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J o v e n s
A d u l t o s
B íb l ic a s
4o Trimestre de 2012 CPAD
http://www.cpad.com.br
C om entário: ESEQUIAS SOARES 
Lições do 4o Trimestre de 2012
Lição 1
A Atualidade dos Profetas Menores
Lição 2
Oseias - A Fidelidade no Relacionamento com Deus 1 1
Lição 3
Joe( - 0 Derramamento do Espírito Santo 1 8
Lição 4
Amós - A Justiça Social como Parte da Adoração 25
Lição 5
Obadias - 0 Princípio da Retribuição 32
Lição 6
Jonas - A Misericórdia Divina 39
Lição 7
Miqueias - A Importância da Obediência 46
Lição 8
Naum - 0 Limite da Tolerância Divina 54
Lição 9
Habacuque - A Soberania Divina sobre as Nações 61
Lição 10
Sofonias - 0 Juízo Vindouro 68
Lição 11
Ageu - O Compromisso do Povo da Aliança 75
Lição 12
Zacarias - O Reinado Messiânico 82
Lição 13
Malaquias - A Sacraiidade da Família 90
L iç õ e s B íb l ic a s 1
L IV R A R IA S C PA D
AM AZO NAS: Rua Barroso, 36 - C entro - 6 9 0 1 0 -0 5 0 Manaus ־ 
- AM - Te le fax: (92) 3 6 2 2 -1 6 7 8 - E-m ail: rranaus@ cpad.com .b r 
Gerente; R icardo dos Santos Silva
BAHIA: Av. A n tô n io Carlos Magalhães. 4 0 0 9 - Loja A - 40280 -000
- P ituba - Salvador - BA - Telefax: (71) 21 04 -5300
E-mailj salva.dor@ cpad.corn.br - Gerente; M auro Gomes da Silva 
B R A S ÍL IA : Setor C om ercia l Sul -Q d-5 , Bl.-C, Loja 54 - G aleria Nova 
O uv ido r - 70305-91 8 - Brasília - DF - Telefax: (61) 21 07 -4750 
E-mail: b ras ilia@ cpad.com .br - Gerente: M arco A u ré lio da Silva 
PARANÁ: Rua Senador Xavier daSilva, 450 - Centro Cívico - 80530-060
- Curitiba - PR - Tel.: (41) 21 17-7950 - E-maíl; curitiba@ cpad.com .br 
Gerente: Maria Madalena Pimentel da Silva
PERNAMBUCO: Av. Dantas Barreto, )02 I - São José - 5 0 020 -000 - 
Recife - PE - Telefax: (81) 3 4 2 4 -6 6 0 0 /2 1 2 8 -4 7 5 0 
E-mail: recife@cpad.com.br - Gerente: Edgard Pereira dos Santos Junior 
M A R A N H Ã O : Rua da Paz, 428 , C entro , São Luis do Maranhão, 
MA- 650 20 -4 5 0 -Tel..· (98) 3 2 3 1 -6 0 3 0 /2 1 0 8 -8 4 0 0 
E-m ail: sa o lu is@ cp a d .co m .b r - G eren te : E liel A lb u q u e rq u e de 
A gu ia r Jun io r 
R IO DE JANEIRO;
V ice n te d e C a rva lho : Av. Vicente de Carvalho, 10S3 - Vicente de Carva­
lho - 21 2 10-000 - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: (21) 2481 -2 10 1 / 2481 -2350 
-Fax: (21) 2481-5913 - E-mail: vicentecarvalho@cpad.com.br 
Gerente: Severino Joaquim da Sitva Filho
N ite ró i: Rua A ure lino Leal, 47 - lo jas A e B - Centro - 2 4 0 2 0 -11 0 - 
N ite ró i - RJ - Tel.: (21) 2 620-4313 / Fax: (21) 2621-4038 
E-mail: n ite ro i@ cpad.com .br
N o va Iguaçu: Av. Governador Amaral Peixoto, 427 - loja 101 e 103 - 
Galeria Veplan - Centro - 26210-060 - Nova Iguaçu - RJ - Te[.; (21) 2667-4061 
Telefax: (21) 2667-8163 - E-mail: novaiguac11@ cpad.com.br 
Gerente: Francisco A lexandre Ferreira
C entro: Rua Prim eiro de Março, 8 - Centro-R io deJaneiro-R j - Tel: 
2 509-3258 / 2507-5948 - Gerente; S ilv io Tomé 
S hopping Jard im G uadalupe: Av. Brasil,2 2 ,15S, Espaça Comercial 
11 5-01 - Guadalupe - Rio deJaneiro-f^J
SANTA CATARINA: Rua Felipe Schm idt, 752 - Loja 1, 2 e 3 · Edifício 
B ougainvillea - Centro - 88010-002 - F lorianópo lis SC Telefax: (48) ־ 
3225-3923 / 3225-1 1 28 - E-mail: flo ripa@ cpad.com .br 
Gerente: A ndré Soares Porto
SÃO PAULO: Rua C onse lhe iro Coteg ipe, 21 0 - Belenzinho - 0 3 0 5 8 ­
000 - SP - Telefax: (1 1) 2198-2702 - E-mail: saopaulo@ cpad.com.b r 
Gerente: Jefferson cfe Freitas
M INAS GERAIS: Rua São Paulo, 13 71 - Loja 1 - C entro - 301 70-131
- Belo H orizonte ■ MG - Tel.: (31) 3224-5900 - E-mail: be lohorizonte@ 
cpad .com .b r - Gerente: W illiam s Roberto Ferreira
FLÓ R ID A:3 939 N orth Federal H ighw ay - Pom pano Beach, FL 33064
- USA - Tel.: (954) 9 4 1 -9588 ■ Fax: (954) 941 4034־
E-mail: cpadusa@ cs,com - Site h ttp ://w w w .e d itp a tm o s .c o m
Gerente: Jonas M ariano
D is t r ib u id o r :
CEARA: Rua Senador Pompeu, 834 lo ja 27 - Centro - 6 0 0 2 5 -0 0 0 - 
Fortaleza - C E -Tel.: (85) 3231-3004 - E-mail; cbiblia@ ig.c0m .br 
Cerente: José Maria N ogueira Lira
P A R A : E.L.GOUVEIA ־ Av. Gov. José M a lche r 1579 - C e n tro - 
66060 -2 30-Belém-PA-Tel.:(91 )3 2 2 2-7965-E-m ail: gouveia@ pastor- 
ftrm ino .com .br
Cerente: Benedito de Moraes Jr.
JAPÃO: Gunma-ken O ta-shi Sh im oham ada-cho 304-4 T 3 7 3 -0 8 2 1 ־
Tel.: 276 -45 -4048 Fax (81) 276-48-81 3 I C e lu la r (81) 90 8942-3669 
E-mail: cpad jp@ hotm ail.com - Gerente: Joelma Watabe Barbosa 
LISBOA - CAPU: Av. A lm iran te Gago C outínho 158 - 1700-030 ■ 
Lisboa - Portugal - Tel.: 351-21 -842-91 90
Fax; 3 51 -21 -840 -93 61 - E-mails: capu@ capu.p t e s ilv io@ capu. 
p t - Site: w w w .capu .p t
M A TO GROSSO: L iv raria Assem blé ia de Deus - Av. Rubens de M en­
donça, 3 .500 - Grande Tem plo - 7 8 040 -400 - Centro - Cuiabá - MT
- Telefax: (65) 644 -2136 - E-mail: he lio rap@ zaz.com .br 
Gerente: Hélio José da Silva
M INAS GERAIS. WovaSião - Ruajarbas L D. Santos, 1651 - Ij. 102 - Shop­
ping Santa Cruz - 3601 3-1 50 - Juiz de Fora - MG - Tel,: (32) 321 2-7248 
Gerente: Daniel Ramos de O live ira
SÃO PAULO: SOCEP - Rua Floriano Peixoto, 103 - Centro - Sta. 
Bárbara D'Oeste - SP I 3450-970 - Tel.: (19) 34S9-2000 
E-mail; vendas@ socep.com .br - C erente; A n tô n io Ribeiro Soares
TELEMARKETING
(de 2a à 6a das 8h às 1 8h e aos sábados das 9h às 1 5V1)
R io de Jan e iro : (2 1 ) 3 1 7 1 -2 7 2 3
C entral d e A tend im ento : 0 8 0 0 - 0 2 1 7 3 7 3 (ligação g ra tu ita )
• Igrejas / Cotas e Assinaturas “ ramal 2 
“ C o lpo rto res e Logistas - ram al 3 
■ Pastores e demais c lien tes - ramal 4 
■ SAC (Serviço de A tend im en to ao C onsum ido r) - ramal 5
LIV R A R IA V IR TU A L: w w w .cp a d .c o m .b r
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P u b lic a ç ã o T r im e s tr a l 
d a C a s a P u b lic a d o ra 
d a s A s s e m b te ia s d e D e u s
P res id en te d a C onvenção C era l 
das A ssetnb le ias d e D eus no Brasil
José Wellington Bezerra da Costa
P res id en te d o C o nselho 
A d m in is tra tiv o
José Wellington Costa Júnior
D ire to r Executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza 
G eren te d e Publicações
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R e d a to re s
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E » ׳
(tvLição 1
7 de Outubro de 2012
A A t u a l id a d e d o s 
P r o f e t a s M e n o r e s
TEXTO ÁUREO
“Mas que se manifestou agora e se 
notificou pelas Escrituras dos profetas, 
segundo o mandamento do Deus eterno, 
a todas as nações para obediência 
da fé” (Rm 16.26).
VERDADE p r á TIC A
Por ser revelação de Deus, a mensa­
gem dos profetas é perfeitamente 
válida para os nossos dias.
H IN O S SUGERIDOS 458, 465, 562
LEITURA DIARIA
Segunda - M t 7 .12
A regra áurea cumprea lei e os 
profetas
Terça - M t 2 2 .4 0
A lei e os profetas dependem do amor
Q u arta - M t 2 6 .5 6
Cumprimento das Escrituras dos 
profetas
Q u in ta - A t 15.15-1 7
Os profetas anunciaram a salvação dos 
gentios
Sexta - A t 2 6 .2 2 ,23_
A mensagem da Igreja é a mesma dos 
profetas
Sábado - Rm 1.2
Os profetas falaram sobre a vinda do 
Messias
L iç õ e s B íb l ic a s 3
Prezado p ro fessor, o co m e n ta ris ta 
de Lições Bíblicas desse trim estre é o 
pastor Esequias Soares. Um dos mais 
renomados biblistas do pentecostalis- 
mo brasileiro, líder da Assembleia de 
Deus em Jundíaí (SP) e da Comissão 
de Apologética da CCADB. Mestre em 
Ciências das Religiões, graduado em 
línguas o rie n ta is e a u to r de várias 
obras publicadas pela CPAD.
O tema que estudaremos é uma das 
áreas em que o au to r é especialista, 
pois trata-se de alguém que conhece 
profundam ente o hebraico. Veremos 
que a m ensagem m ile n a r desses 
profetas m uito tem a dizer-nos hoje. 
Ouçamos, pois, o Senhor através dos 
seus santos profetas!
INTERAÇÃO
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar 
apto a:
D escrever o panorama geral dos 
profetas menores.
A n alisa r a procedência da mensa­
gem dos profetas menores.
C om preender que os escritos dos 
profetas menores são d ivinamente 
inspirados.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para in t ro d u z ir a p rim e ira 
lição u ti l ize o esquema da página se­
gu in te . Reproduza-o con fo rm e as suas 
possib ilidades. O o b je t ivo é m ostra r ao 
aluno um panorama gerai dos Profetas 
Menores. Sabemos que o su rg im en to 
do p ro fe t ism o em Israel e Judá se deu 
no período m onárqu ico (veja o Aux íl io 
B ib liográfico I). Enfatize que as f in a l i­
dades do m ov im en to eram: re s ta u ra r 
o m onoteísm o hebreu, co m ba te r a ido ­
la tr ia , d en un c ia r as in ju s tiça s sociais, 
p ro c la m a r o Dia do Senhor e reacender 
a esperança m essiânica.
2 Pedro 1.16-21
16 - Porque não vos fizemos 
saber a v irtude e a vinda de 
nosso Senhor Jesus Cristo, se­
guindo fábulas a rtific ia lm ente 
compostas, mas nós mesmos 
vimos a sua majestade,
1 7 - porquanto ele recebeu de 
Deus Pai honra e g ló ria , quan­
do da m agnífica g ló ria lhe fo i 
d irig id a a seguinte voz: Este é 
o meu Filho amado, em quem 
me tenho com prazido.
18 - E ouvimos esta voz d ir i­
g ida do céu, estando nós com 
ele no monte santo.
19 - E temos, m u i firm e , a 
pa lavra dos p ro fe tas , à qual 
bem fazeis em esta r atentos, 
como a uma luz que a lum ia 
em luga r escuro, até que o dia 
esclareça, e a estrela da alva 
apareça em vosso coração,
2 0 - sabendo prim eiram ente 
is to : que nenhum a p ro fe c ia 
da Escritura é de p a r tic u la r 
in terpre tação;
21 - porque a profecia nunca 
fo i p roduzida p o r vontade de 
homem algum, mas os homens 
santos de Deus fa la ra m insp i­
rados pelo Espírito Santo.
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
\
atual conjuntura, os profetas são 
um verdadeiro esteio da sabedoria 
divina para a Igreja de Cristo, pois 
encorajam-nos a m ilitarm os pela 
causa de Cristo.
I. SOBRE OS 
PR O FETA S M E N O R E S
Ί . A u to r id a d e .
A coleção dos Profetas 
Menores compõe-se dos 
seguintes livros: Oseias, 
Joel, Amós, Obadias.Jo- 
nas, Miqueias, Naum, 
Habacuque, Sofonias, 
Ageu, Zacarias e Ma-
PALAVRA-CHAVE
A tua lidade:
Qualidade ou 
estado do que é 
a tua l; momento ou 
época presente.
INTRODUÇÃO
Neste trimestre, estudaremos 
os chamados Profetas Menores. 
Apesar de a n tig u íss im o s , eles 
tratam de questões re­
levantes para os nos­
sos dias e servem de 
edificação espiritua l a 
todo o povo de Deus.
Entre os temas t ra ta ­
dos, temos: a família, 
a sociedade, a política 
e a espiritualidade. Na
JP R O F E T A S M E N O R E S PROFETAן ANO E REINADO PROPÓSITO
Oseias 793 - 753 a.C.; reis de 
Judá: Uzias, Jotão, Acaz, 
Ezequias; rei do norte: Je- 
roboão.
Levar Israel ao arrependimento de suas 
próprias iniquidades.
Joel 835 - 830 a.C. (?); Os reis não 
são mencionados no iivro.
Exortar o povo a arrepender-se, vo ltan ­
do hum ildemente ao Senhor.
Amós 760 - 755 a.C.; rei de Judá: 
Uzias; rei do norte: Jero- 
boâo II.
Disseminar a iminência do ju ízo d iv ino 
sobre Israel e as nações em derredor.
Obadias Cerca de 585 a.C.; Não é 
mencionado rei algum.
Revelar a ira de Deus contra Edom.
Jonas 760 a.C.; rei do norte: Jero- 
boão II.
Demonstrar a m isericórdia d iv ina pela 
pregação através do arrependimento.
Miqueias 735 - 71 0 a.C.; reis de Judá: 
Jotão, Acaz e Ezequias
Adverter a nação sobre a queda de Jerusa­
lém e Samaria como juízo de Deus.
Naum Cerca de 630 - 620 a.C.; os 
reis de Judá e do norte não 
são mencionados.
Anunciar a iminente destruição da ím­
pia cidade de Nínive.
Habacuque Cerca de 606 a.C.; rei de 
Judá: Jeoaquim.
A judar o remanescente fiel a compreen­
der os caminhos de Deus no tocante à 
sua nação pecaminosa e a iminência do 
ju ízo divino.
Sofonias Cerca de 630 a.C.; rei de 
Judá: Josias.
Advert ir Judá e Jerusalém do iminente 
ju ízo de Deus.
Ageu 520 a.C.; primeiras décadas 
do pós-exílio.
Exortar o povo judeu na reedificação do 
Templo.
Zacarias 520 - 470 a.C.; período do 
pós-exílio.
Fortalecer os judeus quanto à vinda do 
Messias.
Malaquias
V
Cerca de 430 - 420 a.C.; 
período pós-exílio.
Confrontar os sacerdotes e o povo para 
arrependerem-se dos seus pecados. J
L iç õ e s B íb l ic a s 5
os profetas do Antigo Testamento 
em anteriores e posteriores, sen­
do: a) Anteriores: Josué, Juizes, 1 
e 2 Samuel, 1 e 2 Reis; e b) Poste­
riores: Isaías, Jeremias, Ezequiel 
e os Doze. A classificação e o 
arranjo do cânon hebraico diferem 
sistematicamente do nosso.
Um dado im portante é que 
todos os profetas, de Isaías a Mala- 
quias, viveram entre os séculos 8 a
5 a.C., tendo alguns deles sido con­
temporâneos. O período abrangeu o 
domínio de três potências mundiais: 
Assíria, Babilônia e Pérsia. Oseias, 
Isaías, Am ós jonas e Miqueias, por 
exemplo, viveram antes do exílio 
babilônico (Os 1.1; Is 1.1; Am 1.1;
2 Rs 1 4.23-25 cf. Mq 1.1), e outros, 
como Ageu e Zacarias, no pós-exílio 
(Ag 1.1; Zc 1.1).
SIN O P S E D O T Ó P IC O (1 )
Os escritos dos Profetas Me­
nores têm a mesma autoridade 
que os outros livros do Cânon 
Sagrado.
R E S P O N D A
7. De onde vem o term o “Profetas 
Menores”?
I I . A M E N S A G E M D O S P R O ­
FETAS M E N O R E S
1. Procedência (vv. 16-18).
O apósto lo Pedro a firm a que a 
revelação m inistrada à Igreja era 
uma mensagem real e abalizada 
pelo testemunho ocular do colé­
gio apostólico. À semelhança dos 
apóstolos, os profetas, inspirados 
pelo Espírito Santo, refletiram fie l­
mente a vontade e a soberania d i­
[aquias. Essa es tru tu ra vem da 
Bíblia Hebraica e, posteriormente, 
da Vulgata Latina. A Septuaginta 
(antiga versão grega do Antigo 
Testamento) apresenta nos seis 
primeiros livros uma disposição 
diferente da Hebraica, d ispondo 
os livros assim: Oseias, Amós, 
Miqueias, Joel, Obadias e Jonas.
É importante ressaltar que o 
valor e a autoridade dos escritos 
dos Profetas Menores em nada 
diferem dos Profetas Maiores. Tal 
classificação é puramente pedagó­
gica, visando tão somente facilitara 
compreensão da presença de uma 
estrutura literária nos livros proféti­
cos do Antigo Testamento. Não obs­
tante, ambas as coleções são uma só 
Escritura e têm a mesma autoridade 
Or 26 .18cf. Mq 3.1 2; Rm 9.25-27 cf. 
Os 1.10; 2.23; Is 10.22, 23).
2 . O r ig e m do te rm o . A 
exp ן ressão “ Profetas M en o re s ”
! advém da Igreja Latina por causa
do volume do texto ser menor em 
comparação aos de Isaías,Jeremias 
e Ezequiel. Assim explica Agostinho 
de Hipona (345-430 d.C.) em sua 
obra A cidade de Deus. O termo é 
de origem cristã, pois, na literatura 
judaica, essa coleção é classificada 
como Os Doze ou Os Doze Profe­
tas. Essa informação é confirmada 
desde o ano 1 32 a.C., qwando 
da produção do livro apócrifo de 
Eclesiástico (49.10).É tam bém 
corroborada pelo Talmude (antiga 
literatura rel.giosa dos judeus) e 
ratificada peta obra Contra Apion 
do historiador judeu Flávio Josefo 
(37-100 d.C.).
3. C ânon e c e n á rio dos 
Doze. O cânon juda ico classifica
6 L iç õ e s B íb l ic a s
I
i
de Jesus de Nazaré (Jo 1.45; Lc 
24.27). A mensagem dos profetas 
foi entregue às gerações futuras, 
preparando-as para o tem po do 
Evangelho (1 Pe 1.12). Por isso, 
não devem os a b d ica r de seus 
ensinamentos, pois a autoridade 
desses escritos é perfe itam ente 
válida para hoje.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )
A mensagem dos Profetas é 
de procedência divina. Jamais por 
inspiração humana.
R E S P O N D A
2. Qual a procedência da “pa lavra 
dos p ro fe ta s ”?
3. Desde quando os p ro fe tas de 
Deus existem?
4. Como estariam os sem a pa lavra 
dos profetas?
I l l , A IN S P IR A Ç Ã O D IV IN A 
D O S PR O FE TA S
1. A En ic iativa d iv in a . O
a p ó s to lo Pedro re to m a o que 
afirm ou nos versículos 16 a 18. 
A mensagem dos profetas não se 
resume a uma retórica baseada 
em imaginação humana, nem é 
a lgo a rt if ic ia lm en te constru ído . 
Nenhuma parte dessa revelação 
“é de p a r t ic u la r in te rp re ta ç ã o ” 
(v.20). As experiências dos profe­
tas, como as do próprio Pedro no 
monte da transfiguração, provam 
a inic iativa d ivina em comunicar 
seus oráculos à humanidade.
2 . A in sp iração dos p ro ­
fe ta s . Está escrito que “ toda a 
Escritura é inspirada por Deus” (2 
Tm 3.16 - ARA). O term o grego
vina acerca da redenção de Israel, 
em particular, e da humanidade, 
em geral.
A m ensagem dos p ro fe tas 
é de procedência d iv ina e tem , 
como cenário, as ocorrências do 
dia a dia. O casamento de Oseias 
(Os 1.2-5; 3 .1-5) e a v is i ta de 
Amós a Samaria (Am 7.1 0-1 7) são 
apenas alguns dos exemplos que 
deram ocasião aos oráculos d iv i­
nos. Semelhantemente aconteceu 
acs apóstolos na transfiguração 
de Jesus no Monte das Oliveiras 
(Mt 1 7.5,6; Mc 9.7; Lc 9.34-36).
2. “A p a la v ra dos p ro fe ­
ta s ” (v. 19a ). Convém ressaltar 
que a expressão “os p ro fe tas ” , 
nessa passagem, não se restringe 
aos literários e nem mesmo aos 
Doze. Porque Deus levantou pro­
fetas desde o princípio do mundo 
(Lc 1.70; 1 1.50,5 1). O m in istério 
e os escritos proféticos eram tão 
importantes que, algumas vezes, 
o te rm o é usado para se referir ao 
Antigo Testamento (At 26.27). En­
tre os seus escritos, encontramos 
mensagens da v inda do Messias, 
orientações para a vida humana, 
para a nação de Israel e até para 
o mundo. Há também mensagens 
que se aplicam à Igreja de Cristo 
(1 Tm 3.1 6).
3. “Como a um a luz que alu- 
m ia em lu g ar escuro” (v. 19b). 
Os profetas pregaram tudo o que 
diz respeito à vida e à piedade. Os 
temas eram diversos: Deus, o ser 
humano e a criação. Estaríamos à 
deriva no m undo sem as palavras 
dos profetas, pois elas nos levam 
à luz de Cristo (SI 1 1 9.1 05). A Lei 
e os Profetas anunciaram a vinda
L iç õ e s B íb l ic a s 7
autoridade. Logo, devemos dar 
a mesma atenção e credibilidade 
aos escritos dos Profetas Menores 
<2 Pe 19. .(ו 
SIN O PSE D O T Ó P IC O (3 )
Os livros dos Profetas Me­
nores têm au to r idade d iv ina e 
são g e n u in a m e n te in sp ira d o s 
por Deus.
R E S P O N D A
5. Por que devemos d a r aos Pro­
fetas Menores à mesma atenção 
dispensada aos demais livros da 
Bíblia?
C O N C L U S Ã O
Diante do exposto, os Profe­
tas Menores, como parte integran­
te das Escrituras inspiradas, não 
devem ficar em segundo plano. 
Por isso, recomendamos que, já 
no início do trimestre, seja feita 
uma le itu ra dos Doze Profetas. 
Esta faciiitará a compreensão da 
mensagem desses despenseiros 
de Deus. Convém ressaltar que 
o enfoque de cada lição, aqui, 
raramente coincide com o assunto 
predominante de cada livro, pois 
a escolha desses temas baseou- 
se nas necessidades do m undo 
de hoje.
theopneustos para as expressões 
“ inspirada por Deus” e “divinamen­
te insp irada” vem das palavras 
Theos, “Deus” , e pneo, “ respirar, 
soprar” . Isso significa que os pro­
fetas foram “movidos pelo Espírito 
Santo” (2 Pe 1.21 - ARA).
O caráter especial e único da 
“palavra dos profetas” a torna sui 
generis. Ela pode fazer qua lquer 
pessoa sábia para a salvação em 
Cristo Jesus e é proveitosa para 
e ns ina r, re p re e n d e r , c o r r ig i r , 
red a rg u ir e in s t ru ir em ju s t iç a 
(2 Tm 3.1 5,1 6). Nenhuma lite ra ­
tu ra no m undo tem essa mesma 
prerrogativa.
3. A a u to rid a d e dos Pro­
fe ta s M e n o re s . A Igreja sub- 
m ete־se inquestionave lm ente à 
autoridade dos apóstolos, e essa 
é a von tade de Deus. Pois, os 
Evangelhos de Mateus e Lucas, 
ou pelo menos um deles, são 
co locados no mesmo nível do 
Antigo Testamento (1 Tm 5.18; 
Dt 25.4; Mt 10.10; Lc 10.7). O 
mesmo acontece com as epísto- 
Ias paulinas (2 Pe 3.15,16). Essa 
é uma fo rm a de se reconhecer 
d e f in it iv a m e n te o Novo Testa­
mento como Escritura inspirada 
por Deus. Depreende-se, então, 
que todos os livros da Bíblia têm 
o mesmo grau de inspiração e
8 L iç õ e s B íb l ic a s
VOCABULÁRIO
A pócrifo : Livro que, eTibora rei­
v ind ique autoridade divina, não 
fo i reconhecido como inspirado 
por Deus.
C o rro b orar: Ratificar e confir­
mar algo.
O ráculo: A Palavra de Deus e de 
seus profetas.
Retórica: Arte do bem dizer, do 
falar com eloqüência.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Lexográfico
“P ro fe tis m o
M o v im e n to que, su rg id o no 
século VIII a.C., em Israel, tinha por 
objetivo restaurar o monoteísmo he- 
breu, combater a idolatria, denunciar 
as injustiças sociais, proclamar o Dia 
do Senhor e reacender a esperança 
messiânica num povo que já não 
podia esperar contra a esperança.
Tendo sido iniciado por Amós, 
foi encerrado por Malaquias. João 
Batista é v is to como o ú lt im o re­
p re s e n ta n te des te m o v im e n to ” 
(ANDRADE, C laudionor Corrêa. D i­
c io n ário Teo lóg ico . 8 ed. Rio de 
Janeiro: CPAD, 1999, p .244).
O O fíc io P ro fé tico
O te rm o hebraico naby define 
em si o p ro fe ta com o porta -voz 
de Deus. Enquanto pregava para 
a própria geração, o profeta tam ­
bém p red iz ia eventos no fu tu ro . 
O aspecto duplo do m in is tério do 
profe ta incluía declarar a mensa­
gem de Deus e predizer as ações 
de Deus. Assim, o profeta tam bém 
era chamado de V idente ’ (hb.: roeh), 
porque podia ver eventos antes de 
estes acontecerem.
A Bíblia relata o profeta como 
alguém que era aceito nas câmaras 
do co nse lho d iv in o , onde Deus 
‘ revela o seu segredo ’” (Am 3.7) 
(LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popu­
la r de P rofecia B íb lica. 1 ed. Rio 
de Janeiro: CPAD, 2008, p.383).
B IB LIO G R A FIA S U G E R ID A
SOARES, Esequias. O M in is té ­
rio P ro fé tico na B íblia: A voz
de Deus na Terra. 1 .ed. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2010.
SOARES, Esequias. V isão Pano­
râm ica do A n tig o T es tam e n ­
to . Rio de Janeiro: CPAD, 2003. 
ZUCK, Roy B (Ed.). T eo lo g ia do 
A n tig o T es tam e n to . 1 .ed. Rio 
de Janeiro: CPAD, 2009.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão 
CPAD, n° 52. p.36.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
ו . a
2.
expressão “ Profetas Menores” 
advém da Igreja Latina. 
A mensagem dos profetas é de 
procedência divina.
3. Desde o princíp io do mundo.
4. Estaríamos à deriva no mundo. 
5. Porque todos os liv ros da Bíblia 
têm o m esm o grau de insp iração
e au to r idade .
V.
L ições Bíbi ic a s 9
י
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico 
Os P rofetas M enores
“05 livros dos Profetas Menores são chamados assim por causa 
da brevidade relativa em comparação a Isaías, Jeremias e Ezequiel, 
e não porque sejam menos teologicamente importantes. Os doze 
livros que compõem os Profetas Menores variam em data entre os 
séculos VIII e V. a.C.:
Século V III a.C Século V II a.C Século V l-V a.C D ata Incerta
Oseias Naum Joel Jonas
Amós Habacuque Obadias
Miqueias Sofonias Ageu
Zacarias
MalaquiasEmbora os acontecimentos registrados em Jonas tenham ocor­
rido no século VIII, a data da autoria do livro é incerta.
[...] Diversos temas teológicos se sobrepõem a maioria destes 
profetas, especialmente nos mesmos períodos cronológicos acima 
esboçados.
Os profetas não falaram sobre Deus em termos abstratos de 
filosofia ou teologia. Falaram dEle como alguém ativamente envoi- 
v ido no mundo que Ele criou e intimamente interessado no povo do 
concerto (ZUCK, Roy B. Teo lo g ia do A n tig o T es tam en to . 1 .ed. 
Rio de Janeiro: CPAD. 2009, pp.429-30).
10 L iç õ e s B íb l ic a s
O seias — A F id elid a d e n o 
R e l a c io n a m e n t o c o m D eus
TEX TO AUREO
"Porque estou zeloso de vós com zelo 
de Deus; porque vos tenho preparado 
para vos apresentar como uma virgem 
pura a um marido, a saber, 
a Cristo” (2 Co 11.2).
VERDADE PRÁTICA
O casamento de Ose<as ilustra a inride
lidade de Israel e mostra a sublimidade
do amor de Deus
H IN O S SU G E R ID O S 100, 2 5 4 , 2 9 5
LEITURA D IÁRIA
• · .· · . ׳
. .. · ' =^י
Q u in ta - SI 45 .9 -1 1
O resplendor do casamento real iiustra 
a beleza e a pureza da Igreja
Sexta - H b 1 3 .4
O casamento deve ser honrado por 
todos
Sábado - A p 1 9 .7
O encontro de Cristo com a Igreja é 
comparado a um casamento
Segunda - Is 54 .5
Deus se apresenta a Israel como um 
marido
Terça - Jr 2 .2
A união de marido e mulher é uma figura 
do relacionamento entre Deus e Israel
Q u a rta - M t 25.1
O Senhor Jesus compara o cortejo 
nupcial a sua vinda
L iç õ e s B íb l ic a s 11
O casamento de Oseias denota uma 
d ive rs idade de sentim en tos h u m a ­
nos que desabrocham num a h istória 
trág ica entre Deus e seu povo. Sim! 
Tristezas e frustrações fazem parte da 
vida pessoal do profeta. Mas também 
é verdade que renovadas esperanças 
estão im plícitas na mensagem dram á­
tica desse profeta. Como m arido, ele 
esperava a reconciliação piena com 
sua esposa Comer. Tal re tra to reflete 
o amor, a beleza e a intim idade que o 
verdadeiro casam ento pode p ropo r­
cionar. No caso de Israel, o Altíssimo 
alm eja que a nação deixe o cam inho 
do adu lté rio e sp ir itua l e re to rne ao 
am or inefável do esposo aue, acima 
de tudo. a ama.
INTERAÇÃO
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar 
apto a:
C onhecer a estru tura do livro de 
Oseias.
C om preender a linguagem sim bó­
lica usada no livro.
C onscientizar-se de que Deus está 
pronto a nos reconciliar e acolher.
Λ
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Reproduza o esquema da página seguinte 
no quadro de giz. Utilize-o na introdução 
do prim eiro tópico da lição.
O esquema facilitará a compreensão dos 
alunos a respeito da estrutura do livro de 
Oseias. Explique que os assuntos princ i­
pais do livro são: a apostasia de Israel; o 
grande amor de Deus; o ju ízo d iv ino e as 
promessas de restauração. O ob je tivo do 
livro é m ostrar quão grande e abenegado 
é o amor de Deus por seu po^o.
־׳/
Oseias 1-1.2; 2.14-17, 19,20 
O se ias 1
1 - Palavra do SENHOR que fo i 
d ita a Oseias, filho de Beeri, 
nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, 
Ezequias, reis de Judá, e nos 
dias de Jeroboão, filho de Joás, 
re i de Israel.
2 - 0 p rin c íp io da p a la v ra 
do SENHOR p o r Oseias; disse, 
pois , o SENHOR a Oseias: Vai, 
toma uma m ulher de p ro s titu i­
ções e filhos de prostitu ição ; 
porque a te rra se p ros titu iu , 
desviando-se do SENHOR.
O s e ia s 2
14 - Portanto, eis que eu a 
a tra ire i , e a leva re i p a ra o 
deserto, e lhe fa la re i ao co­
ração.
15 - E lhe dare i as suas vinhas
Ida li e o vale de Acor, p o r porta de esperança; e a li cantará, como nos dias da sua m ocida­de e como no dia em que subiu da te rra do Egito.
16 - E acontecerá naquele dia, 
diz o SENHOR, que me cha- 
m arás: Meu m arido e não me 
cham arás m ais: Meu Baal.
17 - E da sua boca t ira re i os 
nomes de baalins, e os seus 
nom es não v irã o m a is em 
m em ória ,
19 - E desposar-te-ei comigo 
p a ra sem pre; desposar-te-ei 
comigo em ju s tiça , e em ju ízo , 
e em benignidade, e em m ise­
ricórd ias.
