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VINDA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA E EDUCAÇÃO NO BRASIL Silva Pereira, Roselma RU: 2578975 Corrêia Amancio Da Silva, Vilma Resumo Este trabalho descrever a Vinda da Família Real Portuguesa e a educação no Brasil por meio de pesquisa bibliográfico feita a partir de leitura e análise de livros e pesquisas de artigo acadêmico disponível na internet. O intuito do trabalho é apresentar os caminhos da construção educacional no Brasil desde achegada da família real até as leis e ações atuais, o artigo propõem analisar e expor a originalidade da Família real Portuguesa na educação no Brasil em meados de 1808 e as realizações no campo da educação até o século XX, período esse em que a educação passou a tomar um novo rumo, isso porque a corte portuguesa veio para o brasil e precisou criar uma estrutura para dar suporte a nova administração da colônia; assim como apresentar algumas ações empregadas ao longo da História da educação brasileira. Palavras- chave: Família real, Educação, Brasil Introdução Este artigo tem por objetivo estudar a Vinda da Família real Portuguesa nas décadas de 1808 e sua importância na construção educacional, cultural e social. A história da educação no Brasil teve início com a chegada dos primeiros portugueses no século XVI no território que hoje e nosso país, os primeiros educadores considerados são os Padres Jesuítas que chegaram com a intenção de catequizar os povos nativos e propagar a fé, na época a educação era restrita a crianças do sexo masculino, por século os padres jesuítas ensinavam a conta, ler, escrever sendo responsável pelo colégio no país pela Companhia de Jesus. Os Jesuítas eram padres da companhia de jesus uma ordem religiosa fundada em 1538 por Inacio Loyola em meio ao contexto da reforma religiosa. Existia uma segregação no ensino pois as aulas para os índios eram ministradas em escolas feitas pelos próprios índios sem adequação apropriada, pois ficavam ao relento sentavam-se ao chão, já os filhos de proprietário de terras colonos eram feitas escolas tradicionais com estruturas adequadas devido ao investimento que entrava nestas instituições. Muitos desses colonos que frequentava as escolas jesuítas não formaram em padres, mas acabava frequentando as faculdades fora do país para que pudesse ter alguma profissão, o principal objetivo dos jesuítas era a propagação do ensinamento religioso aos alunos de quem esperava obediência total, isso porque seu ensino era rigoroso. Em 1760 não havia formação docente no país, o que favoreceu para que muito padres se tornasse professores, as aulas só começaram em 1774, onde ouve um intervalo. Nesta época era impossível ser professor porque os jesuítas era quem detinha o poder de educar, a eles foram dadas todas estrutura educacional, tinha por finalidade servi a população com fundação caridosa, também faziam propaganda buscando propagar mensagens evangelistas nas mais diversas classes sociais (FERNANDES, 1980: 11). Segundo Saviani (2010) a educação pode ser dividida em dois períodos, pedagogia que abrange 1549 a 1570 e o da pedagogia jesuítas. Mas os jesuítas foram expulsos do Brasil em 1789, embora sendo os grandes responsáveis pela educação baseada em ciências aos povos brasileiros, encontramos raízes desse acontecimento na nossa organização educacional onde se baseia nas necessidades da sociedade, tais como enfatizar ensino das línguas e ciências humanas, os jesuítas contribuíram muito para que tivéssemos uma educação embora ela fosse voltada para elite portuguesa deixando de lado os outros povos. Com achegada dos portugueses dos portugueses ao território brasileiro a população começou a sofrer influências nas relações sociais principalmente na educação que era completamente diferente do que se via do outro lado do Atlântico, com a vinda do contingente lusitano para o brasil o contato com outro povo aculturado era inevitável e os novos colonos precisavam de uma linguagem culta para que as relações sociais se dessem de maneira menos traumática. A vinda da