exemplo: A Polícia Militar, quando atua evitando ilícitos criminais, age como polícia 
judiciária; mas, no entanto, quando fiscaliza o trânsito, atua como polícia administrativa. 
 
 
 Características do poder de polícia: 
 
➢ Imperatividade, coercibilidade ou poder extroverso 
 
 
 
 
 
 
➢ Autoexecutoriedade 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO: A multa é dotada de autoexecutoriedade? 
 
 
 
 
 
➢ Discricionariedade – 
 
 
 
 
 
 
OBS: 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO: Importante ressaltar que o órgão ou o agente que detém o poder de polícia pode atuar sem a obrigatoriedade de 
conceder contraditório prévio ao particular. Logicamente, deve ser concedido contraditório e ampla defesa, mas, nesse caso, 
é admitido um contraditório postergado, posterior ou diferido. 
 
 
É possível ocorrer a delegação de poder de polícia a particulares? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O que é o ciclo de polícia? São as 04 fases que compreendem a atuação da polícia administrativa, vejamos: 
 
➢ I- ordem de polícia: decorre do atributo da imperatividade, impondo restrições aos particulares. Exemplo, a 
vedação de autorização de porte de arma de fogo de uso restrito às Forças Armadas. 
 
➢ II- consentimento de polícia: é o ato administrativo que confere anuência ao exercício de atividade ou ao uso de 
propriedade. Exemplos, autorizações e licenças. 
 
➢ III- fiscalização de polícia: ocorre quando a administração verifica se as ordens de polícia estão sendo cumpridas, 
podendo realizar inspeções, análise de documentos, dentre outras formas. 
 
➢ IV- sanção de polícia: é a fase em que, verificada afronta à ordem de polícia, é aplicada a sanção. Exemplos: 
demolição de edificações, apreensão de mercadoria e guinchamento de veículo. 
 
 
ATENÇÃO: 
 
 
 
 
2.4. Poder normativo ou regulamentar: Atualmente, o poder regulamentar vem sendo tratado como espécie do poder 
normativo, pois este compreende a edição de diversos atos, tais como resoluções, instruções e deliberações com a finalidade 
de regulamentar alguma norma legal já existente. Importante destacar que o poder normativo não representa o poder de 
criar Leis, mas apenas o poder da administração de estabelecer normas complementares a Legislação. Assim, o poder 
normativo representa o poder geral conferido às autoridades públicas de editarem normas gerais e abstratas, nos limites da 
legislação, enquanto que o poder regulamentar é aquele concebido ao chefe do executivo para editar decretos 
regulamentares (regulamentos executivos) ou autônomos (regulamentos autônomos), vejamos a diferença entre eles: 
 
 
É possível criar ou extinguir órgãos públicos através de Decreto Autônomo? 
 
 
Excesso de Poder (competência): O agente público pratica determinado ato alheio à sua 
competência, extrapolando suas atribuições legais. 
3 - ABUSO DE PODER 
Desvio de Poder (finalidade): O agente público possui competência para praticar o ato, porém 
observa fim diverso do interesse público. 
 
ATENÇÃO: A inércia da Administração poderá configurar abuso de poder por OMISSÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DECRETO REGULAMENTAR 
 (REGULAMENTOS EXECUTIVOS) 
DECRETO AUTÔNOMO 
 (REGULAMENTOS AUTÔNOMOS) 
Ato normativo secundário. Ato normativo primário. 
Previsto no art. 84, inciso IV, da CF. Previsto no art. 84, inciso VI, da CF. 
É indelegável. Pode ser delegado para Ministros de Estado, Advogado Geral da 
União (AGU) e Procurador Geral da República (PGR). 
Visa esclarecer, regulamentar, complementar e 
garantir a fiel execução da lei. 
É possível mediante decreto autônomo dispor sobre a organização e 
funcionamento da administração federal, quando não implicar 
aumento de despesa, nem criação ou extinção de órgãos públicos, e 
dispor sobre a extinção de funçõesou cargos públicos, quando 
vagos.

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