2 0 - E desposar-te-ei comigo 
em fidelidade, e conhecerás o
' SENHOR.
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
12 L iç õ e s B íb l ic a s
m in is té r io en tre 7 93 -7 5 3 a.C. 
Jeroboão II, reinou 41 anos num 
período de prosperidade econô­
mica, mas também de apostasia 
generalizada (2 Rs 14.23-29).
2. Estru tura. A revelação foi 
entregue ao profeta pela palavra 
“dita a Oseias” (1.1a). A segunda 
declaração: “O princípio da palavra
do Senhor por Oseias” 
(1.2a), reitera a fo rm a 
de comunicação do ver­
sículo anterior. Também 
esclarece que a ordem 
para Oseias se casar 
c o m “ u m a m u lh e r de 
prostituições” aconteceu 
no começo do seu ministério, como 
fica claro na ARA e na TB (1.2b).
O livro pode ser d iv id ido em 
duas partes principais. A prim eira 
é uma b iografia profética escrita 
em prosa que descreve a crise do 
relacionamento de Oseias com sua 
esposa infie l, ao mesmo tem po 
que compara essa crise conjugal 
com a infidelidade e a apostasia 
do seu povo (1— 3). A segunda 
parte é escrita em fo rm a poética 
e se constitu i de profecias pro fe­
ridas durante um longo intervalo 
de tem po (4— 14).
3. M e n s a g e m . O assun to 
do livro é a apostasia de Israel e
o grande amor de Deus revelado, 
que co m p re e n d e a d v e r tê n c ia , 
ju ízo d iv ino e promessas de res-
PALAVRA-CHAVE
M a trim ô n io :
União vo lun tá ria 
entre um hom em e 
um a m ulher,
INTRODUÇÃO
A mensagem de Oseias co­
meça a partir de sua vida pessoal. 
O seu casamento com Gomer e 
o difícil re lacionamento fam ilia r 
ocupam os três primeiros capítulos 
do livro que leva o seu 
nome. Deus tinha uma 
mensagem para o povo, 
pois a esposa e os filhos 
de Oseias, assim como 
o abandono e a pros­
t itu ição dela, e o seu 
s o fr im e n to e perdão, 
são sinais e profecias sobre Israel 
e Judá ao longo dos séculos.
I. O L IV R O DE O S E IA S
1. C o n te x to h is tó r ic o . O
m in is té r io de Oseias deu-se no 
período da supremacia política e 
militar da Assíria. Ele profetizou em 
Samaria, capital do Reino do Norte, 
durante os “dias de Uzias, Jotão, 
Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos 
dias de Jeroboão, filho de Joás, rei 
de Israel” (1.1). A soma desses anos 
deve ser reduzida significativamen 
te porque Jotão foi corregente com 
seu pai, Uzias, e da mesma forma 
Ezequias reinou com Acabe, seu pai 
(2 Rs 1 5.5; 18.1,2, 9, 10, 13).
Esses dados fornecidos pelo 
profeta nos perm item datar o seu
E S B O Ç O D O L I V R O DE O S E I A S
Esposa do profeta Oseias................................................................................................ (Os 1 — 3).
O povo de Oseias...............................................................................................................(Os 4 — 14).
Mensagem de ju lg a m e n to .............................................................................................. (Os 4 — 10).
Mensagem de A m o r ......................................................................................................(Os 11 — 14).
Texio e x tra íd o d a ob ra , “Q uero e n te n d e r a Bíblia '', e d ita d a pe la CPAD.
L iç õ e s B íb l ic a s 13
cidade que o casamento proporcio- 
nafazem dele o símbolo da união e 
do relacionamento entre Cristo e a 
sua Igreja (2 Co 1 1.2; Ef 5.31 -33; Ap
1 9.7). Essa figura é notada desde o 
Antigo Testamento.
3. A ordem d iv in a para o 
casam ento de O seias. Conside­
rando a santidade do casamento 
con firm ada em toda a Bíblia, a 
ordem divina parece contradizer 
tudo o que as Escrituras falam so­
bre o matrimônio. Temos dificulda­
de em aceitá-la, mas qualquer in­
terpretação contra o caráter literal 
do texto é forçada. Quando Jeová 
deu a ordem, acrescentou: “porque 
a terra se prostituiu, desviando-se 
do SENHOR” (1.2b). Isso era lite­
ral. A infidelidade a Deus é em si 
mesma um adultério espiritualOr 
3.1,2; Tg 4.4), ainda mais quando 
se trata do culto a Baal, que envoi- 
via a chamada prostituição sagrada 
(4.13,14; Jz 8.33).
SIN O PSE D O T Ó P IC O (2 )
O m atrim ônio de Oseias com 
Comer s im bolizaa infidelidade do 
povo em relação a Deus.
R E S P O N D A
2. O que faz do casam ento um 
símbolo do relacionam ento entre 
Cristo e a igre ja?
I I I . A L IN G U A G E M 
D A R E C O N C IL IA Ç Ã O
1. O c a s a m e n to re s ta u ­
rado . O amor é o tema central 
de Oseias. Com ele, Israel será 
atraído porjeová (1 1.4; Jr 31.3). O 
deserto foi o lugar do ju lgam ento 
(2.3) e nele Israel achou graça, 
tal qual a noiva perante o noivo 
(Êx 5.1; Jr 2.2). A expressão “e
tauração futura (8.1 1 — 1 4; 1 1.1 -9;
14.4-9). Mesmo num contexto de 
decadência moral, o oráculo des­
creve o amor de Deus de maneira 
bela e surpreendente (2.14-16; 
6.1-4; 11.1-4; 14.4-8). Seus orá­
culos são cheios de metáforas e 
símbolos dirigidos aos contem po­
râneos. Sua mensagem denuncia
0 pecado do povo e a corrupção 
das instituições sociais, políticas e 
religiosas das dez tribos do norte 
(5.1). Oseias é c itado no Novo 
T e s ta m e n to (1.10; 2.23 cp. Rm 
9.25,26; 6.6 cp. Mt 9.13; 12.7;
1 1.1 cp. Mt 2.1 5).
SIN O PSE D O T Ó P IC O (1 )
O livro do profeta Oseias é 
repleto de metáforas e símbolos. 
Sua mensagem denuncia o pecado 
e a corrupção do povo.
R E S P O N D A
1. Q ua l o assun to do liv ro de 
Oseias?
I I . O M A T R IM Ô N IO
1. E tim o lo g ia . Os term os 
“casamento” e “m atr im ôn io ” são 
equivalentes e ambos usados para 
traduzir o grego gamos, que indica 
também “bodas” 00 2.1,2) e “ leito” 
conjuga l (Hb 13.4). Trata-se de 
uma instituição estabelecida pelo 
Criador desde a criação, na qual 
um homem e uma mulherse unem 
em relação legai, social, espiritual 
e de caráter indissolúvel (Gn 2.20­
24; Mt 19.5,6). É no casamento que 
acontece o processo legítimo de 
procriação (Gn 1.27,28), gerando 
a oportunidade para a felicidade 
humana e o companheirismo.
2. Simbolismo. A intimidade,
o amor, a beleza, o gozo e a recipro­
14 L iç õ e s B íb l ic a s
são um jo g o de palavras m u i to ^ 
significativo.
a) Significados. A palavra ish I 
significa “homem, marido” (Gn 2.24; I
3.6); e baal, ou baalim, no píural, I 
quer dizer “dono, marido” (Êx 21.29; I
2 Sm 1 1.26). O termo também é | 
aplicado metaforicamente a Deus, I 
como marido: “Porque o teu Criador I 
é o teu marido” (Is 54.5). A palavra I 
“baal” , como “dono, proprietário”, I 
aparece 84 vezes no Antigo Testa-g 
mento, sendo 1 5 delas como esposo | 
de uma mulher, portanto “marido” , j
b) D ivindade dos cananeus. ® 
Como nome da divindade nacional 
dos fenícios com a qual Israel e 
Judá estavam envolvidos naquela 
época, aparece 58 vezes, sendo |
1 8 delas no plural. Essa palavra se | 
corrompeu por causa da idolatria Ê 
e por isso Jeová não será mais | 
chamado de “meu Baal” , mas de | 
“meu m arido” (2.1 6).
2. O fim do b aa lism o . Os 
ído los desaparecerão da te rra 
Gr 10.1 1). Isso inclui os baalins, 
cuja memória será execrada para jj| 
sempre, uma vez que a p a la v ra ! 
profética anuncia o fim defin it ivo I 
do baalismo: “os seus nomes não 8 
virão mais em m em ória” (2.1 7). 1 
Apesar de a promessa divina ser I 
escato lógica, esses deuses são gt 
hoje repulsa nacional em Israel. |g
SIN O P S E D O T Ó P IC O (4 ) 8
O baalismo foi defin itivam en­
te extingu ido em Israel. Isso pode | 
ser confirmado até hoje.
R E S P O N D A I
4. Que pa lavra se corrom peu p o r & 
causa da ido la tria?
5. O que os deuses são hoje e m *
Israel? ______________________ M
lhe falarei ao coração” (2.14) é a 
linguagem de um esposo falando 
amorosamente à esposa (4.1 3,1 4; 
Gn 34.3; Jz 1 9.3). Nós fomos atraí­
dos e alvejados pelo amor de Deus 
(Rm 5.6-8).
2. O vale de Acor e a por­
ta de esperança. Há aqui uma 
menção do m onum ento erguido 
no vale de Acor, onde Acã pagou 
pelos seus crimes e foi executado 
com toda a sua casa (js 7.2-26). A 
promessa é que esse vale não será 
mais lembrado como lugar de cas­
tigo. Será transform ado em lugar 
de restauração (Is 65.10), cujas 
vinhas serão dadas “por porta de 
esperança” (2.1 5).
3. A reconciliação. A sen­
tença de d ivórcio (2.2) será anu­
lada: “desposar-te-ei com igo para 
sempre” (2.1 9). O baalismo gene­
ralizado (2.13) virá a ser trans­
form ado em conversão nacional 
e genuína. Todo o povo servirá 
a Jeová em fidelidade, e cada um 
vo lta rá a te r conhec im en to do 
Deus verdadeiro (2.20).
SIN O PSE D O T Ó P IC O <S)
A linguagem da reconciliação 
no livro de Oseias é apresentada 
através do amor, tema principal do 
oráculo d iv ino neste livro.
R E S P O N D A
3. Que linguagem a expressão “e 
lhe fa la re i ao coração” lem bra?
IV. O B A N IM E N T O 
D A ID O L A T R IA EM ISR A EL
1. Meu m arid o , e não meu 
Baal. A fórmula “naquele dia” (2.6,
1 8, 21) é escatológica (Jl 3.1 8). As 
expressões “meu m arido” e “meu 
Baal” , em hebraico ish i e baali,
L iç õ e s B íb l ic a s ה1 
desses recu rsos l i te rá r io s . Ο 
casamento é o símbolo perfeito 
para com preenderm os o re la ­
cionamento de Deus com o seu 
povo, e do Senhor Jesus Cristo 
com o cristão.
VOCABULÁRIO
C orregente: Pessoa que gover­
na com outra.
ARA: Versão Almeida Revista e 
Atualizada.
TB: Versão da Tradução Brasileira.
Metáfora: Consiste natransferên- 
cia da palavra para outro âmbito 
semântico; fundamenta-se numa 
relação de semelhança entre o 
sentido próprio e o figurado.
Execrada: Abominável.
B IBLIO G RAFIA SUGERIDA
BOYER, Orlando. Pequena En- 
c id o p é d ia B íblica. 2.ed. Rio 
de Janeiro: CPAD, 2008. 
SOARES, Esequias. Oseias: A res- 
taumção dos filhos de Deus. 1 .ed. 
Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão CPAD, 
n° 52. p 37
w
Λ־
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. O assunto do livro é a apostasia 
de Israel e o grande amor de Deus
revelado.
2. A intim idade, o amor, a beleza, o
gozo e a reciprocidade.
3. A linguagem de um esposo falan­
do amorosamente à esposa.
4. A Palavra “baal” .
5. Uma repulsa nacional.
C O N C LU S Ã O
O em prego das coisas do 
dia a dia como ilustração facilita 
a com preensão da mensagem 
d iv ina , e a Bíblia está rep le ta
A U X ÍL IO B IB L IO G R Á FIC O I
Subsídio Biblioiógico
“Livro de O seias
[...] Quando Oseias iniciou seu 
ministério, Israel estava desfrutan­
do o zênite da sua prosperidade e 
poder sob o reinado de Jeroboão
II. Para entender melhor o livro de 
Oseias, leia 2 Reis 14.23 a 15.31. 
Oseias distinguia as dez tribos pelo 
nome de Israel, ou de Sam aria, 
sua capital, ou de Efraim , a tr ibo 
principal. Oseias não morreu antes 
de ver o cumprim ento de suas pro­
fecias. / / O autor: Oseias, 1.1 / / 
A chave: A d u lté rio e s p ir itu a l, 
4.12. A idolatria com toda espécie 
de vício, permeava todas as classes 
sociais. Oseias por mais ou menos 
60 anos condenava do modo mais 
veemente o procedimento do povo, 
qualificando-o de adultério. Conti­
nuava seus avisos sem resultados,
0 que é um tocante exemplo de 
perseverança no meio dos maiores 
desânimos. / / As d ivisões: I. Is­
rael, a esposa infiel de Deus, caps.
1 a 3. II. Israel pecaminoso, 4.1. a
1 3.8 / / III. Israel restaurado, 1 3.9 a 
14.9.” (BOYER, Orlando. Pequena 
Enciclopédia Bíblica. 2.ed. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2008, p .394).
16 L ições B íb licas
AUXÍLIO BI3LIOGRÁFICO II
׳־/
Subsídio Teológico
“Diante de tudo que temos estudado podemos compreender que
o homem tem sido ingrato e rebelde e mesmo assim Deus trabalha 
para a redenção humana. Primeiro levantou um povo na antiguidade 
para a glória de seu nome: Israel. Esse povo fracassou, mas ainda 
será restaurado. Quando Israel fracassou, rejeitando o seu Messias, 
Deus levantou outro povo, a Igreja.
É comum encontrar no livro do profeta Oseias as promessas de 
bênçãos após as advertências de juízos, isso revela o grande amor 
de Deus por seu povo e isso é confirmado no Novo Testamento pelaexpressão: ‘Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se 
a si mesmo’ (2 Tm 2 . 3 .(ו 
Depois de anunciar o fim da casa de Israel, ‘farei cessar o reino 
da casa de Israel’ (1.4), e de afirm ar que Israel não é mais seu povo, 
‘porque vós não sois meu povo, nem eu serei vosso Deus’ (1 .9), 
logo em seguida afirma que os filhos de Israel são povo de Deus e 
também chama de filhos de Deus. Não há nisso contradição alguma, 
pois essa promessa é escatológica, vem depois dos juízos anunciados 
nesse capítulo, em outros lugares do livro de Oseias.
Vemos que no Velho Testamentojeová se utilizou da experiência 
de seu povo para se revelar a si mesmo de maneira progressiva, cul­
minando com a manifestação de sua plenitude na Pessoa de seu Filho 
Jesus Cristo (Cl 2.9). Agora, em Oseias, começa-se a vislumbrar o amor 
de Jeová pelo seu povo e por toda a humanidade, amor manifestado 
no calvário (Jo 3.1 6)” (SOARES, Esequias. Oseias: A restauração dos 
filhos de Deus. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p .53).
L iç õ e s B íb l ic a s 17
J o el — O D e r r a m a m e n t o 
d o Es p ír it o S a n t o
Segunda - Is 4 4 .3
O derramamento do Espírito Santo
Terça - M t 3.11
Jesus batiza com o Espírito Santo
Quarta - Jo 14.16
O Consolador está sempre conosco
Quinta - Jo 14.26
O Espírito Santo ensina a Igreja
Sexta - A t 2.4
As línguas e o batismo com o Espírito 
Santo
S á b a d o -A t 11.15 ,16
Os gentios e o batismo com o Espírito 
Santo
18 L iç õ e s B íb l ic a s
TEXTO ÁUREO
VERDADE PRÁTICA
O Espírito Santo não veio ao mundo 
cumprir uma missão temporária, mas 
guiar a Igreja até a vindà do Senhor.
H IN O S SUGERIDOS 7 00. 290, 491
LEITURA DIÁRIA
"E nos últimos dias acontecerá, diz 
Deus, que do meu Espírito derram arei 
sobre toda a carne; e os ι/ossos filhos e 
as vossas filhas profetizarão, os vossos 
jovens terão visões, e os vossos velhos 
sonharão sonhos” (A t 2.1 7).
INTERAÇÃOLEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
I
Quando o Espírito Santo fo i derramado 
sobre a Igreja, em Jerusalém, muitas 
pessoas ficaram atônitas com o fenô­
meno, pois viram gente simples fa lan ­
do línguas totalm ente desconhecidas 
deles. Outros, no entanto, zombavam, 
afirm ando que essas pessoas estavam 
“cheias de mostos" ou “embriagadas״ 
Nessa ocasião, o apóstolo Pedro se 
levantou, ju n to dos demais apóstolos 
(At 2.14) e expôs sistematicamente os 
pontos centrais da revelação de Deus 
através de Jesus Cristo. Ele evocou a 
profecia de Joel a respeito do derram a­
mento do Espírito Santo (At 2.15-21), e 
conclamou-os: “Arrependei-vos, e cada 
um de vós seja batizado em nome de 
Jesus Cristo para perdão dos pecados, 
e recebereis o dom do Espírito Santo. 
Porque a promessa vos diz respeito a 
vós, a vossos filhos e a todos os que es­
tão longe: a tantos quantos Deus, nosso 
Senhor, cham ar” (At 2.38,39).
OBJETIVOS j
Após esta aula, o aluno deverá estar jj 
apto a:
Explicar o contexto histórico, a estru- f 
tura e a mensagem do livro de Joel.
Joel 1.1; 2 .28-32
C om preender que o Espírito Santo 
é uma pessoa divina.
Saber que o livro de Joel é escato- 
lógico.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, utilize o quadro da página 
seguinte para in tro d u z ir a aula e exp li­
car que o l iv ro de Joel pode ser d iv id ido 
em duas partes. A prim eira descreve a 
devastação de Judá ocasionada por uma 
grande praga de gafanhotos e a com un i­
dade. E a segunda, a resposta de Deus a 
Israel e às nações.
Joel 1
1 - Palavra do SENHOR que foi 
dirig ida a Joel, filho de Petuel.
Joel 2
28 - E há de ser que, depois, 
derram arei o meu Espírito so­
bre toda a carne, e vossos filhos 
e vossas filhas profetizarão, os 
vossos veíhos terão sonhos, os 
vossos jovens terão visões.
2 9 - E ta m b é m so b re os 
servos e sobre as se rvas , 
naqueles dias, d e rra m a re i o 
meu Espírito.
30 - E m ostrare i prodígios no 
p céu e na terra, sangue, e fogo,
e colunas de fumaça.
31 - O sol se converterá em tre ­
vas, e a lua, em sangue, antes 
que venha o grande e terrível 
dia do SENHOR.
32 - E há de ser que todo aquele 
que invocar o nome do SENHOR 
será salvo; porque no monte 
Sião e em Jerusalém haverá 
livramento, assim como o SE­
NHOR tem dito, e nos restantes 
que o SENHOR chamar.
r
v
L iç õ f .s B íb l ic a s 19
de Joiada durante a infância de 
Joás (2 Cr 23. ] 6-2 1). Isso explica 
a influência e a presença slgnifi- 
cativa dos sacerdotes no governo 
de Jucá CJI 1.9,1 3; 2.1 7). O templo 
estava em pleno funcionamento (Jl
1.9,1 3,14).
2. Posição de Joel no Câ- 
n o n S a g ra tio . A o rd e m dos
Profetas Menores em 
nossas ve rs õ e s da 
Bíbtia é a mesma do 
Cânon Judaico e da 
Vu lgata Latina, mas 
não é c ro n o ló g ic a . 
Joel é o segundo livro, 
situado entre Oseias e Amós, mas 
na Septuaginta há uma d iferen­
ça na ordem dos primeiros seis 
livros: Oseias, Amós, Miqueias, 
Joel, Obadias, Jonas.
3. E s tru tu ra e m ensagem .
O oráculo foi entregue ao profeta 
por meio da palavra (1.1). São 
três capítulos, mas a sua divisão 
na Bíblia Hebraica é diferente: lá 
tem os quatro capítu los, pois o 
trecho 2.28-32 eqüivale ao capí­
tu lo três, com cinco versículos, e
o conteúdo do capítulo quatro é 
exatamente o mesmo do nosso 
capítulo três. São dois os temas 
p r in c ip a is : a p raga da locusta 
(1.1— 2.27) e os eventos do fim 
dos tempos (2.28— 3.21). O as­
sunto do livro é escatológica, com 
ameaças e promessas.
INTRODUÇÃO
O Movimento Pentecostal, no 
início do século 20, colocou o livro 
de Joel em evidência, fazendo com 
que ele fosse conhec ido como
o “ profe ta pentecosta l” . Apesar 
disso, o anúncio da 
desc ida do Espírito 
Santo não é o tema 
predominante de seus 
oráculos. A maior par-
✓
te de suas profecias 
fala da praga da Io- 
custa e do ju lgam ento das nações 
no fim dos tempos.
I. O L IV R O DE JO EL 
N O C Â N O N S A G R A D O
1. C ontexto h is té rico . Pou-
Ϊ co ou quase nada se conhece sobre Joel e a sua época. As es­
cassas in form ações baseiam-se 
em alguns lampejos extraídos de 
seu livro. Era profeta de Judá e 
seu pai se chamava Petueí (1.1). 
Isso é tudo o que sabemos de sua 
vida pessoal. Nenhum rei é men­
cionado em seu livro, d ificu ltando 
a contextualização histórica. Ele 
é a n te r io r a todos os profe tas 
literários, pois tem-se como certo 
que escreveu suas profecias em 
835 a.C. Trata-se da época em 
que Judá estava sob a regência
PALAVRA-CHAVE
D erram am en to :
ato ou efeito de der- 
ram a r; derram ação.
L־ I V R O DE JO E Lr
S E G U N D A P A R TEP R I M E I R A PA R TE
A resposta do Senhor a Israel e às 
nações ( 2 ,1 8 — 3.21) .
■ Compaixão pela comunidade (2. 1 8-27).
■ Bênçãos para a com unidade (2.28-32).
■ Julgamento das nações (3.1-1 7).
■ Presença de Deus em Jerusalém (3.18-21).
A praga dos ga fanhotos e a 
com un idade (1 .1 — 2.1 7).
■ A praga de gafanhotos (1.1 -4).
■ Chamado à lamentação (1.5-20).
■ Grande alarme (2.1-1 1).
Chamado ao arrependimento (2.1 2-1 7),
V ,
2 0 L iç õ f .s B íb l ic a s
REFLEXÃO
“A tualm ente, o Espírito Santo 
é derram ado, 
de fo rm a efusiva, sobre 
qua lquer pessoa que venha 
a Deus em busca de 
sua salvação."
Bíblia de Estudo 
Aplicação Pessoal
ção. Após o Concilio de Niceia, 
su rg ira m os p n e u m a to m a c h o i 
(“opositores do Espírito”) que, li­
derados por Eustáquio de Sebaste 
(300-380), não aceitavam a d iv in ­
dade do Espírito Santo.
4 . L inguagem m etafórica .
O “derramamento” do Espírito San­
to é a expressão que a Bíblia usa 
para descrever o revestimento de 
alguém com o poder do mesmo 
Espírito. Trata-se de uma metáfora, 
figura que "consiste na transferên­
cia de um termo para uma esfera 
de significação que não é a sua, em 
virtude de uma comparação implí­
cita” (Gramática Rocha Lima).
S im b o liza d o pe la água, o 
Espír ito Santo lava, p u r if ic a e 
re fr igera com o reflexo de suas 
m últip las operações (Is 44.3; Jo 
7.37-39; Tt 3.5).
SIN O PSE D O T Ó P IC O (2 )O Espírito Santo é uma pes­
soa e não uma mera influência.
R E S P O N D A
2. Em que parte da Bíblia o Espírito 
Santo é tex tua lm en te cham ado 
de Deus?
SIN O PSE D O T Ó P IC O (1 )
O livro de Joel é uma obra 
escatológica que contém adver­
tências e promessas divinas.
R E S P O N D A
1. Qual o assunto do livro de Joel?
I I . A PESSOA D O 
E S P ÍR IT O S A N T O
1. Sua p e rs o n a lid a d e . O
Espírito está presente em toda a 
Bíblia, que o mostra claramente 
como uma pessoa e não como 
uma mera influência. Ele é in te­
ligente (Rm 8.27), tem emoções 
(Ef 4.30) e vontade (At 16.6-11; 1 
Co 12.11). Há abundantes provas 
bíblicas de sua personalidade.
2. Sua d iv indade. O Espírito 
Santo é chamado textualm ente de 
“Deus de Israel” (2 Sm 23.2,3). Ele 
é igual ao Pai e ao Filho em poder, 
g lória e majestade. Na declaração 
batismal, somos batizados tam ­
bém em seu nome (Mt 28.19; Ef
4.4-6). Isso significa que o Espírito 
Santo é objeto da nossa fé e da 
nossa adoração. Ele é tudo o que 
Deus é (1 Co 2.1 0,1 1).
3. Como um a pessoa pode 
ser derram ada? Esta é uma das 
pe rgu n tas que a lguns g ru p o s 
religiosos fazem frequentemente 
com a finalidade de “ provar” que
o Espírito Santo não é Deus nem 
uma pessoa. Aqui, por duas vezes 
a palavra profética afirma “derra­
marei o meu Espírito” (2.28,29), o 
que é ratificado em o Novo Testa­
mento (At 2.17,18). Ao longo da 
história, a divindade do Espírito 
Santo sempre encontrou oposi-
.iç õ e s B íb l ic a s 21
a edificação individual, e não podem 
ser usados para fundamentar doutri­
nas. ABíbliaSagradaéanossa única 
regra de fé e prática.
SIN O PSE D O T Ó P IC O (3 )
A efusão do Espírito Santo 
começou com os apóstolos e con­
tinua em nossos dias até a volta 
de Jesus.
IV, O F IM D O S TE M P O S
1. Sinais. A profecia de Joel 
fala ainda sobre aparição de sinais 
em cima no céu e embaixo na ter­
ra, de sangue, fogo e colunas de 
fumaça, do sol convertendo-se em 
trevas e da lua tornando-se sangue 
(2.30,31). São manifestações teo- 
fânicas de Jeová para revelar a si 
mesmo e também para executar 
ju ízo sobre o pecado (Êx 1 9.1 8; Ap
8.7). Tudo isso o apóstolo Pedro 
citou integralmente em sua pre­
gação (At 2.19,20). É de se notar 
que tais manifestações não foram 
vistas por ocasião do Pentecostes. 
A explicação é que se trata do co­
meço dos “últimos dias”.
2. E lapas. O primeiro adven­
to de Cristo e o derram am ento 
do Espírito Santo são eventos 
in trodu tó rios dos “ú ltimos dias” 
(A t 2 .17 ). Os sm ais cósm icos 
acompanhados de fogo, coiuna 
de fumaça etc., ausentes no dia 
de Pentecostes, d izem respeito 
à Grande Tribulação, no epílogo 
da história, “antes que venha o 
grande e terrível dia do Senhor” 
(jl 2.31; At 2.20).
3 . R es u ltad o . A v inda do 
Espírito Santo, além de revestir os
REFLEXÃO י
“Nossa esperança
vem do Senhor.;״
Bíblia de Estudo
L
Aplicação Pessoal
3. Qual o nome do líde r que após
o Concilio de Niceia não aceitava a 
divindade do Espírito Santo?
4. Qual o s ign ificado do d e rra m a ­
mento do Espírito Santo?
I I I . H O R IZ O N T E S 
D A PR O M ESSA
1. Ponto de p artid a . A pro­
fecia do derramamento do Espírito 
Santo começou a ser cumprida no 
dia de Pentecostes, que marcou a 
inauguração da Igreja (At 2.16).
O apóstolo Pedro empregou apro­
p r iadam en te a expressão “ nos 
ú ltimos dias” (At 2.17) no lugar
.de “depois” (Jl 2.28a) ד
Não faz sentido a lgum , por 
consegu inte, a f irm ar que a efu- 
são do Espírito Santo fo i apenas 
para a Era A p o s tó l ic a ; an tes , 
pelo contrá rio , começou com os 
apósto los e con tinua em nossos 
dias. Era o pon to de partida, e 
não de chegada.
2 . C o m u n ica çã o d iv in a . 
Deus disponibilizou recursos espi­
rituais para manter a comunicação 
com o seu povo por meio de sonhos, 
visões e profecias, independente­
mente de idade, sexo e posição 
social (2.28b,29). Todavia, cabe-nos 
ressaltar que somente a Bíblia é a 
autoridade divina e defin itiva na 
terra. Quanto aos sonhos, visões e 
profecias, são-nos concedidos para
2 2 L iç õ e s B íb l ic a s
partir do derram am ento do Espí­
r ito Santo nos ú lt im os dias.
R E S P O N D A
5. Quais sãos os eventos in tro d u ­
tórios dos “ú ltim os d ias״?
C O N C L U S Ã O
O derramamento do Espírito 
Santo inaugura a dispensação da 
Igreja, que, acompanhado de gran­
des sinais, faz do cristianismo uma 
religião sui generis. A Igreja continua 
recebendo o poder do alto e prosse­
gue anunciando a salvação a todos 
os povos. Nisso, vemos a múltipla 
operação do Espírito Santo, reves­
tindo de poder os crentes em Jesus 
e convencendo o pecador de seus 
pecados (At 1.8; Jo 1 6.7-1 1).
crentes em Jesus, resulta também 
em salvação a todos os que desejam 
encontrar a vida eterna. O apóstolo 
Pedro termina a citação de Joel com 
estas palavras: “Todo aquele que in­
vocar o nome do Senhor será salvo” 
(At 2.21). O nome “SENHOR”, com 
letras maiúsculas, indica na Bíblia 
Hebraica a presença do tetragrama 
YHWH (as quatro consoantes do 
nome divino “Yahweh, Javé, Yeho- 
vah Jeová”). O apóstolo Paulo citou 
essa passagem referindo-se ajesus, 
e afirmando que o Meigo Nazareno 
é o mesmo grande Deus Jeová de 
Israel (Rm 1 0.1 3).
SIN O PSE D O T Ó P IC O (4 )
O liv ro de jo e l é escato lóg i- 
co. Ele fala do f im dos tem pos a
REFLEXÃO
Os crentes devem to m a r cuidado com o tra tam en to 
que dispensam ao próxim o, pois Deus os cham ará 
a p re s ta r contas no dia do ju ízo caso não procedam 
com am or e m isericórd ia . ”
Bíblia de Estudo Pentecostal
L1çõr:s B íb lic a s 2 3
BIBL1QCRAF3A SU G E R ID A י 
HARRISON, R. K. Tem pos do 
A n t ig o T e s ta m e n to : Um
C o n te x to S o c ia l, P o lí t ic o e 
C u ltu ra l. 1 .ed. Rio de Janeiro: 
CPAD, 2010.
MERRIL, Eugene H. H is tó ria de 
Israel no A ntigo Testam ento:
O reino de sacerdotes que Deus 
colocou entre as nações. 6.ed. 
Rio de janeiro: CPAD, 2007.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão 
CPAD, n° 52, p.37.
Λ
ץ
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. O assunto do livro é escatológico,
com ameaças e promessas.
2. O Espírito Santo é chamado te x ­
tualmente de “Deus de Israel” em 2
Samuel 23.2, 3 e Atos 5.3, 4.
3. Eustãquio de Sebaste.
4. O “derramamento” do Espírito San­
to é a expressão que a Bíblia usa para 
descrever o revestimento de alguém
com o poder do mesmo Espírito.
5. O primeiro advento de Cristo e o 
derramamento do Espírito Santo são 
eventos in trodutórios dos “ últimos
dias” (At 2.17).
a u x íl io b ib l io g r á f ic o
Subsídio Histórico
“Joás, rei de Judá
[...] O verdadeiro descendente 
de Davi assentou-se no trono, e 
reinou durante quarenta anos (83 5­
796). Visto que ele tinha apenas sete 
anos quando 5e tornou rei, ficou 
sob a tutela de Jeoiada, o sumo 
sacerdote, cuja autoridade sobre
o jovem monarca estendia-se ao 
ponto de escolher suas esposas (2 
Cr 24.3). Os anos de apostasia sob 
Atália atingiram a vida religiosa da 
nação. Particularmente grave era o 
fato de o templo e os serviços sa­
grados haverem sido abandonados. 
Joás, já no princípio de seu reinado, 
decidiu reformar e restaurar a casa 
de Yahweh (2 Rs 12.2,5). Portanto, 
incumbiu os sacerdotes e levitas de 
saírem a todas as cidades e vilarejos 
de seu reino a fim de obter as ofer­
tas para a manutenção do templo.
Embora o apefo resultasse no 
acúmulo de fundos, a obra tardou 
por alguma razão, e até o vigésimo 
terceiro ano de Joás (cerca de 814) 
não havia qualquer indício da obra.
O rei Joás então ordenou ao sumo 
sacerdote Jeoiada que providencias­
se a construção de um gazofilácio 
ao lado do grande altar, onde os 
sacerdotes depositariam as ofertas 
do povo. Um apelo foi feito por todo
o reino para que trouxessem suas 
ofertas ao templo; e com alegria
o povo ofertou (MERRIL, Eugene
H. H is tó ria de Is rae l no A n tig o 
Testam ento: O reino de sacerdotes 
que Deus colocou entre as nações.
6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, 
pp.384,86).
״/
24 LiçõesB í b l ic a s
Lição 4
28 de Outubro de 2012
A m ó s — A Ju st iç a S o c ia l 
c o m o P a r t e d a A d o r a ç ã o
TEXTO ÁUREO
“Porque vos digo que, se a vossa 
jus tiça não exceder a dos escribas e 
fariseus, de modo nenhum entrareis 
no Reino dos céus״ (M t 5 .20).
