Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FARMÁCIA HOSPITALAR FUNDAÇÃO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DE PERNAMBUCO HEMOPE Prof. Alexandre Martins 3 Mestre em Ciências e Tecnologias em Saúde - UNB Especialista em Farmácia Hospitalar - UNB Especialista em Gestão da Assistência Farmacêutica – UFSC Farmacêutico – Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP Alexandre Martins Farmacêutico • Farmacêutico Clínico em Unidade de Terapia Intensiva • Manipulação em Oncologia – Hospital da Criança de Brasília - HCB • Farmácia Ambulatorial – Hospital da Criança de Brasília - HCB • Docente no Centro Universitário do Distrito Federal – UDF • Farmacêutico Hospital Sírio Libanês • Conselheiro Regional pelo CRF/DF 2018-2025 • Equipe GRAN CURSOS • Mentoria GRANXPERT • @prof.alemartins Farmácia Hospitalar - Estrutura organizacional, funções clínicas, garantia da qualidade, padronização de medicamentos para uso hospitalar e ambulatorial, formas de aquisição de medicamentos, central de abastecimento farmacêutico, indicadores de consumo, planejamento e controle de estoque de medicamentos e correlatos, medicamentos controlados, controle de infecção hospitalar, suporte nutricional parenteral Teorias organizacionais e de gestão em farmácia hospitalar, assistência farmacêutica hospitalar, farmácia hospitalar de acordo com as normas do Ministério da Saúde. Produção e manipulação de medicamentos em farmácia hospitalar Portaria n. 4.283/2010 - Ministério da Saúde Farmácia hospitalar • É a unidade clínico-assistencial, técnica e administrativa, onde se processam as atividades relacionadas à assistência farmacêutica, dirigida exclusivamente por farmacêutico, compondo a estrutura organizacional do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades administrativas e de assistência ao paciente. Aprova as diretrizes e estratégias para organização, fortalecimento e aprimoramento das ações e serviços de farmácia no âmbito dos hospitais. Portaria n. 4.283/2010 - Ministério da Saúde Tecnologias em saúde • Conjunto de equipamentos, de medicamentos, de insumos e de procedimentos, utilizados na prestação de serviços de saúde, bem como das técnicas de infraestrutura desses serviços e de sua organização. Para efeito desta norma será dada ênfase a medicamentos, produtos para saúde (exceto equipamentos médico-assistenciais), produtos de higiene e saneantes. Aprova as diretrizes e estratégias para organização, fortalecimento e aprimoramento das ações e serviços de farmácia no âmbito dos hospitais. Plano de contingência: plano que descreve as medidas a serem tomadas, em momento de risco, por um estabelecimento de saúde, incluindo a ativação de processos manuais, para fazer em que os processos vitais voltem a funcionar plenamente, ou num estado minimamente aceitável, o mais rapidamente possível, evitando paralisação prolongada que possa gerar danos aos pacientes ou prejuízos financeiros à instituição. Manipulação Manipulação magistral e oficinal Preparo de doses unitárias e unitarização de doses de medicamentos Manipulação de nutrição parenteral Manipulação de antineoplásicos e radiofármacos Cuidado ao paciente; Unitarização de formas farmacêuticas Definições Preparo de doses unitárias e unitarização de doses de medicamentos A unitarização de doses e o preparo de doses unitárias de medicamentos compreendem o fracionamento, a subdivisão e a transformação de formas farmacêuticas. O preparo de doses unitárias e a unitarização de doses contribui para a redução de custos, devendo ser garantida a rastreabilidade por meio de procedimentos definidos e registros. Definições Embalagem primária: acondicionamento que está em contato direto com o produto e que pode se constituir de recipiente, envoltório ou qualquer outra forma de proteção, removível ou não, destinado a envasar ou manter, cobrir ou empacotar matérias-primas, produtos semi-elaborados ou produtos acabados; Definições • Embalagem secundária: acondicionamento que está em contato com a embalagem primária e que constitui envoltório ou qualquer outra forma de proteção, removível ou não, podendo conter uma ou mais embalagens primárias; BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS ESTÉREIS (BPMPE) EM FARMÁCIAS Caso a farmácia pretenda manipular Soluções Parenterais de Grande Volume (SPGV) e estéreis a partir de matérias primas estéreis deverá seguir regulamentação de boas práticas de fabricação, aplicada à indústria farmacêutica, no