família real portuguesa ao brasil em 1808 a situação mudou, pois, a comitiva vinda com eles precisava de uma educação a altura de seus padrões. Foi preciso criar uma estrutura para dá suporte a nova administração da colônia; nesta fase a educação não era importante para colônia uma vez que homem letrados colocava em risco a própria soberania. Em 1889 a educação passou a ser prioritária, em nível de desenvolvimento da época os cidadãos tinham que se preparar intelectualmente para ocupa cargo público na administração pública portuguesa. Como observamos a família real influenciou bastante a educação, pois trouxe consigo o modelo Frances de educação que é utilizada até hoje, a vinda da família real portuguesa possibilitou aberturas de algumas escolas, entre as quais estão a de nível superior na Bahia e no Rio de Janeiro, os livros antes de difícil acesso por serem caros e importado ficaram acessível facilitando o auto datismo nas províncias distante. Devemos notar que apesar da importância que tiveram, só serviram para ajudar a elite portuguesa com objetivo de formar uma casta de dirigente brasileiro. Em relação da temática, família real portuguesa e educação no Brasil, pautados em BITTAR (2005) que fez a afirmação sobre educação jesuíta de que a produção científica brasileira sobre o período colonial, não se dá na mesma intensidade dos outros períodos a despeito da presença hegemônica dos jesuítas no Brasil, principalmente com relação à história da educação, essa presença é pouco estuda. Observamos que nos artigos que investiram no tema da educação desse período, que a proposta era fazer com que os individuos da massa local colaborassem com o trabalho de forma cega e submissa distorcendo a identidade cultural e religiosa da população brasileira nativa, por esse motivo mal tinha acesso a alfabetização, durante esse processo várias nações indigenistas foram dizimadas por não submeterem ao jugo jesuítas, esse processo de ensinamento pelos jesuítas seguiu até sua expulsão em 1759, neste período o processo educacional entrou em crise. Segundo ROSA (2014) a ordem da Companhia de Jesus entrou em declínio após 200 anos da chegada do Portugueses ao Brasil. O Marquês de Pombal era o chefe de estado e diplomata Internacional de Portugal, para ele o domínio social e religioso desequilibrava os poderes políticos do governo. O objetivo do Marquês de Pombal era a implantação do ensino que abrangesse todas as formas de pessoas em que a religião não se envolvesse, que o estado fosse laico, isso se tornou possível com as reformas feitas por Benjamim Constant (1890) Epitácio Pessoa (1901) e outros, podemos ver como a educação sempre esteve a favor de determinada classes sociais. A característica dá educação jesuítas era ensina os dogmas e leis religiosas, sobre pena de serem castigado por estarem em pecado, domínio dos colonizadores sobre os nativos atendeu os interesses político e econômico de Portugal. A Companhia de jesus alcançou objetivo da época, a sociedade queria um estilo de vida igual da Metrópole, porque haviam deixado para traz uma vida aculturada, um estilo Europeu de vida com escolas em alto nível de ensino. O plano de ensino da Companhia de jesus tinha como elemento a cultura Europeia, mais precisamente de Portugal. Sua organização de ensino era direcionada para os filhos dos portugueses, onde os índios e negros ficavam de fora, com isso eles acabavam voltando para agricultura ou era preconceituado pelos povos da época. Sendo a única fonte e organização de ensino, e com apoio da coroa Portuguesa, a Companhia de Jesus passou a dominar o campo educacional, sua educação tradicional rígida era exclusiva para homens, as mulheres os ensinamentos era restrito as prendas domésticas e boas maneiras; isto é uma formação para o lar. A companhia de jesus preparava bacharéis em belas artes entres outros cursos tanto na colônia como em Portugal, mas com as reformas Pombeanas e a expulsão dos jesuítas em 1759 da colônia e de Portugal. Marquês de Pombal redirecionou a educação, desvinculando dosideais religiosos, servindo aos