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Niterói, 21/08/08 Alocução à Bandeira Profª Márcia Maria de Jesus Pessanha BANDEIRA DO BRASIL! Neste momento tão significativo, aqui estamos emocionados e jubilosos, rendendo- te uma homenagem, expressando nossa crescente e sempiterna admiração. Exultamos por reencontrar-te, exprimindo os sentimentos daqueles que vêem em ti uma nação simbolizada. Representas as glórias do passado, as ações do presente e os ideais do futuro, como bem disse o poeta Castro Alves: Auriverde pendão de nossa terra, Que a brisa do Brasil beija e balança; Estandarte que à luz do sol encerra, As promessas divinas da esperança. Vês como inspiras os reconhecidos vates e despertas o respeito e o devotamento dos verdadeiros patriotas? Vês como eles te exaltam? No teu culto encerram-se todos os nossos deveres. És o símbolo da Pátria, como a cruz é o símbolo da fé, sagrado lábaro do povo brasileiro, que falas ao coração de cada um de nós. Coelho Netto dimensionava a solenidade do culto à bandeira a um ritual religioso. Não há religião sem Deus, nem pátria sem bandeira. E unimos nossas vozes nos versos do teu hino, de autoria de Olavo Bilac (letra) e de Francisco Braga (música). Sobre a imensa nação brasileira Nos momentos de glória ou de dor Paira sempre, sagrada bandeira, Pavilhão da justiça e do amor! Os símbolos são o retrato vivo do Brasil, de nossa terra, de nossa gente. São estes símbolos que devemos aprender a amar desde a infância e que nos compete zelar e defender sempre. Cultuar, preservar e fazer respeitar nossos símbolos, conhecer suas origens e significado, constituem direito e dever de todos nós, cidadãos brasileiros. Pálio de luz! Cremos em ti e por esta crença trabalhamos e pensamos. “Bendita sejas pela tua beleza. És alegre e triunfal!” “Salve lindo pendão da esperança!” Muitos te louvam em prosa e versos e destaquei para coroar-te nesta bela solenidade alguns fragmentos da Oração à Bandeira de Raul Machado Bandeira da minha Pátria. Flâmula sagrada, que é um milagre de evocação do Brasil, num pedaço de campo verde, manchado a oiro de sol; num retalho de céu azul, bordado a prata de estrelas! Tenho-te visto, comovido, em todas as tuas atitudes e significados simbólicos. Tenho-te visto, com a festa das tuas cores e o teu tesouro derramado de astros, palpitando em mastros e galhardetes, em dias de júbilo nacional. Tenho-te visto, distante, no topo dos navios, rumo a terras estranhas, com um anseio de saudade no teu panejamento aflito de grande asa cativa. Tenho-te visto pendida, num desalento de luto, pela perda de um filho assinalado do meu Brasil; ou estendida, em mudo abraço de dor materna, sobre o corpo de soldado que tombou... E tenho-te visto, passando em triunfo, entre o rufar de tambores e o clangor de clarins, como uma vibração colorida, e mais alta, da própria alma nacional! Tenho-te visto assim... E possuo a certeza de que nunca haverei de ver-te, e de que ninguém te verá jamais, ultrajada, em mãos inimigas, como um troféu de vitória. Porque, oh! Bandeira amada do meu País! O último dos teus filhos, aquele que ficar, sozinho, no campo de batalha, ou na lama da trincheira, ainda terá a soberba coragem de levar-te, como o sacrário de um povo, para o túmulo ou para a glória! É, porém, como te vemos hoje, flutuando serenamente sob estes céus do Brasil...ondulada por uma brisa suave de nossa terra... simbolicamente estendida sobre as nossas cidades, os nossos campos, as nossas montanhas...; é como te vemos, hoje, desfraldada serenamente, num ambiente de grandeza serena, que nós queremos louvar-te, certos de que a tua Beleza é tão grande na paz quanto na guerra! ............................................................................................................................. Bendita sejas, pois, Bandeira do meu Brasil! Na guerra como na paz, que para nós serão sempre os mesmos o orgulho de te amar e a glória de te servir! ............................................................................................................................. Bendito sejas, pois, “auri-verde pendão da minha terra”, pela glória das tuas cores; pelo teu campo verde, manchado a oiro de sol; pelo teu céu azul, bordado a prata de estrelas; e pela beleza, ainda maior, do teu significado emblemático! Bendita sejas, Bandeira do meu País, em cujo seio, arfante, bate a vida da Pátria, pulsa o coração do Brasil!
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