que couber. Para a manipulação de produtos usados em terapia antineoplásica devem ser obedecidas as disposições da RDC no 220 de setembro de 2004, contempladas neste Anexo, ou qualquer outra que venha alterá-la ou substituí-la. O prazo de validade No caso de fracionamento em serviços de saúde sem o rompimento da embalagem primária o prazo de validade será o determinado pelo fabricante; No caso de fracionamento em serviços de saúde onde há o rompimento da embalagem primária, o prazo de validade será, quando não houver recomendação específica do fabricante, de no máximo 25% do tempo remanescente constante na embalagem original, desde que preservadas a segurança, qualidade e eficácia do medicamento; No caso de preparação de doses unitárias ou a unitarização de doses por transformação/adequação ou subdivisão da forma farmacêutica, quando não houver recomendação específica do fabricante, o período de uso deve ser o mesmo das preparações extemporâneas. Q1371851 Farmácia Hospitalar Ano: 2020 Banca: Instituto AOCP Prova: Instituto AOCP - SESAB - Residência Multiprofissional em Saúde da Criança e do Adolescente - Área: Farmácia - 2020 Em uma reunião da diretoria de um hospital pediátrico, juntamente com uma equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, biomédicos, entre outros), foi aprovada a proposta de mudança do sistema de distribuição de medicamentos para o sistema de dose unitária, visto que este, além de reduzir os erros de medicação, contribui, significativamente, para a melhora do serviço de saúde, aumentando a satisfação dos profissionais. Diante de tal situação, a equipe de farmácia hospitalar, sob direção do farmacêutico, ficou responsável por avaliar os aspectos necessários para a implantação. Com base nisso, assinale a alternativa que apresenta requisitos corretos de fracionamento necessários para a implantação desse novo sistema de distribuição. a) É necessária embalagem primária fracionada, que é o acondicionamento que contém a embalagem primária fracionável. b) É permitida a realização de procedimentos de preparação concomitante de doses unitárias ou unitarização de doses de mais de um medicamento. c) No caso de fracionamento em serviços de saúde sem o rompimento da embalagem primária, o prazo de validade será de 30 dias. d) Por se tratar de uma preparação de doses unitárias ou unitarização que visa atender os pacientes internos ao estabelecimento hospitalar de saúde, o Livro de Registro de Receituário ou seu equivalente é dispensado. e) No caso de fracionamento em serviços de saúde em que há o rompimento da embalagem primária, o prazo de validade será, quando não houver recomendação específica do fabricante, de, no máximo, 25% do tempo remanescente constante na embalagem original, desde que preservadas a segurança, a qualidade e a eficácia do medicamento. Tipos de sistemas de distribuição Sistema de distribuição coletivo. Sistema de distribuição individualizada. Sistema de distribuição unitária. Sistema de distribuição mista. Q2278290 Farmácia Farmácia Hospitalar Ano: 2022 Banca: FUNDEP Gestão de Concursos - FUNDEP Prova: FUNDEP - Prefeitura de Lagoa Santa - Farmacêutico Bioquímico - 2022 A distribuição / dispensação de medicamentos corresponde a processos que devem ser muito bem planejados, com o objetivo de entregar aos pacientes os medicamentos de que precisam com segurança. Sobre esse processo, assinale a alternativa correta. a) No sistema de distribuição coletivo é possível obter economia em todas as etapas, pois a farmácia não precisa disporde grande estrutura, já que atende à requisição que a equipe de Enfermagem entrega para atender a todos os pacientes; além disso, é um processo seguro, já que a enfermagem que administra o medicamento o separa também. b) O sistema de distribuição individualizado garante que a dose exata seja entregue por horário de administração, que os medicamentos injetáveis sejam entregues prontos para uso já diluídos acondicionados em embalagens / seringas / bolsas para pronta utilização, tendo um custo de implantação elevado, porém há menor perda de medicamentos e menos erros. c) Para que o sistema de distribuição por dose unitária possa ser implantado, é necessário, entre outros requisitos, que o estabelecimento de saúde disponha de laboratório de farmacotécnica, central de preparações estéreis, dispositivos de entrega de doses unitárias e farmacêutico com treinamento específico para esse fim. d) No sistema de distribuição por dose