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w w w .cpad .com .br J o v e n s A d u l t o s B íb l ic a s 4o Trimestre de 2012 CPAD http://www.cpad.com.br C om entário: ESEQUIAS SOARES Lições do 4o Trimestre de 2012 Lição 1 A Atualidade dos Profetas Menores Lição 2 Oseias - A Fidelidade no Relacionamento com Deus 1 1 Lição 3 Joe( - 0 Derramamento do Espírito Santo 1 8 Lição 4 Amós - A Justiça Social como Parte da Adoração 25 Lição 5 Obadias - 0 Princípio da Retribuição 32 Lição 6 Jonas - A Misericórdia Divina 39 Lição 7 Miqueias - A Importância da Obediência 46 Lição 8 Naum - 0 Limite da Tolerância Divina 54 Lição 9 Habacuque - A Soberania Divina sobre as Nações 61 Lição 10 Sofonias - 0 Juízo Vindouro 68 Lição 11 Ageu - O Compromisso do Povo da Aliança 75 Lição 12 Zacarias - O Reinado Messiânico 82 Lição 13 Malaquias - A Sacraiidade da Família 90 L iç õ e s B íb l ic a s 1 L IV R A R IA S C PA D AM AZO NAS: Rua Barroso, 36 - C entro - 6 9 0 1 0 -0 5 0 Manaus ־ - AM - Te le fax: (92) 3 6 2 2 -1 6 7 8 - E-m ail: rranaus@ cpad.com .b r Gerente; R icardo dos Santos Silva BAHIA: Av. A n tô n io Carlos Magalhães. 4 0 0 9 - Loja A - 40280 -000 - P ituba - Salvador - BA - Telefax: (71) 21 04 -5300 E-mailj salva.dor@ cpad.corn.br - Gerente; M auro Gomes da Silva B R A S ÍL IA : Setor C om ercia l Sul -Q d-5 , Bl.-C, Loja 54 - G aleria Nova O uv ido r - 70305-91 8 - Brasília - DF - Telefax: (61) 21 07 -4750 E-mail: b ras ilia@ cpad.com .br - Gerente: M arco A u ré lio da Silva PARANÁ: Rua Senador Xavier daSilva, 450 - Centro Cívico - 80530-060 - Curitiba - PR - Tel.: (41) 21 17-7950 - E-maíl; curitiba@ cpad.com .br Gerente: Maria Madalena Pimentel da Silva PERNAMBUCO: Av. Dantas Barreto, )02 I - São José - 5 0 020 -000 - Recife - PE - Telefax: (81) 3 4 2 4 -6 6 0 0 /2 1 2 8 -4 7 5 0 E-mail: recife@cpad.com.br - Gerente: Edgard Pereira dos Santos Junior M A R A N H à O : Rua da Paz, 428 , C entro , São Luis do Maranhão, MA- 650 20 -4 5 0 -Tel..· (98) 3 2 3 1 -6 0 3 0 /2 1 0 8 -8 4 0 0 E-m ail: sa o lu is@ cp a d .co m .b r - G eren te : E liel A lb u q u e rq u e de A gu ia r Jun io r R IO DE JANEIRO; V ice n te d e C a rva lho : Av. Vicente de Carvalho, 10S3 - Vicente de Carva lho - 21 2 10-000 - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: (21) 2481 -2 10 1 / 2481 -2350 -Fax: (21) 2481-5913 - E-mail: vicentecarvalho@cpad.com.br Gerente: Severino Joaquim da Sitva Filho N ite ró i: Rua A ure lino Leal, 47 - lo jas A e B - Centro - 2 4 0 2 0 -11 0 - N ite ró i - RJ - Tel.: (21) 2 620-4313 / Fax: (21) 2621-4038 E-mail: n ite ro i@ cpad.com .br N o va Iguaçu: Av. 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Brasil,2 2 ,15S, Espaça Comercial 11 5-01 - Guadalupe - Rio deJaneiro-f^J SANTA CATARINA: Rua Felipe Schm idt, 752 - Loja 1, 2 e 3 · Edifício B ougainvillea - Centro - 88010-002 - F lorianópo lis SC Telefax: (48) ־ 3225-3923 / 3225-1 1 28 - E-mail: flo ripa@ cpad.com .br Gerente: A ndré Soares Porto SÃO PAULO: Rua C onse lhe iro Coteg ipe, 21 0 - Belenzinho - 0 3 0 5 8 000 - SP - Telefax: (1 1) 2198-2702 - E-mail: saopaulo@ cpad.com.b r Gerente: Jefferson cfe Freitas M INAS GERAIS: Rua São Paulo, 13 71 - Loja 1 - C entro - 301 70-131 - Belo H orizonte ■ MG - Tel.: (31) 3224-5900 - E-mail: be lohorizonte@ cpad .com .b r - Gerente: W illiam s Roberto Ferreira FLÓ R ID A:3 939 N orth Federal H ighw ay - Pom pano Beach, FL 33064 - USA - Tel.: (954) 9 4 1 -9588 ■ Fax: (954) 941 4034־ E-mail: cpadusa@ cs,com - Site h ttp ://w w w .e d itp a tm o s .c o m Gerente: Jonas M ariano D is t r ib u id o r : CEARA: Rua Senador Pompeu, 834 lo ja 27 - Centro - 6 0 0 2 5 -0 0 0 - Fortaleza - C E -Tel.: (85) 3231-3004 - E-mail; cbiblia@ ig.c0m .br Cerente: José Maria N ogueira Lira P A R A : E.L.GOUVEIA ־ Av. Gov. José M a lche r 1579 - C e n tro - 66060 -2 30-Belém-PA-Tel.:(91 )3 2 2 2-7965-E-m ail: gouveia@ pastor- ftrm ino .com .br Cerente: Benedito de Moraes Jr. JAPÃO: Gunma-ken O ta-shi Sh im oham ada-cho 304-4 T 3 7 3 -0 8 2 1 ־ Tel.: 276 -45 -4048 Fax (81) 276-48-81 3 I C e lu la r (81) 90 8942-3669 E-mail: cpad jp@ hotm ail.com - Gerente: Joelma Watabe Barbosa LISBOA - CAPU: Av. A lm iran te Gago C outínho 158 - 1700-030 ■ Lisboa - Portugal - Tel.: 351-21 -842-91 90 Fax; 3 51 -21 -840 -93 61 - E-mails: capu@ capu.p t e s ilv io@ capu. p t - Site: w w w .capu .p t M A TO GROSSO: L iv raria Assem blé ia de Deus - Av. Rubens de M en donça, 3 .500 - Grande Tem plo - 7 8 040 -400 - Centro - Cuiabá - MT - Telefax: (65) 644 -2136 - E-mail: he lio rap@ zaz.com .br Gerente: Hélio José da Silva M INAS GERAIS. WovaSião - Ruajarbas L D. Santos, 1651 - Ij. 102 - Shop ping Santa Cruz - 3601 3-1 50 - Juiz de Fora - MG - Tel,: (32) 321 2-7248 Gerente: Daniel Ramos de O live ira SÃO PAULO: SOCEP - Rua Floriano Peixoto, 103 - Centro - Sta. Bárbara D'Oeste - SP I 3450-970 - Tel.: (19) 34S9-2000 E-mail; vendas@ socep.com .br - C erente; A n tô n io Ribeiro Soares TELEMARKETING (de 2a à 6a das 8h às 1 8h e aos sábados das 9h às 1 5V1) R io de Jan e iro : (2 1 ) 3 1 7 1 -2 7 2 3 C entral d e A tend im ento : 0 8 0 0 - 0 2 1 7 3 7 3 (ligação g ra tu ita ) • Igrejas / Cotas e Assinaturas “ ramal 2 “ C o lpo rto res e Logistas - ram al 3 ■ Pastores e demais c lien tes - ramal 4 ■ SAC (Serviço de A tend im en to ao C onsum ido r) - ramal 5 LIV R A R IA V IR TU A L: w w w .cp a d .c o m .b r O uvido ria : ouvidoria@ cpad.com .br P u b lic a ç ã o T r im e s tr a l d a C a s a P u b lic a d o ra d a s A s s e m b te ia s d e D e u s P res id en te d a C onvenção C era l das A ssetnb le ias d e D eus no Brasil José Wellington Bezerra da Costa P res id en te d o C o nselho A d m in is tra tiv o José Wellington Costa Júnior D ire to r Executivo Ronaldo Rodrigues de Souza G eren te d e Publicações Claudionor de Andrade C o n s u lto r D o u tr in á r io e T e o ló g ic o Antonio Gilberto G eren te F inanceiro Josafá Franklin Santos Bom fim G erente d e Produção Jarbas Ramires Silva G eren te C om erc ia l Cícero da Silva G eren te d a Rede d e Lojas João Batista Guilherme da Silva G e re n te t ie C o m u n ic a ç ã o Rodrigo Sobral Fernandes C h efe d o S e to r d e Educação C ris tã César Mo!sés Carvalho R e d a to re s Marcelo de Oliveira e Oliveira e Telma Sueno ________________ ____ D e s ig n er G ráfico Marlon Soares ___________________ Capa Fiamir Ambrósio Av. B rasil, 34 .401 - Bangu CEP 2 1 8 5 2 -0 0 2 Rio de Janeiro - RJ Tel.: (2 1 ) 2 4 0 6 -7 3 7 3 Fax: ( 2 1 ) 2 4 0 6 -7 3 2 6 2 L iç õ e s B íb l ic a s mailto:manaus@cpad-Com.br mailto:salva.dor@cpad.corn.br mailto:brasilia@cpad.com.br mailto:curitiba@cpad.com.br mailto:recife@cpad.com.br mailto:saoluis@cpad.com.br mailto:vicentecarvalho@cpad.com.br mailto:niteroi@cpad.com.br mailto:novaiguacu@cpad.com.br mailto:floripa@cpad.com.br mailto:saopaulo@cpad.com.br mailto:cpadusa@cs.com http://www.editpatmos.com mailto:cbiblia@ig.com.br mailto:cpadjp@hotmail.com mailto:capu@capu.pt http://www.capu.pt mailto:heliorap@zaz.com.br mailto:vendas@socep.com.br http://www.cpad.com.br mailto:ouvidoria@cpad.com.br E » ׳ (tvLição 1 7 de Outubro de 2012 A A t u a l id a d e d o s P r o f e t a s M e n o r e s TEXTO ÁUREO “Mas que se manifestou agora e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé” (Rm 16.26). VERDADE p r á TIC A Por ser revelação de Deus, a mensa gem dos profetas é perfeitamente válida para os nossos dias. H IN O S SUGERIDOS 458, 465, 562 LEITURA DIARIA Segunda - M t 7 .12 A regra áurea cumprea lei e os profetas Terça - M t 2 2 .4 0 A lei e os profetas dependem do amor Q u arta - M t 2 6 .5 6 Cumprimento das Escrituras dos profetas Q u in ta - A t 15.15-1 7 Os profetas anunciaram a salvação dos gentios Sexta - A t 2 6 .2 2 ,23_ A mensagem da Igreja é a mesma dos profetas Sábado - Rm 1.2 Os profetas falaram sobre a vinda do Messias L iç õ e s B íb l ic a s 3 Prezado p ro fessor, o co m e n ta ris ta de Lições Bíblicas desse trim estre é o pastor Esequias Soares. Um dos mais renomados biblistas do pentecostalis- mo brasileiro, líder da Assembleia de Deus em Jundíaí (SP) e da Comissão de Apologética da CCADB. Mestre em Ciências das Religiões, graduado em línguas o rie n ta is e a u to r de várias obras publicadas pela CPAD. O tema que estudaremos é uma das áreas em que o au to r é especialista, pois trata-se de alguém que conhece profundam ente o hebraico. Veremos que a m ensagem m ile n a r desses profetas m uito tem a dizer-nos hoje. Ouçamos, pois, o Senhor através dos seus santos profetas! INTERAÇÃO OBJETIVOS Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: D escrever o panorama geral dos profetas menores. A n alisa r a procedência da mensa gem dos profetas menores. C om preender que os escritos dos profetas menores são d ivinamente inspirados. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor, para in t ro d u z ir a p rim e ira lição u ti l ize o esquema da página se gu in te . Reproduza-o con fo rm e as suas possib ilidades. O o b je t ivo é m ostra r ao aluno um panorama gerai dos Profetas Menores. Sabemos que o su rg im en to do p ro fe t ism o em Israel e Judá se deu no período m onárqu ico (veja o Aux íl io B ib liográfico I). Enfatize que as f in a l i dades do m ov im en to eram: re s ta u ra r o m onoteísm o hebreu, co m ba te r a ido la tr ia , d en un c ia r as in ju s tiça s sociais, p ro c la m a r o Dia do Senhor e reacender a esperança m essiânica. 2 Pedro 1.16-21 16 - Porque não vos fizemos saber a v irtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, se guindo fábulas a rtific ia lm ente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade, 1 7 - porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e g ló ria , quan do da m agnífica g ló ria lhe fo i d irig id a a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho com prazido. 18 - E ouvimos esta voz d ir i g ida do céu, estando nós com ele no monte santo. 19 - E temos, m u i firm e , a pa lavra dos p ro fe tas , à qual bem fazeis em esta r atentos, como a uma luz que a lum ia em luga r escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração, 2 0 - sabendo prim eiram ente is to : que nenhum a p ro fe c ia da Escritura é de p a r tic u la r in terpre tação; 21 - porque a profecia nunca fo i p roduzida p o r vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus fa la ra m insp i rados pelo Espírito Santo. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE \ atual conjuntura, os profetas são um verdadeiro esteio da sabedoria divina para a Igreja de Cristo, pois encorajam-nos a m ilitarm os pela causa de Cristo. I. SOBRE OS PR O FETA S M E N O R E S Ί . A u to r id a d e . A coleção dos Profetas Menores compõe-se dos seguintes livros: Oseias, Joel, Amós, Obadias.Jo- nas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Ma- PALAVRA-CHAVE A tua lidade: Qualidade ou estado do que é a tua l; momento ou época presente. INTRODUÇÃO Neste trimestre, estudaremos os chamados Profetas Menores. Apesar de a n tig u íss im o s , eles tratam de questões re levantes para os nos sos dias e servem de edificação espiritua l a todo o povo de Deus. Entre os temas t ra ta dos, temos: a família, a sociedade, a política e a espiritualidade. Na JP R O F E T A S M E N O R E S PROFETAן ANO E REINADO PROPÓSITO Oseias 793 - 753 a.C.; reis de Judá: Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias; rei do norte: Je- roboão. Levar Israel ao arrependimento de suas próprias iniquidades. Joel 835 - 830 a.C. (?); Os reis não são mencionados no iivro. Exortar o povo a arrepender-se, vo ltan do hum ildemente ao Senhor. Amós 760 - 755 a.C.; rei de Judá: Uzias; rei do norte: Jero- boâo II. Disseminar a iminência do ju ízo d iv ino sobre Israel e as nações em derredor. Obadias Cerca de 585 a.C.; Não é mencionado rei algum. Revelar a ira de Deus contra Edom. Jonas 760 a.C.; rei do norte: Jero- boão II. Demonstrar a m isericórdia d iv ina pela pregação através do arrependimento. Miqueias 735 - 71 0 a.C.; reis de Judá: Jotão, Acaz e Ezequias Adverter a nação sobre a queda de Jerusa lém e Samaria como juízo de Deus. Naum Cerca de 630 - 620 a.C.; os reis de Judá e do norte não são mencionados. Anunciar a iminente destruição da ím pia cidade de Nínive. Habacuque Cerca de 606 a.C.; rei de Judá: Jeoaquim. A judar o remanescente fiel a compreen der os caminhos de Deus no tocante à sua nação pecaminosa e a iminência do ju ízo divino. Sofonias Cerca de 630 a.C.; rei de Judá: Josias. Advert ir Judá e Jerusalém do iminente ju ízo de Deus. Ageu 520 a.C.; primeiras décadas do pós-exílio. Exortar o povo judeu na reedificação do Templo. Zacarias 520 - 470 a.C.; período do pós-exílio. Fortalecer os judeus quanto à vinda do Messias. Malaquias V Cerca de 430 - 420 a.C.; período pós-exílio. Confrontar os sacerdotes e o povo para arrependerem-se dos seus pecados. J L iç õ e s B íb l ic a s 5 os profetas do Antigo Testamento em anteriores e posteriores, sen do: a) Anteriores: Josué, Juizes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis; e b) Poste riores: Isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze. A classificação e o arranjo do cânon hebraico diferem sistematicamente do nosso. Um dado im portante é que todos os profetas, de Isaías a Mala- quias, viveram entre os séculos 8 a 5 a.C., tendo alguns deles sido con temporâneos. O período abrangeu o domínio de três potências mundiais: Assíria, Babilônia e Pérsia. Oseias, Isaías, Am ós jonas e Miqueias, por exemplo, viveram antes do exílio babilônico (Os 1.1; Is 1.1; Am 1.1; 2 Rs 1 4.23-25 cf. Mq 1.1), e outros, como Ageu e Zacarias, no pós-exílio (Ag 1.1; Zc 1.1). SIN O P S E D O T Ó P IC O (1 ) Os escritos dos Profetas Me nores têm a mesma autoridade que os outros livros do Cânon Sagrado. R E S P O N D A 7. De onde vem o term o “Profetas Menores”? I I . A M E N S A G E M D O S P R O FETAS M E N O R E S 1. Procedência (vv. 16-18). O apósto lo Pedro a firm a que a revelação m inistrada à Igreja era uma mensagem real e abalizada pelo testemunho ocular do colé gio apostólico. À semelhança dos apóstolos, os profetas, inspirados pelo Espírito Santo, refletiram fie l mente a vontade e a soberania d i [aquias. Essa es tru tu ra vem da Bíblia Hebraica e, posteriormente, da Vulgata Latina. A Septuaginta (antiga versão grega do Antigo Testamento) apresenta nos seis primeiros livros uma disposição diferente da Hebraica, d ispondo os livros assim: Oseias, Amós, Miqueias, Joel, Obadias e Jonas. É importante ressaltar que o valor e a autoridade dos escritos dos Profetas Menores em nada diferem dos Profetas Maiores. Tal classificação é puramente pedagó gica, visando tão somente facilitara compreensão da presença de uma estrutura literária nos livros proféti cos do Antigo Testamento. Não obs tante, ambas as coleções são uma só Escritura e têm a mesma autoridade Or 26 .18cf. Mq 3.1 2; Rm 9.25-27 cf. Os 1.10; 2.23; Is 10.22, 23). 2 . O r ig e m do te rm o . A exp ן ressão “ Profetas M en o re s ” ! advém da Igreja Latina por causa do volume do texto ser menor em comparação aos de Isaías,Jeremias e Ezequiel. Assim explica Agostinho de Hipona (345-430 d.C.) em sua obra A cidade de Deus. O termo é de origem cristã, pois, na literatura judaica, essa coleção é classificada como Os Doze ou Os Doze Profe tas. Essa informação é confirmada desde o ano 1 32 a.C., qwando da produção do livro apócrifo de Eclesiástico (49.10).É tam bém corroborada pelo Talmude (antiga literatura rel.giosa dos judeus) e ratificada peta obra Contra Apion do historiador judeu Flávio Josefo (37-100 d.C.). 3. C ânon e c e n á rio dos Doze. O cânon juda ico classifica 6 L iç õ e s B íb l ic a s I i de Jesus de Nazaré (Jo 1.45; Lc 24.27). A mensagem dos profetas foi entregue às gerações futuras, preparando-as para o tem po do Evangelho (1 Pe 1.12). Por isso, não devem os a b d ica r de seus ensinamentos, pois a autoridade desses escritos é perfe itam ente válida para hoje. S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 ) A mensagem dos Profetas é de procedência divina. Jamais por inspiração humana. R E S P O N D A 2. Qual a procedência da “pa lavra dos p ro fe ta s ”? 3. Desde quando os p ro fe tas de Deus existem? 4. Como estariam os sem a pa lavra dos profetas? I l l , A IN S P IR A Ç Ã O D IV IN A D O S PR O FE TA S 1. A En ic iativa d iv in a . O a p ó s to lo Pedro re to m a o que afirm ou nos versículos 16 a 18. A mensagem dos profetas não se resume a uma retórica baseada em imaginação humana, nem é a lgo a rt if ic ia lm en te constru ído . Nenhuma parte dessa revelação “é de p a r t ic u la r in te rp re ta ç ã o ” (v.20). As experiências dos profe tas, como as do próprio Pedro no monte da transfiguração, provam a inic iativa d ivina em comunicar seus oráculos à humanidade. 2 . A in sp iração dos p ro fe ta s . Está escrito que “ toda a Escritura é inspirada por Deus” (2 Tm 3.16 - ARA). O term o grego vina acerca da redenção de Israel, em particular, e da humanidade, em geral. A m ensagem dos p ro fe tas é de procedência d iv ina e tem , como cenário, as ocorrências do dia a dia. O casamento de Oseias (Os 1.2-5; 3 .1-5) e a v is i ta de Amós a Samaria (Am 7.1 0-1 7) são apenas alguns dos exemplos que deram ocasião aos oráculos d iv i nos. Semelhantemente aconteceu acs apóstolos na transfiguração de Jesus no Monte das Oliveiras (Mt 1 7.5,6; Mc 9.7; Lc 9.34-36). 2. “A p a la v ra dos p ro fe ta s ” (v. 19a ). Convém ressaltar que a expressão “os p ro fe tas ” , nessa passagem, não se restringe aos literários e nem mesmo aos Doze. Porque Deus levantou pro fetas desde o princípio do mundo (Lc 1.70; 1 1.50,5 1). O m in istério e os escritos proféticos eram tão importantes que, algumas vezes, o te rm o é usado para se referir ao Antigo Testamento (At 26.27). En tre os seus escritos, encontramos mensagens da v inda do Messias, orientações para a vida humana, para a nação de Israel e até para o mundo. Há também mensagens que se aplicam à Igreja de Cristo (1 Tm 3.1 6). 3. “Como a um a luz que alu- m ia em lu g ar escuro” (v. 19b). Os profetas pregaram tudo o que diz respeito à vida e à piedade. Os temas eram diversos: Deus, o ser humano e a criação. Estaríamos à deriva no m undo sem as palavras dos profetas, pois elas nos levam à luz de Cristo (SI 1 1 9.1 05). A Lei e os Profetas anunciaram a vinda L iç õ e s B íb l ic a s 7 autoridade. Logo, devemos dar a mesma atenção e credibilidade aos escritos dos Profetas Menores <2 Pe 19. .(ו SIN O PSE D O T Ó P IC O (3 ) Os livros dos Profetas Me nores têm au to r idade d iv ina e são g e n u in a m e n te in sp ira d o s por Deus. R E S P O N D A 5. Por que devemos d a r aos Pro fetas Menores à mesma atenção dispensada aos demais livros da Bíblia? C O N C L U S à O Diante do exposto, os Profe tas Menores, como parte integran te das Escrituras inspiradas, não devem ficar em segundo plano. Por isso, recomendamos que, já no início do trimestre, seja feita uma le itu ra dos Doze Profetas. Esta faciiitará a compreensão da mensagem desses despenseiros de Deus. Convém ressaltar que o enfoque de cada lição, aqui, raramente coincide com o assunto predominante de cada livro, pois a escolha desses temas baseou- se nas necessidades do m undo de hoje. theopneustos para as expressões “ inspirada por Deus” e “divinamen te insp irada” vem das palavras Theos, “Deus” , e pneo, “ respirar, soprar” . Isso significa que os pro fetas foram “movidos pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21 - ARA). O caráter especial e único da “palavra dos profetas” a torna sui generis. Ela pode fazer qua lquer pessoa sábia para a salvação em Cristo Jesus e é proveitosa para e ns ina r, re p re e n d e r , c o r r ig i r , red a rg u ir e in s t ru ir em ju s t iç a (2 Tm 3.1 5,1 6). Nenhuma lite ra tu ra no m undo tem essa mesma prerrogativa. 3. A a u to rid a d e dos Pro fe ta s M e n o re s . A Igreja sub- m ete־se inquestionave lm ente à autoridade dos apóstolos, e essa é a von tade de Deus. Pois, os Evangelhos de Mateus e Lucas, ou pelo menos um deles, são co locados no mesmo nível do Antigo Testamento (1 Tm 5.18; Dt 25.4; Mt 10.10; Lc 10.7). O mesmo acontece com as epísto- Ias paulinas (2 Pe 3.15,16). Essa é uma fo rm a de se reconhecer d e f in it iv a m e n te o Novo Testa mento como Escritura inspirada por Deus. Depreende-se, então, que todos os livros da Bíblia têm o mesmo grau de inspiração e 8 L iç õ e s B íb l ic a s VOCABULÁRIO A pócrifo : Livro que, eTibora rei v ind ique autoridade divina, não fo i reconhecido como inspirado por Deus. C o rro b orar: Ratificar e confir mar algo. O ráculo: A Palavra de Deus e de seus profetas. Retórica: Arte do bem dizer, do falar com eloqüência. AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I Subsídio Lexográfico “P ro fe tis m o M o v im e n to que, su rg id o no século VIII a.C., em Israel, tinha por objetivo restaurar o monoteísmo he- breu, combater a idolatria, denunciar as injustiças sociais, proclamar o Dia do Senhor e reacender a esperança messiânica num povo que já não podia esperar contra a esperança. Tendo sido iniciado por Amós, foi encerrado por Malaquias. João Batista é v is to como o ú lt im o re p re s e n ta n te des te m o v im e n to ” (ANDRADE, C laudionor Corrêa. D i c io n ário Teo lóg ico . 