VERDADE PRÁTICA
Justiça e retidão são elementos ne­
cessários e imprescindíveis à vercfa- 
deira adoração a Deus.
H IN O S SUG ERIDO S 124, 131, 143
LEITURA DIARIA
Segunda - Pv 1 4 .3 4
A justiça social exalta as nações
Terça - Pv 19.1 7
Quem ajuda o pobre empresta a Deus
Q u arta - Is 1 .13 -15
O sacrifício e o estado espiritual do 
adorador
Q u in ta - Rm 1 5 .2 6 ,2 7
A espiritualidade do trabalho social
Sexta - 2 Co 9 .8 ,9
Deus abençoa quem socorre os pobres
Sábado - T g 1 .27
Socorrer os necessitados é parte da 
adoração
V r
L iç õ h s B t r u c a s 2 5
O nome Amós q ue r d ize r “fa rd o ” e Tecoa 
s ign ifica “soar o ch ifre do carne iro". Estas 
sign ificações denotam a m ensagem de 
destru ição ecoada no Reino do Norte. O 
pro fe ta não ex ita ra em denunciar a cor­
rupção do sistema político, ju ríd ico , social 
e religioso de Israel. Amós a inda teve de 
e n fre n ta r uma franca oposição re lig iosa 
do sacerdote Amazias. Este era alinhado à 
üolítica de Jeroboão it. Em Amós aprende­
mos o quanto pode ser nefasta a m is tu ra 
da po lítica com a re lig ião. A li, tínhamos 
um sacerdote, 1‘representante de Deus" 
dizendo sim pa ra tudo o que o re i fazia. 
Mas lá, o p ro fe ta “bo ie iro" d iz ia não! Era 
o Soberano dizendo “não” pa ra aquela 
espúria relação de voder.
_____INTERAÇÃO
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar 
apto a:
D is s e r ta r a respeito da vida pessoal 
de Amós e a estrutura do livro.
Saber que a jus tiça social é um em­
preendimento bíblico.
A p o n ta r a política e a justiça social 
como elementos de adoração a Deus.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, v ivem os num tem po 
de grandes injustiças sociais e co rrup ­
ção política. Pessoas sem te m o r de 
Deus e am or ao p róx im o buscam in ten­
samente os seus próprios interesses. 
Por isso, sugerimos que, ao in trod u z ir 
os tópicos IJ e IIE da lição, pergunte aos 
alunos o que eles pensam sobre esse 
quadro de corrupção e in justiça social 
instalados em nossa sociedade. Em 
seguida, com o auxílio do esquema da 
página seguinte explique os termos 
“ po lít ica” e “jus t iça social” . Diga que, à 
luz da mensagem de Amós, tais práticas 
fazem parte da adoração a Deus.
־׳/
A m ó s 1.1; 2 .6 8; 5.21 23
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
A m ó s 1
1 - 4 5 pa lavras de Amós, que 
estava en tre os pasto res de 
Tecoa, o que ele viu a respeito 
de Israel, nos dias de Uzias, re i 
de Judá, e nos dias de Jeroboão, 
filho de Joás, re i de Israel, dois 
anos antes do terrem oto.
A m ó s 2
6 - Assim d iz o SENHOR: Por 
três transgressões de Israe l 
e p o r quatro, não re tira re i o 
castigor porque vendem o ju s to 
p o r d inhe iro e o necessitado 
p o r um p a r de sapatos.
7 - Suspirando pelo pó da te r­
ra sobre a cabeça dos pobres, 
eles pervertem o cam inho dos 
m ansos; e um hom em e seu 
p a i e n tra m à m esma moça, 
para p ro fanarem o meu santo 
nome. *
8 - E se deitam ju n to a qua l­
que r a lta r sobre roupas em ­
penhadas e na casa de seus 
deuses bebem o vinho dos que 
tinham m ultado.
A m ó s 5
21 - Aborreço , desprezo as 
vossas festas, e as vossas as- 
sembleias solenes não me dão 
nenhum p ra ze r
22 - E, a inda que me ofereçais 
holocaustos e ofertas de m an­
ja re s , não me agradare i delas, 
nem a ten ta re i para as ofertas 
pacíficas de vossos a n im a is 
gordos.
23 - Afasta de m im o estrépito 
dos teus cânticos; porque não 
o uv ire i as melodias dos teus 
instrum entos.
2 6 L ições B í b l ic a s
sicôm oros” (7.14) e de não fa z e r 
parte da escola dos profetas, foi 
env5ado por Deus a pro fe tizar em 
Betei, centro re lig ioso do Reino 
do Norte (4.4). Ali, Amós enfren­
tou fo rte oposição do sacerdote 
Amazias, alinhado politicam ente 
ao rei Jeroboão II (7.10-16).
Todo o sistema político, reli­
gioso, social e ju r íd ico do Reino 
de Israel estava contam inado. Foi 
esse o quadro que Amós encon­
trou nas dez tr ibos do 
Norte. O p ro fe ta to r ­
nou pública a ind igna­
ção de Jeová contra os 
abusos dos ricos, que 
esmagavam os pobres. 
Ele levan tou -se ta m ­
bém contra as in ju s t i­
ças sociais e contra toda a sorte 
de desonestidade que pervertia o 
d ire ito das viúvas, dos órfãos e 
dos necessitados (2.6-8; 5.1 0-1 2;
8.4-6). No cardápio da iniqüidade, 
estavam incluídos ainda o luxo 
extravagante, a prostitu .ção e a 
ido latria (2.7; 5.12; 6.1-3).
3. E stru tu ra e m ensagem .
O livro se divide em duas partes 
principais. A primeira consiste nos 
oráculos que vieram pela palavra 
(1— 6) e a segunda, nas visões 
(7— 9). O discurso de Amós é um 
ataque d ire to às institu ições de 
Israel, confrontando os males que 
assolavam os fundam en tos so­
ciais, morais e espirituais da nação.
PALAVR/ 1 ח X s m
Ador.
Rendiçãi 
em todas
ação:
0 a Deus 
as esferas 
'ida.
INTRODUÇÃO
0 livro de Amós permanece 
atuai e abrange diversos aspectos 
da vida social, política e re lig io­
sa do povo de Deus. O profeta 
combateu a idolatria, denunciou 
as in justiças sociais, condenou 
a violência, profetizou o castigo 
para os pecadores contum azes 
e ta m b é m fa lo u so ­
bre o fu tu ro g lo r ioso 
de Israel. Amós é co­
nhecido como o livro 
da ju s t iç a de Deus e 
m ostra aos religiosos 
a necessidade de se in­
c lu ir na adoração dois 
elementos importantes e há muito 
esquecidos: jus tiça e retidão.
1. O L IV R O D E A M Ó S
1 . C o n te x to h is t ó r ic o .
Am ós era o r ig in á r io de Tecoa, 
aldeia situada a 1 7 quilômetros ao 
sul de Jerusalém e exerceu o seu 
m in is té r io duran te os re inados 
de Uzias, rei de Judá, e de Jero- 
boão II, f i lho de Joás, rei de Israel 
(1.1; 7.1 0). Foi, de acordo com a 
trad ição juda ico -cris tã , con tem ­
porâneo de Oseias, Jonas, Isaías e 
Miqueias, no período assírio.
2 . V id a p e s s o a l. Apesar 
de ser apenas um camponês de 
Judá, “ b o ie iro e c u l t iv a d o r de
Λ
PO LÍT IC A E JUSTIÇA SOCIAL EM AMÓS
POLÍTICA JUSTIÇA SOCIAL
Queremos d izer sobre política “ o con­
ju n to de práticas relativo a um a socie­
dade” . Pois as relações humanas numa 
sociedade são estabelecidas de acordo 
com decisões políticas tomadas po r re­
presentantes dela (Am 7.10-14).
Justiça social é o con jun to de ações 
sociais, dest inado a su p r im ir as Tnjus- 
tiças de todos os níveis, reduz indo a 
desigua ldade e a pobreza, erradicando 
o ana lfabetism o e o desem prego, etc 
(Am 8.4-8).V
L iç õ e s B í b l ic a s 2 7
3. O pecado. A expressão: 
“Por três transgressões de Israel e 
por quatro, não retirarei o castigo” 
(2.6) refere-se não à numeração 
matemática, mas é máxim a co­
mum na literatura semítica (veja 
fraseolog ia s im ila r em Jó 5.19; 
33.29; Ec 1 1.2; Mq 5.5,6). Nesse 
texto, significa que a medida da 
in iqü idade está cheia e não há 
como suspender a ira divina.
SIN O PSE D O T Ó P IC O (2 )
O senso de ju s t iç a c r is tã 
expressa o pensamento da lei e 
dos profetas que, por sua vez, é 
parte do grande mandamento de 
Jesus Cristo.
R E S P O N D A
2. Qual a nossa responsabilidade 
pessoal?
3. O que significa a expressão “por 
três transgressões de Israel e po r 
quatro , não re tira re i o castigo"?
I I I . IN JU S T IÇ A S S O C IA IS
1. Decadência social (2 .6 ).
Amós condena o preconceito e a 
indiferença dos mais abastados 
no trato aos carentes do povo, que 
veem seus direitos serem violados 
(2.7; 4.1; 5.1 1; 8.4,6). Vender os 
próprios irmãos pobres por um par 
de sandálias é algo chocante. Tal 
ato, que atenta contra a dignidade 
humana, demonstra a situação de 
desprezo dos poderosos em rela­
ção aos menos favorecidos. Uma 
vez que as autoridadese os po­
derosos aceitavam subornos para 
torcer a justiça contra os pobres, o 
profeta denuncia esse pecado mais 
de uma vez (8.4-6).
í O assunto do livro é a justiça de
I Deus. O discurso fundamenta-se
I em denúncias e ameaças de casti-
I go, term inando com a restauração
I fu tura de Israel (9.11-15). Ele é
I citado em o Novo Testamento (Am 
5.25,26 cp. At 7.42,43; 9.1 1,1 2 cp.
I At 15.16-18).
I S IN O PSE D O T Ó P IC O (1 )
I O livro do profeta Amós pode
I ser dividido em duas partes princi-
I pais: oráculos provenientes pela pa­
I lavra (1— 6) e pelas visões (7— 9).
I R E S P O N D A
1 1. Q ual o d iscu rso do liv ro de
I Amós?
I I I . P O L ÍT IC A
E J U S T IÇ A S O C IA L
1. Mau governo. Infelizmente,
I alguns líderes, como Saul eJeroboão
I I, filho de Nebate, causaram a ruína 
I d o povo escolhido (1 Cr 10.13,14;
1 Rs 1 3.33,34). Amós encontrou um
I desses maus políticos no Reino do
I Norte (7.10-14). Oseias, seu colega
I de ministério, também denunciou
I esses males com tenacidade e vee-
I mência (Os 5.1; 7.5-7).
2. A ju s tiç a social. É nossa
I responsab ilidade pessoal lu ta r 
| por uma sociedade mais justa. Tal
senso de justiça expressa o pen- 
sarnento da lei e dos profetas e é 
parte do grande mandamento da 
fé cristã (Mt 22.35-40). Amós foi
o único profeta do Reino do Norte 
a bradar energicamente contra as 
injustiças sociais, ao passo que, 
em Judá, mensagem de igual teor 
aparece por intermédio de Isaías, 
Miqueias e Sofonias.
2 8 L iç õ e s B íb l ic a s
Jeová sem refletir e com as m ã o s ^ 
sujas de injustiças. C om portando-1 
se assim, tanto Israel como Judá, I 
reproduziam o pensamento pagão, I 
segundo o qual sacrifícios e liba- I 
ções são suficientes para aplacar | 
a ira dos deuses. Entretanto, Deus 
declara não ter prazer algum nas 
festas religiosas que os israelitas 
promoviam (5.21; Jr 6.20).
2. O significado dos sacri­
fíc io s . Expressar a consagração 
do ofertante a Deus era uma das 
marcas dos sacrifícios. E Amós men­
ciona dois: “ofertas de manjares” e 
“ofertas pacíficas” (5.22). As ofertas jJ 
de manjares não eram sacrifícios | 
de animais. Tratava-se de algo di­
ferente, que incluía flo r de farinha, ^ 
pães asmos e espigas tostadas, 
representando a consagração dos 
frutos dos labores humanos a Deus 
(Lv 2.14-16). Já as ofertas pacíficas ^ 
eram completamente voluntárias e n 
tinham uma marca distintiva, pois ο I 
próprio ofertante podia comer parte I 
do animal sacrificado (Lv 7.1 1-21).
3. Os cânticos. Os cânticos I 
faz iam parte das assem ble ias I 
solenes (5.23). No entanto, eles j 
perdem o va lor espiritual quando ■ 
não há arrependimento sincero. A I 
verdadeira adoração, porém, não I 
consiste em rituais externos ou I 
em cerimônias formais. O genuíno I 
sacrifício para Deus é o espírito I 
quebrantado e o coração contr ito I 
(SI 51.17). Há um número m uito I 
grande e variado de palavras h e -1 
braicas e gregas para descrever a I 
adoração e o ato de adorar. C o n -1 
tudo, a ideia principal de todas I 
é de devoção reverente, serviço I 
sagrado e honra a Deus, tanto de | 
maneira pública como in d iv id u a l.^
· Χ ϋ Μ · · · ^ Η Η ϋ · Η · · ϋ Κ
2 . D e c a d ê n c ia m o ra l. A
prostituição cultuai era outra prá­
tica chocante de Israel e mostra a 
decadência moral e espiritual da 
nação: “Um homem e seu pai coabi- 
tam com a mesma jovem e, assim, 
profanam o meu santo nome” (2.7 
-ARA). O pior é que tal prostitu i­
ção era financiada com o dinheiro 
sujo da opressão que os maiorais 
infligiam ao povo (2.7,8).
3. D ecadên cia re lig io s a .
O p ro fe ta denunc ia a v io lação 
da lei do penhor que n inguém 
mais respeitava (Êx 22.26,27; Dt 
24.6,17). A acusação não se res­
tringe à crueldade e à apropriação 
indébita, mas também a prática 
do culto pagão, v isto que a ex­
pressão “qualquer a ltar” (2.8) não 
pode ser no templo dejeová, e sim 
no de um ídolo. Amós encerra a 
denúncia a essa série de pecados, 
condenando a idolatria, a cobrança 
indevida de taxas e a malversação 
dos impostos no culto pagão e nos 
banquetes em honra aos deuses.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )
As injustiças sociais no livro 
de Amós são representadas pe- 
Ias decadências social, moral e 
religiosa.
R E S P O N D A
4. Quais as três decadências nos 
dias de Am ós?
IV. A V E R D A D E IR A 
A D O R A Ç Ã O
1. A doração sem conver­
são . A d esp e ito de sua ba ixa 
condição moral e espiritual, o povo 
continuava a oferecer o seu culto a
L iç õ e s B íb l ic a s 2 9
CONCLUSÃO
A adoração ao ve rdade iro 
Deus, nas suas várias formas, requer 
santidade e coração puro. Trata-se 
de uma comunhão vertical com 
Deus, e horizontal, com o próximo 
(Mc 1 2.28-33). Essa mensagem 
alerta-nos sobre o dever cristão de 
não nos esquecermos dos pobres 
e necessitados e também sobre a 
responsabilidade de combatermos 
as injustiças, como fizeram Amós 
e os demais profetas.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HARRISON, R. K. Tem pos do A n­
tigo Testam ento: Um Contexto 
Social, Político e Cultura l. 1 .ed. 
Rio de Janeiro: CPAD, 2010. 
SOARES, Esequias. O M in is té- 
r io P rofético na Bíblia: A voz 
de Deus na Terra. l .e d . Rio de 
Janeiro: CPAD, 2010.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teo log ia do 
A ntigo Testam ento , l .ed . Rio 
de Janeiro: CQAD. 2009.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão 
CPAD, n° 52, d .38
Λ
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Um ataque direro às instituições 
de Israel, confrontando os males que 
assolavam os fundamentos sociais,
morais e espirituais da nação.
2. É nossa responsabilidade pessoal 
lutar por uma sociedade mais justa.
3. Significa que a m edida da ini- 
quidade está cheia e não há como
suspender a ira divina.
4. Social, moral e religiosa.
5. É o espírito quebrantado e o co­
ração contrito.
Em suma, Deus exige de seu povo 
verdadeira adoração.
SINOPSE DO TÓPICO (4 )
A verdadeira adoração não 
consiste em rituais externos ou 
em ce rim ôn ias l i tú rg ica s , mas 
no espírito quebrantado e num 
coração contrito .
RESPONDA
5. Qual o verdadeiro sacrifício 
p a ra D eus?
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Biblioiógico
“O Q u a rte to do Período Á u­
reo da Profecia H ebraica
O profeta Amós exerceu o seu 
m inistério ‘nos d 1as de Uzias, rei de 
Judá, e nos dias de Jeroboão, filho 
de Joás, rei Israel’ (1.1). Isso mostra 
que ele viveu na mesma época de 
Oseias e Isaías. Ele era de Tecoa, 
na Judeia, mas Deus o enviou para 
profetizar em Samaria, no reino do 
Norte. Miqueias é tam bém dessa 
época, mas começou suas atividades 
um pouco depois dos três primeiros, 
pois Uzias não é mencionado: ‘nos 
dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis 
de Judá’ (1.1).
Os profetas Isaías, Miqueias, 
Amós e Oseias foram con tem po­
râneos, o m in is té r io de cada um 
deles começou entre 760 e 735 a.C. 
[...] Ambos eram do Reino do Sul, 
capital Jerusalém. Oseias e Amós 
exerceram seu m in is tério no reino 
do Norte, em Samaria” (SOARES, 
Esequias. O M in is té rio P ro fé tico 
na Bíblia: A voz de Deus na Terra.
l .e d . Rio de Janeiro: CPAD, 2010 , 
P. .(ו 16
3 0 L iç õ e s B íb l ic a s
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“DEUS E AS NAÇÕES
[...] Amós e Miqueias têm m uito mais a d izer sobre a relação 
das nações com Israel e o seu Deus. Desde o início, ambos os l i ­
vros deixam claro que a soberania do Senhor não está lim itada a 
Israel, mas se estende a todas as nações. Amós começa com uma 
série de falas de ju lgam ento contra as nações vizinhas de Israel 
(Am 1.3— 2.3). Miqueias inicia com um retrato v iv ido da descida 
teofânica do Senhor para ju lg a r as nações (Mq 1.2-4). Para estes 
profetas, o Deus de Israel é ‘Senhor de toda a terra1 (cf. Mq 4.13), 
que controla a história e o destino das nações (Am 9.7). De acordo 
com Amós 9.1 2, as nações ‘são chamadas' pelo ‘nom e’ do Senhor. 
A expressão aponta a propriedade e autoridade do Senhor sobre as 
nações como deixa claro o uso constante em outros textos bíblicos 
(cf. 2 Sm1 2.28; Is 4.1).
A palavra usada nos oráculos de Amós 1 e 2 para caracterizar 
os pecados das nações diz respeito ao ato de rebelião contra a 
autoridade soberana. Em outros textos bíblicos, o te rm o é usado 
para referir-se a uma nação que se rebela contra a autoridade de 
outra (cf. 2 Reis 1.1; 2 Reis 3.5,7). Judá (Am 2.4,5) e Israel (Am 2 .6­
1 6) quebraram o concerto mosaico. Entretanto, por qual arranjo as 
nações estrangeiras eram responsáveis diante de Deus? Entre os 
crimes alistados incluem-se atrocidades em tempo de guerra, tráfico 
de escravos, quebra de tratados e profanação de túm ulos. Todos 
estes considerados jun tos , pelo menos em princípio, são violações 
do mandato de Deus dado para Noé ser fru tífero , multiplicar-se e 
mostrar respeito pelos membros da raça humana como portadores 
da imagem div ina (cf. Gn 9.1-7). É possível que Amós tivesse visto 
este mandamento noético no plano de fundo de um tratado entre 
suserano e vassalo, comparando o mandato às exigências ou estipu- 
lações de tratado. De modo semelhante, Isaías interpretou o crime 
de carnific ina cometido pelas nações (Is 26.21) como violação da 
‘aliança eterna’ (Is 24.5; cf. Gn 9.1 6) que ocasionaria uma maldição 
na terra inteira (cf. Is 24.6-1 3). A seca, um tema comum nas bíblicas 
e antigas listas de maldição mundial (cf. Is 24.4,7-9). No títu lo da 
sua série de oráculos de ju lgam ento , Amós também disse que o 
ju lgam ento do Senhor ocasionaria seca (Am 1.2). Pelo visto, a seca 
compendiava as maldições que vinham sobre as nações por rebelião 
contra o Suserano” (ZUCK, Roy B. Teo log ia do A n tigo Testam ento .
1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, p.446).
L iç õ e s B í b l ic a s 31
O b a d ia s — O P r i n c í p i o 
d a R e t r i b u i ç ã o
“Porque o dia do SENHOR está perto, 
sobre todas as nações; como tu fizeste, 
assim se fa rá contigo; a tua maldade 
cairá sobre a tua cabeça” (Ob 1.15).
VERDADE PRATICA
Obadias m ostra que a íei da seme
adura e o p rinc ip io da retr ibu ição
constituem uma realidade da qual
ninguém escapara
H IN O S SU G ER ID O S 106, 227, 262
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 2 5 .2 2 ,2 3
A inim izade desde a gestação
Terça - SI 1 3 7 .7
O clam or pela punição de Edom
Q u a rta - Os 8 .7
Quem semeia vento colhe tempestade 
Q u in ta - Na 1 .3
Deus não terá o culpado por inocente 
Sexta - Gl 6 .7
A lei da semeadura e o princípio da 
retribuição
Sábado - Hb 2 .2
A desobediência receberá jus ta 
retribuição
3 2 L iç õ e s B íb l ic a s
Soberania de Deus e livre-arbítrio são 
temas que geram conflitos e levam m ui­
tos a tomadas de posições extremadas. 
Por conceder o lrvre-αrbítrio ao homem, 
Deus deixa de ser soberano? De maneira 
nenhuma! Isso só denota o seu poder em 
cria r uma pessoa que, sendo imagem e 
semelhança de Deus, decide seguir ou 
não o caminho da justiça . Mas é bem 
verdade que, nalgumas circunstâncias, o 
Eterno intervém sem respeitar o arbítrio 
humano (Ml 1.2,3 cf. Rm 9.14-16). Há 
contradição nisso? De form a alguma! O 
homem continua livre em seu arbítrio e 
Deus eternamente soberano. Nas Sagra­
das Escrituras, o livre arbítrio e soberania 
divina são essencialmente dialogais.
INTERAÇÃO
___________OBJETIVOS____________
Após esta aula, o aluno deverá estar 
apto a:
------------------------------------------------------------------------- a
C o nce itu ar soberania d iv ina e livre 
arbítrio.
E lencar os elementos contextua is 
do liv ro de Obadias.
S a b e r o p r in c íp io da re tr ib u iç ã o 
d ivina.
ΛO RIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
׳׳/
Professor, reproduza o esquema da página 
seguinte no quadro de giz. Utilize-o na 
introdução da auta. Explique que o livro 
de Obadias é constituído apenas de um 
capítulo (1) e v in te e um versículos (21). 
Podemos d iv id i- lo em duas partes prin- 
cipíJs. A primeira parte fala respeito dos 
oráculos contra Edom; e a segunda dos 
oráculos sobre o Dia do Senhor. Expli­
que que o propósito principal do livro é 
mostrar aos israelitas a ira d iv ina contra 
os edomitas. Em seguida pergunte aos 
alunos: “Por que Deus estava irado com os 
edomitas?” Ouça os alunos com atenção e 
explique que o Senhor estava aborrecido 
pelo fa to de eles terem se alegrado diante 
da dor e do sofrim ento de Judá.
O b a d ia s 1 .1 -4 ,1 5 -1 8
1 - Visão de Obadias: Assim 
d iz o Senhor JEOVÁ a respei­
to de Edom: Temos ouvido a 
p regação do SENHOR, e fo i 
enviado às nações um em bai­
xador, dizendo: Levantai-vos, e 
levantemo-nos contra ela para 
a guerra .
2 - Eis que te f iz pequeno 
e n tre as nações; tu és m u i 
desprezado.
3 - A soberba do teu coração 
te enganou, como o que habita 
nas fendas das rochas, na sua 
a lta m orada, que d iz no seu 
coração: Quem me d e rrib a rá 
em te rra?
4 - Se te elevares como águia 
e puseres o teu n inho entre as 
estrelas, d a li te de rriba re i, d iz
0 SENHOR.
1 5 - Porque o dia do SENHOR 
está p e rto , sobre to d a s as 
nações; como tu fizeste, assim 
se fa rá contigo; a tua maldade 
ca irá sobre a tua cabeça.
16 - Porque, com o vós be- 
bestes no m on te da m in h a 
santidade, assim beberão de 
c o n tín u o to d a s as n açõ es ; 
beberão, e engolirão, e serão 
como se nunca tivessem sido.
1 7 - Mas, no m o n te S ião, 
haverá liv ram en to ; e ele será 
santo; e os da casa de Jacó 
possuirão as suas herdades.
18 - E a casa de Jacó será 
fogo; e a casa de José, cham a; 
e a casa de Esaú, pa lha ; e se 
acenderão c o n tra eles e os 
consum irão ; e n inguém m ais 
re s ta rá da casa de Esaú, p o r­
que o SENHOR o disse.
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
L iç õ e s B íb l ic a s 33
soberania divina, existe uma auto- 
limitação suficiente para perm itir 
o livre-arbítrio humano.
2. L iv re -a rb ítr io . A von ta ­
de de Deus é que todos sejam 
salvos (Ez ]8 .2 3 ,3 2 ; Jo 3.16; ו 
Tm 2.4; 2 Pe 3.9). Entretanto, não 
são poucos os que se 
perderão. Tal acontece 
ju s ta m e n te pelo fa to 
de sermos livres, auto- 
conscientes e, por isso, 
responsáveis diante de 
Deus por nossos atos (Ec
i 2.1 3,14). Isso se expli­
ca pelo livre-arbítrio, e não significa 
negar a soberania divina. Trata-se da 
liberdade humana. Deus é soberano 
em todo o Universo e, por seu amor 
e poder, preserva sua criação até a 
consumação de todas as coisas (Ne 
9.6; Hb 1.2,3).
SIN O PSE D O T Ó P IC O <1>
O liv re -a rb ítr io não nega a 
soberania divina; pelo contrário, 
a confirma.
R E S P O N D A
/. O que é a soberania divina?
I I . O L IV R O DE O B A D IA S
1. Contexto histórico. A vida 
pessoal de Obadias é desconheci-
PALAVRA-CHAVE
Soberania:
Qualidade ou 
condição de 
soberano.
INTRODUÇÃO
A soberania divina é um tema 
importante e atual, porque lembra- 
nos que Deus está no controle de 
tudo e que toda ação 
humana está exposta 
diante de seus olhos. A 
lei natural da semeadu- 
ra ilustra o princípio da 
| re tr ibu ição no campo 
| espiritual, e éjustamen- 
' te essa a m ensagem 
que encontramos no livro do pro­
feta Obadias, em seus oráculos 
contra Edom.
I. A S O B E R A N IA DE D EU S
1. C o n c e ito . A soberan ia 
d iv in a é o d ire ito a bso lu to de 
Deus governar totalmente as suas 
criaturas segundo a sua vontade 
(SI 1 1 5.3; Is 46.1 0). Calvinistas e 
arminianos concordam com esse 
conceito. A diferença entre ambos 
acerca da soberania está apenas 
no exercício desta.
Segundo os calvinistas, não 
há lim ite para o exercício desse 
governo, de modo que a vonta­
de d ivina não pode ser anulada. 
Os arm in ianos, por outro lado, 
a dm item que, no exerc íc io da
Λ
E S B O Ç O D O L I V R O DE O B A D IA Sr
Parte I: Oráculos contra Edom (vv. 1-14.1 5b)
w . 1 - 9 ....................... ........................ Orgulho e destruição de Edom
w . 1 0 -1 4 .............*........................... Traição de Edom contra Judá
v. 1 5 b .................................................Condenação de Edom
Parte II: Oráculos sobre o Dia do Senhor ( w . 15a. 16-21)
w . l 5a., 1 6 ......................................Julgamento das nações
w . 1 7 ,1 8 ...........................................Volta e restauração de Israel
w . ] 9-2 1 ........................................... Apêndice: Volta e restauração de Israe
3 4 i .iç õ l s B í b l ic a s
REFLEXÃO
Ά soüerania d ivina é o dire ito 
absoluto de Deus governar 
totalm ente as suas cria tu ras 
szgundo a sua vontade.” 
Esequias Soares
Profetas um só livro, a citação de 
Obadias, em o Novo Testamento, 
é apenas indireta.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )
Com apenas vinte e um versí­
culos, Obadias é o livro mais curto 
do Antigo Testamento.
R E S P O N D A
2. Qual o tema do liv ro de Oba- 
d ias?
I I I . E D O M , O P R O F A N O
1. O r ig e m . Os e d o m ita s 
eram descendentes de Esaú. Por 
causa do guisado que Jacó usou 
para comprar de Esaú a sua primo- 
genitura, o nome da tr ibo passou 
a ser “ Edom” que, em hebraico, 
significa “verm elho” (Gn 2 5.30).
Eles povoaram o monte Seir 
(Gn 33.16; 36.8,9,21) e, rapida­
mente, transformaram-se em uma 
poderosa nação (Gn 36.1-43; Êx 
15.15; Nm 20.14). Seu rei negou 
passagem a Israel por seu território, 
quando os filhos de Jacó saíram do 
Egito e peregrinavam no deserto a 
caminho da Terra Prometida. Mes­
mo assim, Deus ordenou aos isra­
elitas que tratassem 05 edomitas 
como a irmãos (Dt 23.7). Contudo, 
o ódio de Edom contra Israel cres­
ceu e atravessou séculos.
2. O Deus soberano . “As­
sim diz o Senhor JEOVÁ a respeito
da. O profeta apresenta-se apenas 
com o seu nome, sem oferecer 
nenhum a in fo rm ação ad ic iona l 
(família e reinado sob o qual viveu 
e profetizou). Ele simplesmente diz: 
"Visão de Obadias” (v. 1).
A data em que exerceu o seu 
m in istério é uma das mais d ispu­
tadas entre os estudiosos: vai de 
848 a 460 a.C. Tudo indica que 
os versículos 10 a 14 refiram-se 
à destruição de Jerusalém por Na- 
bucodonosor, rei de Babilônia, em 
587 a.C. Portanto, qualquer data, 
nesse período, como 585 a.C. por 
exemplo, é aceitável.
2 . E s t r u tu r a e m e n s a ­
gem . Com apenas 21 versículos, 
Obadias é o livro mais curto do 
Antigo Testamento. Excetuando- 
se a in trodução, o seu estilo é 
poético. O tex to divide-se em três 
partes principais: a destruição de 
Edom (vv. 1 -2); a sua maldade (vv. 
10-14) e o dia do Senhor sobre 
Edom, Israel e as demais nações 
(vv. 1 5-21).
O tema do livro é o ju lgam en­
to d iv ino contra Edom. Obadias, 
po rém , não é o ú n ico p ro fe ta 
in c u m b id o de a nu nc ia r a c o n ­
denação dos filhos de Esaú (Is
21.1 1,1 2; Jr 49.7-22; Ez 2 5.1 2-1 4; 
Am 1.1 1,1 2; Ml 1.2-5).
3. Posição no C ânon. Em 
nossa Bíblia, Obadias situa-se en­
tre Amós e Jonas. O critério para 
a ordem desses livros é ainda des­
conhecido. Sabe-se, todavia, que 
não foi baseado na cronologia. Há 
quem jus t if ique tal posição pelo 
slogan “o dia do SENHOR” (v.l 5; 
Am 5.20) e pela afirmação de que 
a casa de Jacó possuirá a herdade 
de Edom (v.l 7; cp. Am 9.1 2).
D ev id o ao C ânon Juda ico 
cons idera r a coleção dos Doze
L iç õ e s B íb l ic a s 3 5
pois Deus re d u z irá (com o de 
fato, reduziu) Edom a um povo 
insignificante e desprezível entre 
as nações, até que este veio a 
desaparecer (v.2b).
5. O o rg u lh o leva à ru ína . 
Por viverem nas cavernas m onta­
nhosas de Seir (v.3), os edomitas 
confiavam na segurança que lhes 
proporcionava a topografia de seu 
te rr itó r io - uma fortaleza natural­
mente inexpugnável. Edom não 
sabia que aquilo que é inacessível 
ao homem é acessível a Deus (v.4). 
A arrogância humana é insupor­
tável, mas a soberba espiritual é 
repugnante; os que assim agem 
estão destinados ao fracasso (Pv 
16.18; 1 Pe 5.5).
SINO PSE D O T Ó P IC O (3 )
A a rro g â n c ia hum ana e a 
soberba e sp ir itu a l levaram os 
edomitas à ruína.
R E S P O N D A
3. Quem é o pa i dos edomitas?
4. O que sign ifica o uso do "perfe i­
to p ro fé tico ”?
IV. A R E T R IB U IÇ Ã O D IV IN A
1. O p rin c íp io da re tr ib u i­
ção. Retribuição significa “pagar 
na mesma moeda". Tal princípio 
acha-se na Lei de Moisés (Êx
21.23-25; Lv 24.1 6-22; Dt 1 9.21). 
Segundo Charles L. Feinberg, a 
passagem com preend ida entre 
os ve rs ícu los 10 até 14 pode 
ser chamada de o “boletim de 
ocorrência” dos crimes cometidos 
pelos edomitas contra os judeus. 
O acerto de contas aproxima-se, 
e Deus fará com os edomitas o
REFLEXÃO
Deus ju lg a rá e p un irá 
com r ig o r a todos os que 
maltratarem seu povo.” 
Bíblia de Estudo 
Aplicação Pessoal
de Edom” (v. 1). Esta chancela des­
taca a soberania de Deus sobre os 
povos e reis da terra. Apesar de 
Edom não ser reconhecido como 
povo de Deus, o Eterno tinha legí­
tima autoridade sobre ele.