unitária, a farmácia recebe a prescrição médica, o farmacêutico analisa, os medicamentos são separados e acondicionados em embalagem individual por paciente, assim, os medicamentos são entregues em cada horário, grupo de horários ou tudo o que for necessário para uso nas próximas 24 horas para cada paciente. Boas práticas de preparo de terapia antineoplásica. Boas práticas de preparo de terapia parenteral. Funcionamento da Cabine de Segurança Biológica Classe II B2 - CSB 30 minutos antes do início 30 minutos após a conclusão Técnica asséptica Câmara de fluxo lâminar Fluxo Vertical CLASSIFICAÇAO DOS NIVEIS DE RISCO • Quanto maior a complexidade da manipulação, maior será o nível de risco associado ao processo e, portanto, maiores serão as exigências das condições ambientais, de treinamento da equipe e de controle de qualidade do produto final. • Nível 1 → baixo risco • Nível 2 → médio risco • Nível 3 → alto risco As classes 100, 10.000 e 100.000 correspondem, respectivamente, a 100, 10.000 e 100.000 partículas em suspensão por pé cúbico de ar, com tamanhos iguais ou maiores que 0,5 micrômetro. As câmaras ou capelas de fluxo laminar são equipamentos desenvolvidos para criar ambientes limpos em pequenas áreas de trabalhos, independentemente das condições do ambiente. Estas promovem ao seu ambiente interno classe 100 através do uso de filtros com capacidade de filtragem para partículas de 0,3 mícrons de diâmetro, denominados filtros HEPA (High Efficiency Particulate Air). Farmacovigilância VigiMed Reações adversas ou nocivas; Erros na administração do medicamento; Uso abusivo; Ausência ou redução do efeito esperado (inefetividades terapêuticas); Uso com finalidade diferente do indicado na bula (off label); Reações causadas por medicamentos utilizados durante a gravidez e amamentação. 28 http://portal.anvisa.gov.br/vigimed http://portal.anvisa.gov.br/vigimed O QUE É OPME? • As Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), ou mais especificamente os Dispositivos Médicos Implantáveis (DMI) são equipamentos aplicados na assistência de tratamentos médicos, os quais auxiliam na ação médica, odontológica e também de reabilitação, diagnóstica ou terapêutica. OPME/DMI • Nas Instituições Hospitalares, OPME/DMI são em sua maioria materiais consignados que representam alto custo. • A tamanha diversidade e custo requisita uma gestão racional e segura. • A cada dia as novas tecnologias relacionadas a esse segmento se ampliam, principalmente nas áreas de cirurgias de coluna, ortopédicas e endovasculares. METODOLOGIAS DE ACREDITAÇÃO EM SERVIÇOS DE SAÚDE 1. Organização Nacional de Acreditação (ONA) 2. Programa de Controle da Qualidade Hospitalar (CQH) e Prêmio Nacional de Gestão em Saúde (PNGS) 3. Joint Commission International – JCI (internacional) 4. Canadian Council on Health Services Accreditation – CCHSA (canadense) 5. National Integrated Accreditation for Healthcare Organizations – NIAHO (norueguesa) 35 O modelo de queijo suíço, proposto por James Reason, tornou-se a teoria mais utilizada para a análise de erros e incidentes relacionados à segurança do paciente. Medicamentos Potencialmente Perigosos • Água estéril injetável, para inalação e irrigação em embalagens de 100 mL ou volume superior • Cloreto de potássio concentrado injetável • Cloreto de sódio hipertônico injetável (concentração maior que 0.9%) • Fosfato de potássio injetável • Glicose hipertônica (concentração maior ou igual a 20%) • Insulina subcutânea e intravenosa • Lidocaína intravenosa • Metotrexato de uso oral (uso não oncológico) • Nitroprussiato de sódio injetável • Oxitocina intravenosa • Prometazina intravenosa • Sulfato de magnésio injetável • Tintura de ópio CLORETO DE POTÁSSIO CONCENTRADO INJETÁVEL A administração incorreta de soluções concentradas de Cloreto de Potássio (KCl) por via intravenosa é um dos erros mais frequentes e abordados na área de segurança do paciente. Os níveis plasmáticos de potássio muito reduzidos podem ter consequências fatais, sendo, nestes casos, necessária a reposição eletrolítica com KCl por via intravenosa ou oral. A hiperpotassemia, concentração de potássio sérico maior que 5mmol/L, afeta a condução de impulsos elétricos no coração. Quando a concentração está acima de 7mmol/L (hiperpotassemia severa) ocorrem arritmias, bradicardia e hipotensão, levando à parada cardíaca, fraqueza muscular, paralisia, parestesia das extremidades, confusão mental, ansiedade, dispnéia e cansaço.
Compartilhar