8 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p .244). O O fíc io P ro fé tico O te rm o hebraico naby define em si o p ro fe ta com o porta -voz de Deus. Enquanto pregava para a própria geração, o profeta tam bém p red iz ia eventos no fu tu ro . O aspecto duplo do m in is tério do profe ta incluía declarar a mensa gem de Deus e predizer as ações de Deus. Assim, o profeta tam bém era chamado de V idente ’ (hb.: roeh), porque podia ver eventos antes de estes acontecerem. A Bíblia relata o profeta como alguém que era aceito nas câmaras do co nse lho d iv in o , onde Deus ‘ revela o seu segredo ’” (Am 3.7) (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popu la r de P rofecia B íb lica. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.383). B IB LIO G R A FIA S U G E R ID A SOARES, Esequias. O M in is té rio P ro fé tico na B íblia: A voz de Deus na Terra. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. SOARES, Esequias. V isão Pano râm ica do A n tig o T es tam e n to . Rio de Janeiro: CPAD, 2003. ZUCK, Roy B (Ed.). T eo lo g ia do A n tig o T es tam e n to . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 52. p.36. RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS ו . a 2. expressão “ Profetas Menores” advém da Igreja Latina. A mensagem dos profetas é de procedência divina. 3. Desde o princíp io do mundo. 4. Estaríamos à deriva no mundo. 5. Porque todos os liv ros da Bíblia têm o m esm o grau de insp iração e au to r idade . V. L ições Bíbi ic a s 9 י AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II Subsídio Teológico Os P rofetas M enores “05 livros dos Profetas Menores são chamados assim por causa da brevidade relativa em comparação a Isaías, Jeremias e Ezequiel, e não porque sejam menos teologicamente importantes. Os doze livros que compõem os Profetas Menores variam em data entre os séculos VIII e V. a.C.: Século V III a.C Século V II a.C Século V l-V a.C D ata Incerta Oseias Naum Joel Jonas Amós Habacuque Obadias Miqueias Sofonias Ageu Zacarias MalaquiasEmbora os acontecimentos registrados em Jonas tenham ocor rido no século VIII, a data da autoria do livro é incerta. [...] Diversos temas teológicos se sobrepõem a maioria destes profetas, especialmente nos mesmos períodos cronológicos acima esboçados. Os profetas não falaram sobre Deus em termos abstratos de filosofia ou teologia. Falaram dEle como alguém ativamente envoi- v ido no mundo que Ele criou e intimamente interessado no povo do concerto (ZUCK, Roy B. Teo lo g ia do A n tig o T es tam en to . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, pp.429-30). 10 L iç õ e s B íb l ic a s O seias — A F id elid a d e n o R e l a c io n a m e n t o c o m D eus TEX TO AUREO "Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2 Co 11.2). VERDADE PRÁTICA O casamento de Ose<as ilustra a inride lidade de Israel e mostra a sublimidade do amor de Deus H IN O S SU G E R ID O S 100, 2 5 4 , 2 9 5 LEITURA D IÁRIA • · .· · . ׳ . .. · ' =^י Q u in ta - SI 45 .9 -1 1 O resplendor do casamento real iiustra a beleza e a pureza da Igreja Sexta - H b 1 3 .4 O casamento deve ser honrado por todos Sábado - A p 1 9 .7 O encontro de Cristo com a Igreja é comparado a um casamento Segunda - Is 54 .5 Deus se apresenta a Israel como um marido Terça - Jr 2 .2 A união de marido e mulher é uma figura do relacionamento entre Deus e Israel Q u a rta - M t 25.1 O Senhor Jesus compara o cortejo nupcial a sua vinda L iç õ e s B íb l ic a s 11 O casamento de Oseias denota uma d ive rs idade de sentim en tos h u m a nos que desabrocham num a h istória trág ica entre Deus e seu povo. Sim! Tristezas e frustrações fazem parte da vida pessoal do profeta. Mas também é verdade que renovadas esperanças estão im plícitas na mensagem dram á tica desse profeta. Como m arido, ele esperava a reconciliação piena com sua esposa Comer. Tal re tra to reflete o amor, a beleza e a intim idade que o verdadeiro casam ento pode p ropo r cionar. No caso de Israel, o Altíssimo alm eja que a nação deixe o cam inho do adu lté rio e sp ir itua l e re to rne ao am or inefável do esposo aue, acima de tudo. a ama. INTERAÇÃO OBJETIVOS Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: C onhecer a estru tura do livro de Oseias. C om preender a linguagem sim bó lica usada no livro. C onscientizar-se de que Deus está pronto a nos reconciliar e acolher. Λ ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Reproduza o esquema da página seguinte no quadro de giz. Utilize-o na introdução do prim eiro tópico da lição. O esquema facilitará a compreensão dos alunos a respeito da estrutura do livro de Oseias. Explique que os assuntos princ i pais do livro são: a apostasia de Israel; o grande amor de Deus; o ju ízo d iv ino e as promessas de restauração. O ob je tivo do livro é m ostrar quão grande e abenegado é o amor de Deus por seu po^o. ־׳/ Oseias 1-1.2; 2.14-17, 19,20 O se ias 1 1 - Palavra do SENHOR que fo i d ita a Oseias, filho de Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, re i de Israel. 2 - 0 p rin c íp io da p a la v ra do SENHOR p o r Oseias; disse, pois , o SENHOR a Oseias: Vai, toma uma m ulher de p ro s titu i ções e filhos de prostitu ição ; porque a te rra se p ros titu iu , desviando-se do SENHOR. O s e ia s 2 14 - Portanto, eis que eu a a tra ire i , e a leva re i p a ra o deserto, e lhe fa la re i ao co ração. 15 - E lhe dare i as suas vinhas Ida li e o vale de Acor, p o r porta de esperança; e a li cantará, como nos dias da sua m ocidade e como no dia em que subiu da te rra do Egito. 16 - E acontecerá naquele dia, diz o SENHOR, que me cha- m arás: Meu m arido e não me cham arás m ais: Meu Baal. 17 - E da sua boca t ira re i os nomes de baalins, e os seus nom es não v irã o m a is em m em ória , 19 - E desposar-te-ei comigo p a ra sem pre; desposar-te-ei comigo em ju s tiça , e em ju ízo , e em benignidade, e em m ise ricórd ias. 2 0 - E desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás o ' SENHOR. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 12 L iç õ e s B íb l ic a s m in is té r io en tre 7 93 -7 5 3 a.C. Jeroboão II, reinou 41 anos num período de prosperidade econô mica, mas também de apostasia generalizada (2 Rs 14.23-29). 2. Estru tura. A revelação foi entregue ao profeta pela palavra “dita a Oseias” (1.1a). A segunda declaração: “O princípio da palavra do Senhor por Oseias” (1.2a), reitera a fo rm a de comunicação do ver sículo anterior. Também esclarece que a ordem para Oseias se casar c o m “ u m a m u lh e r de prostituições” aconteceu no começo do seu ministério, como fica claro na ARA e na TB (1.2b). O livro pode ser d iv id ido em duas partes principais. A prim eira é uma b iografia profética escrita em prosa que descreve a crise do relacionamento de Oseias com sua esposa infie l, ao mesmo tem po que compara essa crise conjugal com a infidelidade e a apostasia do seu povo (1— 3). A segunda parte é escrita em fo rm a poética e se constitu i de profecias pro fe ridas durante um longo intervalo de tem po (4— 14). 3. M e n s a g e m . O assun to do livro é a apostasia de Israel e o grande amor de Deus revelado, que co m p re e n d e a d v e r tê n c ia , ju ízo d iv ino e promessas de res- PALAVRA-CHAVE M a trim ô n io : União vo lun tá ria entre um hom em e um a m ulher, INTRODUÇÃO A mensagem de Oseias co meça a partir de sua vida pessoal. O seu casamento com Gomer e o difícil re lacionamento fam ilia r ocupam os três primeiros capítulos do livro que leva o seu nome. Deus tinha uma mensagem para o povo, pois a esposa e os filhos de Oseias, assim como o abandono e a pros t itu ição dela, e o seu s o fr im e n to e perdão, são sinais e profecias sobre Israel e Judá ao longo dos séculos. I. O L IV R O DE O S E IA S 1. C o n te x to h is tó r ic o . O m in is té r io de Oseias deu-se no período da supremacia política e militar da Assíria. Ele profetizou em Samaria, capital do Reino do Norte, durante os “dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel” (1.1). A soma desses anos deve ser reduzida significativamen te porque Jotão foi corregente com seu pai, Uzias, e da mesma forma Ezequias reinou com Acabe, seu pai (2 Rs 1 5.5; 18.1,2, 9, 10, 13). Esses dados fornecidos pelo profeta nos perm item datar o seu E S B O Ç O D O L I V R O DE O S E I A S Esposa do profeta Oseias................................................................................................ (Os 1 — 3). O povo de Oseias...............................................................................................................(Os 4 — 14). Mensagem de ju lg a m e n to .............................................................................................. (Os 4 — 10). Mensagem de A m o r ......................................................................................................(Os 11 — 14). Texio e x tra íd o d a ob ra , “Q uero e n te n d e r a Bíblia '', e d ita d a pe la CPAD. L iç õ e s B íb l ic a s 13 cidade que o casamento proporcio- nafazem dele o símbolo da união e do relacionamento entre Cristo e a sua Igreja (2 Co 1 1.2; Ef 5.31 -33; Ap 1 9.7). Essa figura é notada desde o Antigo Testamento. 3. A ordem d iv in a para o casam ento de O seias. Conside rando a santidade do casamento con firm ada em toda a Bíblia, a ordem divina parece contradizer tudo o que as Escrituras falam so bre o matrimônio. Temos dificulda de em aceitá-la, mas qualquer in terpretação contra o caráter literal do texto é forçada. Quando Jeová deu a ordem, acrescentou: “porque a terra se prostituiu, desviando-se do SENHOR” (1.2b). Isso era lite ral. A infidelidade a Deus é em si mesma um adultério espiritualOr 3.1,2; Tg 4.4), ainda mais quando se trata do culto a Baal, que envoi- via a chamada prostituição sagrada (4.13,14; Jz 8.33). SIN O PSE D O T Ó P IC O (2 ) O m atrim ônio de Oseias com Comer s im bolizaa infidelidade do povo em relação a Deus. R E S P O N D A 2. O que faz do casam ento um símbolo do relacionam ento entre Cristo e a igre ja? I I I . A L IN G U A G E M D A R E C O N C IL IA Ç Ã O 1. O c a s a m e n to re s ta u rado . O amor é o tema central de Oseias. Com ele, Israel será atraído porjeová (1 1.4; Jr 31.3). O deserto foi o lugar do ju lgam ento (2.3) e nele Israel achou graça, tal qual a noiva perante o noivo (Êx 5.1; Jr 2.2). A expressão “e tauração futura (8.1 1 — 1 4; 1 1.1 -9; 14.4-9). Mesmo num contexto de decadência moral, o oráculo des creve o amor de Deus de maneira bela e surpreendente (2.14-16; 6.1-4; 11.1-4; 14.4-8). Seus orá culos são cheios de metáforas e símbolos dirigidos aos contem po râneos. Sua mensagem denuncia 0 pecado do povo e a corrupção das instituições sociais, políticas e religiosas das dez tribos do norte (5.1). Oseias é c itado no Novo T e s ta m e n to (1.10; 2.23 cp. Rm 9.25,26; 6.6 cp. Mt 9.13; 12.7; 1 1.1 cp. Mt 2.1 5). SIN O PSE D O T Ó P IC O (1 ) O livro do profeta Oseias é repleto de metáforas e símbolos. Sua mensagem denuncia o pecado e a corrupção do povo. R E S P O N D A 1. Q ua l o assun to do liv ro de Oseias? I I . O M A T R IM Ô N IO 1. E tim o lo g ia . Os term os “casamento” e “m atr im ôn io ” são equivalentes e ambos usados para traduzir o grego gamos, que indica também “bodas” 00 2.1,2) e “ leito” conjuga l (Hb 13.4). Trata-se de uma instituição estabelecida pelo Criador desde a criação, na qual um homem e uma mulherse unem em relação legai, social, espiritual e de caráter indissolúvel (Gn 2.20 24; Mt 19.5,6). É no casamento que acontece o processo legítimo de procriação (Gn 1.27,28), gerando a oportunidade para a felicidade humana e o companheirismo. 2. Simbolismo. A intimidade, o amor, a beleza, o gozo e a recipro 14 L iç õ e s B íb l ic a s são um jo g o de palavras m u i to ^ significativo. a) Significados. A palavra ish I significa “homem, marido” (Gn 2.24; I 3.6); e baal, ou baalim, no píural, I quer dizer “dono, marido” (Êx 21.29; I 2 Sm 1 1.26). O termo também é | aplicado metaforicamente a Deus, I como marido: “Porque o teu Criador I é o teu marido” (Is 54.5). A palavra I “baal” , como “dono, proprietário”, I aparece 84 vezes no Antigo Testa-g mento, sendo 1 5 delas como esposo | de uma mulher, portanto “marido” , j b) D ivindade dos cananeus. ® Como nome da divindade nacional dos fenícios com a qual Israel e Judá estavam envolvidos naquela época, aparece 58 vezes, sendo | 1 8 delas no plural. Essa palavra se | corrompeu por causa da idolatria Ê e por isso Jeová não será mais | chamado de “meu Baal” , mas de | “meu m arido” (2.1 6). 2. O fim do b aa lism o . Os ído los desaparecerão da te rra Gr 10.1 1). Isso inclui os baalins, cuja memória será execrada para jj| sempre, uma vez que a p a la v ra ! profética anuncia o fim defin it ivo I do baalismo: “os seus nomes não 8 virão mais em m em ória” (2.1 7). 1 Apesar de a promessa divina ser I escato lógica, esses deuses são gt hoje repulsa nacional em Israel. |g SIN O P S E D O T Ó P IC O (4 ) 8 O baalismo foi defin itivam en te extingu ido em Israel. Isso pode | ser confirmado até hoje. R E S P O N D A I 4. Que pa lavra se corrom peu p o r & causa da ido la tria? 5. O que os deuses são hoje e m * Israel? ______________________ M lhe falarei ao coração” (2.14) é a linguagem de um esposo falando amorosamente à esposa (4.1 3,1 4; Gn 34.3; Jz 1 9.3). Nós fomos atraí dos e alvejados pelo amor de Deus (Rm 5.6-8). 2. O vale de Acor e a por ta de esperança. Há aqui uma menção do m onum ento erguido no vale de Acor, onde Acã pagou pelos seus crimes e foi executado com toda a sua casa (js 7.2-26). A promessa é que esse vale não será mais lembrado como lugar de cas tigo. Será transform ado em lugar de restauração (Is 65.10), cujas vinhas serão dadas “por porta de esperança” (2.1 5). 3. A reconciliação. A sen tença de d ivórcio (2.2) será anu lada: “desposar-te-ei com igo para sempre” (2.1 9). O baalismo gene ralizado (2.13) virá a ser trans form ado em conversão nacional e genuína. Todo o povo servirá a Jeová em fidelidade, e cada um vo lta rá a te r conhec im en to do Deus verdadeiro (2.20). SIN O PSE D O T Ó P IC O <S) A linguagem da reconciliação no livro de Oseias é apresentada através do amor, tema principal do oráculo d iv ino neste livro. R E S P O N D A 3. Que linguagem a expressão “e lhe fa la re i ao coração” lem bra? IV. O B A N IM E N T O D A ID O L A T R IA EM ISR A EL 1. Meu m arid o , e não meu Baal. A fórmula “naquele dia” (2.6, 1 8, 21) é escatológica (Jl 3.1 8). As expressões “meu m arido” e “meu Baal” , em hebraico ish i e baali, L iç õ e s B íb l ic a s ה1 desses recu rsos l i te rá r io s . Ο casamento é o símbolo perfeito para com preenderm os o re la cionamento de Deus com o seu povo, e do Senhor Jesus Cristo com o cristão. VOCABULÁRIO C orregente: Pessoa que gover na com outra. ARA: Versão Almeida Revista e Atualizada. TB: Versão da Tradução Brasileira. Metáfora: Consiste natransferên- cia da palavra para outro âmbito semântico; fundamenta-se numa relação de semelhança entre o sentido próprio e o figurado. Execrada: Abominável. B IBLIO G RAFIA SUGERIDA BOYER, Orlando. Pequena En- c id o p é d ia B íblica. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. SOARES, Esequias. Oseias: A res- taumção dos filhos de Deus. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002. SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 52. p 37 w Λ־ RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 1. O assunto do livro é a apostasia de Israel e o grande amor de Deus revelado. 2. A intim idade, o amor, a beleza, o gozo e a reciprocidade. 3. A linguagem de um esposo falan do amorosamente à esposa. 4. A Palavra “baal” . 5. Uma repulsa nacional. C O N C LU S à O O em prego das coisas do dia a dia como ilustração facilita a com preensão da mensagem d iv ina , e a Bíblia está rep le ta A U X ÍL IO B IB L IO G R Á FIC O I Subsídio Biblioiógico “Livro de O seias [...] Quando Oseias iniciou seu ministério, Israel estava desfrutan do o zênite da sua prosperidade e poder sob o reinado de Jeroboão II. Para entender melhor o livro de Oseias, leia 2 Reis 14.23 a 15.31. Oseias distinguia as dez tribos pelo nome de Israel, ou de Sam aria, sua capital, ou de Efraim , a tr ibo principal. Oseias não morreu antes de ver o cumprim ento de suas pro fecias. / / O autor: Oseias, 1.1 / / A chave: A d u lté rio e s p ir itu a l, 4.12. A idolatria com toda espécie de vício, permeava todas as classes sociais. Oseias por mais ou menos 60 anos condenava do modo mais veemente o procedimento do povo, qualificando-o de adultério. Conti nuava seus avisos sem resultados, 0 que é um tocante exemplo de perseverança no meio dos maiores desânimos. / / As d ivisões: I. Is rael, a esposa infiel de Deus, caps. 1 a 3. II. Israel pecaminoso, 4.1. a 1 3.8 / / III. Israel restaurado, 1 3.9 a 14.9.” (BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p .394). 16 L ições B íb licas AUXÍLIO BI3LIOGRÁFICO II ׳־/ Subsídio Teológico “Diante de tudo que temos estudado podemos compreender que o homem tem sido ingrato e rebelde e mesmo assim Deus trabalha para a redenção humana. Primeiro levantou um povo na antiguidade para a glória de seu nome: Israel. Esse povo fracassou, mas ainda será restaurado. Quando Israel fracassou, rejeitando o seu Messias, Deus levantou outro povo, a Igreja. É comum encontrar no livro do profeta Oseias as promessas de bênçãos após as advertências de juízos, isso revela o grande amor de Deus por seu povo e isso é confirmado no Novo Testamento pelaexpressão: ‘Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo’ (2 Tm 2 . 3 .(ו Depois de anunciar o fim da casa de Israel, ‘farei cessar o reino da casa de Israel’ (1.4), e de afirm ar que Israel não é mais seu povo, ‘porque vós não sois meu povo, nem eu serei vosso Deus’ (1 .9), logo em seguida afirma que os filhos de Israel são povo de Deus e também chama de filhos de Deus. Não há nisso contradição alguma, pois essa promessa é escatológica, vem depois dos juízos anunciados nesse capítulo, em outros lugares do livro de Oseias. Vemos que no Velho Testamentojeová se utilizou da experiência de seu povo para se revelar a si mesmo de maneira progressiva, cul minando com a manifestação de sua plenitude na Pessoa de seu Filho Jesus Cristo (Cl 2.9). Agora, em Oseias, começa-se a vislumbrar o amor de Jeová pelo seu povo e por toda a humanidade, amor manifestado no calvário (Jo 3.1 6)” (SOARES, Esequias. Oseias: A restauração dos filhos de Deus. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p .53). L iç õ e s B íb l ic a s 17 J o el — O D e r r a m a m e n t o d o Es p ír it o S a n t o Segunda - Is 4 4 .3 O derramamento do Espírito Santo Terça - M t 3.11 Jesus batiza com o Espírito Santo Quarta - Jo 14.16 O Consolador está sempre conosco Quinta - Jo 14.26 O Espírito Santo ensina a Igreja Sexta - A t 2.4 As línguas e o batismo com o Espírito Santo S á b a d o -A t 11.15 ,16 Os gentios e o batismo com o Espírito Santo 18 L iç õ e s B íb l ic a s TEXTO ÁUREO VERDADE PRÁTICA O Espírito Santo não veio ao mundo cumprir uma missão temporária, mas guiar a Igreja até a vindà do Senhor. H IN O S SUGERIDOS 7 00. 290, 491 LEITURA DIÁRIA "E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derram arei sobre toda a carne; e os ι/ossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos” (A t 2.1 7). INTERAÇÃOLEITURA BÍBLICA EM CLASSE I Quando o Espírito Santo fo i derramado sobre a Igreja, em Jerusalém, muitas pessoas ficaram atônitas com o fenô meno, pois viram gente simples fa lan do línguas totalm ente desconhecidas deles. Outros, no entanto, zombavam, afirm ando que essas pessoas estavam “cheias de mostos" ou “embriagadas״ Nessa ocasião, o apóstolo Pedro se levantou, ju n to dos demais apóstolos (At 2.14) e expôs sistematicamente os pontos centrais da revelação de Deus através de Jesus Cristo. Ele evocou a profecia de Joel a respeito do derram a mento do Espírito Santo (At 2.15-21), e conclamou-os: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que es tão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, cham ar” (At 2.38,39). OBJETIVOS j Após esta aula, o aluno deverá estar jj apto a: Explicar o contexto histórico, a estru- f tura e a mensagem do livro de Joel. Joel 1.1; 2 .28-32 C om preender que o Espírito Santo é uma pessoa divina. Saber que o livro de Joel é escato- lógico. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor, utilize o quadro da página seguinte para in tro d u z ir a aula e exp li car que o l iv ro de Joel pode ser d iv id ido em duas partes. A prim eira descreve a devastação de Judá ocasionada por uma grande praga de gafanhotos e a com un i dade. E a segunda, a resposta de Deus a Israel e às nações. Joel 1 1 - Palavra do SENHOR que foi dirig ida a Joel, filho de Petuel. Joel 2 28 - E há de ser que, depois, derram arei o meu Espírito so bre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos veíhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. 2 9 - E ta m b é m so b re os servos e sobre as se rvas , naqueles dias, d e rra m a re i o meu Espírito. 30 - E m ostrare i prodígios no p céu e na terra, sangue, e fogo, e colunas de fumaça. 31 - O sol se converterá em tre vas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR. 32 - E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como o SE NHOR tem dito, e nos restantes que o SENHOR chamar. r v L iç õ f .s B íb l ic a s 19 de Joiada durante a infância de Joás (2 Cr 23. ] 6-2 1). Isso explica a influência e a presença slgnifi- cativa dos sacerdotes no governo de Jucá CJI 1.9,1 3; 2.1 7). O templo estava em pleno funcionamento (Jl 1.9,1 3,14). 2. Posição de Joel no Câ- n o n S a g ra tio . A o rd e m dos Profetas Menores em nossas ve rs õ e s da Bíbtia é a mesma do Cânon Judaico e da Vu lgata Latina, mas não é c ro n o ló g ic a . Joel é o segundo livro, situado entre Oseias e Amós, mas na Septuaginta há uma d iferen ça na ordem dos primeiros seis livros: Oseias, Amós, Miqueias, Joel, Obadias, Jonas. 