interesses comerciais do estado, poque como sabemos os interesses dos jesuítas era forma sacerdotes, mas o estado precisava de administradores formados em economia, alguém que tivesse interesse em fazer parte da administração do estado, com curo em universidade que os capacitasse, em Portugal a universidade de Coimbra era tão medieval como sempre fora, pois, a matéria como filosofia matemática e ciência era tida como antiquada, não havia uma metodologia de ensino e as novas línguas latinas era desconhecidas, porque o ensino jesuíta solidificou operando formando elemento da corte dentro dos moldes Rateio Stud Rum. Marquês de Pombal ao expulsar a Companhia de Jesus da colônia, incluiu no calendário escolar “aulas regias” de latim e grego e retórica, passando a serem feitas por professores específicos e de formas autônomas; subsídios foram criados para manutenção do ensino primário e secundário, pois neste período não havia especialização de professores, qualquer um que soubesse ler poderia lecionar. Isso muitas das vezes acontecia nas casas, o que chamamos de escola isolada, sem bases didática e pedagógica. Além disso, a saída dos Jesuítas da educação o clero passou a desinteressar nos assuntos educacionais, com isso grande parte dos professores passaram a ser indicado pelo Bispo, já que estes assumiam a função vitalícia, mas a reforma trouxe algumas diferenças se comparadas ao ensino Jesuítas, como a formação de prefeito nobre. O que se nota e que em meio a esses acontecimentos a Companhia de Jesus queria adepto para sua igreja formando somente homens para que se tornasse padre ou missionário levando a fé pelo país, neste contexto de acontecimentos as mulheres passarem a ser renegada sem direito a qualquer educação que a fizesse se independente mostrando ser sabia em sua formação, passou a lecionar de modo que favorecesse uns, outros foram menosprezados, pois não levava em conta os menos favorecidos, mas ajudava a burguesia a se fortalecer cada vez mais. Sendo assim ouve uma nova oportunidade, com a expulsão dos jesuítas aqueles que não tinha como alcançar certos privilégios na época abrasaram sua oportunidade, mesmo o Bispo exercendo grande influência no meio político. Deixaram para trás um legado de conhecimento educacional, embora fora do contexto, mas que tem ajudado em muito hoje a nossa educação, mesmo que de pouco sentido para alguns e o nos leva acre que pode melhorar. Interessante que o Marquês de Pombal, ao de suporte para que a destituir os jesuítas, não deu suporte para que a educação fosse organizada deixando ao relento, só depois que ele organizou a educação, abrindo nova oportunidade de estudo fazendo o primário e o secundário bem com universidade o quedava suporte para melhorar a administração da época e faze com nosso país tivesse uma educação nativa local sem precitos religiosos. O Marquês de Pombal por aderir ao iluminismo, tinha como reforma a razão, característica de uma educação baseada na ciência e na teologia, seu objetivo embora audacioso fez com que houvesse um progresso lento na educação, pois os professores aqui não eram capacitados para essa área que era menos abrangente, como consequência a população sofria, porque o que era ruim só piorou sendo assim aqueles que gostavam das aulas jesuítas passaram a queixar- se e o Marquês teve que abrir uma nova instituição de ensino. E de se compreender que os motivos que levaram a saída dos Jesuítas do território brasileiro foram muitas, mas deixou uma sequela enorme na educação, o que só leva a acre, que não era o momento nem a hora certa para tomar tamanha decisão, vale lembrar que por século eles quem dominava, detinha o comando de toda estrutura educacional, de uma hora pra outra tudo acaba deixando o povo com uma educação defasada sem nenhuma estrutura, e como se todo esforço fosse jogado ao vento, porque não havia expectativa de um ensino de qualidade ainda estava longe de ser alcançado. Uma lacuna ficou aberta, mas teria de ser fechada por uma educação de qualidade, como vimos foram incluídas novas disciplina que dava suporte a nova