3. Preparativos do assédio 
a Edom (v .lc ) . A expressão: “te ­
mos o i'v ido a pregação” parece in­
dicar que Obadias falava em nome 
de outros profetas 0 r 49.14). Ele 
ouviu o oráculo d ivino e soube de 
um embaixador que fora enviado 
aos povos viz inhos para ajuntá- 
los em guerra contra Edom. Tal 
embaixador não era profeta, mas 
um d ip lom ata de alguma nação 
inim iga dos edomitas.
4 . O r e b a ix a m e n to de 
Edom . No Antigo Testamento he­
braico, existe um recurso retórico 
que consiste em um acontecimen­
to fu turo , que é descrito como se 
já tivesse sido cumprido. Por isso, 
o p ro fe ta emprega o verbo no 
passado: “Eis que te fiz pequeno 
entre as nações” (v.2a).
Esse recu rso é co nh ec id o 
como perfe ito p ro fé tico (não se 
tra ta de um perfe ito gramatical 
especia l). Seu em prego , aqui, 
ind ica o cu m p rim e n to certe iro 
da ameaça quan to à sucessão 
dos dias e das noites. Ou seja, o 
Lfato é descrito como já realizado,
3 6 L iç õ e s B íb l ic a s
m
m
que consum irá a casa de Esaú 
indica a destruição total de Edom. 
O orgulho e o ódio dos edomitas 
contra os seus irmãos judeus os 
levaram à ruína defin itiva.
SINO PSE D O T Ó P IC O (4 )
O p r in c íp io da re tr ibu ição 
acha-se na lei de Moisés e se con­
firm a no princípio da semeadura 
em o Novo Testamento.
R E S P O N D A
5. Como Charles L. Feinberg cias- 
s ifica os versículos 10 a 14 de 
Obadias?
C O N C L U S Ã O
Assim como ninguém pode 
desafiar as leis naturais sem as 
dev idas conseqüências, não é 
possível ignorar as leis espirituais 
e sair ileso. A retribuição é inev i­
tável, pois “tudo o que o homem 
semear, isso também ceifará” (Gl
6.7). Só o arrependimento e a fé 
em Jesus podem levar o homem 
a experim entar o amor e a miseri 
córdia de Deus (2 Co 5.1 7).
psaen·v..׳
כ ··: , . *
mesmo que eles fizeram a ju d á . 
Nessa profecia, Edom serve de 
parad igm a para outras nações 
(e até pessoas) que igualmente 
procedem (v. I 5).
2. O castigo de Edotr. Os 
edomitas beberam e alegraram-se 
com a desgraça de seus irmãos. 
Mas, agora, chegou a hora de eles 
receberem a sua paga na mesma 
moeda. Os descendentes de Esaú 
provarão do cálice da ira divina 
para sempre (v. 16). É bom lembrar 
que esse princípio vale também 
para indivíduos (jz 1.6,7; Hb 2.2). 
É o princípio da semeadura (Os 
8.7; Cl 6.7).
3. Esaú e Jacó (v. 18). Os 
nomes “Sião” e “Jacó” (v. 17) in ­
dicam Jerusalém e Judá, respec­
tivam ente. E “José” , o Reino do 
Norte form ado pelas dez tr ibos e, 
muitas vezes, identificado como 
'1Israel” e “Efraim” (Os 7.1). José, 
como pai de Efraim (Gn 4 1 .5 0 ­
52), é usado para identificar os 
irmãos do Norte. Assim, a profe­
cia fala sobre a reunificação de 
Judá e Israet (Os 1.1; Ez 37.19). 
A metáfora de Israel como fogo
REFLEXÃO___________
“Assim como o povo de Edom fo i 
destruído po r causa do seu o rgu lho , 
todos os que desafiam a Deus 
tam bém serão aniquilados." 
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
L iç õ e s B íb l ic a s 3 7
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HARRISON, R. K. Tempos do An- 
tígo Testam ento: Um Contexto 
Social, Político e Cultural. 1 .ed. 
Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
MENZ1ES, W illiam W; HCR- 
TON, StanleyM. D o u tr in a s 
B íblicas: Os Fundamentos da 
Nossa Fé. 5.ed. Rio de Janeiro:
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão 
CPAD, n° 52, p. 38.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO׳
ΛRESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. É o dire ito absoluto de Deus go­
vernar tota lmente as suas criaturas
segundo a sua vontade.
2. O ju lgamento divino contra Edom.
3. Esaú.
4 . Um recurso re tórico que cons is ­
te em um acon te c im e n to fu tu ro , 
que é desc r ito com o se já tivesse
sido cum prido .
5 . “ B o le t im de o c o r rê n c ia ” dos 
crimes com etidos pelos edom itas
contra os judeus.
Subsídio Geográfico
“O JuEgamento de Edom
A terra de Edom se estendia 
ao longo das encostas da cadeia de 
montanhas rochosas do monte Seir, 
em direção do golfo de Ágaba e che­
gava quase ao mar Morto. O terrí- 
tório variava de regiões férteis, que 
p ro d u z ia m t r ig o , uvas, f ig o , ro m ã e 
azeitona, a altos picos montanhosos 
separados por desfiladeiros profun­
dos. A meio caminho na principal 
cadeia montanhosa, elevava-se o 
monte Hor, alto e sombrio acima 
do terreno circunvizinho e a curta 
distância da capital Sela ou Petra, 
que se situava em um profundo 
vale cercado por 60 metros de pre­
cipício, acessível somente por uma 
abertura estreita de uns 3,5 metros 
de largura.
Assim, os edomitas habitavam 
literalmente nas fen d as das ro­
chas (3), cuja a posição era prati­
camente impenetrável e inconquis- 
tável. Por muitas gerações tinham 
vivido seguros. Nenhum inimigo 
conseguira entrar pelos caminhos 
estreitos dos desfiladeiros que 
conduziam às principais cidades 
talhadas nas paredes rochosas das 
montanhas.
[A despeito de todos esses 
recursos] Os julgamentos de Deus 
tinham de ser severos. [...] A nação 
seria totalm ente devastada. Os 
descendentes de Esaú, seriam redu­
zido a nada” (C om entário Bíblico 
Beacon. Vol. 5. 1 .ed. Rio de Janeiro: 
CPAD, 2005, pp. 1 31-32).
3 8 L iç õ e s B íb l ic a s
Lição 6
7 7 de Novembro de 2012
J0NAS — 
A M is e r ic ó r d ia D i v i n a
TEXTO ÁUREO
“E Deus viu as obras deles, como se 
converteram do seu mau caminho; e 
Deus se arrependeu do m al que tinha 
dito lhes fa ria e não o fez” (Jn 3 .1 0).
VERDADE PRÁTICA
O relato de jonas ensina-nos o quan­
to Deus ama e está pronto a perdoar 
os que se arrependem.
" H IN O S SUGERIDOS 396 , 406, 414
LEITURA DIÁRIA
Segunda - SI 8 5 .1 0
Justiça e amor no Calvário
Terça - J r 3 1 .3
A grandeza do amor de Deus
Q u arta - Lm 3 .22
As misericórdias de Deus
Q u in ta - M t 1 2 .3 9 ,4 0
O profeta Jonas como figura de Cristo
Sexta - Lc 11 .32
O exemplo dos ninivitas
Sábado - Lc 1 5 .28 30
A “jus t iça ” dc irmão do filho pródigo
L iç õ k s B íb l ic a s 39
Nínive era absolutam ente odiada pe- 
fos judeus. Como cap ita l do im pério 
assírio, ela representava a maldade, 
a crueldade, a impiedade e agudeza 
de um im pério perverso. Mas oA ltíssi- 
mo, cheio de graça e amor, volta seu 
o lha r para aquela cidade im penitente 
e decide enviar-lhe o p ro fe ta Jonas. 
O pro fe ta , sabedor de toda maldade 
pra ticada pelos nin ivítas, resistiu ao 
chamado divino. Entretanto, Deus es­
tava no controle e não dem orou para 
que o p ro fe ta fosse até Nínive levar a 
mensagem de salvação.
Jonas aprendeu uma ex trao rd iná ria 
lição a respeito do g rande a m o r e 
m isericórd ia de Deus. Não podemos 
nos esquecer que a mensagem da sal­
vação é para toda a hum anidade.
INTERAÇÃO
OBJETIVOS
Após esia aula, o aluno deverá esiar 
apto a:
Explicar o contexto histórico, a estru­
tura e a mensagem do livro de Jonas.
Conhecer o atributo da misericórdia 
divina.
C onscientizar-se da perenidade da 
m isericórdia Deus.
\י
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para in troduz ir o p rim eiro tó ­
pico da lição, reproduza o esquema da 
página seguinte. Explique para a tu rm a 
que o livro de Jonas destaca as duas 
principais chamadas de Deus na vida do 
profeta. Na primeira, ele desobedece e 
sofre as conseqüências. Na segunda, ele 
ouve ao Senhor e lhe obedece.
Jonas 1.1-3 ,1 5 ,17 ; 3 .8 -10 ; 
4 .1 ,2 __________________________
Jonas 1
1 - E veio a palavra do SENHOR a 
Jonas, filho de Amitai, dizendo:
2 - Levanta-te, vai à grande cidade 
de Nínive e clama contra ela, porque 
a sua malícia subiu até mim.
3 - E Jonas se levantou pa ra fu g ir 
de diante da face do SENHOR para 
Társis; e, descendo a Jope, achou 
um nav io que ia p a ra Társ is ; 
pagou, pois, a sua passagem e 
desceu para dentro dele, para i r 
com eles para Társis, de diante da 
face do SENHOR.
15 - E levantaram Jonas e 0 lan­
çaram ao mar; e cessou o m ar da 
sua fúria.
1 7 - Deparou, pois, o SENHOR um 
grande peixe, para que tragasse a 
Jonas; e esteve Jonas três dias e três 
noites nas entranhas do peixe. 
Jonas 3
8 - Mas os homens e os animais 
estarão cobertos de panos de saco, 
e clamarão fortemente a Deus, e se 
converterão, cada um do seu mau 
caminho e da violência que há nas 
suas mãos.
9 - Quem sabe se se voltará Deus, 
e se arrependerá, e se apartará do 
fu ro r da sua ira, de sorte que não 
pereçamos?
10 - £ Deus viu as obras deles, 
como se converteram do seu mau 
cam inho; e Deus se arrependeu 
do mal que tinha dito lhes fa ria e 
não o fez.
Jonas 4
1 - Mas desgostou-se Jonas ex­
trem am ente disso e ficou todo 
ressentido.
2 - E orou ao SENHOR e disse: Ah! 
SENHOR! Não fo i isso o que eu dis­
se, estando ainda na minha terra? 
Por isso, me preveni, fugindo para 
Társis, pois sabia que és Deus pie­
doso e misericordioso, longânimo 
e grande em benignidade e que te 
arrependes do mal.
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
40 L iç õ e s B íb l ic a s
2. V ida p essoa l. Jonas se 
apresenta apenas como fi lho de 
Amitai (1.1). Ele é mencionado em 
outras narrativas bíblicas e, por 
essa razão, sabe-se que era pro­
feta do Reino do Norte, natural de 
Gate-Hefer, tendo v iv ido na época
de Je roboão II (2 Rs
14.23-25). Gate-Hefer 
localizava-se na te rra 
de Zebulom Cs 19.13), 
nas p ro x im id a d e s de 
Nazaré da Galileia.
Jonas, que deveria 
ir para Nínive c lam ar 
contra esta cidade, deso­
bedeceu à ordem divina, 
procurando fugir para Társis. É o 
único profeta bíblico, do qual se 
tem notícia, que tentou resistir ao 
Senhor. Ele seguiu em direção opos­
ta. Társis, segundo Herodoto, é a 
mesma Tartessos, na orla ocidental 
do Mediterrâneo, a sudoeste da Es­
panha, ideia aceita pela maioria dos 
pesquisadores bíblicos. Será que 
Jonas não conhecia a onipresença 
de Deus? (SI 139.7-10)
3. Estru tura e m ensagem . 
O livro contém 48 versículos distri-
PALAVRA-CHAVE
M isericó rd ia :
Sentimento de 
solidariedade com 
relação a alguém que 
sofre uma tragédia ; 
compaixão, piedade.
INTRODUÇÃO
A história de Jonas, que fas­
cina crianças e adultos, é mais 
conhecida por narrar a experiên­
cia do profeta no ventre do gran­
de peixe. No entanto, g 
esse acontecimento não 
deve ofuscar o milagre 
maior: a conversão de 
uma cidade pagã. Os 
d o is m ila g re s fo ra m 
mencionados pelo Se­
nhor Jesus e continuam 
a impressionar ao longo י 
da história.
I. O L IV R C D E JO N A S
1. C o n te x to h is tó r ic o .
Salta aos olhos de qualquer le itor 
que Jonas é da época do im pério 
assírio, cuja capita l era Nínive. 
O nome do rei n in iv ita impac- 
tado com a pregação de Jonas, 
segundo se diz, é Adade-Nirari
III, fa lecido em 783 a.C. Nessa 
época, Jeroboão II, f i lho de Joás, 
reinava em Samaria, sobre as dez 
tr ibos do Norte.
ΛA C H A M A D A DE J O N A S
Prim eira cham ada ( 1 . 2 . 1 0 — (ן 
■ 1.] ,2 Chamada de Jonas: ״vai à Nínive”.
■ v .3 Desobediência de Jonas.
■ w . 4 7 ־ו Conseqüências da desobediência de Jonas: para os outros (4-1 1);
para si mesmo (1 2-1 7).
■ 2.1 -9 A oração de Jonas no meio da calamidade.
■ v. 10 O livramento de jonas.
Segunda cham ada (3.1 — 4.11)
■ 3 .1 ,2 A chamada de Jonas: "vai à Nínive".
■ vv .3 ,4 A missão obediente de Jonas.
■ w.5-1 0 Resultados da obediência de Jonas: os ninivitas se arrependem(w.5-9);
os ninivitas poupados do ju ízo d iv ino (v.10).
■ 4.1 -3 A queixa de Jonas.
.vv.4-1 1 A repreensão e a lição de Jonas יי^\
Texto adaptado da “Bibit a de Estudo Pentecostal", editada p d a CPAO.
L iç õ e s B í b l ic a s 41
que atravessou séculos. As Escri­
turas Hebraicas empregam dag 
gadol, “grande peixe” , uma vez 
(1.17 ;2.1), e simplesmente dag, 
“ peixe” , três vezes (1.17; 2.1,10). 
A Septuaginta traduz ketei megalo 
por “grande monstro marinho” , e 
ketos por “monstro m arinho” , a 
mesma palavra usada no Novo 
Testamento grego (Mt 12.40).
2. Interpretação. Não há in­
dício algum no texto para que ele 
possa ser interpretado como ale­
goria, ficção didática, mito, lenda 
etc. Rejeitamos todas essas linhas 
de pensamento, pois o oráculo foi 
entregue a Jonas no mesmo estilo 
dos outros profetas (1.1; Jr 33.1; 
Zc 1.1). Além disso, o Senhor Jesus 
Cristo, a maior autoridade no céu e 
na terra, interpretou o livro como 
histórico, assim como históricos fo­
ram o ministério e a ressurreição do 
Mestre. O Novo Testamento é a pa­
lavra final, e isso encerra qualquer 
questão (Mt 1 2.39-41; 1 6.4).
SINO PSE D O T Ó P IC O (2 )
Em relação ao texto de Jonas 
que fala sobre o “grande peixe”, 
não há indício algum para uma in­
terpretação alegórica, m itológica 
ou lendária.
R E S P O N D A
2. De onde veio a pa lavra “baleia" 
do relato de Jonas?
I I I . A M IS E R IC Ó R D IA 
D IV IN A
1. A conversão dos n i1t;vi- 
tas (3 .8 ,9 ). O curto relato do livro 
dejonas serve como prenuncio da
buídos em quatro breves capítulos. 
Apesar de começar com estrutura 
p ro fé tica (1.1), a mensagem é 
apresentada em estilo biográfico. 
Não deixa, contudo, de ser uma 
profecia da história de Israel, ao 
mesmo tempo em que anunciam o 
ministério, a ressurreição e a obra 
missionária de Cristo (Mt 12.39-41; 
16.4). O tema principal do livro é a 
infinita misericórdia de Deus e a sua 
soberania sobre todas as nações.
SINO PSE D O T Ó P IC O (1 )
O tema principal do livro de 
Jonas é a inefável m isericórd ia 
de Deus e a sua soberania sobre 
as nações.
R E S P O N D A
/. Qual o tema do livro de Jonas?
I I . O G R A N D E PEIXE
1. Baleia ou grande peixe?
Na Bíblia Hebraica e na Septua- 
ginta, o versículo 1 7 é deslocado 
para o capítulo seguinte (2.1). A 
língua hebraica não dispõe de 
termo técnico para “baleia” . Essa 
palavra é usada como resultado 
de uma interpretação tradicional
REFLEXÃO
“Em nossa vida, como Jonas, 
muitas vezes precisamos fazer 
coisas que não gostamos a 
ponto de querer recuar e fugir. 
Mas é melhor obedecer a Deus 
do que desafiá-lo ou fugir." 
Bíblia de Estudo 
Aplicação Pessoal
1
4 2 L iç õ e s B íb l ic a s
I
I
Bíblia de Estudo Palavras-Chave 
Hebraico e Grego (CPAD).
S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )
A m isericórd ia d iv ina alcan­
çou os ninivitas segundo a graça 
do Deus Altíssimo.
R E S P O N D A
3. Qual a explicação quando a Bíblia 
a firm a que “Deus se arrependeu"?
IV. A J U S T IÇ A H U M A N A
1. D e s c o n te n ta m e n to de 
Jonas (4 .1 ) . Jonas fo i bem -su­
cedido em sua missão. Qualquer 
profeta de Israel, ou mesmo al­
gum pregador de hoje, sem dúvi- \ 
da alguma ficaria satisfe ito com o 
resultado do trabalho. A Bíblia não 
revela a razão do descon ten ta ­
mento de Jonas, senão o que o ele 
mesmo afirma, ao d izer que sabia 
que Deus é “piedoso e m isericor­
d ioso , longân im o e grande em 
benignidade e que te arrependes 
[n iham ] do m al” (4.2b).
2. Jonas esperava v ingan­
ça? O império assírio foi um dos 
mais cruéis da história e tinha do­
mínio sobre todo o Oriente Médio. 
Será que Jonas esperava uma vin­
gança como retaliação por terem os
REFLEXÃO
"Não podemos nos esquecer 
que o Deus a quem servim os 
é piedoso e m isericord ioso, 
longânim o e grande em 
benignidade. ” 
Esequias Soares
graça salvadora para todas as na­
ções (Tt 2.1 1). Os n in iv itas foram 
salvos pela graça, pois “creram 
em Deus” (3.5) e “ se converteram 
do seu mau ra m in h o ” (3.10). As 
obras foram conseqüência da sua 
fé no Deus de Israel.
2. O “a rre p e n d im e n to ” de 
Deus. O arrependimento humano 
é mudança de mente e de coração, 
de p io r para melhor. Quando a 
Bíblia fala que “Deus se arrepen­
deu” (3.10), parece confundir-nos 
um pouco, pois Deus é perfe ito e 
imutável, não pode mudar, nem 
a lterar a sua mente (Ml 3.6). A 
explicação para uma declaração 
como essa é a linguagem antro- 
popática, um m odo de falar em 
termos humanos, ou se trata de 
uma questão de ordem exegética, 
que é o nosso caso aqui. Quem 
mudou, na verdade, fo i o povo, 
e nesse caso o perdão é parte do 
plano d iv ino Qr 1 8.7,8).
3. Explicação exegética. O 
tex to sagrado declara que “Deus 
viu as obras deles, como se con­
verteram do seu mau cam inho” 
(3.10a). O ve rbo hebra ico aqui 
é shuv, l ite ra lm ente : “voltar-se, 
retornar” , frequentemente usado 
para ind ica r o a rrep e nd im e n to 
humano. A respeito do “arrepen­
d im ento ” de Deus, que vem na se- 
quência (3.1 0b), o verbo é outro, 
naham, “ter pena, arrepender-se, 
lamentar, consolar, ser consolado” 
(Gn 6.6; 1 Sm 15.1 1; Jr 8.1 8). Essas 
nuanças lingüísticas podem ser 
confirmadas por qualquer pessoa, 
ainda que não conheça uma única 
letra do alfabeto dessas línguas, 
com o auxílio, por exemplo, da
L iç õ e s B íb l ic a s 43
5. Qual a razão do descontentamen­
to de Jonas segundo ele próprio?
C O N C L U S Ã O
Jonas t ra n s m ite -n o s uma 
im portante lição prática. O relato 
em si m ostra a diferença abissal 
entre a bondade d iv ina e a ju s ­
tiça humana. Aos n in iv itas Deus 
fa lou por in te rm éd io de Jonas. 
Hoje, Ele fala através de Jesus, 
que continua a salvar, a curar e 
a batizar com o Espírito Santo (Jo
14.1 6; At 4 .] 2). Ele mesmo disse: 
“ E eis que está aqui quem é maior 
do que Jonas” (Mt 12.41- ARA).
O Mestre operou sinais, p rod í­
gios e maravilhas como nenhum 
o u tro antes ou depo is dele, e 
deu oportun idade de salvação a 
todos (At 10.38). Mesmo assim, 
fo i re je itado pela sua geração 
Go 1.11). Por isso, lançou em 
rosto a incredulidade dos seus 
contem porâneos e e logiou a fé 
dos ninivitas por haverem ouvido 
a pregação do profeta e arrepen­
d ido de seus pecados.
f assírios massacrado o seu povo? O certo é que, ainda hoje, há crentes 
que se incomodam com o retorno à 
Igreja dos que se acham afastados 
do rebanho. Quem não se lembra do 
irmão mais velho do filho pródigo? 
(Lc 1 5.25-32). Às vezes, a bondade 
divina incomoda alguns (Mt 20.1 5).
3. Com preendendo a m ise­
ricó rd ia d iv in a . A misericórdia 
divina é um dos atributos que re­
vela a natureza de Deus (Êx 34.6; 
Jr 3 1.3). O Senhor poupou Nínive 
da destru ição, prorrogou a sua 
ruína, e perdoou os seus m orado­
res. O próprio Jonas, na qualidade 
de desertor, também foi alvo da 
infin ita bondade de Deus.
SINO PSE D O T Ó P IC O (4 )
A ju s t iça humana é rápida 
para julgar, mas a d ivina é longâ- 
mma em perdoar.
R E S P O N D A
4. O que o a trib u to da m isericór­
dia d iv ina revela?
REFLEXÃO____________________
"A mensagem d iv ina de a m o r e perdão não se 
destinava apenas aos judeus. Deus am a a todos os 
povos do mundo. Os assírios não mereciam esse amor,
mas Deus os poupou quando se a rrependeram .”
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
4 4 L iç õ l s B íb l ic a s
VOCABULÁRIO
Antropopatismo: LDo gr. antropos, 
homem; do gr. pathos, sentimentos] 
A tr ibu ição de sentimentos humanos 
a Deus. Figurativamente, encontramos 
várias expressões como esta: a ira de 
Deus, o arrependimento de Deus, etc. 
Tais expressões fo ram usadas para 
que o ser humano viesse a entender 
a ação d iv ina na h is tória sagrada. É 
uma fo rm a de os autores sagrados 
dizerem que o Criador do Universo não 
é ind iferente ao que acontece neste 
mundo; EEe age e reage de acordo com 
a sua justiça e santidade. Deus não é 
um ser destitu ído de sentimentos. Só 
que, nEle, todos os sentimentos são 
in finitam ente perfeitos.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsíd io Teo lóg ico
“Jonas
O livro de Jonas é d ife ren te 
dos outros liv ros dos Profetas Me­
nores. Trata-se de uma na rra tiva 
b ib l io g rá f ic a das experiênc ias do | 
p ro fe ta , e não de uma coletânea 
de mensagens p ro fé ticas . O tem a 
p r io r i tá r io do l iv ro é a graça so­
berana de Deus pelos pecadores, 
i lu s tra da na sua decisão de reter 
o ju lg a m e n to sobre os cu lpados, 
mas a rre p e n d id o s n in iv ita s . Há 
ta m b é m u m a l iç ã o t e o ló g ic a 
im p o r ta n te a ser a p ren d id a o b ­
se rvando as respostas de Jonas 
a Deus. O re tra to do a u to r de 
Jonas é a lta m e n te d e p re c ia t ivo . 
Os padrões dup los de Jonas f iz e ­
ram com que as suas ações lhe 
c o n tra d is s e s s e m os c red os de 
to m e sp ir itua l. Pelo exem p lo ne­
g a t ivo de Jonas, o le i to r aprende 
a não res is t ir à vo n ta d e e d e c i­
sões soberanas de Deus” (ZUCK,
, Roy B (Ed.). T e o lo g ia do A n tig o 
T e s ta m e n to . 1 .ed. Rio de Janeiro:
I CPAD. 2009, p .467).
B IB LIO G R A FIA SU G ER ID A
ZUCK, Roy B (Ed.). T eo lo g ia do 
A n tig o T e s ta m e n to . I.ed . Rio 
de Janeiro: CPAD. 2009.
SOARES, Esequias. O M in is té rio 
P ro fé tic o na B íb lia : A voz de 
Deus na Terra. 1 .ed. Rio de Janei­
ro: CPAD, 2010.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão 
CPAD, n°52. p.39.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. O tema do liv ro é a in fin ita m iseri­
córdia de Deus e a sua soberania sobre
todas as nações.
2. Do resultado de uma interpretação
tradicional que atravessou séculos.
3. A exp licação para uma declaração 
com o essa é a l in g u a g e m a n tro p o - 
pática, um m odo de fa la r em term os
humanos.
4 . Revela a natureza de Deus. 
5. Que Deus é “piedoso e misericordioso, 
longânimo e grande em benignidade e
que te arrependes do mal” .
V
L iç õ f .s B íb l ic a s 4 b
@Lição 7
/ 8 de Novembro de 2012
M iqueias — A Im p o r ­
t â n c i a d a O bed iên c ia
“[...] Tem, porventura, o SENHOR tanto 
prazer em holocaustos e sacrifícios como 
em que se obedeça à palavra do SENHOR?
Eis que o obedecer é melhor do que o 
sacrificar; e o atender melhor é do que a 
gordura de carneiros” (1 Sm 15.22).
LEITURA DIAR9A
Segunda - Dt 10 .2 ,13 ו 
A rejeição do sacrifício formal
T e r ç a - Is 1-15-17
Ritos sem piedade nada valem
Q uarta - M t 12.7
A piedade é maior que sacrifícios
Q uinta - M t 21.28-31
Prática e teoria da obediência
Sexta - M t 2 3 .2 3
O dízimo não substitui a piedade
Sábado - Lc 18.10-14
A lição do fariseu e do publicano
itensssmmm
4 6 L iç õ e s B íb l ic a s
H IN O S SUG ERIDO S 285, 398. 422
A mensagem de Miqueias leva-nos a 
pensar seriamente acerca do tipo de 
cristianismo que estamos vivendo.
INTERAÇÃO
Professor, para aguçar a curiosidade de 
seus alunos, questione-os sobre o signifi­
cado da palavra "rito". Explique que rito é 
“o conjunto de cerimônias e prática litúr- 
gicas que cumpre a função de simbolizar 
o fenômeno da fé”. Enfatize que no tempo 
do profeta Miqueias o povo realizava 
muito bem todo o ritua l levitico. Porém, o 
Senhor não se agradava de suas reuniões 
solenes e sacrifícios, pois os rituais se 
tornaram algo mecânico, sem vida, uma 
simples obrigação religiosa. Cumpriam 
a liturgia, mas não amavam verdadeira­
mente a Deus nem ao próximo. Que nunca 
venhamos a nos esquecer que Deus não 
está preocupado com nossas cerimônias 
religiosas, mas o que Ele espera é que seu 
povo o “adore em espírito e em verdade”, 
que o ame acima de todas as coisas e ao 
próximo, pois toda a lei se resume nessa 
verdade (Mc J 2.29-31).
OBJETIVOS
I
Após a aula, o aluno deverá estar 
apto a:
Explicar a estrutura da mensagem 
de Miqueias.
D efin ir a obediência bíblica.
Conscientizar-se de que o ritual reli­
gioso não proporciona relacionamento 
íntimo com Deus e nem salvação.
\
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para introduzir a lição, reproduza de acor­
do com suas possibilidades, o quadro da 
página seguinte. É importante que os aiu- 
nos tenham uma visão geral da estrutura 
do livro. Explique que a estrutura utilizada 
pelo profeta Miqueias é bem simples de 
entender, pois a sua divisão está basea­
da numa dupla seqüência de ameaças e 
promessas. Ao lermos Miqueias deparamo- 
nos com o juízo de Deus; a mensagem de 
esperança; juízos e misericórdia do Eterno.
L E IT U R A B ÍB LIC A 
EM CLASSE 
Miqueias 1.1-5; 6.6-8
M iq u e ia s 1
1 - Palavra do SEIJHOR que veio 
a Miqueias, morastita, nos dias 
de Jotão, Acaz e Ezequias, reis 
de Judá, a qual ele viu sobre 
Samaria e Jerusalém.
2 - Ouvi, todos os povos, presta 
atenção, ó terra, em tua plenitu­
de, e seja o Senhor JEOVÁ teste­
munha contra vós, o Senhor, des­
de o templo da sua santidade.
3 - Porque eis que o SENHOR sai 
do seu lugar, e descerá, e an­
dará sobre as alturas da terra.
4 - E os montes debaixo dele se 
derreterão, e os vales se fende­
rão, como a cera diante do fogo, 
como as águas que se precipitam \ 
em um abismo.
5 - Tudo isso por causa da pre­
varicação de Jacó e dos pecados 
da casa de Israel; qual é a trans- 
g r es são de Jacó? Não é Samaria? 
E quais os altos de Judá? Não é 
Jerusalém?
Miqueias 6
6 - Com que me apresentarei ao 
SENHOR e me inclinarei ante o 
Deus Altíssimo? Virei perante ele 
com holocaustos, com bezerros 
de um ano?
7 - Agradar-se-á o SENHOR de 
milhares de carneiros? De dez mil 
ribeiros de azeite? Darei o meu 
primogênito pela minha trans­
gressão? O fruto do meu ventre, 
pelo pecado da minha alma?
8 - Ele te declarou, ó homem, 
o que é bom; e que é o que o 
SENHOR pede de ti, senão que 
pratiques a justiça , e ames a be­
neficência, e andes humildemente 
com o teu Deus?
r L ׳ / ( f V־ í. P W .-r־a X
L iç õ e s B í b l ic a s 4 7
Miqueias, assim como os demais 
profetas de Judá, não cita reis do Rei­
no do Norle na introdução de seus 
oráculos. Seu ministério, porém, 
aconteceu no período dos reinados 
“de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de 
Judá” (1.1). Essas datas estão entre 
750 e 686 a.C., mas a soma desses 
anos deve ser reduzida significati- 
vãmente por causa das 
corregências.
O profeta Jeremias 
a f i rm a que a m ensa­
gem de M iqueias foi 
en t re gu e no re inado 
de Ezequias (26.1 8). 
Considerando os últ imos anos de 
Acaz e os primeiros de Ezequias, 
Miqueias deve ter p ro fe t izado 
entre 735 a.C. e 71 0 a.C.
2. Estrutura e m ensagem . 
Trata-se de uma coleção de breves 
oráculos agrupados em sete capítu­
los divididos em três partes princi-
PALAVRa -CHAVE
O bediência:
O ato ou efeito 
de obedecer.
O problema do povo a quem 
Miqueias dir igiu a sua mensagem 
não era falta de liturgia, mas de 
uma correta motivação para se 
adorar ao Senhor. Embora come­
tesse toda a sorte de 
injustiças sociais, a ge­
ração contemporânea 
do p ro fe ta M ique ias 
o ferec ia sacr i f íc ios a 
Deus, praticando todos 
os rituais levíticos, mas 
não sabia o verdadeiro significado 
do amor a Deus e ao próximo.
I. O L IV R O DE M IQ U E IA S
1. Contexto h istórico . Mi-
queiaseradeMoresete-Gate(l .1,14; 
Jr 26.18), cidade localizada a 32 
quilômetros a sudeste de Jerusalém.
IN T R O D U Ç Ã O
ES BO Ç O D O L I V R O DE M I Q U E I A S
C apítu los 1 — 3
Uma série de ju ízo contra Israel e judá :
Introdução (1.1).
Destruição de Samaria (1.2-7).
Destruição de Judá (1.8-1 6).
Pecados específicos do povo (2.1 -1 1): cobiça e orgulho (2.1 -5); falsos profetas (2.6-1 1). 
Vislumbre de um l ivramento (2.12,13).
Pecados dos líderes da nação (3.1-12).
Capítu los 4 — 5
Mensagem de esperança:
Promessa do reino v indouro (4.1 -5).
A derrota dos inimigos de Israel (4.6-13).
O Rei virá de Belém (5.1-8).
O novo reino (5.9-1 5).
Capítu los 6 — 7
Juízo de Deus contra Israel e sua misericórdia f inal: 
Deus contra o seu povo (6.1 -8).
Culpa de Israel e o castigo divino (6.9-16).
O lamento do profeta (7.1-6).
A esperança do profeta (7.7).
Israel será restabelecido ( 7 . 8 3.(־ 1 
\Bènçãos finais de Deus para seu povo (7.14-20).
Te xto a d a p ta d o d a “B íb l ia d e E s t u d o P e n te c o s ta l* , e d ita d a p e la C P A D .
4 8 L iç õ e s B íb l ic a s
A mesma ideia é vista nos en­
sinos de Jesus (Mt 11.15; 1 3.43). | 
Por consegu in te , a obed iênc ia 
deve ser precedida pela compre- I 
ensão e pelo amoroso acatamento 
da mensagem divina (Mt 7.24,26). 
Nesse sentido, ela pode ser defi­
nida como a prova suprema da fé 
e do nosso amor a Deus.