3. E s tru tu ra e m ensagem . O oráculo foi entregue ao profeta por meio da palavra (1.1). São três capítulos, mas a sua divisão na Bíblia Hebraica é diferente: lá tem os quatro capítu los, pois o trecho 2.28-32 eqüivale ao capí tu lo três, com cinco versículos, e o conteúdo do capítulo quatro é exatamente o mesmo do nosso capítulo três. São dois os temas p r in c ip a is : a p raga da locusta (1.1— 2.27) e os eventos do fim dos tempos (2.28— 3.21). O as sunto do livro é escatológica, com ameaças e promessas. INTRODUÇÃO O Movimento Pentecostal, no início do século 20, colocou o livro de Joel em evidência, fazendo com que ele fosse conhec ido como o “ profe ta pentecosta l” . Apesar disso, o anúncio da desc ida do Espírito Santo não é o tema predominante de seus oráculos. A maior par- ✓ te de suas profecias fala da praga da Io- custa e do ju lgam ento das nações no fim dos tempos. I. O L IV R O DE JO EL N O C  N O N S A G R A D O 1. C ontexto h is té rico . Pou- Ϊ co ou quase nada se conhece sobre Joel e a sua época. As es cassas in form ações baseiam-se em alguns lampejos extraídos de seu livro. Era profeta de Judá e seu pai se chamava Petueí (1.1). Isso é tudo o que sabemos de sua vida pessoal. Nenhum rei é men cionado em seu livro, d ificu ltando a contextualização histórica. Ele é a n te r io r a todos os profe tas literários, pois tem-se como certo que escreveu suas profecias em 835 a.C. Trata-se da época em que Judá estava sob a regência PALAVRA-CHAVE D erram am en to : ato ou efeito de der- ram a r; derram ação. L־ I V R O DE JO E Lr S E G U N D A P A R TEP R I M E I R A PA R TE A resposta do Senhor a Israel e às nações ( 2 ,1 8 — 3.21) . ■ Compaixão pela comunidade (2. 1 8-27). ■ Bênçãos para a com unidade (2.28-32). ■ Julgamento das nações (3.1-1 7). ■ Presença de Deus em Jerusalém (3.18-21). A praga dos ga fanhotos e a com un idade (1 .1 — 2.1 7). ■ A praga de gafanhotos (1.1 -4). ■ Chamado à lamentação (1.5-20). ■ Grande alarme (2.1-1 1). Chamado ao arrependimento (2.1 2-1 7), V , 2 0 L iç õ f .s B íb l ic a s REFLEXÃO “A tualm ente, o Espírito Santo é derram ado, de fo rm a efusiva, sobre qua lquer pessoa que venha a Deus em busca de sua salvação." Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal ção. Após o Concilio de Niceia, su rg ira m os p n e u m a to m a c h o i (“opositores do Espírito”) que, li derados por Eustáquio de Sebaste (300-380), não aceitavam a d iv in dade do Espírito Santo. 4 . L inguagem m etafórica . O “derramamento” do Espírito San to é a expressão que a Bíblia usa para descrever o revestimento de alguém com o poder do mesmo Espírito. Trata-se de uma metáfora, figura que "consiste na transferên cia de um termo para uma esfera de significação que não é a sua, em virtude de uma comparação implí cita” (Gramática Rocha Lima). S im b o liza d o pe la água, o Espír ito Santo lava, p u r if ic a e re fr igera com o reflexo de suas m últip las operações (Is 44.3; Jo 7.37-39; Tt 3.5). SIN O PSE D O T Ó P IC O (2 )O Espírito Santo é uma pes soa e não uma mera influência. R E S P O N D A 2. Em que parte da Bíblia o Espírito Santo é tex tua lm en te cham ado de Deus? SIN O PSE D O T Ó P IC O (1 ) O livro de Joel é uma obra escatológica que contém adver tências e promessas divinas. R E S P O N D A 1. Qual o assunto do livro de Joel? I I . A PESSOA D O E S P ÍR IT O S A N T O 1. Sua p e rs o n a lid a d e . O Espírito está presente em toda a Bíblia, que o mostra claramente como uma pessoa e não como uma mera influência. Ele é in te ligente (Rm 8.27), tem emoções (Ef 4.30) e vontade (At 16.6-11; 1 Co 12.11). Há abundantes provas bíblicas de sua personalidade. 2. Sua d iv indade. O Espírito Santo é chamado textualm ente de “Deus de Israel” (2 Sm 23.2,3). Ele é igual ao Pai e ao Filho em poder, g lória e majestade. Na declaração batismal, somos batizados tam bém em seu nome (Mt 28.19; Ef 4.4-6). Isso significa que o Espírito Santo é objeto da nossa fé e da nossa adoração. Ele é tudo o que Deus é (1 Co 2.1 0,1 1). 3. Como um a pessoa pode ser derram ada? Esta é uma das pe rgu n tas que a lguns g ru p o s religiosos fazem frequentemente com a finalidade de “ provar” que o Espírito Santo não é Deus nem uma pessoa. Aqui, por duas vezes a palavra profética afirma “derra marei o meu Espírito” (2.28,29), o que é ratificado em o Novo Testa mento (At 2.17,18). Ao longo da história, a divindade do Espírito Santo sempre encontrou oposi- .iç õ e s B íb l ic a s 21 a edificação individual, e não podem ser usados para fundamentar doutri nas. ABíbliaSagradaéanossa única regra de fé e prática. SIN O PSE D O T Ó P IC O (3 ) A efusão do Espírito Santo começou com os apóstolos e con tinua em nossos dias até a volta de Jesus. IV, O F IM D O S TE M P O S 1. Sinais. A profecia de Joel fala ainda sobre aparição de sinais em cima no céu e embaixo na ter ra, de sangue, fogo e colunas de fumaça, do sol convertendo-se em trevas e da lua tornando-se sangue (2.30,31). São manifestações teo- fânicas de Jeová para revelar a si mesmo e também para executar ju ízo sobre o pecado (Êx 1 9.1 8; Ap 8.7). Tudo isso o apóstolo Pedro citou integralmente em sua pre gação (At 2.19,20). É de se notar que tais manifestações não foram vistas por ocasião do Pentecostes. A explicação é que se trata do co meço dos “últimos dias”. 2. E lapas. O primeiro adven to de Cristo e o derram am ento do Espírito Santo são eventos in trodu tó rios dos “ú ltimos dias” (A t 2 .17 ). Os sm ais cósm icos acompanhados de fogo, coiuna de fumaça etc., ausentes no dia de Pentecostes, d izem respeito à Grande Tribulação, no epílogo da história, “antes que venha o grande e terrível dia do Senhor” (jl 2.31; At 2.20). 3 . R es u ltad o . A v inda do Espírito Santo, além de revestir os REFLEXÃO י “Nossa esperança vem do Senhor.;״ Bíblia de Estudo L Aplicação Pessoal 3. Qual o nome do líde r que após o Concilio de Niceia não aceitava a divindade do Espírito Santo? 4. Qual o s ign ificado do d e rra m a mento do Espírito Santo? I I I . H O R IZ O N T E S D A PR O M ESSA 1. Ponto de p artid a . A pro fecia do derramamento do Espírito Santo começou a ser cumprida no dia de Pentecostes, que marcou a inauguração da Igreja (At 2.16). O apóstolo Pedro empregou apro p r iadam en te a expressão “ nos ú ltimos dias” (At 2.17) no lugar .de “depois” (Jl 2.28a) ד Não faz sentido a lgum , por consegu inte, a f irm ar que a efu- são do Espírito Santo fo i apenas para a Era A p o s tó l ic a ; an tes , pelo contrá rio , começou com os apósto los e con tinua em nossos dias. Era o pon to de partida, e não de chegada. 2 . C o m u n ica çã o d iv in a . Deus disponibilizou recursos espi rituais para manter a comunicação com o seu povo por meio de sonhos, visões e profecias, independente mente de idade, sexo e posição social (2.28b,29). Todavia, cabe-nos ressaltar que somente a Bíblia é a autoridade divina e defin itiva na terra. Quanto aos sonhos, visões e profecias, são-nos concedidos para 2 2 L iç õ e s B íb l ic a s partir do derram am ento do Espí r ito Santo nos ú lt im os dias. R E S P O N D A 5. Quais sãos os eventos in tro d u tórios dos “ú ltim os d ias״? C O N C L U S à O O derramamento do Espírito Santo inaugura a dispensação da Igreja, que, acompanhado de gran des sinais, faz do cristianismo uma religião sui generis. A Igreja continua recebendo o poder do alto e prosse gue anunciando a salvação a todos os povos. Nisso, vemos a múltipla operação do Espírito Santo, reves tindo de poder os crentes em Jesus e convencendo o pecador de seus pecados (At 1.8; Jo 1 6.7-1 1). crentes em Jesus, resulta também em salvação a todos os que desejam encontrar a vida eterna. O apóstolo Pedro termina a citação de Joel com estas palavras: “Todo aquele que in vocar o nome do Senhor será salvo” (At 2.21). O nome “SENHOR”, com letras maiúsculas, indica na Bíblia Hebraica a presença do tetragrama YHWH (as quatro consoantes do nome divino “Yahweh, Javé, Yeho- vah Jeová”). O apóstolo Paulo citou essa passagem referindo-se ajesus, e afirmando que o Meigo Nazareno é o mesmo grande Deus Jeová de Israel (Rm 1 0.1 3). SIN O PSE D O T Ó P IC O (4 ) O liv ro de jo e l é escato lóg i- co. Ele fala do f im dos tem pos a REFLEXÃO Os crentes devem to m a r cuidado com o tra tam en to que dispensam ao próxim o, pois Deus os cham ará a p re s ta r contas no dia do ju ízo caso não procedam com am or e m isericórd ia . ” Bíblia de Estudo Pentecostal L1çõr:s B íb lic a s 2 3 BIBL1QCRAF3A SU G E R ID A י HARRISON, R. K. Tem pos do A n t ig o T e s ta m e n to : Um C o n te x to S o c ia l, P o lí t ic o e C u ltu ra l. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. MERRIL, Eugene H. H is tó ria de Israel no A ntigo Testam ento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de janeiro: CPAD, 2007. SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 52, p.37. Λ ץ RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 1. O assunto do livro é escatológico, com ameaças e promessas. 2. O Espírito Santo é chamado te x tualmente de “Deus de Israel” em 2 Samuel 23.2, 3 e Atos 5.3, 4. 3. Eustãquio de Sebaste. 4. O “derramamento” do Espírito San to é a expressão que a Bíblia usa para descrever o revestimento de alguém com o poder do mesmo Espírito. 5. O primeiro advento de Cristo e o derramamento do Espírito Santo são eventos in trodutórios dos “ últimos dias” (At 2.17). a u x íl io b ib l io g r á f ic o Subsídio Histórico “Joás, rei de Judá [...] O verdadeiro descendente de Davi assentou-se no trono, e reinou durante quarenta anos (83 5 796). Visto que ele tinha apenas sete anos quando 5e tornou rei, ficou sob a tutela de Jeoiada, o sumo sacerdote, cuja autoridade sobre o jovem monarca estendia-se ao ponto de escolher suas esposas (2 Cr 24.3). Os anos de apostasia sob Atália atingiram a vida religiosa da nação. Particularmente grave era o fato de o templo e os serviços sa grados haverem sido abandonados. Joás, já no princípio de seu reinado, decidiu reformar e restaurar a casa de Yahweh (2 Rs 12.2,5). Portanto, incumbiu os sacerdotes e levitas de saírem a todas as cidades e vilarejos de seu reino a fim de obter as ofer tas para a manutenção do templo. Embora o apefo resultasse no acúmulo de fundos, a obra tardou por alguma razão, e até o vigésimo terceiro ano de Joás (cerca de 814) não havia qualquer indício da obra. O rei Joás então ordenou ao sumo sacerdote Jeoiada que providencias se a construção de um gazofilácio ao lado do grande altar, onde os sacerdotes depositariam as ofertas do povo. Um apelo foi feito por todo o reino para que trouxessem suas ofertas ao templo; e com alegria o povo ofertou (MERRIL, Eugene H. H is tó ria de Is rae l no A n tig o Testam ento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.384,86). ״/ 24 LiçõesB í b l ic a s Lição 4 28 de Outubro de 2012 A m ó s — A Ju st iç a S o c ia l c o m o P a r t e d a A d o r a ç ã o TEXTO ÁUREO “Porque vos digo que, se a vossa jus tiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus״ (M t 5 .20). VERDADE PRÁTICA Justiça e retidão são elementos ne cessários e imprescindíveis à vercfa- deira adoração a Deus. H IN O S SUG ERIDO S 124, 131, 143 LEITURA DIARIA Segunda - Pv 1 4 .3 4 A justiça social exalta as nações Terça - Pv 19.1 7 Quem ajuda o pobre empresta a Deus Q u arta - Is 1 .13 -15 O sacrifício e o estado espiritual do adorador Q u in ta - Rm 1 5 .2 6 ,2 7 A espiritualidade do trabalho social Sexta - 2 Co 9 .8 ,9 Deus abençoa quem socorre os pobres Sábado - T g 1 .27 Socorrer os necessitados é parte da adoração V r L iç õ h s B t r u c a s 2 5 O nome Amós q ue r d ize r “fa rd o ” e Tecoa s ign ifica “soar o ch ifre do carne iro". Estas sign ificações denotam a m ensagem de destru ição ecoada no Reino do Norte. O pro fe ta não ex ita ra em denunciar a cor rupção do sistema político, ju ríd ico , social e religioso de Israel. Amós a inda teve de e n fre n ta r uma franca oposição re lig iosa do sacerdote Amazias. Este era alinhado à üolítica de Jeroboão it. Em Amós aprende mos o quanto pode ser nefasta a m is tu ra da po lítica com a re lig ião. A li, tínhamos um sacerdote, 1‘representante de Deus" dizendo sim pa ra tudo o que o re i fazia. Mas lá, o p ro fe ta “bo ie iro" d iz ia não! Era o Soberano dizendo “não” pa ra aquela espúria relação de voder. _____INTERAÇÃO OBJETIVOS Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: D is s e r ta r a respeito da vida pessoal de Amós e a estrutura do livro. Saber que a jus tiça social é um em preendimento bíblico. A p o n ta r a política e a justiça social como elementos de adoração a Deus. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Prezado professor, v ivem os num tem po de grandes injustiças sociais e co rrup ção política. Pessoas sem te m o r de Deus e am or ao p róx im o buscam in ten samente os seus próprios interesses. Por isso, sugerimos que, ao in trod u z ir os tópicos IJ e IIE da lição, pergunte aos alunos o que eles pensam sobre esse quadro de corrupção e in justiça social instalados em nossa sociedade. Em seguida, com o auxílio do esquema da página seguinte explique os termos “ po lít ica” e “jus t iça social” . Diga que, à luz da mensagem de Amós, tais práticas fazem parte da adoração a Deus. ־׳/ A m ó s 1.1; 2 .6 8; 5.21 23 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE A m ó s 1 1 - 4 5 pa lavras de Amós, que estava en tre os pasto res de Tecoa, o que ele viu a respeito de Israel, nos dias de Uzias, re i de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, re i de Israel, dois anos antes do terrem oto. A m ó s 2 6 - Assim d iz o SENHOR: Por três transgressões de Israe l e p o r quatro, não re tira re i o castigor porque vendem o ju s to p o r d inhe iro e o necessitado p o r um p a r de sapatos. 7 - Suspirando pelo pó da te r ra sobre a cabeça dos pobres, eles pervertem o cam inho dos m ansos; e um hom em e seu p a i e n tra m à m esma moça, para p ro fanarem o meu santo nome. * 8 - E se deitam ju n to a qua l que r a lta r sobre roupas em penhadas e na casa de seus deuses bebem o vinho dos que tinham m ultado. A m ó s 5 21 - Aborreço , desprezo as vossas festas, e as vossas as- sembleias solenes não me dão nenhum p ra ze r 22 - E, a inda que me ofereçais holocaustos e ofertas de m an ja re s , não me agradare i delas, nem a ten ta re i para as ofertas pacíficas de vossos a n im a is gordos. 23 - Afasta de m im o estrépito dos teus cânticos; porque não o uv ire i as melodias dos teus instrum entos. 2 6 L ições B í b l ic a s sicôm oros” (7.14) e de não fa z e r parte da escola dos profetas, foi env5ado por Deus a pro fe tizar em Betei, centro re lig ioso do Reino do Norte (4.4). Ali, Amós enfren tou fo rte oposição do sacerdote Amazias, alinhado politicam ente ao rei Jeroboão II (7.10-16). Todo o sistema político, reli gioso, social e ju r íd ico do Reino de Israel estava contam inado. Foi esse o quadro que Amós encon trou nas dez tr ibos do Norte. O p ro fe ta to r nou pública a ind igna ção de Jeová contra os abusos dos ricos, que esmagavam os pobres. Ele levan tou -se ta m bém contra as in ju s t i ças sociais e contra toda a sorte de desonestidade que pervertia o d ire ito das viúvas, dos órfãos e dos necessitados (2.6-8; 5.1 0-1 2; 8.4-6). No cardápio da iniqüidade, estavam incluídos ainda o luxo extravagante, a prostitu .ção e a ido latria (2.7; 5.12; 6.1-3). 3. E stru tu ra e m ensagem . O livro se divide em duas partes principais. A primeira consiste nos oráculos que vieram pela palavra (1— 6) e a segunda, nas visões (7— 9). O discurso de Amós é um ataque d ire to às institu ições de Israel, confrontando os males que assolavam os fundam en tos so ciais, morais e espirituais da nação. PALAVR/ 1 ח X s m Ador. Rendiçãi em todas ação: 0 a Deus as esferas 'ida. INTRODUÇÃO 0 livro de Amós permanece atuai e abrange diversos aspectos da vida social, política e re lig io sa do povo de Deus. O profeta combateu a idolatria, denunciou as in justiças sociais, condenou a violência, profetizou o castigo para os pecadores contum azes e ta m b é m fa lo u so bre o fu tu ro g lo r ioso de Israel. Amós é co nhecido como o livro da ju s t iç a de Deus e m ostra aos religiosos a necessidade de se in c lu ir na adoração dois elementos importantes e há muito esquecidos: jus tiça e retidão. 1. O L IV R O D E A M Ó S 1 . C o n te x to h is t ó r ic o . Am ós era o r ig in á r io de Tecoa, aldeia situada a 1 7 quilômetros ao sul de Jerusalém e exerceu o seu m in is té r io duran te os re inados de Uzias, rei de Judá, e de Jero- boão II, f i lho de Joás, rei de Israel (1.1; 7.1 0). Foi, de acordo com a trad ição juda ico -cris tã , con tem porâneo de Oseias, Jonas, Isaías e Miqueias, no período assírio. 2 . V id a p e s s o a l. Apesar de ser apenas um camponês de Judá, “ b o ie iro e c u l t iv a d o r de Λ PO LÍT IC A E JUSTIÇA SOCIAL EM AMÓS POLÍTICA JUSTIÇA SOCIAL Queremos d izer sobre política “ o con ju n to de práticas relativo a um a socie dade” . Pois as relações humanas numa sociedade são estabelecidas de acordo com decisões políticas tomadas po r re presentantes dela (Am 7.10-14). Justiça social é o con jun to de ações sociais, dest inado a su p r im ir as Tnjus- tiças de todos os níveis, reduz indo a desigua ldade e a pobreza, erradicando o ana lfabetism o e o desem prego, etc (Am 8.4-8).V L iç õ e s B í b l ic a s 2 7 3. O pecado. A expressão: “Por três transgressões de Israel e por quatro, não retirarei o castigo” (2.6) refere-se não à numeração matemática, mas é máxim a co mum na literatura semítica (veja fraseolog ia s im ila r em Jó 5.19; 33.29; Ec 1 1.2; Mq 5.5,6). Nesse texto, significa que a medida da in iqü idade está cheia e não há como suspender a ira divina. SIN O PSE D O T Ó P IC O (2 ) O senso de ju s t iç a c r is tã expressa o pensamento da lei e dos profetas que, por sua vez, é parte do grande mandamento de Jesus Cristo. R E S P O N D A 2. Qual a nossa responsabilidade pessoal? 3. O que significa a expressão “por três transgressões de Israel e po r quatro , não re tira re i o castigo"? I I I . IN JU S T IÇ A S S O C IA IS 1. Decadência social (2 .6 ). Amós condena o preconceito e a indiferença dos mais abastados no trato aos carentes do povo, que veem seus direitos serem violados (2.7; 4.1; 5.1 1; 8.4,6). Vender os próprios irmãos pobres por um par de sandálias é algo chocante. Tal ato, que atenta contra a dignidade humana, demonstra a situação de desprezo dos poderosos em rela ção aos menos favorecidos. Uma vez que as autoridadese os po derosos aceitavam subornos para torcer a justiça contra os pobres, o profeta denuncia esse pecado mais de uma vez (8.4-6). í O assunto do livro é a justiça de I Deus. O discurso fundamenta-se I em denúncias e ameaças de casti- I go, term inando com a restauração I fu tura de Israel (9.11-15). Ele é I citado em o Novo Testamento (Am 5.25,26 cp. At 7.42,43; 9.1 1,1 2 cp. I At 15.16-18). I S IN O PSE D O T Ó P IC O (1 ) I O livro do profeta Amós pode I ser dividido em duas partes princi- I pais: oráculos provenientes pela pa I lavra (1— 6) e pelas visões (7— 9). I R E S P O N D A 1 1. Q ual o d iscu rso do liv ro de I Amós? I I I . P O L ÍT IC A E J U S T IÇ A S O C IA L 1. Mau governo. Infelizmente, I alguns líderes, como Saul eJeroboão I I, filho de Nebate, causaram a ruína I d o povo escolhido (1 Cr 10.13,14; 1 Rs 1 3.33,34). Amós encontrou um I desses maus políticos no Reino do I Norte (7.10-14). Oseias, seu colega I de ministério, também denunciou I esses males com tenacidade e vee- I mência (Os 5.1; 7.5-7). 2. A ju s tiç a social. É nossa I responsab ilidade pessoal lu ta r | por uma sociedade mais justa. Tal senso de justiça expressa o pen- sarnento da lei e dos profetas e é parte do grande mandamento da fé cristã (Mt 22.35-40). Amós foi o único profeta do Reino do Norte a bradar energicamente contra as injustiças sociais, ao passo que, em Judá, mensagem de igual teor aparece por intermédio de Isaías, Miqueias e Sofonias. 2 8 L iç õ e s B íb l ic a s Jeová sem refletir e com as m ã o s ^ sujas de injustiças. C om portando-1 se assim, tanto Israel como Judá, I reproduziam o pensamento pagão, I segundo o qual sacrifícios e liba- I ções são suficientes para aplacar | a ira dos deuses. Entretanto, Deus declara não ter prazer algum nas festas religiosas que os israelitas promoviam (5.21; Jr 6.20). 2. O significado dos sacri fíc io s . Expressar a consagração do ofertante a Deus era uma das marcas dos sacrifícios. E Amós men ciona dois: “ofertas de manjares” e “ofertas pacíficas” (5.22). As ofertas jJ de manjares não eram sacrifícios | de animais. Tratava-se de algo di ferente, que incluía flo r de farinha, ^ pães asmos e espigas tostadas, representando a consagração dos frutos dos labores humanos a Deus (Lv 2.14-16). Já as ofertas pacíficas ^ eram completamente voluntárias e n tinham uma marca distintiva, pois ο I próprio ofertante podia comer parte I do animal sacrificado (Lv 7.1 1-21). 3. Os cânticos. Os cânticos I faz iam parte das assem ble ias I solenes (5.23). No entanto, eles j perdem o va lor espiritual quando ■ não há arrependimento sincero. A I verdadeira adoração, porém, não I consiste em rituais externos ou I em cerimônias formais. O genuíno I sacrifício para Deus é o espírito I quebrantado e o coração contr ito I (SI 51.17). Há um número m uito I grande e variado de palavras h e -1 braicas e gregas para descrever a I adoração e o ato de adorar. C o n -1 tudo, a ideia principal de todas I é de devoção reverente, serviço I sagrado e honra a Deus, tanto de | maneira pública como in d iv id u a l.