organização educacional, mas essa melhora só seria atingida se houvesse profissionais com ampla estrutura do saber ensinar, visto que aqui não tinha. Com a vinda da Família Real Portuguesa em 1808 a educação começar a tomar um novo rumo, isso porque a corte Portuguesa precisa de educadores que dessem suporte ao projeto almejado; pois os que havia na colônia eram profissionais jesuítas. Poucas ações foram tomadas, no entanto necessárias. Por esse motivo precisavam de um planejamento para que pudesse dar continuidade ao legado jesuíta com a vinda da corte, instalada no Brasil precisava de uma base solida para que os recém-chegados pudessem ter uma educação que estruturasse a área administrativa da colônia capaz de satisfazer toda aquela comunidade pública pautada no Brasil, nesta fase a educação era importante uma vez que iria satisfazer as necessidades da corte. Nitidamente a Família real Portuguesa influenciou bastante a educação brasileira, pois trouxeram na bagagem um novo modelo de educação moldado no estilo Frances. Esse molde tem sido usado até hoje, o que possibilitou abertura de escolas públicas e de nível superior, entre as quais podemos destacar a Escola de Cirurgia da Bahia, embrião para criação da primeira faculdade de medicina do Brasil, na Bahia, onde tornou possível fazer medicina e anatomia o que também ficou de fácil acesso foram os livros, podemos dizer que abriu um leque de oportunidade para aqueles que tinha acesso à educação, muitos destes ficavam distante, vale lembrar que nem todos tiveram direito ao ensino , podemos destacar índios negros e pobres ficaram de fora dessa realidade de ensino. Neste século, somente a elite e aqueles que desembarcaram com a Família Real tiveram direito ao ensino, com intuito de formar uma burguesia; os que aqui estavam tiveram que travar uma luta árdua para serem aceito nesta nova sociedade educacional, porque além de sofrer com um ensino precário eles tiveram de concorrer com a elite que viera de Portugal. A pesquisa nos revela claramente que os filhos dos senhores de terra não tinham prestígio diante da elite Portuguesa, pois até mesmo estes não foram favorecidos, havia distinção entre as classes. O que importava para o Rei era aqueles que vieram com a comitiva Real. A presença da corte possibilitou abertura de biblioteca, em sua bagagem trouxeram grandes relíquia de livros que podiam ser considerado tesouros, em grande quantidade que podiam ser pesquisados ou lidos pelos que tinham interesses, foram abertas academias militares. Devido o interesse do Rei em melhorar a educação o historiador Manuel de Oliveira Lima faz a seguinte citação: “As condições da instituição pública no Brasil colonial no começo do século XIX eram reconhecidamente deficientes, pode dizer – se que eram no geral quase nulas tendo recebido um duro golpe com a expulsão dos Jesuítas. (...) A translação da corte rasgou novos horizonte ao ensino. (...) A educação aia dia a dia dilatando a perspectiva intelectual e emprestando ambição e dignidade aos súditos americanos da Monarquia. Tal foi o efeito das reformas empreendidas nas fases de remodelação que se estendeu de 1808 a 1821 quando a instrução perdeu no Brasil o seu aspecto empírico e foi ganhando força o tom científico. Isto é, a educação no Brasil tomou outra configuração com a saída dos jesuítas as tomadas de ações da Família Real na reformulação educacional. Outra característica então adquirida foi o leigo, anteriormente era o ensino colonial religioso; as próprias ciências profanas eram quase exclusivamente ministradas por eclesiástico em estabelecimento eclesiástico. “Tudo isso muda com o novo espírito de ensino brasileiro. A emancipação intelectual de uma minoria restrita, pode mesmo dizer- se ínfima, estava feita antes da chegada da corte; restava propaga- lá quando não entre grande massa refratária o estudo mais sérios e cujas situação material não comportava cultura, pelomenos entre as camadas de cima, às quais competia a função diretiva, esta foi a obra em tal domínio, dos trezes anos do reinado Americano de Dom João VI” .