2. A d e s o b e d iê n c ia cCas 
n aç õ es . O Senhor não é uma 
div indade tr ibal, que habita em 
quatro paredes. Ele é o Deus de 
toda a terra e o Soberano de todo
o Universo. Justamente por isso, 
Ele apresenta-se como ju iz e tes­
temunha não apenas contra seu 
povo, Israel e Judá (1.2,5), mas 
também contra todas as nações 
da terra (1.2).
3. A ira d e D eu s s o b re
o p e c a d o ( 1 .3 -5 ) . O p ro fe ta 
d e sc re ve de f o r m a p i to re s c a 
a reação d iv in a c o n t ra o seu 
povo. Numa l inguagem antropo- 
mórfica, o Senhor desce de seu 
santo tem p lo , o céu, para ju lg a r 
Samaria, capital de Israel e, da 
mesma forma, Jerusalém, capital 
de Judá, cujo pecado inf luencia 
to d o o país. O auadro da sua 
m a je s tosa e te r r ív e l p resença 
lembra a ação dos te r rem otos e 
dos vu lcões Qz 5.4; SI 18.7-10; 
Is 64.1-3; Hc 3.6,7).
S IN O P S E D O T Ó P IC O <2)
A obediência deve ser prece­
dida de compreensão e amoroso 
acatamento da mensagem divina.
R E S P O N D A
2. Qual a definição de obediência?
pais (1,2; 3— 5; 6,7). Cada uma das 
partes marca o imperativo: O u v i ” 
(1.2; 3.1; 6.1), que é fraseologia 
similar a de Isaías (4.1-5; Is 2.2-4).
O assunto do l iv ro é a ira 
div ina em relação aos pecados de 
Samaria e de Jerusalém. Miqueias 
dir igiu seu discurso contra a ido­
latria, censurou com veemência a 
opressão aos pobres e denunciou
o co lapso da ju s t i ç a nac iona l 
(1.5; 2.1,2; 3.9-11). Além disso, 
anunciou, de antemão, o local do 
nascimento do Messias, em Belém 
(5.2 cp. Mt 2.1,4-6). O profe ta 
chegou a ser citado pelo Senhor 
Jesus (7.6 cp. Mt 10.35,36).
S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 )
O l i v r o de M iq u e ia s te m 
como assunto principal a ira d i ­
vina sobre os pecados de Samaria 
e Judá.
R E S P O N D A
1. Q ua l o a ssun to do l iv ro de 
Miqueias?
I I . A O B E D IÊ N C IA A D EU S
1. O conceito bíblico de obe­
diência. O verbo hebraico shemá: 
“ouvir, escutar, prestar atenção, obe­
decer” , não significa apenas receber 
uma comunicação ou informação. O 
seu real sentido é mais forte e impe­
rioso: obedecer é acatar ordens de 
autoridade religiosa, civil ou familiar.
O referido verbo é empregado no 
Antigo Testamento para “obedecer” 
em 1 Samuel 1 5.22 eJeremias 42.6. 
É usado, também, em seis das nove 
vezes em que shemá aparece em 
Miqueias (1.2; 3.1,9; 6.1,2,9).
L içõ es B íb l ic a s 4 9
2 .2 7.1 ;5 O problema de Judá .(ו , 1 
não era a falta de rituais e sacri­
fíc ios, mas de uma verdade ira 
conversão a Deus.
3. Sacrifício hum sno (6 .7 ). 
Oferecer o primogênito pela trans­
gressão e o fruto do ventre pelo 
pecado era sinal de com p le to 
desatino do povo. A lei de Moisés 
condena tal prática sob pena de 
morte (Lv 18.21; 20.2-5) e em 
todo o Israel era repulsa nacional 
(2 Rs 3.27). Esse tipo de sacrifício 
só foi praticado por aqueles que, 
em todo Israel eJudá, apostataram- 
se da fé (2 Rs 1 6.3; 21.6; Jr 1 9.5; 
32.35). Todos estavam dispostos 
a oferecer até mesmo o que Deus 
nunca exigiu deles, menos o es­
sencial: sincero arrependimento e 
mudança de vida.
SIN O PSE D O T Ó P IC O (3 )
O ritual religioso não substí- 
tui o relacionamento intenso com 
Deus e, muito menos, proporc io­
na salvação.
R E S P O N D A
3. Qual o significado da pa lavra 
“r ito ” e quais são os dois r itua is do 
cristianism o?
IV. O G R A N D E 
M A N D A M E N T O
1. A von tade de Deus. O
estilo de vida que agrada a Deus 
foi comunicado ao povo desde 
Moisés. Portanto, toda a nação 
tinha o dever de conhecê-lo (Dt 
10.12,13). Daí o porquê da in ­
dagação do profe ta (6.8). Mas 
ninguém estava interessado nis-
I I I I . O R IT U A L R E L IG IO S O
1. O r ito le v ític o . Basica- 
I mente, o r ito é um conjunto de 
I cerimônias e práticas litúrgicas 
I que cumpre a função de simbo- 
I l izar o fenômeno da fé. O termo 
I vem do latim ritus, que significa 
I “ce r im ôn ia rel ig iosa, uso, cos­
I tume, hábito, forma, processo, 
I modo” . O Antigo Testamento usa 
I a palavra para os sacrifícios (Lv 
I 9.1 6; Ed 6.9) e para as festivida- 
I des religiosas (Ne 8 .1 8), tais como
I a Páscoa (Nm 9.14; 2 Cr 3 5.1 3) e
I a Festa dos Tabernáculos (Ed 3.4). 
" A própria circuncisão é também
um ritual (At 1 5.1). Contudo, em 
se tratando do Cristianismo, a li- 
tu rg iaé simples, contendo apenas 
dois rituais: o batismo e a ceia 
do Senhor (Mt 3.15; 26.26-30). 
Esses cerimonialismos, contudo, 
não substi tuem o relacionamento 
sincero com Deus, nem propor­
cionam salvação (1 Sm 15.22; SI 
40.6-8; 51.16,17; 1 Co 1.14-17;
I 1 .28,29).
2. O d iá logo de Deus com
o povo (6 .6 ). O Senhor, através 
do profeta, convida o seu povo 
para uma controvérs ia . O que 
Deus fez de mal para Israel rejeitá- 
Io? (6.1-3). Em seguida, o Eterno 
traz à memória da nação os seus 
bene f íc ios desde o p r in c íp io , 
quando remiu a Israel do Egito 
e protegeu seu povo no deserto 
contra os in im igos (6.4,5). Em 
uma pergunta retórica, o próprio 
Deus antecipa a resposta da na­
ção. A lei estabelecia sacrifícios 
de animais como provisão pelo 
pecado (Lv 9.3) e o azeite para 
certas ofertas de libação (Lv 1.3,4;
5 0 L iç õ e s B íb l ic a s
wt
m
. 
·■
REFLEXÃO
,‘Deus odeia a maldade, a ido la tria , 
a in justiça e os r itua is vazios — e esse 
ódio permanece até hoje.”
Bíblia de Estudo 
Aplicação Pessoal
S IN O P S E D O T Ó P IC O (4 )
O g ra n d e m a n d a m e n to é 
este: amar a Deus acima de todas 
as coisas e ao p ró x im o com o a 
si mesmo.
R E S P O N D A
4. Desde quando o estilo de vida 
que agrada a Deus fo i comunicado 
ao povo?
5. Q ual é a m a io r declaração do 
A ntigo Testam ento?
C O N C L U S Ã O
A lição para todos nós é esta:
O que importa para Deus não é
o que fazemos na Igreja, mas a | 
nossa vivência com a família, o 
que fazemos no trabalho e como I 
relacionamo-nos com a sociedade. I 
Sem o verdadeiro arrependimento I 
e um pro fundo compromisso com I 
Deus, todas as práticas religiosas 
não passam de r ituais vazios e 
com p le tam en te desprov idos de 
va lor espiritual.
so. O povo preferia t i ra r proveito 
da prática das injustiças sociais, 
esperando que o mero ritual do 
sacr i f íc io fosse su f ic ien te para 
autojusticar-se diante de Deus. Es- 
tavam enganados, pois Deus não 
se deleita em sacrifícios n2m em 
rituais exter iores (SI 51.17,18).
2 . O s u m á rio de to d a a lei 
(6 .8 b ). Os três preceitos — prat i­
car a just iça, amar a beneficência 
e andar hum ildemente com Deus
— são considerados pela tradição 
juda ica, desde o século 1 a.C., o 
resumo dos 61 3 preceitos depre­
endidos da lei de Moisés. Essa é 
v is ta por muitos como a m a ior 
declaração do Antigo Testamento. 
Os dois pr imeiros preceitos fa lam , 
do com prom isso hor izonta l com
o nosso próx imo; e o terceiro, de 
comprom isso vert ical com Deus. 
Isso vale para todos os seres hu­
manos e é paralelo ao ensino de 
Jesus: amar a Deus acima de todas 
as coisas e ao próx imo como a nós 
mesmos (Mt 22.37-40).
L iç õ e s B íb l ic a s 51
VOCABULÁRIO
P ito re s c a : D iver t ido , recrea­
tivo.
A ntropom órfica: Conceito que 
visualiza Deus como possuindo 
forma humana.
C o n tro v é rs ia : D ispu ta , p o ­
lêmica.
R e tó ric a : Pergunta que não 
exige resposta.
L ibação: Líqu ido ou m is tu ra 
de líquídos derramados soiire a 
oferta como parte do sacrifício.
B IB LIO G R A FIA SU G ER ID A
ZUCK, Roy B (Ed.).Teo log ia do 
A n tig o Testam ento , ).ed. Rio 
de Janeiro: CPAD. 2009. 
SOARES, Esequias. O M in is té ­
r io P rofético na Bíblia: A voz 
de Deus na Terra. l .ed. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2010.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão 
CPAD. n° 52, d .39.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. O assunto do livro é a ira d ivina 
em relação aos pecados de Samaria
e de Jerusalém.
2. É acatar ordens de au to ridade
religiosa, civil ou familiar.
3. Cerimônia religiosa, uso, costume, 
hábito, forma, processo, modo. Eos 
dois rituais do cr is tian ism o são o
batismo e a ceia do Senhor.
4 . Desde Moisés. 
5. Os três preceitos — praticar a 
justiça, amar a beneficência e andar 
humildemente com Deus.
■ Subsidio Teológico
“Os profetas Isaías, Miqueias,
I Amós e Oseias foram contempo- 
râneos, o m ן in is tér io de cada um
I deles começou entre 760 e 735
I a.C. Eles v iveram no período do
I esplendor pro fé t ico dos hebreus.
I Isaías era profeta da corte e con-
I selheiro da casa real, ao passo que
I Miqueias era p ro fe ta do campo.
I A m b o s eram do Reino do Sul,
I capita l Jerusalém. Oseias e Amós
I exerceram seu m in is tér io no reino 
™ do Norte, em Samaria.
O títu lo de cada livro profético 
nem sempre quer d izer ser ele o 
seu redator ou mesmo o orador que 
pronunciou tais oráculos. A profecia 
escatológica sobre Sião, em Isaías 
2.3, reaparece em Miqueias. Ambos 
foram contemporâneos e p ro fe t i ­
zaram em Judá, sendo que Isaías 
era profeta da corte, na capital, e 
seu companheiro do campo, mas é 
difícil saber a fonte literária original” 
(SOARES, Esequias. O M in is té rio 
Profético na Bíblia: A voz de Deus 
na Terra. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD,
5 2 L.iç õ e s B íb l ic a s
______________________m₪₪ÊÊ₪Ê₪₪₪₪mm₪₪₪a₪etm
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
׳׳/
Subsidio Teológico
“ [...] Miqueias previu urria segunda vinda de Davi (cf. Jr 30.9; Ez 
34.23,24; 37.24,25). Ao que parece, este é o significado da famosa 
profecia registrada em Miqueias 5.2: Έ tu, Belém Efrata, posto que 
pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em 
Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias 
da eternidade’. A associação do fu turo rei com Belém e a referência 
às suas origens estarem nos tempos antigos dão a entender que a 
reaparição do próprio Davi está em vista. Claro que esta é uma pre- 
dição messiânica. Outros profetas (por exemplo, Isaías em Is 9.6,7;
1 1 .0 1, e a revelação bíblica subsequente deixam claro que estas (ן 
referências a Davi se cumpriram no Messias que, como o Filho de 
Davi, reinará no espírito e poder do seu ilustre antepassado.
Em Miqueias 5.2, a atenção é dada à insignif icância relativa de 
Belém entre os clãs de judá. Ironicamente, o rei escolhido do Senhor 
surgiria desta pequena cidade. Este padrão de Deus elevar o pequeno 
e insignificante ocorre em outros textos do Antigo Testamento (Gn
2 5.23; 4 8 . 4 .(Jz 6.1 5; 1 Sm 9.21 ;ו 
Este rei, que surge de tais origens humildes, protegerá o povo 
como um pastor (o mesmo foi d ito acerca de Davi; 2 Sm 5.2; SI 
78.71,72). Reinando pelo poder do Senhor, a sua fama alcançará 
proporções universais (Mq 5.4). Ele e o vice-regente evitarão que o 
mais poderoso dos inimigos de Israel (simbolizado aqui pela Assíria,
o in imigo tradicional de Israel) invada a terra (Mq 5.5,6).
Junto com a restauração do rei davídico, Miqueias também 
profetizou uma reversão na sorte de Jerusalém. Miqueias advert iu 
que esta cidade, escolhida por Davi como capital e local do templo 
do Senhor, seria sujeita ao sítio (Mq 5.1) e reduzida a entulhos (Mq 
3.12). Ele personif icou a cidade em sua humilhação como uma 
mulher em trabalho de parto, estorcendo-se em agonia para dar à 
luz (Mq 4.9,10). Da perspectiva do exílio, Jerusalém personificada 
reconhece a just iça do castigo de Deus e prevê o dia da just if icação 
e restauração (Mq 7.8-1 2). Uti l izando a imagem de Miqueias 4.9,1 0,
o profeta comparou a volta do povo exilado em Sião a dar à luz (Mq 
5.3). No futuro, o Senhor livraria Jerusalém dos que a atacavam (Mq
4.1 1-13)” (ZUCK, Roy B (Ed.). Teo lo g ia do A n tig o Testam ento ,
l .ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, p.444).
Lição 8
25 de Novembro de 2012
N a u m — O L im it e d a 
T o l e r â n c ia D iv in a
TEXTO ÁUREO
“Disse mais: Ora, não se ire o Senhor que 
ainda só mais esta vez falo: se, porventura, 
se acharem ali dez? E disse: Não a destrui­
rei, por am or dos dez” (Gn 18.32).
VERDADE PRÁTICA
No tem ן po estabelecido por Deus,
: cada nação, e cada ind iv íduo em 
part icu lar, pcssará pelo c r ivo da 
, just iça divina.
. . . Λ
H IN O S SU G ER ID O S 204, 372, 458
-yvr־׳*
Segunda - Gn 1 8 .2 0
O pecado de Sodoma e Comorra
Terça - SI 1 8 .2 5 ,2 6
Deus faz just iça aos jus tos e ímpios
Q u a rta - Is 1.9
O exemplo do ju ízo div ino
Q u in ta - Ez 14.1 3
O ju ízo d iv ino à nação pecadora
Sexta - M t 1 1 .2 3 ,2 4
A ruína de uma cidade orgulhosa
Sábado - Rm 11 .2 2
A bondade e a severidade de Deus
5 4 L ic õ e s B íb l ic a s
LEITURA DIÁRIA
SBBS^SnS9W^CM0i
INTERAÇÃO
Nínive na vi a p rovado da graça e aa 
m isericó rd ia do Senhor, No tempo de 
Jonas, o povo n in iv ita a rrependeu- 
se dos seus pecados e p ro s to u -se 
peran te o Eterno, confessando a sua 
ig n o m ín ia . A ssim , o povo recebeu 
de Deus o perdão dos seus pecados. 
Aquela nação fo i salva do ju íz o d iv i­
no! Mas o tem po passou e depois de 
aproxim adam ente um século e meio, 
a nova geração de Nínive esqueceu- 
se do passado de q u e b ra n ta m e n to 
ao Senhor. Ela vo ltou p eca r co n tra 
Deus com re q u in te s de c rue ldade , 
perversidade e m align idade. Por isso 
o p ro fe ta Naum vocifera: “A i da cidade 
ensangüentada! Ela está toda cheia de 
m entiras e de rap ina ! Não se a pa rta 
dela o roubo". A gora o ju íz o d iv ino 
sobre Nínive seria irreversíve l.
OBJETIVOS
-----------------------------------------------------------ן
Após a aula, o aluno deverá estar 
apto a:
E x p l i c a r o co n te x to h is tó r ico do 
livro de Naum.
A p o n t a r os limites entre tolerância 
e vindicação.
C o n s c ie n t iz a r - s e da existência do 
ju ízo div ino.
Λ
ORSENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o quadro da pág i­
na seguinte. Utilize-o na in trodução da 
lição. Explique que o l iv ro de Naum é 
cons titu ído por três capítu los. O p r im e i­
ro descreve a natureza de Deus. O se­
gundo proclam a o ju íz o im inen te sobre 
a c idade de Nínive. E o te rce iro a lis ta os 
pecados de Nínive, te rm inando com um 
quadro de ju lg a m e n to d iv in o já executa­
do. Conclua en fa tizando que no tem po 
de Deus, cada nação, e cada ind iv íduo, 
passará pelo crivo da ju s t iç a d iv ina.
L E IT U R A B ÍB L IC A 
EM C LASSE 
N aum 1.1-3 ,9-14
I - Peso de Nínive. L ivro da 
visão de Naum, o elcosita.
2 - 0 SENHOR é um Deus 
zeloso e que tom a vingança;
0 SENHOR tom a vingança e é 
cheio de fu ro r; o SENHOR toma 
vingança contra os seus adver­
sários e guarda a ira contra os 
seus inim igos.
3 - 0 SENHOR é tard io em ira r- 
se, mas grande em força e ao 
culpado não tem p o r inocente; o 
SENHOR tem o seu caminho na 
torm enta e na tempestade, e as 
nuvens são o pó dos seus pés.
9 - Que pensais vós contra o 
SENHOR? Ele mesmo vos consu­
m irá de todo; não se levantará 
p o r duas vezes a angústia.
10 - Porque, a inda que eles se 
entrelacem como os espinhos 
e se sa tu rem de vinho como 
bêbados, serão in te iram en te 
consumidos como palha seca.
I I - De ti saiu um que pensa 
m al contra o SENHOR, um con­
selheiro de Belial.
1 2 - Assim d iz o SENHOR: Por 
mais seguros que estejam e por 
m ais num erosos que sejam , 
ainda assim serão exterm ina­
dos, e ele passará; eu te a flig i, 
mas não te a flig ire i mais.
1 3 - Mas, agora, quebrare i o 
seu ju g o de cima de t i e rom ­
perei os teus laços.
1 4 - Contra ti, porém, o Senhor 
. deu ordem , que m ais ninguém 
do teunome seja semeado; da
1 casa do teu deus exterm inare i 
as imagens de escultura e de 
fundição; a li fa re i o teu sepul-
L cro, porque és vil.
L iç õ e s B íb l ic a s 5 5
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de que dispomos ainda não são 
conclusivas. As opiniões dos eru­
ditos são divergentes. Elas variam 
entre o assédio de Jerusalém, em 
701 a.C., por Senaqueribe, rei da 
Assíria (2 Rs 18.13) até as refor­
mas rel ig iosas p ro tagon izadas 
por Josias, rei de Judá, em 621 
a.C. (cf. 2 Rs 22.1— 23.37; 2 Cr
34.1— 35.27).
a) O rigem do p ro fe ta . A l ­
guns estudiosos acreditam que
“elcosita” (v. lc) refere- 
se a um a c idade da 
Assír ia, s i tuada a 38 
quilômetros de Nínive, 
em Al-kush, ao norte 
do atual Mossul, Iraque. 
Tal informação é a me­
nos provável, visto que, 
desde a antiguidade, a cidade de 
Cafarnaum — na Galileia, casa de 
Jesus (Mt 9.1; Mc 2.1), cujo nome 
signif ica “aldeia de Naum” — é 
apontada como local de nascimen­
to do profeta.
b) Período aceitável. Em 612 
a.C. a cidade de Nínive foi destru- 
ida. A profecia menciona também
o desmoronamento de Nô-Amon
PALAVRA-CHAVE
Tolerância:
Ato ou efeito de 
to le ra r; indulgência , 
condescendência.
Quando Naum anunciou o 
seu oráculo contra Nínive, já fazia 
um século e meio que Deus havia 
dispensado a sua misericórdia à 
grande, poderosa e perversa cida­
de. No tempo de Jonas, o Senhor 
compadecera-se dos n in iv i tas , 
poupando-os de im inente des­
tru ição. In fe l izmente , 
o tempo passou e eles 
vieram a se esquecer do 
perdão divino, voltando 
a pecar contra Deus. Por 
isso, o profeta Naum 
proclama a ruína inevi­
tável de Nínive. Agora, 
o juízo div ino é irreversível!
IN TR O D U Ç Ã O
I. O L IV R O DE N A U M
1. C o n t e x t o h i s t ó r i c o .
Naum, à semelhança de outros 
pro fe tas menores, não possui 
a biografia. Ele apresenta-se apenas 
H como o “elcosita”. O reinado no
- qua1 profetizou não é mencionado 
f (v. i b). As escassas informações
I ___________________________________________
.־־
ESBO ÇO D O L IV R O DE N A U M 
T ÍTU L O (1 -1 ) — PESO DE NÍNIVE
I. A N a tu reza de Deus e do Seu Juízo (1.2-1 5).
Características da Administração da Justiça de Deus (1.2-7) 
A Ruína Iminente de Nínive ( 1 .8 - 1 1 .1 4 ) .
Consolo para judá (1 .1 2,1 3,1 5)
II. Vaticínio a Respeito da Queda de N ín ive (2.1-1 3)
Introdução (2.1,2).
O Combate Armado (2.3-5).
A Cidade é Invadida e Devastada (2.6-1 2).
A Voz do Senhor (2.1 3).
III. Razões da Q ueda de N ínive (3.1-1 9)
Os Pecados da Crueldade de Nínive (3.1 -4).
A Justa Recompensa da Parte de Deus (3.5-19).
Texlc ada p tad o da ־B íb l ia de E s tu d o P e n te c o s ia i־, ed itada p e la CPAD.
56 Licãss B íb licas
3• 
v י
,: 
1 
 a׳
»μ
η
*
j proclama o início de sua ruína.
O s u b s t a n t i v o h e b ra ic o pa ra i 
“ p e s o ” é m assá que s ig n i f i c a 
“ carga, fa rdo , s o f r im e n to ” (Êx 
23.5; Nm 11.11,17) bem como 
“sentença pesada, oráculo, p ro ­
nunciamento, pro fec ia” (Hc 1.1;
Zc 9.1; 12.1). Ela aponta para a 
proclamação de um desastre (Is 
14.28; 23.1; 30.6).
S IN O P S E D O T Ó P IC O < 1)
O tema do l ivro de Naum é a 
“queda de Nínive” . Ele descreve o 
ju ízo de uma cidade que del ibera­
damente rebelou-se contra Deus.
R E S P O N D A
/. Qual cidade é apontada como 
local do nascim ento de Naum?
2. Q ua / o a ssu n to do l iv ro de i 
Naum?
I I . T O L E R Â N C IA 
E V IN D IC A Ç Ã O
1. V in g a n ç a (v .2 ) . A m e n ­
sagem de Naum é o ju í z o d iv in o | 
sobre Nínive. Aqu i, sobressaem 
os a t r ib u to s d iv in o s p e r t in e n ­
tes ao tem a. O ve rbo hebra ico 
naqam , “ v ingar-se , to m a r v in -11 . λ fgança , aparece tres vezes so 
neste v e rs íc u lo e p rec isa ser 
d e v id a m e n te c o m p r e e n d id o . 
V in ga n ça é o cas t igo im p o s to 
por dano ou o fensa; d iz respe i­
to a in f ra to res con tum azes da 
lei d iv ina . V is to que a v ingança 
pertence a Deus (SI 94.1), contra 
eles está o ju s to “Juiz de toda a 
te rra" (Gn 1 8.25).
2 . L o n g a n im id a d e . Deus 
é com pass ivo e “ta rd io em irar- 
se” (v.3a), pois a longan im idade
como fa to com provado h is to r i ­
camente (3.8-10). O rei assírio, 
Assurbanipal, destru iu a cidade 
egípcia de Nô em 663 a.C. De 
acordo com essas informações, 
podemos considerar 663 a 612 
a.C. como um período histór ico 
s ig n i f i c a t iv o para s i tu a rm o s o 
m in istér io profét ico de Naum.
c) Nínive (v .l) . Nínive era a 
antiga capital do impér io assírio. 
Suas ruínas estão localizadas ao 
norte do Iraque. É uma das c ida­
des pós-di luvianas fundada por 
N inrode, descendente de Cuxe 
(Gn 1 0.8-1 1), por vo lta de 4500 
a.C. — tornando-se proeminente 
antes de 2000 a.C. O rei assírio, 
Senaquenbe (705 - 681 a.C.), 
fo r t i f ic o u a c idade, g a ran t indo 
assim o apogeu da capital assíria.
0 Senhor rcfere-se a ela como a 
“grande c idade” (Jn 1.2; 3.2). A 
crue ldade do povo n in iv i ta era 
indescr i t íve l e essa foi a fama 
que os acompanhou durante toda 
a história.
2 . E s tru tu ra . O “ Livro da 
visão de Naum” (v.l b) consiste em 
três breves capítulos. O capítulo
1 divide-se em duas partes p r in ­
cipais: a p rim e ira é um salmo de 
louvor a Jeová (vv. 2-8); a segun­
da, num estilo poético, anuncia 
o castigo dos seus in im igos (vv. 
9-14), sendo que o versículo 15 
é parte do capítu lo 2 na Bíblia 
Hebra ica . O se gu nd o ca p í tu lo 
anuncia o assédio e a destruição 
de Nínive. E o terceiro o “ boletim 
de ocorrênc ia ” dos m ot ivos de 
sua queda.
3 . M en s ag e m . O tema do 
l iv ro é a “queda de N ín ive ” . A 
expressão “peso de Nín ive” (v. 1 a)
L iç õ e s B íb l ic a s 5 7
I I I . O C A S T IG O 
D O S IN IM IG O S
1. Q u em são os “ in im i­
gos”? Os assírios eram os “ in imi­
gos” e a expressão “peso de Nínive” 
(v. 1) — referindo-se à capital da 
Assíria — o confirma. A ausência 
da indicação desse povo (w. 9-1 4) 
também ensina as nações, ao longo 
da história, que sentenças similares 
às da Assíria são aplicáveis a qual­
quer povo que se levantar contra 
Deus. Por essa razão a queda dos 
assírios foi definitiva (v.9).
2 . O e s t ilo de N au m . O 
l ivro do profeta Naum é rico em 
metáforas. O exército assírio é 
comparado a um emaranhado de 
espinhos e aos bêbados embriaga­
dos com vinho (v. 1 0), significando 
que Deus enfraqueceu o poder 
de Nínive e que os ninivitas são 
uma “presa fácil” . Por esse mesmo 
motivo, Nabopolassar, rei de Babi­
lônia e pai do rei Nabucodonosor, 
entrou na cidade em 61 2 a.C. sem 
resistência alguma dos assírios.
3. R em iniscências h is tó r i­
cas? Alguns expositores bíblicos 
pensam que o “ conse lhe iro de 
Belial” (w . Ί 1,1 2) é uma referência 
a Senaqueribe (2 Rs 1 8.1 3). É ve­
rossímil que o versículo 1 4 pareça 
aplicar-se a ele (2 Rs 18.36,37), 
pois a reminiscência histórica é 
com um em muitas mensagens 
proféticas. Entretanto, não é o que 
parece aqui, pois provavelmente 
a expressão “ mais n inguém do 
teu nome seja semeado” (v. 14), 
aluda à falta de herdeiro no trono, 
denotando o fim do império. Tal 
sentença indica o caráter def in i t i ­
vo do castigo div ino.
d iv ina espera o a rrepend im ento 
do pecador (Rm 2.4-6). Todavia, 
isso não é s inôn im o de im p u n i ­
dade, pois a ju s t iça do Eterno 
não permite tom ar o culpado por 
inocente . Uma vez que Nínive 
pe rs is t iu em sua maldade e a 
Assíria constru iu o seu impér io 
pela v io lência e desrespeito aos 
d ire itos humanos, massacrando 
m uitos povos, dentre eles o de 
Judá e o de Israel, agora essas 
m esm as nações se a le g ra rã o 
com a queda e a humilhação da 
cidade maléfica (3.5-7).
3 . O p o d e r de D eu s . As 
descrições poéticas dos atributos 
divinos estão ligadas ao poder e 
a majestade de Deus (1.3-8). O 
profeta declara que o Senhor “tem
o seu caminho na tormenta e na 
tempestade" (v.3).Em linguagem 
metafórica, o poder, a grandeza e a 
majestade do Senhor são descritos 
alravés da força da natureza. Essas 
descrições mostram que a espera 
do Eterno em punir os ninivitas não 
se deu por falta de poder, mas por 
causa de sua longanimidade.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )
Deus é to le ran te , com pas­
sivo, pois espera o a r rep e nd i ­
m e n to do pecado. Todav ia , a 
sua jus t iça não permite to m a r o 
cu lpado per inocente.
R E S P O N D A
3. O que é vingança e qual a ne­
cessidade de sua aplicação?
4. O que m o s tra a d e sc riçã o 
p o é tic a dos a t r ib u to s d iv in o s 
lig a d o s ao seu p o d e r e à sua 
m ajestade?
5 8 L iç õ e s B íb l ic a s
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R E S P O N D A
5. Quem são os “in im ig o s ” em 
Naum?
C O N C L U S Ã O
Assim com o o ju íz o d iv ino 
! puniu a capital da perversa As­
síria, assim tam bém acontecerá 
r.o dia da ira de Deus, quando 
Ele punirá a todos, indivíduos e 
nações, que, reje itando a sua m i­
sericordiosa graça, perseveraram 
na prática do mal.
Nesse dia, todos prestarão 
contas de seus atos diante dEle. 
É o que adverte o própr io Senhor 
através de seus profetas. Con tu ­
do, a porta da graça está aberta, 
oferecendo gratu itamente, a toda 
as nações, ampla oportunidade de 
arrependimento e salvação atra­
vés de Jesus Cristo (2 Pe 3.9).
4 . A consolação de Judá.
Assim como a profecia de Obadias 
era contra Edom, mas a mensagem 
era para Judá, semelhantemente 
ocorre aqui, conforme a declaração 
profética: “serão exterminados, e 
ele passará; eu te afligi, mas não te 
afligirei mais” (v.l 2). Essa abrupta 
mudança da terceira para a segun­
da pessoa indica a mensagem de 
esperança para Judá. O castigo de 
Judá é corretivo. O povo ainda acha­
rá o favor div ino (v.l 3). Mas o ju ízo 
dos assírios é final, por haverem 
eles rejeitado a misericórdia que o 
Deus de Israel, gratuitamente, lhes 
havia oferecido através de Jonas.
S IN O P S E D O T Ó P IC O ( 3 ) .
O castigo divino contra os ini­
migos de Judá trouxe-lhe consolação 
e o favor divino de misericórdia.
‘Qualquer pessoa que permaneça 
arrogante e resista à autoridade 
de Deus enfrentará sua ira ." 
Bíblía de Estudo 
Aplicação Pessoal
l ..içõiuS B íb lic a s 5 9
VOCABULÁRIO
1$3 « ו09א : História da vida de 
uma pessoa.
E r u d ito : A q u e le que sabe 
muito.
Protagonizar: Ocupar o primei­
ro lugar err. um acontecimento.
M etáfora: Uso figurado de uma 
palavra. Consiste na transferên- 
c a da palavra para outro âmbito 
semântico; fundamenta-se numa 
relação de semelhança entre o 
sentido próprio e o figurado.
—
B IB LIO G R A FIA SU G ER ID A
KAISER JR., Walter C. Pregando 
e Ensinando a p a r tir do A n ti­
go Testam ento : Um guia pa ra 
a ig re ja . 1 .ed. Rio de Janeiro: 
CPAD, 2010.
EDWARDSJonathan. Pecadores 
nas Mãos de um Deus Irado:
e outros Sermões, l .ed. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2005. 
D ic io n á rio B íb lico W y c liffe .
1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão 
CPAD, n° 52, p.40.
Λ
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. A cidade de Cafarnaum.
2. A queda de Nínive.
3. Vingança é o castigo im posto por 
dano ou ofensa; d iz respeito a in fra ­
tores contumazes da lei divina.
4 . Que a espera do Eterno em pun ir 
os n in iv itas não se deu por fa lta 
de poder, mas p o r causa de sua
longan im idade.
5. Os assírios.
AUXILIOBIBLIOGRÁFICO
Subsidio bibllológico
“A nalisando as Palavras de 
Juízo dos P rofetas
Se desejarmos ouv ir as pala­
vras dos profetas de uma maneira 
que seja fiel ao seu contexto original 
e, ao mesmo tempo, de uti l idade 
contemporânea para nós, devemos 
antes de mais nada determinar o 
tema ou propósito básico de cada 
livro profético que desejamos pre­
gar. Também será útil mostrar se
o propósito do livro se encaixa no 
tema global e unificador do Antigo 
Testamento e no tema ou plano 
central de toda a Bíblia.
Depois de definirmos o propó­
sito do livro, devemos, então, assi­
nalar as principais seções literárias 
que consti tuem a estrutura do livro. 
Normalmente, existem mecanismos 
de retórica que assinalam onde tem 
início uma nova seção no livro. No 
entanto, quando tais mecanismos 
não es tão p resen tes é p rec iso 
observar outros marcadores. Uma 
mudança de assunto, uma mudança 
de pronomes, ou uma mudança em 
aspectos de ação verbal, tudo isso 
pode ser um sinal revelador de que 
teve início uma nova seção” (KAISER 
JR., Walter C. Pregando e Ensinan­
do a p a rtir do A n tig c T es tam en ­
to: Um guia p a ra a Igre ja 1 .ed. Rio 
de Janeiro: CPAD, 201 0, p. 1 21).