^ · Χ ϋ Μ · · · ^ Η Η ϋ · Η · · ϋ Κ 2 . D e c a d ê n c ia m o ra l. A prostituição cultuai era outra prá tica chocante de Israel e mostra a decadência moral e espiritual da nação: “Um homem e seu pai coabi- tam com a mesma jovem e, assim, profanam o meu santo nome” (2.7 -ARA). O pior é que tal prostitu i ção era financiada com o dinheiro sujo da opressão que os maiorais infligiam ao povo (2.7,8). 3. D ecadên cia re lig io s a . O p ro fe ta denunc ia a v io lação da lei do penhor que n inguém mais respeitava (Êx 22.26,27; Dt 24.6,17). A acusação não se res tringe à crueldade e à apropriação indébita, mas também a prática do culto pagão, v isto que a ex pressão “qualquer a ltar” (2.8) não pode ser no templo dejeová, e sim no de um ídolo. Amós encerra a denúncia a essa série de pecados, condenando a idolatria, a cobrança indevida de taxas e a malversação dos impostos no culto pagão e nos banquetes em honra aos deuses. S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 ) As injustiças sociais no livro de Amós são representadas pe- Ias decadências social, moral e religiosa. R E S P O N D A 4. Quais as três decadências nos dias de Am ós? IV. A V E R D A D E IR A A D O R A Ç Ã O 1. A doração sem conver são . A d esp e ito de sua ba ixa condição moral e espiritual, o povo continuava a oferecer o seu culto a L iç õ e s B íb l ic a s 2 9 CONCLUSÃO A adoração ao ve rdade iro Deus, nas suas várias formas, requer santidade e coração puro. Trata-se de uma comunhão vertical com Deus, e horizontal, com o próximo (Mc 1 2.28-33). Essa mensagem alerta-nos sobre o dever cristão de não nos esquecermos dos pobres e necessitados e também sobre a responsabilidade de combatermos as injustiças, como fizeram Amós e os demais profetas. BIBLIOGRAFIA SUGERIDA HARRISON, R. K. Tem pos do A n tigo Testam ento: Um Contexto Social, Político e Cultura l. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. SOARES, Esequias. O M in is té- r io P rofético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. l .e d . Rio de Janeiro: CPAD, 2010. ZUCK, Roy B (Ed.). Teo log ia do A ntigo Testam ento , l .ed . Rio de Janeiro: CQAD. 2009. SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 52, d .38 Λ RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 1. Um ataque direro às instituições de Israel, confrontando os males que assolavam os fundamentos sociais, morais e espirituais da nação. 2. É nossa responsabilidade pessoal lutar por uma sociedade mais justa. 3. Significa que a m edida da ini- quidade está cheia e não há como suspender a ira divina. 4. Social, moral e religiosa. 5. É o espírito quebrantado e o co ração contrito. Em suma, Deus exige de seu povo verdadeira adoração. SINOPSE DO TÓPICO (4 ) A verdadeira adoração não consiste em rituais externos ou em ce rim ôn ias l i tú rg ica s , mas no espírito quebrantado e num coração contrito . RESPONDA 5. Qual o verdadeiro sacrifício p a ra D eus? AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I Subsídio Biblioiógico “O Q u a rte to do Período Á u reo da Profecia H ebraica O profeta Amós exerceu o seu m inistério ‘nos d 1as de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei Israel’ (1.1). Isso mostra que ele viveu na mesma época de Oseias e Isaías. Ele era de Tecoa, na Judeia, mas Deus o enviou para profetizar em Samaria, no reino do Norte. Miqueias é tam bém dessa época, mas começou suas atividades um pouco depois dos três primeiros, pois Uzias não é mencionado: ‘nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá’ (1.1). Os profetas Isaías, Miqueias, Amós e Oseias foram con tem po râneos, o m in is té r io de cada um deles começou entre 760 e 735 a.C. [...] Ambos eram do Reino do Sul, capital Jerusalém. Oseias e Amós exerceram seu m in is tério no reino do Norte, em Samaria” (SOARES, Esequias. O M in is té rio P ro fé tico na Bíblia: A voz de Deus na Terra. l .e d . Rio de Janeiro: CPAD, 2010 , P. .(ו 16 3 0 L iç õ e s B íb l ic a s AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II Subsídio Teológico “DEUS E AS NAÇÕES [...] Amós e Miqueias têm m uito mais a d izer sobre a relação das nações com Israel e o seu Deus. Desde o início, ambos os l i vros deixam claro que a soberania do Senhor não está lim itada a Israel, mas se estende a todas as nações. Amós começa com uma série de falas de ju lgam ento contra as nações vizinhas de Israel (Am 1.3— 2.3). Miqueias inicia com um retrato v iv ido da descida teofânica do Senhor para ju lg a r as nações (Mq 1.2-4). Para estes profetas, o Deus de Israel é ‘Senhor de toda a terra1 (cf. Mq 4.13), que controla a história e o destino das nações (Am 9.7). De acordo com Amós 9.1 2, as nações ‘são chamadas' pelo ‘nom e’ do Senhor. A expressão aponta a propriedade e autoridade do Senhor sobre as nações como deixa claro o uso constante em outros textos bíblicos (cf. 2 Sm1 2.28; Is 4.1). A palavra usada nos oráculos de Amós 1 e 2 para caracterizar os pecados das nações diz respeito ao ato de rebelião contra a autoridade soberana. Em outros textos bíblicos, o te rm o é usado para referir-se a uma nação que se rebela contra a autoridade de outra (cf. 2 Reis 1.1; 2 Reis 3.5,7). Judá (Am 2.4,5) e Israel (Am 2 .6 1 6) quebraram o concerto mosaico. Entretanto, por qual arranjo as nações estrangeiras eram responsáveis diante de Deus? Entre os crimes alistados incluem-se atrocidades em tempo de guerra, tráfico de escravos, quebra de tratados e profanação de túm ulos. Todos estes considerados jun tos , pelo menos em princípio, são violações do mandato de Deus dado para Noé ser fru tífero , multiplicar-se e mostrar respeito pelos membros da raça humana como portadores da imagem div ina (cf. Gn 9.1-7). É possível que Amós tivesse visto este mandamento noético no plano de fundo de um tratado entre suserano e vassalo, comparando o mandato às exigências ou estipu- lações de tratado. De modo semelhante, Isaías interpretou o crime de carnific ina cometido pelas nações (Is 26.21) como violação da ‘aliança eterna’ (Is 24.5; cf. Gn 9.1 6) que ocasionaria uma maldição na terra inteira (cf. Is 24.6-1 3). A seca, um tema comum nas bíblicas e antigas listas de maldição mundial (cf. Is 24.4,7-9). No títu lo da sua série de oráculos de ju lgam ento , Amós também disse que o ju lgam ento do Senhor ocasionaria seca (Am 1.2). Pelo visto, a seca compendiava as maldições que vinham sobre as nações por rebelião contra o Suserano” (ZUCK, Roy B. Teo log ia do A n tigo Testam ento . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, p.446). L iç õ e s B í b l ic a s 31 O b a d ia s — O P r i n c í p i o d a R e t r i b u i ç ã o “Porque o dia do SENHOR está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fa rá contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça” (Ob 1.15). VERDADE PRATICA Obadias m ostra que a íei da seme adura e o p rinc ip io da retr ibu ição constituem uma realidade da qual ninguém escapara H IN O S SU G ER ID O S 106, 227, 262 LEITURA DIÁRIA Segunda - Gn 2 5 .2 2 ,2 3 A inim izade desde a gestação Terça - SI 1 3 7 .7 O clam or pela punição de Edom Q u a rta - Os 8 .7 Quem semeia vento colhe tempestade Q u in ta - Na 1 .3 Deus não terá o culpado por inocente Sexta - Gl 6 .7 A lei da semeadura e o princípio da retribuição Sábado - Hb 2 .2 A desobediência receberá jus ta retribuição 3 2 L iç õ e s B íb l ic a s Soberania de Deus e livre-arbítrio são temas que geram conflitos e levam m ui tos a tomadas de posições extremadas. Por conceder o lrvre-αrbítrio ao homem, Deus deixa de ser soberano? De maneira nenhuma! Isso só denota o seu poder em cria r uma pessoa que, sendo imagem e semelhança de Deus, decide seguir ou não o caminho da justiça . Mas é bem verdade que, nalgumas circunstâncias, o Eterno intervém sem respeitar o arbítrio humano (Ml 1.2,3 cf. Rm 9.14-16). Há contradição nisso? De form a alguma! O homem continua livre em seu arbítrio e Deus eternamente soberano. Nas Sagra das Escrituras, o livre arbítrio e soberania divina são essencialmente dialogais. INTERAÇÃO ___________OBJETIVOS____________ Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: ------------------------------------------------------------------------- a C o nce itu ar soberania d iv ina e livre arbítrio. E lencar os elementos contextua is do liv ro de Obadias. S a b e r o p r in c íp io da re tr ib u iç ã o d ivina. ΛO RIENTAÇÃO PEDAGÓGICA ׳׳/ Professor, reproduza o esquema da página seguinte no quadro de giz. Utilize-o na introdução da auta. Explique que o livro de Obadias é constituído apenas de um capítulo (1) e v in te e um versículos (21). Podemos d iv id i- lo em duas partes prin- cipíJs. A primeira parte fala respeito dos oráculos contra Edom; e a segunda dos oráculos sobre o Dia do Senhor. Expli que que o propósito principal do livro é mostrar aos israelitas a ira d iv ina contra os edomitas. Em seguida pergunte aos alunos: “Por que Deus estava irado com os edomitas?” Ouça os alunos com atenção e explique que o Senhor estava aborrecido pelo fa to de eles terem se alegrado diante da dor e do sofrim ento de Judá. O b a d ia s 1 .1 -4 ,1 5 -1 8 1 - Visão de Obadias: Assim d iz o Senhor JEOVÁ a respei to de Edom: Temos ouvido a p regação do SENHOR, e fo i enviado às nações um em bai xador, dizendo: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a guerra . 2 - Eis que te f iz pequeno e n tre as nações; tu és m u i desprezado. 3 - A soberba do teu coração te enganou, como o que habita nas fendas das rochas, na sua a lta m orada, que d iz no seu coração: Quem me d e rrib a rá em te rra? 4 - Se te elevares como águia e puseres o teu n inho entre as estrelas, d a li te de rriba re i, d iz 0 SENHOR. 1 5 - Porque o dia do SENHOR está p e rto , sobre to d a s as nações; como tu fizeste, assim se fa rá contigo; a tua maldade ca irá sobre a tua cabeça. 16 - Porque, com o vós be- bestes no m on te da m in h a santidade, assim beberão de c o n tín u o to d a s as n açõ es ; beberão, e engolirão, e serão como se nunca tivessem sido. 1 7 - Mas, no m o n te S ião, haverá liv ram en to ; e ele será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades. 18 - E a casa de Jacó será fogo; e a casa de José, cham a; e a casa de Esaú, pa lha ; e se acenderão c o n tra eles e os consum irão ; e n inguém m ais re s ta rá da casa de Esaú, p o r que o SENHOR o disse. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE L iç õ e s B íb l ic a s 33 soberania divina, existe uma auto- limitação suficiente para perm itir o livre-arbítrio humano. 2. L iv re -a rb ítr io . A von ta de de Deus é que todos sejam salvos (Ez ]8 .2 3 ,3 2 ; Jo 3.16; ו Tm 2.4; 2 Pe 3.9). Entretanto, não são poucos os que se perderão. Tal acontece ju s ta m e n te pelo fa to de sermos livres, auto- conscientes e, por isso, responsáveis diante de Deus por nossos atos (Ec i 2.1 3,14). Isso se expli ca pelo livre-arbítrio, e não significa negar a soberania divina. Trata-se da liberdade humana. Deus é soberano em todo o Universo e, por seu amor e poder, preserva sua criação até a consumação de todas as coisas (Ne 9.6; Hb 1.2,3). SIN O PSE D O T Ó P IC O <1> O liv re -a rb ítr io não nega a soberania divina; pelo contrário, a confirma. R E S P O N D A /. O que é a soberania divina? I I . O L IV R O DE O B A D IA S 1. Contexto histórico. A vida pessoal de Obadias é desconheci- PALAVRA-CHAVE Soberania: Qualidade ou condição de soberano. INTRODUÇÃO A soberania divina é um tema importante e atual, porque lembra- nos que Deus está no controle de tudo e que toda ação humana está exposta diante de seus olhos. A lei natural da semeadu- ra ilustra o princípio da | re tr ibu ição no campo | espiritual, e éjustamen- ' te essa a m ensagem que encontramos no livro do pro feta Obadias, em seus oráculos contra Edom. I. A S O B E R A N IA DE D EU S 1. C o n c e ito . A soberan ia d iv in a é o d ire ito a bso lu to de Deus governar totalmente as suas criaturas segundo a sua vontade (SI 1 1 5.3; Is 46.1 0). Calvinistas e arminianos concordam com esse conceito. A diferença entre ambos acerca da soberania está apenas no exercício desta. Segundo os calvinistas, não há lim ite para o exercício desse governo, de modo que a vonta de d ivina não pode ser anulada. Os arm in ianos, por outro lado, a dm item que, no exerc íc io da Λ E S B O Ç O D O L I V R O DE O B A D IA Sr Parte I: Oráculos contra Edom (vv. 1-14.1 5b) w . 1 - 9 ....................... ........................ Orgulho e destruição de Edom w . 1 0 -1 4 .............*........................... Traição de Edom contra Judá v. 1 5 b .................................................Condenação de Edom Parte II: Oráculos sobre o Dia do Senhor ( w . 15a. 16-21) w . l 5a., 1 6 ......................................Julgamento das nações w . 1 7 ,1 8 ...........................................Volta e restauração de Israel w . ] 9-2 1 ........................................... Apêndice: Volta e restauração de Israe 3 4 i .iç õ l s B í b l ic a s REFLEXÃO Ά soüerania d ivina é o dire ito absoluto de Deus governar totalm ente as suas cria tu ras szgundo a sua vontade.” Esequias Soares Profetas um só livro, a citação de Obadias, em o Novo Testamento, é apenas indireta. S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 ) Com apenas vinte e um versí culos, Obadias é o livro mais curto do Antigo Testamento. R E S P O N D A 2. Qual o tema do liv ro de Oba- d ias? I I I . E D O M , O P R O F A N O 1. O r ig e m . Os e d o m ita s eram descendentes de Esaú. Por causa do guisado que Jacó usou para comprar de Esaú a sua primo- genitura, o nome da tr ibo passou a ser “ Edom” que, em hebraico, significa “verm elho” (Gn 2 5.30). Eles povoaram o monte Seir (Gn 33.16; 36.8,9,21) e, rapida mente, transformaram-se em uma poderosa nação (Gn 36.1-43; Êx 15.15; Nm 20.14). Seu rei negou passagem a Israel por seu território, quando os filhos de Jacó saíram do Egito e peregrinavam no deserto a caminho da Terra Prometida. Mes mo assim, Deus ordenou aos isra elitas que tratassem 05 edomitas como a irmãos (Dt 23.7). Contudo, o ódio de Edom contra Israel cres ceu e atravessou séculos. 2. O Deus soberano . “As sim diz o Senhor JEOVÁ a respeito da. O profeta apresenta-se apenas com o seu nome, sem oferecer nenhum a in fo rm ação ad ic iona l (família e reinado sob o qual viveu e profetizou). Ele simplesmente diz: "Visão de Obadias” (v. 1). A data em que exerceu o seu m in istério é uma das mais d ispu tadas entre os estudiosos: vai de 848 a 460 a.C. Tudo indica que os versículos 10 a 14 refiram-se à destruição de Jerusalém por Na- bucodonosor, rei de Babilônia, em 587 a.C. Portanto, qualquer data, nesse período, como 585 a.C. por exemplo, é aceitável. 2 . E s t r u tu r a e m e n s a gem . Com apenas 21 versículos, Obadias é o livro mais curto do Antigo Testamento. Excetuando- se a in trodução, o seu estilo é poético. O tex to divide-se em três partes principais: a destruição de Edom (vv. 1 -2); a sua maldade (vv. 10-14) e o dia do Senhor sobre Edom, Israel e as demais nações (vv. 1 5-21). O tema do livro é o ju lgam en to d iv ino contra Edom. Obadias, po rém , não é o ú n ico p ro fe ta in c u m b id o de a nu nc ia r a c o n denação dos filhos de Esaú (Is 21.1 1,1 2; Jr 49.7-22; Ez 2 5.1 2-1 4; Am 1.1 1,1 2; Ml 1.2-5). 3. Posição no C ânon. Em nossa Bíblia, Obadias situa-se en tre Amós e Jonas. O critério para a ordem desses livros é ainda des conhecido. Sabe-se, todavia, que não foi baseado na cronologia. Há quem jus t if ique tal posição pelo slogan “o dia do SENHOR” (v.l 5; Am 5.20) e pela afirmação de que a casa de Jacó possuirá a herdade de Edom (v.l 7; cp. Am 9.1 2). D ev id o ao C ânon Juda ico cons idera r a coleção dos Doze L iç õ e s B íb l ic a s 3 5 pois Deus re d u z irá (com o de fato, reduziu) Edom a um povo insignificante e desprezível entre as nações, até que este veio a desaparecer (v.2b). 5. O o rg u lh o leva à ru ína . Por viverem nas cavernas m onta nhosas de Seir (v.3), os edomitas confiavam na segurança que lhes proporcionava a topografia de seu te rr itó r io - uma fortaleza natural mente inexpugnável. Edom não sabia que aquilo que é inacessível ao homem é acessível a Deus (v.4). A arrogância humana é insupor tável, mas a soberba espiritual é repugnante; os que assim agem estão destinados ao fracasso (Pv 16.18; 1 Pe 5.5). SINO PSE D O T Ó P IC O (3 ) A a rro g â n c ia hum ana e a soberba e sp ir itu a l levaram os edomitas à ruína. R E S P O N D A 3. Quem é o pa i dos edomitas? 4. O que sign ifica o uso do "perfe i to p ro fé tico ”? IV. A R E T R IB U IÇ Ã O D IV IN A 1. O p rin c íp io da re tr ib u i ção. Retribuição significa “pagar na mesma moeda". Tal princípio acha-se na Lei de Moisés (Êx 21.23-25; Lv 24.1 6-22; Dt 1 9.21). Segundo Charles L. Feinberg, a passagem com preend ida entre os ve rs ícu los 10 até 14 pode ser chamada de o “boletim de ocorrência” dos crimes cometidos pelos edomitas contra os judeus. O acerto de contas aproxima-se, e Deus fará com os edomitas o REFLEXÃO Deus ju lg a rá e p un irá com r ig o r a todos os que maltratarem seu povo.” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal de Edom” (v. 1). Esta chancela des taca a soberania de Deus sobre os povos e reis da terra. Apesar de Edom não ser reconhecido como povo de Deus, o Eterno tinha legí tima autoridade sobre ele. 3. Preparativos do assédio a Edom (v .lc ) . A expressão: “te mos o i'v ido a pregação” parece in dicar que Obadias falava em nome de outros profetas 0 r 49.14). Ele ouviu o oráculo d ivino e soube de um embaixador que fora enviado aos povos viz inhos para ajuntá- los em guerra contra Edom. Tal embaixador não era profeta, mas um d ip lom ata de alguma nação inim iga dos edomitas. 4 . O r e b a ix a m e n to de Edom . No Antigo Testamento he braico, existe um recurso retórico que consiste em um acontecimen to fu turo , que é descrito como se já tivesse sido cumprido. Por isso, o p ro fe ta emprega o verbo no passado: “Eis que te fiz pequeno entre as nações” (v.2a). Esse recu rso é co nh ec id o como perfe ito p ro fé tico (não se tra ta de um perfe ito gramatical especia l). Seu em prego , aqui, ind ica o cu m p rim e n to certe iro da ameaça quan to à sucessão dos dias e das noites. Ou seja, o Lfato é descrito como já realizado, 3 6 L iç õ e s B íb l ic a s m m que consum irá a casa de Esaú indica a destruição total de Edom. O orgulho e o ódio dos edomitas contra os seus irmãos judeus os levaram à ruína defin itiva. SINO PSE D O T Ó P IC O (4 ) O p r in c íp io da re tr ibu ição acha-se na lei de Moisés e se con firm a no princípio da semeadura em o Novo Testamento. R E S P O N D A 5. Como Charles L. Feinberg cias- s ifica os versículos 10 a 14 de Obadias? C O N C L U S à O Assim como ninguém pode desafiar as leis naturais sem as dev idas conseqüências, não é possível ignorar as leis espirituais e sair ileso. A retribuição é inev i tável, pois “tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). Só o arrependimento e a fé em Jesus podem levar o homem a experim entar o amor e a miseri córdia de Deus (2 Co 5.1 7). psaen·v..׳ כ ··: , . * mesmo que eles fizeram a ju d á . Nessa profecia, Edom serve de parad igm a para outras nações (e até pessoas) que igualmente procedem (v. I 5). 2. O castigo de Edotr. Os edomitas beberam e alegraram-se com a desgraça de seus irmãos. Mas, agora, chegou a hora de eles receberem a sua paga na mesma moeda. Os descendentes de Esaú provarão do cálice da ira divina para sempre (v. 16). É bom lembrar que esse princípio vale também para indivíduos (jz 1.6,7; Hb 2.2). É o princípio da semeadura (Os 8.7; Cl 6.7). 3. Esaú e Jacó (v. 18). Os nomes “Sião” e “Jacó” (v. 17) in dicam Jerusalém e Judá, respec tivam ente. E “José” , o Reino do Norte form ado pelas dez tr ibos e, muitas vezes, identificado como '1Israel” e “Efraim” (Os 7.1). José, como pai de Efraim (Gn 4 1 .5 0 52), é usado para identificar os irmãos do Norte. Assim, a profe cia fala sobre a reunificação de Judá e Israet (Os 1.1; Ez 37.19). A metáfora de Israel como fogo REFLEXÃO___________ “Assim como o povo de Edom fo i destruído po r causa do seu o rgu lho , todos os que desafiam a Deus tam bém serão aniquilados." Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal L iç õ e s B íb l ic a s 3 7 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA HARRISON, R. K. Tempos do An- tígo Testam ento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. MENZ1ES, W illiam W; HCR- TON, StanleyM. D o u tr in a s B íblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5.ed. Rio de Janeiro: SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 52, p. 38. AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO׳ ΛRESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 1. É o dire ito absoluto de Deus go vernar tota lmente as suas criaturas segundo a sua vontade. 2. O ju lgamento divino contra Edom. 3. Esaú. 4 . Um recurso re tórico que cons is te em um acon te c im e n to fu tu ro , que é desc r ito com o se já tivesse sido cum prido . 5 . “ B o le t im de o c o r rê n c ia ” dos crimes com etidos pelos edom itas contra os judeus. Subsídio Geográfico “O JuEgamento de Edom A terra de Edom se estendia ao longo das encostas da cadeia de montanhas rochosas do monte Seir, em direção do golfo de Ágaba e che gava quase ao mar Morto. O terrí- tório variava de regiões férteis, que p ro d u z ia m t r ig o , uvas, f ig o , ro m ã e azeitona, a altos picos montanhosos separados por desfiladeiros profun dos. A meio caminho na principal cadeia montanhosa, elevava-se o monte Hor, alto e sombrio acima do terreno circunvizinho e a curta distância da capital Sela ou Petra, que se situava em um profundo vale cercado por 60 metros de pre cipício, acessível somente por uma abertura estreita de uns 3,5 metros de largura. Assim, os edomitas habitavam literalmente nas fen d as das ro chas (3), cuja a posição era prati camente impenetrável e inconquis- tável. Por muitas gerações tinham vivido seguros. Nenhum inimigo conseguira entrar pelos caminhos estreitos dos desfiladeiros que conduziam às principais cidades talhadas nas paredes rochosas das montanhas. [A despeito de todos esses recursos] Os julgamentos de Deus tinham de ser severos. [...] A nação seria totalm ente devastada. Os descendentes de Esaú, seriam redu zido a nada” (C om entário Bíblico Beacon. Vol. 5. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 1 31-32). 3 8 L iç õ e s B íb l ic a s Lição 6 7 7 de Novembro de 2012 J0NAS — A M is e r ic ó r d ia D i v i n a TEXTO ÁUREO “E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do m al que tinha dito lhes fa ria e não o fez” (Jn 3 .1 0). VERDADE PRÁTICA O relato de jonas ensina-nos o quan to Deus ama e está pronto a perdoar os que se arrependem. " H IN O S SUGERIDOS 396 , 406, 414 LEITURA DIÁRIA Segunda - SI 8 5 .1 0 Justiça e amor no Calvário Terça - J r 3 1 .3 A grandeza do amor de Deus Q u arta - Lm 3 .22 As misericórdias de Deus Q u in ta - M t 1 2 .3 9 ,4 0 O profeta Jonas como figura de Cristo Sexta - Lc 11 .32 O exemplo dos ninivitas Sábado - Lc 1 5 .28 30 A “jus t iça ” dc irmão do filho pródigo L iç õ k s B íb l ic a s 39 Nínive era absolutam ente odiada pe- fos judeus. Como cap ita l do im pério assírio, ela representava a maldade, a crueldade, a impiedade e agudeza de um im pério perverso. Mas oA ltíssi- mo, cheio de graça e amor, volta seu o lha r para aquela cidade im penitente e decide enviar-lhe o p ro fe ta Jonas. O pro fe ta , sabedor de toda maldade pra ticada pelos nin ivítas, resistiu ao chamado divino. Entretanto, Deus es tava no controle e não dem orou para que o p ro fe ta fosse até Nínive levar a mensagem de salvação. Jonas aprendeu uma ex trao rd iná ria lição a respeito do g rande a m o r e m isericórd ia de Deus. Não podemos nos esquecer que a mensagem da sal vação é para toda a hum anidade. INTERAÇÃO OBJETIVOS Após esia aula, o aluno deverá esiar apto a: Explicar o contexto histórico, a estru tura e a mensagem do livro de Jonas. Conhecer o atributo da misericórdia divina. C onscientizar-se da perenidade da m isericórdia Deus. \י ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor, para in troduz ir o p rim eiro tó pico da lição, reproduza o esquema da página seguinte. Explique para a tu rm a que o livro de Jonas destaca as duas principais chamadas de Deus na vida do profeta. Na primeira, ele desobedece e sofre as conseqüências. Na segunda, ele ouve ao Senhor e lhe obedece. Jonas 1.1-3 ,1 5 ,17 ; 3 .8 -10 ; 4 .1 ,2 __________________________ Jonas 1 1 - E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo: 2 - Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim. 3 - E Jonas se levantou pa ra fu g ir de diante da face do SENHOR para Társis; e, descendo a Jope, achou um nav io que ia p a ra Társ is ; pagou, pois, a sua passagem e desceu para dentro dele, para i r com eles para Társis, de diante da face do SENHOR. 15 - E levantaram Jonas e 0 lan çaram ao mar; e cessou o m ar da sua fúria. 1 7 - Deparou, pois, o SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe. Jonas 3 8 - Mas os homens e os animais estarão cobertos de panos de saco, e clamarão fortemente a Deus, e se converterão, cada um do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos. 9 - Quem sabe se se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará do fu ro r da sua ira, de sorte que não pereçamos? 10 - £ Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau cam inho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes fa ria e não o fez. Jonas 4 1 - Mas desgostou-se Jonas ex trem am ente disso e ficou todo ressentido. 2 - E orou ao SENHOR e disse: Ah! SENHOR! Não fo i isso o que eu dis se, estando ainda na minha terra? Por isso, me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus pie doso e misericordioso, longânimo e grande em benignidade e que te arrependes do mal. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 40 L iç õ e s B íb l ic a s 2. V ida p essoa l. Jonas se apresenta apenas como fi lho de Amitai (1.1). Ele é mencionado em outras narrativas bíblicas e, por essa razão, sabe-se que era pro feta do Reino do Norte, natural de Gate-Hefer, tendo v iv ido na época de Je roboão II (2 Rs 14.23-25). Gate-Hefer localizava-se na te rra de Zebulom Cs 19.13), nas p ro x im id a d e s de Nazaré da Galileia. Jonas, que deveria ir para Nínive c lam ar contra esta cidade, deso bedeceu à ordem divina, procurando fugir para Társis. É o único profeta bíblico, do qual se tem notícia, que tentou resistir ao Senhor. Ele seguiu em direção opos ta. Társis, segundo Herodoto, é a mesma Tartessos, na orla ocidental do Mediterrâneo, a sudoeste da Es panha, ideia aceita pela maioria dos pesquisadores bíblicos. Será que Jonas não conhecia a onipresença de Deus? (SI 139.7-10) 3. Estru tura e m ensagem . O livro contém 48 versículos distri- PALAVRA-CHAVE M isericó rd ia : Sentimento de solidariedade com relação a alguém que sofre uma tragédia ; compaixão, piedade. INTRODUÇÃO A história de Jonas, que fas cina crianças e adultos, é mais conhecida por narrar a experiên cia do profeta no ventre do gran de peixe. No entanto, g esse acontecimento não deve ofuscar o milagre maior: a conversão de uma cidade pagã. Os d o is m ila g re s fo ra m mencionados pelo Se nhor Jesus e continuam a impressionar ao longo י da história. I. O L IV R C D E JO N A S 1. C o n te x to h is tó r ic o . Salta aos olhos de qualquer le itor que Jonas é da época do im pério assírio, cuja capita l era Nínive. O nome do rei n in iv ita impac- tado com a pregação de Jonas, segundo se diz, é Adade-Nirari III, fa lecido em 783 a.C. Nessa época, Jeroboão II, f i lho de Joás, reinava em Samaria, sobre as dez tr ibos do Norte. ΛA C H A M A D A DE J O N A S Prim eira cham ada ( 1 . 2 . 1 0 — (ן ■ 1.] ,2 Chamada de Jonas: ״vai à Nínive”. ■ v .3 Desobediência de Jonas. ■ w . 4 7 ־ו Conseqüências da desobediência de Jonas: para os outros (4-1 1); para si mesmo (1 2-1 7). ■ 2.1 -9 A oração de Jonas no meio da calamidade. ■ v. 10 O livramento de jonas. Segunda cham ada (3.1 — 4.11) ■ 3 .1 ,2 A chamada de Jonas: "vai à Nínive". ■ vv .3 ,4 A missão obediente de Jonas. ■ w.5-1 0 Resultados da obediência de Jonas: os ninivitas se arrependem(w.5-9); os ninivitas poupados do ju ízo d iv ino (v.10). ■ 4.1 -3 A queixa de Jonas. .vv.4-1 1 A repreensão e a lição de Jonas יי^\ Texto adaptado da “Bibit a de Estudo Pentecostal", editada p d a CPAO. L iç õ e s B í b l ic a s 41 que atravessou séculos. As Escri turas Hebraicas empregam dag gadol, “grande peixe” , uma vez (1.17 ;2.1), e simplesmente dag, “ peixe” , três vezes (1.17; 2.1,10). A Septuaginta traduz ketei megalo por “grande monstro marinho” , e ketos por “monstro m arinho” , a mesma palavra usada no Novo Testamento grego (Mt 12.40). 2. Interpretação. Não há in dício algum no texto para que ele possa ser interpretado como ale goria, ficção didática, mito, lenda etc. Rejeitamos todas essas linhas de pensamento, pois o oráculo foi entregue a Jonas no mesmo estilo dos outros profetas (1.1; Jr 33.1; Zc 1.1). Além disso, o Senhor Jesus Cristo, a maior autoridade no céu e na terra, interpretou o livro como histórico, assim como históricos fo ram o ministério e a ressurreição do Mestre. O Novo Testamento é a pa lavra final, e isso encerra qualquer questão (Mt 1 2.39-41; 1 6.4). SINO PSE D O T Ó P IC O (2 ) Em relação ao texto de Jonas que fala sobre o “grande peixe”, não há indício algum para uma in terpretação alegórica, m itológica ou lendária. R E S P O N D A 2. De onde veio a pa lavra “baleia" do relato de Jonas? I I I . A M IS E R IC Ó R D IA D IV IN A 1. A conversão dos n i1t;vi- tas (3 .8 ,9 ). O curto relato do livro dejonas serve como prenuncio da buídos em quatro breves capítulos. Apesar de começar com estrutura p ro fé tica (1.1), a mensagem é apresentada em estilo biográfico. Não deixa, contudo, de ser uma profecia da história de Israel, ao mesmo tempo em que anunciam o ministério, a ressurreição e a obra missionária de Cristo (Mt 12.39-41; 16.4). O tema principal do livro é a infinita misericórdia de Deus e a sua soberania sobre todas as nações. SINO PSE D O T Ó P IC O (1 ) O tema principal do livro de Jonas é a inefável m isericórd ia de Deus e a sua soberania sobre as nações. R E S P O N D A /. Qual o tema do livro de Jonas? I I . O G R A N D E PEIXE 1. Baleia ou grande peixe? Na Bíblia Hebraica e na Septua- ginta, o versículo 1 7 é deslocado para o capítulo seguinte (2.1). A língua hebraica não dispõe de termo técnico para “baleia” . Essa palavra é usada como resultado de uma interpretação tradicional REFLEXÃO “Em nossa vida, como Jonas, muitas vezes precisamos fazer coisas que não gostamos a ponto de querer recuar e fugir. Mas é melhor obedecer a Deus do que desafiá-lo ou fugir." Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal 1 4 2 L iç õ e s B íb l ic a s I I Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego (CPAD). S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 ) A m isericórd ia d iv ina alcan çou os ninivitas segundo a graça do Deus Altíssimo. R E S P O N D A 3. Qual a explicação quando a Bíblia a firm a que “Deus se arrependeu"? IV. A J U S T IÇ A H U M A N A 1. D e s c o n te n ta m e n to de Jonas (4 .1 ) . Jonas fo i bem -su cedido em sua missão. Qualquer profeta de Israel, ou mesmo al gum pregador de hoje, sem dúvi- \ da alguma ficaria satisfe ito com o resultado do trabalho. A Bíblia não revela a razão do descon ten ta mento de Jonas, senão o que o ele mesmo afirma, ao d izer que sabia que Deus é “piedoso e m isericor d ioso , longân im o e grande em benignidade e que te arrependes [n iham ] do m al” (4.2b). 2. Jonas esperava v ingan ça? O império assírio foi um dos mais cruéis da história e tinha do mínio sobre todo o Oriente Médio. Será que Jonas esperava uma vin gança como retaliação por terem os REFLEXÃO "Não podemos nos esquecer que o Deus a quem servim os é piedoso e m isericord ioso, longânim o e grande em benignidade. ” Esequias Soares graça salvadora para todas as na ções (Tt 2.1 1). Os n in iv itas foram salvos pela graça, pois “creram em Deus” (3.5) e “ se converteram do seu mau ra m in h o ” (3.10). As obras foram conseqüência da sua fé no Deus de Israel. 2. O “a rre p e n d im e n to ” de Deus. O arrependimento humano é mudança de mente e de coração, de p io r para melhor. Quando a Bíblia fala que “Deus se arrepen deu” (3.10), parece confundir-nos um pouco, pois Deus é perfe ito e imutável, não pode mudar, nem a lterar a sua mente (Ml 3.6). A explicação para uma declaração como essa é a linguagem antro- popática, um m odo de falar em termos humanos, ou se trata de uma questão de ordem exegética, que é o nosso caso aqui. Quem mudou, na verdade, fo i o povo, e nesse caso o perdão é parte do plano d iv ino Qr 1 8.7,8). 3. Explicação exegética. O tex to sagrado declara que “Deus viu as obras deles, como se con verteram do seu mau cam inho” (3.10a). O ve rbo hebra ico aqui é shuv, l ite ra lm ente : “voltar-se, retornar” , frequentemente usado para ind ica r o a rrep e nd im e n to humano. A respeito do “arrepen d im ento ” de Deus, que vem na se- quência (3.1 0b), o verbo é outro, naham, “ter pena, arrepender-se, lamentar, consolar, ser consolado” (Gn 6.6; 1 Sm 15.1 1; Jr 8.1 8). Essas nuanças lingüísticas podem ser confirmadas por qualquer pessoa, ainda que não conheça uma única letra do alfabeto dessas línguas, com o auxílio, por exemplo, da L iç õ e s B íb l ic a s 43 5. Qual a razão do descontentamen to de Jonas segundo ele próprio? C O N C L U S à O Jonas t ra n s m ite -n o s uma im portante lição prática. O relato em si m ostra a diferença abissal entre a bondade d iv ina e a ju s tiça humana. Aos n in iv itas Deus fa lou por in te rm éd io de Jonas. Hoje, Ele fala através de Jesus, que continua a salvar, a curar e a batizar com o Espírito Santo (Jo 14.1 6; At 4 .] 2). Ele mesmo disse: “ E eis que está aqui quem é maior do que Jonas” (Mt 12.41- ARA). O Mestre operou sinais, p rod í gios e maravilhas como nenhum o u tro antes ou depo is dele, e deu oportun idade de salvação a todos (At 10.38). Mesmo assim, fo i re je itado pela sua geração Go 1.11). Por isso, lançou em rosto a incredulidade dos seus contem porâneos e e logiou a fé dos ninivitas por haverem ouvido a pregação do profeta e arrepen d ido de seus pecados. f assírios massacrado o seu povo? O certo é que, ainda hoje, há crentes que se incomodam com o retorno à Igreja dos que se acham afastados do rebanho. Quem não se lembra do irmão mais velho do filho pródigo? (Lc 1 5.25-32). Às vezes, a bondade divina incomoda alguns (Mt 20.1 5). 3. Com preendendo a m ise ricó rd ia d iv in a . A misericórdia divina é um dos atributos que re vela a natureza de Deus (Êx 34.6; Jr 3 1.3). O Senhor poupou Nínive da destru ição, prorrogou a sua ruína, e perdoou os seus m orado res. O próprio Jonas, na qualidade de desertor, também foi alvo da infin ita bondade de Deus. SINO PSE D O T Ó P IC O (4 ) A ju s t iça humana é rápida para julgar, mas a d ivina é longâ- mma em perdoar. R E S P O N D A 4. O que o a trib u to da m isericór dia d iv ina revela? REFLEXÃO____________________ "A mensagem d iv ina de a m o r e perdão não se destinava apenas aos judeus. Deus am a a todos os povos do mundo. Os assírios não mereciam esse amor, mas Deus os poupou quando se a rrependeram .” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal 4 4 L iç õ l s B íb l ic a s VOCABULÁRIO Antropopatismo: LDo gr. antropos, homem; do gr. pathos, sentimentos] A tr ibu ição de sentimentos humanos a Deus. Figurativamente, encontramos várias expressões como esta: a ira de Deus, o arrependimento de Deus, etc. Tais expressões fo ram usadas para que o ser humano viesse a entender a ação d iv ina na h is tória sagrada. É uma fo rm a de os autores sagrados dizerem que o Criador do Universo não é ind iferente ao que acontece neste mundo; EEe age e reage de acordo com a sua justiça e santidade. Deus não é um ser destitu ído de sentimentos. Só que, nEle, todos os sentimentos são in finitam ente perfeitos. AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO Subsíd io Teo lóg ico “Jonas O livro de Jonas é d ife ren te dos outros liv ros dos Profetas Me nores. Trata-se de uma na rra tiva b ib l io g rá f ic a das experiênc ias do | p ro fe ta , e não de uma coletânea de mensagens p ro fé ticas . O tem a p r io r i tá r io do l iv ro é a graça so berana de Deus pelos pecadores, i lu s tra da na sua decisão de reter o ju lg a m e n to sobre os cu lpados, mas a rre p e n d id o s n in iv ita s . Há ta m b é m u m a l iç ã o t e o ló g ic a im p o r ta n te a ser a p ren d id a o b se rvando as respostas de Jonas a Deus. O re tra to do a u to r de Jonas é a lta m e n te d e p re c ia t ivo . Os padrões dup los de Jonas f iz e ram com que as suas ações lhe c o n tra d is s e s s e m os c red os de to m e sp ir itua l. Pelo exem p lo ne g a t ivo de Jonas, o le i to r aprende a não res is t ir à vo n ta d e e d e c i sões soberanas de Deus” (ZUCK, , Roy B (Ed.). T e o lo g ia do A n tig o T e s ta m e n to . 1 .ed. Rio de Janeiro: I CPAD. 2009, p .467). B IB LIO G R A FIA SU G ER ID A ZUCK, Roy B (Ed.). T eo lo g ia do A n tig o T e s ta m e n to . I.ed . Rio de Janeiro: CPAD. 2009. SOARES, Esequias. O M in is té rio P ro fé tic o na B íb lia : A voz de Deus na Terra. 1 .ed. Rio de Janei ro: CPAD, 2010. SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD, n°52. p.39. RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 1. O tema do liv ro é a in fin ita m iseri córdia de Deus e a sua soberania sobre todas as nações. 2. Do resultado de uma interpretação tradicional que atravessou séculos. 3. A exp licação para uma declaração com o essa é a l in g u a g e m a n tro p o - pática, um m odo de fa la r em term os humanos. 4 . Revela a natureza de Deus. 5. Que Deus é “piedoso e misericordioso, longânimo e grande em benignidade e que te arrependes do mal” . V L iç õ f .s B íb l ic a s 4 b @Lição 7 / 8 de Novembro de 2012 M iqueias — A Im p o r t â n c i a d a O bed iên c ia “[...] Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros” (1 Sm 15.22). LEITURA DIAR9A Segunda - Dt 10 .2 ,13 ו A rejeição do sacrifício formal T e r ç a - Is 1-15-17 Ritos sem piedade nada valem Q uarta - M t 12.7 A piedade é maior que sacrifícios Q uinta - M t 21.28-31 Prática e teoria da obediência Sexta - M t 2 3 .2 3 O dízimo não substitui a piedade Sábado - Lc 18.10-14 A lição do fariseu e do publicano itensssmmm 4 6 L iç õ e s B íb l ic a s H IN O S SUG ERIDO S 285, 398. 422 A mensagem de Miqueias leva-nos a pensar seriamente acerca do tipo de cristianismo que estamos vivendo. INTERAÇÃO Professor, para aguçar a curiosidade de seus alunos, questione-os sobre o signifi cado da palavra "rito". Explique que rito é “o conjunto de cerimônias e prática litúr- gicas que cumpre a função de simbolizar o fenômeno da fé”. Enfatize que no tempo do profeta Miqueias o povo realizava muito bem todo o ritua l levitico. Porém, o Senhor não se agradava de suas reuniões solenes e sacrifícios, pois os rituais se tornaram algo mecânico, sem vida, uma simples obrigação religiosa. Cumpriam a liturgia, mas não amavam verdadeira mente a Deus nem ao próximo. Que nunca venhamos a nos esquecer que Deus não está preocupado com nossas cerimônias religiosas, mas o que Ele espera é que seu povo o “adore em espírito e em verdade”, que o ame acima de todas as coisas e ao próximo, pois toda a lei se resume nessa verdade (Mc J 2.29-31). OBJETIVOS I Após a aula, o aluno deverá estar apto a: Explicar a estrutura da mensagem de Miqueias. D efin ir a obediência bíblica. Conscientizar-se de que o ritual reli gioso não proporciona relacionamento íntimo com Deus e nem salvação. \ ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Para introduzir a lição, reproduza de acor do com suas possibilidades, o quadro da página seguinte. É importante que os aiu- nos tenham uma visão geral da estrutura do livro. Explique que a estrutura utilizada pelo profeta Miqueias é bem simples de entender, pois a sua divisão está basea da numa dupla seqüência de ameaças e promessas. Ao lermos Miqueias deparamo- nos com o juízo de Deus; a mensagem de esperança; juízos e misericórdia do Eterno. L E IT U R A B ÍB LIC A EM CLASSE Miqueias 1.1-5; 6.6-8 M iq u e ia s 1 1 - Palavra do SEIJHOR que veio a Miqueias, morastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, a qual ele viu sobre Samaria e Jerusalém. 2 - Ouvi, todos os povos, presta atenção, ó terra, em tua plenitu de, e seja o Senhor JEOVÁ teste munha contra vós, o Senhor, des de o templo da sua santidade. 3 - Porque eis que o SENHOR sai do seu lugar, e descerá, e an dará sobre as alturas da terra. 4 - E os montes debaixo dele se derreterão, e os vales se fende rão, como a cera diante do fogo, como as águas que se precipitam \ em um abismo. 5 - Tudo isso por causa da pre varicação de Jacó e dos pecados da casa de Israel; qual é a trans- g r es são de Jacó? Não é Samaria? E quais os altos de Judá? Não é Jerusalém? Miqueias 6 6 - Com que me apresentarei ao SENHOR e me inclinarei ante o Deus Altíssimo? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano? 7 - Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha trans gressão? O fruto do meu ventre, pelo pecado da minha alma? 8 - Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça , e ames a be neficência, e andes humildemente com o teu Deus? r L ׳ / ( f V־ í. P W .-r־a X L iç õ e s B í b l ic a s 4 7 Miqueias, assim como os demais profetas de Judá, não cita reis do Rei no do Norle na introdução de seus oráculos. Seu ministério, porém, aconteceu no período dos reinados “de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá” (1.1). Essas datas estão entre 750 e 686 a.C., mas a soma desses anos deve ser reduzida significati- vãmente por causa das corregências. O profeta Jeremias a f i rm a que a m ensa gem de M iqueias foi en t re gu e no re inado de Ezequias (26.1 8). Considerando os últ imos anos de Acaz e os primeiros de Ezequias, Miqueias deve ter p ro fe t izado entre 735 a.C. e 71 0 a.C. 2. Estrutura e m ensagem . Trata-se de uma coleção de breves oráculos agrupados em sete capítu los divididos em três partes princi- PALAVRa -CHAVE O bediência: O ato ou efeito de obedecer. O problema do povo a quem Miqueias dir igiu a sua mensagem não era falta de liturgia, mas de uma correta motivação para se adorar ao Senhor. Embora come tesse toda a sorte de injustiças sociais, a ge ração contemporânea do p ro fe ta M ique ias o ferec ia sacr i f íc ios a Deus, praticando todos os rituais levíticos, mas não sabia o verdadeiro significado do amor a Deus e ao próximo. I. O L IV R O DE M IQ U E IA S 1. Contexto h istórico . Mi- queiaseradeMoresete-Gate(l .1,14; Jr 26.18), cidade localizada a 32 quilômetros a sudeste de Jerusalém. IN T R O D U Ç Ã O ES BO Ç O D O L I V R O DE M I Q U E I A S C apítu los 1 — 3 Uma série de ju ízo contra Israel e judá : Introdução (1.1). Destruição de Samaria (1.2-7). Destruição de Judá (1.8-1 6). Pecados específicos do povo (2.1 -1 1): cobiça e orgulho (2.1 -5); falsos profetas (2.6-1 1). Vislumbre de um l ivramento (2.12,13). Pecados dos líderes da nação (3.1-12). Capítu los 4 — 5 Mensagem de esperança: Promessa do reino v indouro (4.1 -5). A derrota dos inimigos de Israel (4.6-13). O Rei virá de Belém (5.1-8). O novo reino (5.9-1 5). Capítu los 6 — 7 Juízo de Deus contra Israel e sua misericórdia f inal: Deus contra o seu povo (6.1 -8). Culpa de Israel e o castigo divino (6.9-16). O lamento do profeta (7.1-6). A esperança do profeta (7.7). Israel será restabelecido ( 7 . 