י
60 L1çõr:s B íb lica s
H a b a c u q u e — A So b e r a ­
NiA D iv in a sobre as N a ç õ e s
“Tu és tão puro de olhos, que não podes 
ver o m al e a vexação não podes con­
templar; por que, pois, olhas para os 
que procedem aleivosamente e te calas 
quando o ímpio devora aquele que é mais 
jus to do que ele?” (Hc 1.13).
VERDADE PRÁTICA
A f im de c u m p r i r os seus planos 
Deus age soberanamente na vida de
todas as nações da terra.
a?- .י
H IN O S SU G ER ID O S 288. 330 , 364
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Rs 1 7 .23
Deus usou a Assíria contra Israel
Terça - Sf 2.1 3
O castigo contra a Assíria
Q u a rta - Jr 2 5 .9
Deus usou a Babilônia co n t ra ju d á
Q u in ta - Jr 2 5 .1 2
O castigo contra a Babilônia
Sexta - Jr 2 7 .5 -7
* As nações sob a autoridade divina
^ Sábado - Hc 2 .2 0
Perante o Senhor a Terra se cala
jc õ e s B íb l ic a s 61
Lição 9
2 de Dezembro de 2012
“O ju s io viverá pela fé". Esta sentença 
tornou-se uma das mais importantes te­
máticas do Novo Testamento. Foi um dos 
/emas da Reforma Protestante. O apóstolo 
Paulo é um dos que descrevem a graça 
de Deus de maneira mais intensa e be/a: 
“Porque pe/a graça sois salvos, por meio 
da fé; e isso não vem de vós; é dom de 
Deus” (Ef 2.8). Tal perspectiva da graça 
de Deus foi precedida pelo profeta Haba- 
cuque, quando ele declarou: “O justo, pela 
sua fé, viverá” (2.4).
INTERAÇÃO
___________ OBJETIVOS___________
Após a aula, o aluno deverá estar 
apto a:
E x p lic a r o c o n te x to h is tó r ico , a 
estrutura e a mensagem do livro de 
Habacuque.
C om preender a situação do país na 
época de Habacuque.
M encionar a reposta de Deus minis­
trada ao profeta.
^ ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Λ
Professor, providencie cópias do quadro 
da página seguinte para os alunos. Inicie 
a aula com a seguinte indagação: “Qual o 
propósito do livro de Habacuque?” Incentive 
a participação da classe e ouça todos com 
atenção. Depois, explique que o objetivo do 
profeta era mostrar ao Reino do Sul Qudá) 
que Deus estava no controle do mundo, 
embora o mal parecesse triunfar em alguns 
momentos. Habacuque foi um profeta jnqui- 
ridor. Em seguida distribua as cópias com o 
esquema da página seguinte e explique que 
vários temas estão presentes na profecia de 
Habacuque. Podemos destacar, por exem- 
pio, "a confiabilidade absoluta de Deus” , “o 
domínio divino do universo”, “a incapaci­
dade humana de entender adequadamente 
os caminhos misericordiosos de Deus” , "as 
lutas colossais da natureza e da política” 
e a “predisposição divina de não tolerar a 
violência derivada do orgulho”. Faça um 
resumo do livro utilizando o quadro.
L E IT U R A B ÍB L IC A 
EM CLASSE 
Habacuque 1.1-6; 2.1-4
H a b a c u q u e 1
1 - 0 peso que viu o profeta 
Habacuque.
2 - Até quando, SENHOR, cia- 
ma rei eu, e tu não me escuta- 
rás? G ritare i: Violência! E não 
salvarãs?
3 - Por que razão me fazes ver 
a iniqüidade e ver a vexação? 
Porque a destru ição e a vio- 
léncia estão diante de mim; há 
também quem suscite a conten­
da e o litígio.
4 - Por esta causa, a le i se 
afrouxa, e a sentença nunca sai; 
porque o ímpio cerca o justo, e 
sai o juízo pervertido.
5 - Vede entre as nações, e olhai, 
e maravilhai-vos, e admirai-vos; 
porque realizo, em vossos dias, 
uma obra, que vós não crereis, 
quando vos for contada.
6 - Porque eis que suscito os cal- 
deus, nação amarga e apressa­
da, que marcha sobre a largura 
da terra, para possuir moradas 
não suas.
Habacuque 2
1 - Sobre a m inha g u a rd a 
estarei, e sobre a forta leza me 
apresentarei, e vigiarei, para 
ver o que fa la comigo e o que 
eu responderei, quando eu fo r 
arguido.
2 - Então, o SENHOR me res­
pondeu e disse: Escreve a visão 
e to rna -a bem legíve l sobre 
tábuas, para que a possa ler o 
que correndo passa.
3 - Porque a visão é ainda para o 
tempo determinado, e até ao fim 
falará, e não mentirá; se tardar, 
espera-o, porque certam ente 
virá, não tardará.
4 - Eis que a sua alma se incha, 
não é reta nele; mas o justo, pela 
sua fé, viverá.
6 2 L iç õ e s B íb l ic a s
fato, 05 caldeus tornaram-se um ^ 
império pujante. Isso mostra que
o profeta era contemporâneo de % 
Jeremias e Sofonias Or 1. 1; Sf 1.1). I 
Ele menciona ainda a opressão dos I 
ímpios sobre os pobres e o colapso j 
dajustiça nacional (1.2-4) e descre- I 
ve também o cenário do reinado ' 
tirânico dejeoaquim, rei 
de Judá, entre 605 e 598 |
a.C. Gr 22.3,1 3-18).
2. V id a p essoal. | 
Não há in fo rm a çõ es , ^ 
dentro ou fora do livro, S 
sobre a v ida pessoal 
de Habacuque. Apenas I 
temos a declaração de I 
que ele é profeta (1.1), detalhe j 
este também encontrado em Ageu 8 
e Zacarias (Ag 1.1; Zc 1.1). A part ir I 
dessas poucas informações e pela f 
f ina l ização de seu l ivro (3.19), | 
muitos estudiosos entendem que S 
Habacuque era um profeta bem [ 
ace i to pela soc iedade e — há & 
quem afirme — or iundo de famíl ia 'j 
sacerdotal. A l i te ra tura rabínica f 
apoia essa ideia.
3. E s tru tu ra e m ensagem . 
No estudo passado, aprendemos 
que o te rm o “ peso” indica uma 
“sentença pesada e profecia” . A
I
PALAVRA-CHAVE
Sobe7a71ia:
Qualidade ou 
condição de um 
soberano; autoridade ; 
domínio; poder.
No diá logo entre Habacuque 
e o Senhor, presenciamos uma sin- 
guiar beleza teológica e literária. 
Ao longo do l ivro de Habacuque, 
deparamo-nos com uma 
das mais notáveis de­
clarações doutr inárias:
“O justo, pela sua fé, v i ­
verá” (2.4). Este oráculo 
fez-se tão notório, que 
se tornou uma das mais 
importantes temáticas 
em o Novo Testamento 
(Rm 1.1 7 cf. Cl 3.8). Séculos mais 
tarde, inspirou Martinho Lutero a 
d e f lag ra ra Reforma Protestante.
I. O L IV R O DE 
H A B A C U Q U E
1. C o n te x to h is t ó r i c o . Ha-
bacuque exerceu o seu ministério 
quando os caldeus marchavam 
vitoriosamente pelo Oriente Médio 
(1.6). Tal marcha in ic iou-se em 
627 a.C. e foi concluída com a 
vitória sobre Faraó Neco, do Egito, 
na Batalha de Carquêmis, em 605
a.C. Qr 46.2). Tempo em que, de
IN T R O D U Ç Ã O
IV
E S B O Ç O D O L IV R O 
O In te r ro g a tó r io de Habacuque a Deus (1 .2 — 2 .2 0 )
Questão: Com o Deus p e rm ite que a ím p ia Judá fique sem cas tig o (1 .2 -4 ) .
Resposta: Mas Deus usará a Babilônia para castigar Judá (1.5-1 1).
Questão: Como Deus pode usar um a nação mais ím p ia que Judá como instrum ento 
de ju íz o (1 .1 2 — 2 .1 ) .
Resposta: Deus também julgará Babilônia (2.2-20).
O Cântico de H abacuq ue (3 .1 -19 )
Oraçâu de Habacuque por miser icórdia div ina (3 .1,2).
O poder do Senhor (3.1,2).
Os atos salvíf icos do Senhor (3.3-7).
A fé inabalável de Habacuque (3.16-19).
Texto a d a p ta d o d a Bíblia de E s tu d o Pentecostal', e d ita d a pe la CPAD.
L jç õ t s B í b l ic a s 6 3
REFLEXÃO
‘1Deus quer que venhamos 
à sua presença com nossas 
lu tas e dúvidas. Porém, suas 
respostas podem não 
ser o que esperam os.” 
Bíblia de Estudo 
Aplicação Pessoal
f . ״·· ׳ ׳ . ' . ■',Li■ à K I r tiM . ■
que é justo e santo tolerar tamanha 
maldade? O profeta expressa sua 
perplexidade na forma de lamen­
tos: “Até quando, SENHOR[...]?” 
(1.2; SI 1 3.1,2); “Por que [...]?” (1.3; 
SI 22.1). Essas perguntas indicam 
que, há tempos, Habacuque orava 
a Deus em busca de solução.
2. A descrição do pecado. 
Assim, o profeta resume o quadro 
desolado■׳ do seu povo: iniqüidade 
e vexação; destruição e violência; 
contenda e litígio (1.3). A Bíblia ARA 
(Almeida Revista e Atualizada) em­
prega o termo “opressão”. A Bíblia 
TB (Tradução Brasileira) usa “per­
versidade” no lugar de “vexação”. 
A estrutura poética nessa descrição 
revela a falência da justiça e o abu­
so opressor das autoridades em 
relação aos pobres.
3. O c o lap s o da ju s t iç a 
nacional. A frouxidão da lei era 
conseqüência da corrupção ge­
neralizada. Na esfera judiciária, 
a sentença não era pronunciada, 
ou quando dado o veredicto, este 
sempre beneficiava os poderosos
(1.4). A sociedade sequer lem ­
brava-se da lei. Esta era o poder 
coercitivo para manter a ordem 
pública, garant ir a segurança e 
os direitos do cidadão (Dt 4.8;
1 7.1 8,1 9; 33.4; Js 1 .8). Mas a in­
fluência das autoridades piedosas 
não foi suficiente para mudar o 
estado das coisas. Somente o Se­
nhor onipotente de Israel é quem 
pode fazer plena justiça.
SIN O PSE D O T Ó P IC O (2 )
0 caos estabelecido em Judá 
era decorrente da corrupção gene­
exemplo do livro de Naum, esse 
oráculo foi revelado à Habacuque 
na forma de visão (1.1). A profe­
cia divide-se em três capítulos.
O primeiro denuncia a corrupção 
generalizada da nação e a conse- 
quente resposta divina (1.2-1 7); o 
segundo, outra resposta do Eterno 
 e a terceira, a oração de ;(־20 2.1)
Habacuque (3.1-19). O oráculo 
divino, que possui a mesma es­
t ru tu ra dos Salmos, tem como 
principal ênfase a fé.
SINO PSE D O T Ó P IC O (1 )
O livro de Habacuque denuncia 
,1 a corrupção generalizada da nação,
* descreve as respostas divinas e 
apresenta a oração de Habacuque.
R E S P O N D A
1. Qual a p rin c ip a l ênfase do liv ro 
‘ de Habacuque?
I I . H A B A C U Q U E E 
A S IT U A Ç Ã O D O PAÍS
1. O clam or de Habacuque.
j O que ocorria em Judá ia de encon-
I tro ao conhecimento que Habacu- 
| que possuía a respeito do Deus de 
v, Israel. Mas como é possível Aquele
6 4 L íç õ e s B íb l ic a s
REFLEXÃO
“Nossa esperança 
vem do Senhor.” 
Bíblia de Estudo 
Aplicação Pessoal
o Senhor os f i lhos de Judá como 
os animais? (1.14). Perrr.i t ir ia à 
Babilônia fazer o que desejasse 
com o povo? (1.1 5-1 7).
S IN O P S E D O T Ó P IC O 3 ׳ )
A p r im e ira resposta d iv ina 
era o ag igantamento dos caldeus 
a caminho de Jerusalém para in­
vad ir a província de Judá.
R E S P O N D A
3. Que obra, p ro m e tid a p o r Deus, 
n inguém a c re d ita rá quando fo r 
contada (J .5)7
IV . D E U S R E S P O N D E
P E LA S E G U N D A V E Z
V>
Ç.
1 . A e sp e ra de H ab acu q u e ן 
(2 .1 ) . Sabedor de que Deus lhe I 
responderá, o profeta prepara-se 1 
para ser arguido por Deus. Ele se 
pos ic iona com o uma sen t ine la
— fg u r a comumente empregada 
para descrever os profetas bíb l i ­
cos. Sua função era f icar alerta 
para escutar a palavra de Deus
e transmit i- la ao povo (Is 2 1.8; Jr
6.1 7; Ez 3.1 7).
2. A v isã o . A resposta divina 
veio ao profeta através de uma 
visão t ransm it ida com agil idade I 
e n it idez, d ispensando a neces- I 
sidade de que alguém lesse e a | 
interpretasse (2.2), pois se tratava
i
ralizada e denunciada pelo profeta 
Habacuque.
R E S P O N D A
2. O que reveía a e s tru tu ra poé­
tica da descrição dos pecados em 
Habacuque 1.3?
I I I . A R E S P O S TA 3 ÍV IN A
1. O ju íz o d iv in o é a n u n ­
ciado. Antes de Habacuque perce­
ber a gravidade da situação, Deus, 
que está no controle de todas as 
coisas, apenas aguardava o tempo 
opo r tun o para agir e r ro s t ra r a 
razão de sua intervenção. Tuoo 
estava nos planos do Senhor. O 
profeta e todo o povo de Judá pre­
cisavam prestar mais atenção aos 
acontecimentos mundia is, pois o 
Eterno realizaria, naqueles dias, 
uma obra que eles não creriam, 
quando lhes fosse contada (1.5). 
Essa obra era um novo impér io 
que Deus estava levantando no 
mundo. Não obstante, esse orá­
culotam bém diz respeito à v inda 
do Messias (At 13.40,41).
2 . O s c a ld e u s e a q u e s ­
tã o é tic a (1 .6 ) . O impér io dos 
caldeus crescia e agigantava-se 
sob a l iderança do rei Nabucodo- 
nosor. Ele estava a cam inho de 
Jerusalém para invad ira província 
de Judá. No entanto, Habacuque 
f icou desapontado com essa res­
posta. Como um povo idólatra, 
sem ética e respeito aos direitos 
humanos, poderia castigar o povo 
de Deus? Ele pergunta: “por que, 
pois, olhas para os que procedem 
aleivosamente e te calas quando
o ímpio devora aquele que é mais 
ju s to do que ele?” (1.1 3). Trataria
L iç õ e s B íb l ic a s 6 5
Evangelho e é just i f icado pela fé 
em Jesus.
S IN O PSE D O T Ó P IC O (4 )
A segunda reposta de Deus 
era que a Babilônia desapareceria 
para sempre. Mas Judá, apesar de 
passar por um castigo doloroso, 
sobreviveria.
R E S P O N D A
4. Quem são, respectivam ente, “a 
a lm a que se incha" e o "justo” em 
Habacuque 2.4?
5. O ju s to deve v iver pelo quê?
C O N C L U S Ã O
A Palavra de Deus é suficiente 
para corr igir o caminho tortuoso 
de qualquer pessoa. Apesar de a 
resposta divina nem sempre ser
o que esperamos, ela é sempre a 
melhor. Quem não se lembra do 
fato ocorrido na vida de Naamã? (2 
Rs 5.1 0-i 4). Isso acontece porque 
os caminhos e os pensamentos de 
Deus são inf in itamente mais ele­
vados que os nossos (Is 55.8,9). 
Vivamos, pois, pela fé!
de uma mensagem que, apesar de ן
I futuríst ica, era claríssima: A Babi-
I lônia desaparecerá da terra para 
sempre! No entanto, Judá, apesar 
do castigo, sobreviverá Gr 30. ] 1).
O desafio era crer na mensage.n! 
Ainda que seu cumprimento tar­
dasse, Deus é fiel para cumprir a 
sua palavra (2.3; Jr 1 .1 2). Assim 
como naquele tempo, o mundo 
permanece no pecado por causa 
da increaulidade e por isso não 
crê na pregação do Evangelho 00 
9.41; 1 5.22; 16.9; 2 Co 4.4).
3. O ju s to v iv e rá da fé . 
A expressão “alma que se incha”
(2.4) refere-se ao o rgu lho dos 
caldeus (1.10; Is 13.19). O jus to 
é aquele que crê no ju lgamento 
de Deus sobre a Babilônia (2.8). 
Ele sobreviverá à devastação de 
Judá pelo exérc i to de Nabuco- 
donosor: “o jus to , pela sua fé, 
v iv e rá ” (2.4b). Mas ao mesmo 
tempo é uma mensagem de pro­
fundo signif icado para a fé cristã 
(Rm 1.1 7; Cl 3.8; Hb 10.38). Em
o Novo Testamento, o “ju s to ” é 
quem, proveniente de todas as 
nações, acolhe a mensagem do
> 1 Ι Ι Ι · · · Ι Ι Ι . ^
fi
REFLEXAC
“Nenhuma adversidade, p o r mais intensa 
e in transigente que seja, é eficiente para 
d ese s tru tu ra r a vida daquele que vive pela fé.
Se a vida do crente tem p o r fundam ento qua lquer 
coisa que não seja a verdadeira fé, 
ela desm orona já na p rim e ira in tem périe .” 
Silas Daniel
6 6 L iç õ e s B íb l ic a s
VOCABULÁRIO
Pujante : Que tem grande força.
O riundo: Descendente de.
Litíg io : Pleito, demanda.
C oe rc i t ivo : Que reprime, força.
A rguido: Que foi repreendido, 
censurado.
B IB L IO G R A FIA S U G E R ID A
ץ
AUXIL1C BIBLIOGRÁFICO
S ub s id io T eo lóg ico
“O s ig n if ic a d o da fé em 
H abacuque
Além de es ta r d iz e n d o cia- 
ram ente que os ju s to s de Judá, 
apesar do s o f r im e n to pelo qual 
passarão no ataque caldeu, serão 
poupados (como aconteceu com 
Jeremias, Daniel e tanto outros), o 
Senhor mostra ao profeta que sua 
compreensão concernente à v ida 
e s p i r i tu a l a inda era su p e r f ic ia l . 
A inda fa ltava a Habacuque consi­
derar a lguns aspectos essenciais 
da v ida com Deus. Sua Teologia 
a inda ignorava nuanças v i ta is , e 
que agora são s in te t izadas para
o pro fe ta em uma única frase: Ό 
ju s to v iverá pela sua fé’ .
O ju s to não v ive pelo que vê, 
sente, percebe, imagina ou pensa, 
mas pela fé. ‘Porque andamos por 
fé e não por v is ta ’ (2 Co 5.7). Não 
que essas coisas não sirvam, vez 
por outra, para a l im entar a nossa 
fé, mas não podem ser considera­
dos fundamentos para ela. Nossa 
fé está fundamentada no próprio 
Deus, em sua Palavra. O ju s io está 
baseado nela” (DANIEL, Silas. Ha- 
bacuque: A v itó r ia da fé em meio 
ao caos. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 
2005, p.90).
DANIEL, Silas. H abacuque: A 
v itó ria da fé em meio ao caos.
1 .ed. Rio de Jane iro : CPAD, 
2005.
ZUCK, Roy B (Ed.). T eo lo g ia do 
A n tig o T es tam en to . 1 .ed. Rio 
de Janeiro: CPAD. 2009.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão 
CPAD, n°52, p.40.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
־־/
1. A fé.
2. Revela a falência da ju s t iça e o 
abuso opressor das autoridades em
relação aos pobres.
3. Essa obra era um novo império que 
Deus estava levantando no mundo.
4 . Os caldeus e aquele que crê n o ju l- 
gamento de Deus sobre a Babilônia.
5. Pela fé em Jesus Cristo.
V
L iç õ e s B íb l ic a s 6 7
Lição 10
9 de Dezembro de 2012 
Dia da Bíblia
S0F0NIAS — O JUÍZO 
V1NDOURO
TEXTO ÁUREO
,‘Porque surgirão falsos cristos e falsos 
profetas e fa rão tão grandes sinais 
e prodígios, que, se possível fo ra , 
enganariam até os escolhidos’’
(M t 24 .24 ).
VERDADE PRÁTICA
No juízo vindouro, Deus há de ju lgar 
todos os moradores da terra, de 
acordo com as obras de cada um.
H iN O S SUG ERIDO S 275, 300, 371
LEITURA DIARIA
Segunda - Jr 3 0 -7
Um tempo de angústia para Jacó
Terça - D 1*1 2 וו 
Daniel profetizou o tempo de angústia
Q u arta - Lc 2 1 .2 5 ,2 6
p Uma convulsão gerai na sociedade
Q u in ta - 2 Pe 3 .1 0
Os céus passarão com grande estrondo
Sexta - 1 Ts 5 .2 ,3
Um tempo de destruição
Sábado - M t 2 5 .3 1 ,4 6
O ju ízo finai
6 8 L iç õ e s B í b l ic a s
INTERAÇÃO
Se Deus e bom, por que Ele castigará 
algumas pessoas eternamente? Esta é 
a indagação de muitos. Nas Escrituras, 
Deus é descrito como o justo ju iz . No 
Antigo Testamento Ele pronunciou juízos 
contra Israel e outras nações. Em o Novo 
Testamento o Altíssimo ju lgou Ananias 
e Safira (At 5.1 -1 1 ). E no fim dessa era
o Eterno, através de seu Filho, ju lg a rá 
todos os homens da terra, de acordo 
com as obras de cada um. Esses fatos 
demonstram um Deus que ama o bem 
e odeia o mal. Isso mesmo! A jus tiça de 
Deus é uma resposta retumbante contra
o mal criado pelo Diabo e praticado pe­
los homens. O Dia do Senhor vem!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar 
apto a:
Explicar a estrutura e a mensagem 
do livro de Sofonias.
C o m preender a l inguagem predo­
minante no livro de Sofonias.
Saber que Juízo de Deus é uma dou­
tr ina bíbl ica irrevogável.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para a aula de hoje 
sugerimos que você reproduza, de 
acordo com as suas possibilidades, o 
esquema da página seguinte. Utilize-o 
logo na introdução para explicar que o 
livro de Sofonias é predominantemente 
poético. Ele pode ser d ivid ido em três 
partes: a primeira, o ju ízo contra as 
nações, incluindo Judá; a segunda, a 
descrição dos povos vítimas do ju ízo 
divino e a terceira o juízo de Jerusalém 
e a restauração do remanescente fiel. 
Explique que o tema “Dia do Senhor” é o 
assunto central do profeta Sofonias.
Sofonias 1.1-10
1 - Palavra do SENHOR vinda a 
Sofonias, filho de Cusi, filho de 
Ceda/ias, filho de Amarias, filho de 
Ezequias, nos dias de josias, filho 
de Amom, rei de Judá.
2 - Inteiramente consumirei tudo 
sobre a face do terra, diz o SE­
NHOR.
3 - Arrebatarei os homens e os 
animais, consumirei as aves do 
céu, e os peixes do mar, e os trope­
ços com os ímpios; e exterminarei 
os homens de cima da terra, disse
o SENHOR.
4 - £ estenderei a minha mão 
contra Judá e contra todos os 
habitantes de Jerusalém e exter­
minarei deste lugar o resto de Baal 
e o nome dos quemarins com os 
sacerdotes;
5 - e os que sobre os telhados se 
curvam ao exército do céu; e os que 
se inclinam jurando ao SENHOR e 
ju ram por Malcã;
6 - e os que deixam de andar em 
seguimento do SENHOR, e os que 
não buscam ao SENHOR, nem per­
guntam por ele.
7 - Cala-te diante do Senhor JEO­
VÁ, porque o dia do SENHOR está 
perto, porque o SENHOR preparouo sacrifício e santificou os seus 
convidados.
8 - E acontecerá que, no dia do 
sacrifício do SENHOR, hei de cas­
tigar os príncipes, e os filhos do 
rei, e todos os que se vestem de 
vestidura estranha.
9 - Castigarei também, naquele 
dia, todos aqueles que saltam 
sobre o umbral, que enchem de 
violência e engano a casa dos seus 
senhores.
10 - E, naquele dia, diz o SENHOR, 
far-se-á ouvir uma voz de clamor 
desde a Porta do Peixe, e um uivo 
desde a segunda parte, e grande
íauebranto desde os outeiros.
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
-K.-ÕES B í b l ic a s 6 9
chamado deu-se “no décimo terceiro 
ano do [...] reinado” deJosias (Jr 1.2). 
Esse período corresponde a 627 a.C. 
É possível que, na reforma, o rei 
fora encorajado por esses profetas. 
Evidências internas apontam para 
um tempo de pré-reforma em Judá, 
denunciando os desman­
dos dos reis Manassés e 
Amom (2 Rs 21.1 6-24).
2. G en ea lo g ia . É 
co m u m a menção do 
nome paterno nos livros 
dos profetas. Isaías, Jere­
mias, Ezequiel, Oseias, 
Joel e Jonas, trazem essa informa­
ção. Sofonias, porém, descreve a 
sua genealogia: “Sofonias, f i lho 
de Cusi, f i lho de Gedalias, fi lho de 
Amarias, fi lho de Ezequias” (v. 1). A 
citação do nome do pa׳ estabelecia
o direito tanto à herança quanto 
à posição social ou aquisição de 
poder. A ausência de paternidade 
dem ons tra que tal p ro fe ta não 
adveio de famíiia tradicional. So- 
fonias era tr ineto de Ezequias, que 
também fora rei de Judá. Isso lhe
PALAVRAS-CHAVE
Juízo:
Ato, processo ou 
efeito de ju lg a r ; 
ju lg a m e n to .
Nesta lição, estudaremos o 
oráculo de Sofonias. Ele se destaca 
pela intrepidez do juízo divino con-
tra judá e os gentios. O ________
profeta anuncia o ju lga­
mento universal descrito 
como a reação de Deus 
aos pecados cometidos 
pelos moradores de toda 
aterra. Sofonias, porém, 
aborda o juLgamento di­
vino numa perspectiva escatológica 
de restauração.
IN TRO DUÇÃO
1. O L IV R O DE S O FO N IA S
1. Contexto h istórico. Sofo- 
nias exerceu o seu ministério “nos 
dias de Josias, fi lho de Amom, rei 
| de Judá” (v. 1). Josias reinou entre
I 640 e 609 a.C. A reforma religiosa 
do rer de Judá aconteceu em 621
a.C., “no ano décimo oitavo” do seu
I reinado (2 Rs 22.3). Quando ocorreu 
! a reforma, Jeremias exercia o ofício 
i d e profeta há cinco anos. O seu
ESBOÇO D O LIVRO DE SOFONIAS/־־׳
I n t rodução .................................................................................................................................... ....... (1.1)
Silêncio! O Temível Dia do S e n h o r ..................................................................................(1.2 — 2.3)
O julgam ento do Sen h o r.............................................. .....................................................(1.2,3)
O ju lgamen to contra J u d á ....................................................................................................... (1.4-1 8)
A Chamada para o A r re p e n d im e n to ........................................................................................(2.1-3)
Profecias contra as Nações.........................................................................................................(2.4-1 5)
Os fi l iste u s ....................................................................................................................................... (vv.4-7)
Os amoni tas e moab i tas ............................................................................................................( w . 8 ־ l 1)
Os e t ío p e s ............................................................................................................................................ (v.l 2)
Os ass ír ios ................................................................................................................................ (vv. 13,15)
Julgamento d e j e r u s a l é m ..............................................................................................................(3.1-S)
Os pecados d e je r u s a lé m ............................................................................................................(w .1-4 )
A just iça div ina contra Je rusa lém ......................................................................................... (vv. 5-7)
Julgamento de toda t e r r a .................................................................................................................. (v.8)
Salvação e o Dia do Senhor .......................................................................................................(3.9-20)
O remanescente restaurado e Jerusalém p u r i f i c a da ...................................................... ( w . 9-1 3)
A alegr ia do povo com D e u s ................................................................................................ (vv. 1 4-1 7)
Promessas a respei to da restauração f in a l ...................................................................... (vv. 18-20)
7 0 L iç õ e s B íb l ic a s
REFLEXÃO
‘,Quando as pessoas estão 
indiferentes em relação a 
Deus, tendem a pensar que Ele 
está indiferente em relação 
a elas e se js pecados." 
Bíblia ae Estudo 
Aplicação Pessoal
1 6.8). A declaração “ inteiramente g 
consumirei tudo sobre a face d a l 
te r ra ” (v.2) refere-se à t r a g é d ia ! 
g lobal re fer ida em 3.6-8. Note 
que a expressão “face da te rra ” é É 
igualmente usada no anúncio da ■ 
tragédia do d i lúvio (Gn 6.7; 7.4).
2. A lin g u a g e m de S ofο - 1 
n ias . A hipérbole é uma f i g u r a i 
de l inguagem que consiste em " 
dar à sua signif icação uma ênfase | 
exagerada. Ela, porém, aparece 
na Bíblia e, por isso, alguns ex- j, 
pos i to res ve te ro tes tam en tá r io s r 
defendem o uso de uma l ingua­
gem hiperból ica para o l ivro de j | 
Sofonias. Eles consideram forte I 
demais a descrição do a n iq u i la -1 
mento natural de aves, peixes, I 
animais, seres humanos, nações I 
e cidades (1.3; 3.6).
3. D e s c riç ã o d e ta lh a d a . É I 
verdade que na Bíblia há o e m - 1 
prego de h ipé rbo le (Mt 1 2 3 \ ;ו . 
Jo 12.19 etc.). Mas não é o caso, 
aqui, em Sofonias! A descr ição 
"os homens e os animais, c o n - : 
su m ire i as aves do céu, e o s * 
peixes do m ar” (v.3) representa
o reverso da criação regis trada P 
em Gênesis (1 .20-26). Ela cor- I 
responde à des tru ição universa l I 
e l i teral da criação (Ap 1 6 . 1 - I I ). I
O d i lúv io, por exemplo, foi l iteral 1
I
garantia livre acesso no governo 
real bem como noutros segmentos 
da sociedade.
3. E s tru tu ra e m ensagem .
Os meios de com un icação dos 
o rá cu lo s d iv in o s aos p ro fe tas 
eram a palavra e a visão. 05 porta- 
vozes do Eterno deixam isso claro 
no prólogo de seus livros (v.l a). O 
estilo poético predomina em todo
o livro de Sofonias. O oráculo está 
organizado em três partes pr inc i­
pais: a pr imeira anuncia o ju ízo 
contra as nações da terra, inc lu in ­
do Judá (1 .1— 2.3). A segunda 
especifica os povos nesse ju lg a ­
mento global — Filístia, Moabe, 
Amom, Etiópia e Assíria (2.4-1 5). 
E a terceira parte trata do castigo 
de Jerusalém e da restauração 
dos remanescentes fiéis (3.1-20).
O tema do “Dia do Senhor” ocupa 
todo o oráculo div ino.
S IN O P S E D O T Ó P IC O ( 1 )
O livro de Sofonias apresenta 
ju ízo d iv ino contra as nações e 
Judá; o ju lgam ento global; o cas­
t igo de Jerusalém e a restauração 
do remanescente fiel.
R E S P O N D A
/. Q ual o tem a do liv ro de So- 
f on ias?
I I . O J U ÍZ O V IN D O U R O
1. T o da a fa c e da te r r a 
será co n su m id a (v .2 ). Após o 
dilúvio, Deus prometeu não mais 
d e s t ru i r a te r ra com água (Gn 
9.11-16). Desde então, a palavra 
p ro fé t ica anunc iou o ju ízo v in ­
douro pela destruição através do 
fogo (1.18; 3.8; Jl 2.3; 2 Pe 3.7; Ap
L içõ es Bíb i.ícas 71
(v.5). Isso exempl:fica a realidade 
do r itual sincrético no meio do 
povo escolhido.
3. O m odism o do povo e 
a violência dos príncipes. Não 
havia nada de errado em alguém 
vestir a roupa do estrangeiro. O 
problema da “vestidura estranha” 
(v.8) era o compromisso religioso 
de tal indumentária com o paga­
nismo (2 Rs 10.22). Os príncipes 
de Judá, provavelmente fi lhos de 
Manassés ou Amom (pois Josias 
era bem novo paraterf i lhos nessa 
idade), serão duramente castiga­
dos por causa da violência e do 
engano (v.9). O objetivo do castigo 
divino é exterminar o baalismo, o 
sincretismo, as práticas divinató­
rias e as injustiças sociais.
SINO PSE D O T Ó P IC O (3 )
O objetivo do livro de Sofo- 
nias é anunciar o ju ízo de Deus 
sobre as nações e as mazelas 
sociais e religiosas praticadas pela 
humanidade.
R E S P O N D A
4. Q ual o o b je tiv o do ca s tig o 
divino?
IV . “O D IA D O S E N H O R ”
1. S ig n ^ c a d o b íb lic o . O
termo hebraico para “dia” é yom, 
que pode ser “d ia ” no sent ido 
l i te ra l (Jó 3.3) ou per íodo de 
tempo (Gn 2.4). Assim, “o dia do 
SENHOR” (v.7) ou as fraseologias 
similares “dia da ira do SENHOR” 
(2.2,3) e “ naquele d ia ” (1.10), 
indicam o período reservado por 
Deus para o acerto de contas 
com todos os moradores da terra
e global, mas a famíl ia de Noé foi i 
salva (1 Pe 3.20), assim como os 
f i lhos de Israel foram poupados 
das pragas do Egito (Êx 9 .4 ;
1 0.23; Nm 3.1 3).