8 3.(־ 1 \Bènçãos finais de Deus para seu povo (7.14-20). Te xto a d a p ta d o d a “B íb l ia d e E s t u d o P e n te c o s ta l* , e d ita d a p e la C P A D . 4 8 L iç õ e s B íb l ic a s A mesma ideia é vista nos en sinos de Jesus (Mt 11.15; 1 3.43). | Por consegu in te , a obed iênc ia deve ser precedida pela compre- I ensão e pelo amoroso acatamento da mensagem divina (Mt 7.24,26). Nesse sentido, ela pode ser defi nida como a prova suprema da fé e do nosso amor a Deus. 2. A d e s o b e d iê n c ia cCas n aç õ es . O Senhor não é uma div indade tr ibal, que habita em quatro paredes. Ele é o Deus de toda a terra e o Soberano de todo o Universo. Justamente por isso, Ele apresenta-se como ju iz e tes temunha não apenas contra seu povo, Israel e Judá (1.2,5), mas também contra todas as nações da terra (1.2). 3. A ira d e D eu s s o b re o p e c a d o ( 1 .3 -5 ) . O p ro fe ta d e sc re ve de f o r m a p i to re s c a a reação d iv in a c o n t ra o seu povo. Numa l inguagem antropo- mórfica, o Senhor desce de seu santo tem p lo , o céu, para ju lg a r Samaria, capital de Israel e, da mesma forma, Jerusalém, capital de Judá, cujo pecado inf luencia to d o o país. O auadro da sua m a je s tosa e te r r ív e l p resença lembra a ação dos te r rem otos e dos vu lcões Qz 5.4; SI 18.7-10; Is 64.1-3; Hc 3.6,7). S IN O P S E D O T Ó P IC O <2) A obediência deve ser prece dida de compreensão e amoroso acatamento da mensagem divina. R E S P O N D A 2. Qual a definição de obediência? pais (1,2; 3— 5; 6,7). Cada uma das partes marca o imperativo: O u v i ” (1.2; 3.1; 6.1), que é fraseologia similar a de Isaías (4.1-5; Is 2.2-4). O assunto do l iv ro é a ira div ina em relação aos pecados de Samaria e de Jerusalém. Miqueias dir igiu seu discurso contra a ido latria, censurou com veemência a opressão aos pobres e denunciou o co lapso da ju s t i ç a nac iona l (1.5; 2.1,2; 3.9-11). Além disso, anunciou, de antemão, o local do nascimento do Messias, em Belém (5.2 cp. Mt 2.1,4-6). O profe ta chegou a ser citado pelo Senhor Jesus (7.6 cp. Mt 10.35,36). S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 ) O l i v r o de M iq u e ia s te m como assunto principal a ira d i vina sobre os pecados de Samaria e Judá. R E S P O N D A 1. Q ua l o a ssun to do l iv ro de Miqueias? I I . A O B E D IÊ N C IA A D EU S 1. O conceito bíblico de obe diência. O verbo hebraico shemá: “ouvir, escutar, prestar atenção, obe decer” , não significa apenas receber uma comunicação ou informação. O seu real sentido é mais forte e impe rioso: obedecer é acatar ordens de autoridade religiosa, civil ou familiar. O referido verbo é empregado no Antigo Testamento para “obedecer” em 1 Samuel 1 5.22 eJeremias 42.6. É usado, também, em seis das nove vezes em que shemá aparece em Miqueias (1.2; 3.1,9; 6.1,2,9). L içõ es B íb l ic a s 4 9 2 .2 7.1 ;5 O problema de Judá .(ו , 1 não era a falta de rituais e sacri fíc ios, mas de uma verdade ira conversão a Deus. 3. Sacrifício hum sno (6 .7 ). Oferecer o primogênito pela trans gressão e o fruto do ventre pelo pecado era sinal de com p le to desatino do povo. A lei de Moisés condena tal prática sob pena de morte (Lv 18.21; 20.2-5) e em todo o Israel era repulsa nacional (2 Rs 3.27). Esse tipo de sacrifício só foi praticado por aqueles que, em todo Israel eJudá, apostataram- se da fé (2 Rs 1 6.3; 21.6; Jr 1 9.5; 32.35). Todos estavam dispostos a oferecer até mesmo o que Deus nunca exigiu deles, menos o es sencial: sincero arrependimento e mudança de vida. SIN O PSE D O T Ó P IC O (3 ) O ritual religioso não substí- tui o relacionamento intenso com Deus e, muito menos, proporc io na salvação. R E S P O N D A 3. Qual o significado da pa lavra “r ito ” e quais são os dois r itua is do cristianism o? IV. O G R A N D E M A N D A M E N T O 1. A von tade de Deus. O estilo de vida que agrada a Deus foi comunicado ao povo desde Moisés. Portanto, toda a nação tinha o dever de conhecê-lo (Dt 10.12,13). Daí o porquê da in dagação do profe ta (6.8). Mas ninguém estava interessado nis- I I I I . O R IT U A L R E L IG IO S O 1. O r ito le v ític o . Basica- I mente, o r ito é um conjunto de I cerimônias e práticas litúrgicas I que cumpre a função de simbo- I l izar o fenômeno da fé. O termo I vem do latim ritus, que significa I “ce r im ôn ia rel ig iosa, uso, cos I tume, hábito, forma, processo, I modo” . O Antigo Testamento usa I a palavra para os sacrifícios (Lv I 9.1 6; Ed 6.9) e para as festivida- I des religiosas (Ne 8 .1 8), tais como I a Páscoa (Nm 9.14; 2 Cr 3 5.1 3) e I a Festa dos Tabernáculos (Ed 3.4). " A própria circuncisão é também um ritual (At 1 5.1). Contudo, em se tratando do Cristianismo, a li- tu rg iaé simples, contendo apenas dois rituais: o batismo e a ceia do Senhor (Mt 3.15; 26.26-30). Esses cerimonialismos, contudo, não substi tuem o relacionamento sincero com Deus, nem propor cionam salvação (1 Sm 15.22; SI 40.6-8; 51.16,17; 1 Co 1.14-17; I 1 .28,29). 2. O d iá logo de Deus com o povo (6 .6 ). O Senhor, através do profeta, convida o seu povo para uma controvérs ia . O que Deus fez de mal para Israel rejeitá- Io? (6.1-3). Em seguida, o Eterno traz à memória da nação os seus bene f íc ios desde o p r in c íp io , quando remiu a Israel do Egito e protegeu seu povo no deserto contra os in im igos (6.4,5). Em uma pergunta retórica, o próprio Deus antecipa a resposta da na ção. A lei estabelecia sacrifícios de animais como provisão pelo pecado (Lv 9.3) e o azeite para certas ofertas de libação (Lv 1.3,4; 5 0 L iç õ e s B íb l ic a s wt m . ·■ REFLEXÃO ,‘Deus odeia a maldade, a ido la tria , a in justiça e os r itua is vazios — e esse ódio permanece até hoje.” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal S IN O P S E D O T Ó P IC O (4 ) O g ra n d e m a n d a m e n to é este: amar a Deus acima de todas as coisas e ao p ró x im o com o a si mesmo. R E S P O N D A 4. Desde quando o estilo de vida que agrada a Deus fo i comunicado ao povo? 5. Q ual é a m a io r declaração do A ntigo Testam ento? C O N C L U S à O A lição para todos nós é esta: O que importa para Deus não é o que fazemos na Igreja, mas a | nossa vivência com a família, o que fazemos no trabalho e como I relacionamo-nos com a sociedade. I Sem o verdadeiro arrependimento I e um pro fundo compromisso com I Deus, todas as práticas religiosas não passam de r ituais vazios e com p le tam en te desprov idos de va lor espiritual. so. O povo preferia t i ra r proveito da prática das injustiças sociais, esperando que o mero ritual do sacr i f íc io fosse su f ic ien te para autojusticar-se diante de Deus. Es- tavam enganados, pois Deus não se deleita em sacrifícios n2m em rituais exter iores (SI 51.17,18). 2 . O s u m á rio de to d a a lei (6 .8 b ). Os três preceitos — prat i car a just iça, amar a beneficência e andar hum ildemente com Deus — são considerados pela tradição juda ica, desde o século 1 a.C., o resumo dos 61 3 preceitos depre endidos da lei de Moisés. Essa é v is ta por muitos como a m a ior declaração do Antigo Testamento. Os dois pr imeiros preceitos fa lam , do com prom isso hor izonta l com o nosso próx imo; e o terceiro, de comprom isso vert ical com Deus. Isso vale para todos os seres hu manos e é paralelo ao ensino de Jesus: amar a Deus acima de todas as coisas e ao próx imo como a nós mesmos (Mt 22.37-40). L iç õ e s B íb l ic a s 51 VOCABULÁRIO P ito re s c a : D iver t ido , recrea tivo. A ntropom órfica: Conceito que visualiza Deus como possuindo forma humana. C o n tro v é rs ia : D ispu ta , p o lêmica. R e tó ric a : Pergunta que não exige resposta. L ibação: Líqu ido ou m is tu ra de líquídos derramados soiire a oferta como parte do sacrifício. B IB LIO G R A FIA SU G ER ID A ZUCK, Roy B (Ed.).Teo log ia do A n tig o Testam ento , ).ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009. SOARES, Esequias. O M in is té r io P rofético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. l .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD. n° 52, d .39. RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 1. O assunto do livro é a ira d ivina em relação aos pecados de Samaria e de Jerusalém. 2. É acatar ordens de au to ridade religiosa, civil ou familiar. 3. Cerimônia religiosa, uso, costume, hábito, forma, processo, modo. Eos dois rituais do cr is tian ism o são o batismo e a ceia do Senhor. 4 . Desde Moisés. 5. Os três preceitos — praticar a justiça, amar a beneficência e andar humildemente com Deus. ■ Subsidio Teológico “Os profetas Isaías, Miqueias, I Amós e Oseias foram contempo- râneos, o m ן in is tér io de cada um I deles começou entre 760 e 735 I a.C. Eles v iveram no período do I esplendor pro fé t ico dos hebreus. I Isaías era profeta da corte e con- I selheiro da casa real, ao passo que I Miqueias era p ro fe ta do campo. I A m b o s eram do Reino do Sul, I capita l Jerusalém. Oseias e Amós I exerceram seu m in is tér io no reino ™ do Norte, em Samaria. O títu lo de cada livro profético nem sempre quer d izer ser ele o seu redator ou mesmo o orador que pronunciou tais oráculos. A profecia escatológica sobre Sião, em Isaías 2.3, reaparece em Miqueias. Ambos foram contemporâneos e p ro fe t i zaram em Judá, sendo que Isaías era profeta da corte, na capital, e seu companheiro do campo, mas é difícil saber a fonte literária original” (SOARES, Esequias. O M in is té rio Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 5 2 L.iç õ e s B íb l ic a s ______________________m₪₪ÊÊ₪Ê₪₪₪₪mm₪₪₪a₪etm AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II ׳׳/ Subsidio Teológico “ [...] Miqueias previu urria segunda vinda de Davi (cf. Jr 30.9; Ez 34.23,24; 37.24,25). Ao que parece, este é o significado da famosa profecia registrada em Miqueias 5.2: Έ tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade’. A associação do fu turo rei com Belém e a referência às suas origens estarem nos tempos antigos dão a entender que a reaparição do próprio Davi está em vista. Claro que esta é uma pre- dição messiânica. Outros profetas (por exemplo, Isaías em Is 9.6,7; 1 1 .0 1, e a revelação bíblica subsequente deixam claro que estas (ן referências a Davi se cumpriram no Messias que, como o Filho de Davi, reinará no espírito e poder do seu ilustre antepassado. Em Miqueias 5.2, a atenção é dada à insignif icância relativa de Belém entre os clãs de judá. Ironicamente, o rei escolhido do Senhor surgiria desta pequena cidade. Este padrão de Deus elevar o pequeno e insignificante ocorre em outros textos do Antigo Testamento (Gn 2 5.23; 4 8 . 4 .(Jz 6.1 5; 1 Sm 9.21 ;ו Este rei, que surge de tais origens humildes, protegerá o povo como um pastor (o mesmo foi d ito acerca de Davi; 2 Sm 5.2; SI 78.71,72). Reinando pelo poder do Senhor, a sua fama alcançará proporções universais (Mq 5.4). Ele e o vice-regente evitarão que o mais poderoso dos inimigos de Israel (simbolizado aqui pela Assíria, o in imigo tradicional de Israel) invada a terra (Mq 5.5,6). Junto com a restauração do rei davídico, Miqueias também profetizou uma reversão na sorte de Jerusalém. Miqueias advert iu que esta cidade, escolhida por Davi como capital e local do templo do Senhor, seria sujeita ao sítio (Mq 5.1) e reduzida a entulhos (Mq 3.12). Ele personif icou a cidade em sua humilhação como uma mulher em trabalho de parto, estorcendo-se em agonia para dar à luz (Mq 4.9,10). Da perspectiva do exílio, Jerusalém personificada reconhece a just iça do castigo de Deus e prevê o dia da just if icação e restauração (Mq 7.8-1 2). Uti l izando a imagem de Miqueias 4.9,1 0, o profeta comparou a volta do povo exilado em Sião a dar à luz (Mq 5.3). No futuro, o Senhor livraria Jerusalém dos que a atacavam (Mq 4.1 1-13)” (ZUCK, Roy B (Ed.). Teo lo g ia do A n tig o Testam ento , l .ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, p.444). Lição 8 25 de Novembro de 2012 N a u m — O L im it e d a T o l e r â n c ia D iv in a TEXTO ÁUREO “Disse mais: Ora, não se ire o Senhor que ainda só mais esta vez falo: se, porventura, se acharem ali dez? E disse: Não a destrui rei, por am or dos dez” (Gn 18.32). VERDADE PRÁTICA No tem ן po estabelecido por Deus, : cada nação, e cada ind iv íduo em part icu lar, pcssará pelo c r ivo da , just iça divina. . . . Λ H IN O S SU G ER ID O S 204, 372, 458 -yvr־׳* Segunda - Gn 1 8 .2 0 O pecado de Sodoma e Comorra Terça - SI 1 8 .2 5 ,2 6 Deus faz just iça aos jus tos e ímpios Q u a rta - Is 1.9 O exemplo do ju ízo div ino Q u in ta - Ez 14.1 3 O ju ízo d iv ino à nação pecadora Sexta - M t 1 1 .2 3 ,2 4 A ruína de uma cidade orgulhosa Sábado - Rm 11 .2 2 A bondade e a severidade de Deus 5 4 L ic õ e s B íb l ic a s LEITURA DIÁRIA SBBS^SnS9W^CM0i INTERAÇÃO Nínive na vi a p rovado da graça e aa m isericó rd ia do Senhor, No tempo de Jonas, o povo n in iv ita a rrependeu- se dos seus pecados e p ro s to u -se peran te o Eterno, confessando a sua ig n o m ín ia . A ssim , o povo recebeu de Deus o perdão dos seus pecados. Aquela nação fo i salva do ju íz o d iv i no! Mas o tem po passou e depois de aproxim adam ente um século e meio, a nova geração de Nínive esqueceu- se do passado de q u e b ra n ta m e n to ao Senhor. Ela vo ltou p eca r co n tra Deus com re q u in te s de c rue ldade , perversidade e m align idade. Por isso o p ro fe ta Naum vocifera: “A i da cidade ensangüentada! Ela está toda cheia de m entiras e de rap ina ! Não se a pa rta dela o roubo". A gora o ju íz o d iv ino sobre Nínive seria irreversíve l. OBJETIVOS -----------------------------------------------------------ן Após a aula, o aluno deverá estar apto a: E x p l i c a r o co n te x to h is tó r ico do livro de Naum. A p o n t a r os limites entre tolerância e vindicação. C o n s c ie n t iz a r - s e da existência do ju ízo div ino. Λ ORSENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor, reproduza o quadro da pág i na seguinte. Utilize-o na in trodução da lição. Explique que o l iv ro de Naum é cons titu ído por três capítu los. O p r im e i ro descreve a natureza de Deus. O se gundo proclam a o ju íz o im inen te sobre a c idade de Nínive. E o te rce iro a lis ta os pecados de Nínive, te rm inando com um quadro de ju lg a m e n to d iv in o já executa do. Conclua en fa tizando que no tem po de Deus, cada nação, e cada ind iv íduo, passará pelo crivo da ju s t iç a d iv ina. L E IT U R A B ÍB L IC A EM C LASSE N aum 1.1-3 ,9-14 I - Peso de Nínive. L ivro da visão de Naum, o elcosita. 2 - 0 SENHOR é um Deus zeloso e que tom a vingança; 0 SENHOR tom a vingança e é cheio de fu ro r; o SENHOR toma vingança contra os seus adver sários e guarda a ira contra os seus inim igos. 3 - 0 SENHOR é tard io em ira r- se, mas grande em força e ao culpado não tem p o r inocente; o SENHOR tem o seu caminho na torm enta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés. 9 - Que pensais vós contra o SENHOR? Ele mesmo vos consu m irá de todo; não se levantará p o r duas vezes a angústia. 10 - Porque, a inda que eles se entrelacem como os espinhos e se sa tu rem de vinho como bêbados, serão in te iram en te consumidos como palha seca. I I - De ti saiu um que pensa m al contra o SENHOR, um con selheiro de Belial. 1 2 - Assim d iz o SENHOR: Por mais seguros que estejam e por m ais num erosos que sejam , ainda assim serão exterm ina dos, e ele passará; eu te a flig i, mas não te a flig ire i mais. 1 3 - Mas, agora, quebrare i o seu ju g o de cima de t i e rom perei os teus laços. 1 4 - Contra ti, porém, o Senhor . deu ordem , que m ais ninguém do teunome seja semeado; da 1 casa do teu deus exterm inare i as imagens de escultura e de fundição; a li fa re i o teu sepul- L cro, porque és vil. L iç õ e s B íb l ic a s 5 5 É»a»1t1sm *aEaM Jvm 1ü > ;«u s b c h de que dispomos ainda não são conclusivas. As opiniões dos eru ditos são divergentes. Elas variam entre o assédio de Jerusalém, em 701 a.C., por Senaqueribe, rei da Assíria (2 Rs 18.13) até as refor mas rel ig iosas p ro tagon izadas por Josias, rei de Judá, em 621 a.C. (cf. 2 Rs 22.1— 23.37; 2 Cr 34.1— 35.27). a) O rigem do p ro fe ta . A l guns estudiosos acreditam que “elcosita” (v. lc) refere- se a um a c idade da Assír ia, s i tuada a 38 quilômetros de Nínive, em Al-kush, ao norte do atual Mossul, Iraque. Tal informação é a me nos provável, visto que, desde a antiguidade, a cidade de Cafarnaum — na Galileia, casa de Jesus (Mt 9.1; Mc 2.1), cujo nome signif ica “aldeia de Naum” — é apontada como local de nascimen to do profeta. b) Período aceitável. Em 612 a.C. a cidade de Nínive foi destru- ida. A profecia menciona também o desmoronamento de Nô-Amon PALAVRA-CHAVE Tolerância: Ato ou efeito de to le ra r; indulgência , condescendência. Quando Naum anunciou o seu oráculo contra Nínive, já fazia um século e meio que Deus havia dispensado a sua misericórdia à grande, poderosa e perversa cida de. No tempo de Jonas, o Senhor compadecera-se dos n in iv i tas , poupando-os de im inente des tru ição. In fe l izmente , o tempo passou e eles vieram a se esquecer do perdão divino, voltando a pecar contra Deus. Por isso, o profeta Naum proclama a ruína inevi tável de Nínive. Agora, o juízo div ino é irreversível! IN TR O D U Ç Ã O I. O L IV R O DE N A U M 1. C o n t e x t o h i s t ó r i c o . Naum, à semelhança de outros pro fe tas menores, não possui a biografia. Ele apresenta-se apenas H como o “elcosita”. O reinado no - qua1 profetizou não é mencionado f (v. i b). As escassas informações I ___________________________________________ .־־ ESBO ÇO D O L IV R O DE N A U M T ÍTU L O (1 -1 ) — PESO DE NÍNIVE I. A N a tu reza de Deus e do Seu Juízo (1.2-1 5). Características da Administração da Justiça de Deus (1.2-7) A Ruína Iminente de Nínive ( 1 .8 - 1 1 .1 4 ) . Consolo para judá (1 .1 2,1 3,1 5) II. Vaticínio a Respeito da Queda de N ín ive (2.1-1 3) Introdução (2.1,2). O Combate Armado (2.3-5). A Cidade é Invadida e Devastada (2.6-1 2). A Voz do Senhor (2.1 3). III. Razões da Q ueda de N ínive (3.1-1 9) Os Pecados da Crueldade de Nínive (3.1 -4). A Justa Recompensa da Parte de Deus (3.5-19). Texlc ada p tad o da ־B íb l ia de E s tu d o P e n te c o s ia i־, ed itada p e la CPAD. 56 Licãss B íb licas 3• v י ,: 1 a׳ »μ η * j proclama o início de sua ruína. O s u b s t a n t i v o h e b ra ic o pa ra i “ p e s o ” é m assá que s ig n i f i c a “ carga, fa rdo , s o f r im e n to ” (Êx 23.5; Nm 11.11,17) bem como “sentença pesada, oráculo, p ro nunciamento, pro fec ia” (Hc 1.1; Zc 9.1; 12.1). Ela aponta para a proclamação de um desastre (Is 14.28; 23.1; 30.6). S IN O P S E D O T Ó P IC O < 1) O tema do l ivro de Naum é a “queda de Nínive” . Ele descreve o ju ízo de uma cidade que del ibera damente rebelou-se contra Deus. R E S P O N D A /. Qual cidade é apontada como local do nascim ento de Naum? 2. Q ua / o a ssu n to do l iv ro de i Naum? I I . T O L E R  N C IA E V IN D IC A Ç Ã O 1. V in g a n ç a (v .2 ) . A m e n sagem de Naum é o ju í z o d iv in o | sobre Nínive. Aqu i, sobressaem os a t r ib u to s d iv in o s p e r t in e n tes ao tem a. O ve rbo hebra ico naqam , “ v ingar-se , to m a r v in -11 . λ fgança , aparece tres vezes so neste v e rs íc u lo e p rec isa ser d e v id a m e n te c o m p r e e n d id o . V in ga n ça é o cas t igo im p o s to por dano ou o fensa; d iz respe i to a in f ra to res con tum azes da lei d iv ina . V is to que a v ingança pertence a Deus (SI 94.1), contra eles está o ju s to “Juiz de toda a te rra" (Gn 1 8.25). 2 . L o n g a n im id a d e . Deus é com pass ivo e “ta rd io em irar- se” (v.3a), pois a longan im idade como fa to com provado h is to r i camente (3.8-10). O rei assírio, Assurbanipal, destru iu a cidade egípcia de Nô em 663 a.C. De acordo com essas informações, podemos considerar 663 a 612 a.C. como um período histór ico s ig n i f i c a t iv o para s i tu a rm o s o m in istér io profét ico de Naum. c) Nínive (v .l) . Nínive era a antiga capital do impér io assírio. Suas ruínas estão localizadas ao norte do Iraque. É uma das c ida des pós-di luvianas fundada por N inrode, descendente de Cuxe (Gn 1 0.8-1 1), por vo lta de 4500 a.C. — tornando-se proeminente antes de 2000 a.C. O rei assírio, Senaquenbe (705 - 681 a.C.), fo r t i f ic o u a c idade, g a ran t indo assim o apogeu da capital assíria. 0 Senhor rcfere-se a ela como a “grande c idade” (Jn 1.2; 3.2). A crue ldade do povo n in iv i ta era indescr i t íve l e essa foi a fama que os acompanhou durante toda a história. 2 . E s tru tu ra . O “ Livro da visão de Naum” (v.l b) consiste em três breves capítulos. O capítulo 1 divide-se em duas partes p r in cipais: a p rim e ira é um salmo de louvor a Jeová (vv. 2-8); a segun da, num estilo poético, anuncia o castigo dos seus in im igos (vv. 9-14), sendo que o versículo 15 é parte do capítu lo 2 na Bíblia Hebra ica . O se gu nd o ca p í tu lo anuncia o assédio e a destruição de Nínive. E o terceiro o “ boletim de ocorrênc ia ” dos m ot ivos de sua queda. 