SINO PSE D O T Ó P IC O (2 )
A proclamação do ju ízo v in ­
douro é o anúncio da tragédia glo­
bal descrita em Sofonias 3.6-8.
R E S P O N D A
2. De que tra ta a declaração: “In­
te iram ente consum irei tudo sobre 
a face da te rra ” (v. 2)?
3. O que é hipérbole?
I I I . O B J E T IV O D O L IV R O
1. S incretism o dos sacer­
do tes . A expressão “quemarins 
com os sacerdotes” (v.4) aponta 
para o sincretismo da religião de 
Israel com o paganismo. “Quema- 
rins” é o plural do hebraico kom er 
usado para “sacerdote pagão” 
e aparece apenas três vezes no 
Antigo Testamento (2 Rs 23.5; Os 
10.5). Aoesar da origem levítica, 
os sacerdotes estavam envolvidos 
no sincretismo religioso pagão.
12. S incre tism o do povo. Sabeísmo é a prática pagã dos sabeus; o povo da ra inha de Sabá. Seu cu lto resumia-se na
* prática de adiv inhação e na as-
I tro logia. Judá envolveu-se nesse 
t ipo de paganismo (2 Rs 23.5;
i Jr 8.2; 19.13). Malcã ou Milcom 
ί (ARA e TB), ou ainda Moloque
0 (NVI), era o deus nacional dos
1 amonitas (1 Rs 1 1.5-7). Sofonias
8 denunciou o povo por adorar a 
ן Jeová numa ce r im ôn ia com um 
ILcom essa asquerosa d iv indade
7 2 L iç õ e s B íb l ic a s
REFLEXÃO
“Um dia v irá quando Deus, como Juiz, castigará 
severamente todas as nações. Mas depois do Juízo, 
Ele m ostra rá m isericórd ia a todos aqueles 
que lhe fo ram fié is .”
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
acerto de contas entre Deus e 
todos os moradores da terra. Esse 
período é chamado também de 
Grande Tribulação.
R E S P O N D A
5. O que ind ica a fo rm a m e ta ­
fó rica da pa lavra "sacrifíc io " no 
versículo sete?
C O N C L U S Ã O
(Is 1 3.6,9; Ez 1 3.5; Jl 1.15; 2.1). 
Esse período também é chamado 
de Grande Tribulação (Ap 7.1 4). O 
ju lgam ento de Judá e das nações 
vizinhas é o prenúncio do ju ízo 
v indouro.
2. O sacrifíc io e seus con­
v id ad o s. A profecia afirma que 
Jeová “preparou o sacrifício e san- 
ti f icou os seus convidados” (v.7). 
Aqui, essa sentença é chamada de 
“sacrifício” , uma metáfora usada 
pelos profetas para indicar o juízo 
(Is 34.6; Jr 46.1 0; Ez 39.1 7-20). O 
verbo hebraico para ',santi f icar” 
é qadash, cuja ideia básica con­
siste em “separar, retirar do uso 
c o m u m ” (Lv 10.10). Assim, os 
babilônios foram separados por 
Deus para a execução da ira divina 
sobre o povo de Judá (v.10).
SIN O PSE D O T Ó P IC O <4)
A expressão o “ Dia do Se­
n h o r ” ind ica 0 per íodo para 0
O ju ízo v indouro não é as­
s u n to d e s c a r tá v e l . Os p r o f e ­
tas t r a ta ra m dele, bem co m o
o Senhor Jesus C r is to e seus 
apósto los . Fica aqui um alerta 
para os promotores da teologia 
da p rospe r idade (Fp 3 .19-21). 
In fe l izmente, entre muitos cr is­
tãos, os assuntos escatológicos 
são motivos de chacotas e risos. 
No entanto, Deus não se deixa 
escarnecer. O seu ju ízo é certo e 
verdadeiro e virá sobre todos os 
que praticam a iniqüidade.
L iç õ e s B í b l ic a s 7 3
BIBL OGRAFIA SUGERIDA
D ic ionário Bíblico W y d iffe .
1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2009.
MACARTHUR JR., John. A Se­
g u n d a V in d a . 1 .ed. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2008.
SOARES, Esequias. O M in is té ­
rio Profético na Bíblia: A voz 
de Deus na Terra, 1 .ed. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2010.
SAIBA MAISף
Revista Ensinador Cristão 
CPAD, n°52, p.41
ץ
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Λ
y
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. O tema é o “Dia do Senhor” .
2 . Da t ra g é d ia g lo b a l re fe r id a
em 3.6-8.
3. É uma figura de linguagem que 
consiste em dar à sua significação
uma ênfase exagera&a.
4 . É exterm inar o baalismo, o sin- 
cretismo, as práticas divinatórias e
as injustiças sociais.
5. O ju ízo .
Subsídio Teológico
“ [O Juízo Final]
Não há ninguém na Escritura 
que possa dizer mais sobre isso 
do que o Senhor Jesus. Ele advertiu 
repetidamente a respeito do imi­
nente julgamento dos que não se 
arrependem (Lc 13.3,5). Ele falou 
muito mais sobre o inferno do que 
sobre o céu, usando sempre os ter­
mos mais nítidos e perturbadores. A 
maior parte do que sabemos sobre
o destino eterno dos pecadores veio 
dos lábios do Salvador. E nenhuma 
das descrições bíblicas do juízo é 
mais severa ou mais intensa do que 
aquelas feitas por Jesus.
No entanto, Ele sempre falou 
sobre essas coisas usando os tons 
mais ternos e compassivos. Ele 
sempre insiste para que os pecado­
res abandonem os seus pecados, 
reconciliem-se com Deus, e se refu­
giem nEle para que não entrem em 
julgamento. Melhor do que qualquer 
outro, Cristo conhecia o elevado 
preço do pecado e a severidade 
da cólera divina contra o pecador, 
pois iria suportar toda a força dessa 
cólera em benefício daqueles que 
redimiu. Portanto, ao falar sobre es­
sas coisas, Ele sempre usou a maior 
empatia e a menor hostilidade” 
(MACARTHURJR. John. A Segunda 
Vinda. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2008, p. 180).
7 4 L iç õ e s B íb l ic a s
A g e u — O C o m p r o m is s o 
d o Povo d a A l ia n ç a
TEX TO AUREO
,‘Mas buscai prim eiro o Reino de Deus, 
e a sua justiça, e todas essas coisas vos 
serão acrescentadas” (M t 6 .3 3 ).
VERDADE PRATICA
A verdadeira profecia liberta o 
povo da indiferença e do com odis­
mo espiritual.
1 l l f 394, 406
LEITURA DIARIA
> ■fץ־ tO * V< V
_r ־ ־· ■ kT]É1■ ■ .־ s- .
• 4 » v- vi '
‘ ν Λ ־ 
Segunda - 2 Cr 3 6 .2 3
O rei da Pérsia e o Templo
Terça - Ed 3 .1 0
Lançam-se os alicerces do Templo
S Q u a rta - Ed 4 .3
A edificação do Templo
Q u in ta - Ed 4 .2 3 ,2 4
O embargo da construção
Sexta - Ed 5 .1 ,2
Reinicia-se a construção do Templo
V
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ι i f . .
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te ll " ~ \m & ׳ . ׳ S ,
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λ ¥ *״ . \ . %► V f r Ρ » ' , A
ç % â y ׳ W > ־
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L ״־ 1 j | : i t . V v
*:\1» ^ y!
- * ־ ־ ג -
Sábado - Ed 6 .1 4
A nação prospera pela profecia
ü t õ es B í b l ic a s 7 5
7 6 de Dezembro de 2012
O Templo era o símbolo visível da a liança 
de Deus com o seu povo. Nesse contexto 
é que aparece Ageu, o p rim e iro p ro fe ta a 
exercer o m in is té rio no período pós-exílio. 
Sua mensagem ce n tra l não poderia ser 
ou tra : "Israel, reconstrua o Templo pa ra 
0 Senhor!" Os judeus estavam indiferentes 
em relação à obra de Deus, porém através 
do m in istério de Ageu e Zacarias, o Templo 
fo i reconstruído, e conform e a p a la v ra do 
Senhor, “a g ló ria da segunda Casa será 
m a io r que a da p r im e ira ”. Como servos 
do A ltíss im o precisam os es ta r atentos, 
pois como os israe litas, tam bém podemos 
neg ligenciara obra de Deus e o cuidado 
com a Casa do Senhor. Que sejamos servos 
com prom issados com o Reino, tra b a lh a n ­
do pa ra o seu crescim ento aqu i na Terra. 
Coloque suas prioridades °m ordem corre ­
ta, segundo as Escrituras Sagradas.
INTERAÇÃO
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar 
apto a:
Conhecer o contexto histórico da 
vida de Ageu.
E len car os princ ipa is problemas 
encontrado pelos judeus para re­
construir o Templo.
Saber que temos responsabilidade 
diante de Deus e dos homens.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Reproduza o esboço da página seguin­
te conform e as suas possibilidades. 
Util ize-0 para in tro d u z ir a lição. Expli­
que que o livro do profeta Ageu pode 
ser d iv ido em duas partes principais: a 
primeira, “a reconstrução do Tem p lo ” ; a 
segunda, “o esplendor fu tu ro do Tem- 
pfo”. Dê ênfase à palavra-chave, pois a 
profecia de Ageu gira em torno deste 
tema. Conclua dizendo que devemos en­
carar a nossa responsabitidade na obra 
de Deus não como um fardo pesado, 
mas como um grande priv ilég io .
Γ L E IT U R A B ÍB LIC A 
; EM CLASSE 
| Ageu 1.1-9
" 1 - No ano segundo do rei Da rio, 
? no sexto mês, no prim eiro dia do 
ן mês, veio a palavra do SENHOR, 
pelo m inistério do profeta Ageu,
& a Zorobabel, filho de Sealtiel, 
η príncipe de Judá, e a Josué, filho 
í de Jozadaque, 0 sumo sacerdo-
I te, dizendo:
| 2 - Assim fa la o SENHOR dos
■ Exércitos, dizendo: Este povo diz: 
ן Não veio ainda o tempo, o tempo
I em que o Casa do SENHOR deve
S ser edificada.
I 3 - Veio, pois, a palavra do SE-
INHOR, pelo ministério do profeta Ageu, dizendo:4 - É para vós tempo de habitar- ט d es nas vossas casas estucadas, £ e esta casa há de ficar deserta?S 5 - Ora, pois, assim diz o SE­NHOR dos Exércitos: A p lica io vosso coração aos vossos 
H caminhos.
w 6 - Semeais muito e recolheis
I pouco; come is, mas não vos far-
1 tais; bebe/s, mas não vos saciais;
i l- ■ * k vestis-vos, mas ninguém se aque-
* ce; e o que recebe salário recebe 
y salário num saquitel furado.
- ן 7 Assim diz o SENHOR dos 
 Exércitos: Aplicai o vosso coração ־■
~ aos vossos caminhos.
| 8 -S ub i o monte, e trazei ma dei- 
^ ra, e edificai a casa; e dela me 
agradarei e eu serei glorificado, 
$ diz o SENHOR.
5 9 - Olhastes para muito, mas
i eis que alcançastes pouco; e esse
I pouco, quando o trouxestes para 
[ casa, eu lhe assoprei. Por quê? 
fe — disse o SENHOR dos Exércitos.
I Por causa da minha casa, que
I está deserta, e cada um de vós 
\c o r re à sua própria casa./ 6 L iç õ e s B íb l ic a s
Μ
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\£^*TG fm m m asa^₪ aaum
Cambises, identif icado na Bíblia 
com o A r ta x e rx e s (Ed 4 .7 -23 ) , 
reinou em seu lugar até 522 a.C. 
Este, por dar ouvidos a uma de- $ 
núncia dos v iz inhos invejosos e 
hostis a judá, decidiu embargar a 
construção da Casa de Deus em 
Jerusalém (Ed 4.23).
b) D ario H istaspes. Após a 
morte de Cambises, Dario Histas- 
pes assum iu o t ro n o 
da Pérsia (reinando até 
486 a.C.), e autor izou 
a continuação da obra 
do Templo. Ele é citado 
nas Escrituras Sagradas 
s im p le s m e n te c o m o 
“ Dario” (Ed 6.1,1 2,1 3).
2. V id a p e s s o a l . Não há, 
além do profeta, outro Ageu no 
Antigo Testamento. O seu nome 
aparece nove vezes na profecia e 
duas no livro de Esdras (Ed 5.1;
6.14). Ageu foi o primeiro profeta 
a atuar no pós-exíl io. Seu chama­
do ocorreu cerca de dois meses 
antes de Zacarias receber o p r i ­
meiro oráculo: “no ano segundo 
do rei Dario” em 520 a.C. (1.1; Zc
1.1). O fato de Ageu apresentar- 
se co m o “ p ro fe ta ” (vv. 1 ,3 ,12 ; 
2 .1,10) dem onstra que os con­
temporâneos reconheciam-lhe o 
ofício sagrado. Além dele, apenas 
Habacuque e Zacarias m enc io ­
nam o ofíc io profét ico em suas .
apresentações (He 1.1; Zc 1.1). £
v-mw vvnv
Dejoel até Ageu passaram-se 
mais de 300 anos. A hegemonia 
polít ica e militar, nessa fase da 
história mundial, estava com os 
persas, pois os assírios e babi­
lônios não exist iam mais como 
im p é r io s . Q u an to ao 
pecado de Judá, este 
não era a idolatria, pois
o ca t ive iro errad icara 
de vez essa prática. O 
problema agora, igual­
mente grave, era a indi­
ferença, a mornidão e o 
comodismo espiritual dos judeus 
em relação à obra de Deus.
I. O L IV R O DE A G EU
1. C o n te x to h is t ó r i c o . No
l iv ro de Esdras, encontra -se o 
relato das primeiras décadas do 
per íodo pós-exí l io . Por isso, é 
fundamental ler os seis primeiros 
capítulos do referido livro, para 
compreendermos o profeta Ageu.
O rei Ciro, da Pérsia, baixou o 
decreto que pôs f im ao cativeiro 
d e ju dá em 539 a.C. Pouco tempo 
depois, a pr imeira leva dos he- 
breus partiu da 3abilõnia de volta 
para Judá.
a) Cambises. Ciro reinou até 
530 a.C., ano em que fa leceu.
־׳/
IN TR O D U Ç Ã O
ES B O Ç O D O L IV R O DE A G E U
PAl AVRA-CHAVE
T e m p lo :
Espaço ou edifício 
destinado a cu lto 
religioso.
Parte I - Reconstrução do Tem plo (1 .1 -15 )
( 1 .1 ) ........................................Introdução.
(1.2-1 1 ) ................................. Primeiro oráculo: exortação para a reconstrução do Templo.
(1.1 2-1 5 ) ...............................Segundo oráculo: resposta e compromisso.
Parte II - Esp lendor Futuro do T em p lo (2 .1 -23 )
(2 .1 -9 ) ....................................Terceiro oráculo: compromisso e promessas.
(2.1 0 - 2 3 ) .............................. Quarto oráculo: decisões e bênçãos futuras.
'V____________________________________________________________________________________________
L iç õ e s B íb l ic a s 7 7
ta e oito versículos, dez falam da 
Casa de Deus em Jerusalém.
R E S P O N D A
1. Quem em bargou a construção 
do Templo de Jerusalém, e quem 
depois vetou esse embargo?
2. Quem liderou os remanescentes 
de Judá no retorno de Babilônia 
para Jerusalém?
3. Qual o tema do liv ro de Ageu?
I I . R E S P O N S A B IL ID A D E 
E O B R IG A Ç Õ E S
1. A d e s c u lp a do p o vo .
Ageu inicia a mensagem com a 
fórmula profética que aponta para 
a autoridade divina (v.2). O povo, 
em débito que estava com o Eter­
no (v.2b), em vez de reivindicar
o decreto de Ciro para continuar 
a construção do Templo, usou a 
desculpa de que não era tempo 
de construir. Por isso, o Senhor 
evita chamar Judá de “meu povo” , 
refer indo-se a eles como “este 
povo” . Em outras palavras, Deus 
não gostou da desculpa da nação 
(Jr 14.10,1 1).
2. In v e rs ã o de p r io r id a ­
des (v v .3 ,4 ). O oráculo vo lta a 
dizer que a Palavra de Deus veio a 
Ageu (v.3). Ênfase que demonstra 
ser o discurso do profeta uma 
mensagem advinda diretamente 
do Senhor que, inclusive, t rouxe ­
ra Judá de vo lta a Jerusalém para 
constru ir a sua Casa. Mas o povo 
preocupou-se mais em morar nas 
casas fo rradas , enq ua n to que
o Templo, cujo embargo havia 
ocorr ido há 1 5 anos, continuava 
em total abandono (v.4). Era uma 
opção insensata. Os judeus negli­
SIN O PSE D O T Ó P IC O (1 )
O tema do livro de Ageu é a 
reconstrução do Templo. Dos trin-
ρ 3 ι^ « * α · · κ !« · η ■
3. Zorobabel. A profecia de 
Ageu foi d ן ir ig ida “a Zorobabel, 
| f i lho de Sealtiel, príncipe de Judá, 
§ e a Josué, fi!ho de Jozadaque, o 
| sumo sacerdote” (v. l). Sob a sua 
ן l iderança e a do sacerdote Josué, 
ζ ou Jesua, fi lho de Jozadaque, os 
| remanescentes judeus retornaram 
$1 da Babilônia para Jerusalém (Ed
1 2.2; Ne 7.6, 7; 1 2.1). A promessa 
| divina dirigida a Zorobabel é mes- 
ן siânica(2.21-23), sendo que a pró- 
k pria l inhagem messiânica passa
I por ele (Mt 1.12; Lc 3.27). Dessa
forma, Jesus é o “Filho de Davi", 
^ mas também de Zorobabel.
4. Estru tura e m ensagem . 
O livro consiste de quatro curtos ך
I oráculos. O prime'ro foi entregue
I “no sexto mês, no primeiro dia do
I mês” (v.l) [mês hebraico de elul, 
·j 29 de agosto]; o segundo, “no 
« sétimo mês, ao vigésimoprimeiro 
j do mês” (2.1) [mês de tisrei, 17 
! de outubro]; o terceiro e o quarto 
! oráculos vieram no mesmo dia, o
* “vigésimo quarto dia do mês nono”
* (2.10,20) [mês de qufsleu, 18 de
I dezembro]. A revelação foi dada di- 
jj retamente por Deus (w. 1,3). Ape­
s nas Ageu apresenta com tamanha
5 precisão as datas do recebimento 
| dos oráculos. O tema do livro é 
ן a reconstrução do Templo. Dos 
| 38 versículos div ididos em dois 
g capítulos, dez falam da Casa de 
§ Deus, em Jerusalém (vv.2,4,8,9,14;
I 2.3,7,9,15,18). Em o Novo Testa- 
mento, Ageu é citado uma única ן
vez (2.6; Hb 12.26,27).
7 8 L iç õ e s B í b l ic a s
t inha a bênção de Deus (v. 6). 
Tudo isso “ por causa da minha 
casa, que está deserta, e cada 
um ae vós corre à sua própr ia 
casa” (v. 9). Era o cast igo pela 
d e s o b e d iê n c ia (Dt 2 8 .3 8 -4 0 ) . 
Era o resu ltado da ingra t idão do 
povo. Por isso, o profeta convida 
a todos a ref le t i r (v.7).
2 . A s o lu ç ã o . Nem tu d o 
e s ta v a p e rd id o ! Deus e n v io u 
Ageu para apresentar uma saída 
ao povo. O Profeta deveria levar 
adiante o com prom isso assum i­
do com Deus: sub ir ao monte, 
cortar madeira e constru ir a Casa 
de Deus. Fazendo isso, o Senhor 
se agradaria de Israel e o nome 
do Eterno seria g lo r i f icado (v.8). 
Não era comum o povo e as au­
tor idades acatarem a mensagem 
dos profetas naqueles tempos. 
Oseias e Jeremias são exemplos 
clássicos disso, mas aqui foi d i ­
ferente. O Espírito Santo atuou 
de maneira tão maravi lhosa, que 
o co r re u um v e rd a d e i ro av iva - 
mento e a construção do Templo 
prossegu iu sob a l iderança de 
Zorobabel e do sumo sacerdote 
Josué (v. 1 4).
3 . O S e g u n d o T e m p lo . 
Enquanto isso, na Pérsia, o novo 
rei Dario Histaspes pôs f im ao 
embargo. Ele colheu ofertas para 
a construção e deu ordens para 
não fa ltar nada durante o anda­
mento da obra. Ele ainda pediu 
oração ao povo de Deus em seu 
favor (Ed 6.7-10). Finalmente, o 
Templo foi inaugurado em 516
а.C., “no sexto ano de Dario” (Ed
б.1 5). Esse é o segundo e o últ imo 
Templo de Jerusalém na história
genciaram uma responsabil idade 
que, através do rei Ciro, o Alt ís­
s imo lhes a tr ibu íra (Ed 1.8-11; 
5.14-16). O desprezo pela Casa 
do Alt íss imo representa o gesto 
de ingratidão do povo judeu (veja
o reverso em Davi: 2 Sm 7.2).
3. Um c o n v ite à re flexão . 
No vers ícu lo cinco, vemos um 
apelo à consc iênc ia e ao bom 
senso, pois é o p ró p r io Deus 
quem fala. Tal exem plo mostra 
que d eve m o s para r e re f le t i r , 
a v a l ia n d o a s i tu açã o à nossa 
vo lta , percebendo, inclusive, o 
ag ir do Senhor.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )
A r e s p o n s a b i l i d a d e e as 
obrigações devem ser precedidas 
por uma reflexão cujo bom sen­
so e a consciência permite-nos 
conhecer o ag ir do Senhor em 
nossa volta.
R E S P O N D A
4. O que representa o gesto de 
desprezo peta Casa de Deus?
I I I . A E X O R T A Ç Ã O D IV IN A
1. C r is e e c o n ô m ic a . O
profe ta fala sobre o trabalhar, o 
comer, o beber e o ves t i r como 
necessidades básicas, pois ga­
rantem a d ign idade do ser huma­
no. Mas temos aqui um quadro 
deploráve l da econom ia do país. 
A abundante semeadura p ro d u ­
zia m u i to pouco. A quant idade 
de v íve res não era s u f ic ie n te 
para saciar a fome de todos. A 
bebida era escassa, a roupa de 
baixa qual idade e o salário não
L ições B í b l ic a s 7 9
C O N C LU S Ã O
A lição de Ageu tem muito a 
ensinar-nos. Não devemos encarar 
a nossa responsabilidade e compro­
misso como fardos pesados, mas 
recebê-los como algo sublime. É 
honra e privilégio fazer parte do pro­
jeto e do plano divinos, mesmo em 
situação adversa (At 5.41). Assim, 
somos encorajados por Jesus a atuar 
na seara do Mestre a fim de que a 
nossa luz brilhe diante dos homens 
e Deus seja glorificado (Mt 5.16).
* d o s judeus. E assim, a presença 
| de Deus no Templo fez da glória 
ן da segunda Casa maior que a da 
primeira (2.9).
$ _______________________________________
| S INO PSE D O T Ó P IC O (3 )
A presença de Deus no Tem- 
pio fez a glória da segunda Casa 
maior que a da primeira.
R ES PO N D A
5 .0 que fez a glória da segunda Casa 
maior do que a da primeira?
8 0 I -içõii.s B íb l ic a s
VOCABULÁRIO
H egem onia: Supremacia, su­
perioridade.
Em bargo: Impedimento, obs­
táculo.
S o b re p u ja r: Exceder, u l t r a ­
passar.
Inósp ito : Lugar em que não se 
pode viver.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsíd io T e o ló g ic o
“ A g e u [ ״ .]
Ageu censurou os judeus por 
sua indiferença, e os repreendeu 
por constru írem as suas próprias 
casas enquanto a casa de Deus era 
negligenciada. Ele assegurou aos 
hab i tan te s de Jerusa lém que as 
adversidades que v inham so fren­
do eram castigos por sua apatia. 
Zorobabel fo i es t imu lado a dar a 
supervisão apropr iada à obra que 
t inham em mãos, e quando parecia 
que as revoltas na Babilônia podiam 
ainda ser bem sucedidas, ele parece 
ter sido considerado como o homem 
d iv inam ente ung ido, que deveria 
conduz ir Judá à independência.
[...] O livro de Esdras passa em 
silêncio pelo período de cinqüenta e 
sete anos que se seguiram à conclu­
são do segundo Templo. No império 
persa, a morte de Dario I, em 486 
a.C., foi seguida pela ascensão de 
seu f i lho Xerxes (486 - 465 a.C.).
[...] Duran te este período, a 
comunidade judaica lutou, com co­
ragem, para sobrepujar a pobreza 
com que a terra fora assaltada, e 
esforçou-se duramente para arran­
car a lguma prosperidade do solo 
inóspito. Em outro tempo, porém, 
a orgulhosa capital ainda carregava 
os sinais de sua humilhação, e em­
bora o Templo estivesse concluído, 
a c idade a inda pe rm anec ia sem 
muros” (HARRISON, R. K. T e m p o s 
d o A n t i g o T e s ta m e n to : Um Con­
te x to S ocia l, P o lítico e C u ltu ra l.
I .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, 
pp.285-86).
B IB L IO G R A FIA S U G E R ID A
HARRISON, R. K. T em p o s do 
A n tig o T es tam en to : Um Con­
texto Social, Político e C u ltu ra l.
1 .ed. Rio de Jane iro : CPAD, 
2010 .
MERRIL, Eugene H. H is tó r ia 
de Is ra e l no A n tig o T e s ta ­
m ento : O re ino de sacerdotes 
que Deus co lo co u e n tre as 
nações. 6.ed. Rio de Janeiro: 
CPAD, 2007.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão 
CPAD. n° 52, p.41.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Cambises, identif icado na Bíblia
como Artaxerxes (Ed 4.7-23).
2. Zorobabel e Josué, f i lho de Jo-
zadaque.
3. A reconstrução do Templo.
4. Representa o gesto de ingratidão
do povo judeu.
5. A presença de Deus.
v
L iç õ ê s B í b l ic a s 81
Lição 1 2
23 de Dezembro de 2012
O R e in a d o
M e s s iâ n ic o
H IN O S SUGERIDOS 84. 258, 406
Q u arta - Jr 2 3 .5 ,6
Haverá completa segurança na terra
Q uin ta - Zc 14.1 1
Jerusalém habitará segura
Sexta - A t 3 .20 ,21
A restauração de todas as coisas
Sábado - 2 Pe 3 .1 3
Esperamos novos céus e nova terra
LEITURA DIARIA
Segunda - Is 2 .2-4
A guerra não mais existirá
Terça - Is 11.6-9
A plenitude da paz universal
VERDADE PRÁTICA
Jesus é tanto o Salvador do mundo, 
como Rei do Universo.
“Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que 
levantarei a Davi um Renovo ju s to ; sendo 
rei, reinará, e prosperará, e pra ticará o 
ju ízo e a justiça na te rra ” (Jr 23 .5 ).
8 2 L iç õ e s B íb l ic a s
INTER A Ç ÃO
Zacarias fo i contem porâneo do p ro fe ­
ta Ageu. Ele teve um a série de visões 
d u ra n te os dois p rim e iro s anos das 
obras de reconstrução do Templo. Essas 
visões ob je tivavam in c ita r no povo â n i­
mo para o exercício do traba lho intenso 
na restauração do Templo. Os judeus 
estavam livres do exílio, m as o Templo 
não estava acabado. A reconstrução 
do Temple tra r ia um a nova esperança 
para os jud e us , pois a nação, no fu tu ro , 
tam bém seria res ta u ra da e sp ir itu a l 
mente. A p rim e ira e a segunda vinda 
de Jesus Cristo são, focalizadaspelas 
pro fecias de Zacarias, como cu m p ri­
m ento da esperança jud a ica .
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar 
apto a:
C o m p r e e n d e r a estru tura e a m en­
sagem do l ivro de Zacarias.
E x p l ic a r a promessa de restauração 
da nação.
S a b e r que o re ino m ess iâ n ico é 
real.
O R IE N TA ÇÃ O PEDAGÓGICA
Prezado professor, para q je os alunos 
com preendam com mais fac ilidade o 
conteúdo da lição, u ti l ize o esquema da 
página seguinte. Reproduza־o conform e 
as suas possib ilidades. Explique aos a lu ­
nos que podem os destacar ao longo da 
profecia de Zacarias dois p ropós itos p r in ­
cipais: Os capítu los 1 — 8 fo ram escritos 
para encora jar o remanescente ju d e u na 
construção do Tem plo, em Judá. Enquan­
to que nos capítulos 9 — 14 0 p ro fe ta tra ­
ta de Israel e do Messias. O tem a do livro 
é o Messias de Israel, todavia, Jerusalém 
tam bém ocupa um espaço especial.
Z a c a r ia s 1.1; 8 .1 -3 ,2 0 -2 3 
Zaca r ias 1
1 - No oitavo mês do segundo 
ano de Dario, veio a pa lavra do 
SENHOR ao p ro fe ta Zacarias, 
filho de Baraquias, filho de Ido, 
dizendo:
Zaca r ias 8
1 - Depois, veio a m im a pa la ­
vra do SENHOR dos Exércitos, 
dizendo:
2 - Assim d iz o SENHOR dos 
Exércitos: Zelei p o r Sião com 
grande zelo e com grande in ­
dignação zelei p o r ela.
3 - Assim d iz o SENHOR: Vol­
ta re i pa ra Sião e hab ita re i no
k meio de Jerusalém; e Jerusalém 
chamar-se-á a cidade de verda­
de, e o monte do SENHOR dos 
Exércitos, monte de santidade.
20 - Assim d iz o SENHOR dos 
Exércitos: A inda sucederá que 
v irã o povos e h a b ita n te s de 
m uitas cidades;
21 - e os habitantes de uma 
cidade irão à outra , dizendo: 
Vamos depressa s u p lic a r o 
fa v o r do SENHOR e buscar o 
SENHOR dos Exércitos; eu tam ­
bém irei.
22 - Assim, virão m uitos povos 
e poderosas nações buscar, 
em Jerusalém, o SENHOR dos 
Exércitos e sup licar a bênção
j do SENHOR.
| 2 3 - Assim diz o SENHOR dos
I Exércitos: Naquele dia, sucede­
* rá que pegarão dez homens,
I de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu , dizendo: Iremos 
; convosco, porque temos ouvido 
que Deus está convosco.
LE ITU R A BÍBLICA
EM CLASSE
L iç õ e s B í b l ic a s 83
giosa e o avanço do secularismo 
colocavam Deus em últ imo plano. 
Por isso, tal como a história dos 
antepassados dos judeus, o Se­
nhor estava desgostoso daquela 
geração (1.2,3).
2. V id a p e s s o a l . Zacarias 
era de uma família sa­
cerdota l, assim como 
Jeremias (Jr 1.1) e Eze- 
quiel (Ez 1.3). Seu avô, 
Ido (1.1), era sacerdote 
e veio do exíl io à Jeru­
salém no grupo l idera­
do por Zorobabel, f i lho 
de Sea lt ie l , e Josué, 
f i lho de Jozadaque (Ne
12.1-4). Parece que “ Baraquias”, 
seu pai, faleceu quando o profeta 
ainda era criança. Assim, Zacarias 
fo ra então cr iado por seu avô. 
Isso pode ju s t i f ic a r a omissão 
do seu nome em Esdras, que o 
chama apenas de “f i lho de Ido” 
(Ed 5.1). O min is tér io profético 
de Zacarias foi mais extenso que 
o de Ageu, pois ele menc iona 
os oráculos entregues dois anos 
após o seu chamaao (7.1).
PALAVRA-CHAVE
M essias
Pessoa na qua l 
se concretizavam 
as aspirações 
de salvação ou 
redenção.
Nessa l ição, ve rem os que 
o l iv ro de Zacarias apresen ta 
os even tos do p o rv i r com o o 
e p í lo g o da h is tó r ia .
O orácu lo do pro fe ta 
não fala a respeito de 
acon tec im entos e n ig ­
máticos, mas de fatos 
rea is e c o m p r e e n s í ­
veis. Qua lquer obser­
vado r atento à época 
atual veri f icará que as 
d e m a n d a s do nosso 
tem po apontam para um desfe­
cho d iv inamente escatológico.
I. O L IV R O DE Z A C A R IA S
1. Contexto h istórico (1 .1 ).
Zacarias e Ageu receberam os orá­
culos divinos no segundo ano do 
reinado de Dario, rei da Pérsia, 
em 520 a.C. Conforme estudado 
anteriormente, a situação espir itu­
al de Judá é a mesma descrita no 
livro de Ageu. A indiferença reli-
IN TR O D U Ç Ã O
E S B O Ç O D O L IV R O D E Z A C A R IA S
PRIMEIRA PARTE
Palavras pro fé t icas e a reedificação do Tem plo ( ] .1 — 8.2 3)
■ Introdução (1.1 -6).
■ Série de oi to visões: [a] dos cavaleiros entre as murtas; [b] dos quatro chi fres e qua­
tros ferreiros; [c] dum homem medindo Jerusalém; [d] da pur if icação de Josué, o sumo 
sacerdote; [e] do castiçal de ouro e duas oliveiras; [f] do rolo voante; [g] da mulher num 
efa; [h] dos quatros carros (1.7 — 6.8).
■ A coroação de Josué como sumo sacerdote e o seu signi f icado profét ico (6.9-1 5).
■ Duas mensagens: O je jum e a just iça social; a restauração de Sião. (7.1— 8.23).
SEGUNDA PARTE
A pa lavra p ro fé t ica a respe ito de Israel e do M essias (9.1 — 1 4 .2 1 )
■ Primeira profecia do Senhor: a intervenção tr iunfal do Senhor; a salvação messiânica; 
a rejeição do Messias (9.1 — 11.17).
- Segunda profecia do Senhor: luto e conversão de Israel; a entronização do Rei Messias 
^(12.1 — 14.2 1). y
Texto adap tado cia “B íb lia de Estudo Pentecosta l", e d ita d a pe la CPAD.
8 4 L iç õ e s B íb l ic a s
do Novo Testamento reconhecem 
a presença de Cristo e sua obra na 
história da redenção (Jr 31.1 5 cf. Mt
2.16,1 7; Os 11.1 cf. Mt2.15). Nesse 
caso, a citação de Zacarias 11.13 
seria dos dois profetas. Entretanto, 
somente Jeremias é mencionado, 
porque ele é o profeta mais antigo 
e importante. Desse modo, temos 
a unidade literária.
b) C o le tânea de p ro fe c ia s . 
A outra expl icação é apenas h i­
poté t ica . Seria uma coleção de 
o rácu los en tregues a Jeremias 
após a conc lusão de seu l ivro. 
Eles teriam sido preservados pelo 
povo e, mais tarde, incluídos por 
Zacarias na segunda parte dos 
seus oráculos.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 ) *
Os oráculos do l ivro de Zaca­
rias são apocalípticos. O assunto 
central é o surg imento do Messias 
de Israel.
R E S P O N D A
/ . Q ua l o a ssu n to do liv ro de 
Zacarias?
2. Cite três p ro fec ias de Zacarias 
cum pridas em Jesus.
I I . P R O M E S S A 
D E R E S T A U R A Ç Ã O
1. S ião . Zacarias in t ro d u z
o oráculo com a usual fó rm u la 
profética (8.1). O discurso com e­
ça com a chancela de autoridade 
d iv in a : “Ass im d iz o SENHOR 
dos Exérc itos” (8 .2-4,6 ,7). Sião 
era orig ina lmente a forta leza que { 
Davi conqu is ta ra dos jebuseus, | 
tornando-se, a par t i r daí, a sua *
3. E s tru tu ra e m ensagem .
Os oráculos de Zacarias são apoca­
lípticos. Eles foram entregues por 
v isão (capítulos 1— 6) e palavra 
(7— 14). O assunto do l ivro é o 
Messias de Israel. Mas Jerusalém 
ta m b é m ocupa espaço s ign í f i - 
cat ivo na profecia. Há diversas 
referências diretas e indiretas a 
Zacarias em o Novo Testamento 
(Zc 9.9 cf. Mt 2 1.5; Zc 11.13 cf. Mt
27.9,1 0; Zc 12.10; Ap 1 .7) .Av inda 
do Messias e os demais eventos 
e s c a to ló g ic o s p re d o m in a m os 
capítulos 9— 1 4.
4 . U n id a d e l i t e r á r ia . A 
respeito da unidade l i terária de 
Zacarias, as opiniões mais popula­
res estão divididas em três grupos 
principais: os que defendem a un i­
dade li terária; os que consideram 
os capítulos 9— 14 provenientes 
do período pré-exílio babilônico; 
e os que apontam para o período 
pós-exílio (os liberais). Esta ú lt ima 
ideia é descartada pelos críticos 
conservadores.
A d i fe ren ça de e s t i lo l i t e ­
rário é natural. Um au to r pode 
m udar seu est i lo com o te m p o e 
com o assunto a ser t ra tado. Em 
relação à passagem de Zacarias
1 1 .1 3 — o n d e o e v a n g e l i s ta 
Mateus a t r ib u i a u to r ia do seu 
conteúdo ao p ro fe ta je rem ias (cf. 
Mt 27.9) — há pelos menos duas 
expl icações:
a) Combinação profética. Jere­
mias comprou um campo (Jr 32.6-9) 
e visitou a casa do oleiro Or 1 8.2). 
O An t igo Testamento é rico em 
detalhes para narrar a obra reden­
tora. Ele não se restringe apenas 
às profecias diretas. Os escritores
LidJõEs B íb l ic a s 85
I I I . O R EIN O M E S S IÂ N IC O
1. Λ p e rg u n ta p e la paz.
Quando de um atentado terrorista 
no Iraque, que matou um diplomata 
brasileiro, o então secretário geral 
das Nações Unidas, Koff Annam, 
declarou: “Já não existe mais lugar 
seguro no mundo” . Diante disso, 
podemos perguntar: “É possível 
v iver num mundo de justiça, paz e 
segurança?” A Bíblia assevera que 
sim! O profeta Zacarias, mostrando 
a trajetória da humanidade, des­
creve a história espiritual de Israel 
e o futuro glorioso dejerusalém no 
Milênio (14.1 7 6,1 1, .(ו 
2 . A p a z u n iv e r s a l . As 
Escrituras Sagradas falam de um 
período conhecido como Reino 
Messiânico (ou Milênio), em que 
o próprio Senhor Jesus Cristo rei­
nará por mil anos. Tribos, cidades, 
povos e nações achegar-se-ão a 
Deus pelo anúncio do evangelho.
O contex to bíbl ico permite-nos 
dizer que essa profecia (8.20-22) 
é escatológica e aponta para a res­
tauração dejerusa lém no Milênio 
(2.1 1: 3.1 0: Is 2.2-4: Mq 4.1-4). 
Nessa época, Israel estará plena­
mente restaurado tanto nacional 
quanto espir itualmente.
3. A o rla da v e s te de um 
ju d e u (8 .2 3 ) . A expressão “ ra- 
quele d ia” é escatológica (2.11;
-Os 2.1 6; Jl 3.1 8). Aqui, ela refere ן
| se ao M i lên io . O n úm ero dez 
indica quantidade indefinida (Nm 
14.22; 1 Sm 1.8; Ne 4.1 2). O ter­
mo “ju d e u ” no Ant igo Testamento 
a pa re ce f r e q u e n te m e n t e nos 
livros de Esdras e Neemias. Fora 
deles, só aparece em Ester e ta m ­
bém em Jeremias. A vestimenta
p ■ ................. — ..............
cidade (2 Sm 5.6-9). Com o passar 
do tempo, veio a ser um nome al­
ternativo dejerusalém semelhante 
à descrição de Zacarias 8.3.
2. O ze lo do Senhor (8 .2 ) . 
Jeová declara a si mesmo como 
Deus “ze loso ” (Êx 20.5), e este é 
um dos seus nomes (Êx 34.14). 
Tal zelo diz respeito à sua san­
t idade, cuja v iolação não pode 
f icar impune Qs 24.19). O zelo 
do Senhor ainda é manifestado 
como ind ignação quando o seu 
povo é truc idado por estrange i­
ros. Aos opressores, Deus há de 
açoitar (1.14,15).
3. R estauração de Jerusa­
lém . A palavra profética anuncia: 
“Voltarei para Sião e habitarei no 
meio de Jerusalém” (8.3b). Após a 
lição dos 70 anos de cativeiro, o
' Senhor se volta com zelo ao seu 
povo. Mas a promessa é para o 
futuro, quando Jerusalém tornar- 
se uma “cidade de verdade [...] 
monte de santidade” (8.3b). Te­
mos aqui, uma reiteração do que 
disseram Zacarias (1.16; 2.10) e 
os demais profetas antes dos cati­
veiros assírio e babilônico (Is 1.16; 
Ez 36.35-38; Sf 3.13-1 7).
S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )
A restauração de je rusa lém é 
uma promessa futura, pois quan­
do ela tornar-se uma “cidade de 
verdade [...] monte de santidade” , 
a promessa será cumprida.
R E S P O N D A
£ 3. Como o zelo de Jeová p o r Sião 
e Jerusa lém é m an ifes tad o em
I Zacarias 8.3?
8 6 L iç õ e s B íb l ic a s
REFLEXÃO
R E S P O N D A
4. Como se cham a o re ino de C ris­
to de m il anos?
5. O que s ign ifica peg a r na veste 
de um ju d e u em Zacarias 8.23?
C O N C L U S Ã O
Diante do exposto, podemos 
concluir: se todas as profecias so­
bre os impérios passados e acerca 
da p r im e i ra v in d a do Messias 
cumpriram-se f ie lmente, as pro­
fecias escatológicas igua lmente 
se cumprirão. Os acontecimentos 
atuais por si só começam a confir­
mar essa realidade.
do judeu era de fácil identificação 
(Nm 1 5.38; Dt 22.1 2). E “agarrar- 
se à or la de sua ve s te ” ind ica
o desejo e o anseio do m undo 
gentio em desfru tar as bênçãos e 
os pr iv i lég ios de Israel. Portanto, 
se a queda de Israel representou 
a r iqueza do m undo , qual não 
será a g lór ia dos gentios na sua 
plenitude? (Rm 11.11-14).
S IN O P S E D O T Ó P IC O ( 3 ) .
O R e in o M e s s iâ n ic o é o 
p e r ío d o o n d e to d o o m u n d o 
des fru ta rá da verdade ira paz do 
Messias de Israel.
“O Messias veio como um servo p a ra m o rre r p o r
nós. Ele vo lta rá como um Rei vitorioso. Submeta- 
se à sua lide rança agora , a fim de que você esteja 
p ro n to p a ra o re to rn o tr iu n fa n te do Rei.’’ 
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
״׳*> ♦
L iç õ e s B íb l ic a s 8 7
VOCABULÁRIO
Enigm ático: Difícil de compre­
ender ou interpretar.
SecuJarismo: Doutrina que ignora 
os princípios espirituais na con­
dução dos negócios humanos. O 
secularismo, ou materialismo, tem
o homem, e somente o homem, 
como medida de todas as coisas.
H ipo tético : Duvidoso, incerto.
Trucidado: Morto com crueldade.
R eiteração: Repetição.
B IB LIO G R A FIA SU G ER ID A
HARRISON, R. K. Tem pos do 
A ntigo Testam ento : Um Con-
texto Social, Político e C u ltu ra l. 
l .e d . Rio de Janeiro: CPAD,
2 0 1 0 .
SOARES, Esequias. O M in is té ­
rio P ro fé tico na Bíblia: A voz
de Deus na Terra. 1 .ed. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2010.
ZUCK, Roy B (Ed.). T eo lo g ia do 
A n tig o Testam en to . 1 .ed. Rio 
de Janeiro: CPAD. 2009.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão 
CPAD, n°52, p.42
r \־ 
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. O Messias de Israel.
2. Zc 9.9 cf. Mt 21.1 5; 11.13 cf. Mt
27.9,10; 12.10 cf. Jo 10.37.
3. “Voltarei para Sião e habitarei no
meio de Jerusalém” (8.3a).
4. Reino Messiânico ou Milênio.
5. Indica o desejo e o anseio do mun­
do gentio em desfrutar as bênçãos 
e os priv ilégios de Israel.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I''
Subsídio Sociológico
“Zacarias, que profetizou per­
to do fim de outono de 520 a.C., 
também aguardava ansiosamente 
pela libertação da nação do domínio 
estrangeiro, e com confiança espe­
rava que um povo renovado fosse 
governado por um descendente da 
casa de Davi. Ele deu continuidade 
ao trabalho de Ageu ao apressar a 
conclusão do segundo Templo; e 
em 5 1 5 a.C, cerca de setenta anos 
após a destruição da primeira cons­
trução, o seu sucessor foi consa­
grado. Embora os persas tivessem 
designado Tatenai como o governa­
dor militar de Judá (Ed 6.1 3), incen­
tivaram o estado a funcionar como 
uma comunidade religiosa em vez 
S| de política, com o sumo-sacerdote 
Josias em seu comando. Quanto a 
Zorobabel, não se sabe se morreu 
ou se foi destituído do cargo pelos 
persas, como medida preventiva. 
Em todo caso, a situação política 
em Judá parece ter sido estabili­
zada pelo estabelecimento de um 
sistema teocrático apoiado pelo 
governo persa” (HARRISON, R. K. 
Tem pos do A n tig o Testam ento: 
Um Contexto Social, Político e Cut- 
tu ra l. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
8 8 L iç Oes B íb l ic a s
r
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“O fu tu ro p ro g ra m a de Deus para o povo
Zacarias teve uma visão escatológica m uito mais detalhada e 
completa que os outros profetas menores dos séculos VI e V. [...] 
Embora o tom global permaneça otimista, o profeta previu que a 
liderança do Senhor seria rejeitada, o que necessitaria ju lgam ento 
purif icador. O Senhor, porém, intervirá a favor do povo em uma 
batalha culminante. Isto levará ao arrependimento o povo e à con­
cessão das bênçãos divinas.
A restauração de Jerusalém é central aos capítulos 1 a 8. Ao 
declarar a p ro funda l igação emocional com a cidade, o Senhor 
promete restaurar-lhe a prosperidade (Zc 2.10,11; 8.1-5). Tomará 
residência uma vez mais em Sião (Zc 2.1 0,1 1 ;8.3) e sobrenatura l­
mente a protegerá (Zc 2.5). O foco da cidade restaurada será a 
habitação de Deus, o Templo reconstruído (Zc 1.17). Esses residen­
tes da cidade que ainda estão no exílio vo ltarão em grandes levas 
(Zc 2.4,6,7; 8.7,8). Sinais das bênçãos divinas serão visíveis nas 
ruas da cidade, onde os que chegarem a uma idade madura verão 
crianças br incando contentemente (Zc 8.4,5). Embora muitos se 
maravi lhem com esta reversão na situação de Sião, o Senhor todo 
Todo-Poderoso não compart i lhará desse assombro, pois nada está 
acima do seu poder (v.6).
[...] Os capítulos de 1 a 8 de Zacarias também foca a liderança 
da je rusa lém restaurada. Sacerdotes e rei desempenham papéis pro­
eminentes nestes capítulos. Na quarta visão noturnado profeta (Zc
3.1 -1 0), ele tes temunhou a purif icação de Josué, o sumo sacerdote 
na comunidade pós-exílica daquela época. As Vestes sujas’ de Josué, 
símbolo do pecado, foram trocadas por ‘vestes novas’ e uma mitra 
l impa lhe foi colocada na cabeça (Zc 3.3-5). O Senhor encarregou 
Josué de obedecer aos mandamentos e prometeu recompensar-lhe 
a obediência, dando-lhe autor idade sobre o serviço do Templo 
e acesso ao conselho de Deus (vv. 6,7). Claro que a mensagem 
se aplica à nação inteira, porque Josué, como sumo sacerdote, 
representava o povo. O fa to de ter sido l impo s imbolizava o resta­
belecimento da nação como um todo e, mais part icu larmente, dos 
sacerdotes que faziam mediação entre Deus e o p o vo ” (ZUCK, Roy 
B (Ed.). T e o lo g ia do A n tig o T e s ta m e n to . 1 .ed. Rio de Janeiro: 
CPAD. 2009, pp.457-58).
V
Lições Bíblicas 8 9
Lição 1 3
30 de Dezembro de 2012
M a l a q u ia s — A Sa c r a l i - 
d a d e d a Fa m íl ia
TEXTO ÁUREO
“Portanto, deixará o varão o seu pai e a 
sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e
i serão ambos uma carne” (Gn 2 .24 ).
H IN O S SUGERIDOS 581, 596, 597
LEITURA DIARIA
Segunda-S I 128*3,4
O modelo da família
S exta-S I 133.1
A comunhão no âmbito familiar
Sábado - T t 2.2-6
A família que agrada a Deus
VERDADE PRÁTICA
É da vontade expressa de Deus que 
levemos a sério o nosso relaciona­
mento com Ele, com a família e com 
a sociedade.
Quarta - Ef 5.25-28
Amor sacrifical na família
Quinta - Ef 6.1-3
Obediência na família
Terça - Ef 5.22-24
Submissão na família
9 0 L ic õ e s B íb lica s
Comumente isolamos um assunto de 
determ inado contexto lite rá r io igno ­
rando o tema cen tra l daquela obra. 
O liv ro de M a laqu ias é o exem plo 
perfeito disso. Quando falam os nele, 
pensamos logo em “dízimo". É como se 
“M alaquias” e “d íz im oJ fossem termos 
am algamados. No entanto, veremos 
que o assunto predominante do profeta 
Malaquias não é o dízimo (este apenas 
é tra tado num contexto de corrupção 
sacerdotal e da nação), mas co n tra ria ­
mente, é o relacionam ento fam iiia^ e 
civil entre o povo judeu que constituem 
o seu tema p rinc ipa l
L -A
INTERAÇÃO
&
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar 
apto a:
r
Expl icar o contexto social, a estrutura 
e a mensagem do livro de Malaquias.
R e c o n h e c e r quais são as im p l ica ­
ções de um péssimo re lac ionamen­
to famil iar.
C o n s c ie n t iz a r -s e que é vontade de 
Deus v ivermos um bom relaciona­
mento na famíl ia e na sociedade.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, chegamos a ú lt im a 
lição desse tr im estre . Estudamos os 
doze liv ros dos Profetas Menores. Suge­
rimos que você inicie a aula dessa sema­
na fazendo uma recapitu lação dos p ro ­
fetas estudados anterio rm ente . Pergunte 
aos alunos qual o profe ta que eles mais 
gostaram e o porquê. Você tam bém 
pode re lem brar o período h is tórico dos 
profetas e o propós ito dos livros. Para 
aux il ia r na recapitu lação, u til ize o es­
quema da Orientação Didática da Lição 
1. E para in tro d u z ir a lição de hoje, use 
o esquema da página seguinte, m ostran ­
do aos alunos um panorama geral do 
liv ro de Malaquias.
L E IT U R A B ÍB L IC A 
EM CLASSE 
Malaquias 3.1; 2.10-16
Malaquias 1
I - Peso da palavra do SENHOR 
contra Israel, pelo ministério de 
Malaquias.
Malaquias 2
10 - Não temos nós todos um 
mesmo Pai? Não nos criou um 
mesmo Deus? Por que seremos 
desleais uns para com os outros, 
profanando o concerto de nossos 
pais?
I I -Judá fo i desleal, e abomina- 
ção se cometeu em Israel e em Je­
rusalém; porque Judá profanou 
a santidade do SENHOR, a qual 
ele ama, e se casou com a filha 
de deus estranho.
1 2 - 0 SENHOR extirpará das 
tendas de Jacó o homem que 
fizer isso, o que vela, e o que 
responde, e o que oferece dons 
ao SENHOR dos Exércitos.
1 3 - Ainda fazeis isto: cobris o 
a lta r do SENHOR de lágrimas, 
de choros e de gemidos; de sor­
te que ele não olha mais para 
a oferta, nem a aceitará com 
prazer da vossa mão.
14 - E dizeis: Por quê? Porque o 
SENHOR foi testemunha entre ti 
e a mulher da tua mocidade, com 
a qual tu foste desleal, sendo ela 
a tua companheira e a mulher do 
teu concerto.
1 5 - £ não fez ele somente um, 
sobejando-lhe espírito? E por que 
somente um? Ele buscava uma 
semente de piedosos; portanto, 
guardai-vos em vosso espírito, e 
ninguém seja desleal para com a 
mulher da sua mocidade.
1 6 - Porque o SENHOR, Deus 
de Israel, diz que aborrece o 
repúdio e aquele que encobre a 
violência com a sua veste, diz o 
SENHOR dos Exércitos; portanto, 
guardai-vos em vosso espírito e 
,não seja is desleais.
L ic õ e s B íb lic a s 913
político, religioso e social do livro 
em apreço.
a) O g o v e rn a d o r de Judá. 
Jerusalém era governada por um 
pehah, palavra de origem acádica 
traduzida por “príncipe” na ARC 
(Almeida Revista e Corrigida), ou
“governador” , na ARA e 
TB (1.8). O termo indica 
um governador persa e 
é apl icado a Neemias 
(Ne 5.14). O seu equi­
valente na língua persa 
é tirsh a ta (“tirsata, go ­
vernador” , cf. Ed 2.63; 
Ne 7.65; 8.9; 10.1). A 
profecia mostra que o 
templo de Jerusalém já havia sido 
reconstruído e a prática dos sacri­
fícios, retomada (1.7-1 0).
b) A ind iferença relig iosa. As 
principais denúncias de Malaquias 
são contra a lassidão e o afrouxa­
mento moral dos levitas (1.6); o 
divórcio e o casamento com mu­
lheres estrangeiras (2.1 0-1 6); e o 
descuido com os dízimos (3.7-1 2). 
Tudo isso aponta para o período 
em que Neemias ausentou-se de 
Jerusalém (Ne 13.4-13,23-28). O 
primeiro período de seu governo
No presente estudo, veremos 
que a mensagem de Malaquias 
enfoca a sacralidade do relaciona­
mento com o Altíssimo 
e com a família. Duran­
te o exíl io na Babilônia, 
a idolatria de Judá fora 
defin it ivamente erradi­
cada. A questão agora 
era outra: o relaciona­
m e n to do povo com 
Deus e com a família.
E tais relacionamentos 
precisavam ser encarados com 
mais piedade e temor.
I. O L IV R O DE M A L A Q U IA S
1. C o n texto h is tó r ic o . O
l ivro não menciona diretamente 
\ o reinado em que Malaquias exer- 
 ceu seu ministério. Também não ן
informa o nome do seu pai, nem
o seu local de nascimento. Isso é 
observável também nos livros de 
Obadias e Habacuque. Não obs- 
ί tante, há evidências internas que 
L permitem identi f icar o contexto
IN TR O D U Ç Ã O
PALAVRAS CHAVE
Fam ília:
Pessoas aparentadas, 
que vivem, em geral, 
na mesma casa, 
particularmente o 
pai, a mãe e os filhos.
E S B O Ç O D O L IV R O DE M A L A Q U IA S
In trod ução (1 -1 )
Parte I: A M ensagem do Senhor (1 ,2 — 3 .18 )
Primeiro oráculo: o amor de Deus por Israel................... ,................................................(1.2-5)
Segundo oráculo: pecados dos sacerdotes...............................................................(1 .6 — 2.9)
Terceiro oráculo: pecados da comunidade..................................................................... (2.10-16)
Quarto oráculo: a just iça d i v i n a ............................................................................... .(2.1 7 — 3.5)
Quinto oráculo: ofensas r i tua is ............................................................................................ (3.6-12)
Sexto oráculo: os servos de Deus...................................................................................... (3.13-18)
Parte II: O Dia do Senhor (4 .1-6)
Para o arrogante e malfe i to r ......................................................................................................... (v . l )
Um dia de tr iunfo para os ju s to s ............................................................................................. (v.2,3)
Restauração dos relacionamentos entre pais e f i lhos e entre o Povo de D e u s ....... (v.4-6)
92 LrçOss B íb lic a s
REFLEXÃO
Malaquias nos dá d ire trizes 
práticas sobre nosso 
compromisso com Deus:
o Senhor merece o m elhor 
que tivermosa oferecer. ” 
Bíblia de Estudo 
Aplicação Pessoal
/
escribas e o desper ן tam en to d a ■ 
! nação de Judá. I
R E S P O N D A I
/. Por que entendemos que Mala-m 
quias é o nome do p ro fe ta? I
2. Qual o assunto do liv ro de Ma-m 
laquias? I
I I . O JU G O D E S IG U A L
i
1. A p a te rn id ad e de Deus 
(2.10). A ideia de que Deus é o i 
Pai de todos os seres humanos 
é b ib l icamente válida. O Ant igo 
Testam ento expressa que essa 
paternidade refere-se a Israel (Êx 
4.22,23; Jr 31.9; Os 1 1.1), A cria­
ção div ina dá base para isso, em ­
bora não garanta uma relação pes- 
soai com Ele (At 1 7.28,29). Jesus, 
porém, fez-nos f i lhos de Deus por 
adoção. Por isso, temos liberdade 
e direito de chamar ao Senhor de ־ 
Pai (Mt 6.9; Jo 1.12; Gl 4.6).
3. A d es le a ld ad e . O termo 
“desleal” aparece cinco vezes nes­
sa seção (2.1 0,1 1,14-1 6). Trata-se 
do verbo hebraico bagad, que sig­
nif ica “agir t ra içoeiramente, agir 
com in f ide l idade” . Não p ro fanar '
o concerto dos pais — estabele- ׳ 
cido no Sinai (2.10) que proíbe a / 
união matr imonia l com c ô n ju g e s !
deu-se entre os anos 20 e 32 do 
rei Artaxerxes (Ne 5.1 4) e eqüivale 
a 445-433 a.C.
2. V ida pessoal de M ala- 
q u ias . A expressão “pelo min is­
tério de Malaquias” (1.1) é tudo
o que sabemos sobre sua v ida 
pessoal. A forma hebraica do seu 
nome é m a l’achi, que s ign if ica 
“meu mensageiro” . A Septuagin- 
ta t raduz por angelo sou (“ seu 
mensageiro, seu anjo”). O te rmo 
é ambíguo, pois pode referir-se a 
um nome própr io ou a um títu lo
(3.1). No entan to , en tendem os 
que Malaquias é o nome do pro­
feta, uma vez que nenhum livro 
dos doze p ro fe ta s m enores é 
anônimo. Por que com Malaquias 
seria diferente?
3. E s tru tu ra e m ensagem . 
A profecia começa com a palavra 
hebra ica m assá — “ peso, sen­
tença pesada, oráculo, p ro n u n ­
ciamento, profecia” (1.1; Hc 1.1; 
Zc 9.1; 12.1). O discurso é um 
sermão contínuo com perguntas 
re tó r icas que fo rm a m uma só 
unidade literária. São três os seus 
capítulos na Bíblia Hebraica, pois 
seis versículos do capítulo quatro 
foram deslocados para o final do 
capítulo três. O assunto do livro 
é a denúncia contra a formalidade 
re l ig iosa : p rá t ica gene ra l izada 
com os fa r iseus e escr ibas na 
época do m in is té r io te rreno de 
Jesus (Mt 23.2-7).
S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 )
O tema do livro de Malaquias 
é a denúncia contra a formalidade 
religiosa, a prática da corrupção 
generalizada entre os fariseus e
REFLEXÃO
"Jesus nos fez filhos de Deus 
por adoção. Por isso, podemos 
cham ar Deus de nosso Pai." 
Esequias Soares
[...] se casou com a fi lha de deus 
estranho” (2.11b). A expressão 
indica m u lhe r pagã e idó latra. 
E mais adiante inclui também o 
divórcio (2.1 3-1 6).
SINO PSE D O T Ó P IC O (2 )
O jugo desigual ou casamen­
to misto, é a união matr imonial 
de um homem ou uma mulher 
com alguém descrente. O profeta 
chama isso de abominação ou 
profanação.
R E S P O N D A
3. Quais pecados são colocados 
no mesmo p a ta m ar do casamento 
misLü e do d ivó rc io?
I I I . D EU S O D E IA 
O D IV Ó R C IO
1. O re lac ionam ento con­
ju g a l (2 .1 1 -1 3 ). Malaquias é o 
único livro da Bíblia que descreve 
o efeito devastador do divórcio na 
família, na Igreja e na sociedade. 
As lágrimas, os choros e os gemi­
dos descritos aqui são das espo­
sas judias repudiadas. Elas eram 
santas e p iedosas, mas fo ram 
injustiçadas ao serem substituídas 
por mulheres idólatras e profanas. 
As israelitas não t inham a quem 
recorrer. Nada podiam fazer senão 
derramar a alma diante de Deus. 
Por essa razão, o Eterno não mais 
aceitou as ofertas de Judá (2.1 3). 
Isso vale para os nossos dias. 
Deus não ouve a oração daqueles 
que tra tam in justamente o seu 
cônjuge (1 Pe 3.7). O marido deve 
amar a sua esposa como Cristo 
ama a Igreja (Ef 5.25-29).
estrangeiros (Dt 7.1-4) — é uma 
instrução rati f icada em o Novo 
Testamento (2 Co 6.14-16,18). O 
profeta retoma essa questão em 
seguida.
4 . O c a s a m e n to m is to 
(2.1 1). É a união matrimonial de 
um homem ou uma mulher com al­
guém descrente. O profeta chama 
isso de abominação e profanação. 
Os envolvidos são ameaçados de 
extermínio jun tamente com toda 
a sua família (2.1 2).
a) Abominação. O termo he­
braico para “abominação” é toevah
1 e diz respeito a alguma coisa ou
Í prática repulsiva, detestável e ofen­siva. A Bíblia aplica-o à idolatria, ao 
sacrifício de crianças, às práticas 
homossexuais, etc. (Dt 7.25; 1 2.31; 
Lv 18.22; 20.13). Trata-se de um 
termo muito forte, mas o profeta 
coloca todos esses pecados no 
mesmo patamar (2.1 1).
b) P ro fa n a çã o . P ro fano é 
aquele que trata o sagrado como 
se fosse com um (Lv 10.10; Hb
1 2.16). A “santidade do SENHOR”, 
que Judá p ro fanou (2.11), d iz
 ̂ respeito ao Segundo Templo, pois 
Ι em seguida o oráculo explica: “a
1 qual ele ama” . A violação do altar 
ι já fora denunciada antes (1.7-1 0). 
\ Mas aqui Malaquias cons idera 
o casamento misto como trans-
l gressão da Lei de Moisés: “Judá
94 L içõ e s B íb lic a s
cio ( 2 . 6 Ele ordena que “ninguém .(ן 
seja desleal para com a mulher da 
sua mocidade” (2.1 5).
S IN O P S E D O T Ó P IC O ( 3 )
A p o l ig a m ia e o d iv ó r c io 
são obs tácu los aos p ro pó s i to s 
divinos.
R E S P O N D A
4. Por que todos nós devem os 
leva r a sério o casam ento?
5. Por que Deus aborrece o d i­
vórcio?
C O N C L U S Ã O
A sacralidade do relaciona­
mento familiar deve ser levada em 
consideração por todos os cristãos. 
Todos devem levar isso a sério, pois 
o casamento é de origem divina e 
indissolúvel, devendo, portanto, 
ser honrado e venerado.
2 . O com prom isso do ca- 
sarn en to . Os votos solenes de 
f idel idade mútua entre os noivos 
num a ce r im ôn ia de casam ento 
não são um acordo t ra n s i tó r io 
com data de validade, mas “um 
contrato ju r íd ico de união espir i­
tua l” (Myer Pearlman). O própr io 
Deus coloca-se como testemunha 
desse contrato. Por isso, a ruptura 
de um casamento é deslealdade e 
traição (2.1 4). A reação divina con­
tra tal perfídia é contundente.
3. A v o n ta d e de D eus. A 
construção gramatical hebraica do 
versículo 15 é difícil. Mas muitos 
entendem o seu significado como 
defesa da monogamia. Deus criou 
apenas uma só m ulher para Adão, 
tendo em vista a formação de uma 
descendência piedosa (2.15). A 
poligamia e o divórcio são obstácu­
los aos propósitos divinos. É uma 
desgraça para a família! Por isso, o 
Altíssimo aborrece e odeia o divór­
“Deus não ouve a oração
daqueles que tra tam t *À * *mk
injustam ente o seu cônjuge." Am **
Esequias Soares
· ■r.
L iç õ e s B í b l ic a s 9 5
VOCABULÁRIO
Lass id ão : Prostação de forças, 
cansaço.
P urgar: Tornar puro, purificar. 
P erfíd ia : Deslealdade, traição.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HARRISON, R. K. Tem pos do An­
tig o Testam ento: Um Contexto 
Social, Político e Cultural, ].ed. 
Rio de Janeiro: CPAD, 2010. 
MERRIL, Eugene H. H is tó ria de 
Israel no A n tigo Testam ento:
O reino de sacerdotes que Deus 
colocou entre as nações. 6.ed. 
Rio de Janeiro: CPAD, 2007. 
SOARES, Esequias. O M in is té ­
r io P ro fé tico na B íblia: A voz 
âe Deus na Terra. 1 .ed. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2010.
ZUCK, Roy B (Ed.). T eo lo g ia do 
A ntigo T es tam en to . 1 .ed. Rio 
de Janeiro: CPAD. 2009. ,
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão 
CPAD n°52. p.42.
J
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Porque nenhum liv ro dos doze
profetas menores é anônimo.
2. O assunto do livro é a denúncia 
contra a formalidade religiosa: prá­
tica genera lizada com os fariseus 
e escribas na época do m in is té rio
terreno de Jesus (Mt 23.2-7).
3. A idolatria, ao sacrifício de crian­
ças, às práticas homossexuais, etc.
4 . Porque o casamento é de origem
divina e indissolúvel.
5. Porque é uma desgraça para a
família.
_̂AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO Ί
Subsídio Teológico
“M alaq u ias , o p ro fe ta
[...]Deus sempre amou seu 
povo, dizia Malaquias, mas este j 
nunca havia assimilado a profun­
didade deste amor, e na verdade 
retribuía-0 com desonra e desobedi­
ência (Ml 1.6-1 4). Tudo isto pode ser 
visto na própria indiferença do povo 
para com as ofertas, pois enquanto 
se em penhavam em im portar o 
melhor para suas próprias casas, 
os sacrifícios eram da pior espécie, 
com animais cegos e doentes. Os 
próprios sacerdotes se voltavam 
contra Deus, violando abertamente 
o compromisso de levitas (Ml 2.8). 
Além disso, muitos judeus tinham 
se divorciado de suas mulheres, 
sinalizando assim seu descaso para 
com os ensinamentos das Escrituras 
(Ml 2.1 0). Como resultado, o Senhor 
enviaria seu mensageiro messiâ­
nico para purgar o mal enraizado 
no coração do povo e purificar um 
remanescente que andaria diante 
da presença do Senhor em verdade” 
j (MERRIL, Eugene H. H is tó r ia de 
; Is ra e l no A n tig o Testam ento : O 
re ino de sacerdotes que Deus colo 
cou entre as nações. 6.ed. Rio de 
laneiro: CPAD, 2007, pp.548-49).
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9 6 L iç õ e s B í b i .ic a s
Vincent - Estudo no Vocabulário 
Grego do Novo Testamento
A obra de Marvin R. Vincent reúne um 
comentário exegético e um estudo léxico- 
gramatical conduzindo o leitor para mais 
perto do ponto de vista de um estudioso da 
língua grega.
Publicado pela primeira vez nos EUA, 
no final do século XIX, este livro continua 
sendo uma referência obrigatória para 
todos aqueles que querem conhecer a idéia 
original dos vocábulos neotestamentários 
no sentido léxico, etimológrco e histórico 
e no uso dos diferentes escritores do novo 
testamento.
Neste primeiro volume você encontrará 
os estudos dos seguintes livros do Novo 
Testamento: Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos 
dos Apóstolos, Tiago, I Pedro, II Pedro e Judas.
Fstiido n o Vocabulário 
G re g o do N o vo I e s t a m e n t o
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