3 . M en s ag e m . O tema do l iv ro é a “queda de N ín ive ” . A expressão “peso de Nín ive” (v. 1 a) L iç õ e s B íb l ic a s 5 7 I I I . O C A S T IG O D O S IN IM IG O S 1. Q u em são os “ in im i gos”? Os assírios eram os “ in imi gos” e a expressão “peso de Nínive” (v. 1) — referindo-se à capital da Assíria — o confirma. A ausência da indicação desse povo (w. 9-1 4) também ensina as nações, ao longo da história, que sentenças similares às da Assíria são aplicáveis a qual quer povo que se levantar contra Deus. Por essa razão a queda dos assírios foi definitiva (v.9). 2 . O e s t ilo de N au m . O l ivro do profeta Naum é rico em metáforas. O exército assírio é comparado a um emaranhado de espinhos e aos bêbados embriaga dos com vinho (v. 1 0), significando que Deus enfraqueceu o poder de Nínive e que os ninivitas são uma “presa fácil” . Por esse mesmo motivo, Nabopolassar, rei de Babi lônia e pai do rei Nabucodonosor, entrou na cidade em 61 2 a.C. sem resistência alguma dos assírios. 3. R em iniscências h is tó r i cas? Alguns expositores bíblicos pensam que o “ conse lhe iro de Belial” (w . Ί 1,1 2) é uma referência a Senaqueribe (2 Rs 1 8.1 3). É ve rossímil que o versículo 1 4 pareça aplicar-se a ele (2 Rs 18.36,37), pois a reminiscência histórica é com um em muitas mensagens proféticas. Entretanto, não é o que parece aqui, pois provavelmente a expressão “ mais n inguém do teu nome seja semeado” (v. 14), aluda à falta de herdeiro no trono, denotando o fim do império. Tal sentença indica o caráter def in i t i vo do castigo div ino. d iv ina espera o a rrepend im ento do pecador (Rm 2.4-6). Todavia, isso não é s inôn im o de im p u n i dade, pois a ju s t iça do Eterno não permite tom ar o culpado por inocente . Uma vez que Nínive pe rs is t iu em sua maldade e a Assíria constru iu o seu impér io pela v io lência e desrespeito aos d ire itos humanos, massacrando m uitos povos, dentre eles o de Judá e o de Israel, agora essas m esm as nações se a le g ra rã o com a queda e a humilhação da cidade maléfica (3.5-7). 3 . O p o d e r de D eu s . As descrições poéticas dos atributos divinos estão ligadas ao poder e a majestade de Deus (1.3-8). O profeta declara que o Senhor “tem o seu caminho na tormenta e na tempestade" (v.3).Em linguagem metafórica, o poder, a grandeza e a majestade do Senhor são descritos alravés da força da natureza. Essas descrições mostram que a espera do Eterno em punir os ninivitas não se deu por falta de poder, mas por causa de sua longanimidade. S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 ) Deus é to le ran te , com pas sivo, pois espera o a r rep e nd i m e n to do pecado. Todav ia , a sua jus t iça não permite to m a r o cu lpado per inocente. R E S P O N D A 3. O que é vingança e qual a ne cessidade de sua aplicação? 4. O que m o s tra a d e sc riçã o p o é tic a dos a t r ib u to s d iv in o s lig a d o s ao seu p o d e r e à sua m ajestade? 5 8 L iç õ e s B íb l ic a s FM <; »i־ :.í( kv wí üS 'B 83 1· [ «ר es M fiS ‘ R E S P O N D A 5. Quem são os “in im ig o s ” em Naum? C O N C L U S à O Assim com o o ju íz o d iv ino ! puniu a capital da perversa As síria, assim tam bém acontecerá r.o dia da ira de Deus, quando Ele punirá a todos, indivíduos e nações, que, reje itando a sua m i sericordiosa graça, perseveraram na prática do mal. Nesse dia, todos prestarão contas de seus atos diante dEle. É o que adverte o própr io Senhor através de seus profetas. Con tu do, a porta da graça está aberta, oferecendo gratu itamente, a toda as nações, ampla oportunidade de arrependimento e salvação atra vés de Jesus Cristo (2 Pe 3.9). 4 . A consolação de Judá. Assim como a profecia de Obadias era contra Edom, mas a mensagem era para Judá, semelhantemente ocorre aqui, conforme a declaração profética: “serão exterminados, e ele passará; eu te afligi, mas não te afligirei mais” (v.l 2). Essa abrupta mudança da terceira para a segun da pessoa indica a mensagem de esperança para Judá. O castigo de Judá é corretivo. O povo ainda acha rá o favor div ino (v.l 3). Mas o ju ízo dos assírios é final, por haverem eles rejeitado a misericórdia que o Deus de Israel, gratuitamente, lhes havia oferecido através de Jonas. S IN O P S E D O T Ó P IC O ( 3 ) . O castigo divino contra os ini migos de Judá trouxe-lhe consolação e o favor divino de misericórdia. ‘Qualquer pessoa que permaneça arrogante e resista à autoridade de Deus enfrentará sua ira ." Bíblía de Estudo Aplicação Pessoal l ..içõiuS B íb lic a s 5 9 VOCABULÁRIO 1$3 « ו09א : História da vida de uma pessoa. E r u d ito : A q u e le que sabe muito. Protagonizar: Ocupar o primei ro lugar err. um acontecimento. M etáfora: Uso figurado de uma palavra. Consiste na transferên- c a da palavra para outro âmbito semântico; fundamenta-se numa relação de semelhança entre o sentido próprio e o figurado. — B IB LIO G R A FIA SU G ER ID A KAISER JR., Walter C. Pregando e Ensinando a p a r tir do A n ti go Testam ento : Um guia pa ra a ig re ja . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. EDWARDSJonathan. Pecadores nas Mãos de um Deus Irado: e outros Sermões, l .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. D ic io n á rio B íb lico W y c liffe . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 52, p.40. Λ RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 1. A cidade de Cafarnaum. 2. A queda de Nínive. 3. Vingança é o castigo im posto por dano ou ofensa; d iz respeito a in fra tores contumazes da lei divina. 4 . Que a espera do Eterno em pun ir os n in iv itas não se deu por fa lta de poder, mas p o r causa de sua longan im idade. 5. Os assírios. AUXILIOBIBLIOGRÁFICO Subsidio bibllológico “A nalisando as Palavras de Juízo dos P rofetas Se desejarmos ouv ir as pala vras dos profetas de uma maneira que seja fiel ao seu contexto original e, ao mesmo tempo, de uti l idade contemporânea para nós, devemos antes de mais nada determinar o tema ou propósito básico de cada livro profético que desejamos pre gar. Também será útil mostrar se o propósito do livro se encaixa no tema global e unificador do Antigo Testamento e no tema ou plano central de toda a Bíblia. Depois de definirmos o propó sito do livro, devemos, então, assi nalar as principais seções literárias que consti tuem a estrutura do livro. Normalmente, existem mecanismos de retórica que assinalam onde tem início uma nova seção no livro. No entanto, quando tais mecanismos não es tão p resen tes é p rec iso observar outros marcadores. Uma mudança de assunto, uma mudança de pronomes, ou uma mudança em aspectos de ação verbal, tudo isso pode ser um sinal revelador de que teve início uma nova seção” (KAISER JR., Walter C. Pregando e Ensinan do a p a rtir do A n tig c T es tam en to: Um guia p a ra a Igre ja 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 201 0, p. 1 21). י 60 L1çõr:s B íb lica s H a b a c u q u e — A So b e r a NiA D iv in a sobre as N a ç õ e s “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o m al e a vexação não podes con templar; por que, pois, olhas para os que procedem aleivosamente e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais jus to do que ele?” (Hc 1.13). VERDADE PRÁTICA A f im de c u m p r i r os seus planos Deus age soberanamente na vida de todas as nações da terra. a?- .י H IN O S SU G ER ID O S 288. 330 , 364 LEITURA DIÁRIA Segunda - 2 Rs 1 7 .23 Deus usou a Assíria contra Israel Terça - Sf 2.1 3 O castigo contra a Assíria Q u a rta - Jr 2 5 .9 Deus usou a Babilônia co n t ra ju d á Q u in ta - Jr 2 5 .1 2 O castigo contra a Babilônia Sexta - Jr 2 7 .5 -7 * As nações sob a autoridade divina ^ Sábado - Hc 2 .2 0 Perante o Senhor a Terra se cala jc õ e s B íb l ic a s 61 Lição 9 2 de Dezembro de 2012 “O ju s io viverá pela fé". Esta sentença tornou-se uma das mais importantes te máticas do Novo Testamento. Foi um dos /emas da Reforma Protestante. O apóstolo Paulo é um dos que descrevem a graça de Deus de maneira mais intensa e be/a: “Porque pe/a graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8). Tal perspectiva da graça de Deus foi precedida pelo profeta Haba- cuque, quando ele declarou: “O justo, pela sua fé, viverá” (2.4). INTERAÇÃO ___________ OBJETIVOS___________ Após a aula, o aluno deverá estar apto a: E x p lic a r o c o n te x to h is tó r ico , a estrutura e a mensagem do livro de Habacuque. C om preender a situação do país na época de Habacuque. M encionar a reposta de Deus minis trada ao profeta. ^ ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Λ Professor, providencie cópias do quadro da página seguinte para os alunos. Inicie a aula com a seguinte indagação: “Qual o propósito do livro de Habacuque?” Incentive a participação da classe e ouça todos com atenção. Depois, explique que o objetivo do profeta era mostrar ao Reino do Sul Qudá) que Deus estava no controle do mundo, embora o mal parecesse triunfar em alguns momentos. Habacuque foi um profeta jnqui- ridor. Em seguida distribua as cópias com o esquema da página seguinte e explique que vários temas estão presentes na profecia de Habacuque. Podemos destacar, por exem- pio, "a confiabilidade absoluta de Deus” , “o domínio divino do universo”, “a incapaci dade humana de entender adequadamente os caminhos misericordiosos de Deus” , "as lutas colossais da natureza e da política” e a “predisposição divina de não tolerar a violência derivada do orgulho”. Faça um resumo do livro utilizando o quadro. L E IT U R A B ÍB L IC A EM CLASSE Habacuque 1.1-6; 2.1-4 H a b a c u q u e 1 1 - 0 peso que viu o profeta Habacuque. 2 - Até quando, SENHOR, cia- ma rei eu, e tu não me escuta- rás? G ritare i: Violência! E não salvarãs? 3 - Por que razão me fazes ver a iniqüidade e ver a vexação? Porque a destru ição e a vio- léncia estão diante de mim; há também quem suscite a conten da e o litígio. 4 - Por esta causa, a le i se afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o ímpio cerca o justo, e sai o juízo pervertido. 5 - Vede entre as nações, e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizo, em vossos dias, uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada. 6 - Porque eis que suscito os cal- deus, nação amarga e apressa da, que marcha sobre a largura da terra, para possuir moradas não suas. Habacuque 2 1 - Sobre a m inha g u a rd a estarei, e sobre a forta leza me apresentarei, e vigiarei, para ver o que fa la comigo e o que eu responderei, quando eu fo r arguido. 2 - Então, o SENHOR me res pondeu e disse: Escreve a visão e to rna -a bem legíve l sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo passa. 3 - Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará, e não mentirá; se tardar, espera-o, porque certam ente virá, não tardará. 4 - Eis que a sua alma se incha, não é reta nele; mas o justo, pela sua fé, viverá. 6 2 L iç õ e s B íb l ic a s fato, 05 caldeus tornaram-se um ^ império pujante. Isso mostra que o profeta era contemporâneo de % Jeremias e Sofonias Or 1. 1; Sf 1.1). I Ele menciona ainda a opressão dos I ímpios sobre os pobres e o colapso j dajustiça nacional (1.2-4) e descre- I ve também o cenário do reinado ' tirânico dejeoaquim, rei de Judá, entre 605 e 598 | a.C. Gr 22.3,1 3-18). 2. V id a p essoal. | Não há in fo rm a çõ es , ^ dentro ou fora do livro, S sobre a v ida pessoal de Habacuque. Apenas I temos a declaração de I que ele é profeta (1.1), detalhe j este também encontrado em Ageu 8 e Zacarias (Ag 1.1; Zc 1.1). A part ir I dessas poucas informações e pela f f ina l ização de seu l ivro (3.19), | muitos estudiosos entendem que S Habacuque era um profeta bem [ ace i to pela soc iedade e — há & quem afirme — or iundo de famíl ia 'j sacerdotal. A l i te ra tura rabínica f apoia essa ideia. 3. E s tru tu ra e m ensagem . No estudo passado, aprendemos que o te rm o “ peso” indica uma “sentença pesada e profecia” . A I PALAVRA-CHAVE Sobe7a71ia: Qualidade ou condição de um soberano; autoridade ; domínio; poder. No diá logo entre Habacuque e o Senhor, presenciamos uma sin- guiar beleza teológica e literária. Ao longo do l ivro de Habacuque, deparamo-nos com uma das mais notáveis de clarações doutr inárias: “O justo, pela sua fé, v i verá” (2.4). Este oráculo fez-se tão notório, que se tornou uma das mais importantes temáticas em o Novo Testamento (Rm 1.1 7 cf. Cl 3.8). Séculos mais tarde, inspirou Martinho Lutero a d e f lag ra ra Reforma Protestante. I. O L IV R O DE H A B A C U Q U E 1. C o n te x to h is t ó r i c o . Ha- bacuque exerceu o seu ministério quando os caldeus marchavam vitoriosamente pelo Oriente Médio (1.6). Tal marcha in ic iou-se em 627 a.C. e foi concluída com a vitória sobre Faraó Neco, do Egito, na Batalha de Carquêmis, em 605 a.C. Qr 46.2). Tempo em que, de IN T R O D U Ç Ã O IV E S B O Ç O D O L IV R O O In te r ro g a tó r io de Habacuque a Deus (1 .2 — 2 .2 0 ) Questão: Com o Deus p e rm ite que a ím p ia Judá fique sem cas tig o (1 .2 -4 ) . Resposta: Mas Deus usará a Babilônia para castigar Judá (1.5-1 1). Questão: Como Deus pode usar um a nação mais ím p ia que Judá como instrum ento de ju íz o (1 .1 2 — 2 .1 ) . Resposta: Deus também julgará Babilônia (2.2-20). O Cântico de H abacuq ue (3 .1 -19 ) Oraçâu de Habacuque por miser icórdia div ina (3 .1,2). O poder do Senhor (3.1,2). Os atos salvíf icos do Senhor (3.3-7). A fé inabalável de Habacuque (3.16-19). Texto a d a p ta d o d a Bíblia de E s tu d o Pentecostal', e d ita d a pe la CPAD. L jç õ t s B í b l ic a s 6 3 REFLEXÃO ‘1Deus quer que venhamos à sua presença com nossas lu tas e dúvidas. Porém, suas respostas podem não ser o que esperam os.” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal f . ״·· ׳ ׳ . ' . ■',Li■ à K I r tiM . ■ que é justo e santo tolerar tamanha maldade? O profeta expressa sua perplexidade na forma de lamen tos: “Até quando, SENHOR[...]?” (1.2; SI 1 3.1,2); “Por que [...]?” (1.3; SI 22.1). Essas perguntas indicam que, há tempos, Habacuque orava a Deus em busca de solução. 2. A descrição do pecado. Assim, o profeta resume o quadro desolado■׳ do seu povo: iniqüidade e vexação; destruição e violência; contenda e litígio (1.3). A Bíblia ARA (Almeida Revista e Atualizada) em prega o termo “opressão”. A Bíblia TB (Tradução Brasileira) usa “per versidade” no lugar de “vexação”. A estrutura poética nessa descrição revela a falência da justiça e o abu so opressor das autoridades em relação aos pobres. 3. O c o lap s o da ju s t iç a nacional. A frouxidão da lei era conseqüência da corrupção ge neralizada. Na esfera judiciária, a sentença não era pronunciada, ou quando dado o veredicto, este sempre beneficiava os poderosos (1.4). A sociedade sequer lem brava-se da lei. Esta era o poder coercitivo para manter a ordem pública, garant ir a segurança e os direitos do cidadão (Dt 4.8; 1 7.1 8,1 9; 33.4; Js 1 .8). Mas a in fluência das autoridades piedosas não foi suficiente para mudar o estado das coisas. Somente o Se nhor onipotente de Israel é quem pode fazer plena justiça. SIN O PSE D O T Ó P IC O (2 ) 0 caos estabelecido em Judá era decorrente da corrupção gene exemplo do livro de Naum, esse oráculo foi revelado à Habacuque na forma de visão (1.1). A profe cia divide-se em três capítulos. O primeiro denuncia a corrupção generalizada da nação e a conse- quente resposta divina (1.2-1 7); o segundo, outra resposta do Eterno e a terceira, a oração de ;(־20 2.1) Habacuque (3.1-19). O oráculo divino, que possui a mesma es t ru tu ra dos Salmos, tem como principal ênfase a fé. SINO PSE D O T Ó P IC O (1 ) O livro de Habacuque denuncia ,1 a corrupção generalizada da nação, * descreve as respostas divinas e apresenta a oração de Habacuque. R E S P O N D A 1. Qual a p rin c ip a l ênfase do liv ro ‘ de Habacuque? I I . H A B A C U Q U E E A S IT U A Ç Ã O D O PAÍS 1. O clam or de Habacuque. j O que ocorria em Judá ia de encon- I tro ao conhecimento que Habacu- | que possuía a respeito do Deus de v, Israel. Mas como é possível Aquele 6 4 L íç õ e s B íb l ic a s REFLEXÃO “Nossa esperança vem do Senhor.” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal o Senhor os f i lhos de Judá como os animais? (1.14). Perrr.i t ir ia à Babilônia fazer o que desejasse com o povo? (1.1 5-1 7). S IN O P S E D O T Ó P IC O 3 ׳ ) A p r im e ira resposta d iv ina era o ag igantamento dos caldeus a caminho de Jerusalém para in vad ir a província de Judá. R E S P O N D A 3. Que obra, p ro m e tid a p o r Deus, n inguém a c re d ita rá quando fo r contada (J .5)7 IV . D E U S R E S P O N D E P E LA S E G U N D A V E Z V> Ç. 1 . A e sp e ra de H ab acu q u e ן (2 .1 ) . Sabedor de que Deus lhe I responderá, o profeta prepara-se 1 para ser arguido por Deus. Ele se pos ic iona com o uma sen t ine la — fg u r a comumente empregada para descrever os profetas bíb l i cos. Sua função era f icar alerta para escutar a palavra de Deus e transmit i- la ao povo (Is 2 1.8; Jr 6.1 7; Ez 3.1 7). 2. A v isã o . A resposta divina veio ao profeta através de uma visão t ransm it ida com agil idade I e n it idez, d ispensando a neces- I sidade de que alguém lesse e a | interpretasse (2.2), pois se tratava i ralizada e denunciada pelo profeta Habacuque. R E S P O N D A 2. O que reveía a e s tru tu ra poé tica da descrição dos pecados em Habacuque 1.3? I I I . A R E S P O S TA 3 ÍV IN A 1. O ju íz o d iv in o é a n u n ciado. Antes de Habacuque perce ber a gravidade da situação, Deus, que está no controle de todas as coisas, apenas aguardava o tempo opo r tun o para agir e r ro s t ra r a razão de sua intervenção. Tuoo estava nos planos do Senhor. O profeta e todo o povo de Judá pre cisavam prestar mais atenção aos acontecimentos mundia is, pois o Eterno realizaria, naqueles dias, uma obra que eles não creriam, quando lhes fosse contada (1.5). Essa obra era um novo impér io que Deus estava levantando no mundo. Não obstante, esse orá culotam bém diz respeito à v inda do Messias (At 13.40,41). 2 . O s c a ld e u s e a q u e s tã o é tic a (1 .6 ) . O impér io dos caldeus crescia e agigantava-se sob a l iderança do rei Nabucodo- nosor. Ele estava a cam inho de Jerusalém para invad ira província de Judá. No entanto, Habacuque f icou desapontado com essa res posta. Como um povo idólatra, sem ética e respeito aos direitos humanos, poderia castigar o povo de Deus? Ele pergunta: “por que, pois, olhas para os que procedem aleivosamente e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais ju s to do que ele?” (1.1 3). Trataria L iç õ e s B íb l ic a s 6 5 Evangelho e é just i f icado pela fé em Jesus. S IN O PSE D O T Ó P IC O (4 ) A segunda reposta de Deus era que a Babilônia desapareceria para sempre. Mas Judá, apesar de passar por um castigo doloroso, sobreviveria. R E S P O N D A 4. Quem são, respectivam ente, “a a lm a que se incha" e o "justo” em Habacuque 2.4? 5. O ju s to deve v iver pelo quê? C O N C L U S à O A Palavra de Deus é suficiente para corr igir o caminho tortuoso de qualquer pessoa. Apesar de a resposta divina nem sempre ser o que esperamos, ela é sempre a melhor. Quem não se lembra do fato ocorrido na vida de Naamã? (2 Rs 5.1 0-i 4). Isso acontece porque os caminhos e os pensamentos de Deus são inf in itamente mais ele vados que os nossos (Is 55.8,9). Vivamos, pois, pela fé! de uma mensagem que, apesar de ן I futuríst ica, era claríssima: A Babi- I lônia desaparecerá da terra para sempre! No entanto, Judá, apesar do castigo, sobreviverá Gr 30. ] 1). O desafio era crer na mensage.n! Ainda que seu cumprimento tar dasse, Deus é fiel para cumprir a sua palavra (2.3; Jr 1 .1 2). Assim como naquele tempo, o mundo permanece no pecado por causa da increaulidade e por isso não crê na pregação do Evangelho 00 9.41; 1 5.22; 16.9; 2 Co 4.4). 3. O ju s to v iv e rá da fé . A expressão “alma que se incha” (2.4) refere-se ao o rgu lho dos caldeus (1.10; Is 13.19). O jus to é aquele que crê no ju lgamento de Deus sobre a Babilônia (2.8). Ele sobreviverá à devastação de Judá pelo exérc i to de Nabuco- donosor: “o jus to , pela sua fé, v iv e rá ” (2.4b). Mas ao mesmo tempo é uma mensagem de pro fundo signif icado para a fé cristã (Rm 1.1 7; Cl 3.8; Hb 10.38). Em o Novo Testamento, o “ju s to ” é quem, proveniente de todas as nações, acolhe a mensagem do > 1 Ι Ι Ι · · · Ι Ι Ι . ^ fi REFLEXAC “Nenhuma adversidade, p o r mais intensa e in transigente que seja, é eficiente para d ese s tru tu ra r a vida daquele que vive pela fé. Se a vida do crente tem p o r fundam ento qua lquer coisa que não seja a verdadeira fé, ela desm orona já na p rim e ira in tem périe .” Silas Daniel 6 6 L iç õ e s B íb l ic a s VOCABULÁRIO Pujante : Que tem grande força. O riundo: Descendente de. Litíg io : Pleito, demanda. C oe rc i t ivo : Que reprime, força. A rguido: Que foi repreendido, censurado. B IB L IO G R A FIA S U G E R ID A ץ AUXIL1C BIBLIOGRÁFICO S ub s id io T eo lóg ico “O s ig n if ic a d o da fé em H abacuque Além de es ta r d iz e n d o cia- ram ente que os ju s to s de Judá, apesar do s o f r im e n to pelo qual passarão no ataque caldeu, serão poupados (como aconteceu com Jeremias, Daniel e tanto outros), o Senhor mostra ao profeta que sua compreensão concernente à v ida e s p i r i tu a l a inda era su p e r f ic ia l . A inda fa ltava a Habacuque consi derar a lguns aspectos essenciais da v ida com Deus. Sua Teologia a inda ignorava nuanças v i ta is , e que agora são s in te t izadas para o pro fe ta em uma única frase: Ό ju s to v iverá pela sua fé’ . O ju s to não v ive pelo que vê, sente, percebe, imagina ou pensa, mas pela fé. ‘Porque andamos por fé e não por v is ta ’ (2 Co 5.7). Não que essas coisas não sirvam, vez por outra, para a l im entar a nossa fé, mas não podem ser considera dos fundamentos para ela. Nossa fé está fundamentada no próprio Deus, em sua Palavra. O ju s io está baseado nela” (DANIEL, Silas. Ha- bacuque: A v itó r ia da fé em meio ao caos. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.90). DANIEL, Silas. H abacuque: A v itó ria da fé em meio ao caos. 1 .ed. Rio de Jane iro : CPAD, 2005. ZUCK, Roy B (Ed.). T eo lo g ia do A n tig o T es tam en to . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009. SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD, n°52, p.40. RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS ־־/ 1. A fé. 2. Revela a falência da ju s t iça e o abuso opressor das autoridades em relação aos pobres. 3. Essa obra era um novo império que Deus estava levantando no mundo. 4 . Os caldeus e aquele que crê n o ju l- gamento de Deus sobre a Babilônia. 5. Pela fé em Jesus Cristo. V L iç õ e s B íb l ic a s 6 7 Lição 10 9 de Dezembro de 2012 Dia da Bíblia S0F0NIAS — O JUÍZO V1NDOURO TEXTO ÁUREO ,‘Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e fa rão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fo ra , enganariam até os escolhidos’’ (M t 24 .24 ). VERDADE PRÁTICA No juízo vindouro, Deus há de ju lgar todos os moradores da terra, de acordo com as obras de cada um. H iN O S SUG ERIDO S 275, 300, 371 LEITURA DIARIA Segunda - Jr 3 0 -7 Um tempo de angústia para Jacó Terça - D 1*1 2 וו Daniel profetizou o tempo de angústia Q u arta - Lc 2 1 .2 5 ,2 6 p Uma convulsão gerai na sociedade Q u in ta - 2 Pe 3 .1 0 Os céus passarão com grande estrondo Sexta - 1 Ts 5 .2 ,3 Um tempo de destruição Sábado - M t 2 5 .3 1 ,4 6 O ju ízo finai 6 8 L iç õ e s B í b l ic a s INTERAÇÃO Se Deus e bom, por que Ele castigará algumas pessoas eternamente? Esta é a indagação de muitos. Nas Escrituras, Deus é descrito como o justo ju iz . No Antigo Testamento Ele pronunciou juízos contra Israel e outras nações. Em o Novo Testamento o Altíssimo ju lgou Ananias e Safira (At 5.1 -1 1 ). E no fim dessa era o Eterno, através de seu Filho, ju lg a rá todos os homens da terra, de acordo com as obras de cada um. Esses fatos demonstram um Deus que ama o bem e odeia o mal. Isso mesmo! A jus tiça de Deus é uma resposta retumbante contra o mal criado pelo Diabo e praticado pe los homens. O Dia do Senhor vem! OBJETIVOS Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Explicar a estrutura e a mensagem do livro de Sofonias. C o m preender a l inguagem predo minante no livro de Sofonias. Saber que Juízo de Deus é uma dou tr ina bíbl ica irrevogável. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor, para a aula de hoje sugerimos que você reproduza, de acordo com as suas possibilidades, o esquema da página seguinte. Utilize-o logo na introdução para explicar que o livro de Sofonias é predominantemente poético. Ele pode ser d ivid ido em três partes: a primeira, o ju ízo contra as nações, incluindo Judá; a segunda, a descrição dos povos vítimas do ju ízo divino e a terceira o juízo de Jerusalém e a restauração do remanescente fiel. Explique que o tema “Dia do Senhor” é o assunto central do profeta Sofonias. Sofonias 1.1-10 1 - Palavra do SENHOR vinda a Sofonias, filho de Cusi, filho de Ceda/ias, filho de Amarias, filho de Ezequias, nos dias de josias, filho de Amom, rei de Judá. 2 - Inteiramente consumirei tudo sobre a face do terra, diz o SE NHOR. 3 - Arrebatarei os homens e os animais, consumirei as aves do céu, e os peixes do mar, e os trope ços com os ímpios; e exterminarei os homens de cima da terra, disse o SENHOR. 4 - £ estenderei a minha mão contra Judá e contra todos os habitantes de Jerusalém e exter minarei deste lugar o resto de Baal e o nome dos quemarins com os sacerdotes; 5 - e os que sobre os telhados se curvam ao exército do céu; e os que se inclinam jurando ao SENHOR e ju ram por Malcã; 6 - e os que deixam de andar em seguimento do SENHOR, e os que não buscam ao SENHOR, nem per guntam por ele. 7 - Cala-te diante do Senhor JEO VÁ, porque o dia do SENHOR está perto, porque o SENHOR preparouo sacrifício e santificou os seus convidados. 8 - E acontecerá que, no dia do sacrifício do SENHOR, hei de cas tigar os príncipes, e os filhos do rei, e todos os que se vestem de vestidura estranha. 9 - Castigarei também, naquele dia, todos aqueles que saltam sobre o umbral, que enchem de violência e engano a casa dos seus senhores. 10 - E, naquele dia, diz o SENHOR, far-se-á ouvir uma voz de clamor desde a Porta do Peixe, e um uivo desde a segunda parte, e grande íauebranto desde os outeiros. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE -K.-ÕES B í b l ic a s 6 9 chamado deu-se “no décimo terceiro ano do [...] reinado” deJosias (Jr 1.2). Esse período corresponde a 627 a.C. É possível que, na reforma, o rei fora encorajado por esses profetas. Evidências internas apontam para um tempo de pré-reforma em Judá, denunciando os desman dos dos reis Manassés e Amom (2 Rs 21.1 6-24). 2. G en ea lo g ia . É co m u m a menção do nome paterno nos livros dos profetas. Isaías, Jere mias, Ezequiel, Oseias, Joel e Jonas, trazem essa informa ção. Sofonias, porém, descreve a sua genealogia: “Sofonias, f i lho de Cusi, f i lho de Gedalias, fi lho de Amarias, fi lho de Ezequias” (v. 1). A citação do nome do pa׳ estabelecia o direito tanto à herança quanto à posição social ou aquisição de poder. A ausência de paternidade dem ons tra que tal p ro fe ta não adveio de famíiia tradicional. So- fonias era tr ineto de Ezequias, que também fora rei de Judá. Isso lhe PALAVRAS-CHAVE Juízo: Ato, processo ou efeito de ju lg a r ; ju lg a m e n to . Nesta lição, estudaremos o oráculo de Sofonias. Ele se destaca pela intrepidez do juízo divino con- tra judá e os gentios. O ________ profeta anuncia o ju lga mento universal descrito como a reação de Deus aos pecados cometidos pelos moradores de toda aterra. Sofonias, porém, aborda o juLgamento di vino numa perspectiva escatológica de restauração. IN TRO DUÇÃO 1. O L IV R O DE S O FO N IA S 1. Contexto h istórico. Sofo- nias exerceu o seu ministério “nos dias de Josias, fi lho de Amom, rei | de Judá” (v. 1). Josias reinou entre I 640 e 609 a.C. A reforma religiosa do rer de Judá aconteceu em 621 a.C., “no ano décimo oitavo” do seu I reinado (2 Rs 22.3). Quando ocorreu ! a reforma, Jeremias exercia o ofício i d e profeta há cinco anos. O seu ESBOÇO D O LIVRO DE SOFONIAS/־־׳ I n t rodução .................................................................................................................................... ....... (1.1) Silêncio! O Temível Dia do S e n h o r ..................................................................................(1.2 — 2.3) O julgam ento do Sen h o r.............................................. .....................................................(1.2,3) O ju lgamen to contra J u d á ....................................................................................................... (1.4-1 8) A Chamada para o A r re p e n d im e n to ........................................................................................(2.1-3) Profecias contra as Nações.........................................................................................................(2.4-1 5) Os fi l iste u s ....................................................................................................................................... (vv.4-7) Os amoni tas e moab i tas ............................................................................................................( w . 8 ־ l 1) Os e t ío p e s ............................................................................................................................................ (v.l 2) Os ass ír ios ................................................................................................................................ (vv. 13,15) Julgamento d e j e r u s a l é m ..............................................................................................................(3.1-S) Os pecados d e je r u s a lé m ............................................................................................................(w .1-4 ) A just iça div ina contra Je rusa lém ......................................................................................... (vv. 5-7) Julgamento de toda t e r r a .................................................................................................................. (v.8) Salvação e o Dia do Senhor .......................................................................................................(3.9-20) O remanescente restaurado e Jerusalém p u r i f i c a da ...................................................... ( w . 9-1 3) A alegr ia do povo com D e u s ................................................................................................ (vv. 1 4-1 7) Promessas a respei to da restauração f in a l ...................................................................... (vv. 18-20) 7 0 L iç õ e s B íb l ic a s REFLEXÃO ‘,Quando as pessoas estão indiferentes em relação a Deus, tendem a pensar que Ele está indiferente em relação a elas e se js pecados." Bíblia ae Estudo Aplicação Pessoal 1 6.8). A declaração “ inteiramente g consumirei tudo sobre a face d a l te r ra ” (v.2) refere-se à t r a g é d ia ! g lobal re fer ida em 3.6-8. Note que a expressão “face da te rra ” é É igualmente usada no anúncio da ■ tragédia do d i lúvio (Gn 6.7; 7.4). 2. A lin g u a g e m de S ofο - 1 n ias . A hipérbole é uma f i g u r a i de l inguagem que consiste em " dar à sua signif icação uma ênfase | exagerada. Ela, porém, aparece na Bíblia e, por isso, alguns ex- j, pos i to res ve te ro tes tam en tá r io s r defendem o uso de uma l ingua gem hiperból ica para o l ivro de j | Sofonias. Eles consideram forte I demais a descrição do a n iq u i la -1 mento natural de aves, peixes, I animais, seres humanos, nações I e cidades (1.3; 3.6). 3. D e s c riç ã o d e ta lh a d a . É I verdade que na Bíblia há o e m - 1 prego de h ipé rbo le (Mt 1 2 3 \ ;ו . Jo 12.19 etc.). Mas não é o caso, aqui, em Sofonias! A descr ição "os homens e os animais, c o n - : su m ire i as aves do céu, e o s * peixes do m ar” (v.3) representa o reverso da criação regis trada P em Gênesis (1 .20-26). Ela cor- I responde à des tru ição universa l I e l i teral da criação (Ap 1 6 . 1 - I I ). I O d i lúv io, por exemplo, foi l iteral 1 I garantia livre acesso no governo real bem como noutros segmentos da sociedade. 3. E s tru tu ra e m ensagem . Os meios de com un icação dos o rá cu lo s d iv in o s aos p ro fe tas eram a palavra e a visão. 05 porta- vozes do Eterno deixam isso claro no prólogo de seus livros (v.l a). O estilo poético predomina em todo o livro de Sofonias. O oráculo está organizado em três partes pr inc i pais: a pr imeira anuncia o ju ízo contra as nações da terra, inc lu in do Judá (1 .1— 2.3). A segunda especifica os povos nesse ju lg a mento global — Filístia, Moabe, Amom, Etiópia e Assíria (2.4-1 5). E a terceira parte trata do castigo de Jerusalém e da restauração dos remanescentes fiéis (3.1-20). O tema do “Dia do Senhor” ocupa todo o oráculo div ino. S IN O P S E D O T Ó P IC O ( 1 ) O livro de Sofonias apresenta ju ízo d iv ino contra as nações e Judá; o ju lgam ento global; o cas t igo de Jerusalém e a restauração do remanescente fiel. R E S P O N D A /. Q ual o tem a do liv ro de So- f on ias? I I . O J U ÍZ O V IN D O U R O 1. T o da a fa c e da te r r a será co n su m id a (v .2 ). Após o dilúvio, Deus prometeu não mais d e s t ru i r a te r ra com água (Gn 9.11-16). Desde então, a palavra p ro fé t ica anunc iou o ju ízo v in douro pela destruição através do fogo (1.18; 3.8; Jl 2.3; 2 Pe 3.7; Ap L içõ es Bíb i.ícas 71 (v.5). Isso exempl:fica a realidade do r itual sincrético no meio do povo escolhido. 3. O m odism o do povo e a violência dos príncipes. Não havia nada de errado em alguém vestir a roupa do estrangeiro. O problema da “vestidura estranha” (v.8) era o compromisso religioso de tal indumentária com o paga nismo (2 Rs 10.22). Os príncipes de Judá, provavelmente fi lhos de Manassés ou Amom (pois Josias era bem novo paraterf i lhos nessa idade), serão duramente castiga dos por causa da violência e do engano (v.9). O objetivo do castigo divino é exterminar o baalismo, o sincretismo, as práticas divinató rias e as injustiças sociais. SINO PSE D O T Ó P IC O (3 ) O objetivo do livro de Sofo- nias é anunciar o ju ízo de Deus sobre as nações e as mazelas sociais e religiosas praticadas pela humanidade. R E S P O N D A 4. Q ual o o b je tiv o do ca s tig o divino? IV . “O D IA D O S E N H O R ” 1. S ig n ^ c a d o b íb lic o . O termo hebraico para “dia” é yom, que pode ser “d ia ” no sent ido l i te ra l (Jó 3.3) ou per íodo de tempo (Gn 2.4). Assim, “o dia do SENHOR” (v.7) ou as fraseologias similares “dia da ira do SENHOR” (2.2,3) e “ naquele d ia ” (1.10), indicam o período reservado por Deus para o acerto de contas com todos os moradores da terra e global, mas a famíl ia de Noé foi i salva (1 Pe 3.20), assim como os f i lhos de Israel foram poupados das pragas do Egito (Êx 9 .4 ; 1 0.23; Nm 3.1 3). SINO PSE D O T Ó P IC O (2 ) A proclamação do ju ízo v in douro é o anúncio da tragédia glo bal descrita em Sofonias 3.6-8. R E S P O N D A 2. De que tra ta a declaração: “In te iram ente consum irei tudo sobre a face da te rra ” (v. 2)? 3. O que é hipérbole? I I I . O B J E T IV O D O L IV R O 1. S incretism o dos sacer do tes . A expressão “quemarins com os sacerdotes” (v.4) aponta para o sincretismo da religião de Israel com o paganismo. “Quema- rins” é o plural do hebraico kom er usado para “sacerdote pagão” e aparece apenas três vezes no Antigo Testamento (2 Rs 23.5; Os 10.5). Aoesar da origem levítica, os sacerdotes estavam envolvidos no sincretismo religioso pagão. 12. S incre tism o do povo. Sabeísmo é a prática pagã dos sabeus; o povo da ra inha de Sabá. Seu cu lto resumia-se na * prática de adiv inhação e na as- I tro logia. Judá envolveu-se nesse t ipo de paganismo (2 Rs 23.5; i Jr 8.2; 19.13). Malcã ou Milcom ί (ARA e TB), ou ainda Moloque 0 (NVI), era o deus nacional dos 1 amonitas (1 Rs 1 1.5-7). Sofonias 8 denunciou o povo por adorar a ן Jeová numa ce r im ôn ia com um ILcom essa asquerosa d iv indade 7 2 L iç õ e s B íb l ic a s REFLEXÃO “Um dia v irá quando Deus, como Juiz, castigará severamente todas as nações. Mas depois do Juízo, Ele m ostra rá m isericórd ia a todos aqueles que lhe fo ram fié is .” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal acerto de contas entre Deus e todos os moradores da terra. Esse período é chamado também de Grande Tribulação. R E S P O N D A 5. O que ind ica a fo rm a m e ta fó rica da pa lavra "sacrifíc io " no versículo sete? C O N C L U S à O (Is 1 3.6,9; Ez 1 3.5; Jl 1.15; 2.1). Esse período também é chamado de Grande Tribulação (Ap 7.1 4). O ju lgam ento de Judá e das nações vizinhas é o prenúncio do ju ízo v indouro. 2. O sacrifíc io e seus con v id ad o s. A profecia afirma que Jeová “preparou o sacrifício e san- ti f icou os seus convidados” (v.7). Aqui, essa sentença é chamada de “sacrifício” , uma metáfora usada pelos profetas para indicar o juízo (Is 34.6; Jr 46.1 0; Ez 39.1 7-20). O verbo hebraico para ',santi f icar” é qadash, cuja ideia básica con siste em “separar, retirar do uso c o m u m ” (Lv 10.10). Assim, os babilônios foram separados por Deus para a execução da ira divina sobre o povo de Judá (v.10). SIN O PSE D O T Ó P IC O <4) A expressão o “ Dia do Se n h o r ” ind ica 0 per íodo para 0 O ju ízo v indouro não é as s u n to d e s c a r tá v e l . Os p r o f e tas t r a ta ra m dele, bem co m o o Senhor Jesus C r is to e seus apósto los . Fica aqui um alerta para os promotores da teologia da p rospe r idade (Fp 3 .19-21). In fe l izmente, entre muitos cr is tãos, os assuntos escatológicos são motivos de chacotas e risos. No entanto, Deus não se deixa escarnecer. O seu ju ízo é certo e verdadeiro e virá sobre todos os que praticam a iniqüidade. L iç õ e s B í b l ic a s 7 3 BIBL OGRAFIA SUGERIDA D ic ionário Bíblico W y d iffe . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. MACARTHUR JR., John. A Se g u n d a V in d a . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. SOARES, Esequias. O M in is té rio Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra, 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. SAIBA MAISף Revista Ensinador Cristão CPAD, n°52, p.41 ץ AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO Λ y RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 1. O tema é o “Dia do Senhor” . 2 . Da t ra g é d ia g lo b a l re fe r id a em 3.6-8. 3. É uma figura de linguagem que consiste em dar à sua significação uma ênfase exagera&a. 4 . É exterm inar o baalismo, o sin- cretismo, as práticas divinatórias e as injustiças sociais. 5. O ju ízo . Subsídio Teológico “ [O Juízo Final] Não há ninguém na Escritura que possa dizer mais sobre isso do que o Senhor Jesus. Ele advertiu repetidamente a respeito do imi nente julgamento dos que não se arrependem (Lc 13.3,5). Ele falou muito mais sobre o inferno do que sobre o céu, usando sempre os ter mos mais nítidos e perturbadores. A maior parte do que sabemos sobre o destino eterno dos pecadores veio dos lábios do Salvador. E nenhuma das descrições bíblicas do juízo é mais severa ou mais intensa do que aquelas feitas por Jesus. No entanto, Ele sempre falou sobre essas coisas usando os tons mais ternos e compassivos. Ele sempre insiste para que os pecado res abandonem os seus pecados, reconciliem-se com Deus, e se refu giem nEle para que não entrem em julgamento. Melhor do que qualquer outro, Cristo conhecia o elevado preço do pecado e a severidade da cólera divina contra o pecador, pois iria suportar toda a força dessa cólera em benefício daqueles que redimiu. Portanto, ao falar sobre es sas coisas, Ele sempre usou a maior empatia e a menor hostilidade” (MACARTHURJR. John. A Segunda Vinda. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 180). 7 4 L iç õ e s B íb l ic a s A g e u — O C o m p r o m is s o d o Povo d a A l ia n ç a TEX TO AUREO ,‘Mas buscai prim eiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (M t 6 .3 3 ). VERDADE PRATICA A verdadeira profecia liberta o povo da indiferença e do com odis mo espiritual. 1 l l f 394, 406 LEITURA DIARIA > ■fץ־ tO * V< V _r ־ ־· ■ kT]É1■ ■ .־ s- . • 4 » v- vi ' ‘ ν Λ ־ Segunda - 2 Cr 3 6 .2 3 O rei da Pérsia e o Templo Terça - Ed 3 .1 0 Lançam-se os alicerces do Templo S Q u a rta - Ed 4 .3 A edificação do Templo Q u in ta - Ed 4 .2 3 ,2 4 O embargo da construção Sexta - Ed 5 .1 ,2 Reinicia-se a construção do Templo V -־ _ . ι i f . . . ~ ' 'י ל י te ll " ~ \m & ׳ . ׳ S , λ γ ΐ 1- í ' ד g* .ך. j־ V ^ y-' ■?’ \ 1. ν ־ 1 -־ *ך **■* ׳ 1 ^ t i Λ ' . -J. I■' ־ י ר 1׳ »Λ γ Λ . · 1 Ά . * k \ ' M ר λ ¥ *״ . \ . %► V f r Ρ » ' , A ç % â y ׳ W > ־ _y~ . τλγ*τ 1 y ׳ L ״־ 1 j | : i t . V v *:\1» ^ y! - * ־ ־ ג - Sábado - Ed 6 .1 4 A nação prospera pela profecia ü t õ es B í b l ic a s 7 5 7 6 de Dezembro de 2012 O Templo era o símbolo visível da a liança de Deus com o seu povo. Nesse contexto é que aparece Ageu, o p rim e iro p ro fe ta a exercer o m in is té rio no período pós-exílio. Sua mensagem ce n tra l não poderia ser ou tra : "Israel, reconstrua o Templo pa ra 0 Senhor!" Os judeus estavam indiferentes em relação à obra de Deus, porém através do m in istério de Ageu e Zacarias, o Templo fo i reconstruído, e conform e a p a la v ra do Senhor, “a g ló ria da segunda Casa será m a io r que a da p r im e ira ”. Como servos do A ltíss im o precisam os es ta r atentos, pois como os israe litas, tam bém podemos neg ligenciara obra de Deus e o cuidado com a Casa do Senhor. Que sejamos servos com prom issados com o Reino, tra b a lh a n do pa ra o seu crescim ento aqu i na Terra. Coloque suas prioridades °m ordem corre ta, segundo as Escrituras Sagradas. INTERAÇÃO OBJETIVOS Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Conhecer o contexto histórico da vida de Ageu. E len car os princ ipa is problemas encontrado pelos judeus para re construir o Templo. Saber que temos responsabilidade diante de Deus e dos homens. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Reproduza o esboço da página seguin te conform e as suas possibilidades. Util ize-0 para in tro d u z ir a lição. Expli que que o livro do profeta Ageu pode ser d iv ido em duas partes principais: a primeira, “a reconstrução do Tem p lo ” ; a segunda, “o esplendor fu tu ro do Tem- pfo”. Dê ênfase à palavra-chave, pois a profecia de Ageu gira em torno deste tema. Conclua dizendo que devemos en carar a nossa responsabitidade na obra de Deus não como um fardo pesado, mas como um grande priv ilég io . Γ L E IT U R A B ÍB LIC A ; EM CLASSE | Ageu 1.1-9 " 1 - No ano segundo do rei Da rio, ? no sexto mês, no prim eiro dia do ן mês, veio a palavra do SENHOR, pelo m inistério do profeta Ageu, & a Zorobabel, filho de Sealtiel, η príncipe de Judá, e a Josué, filho í de Jozadaque, 0 sumo sacerdo- I te, dizendo: | 2 - Assim fa la o SENHOR dos ■ Exércitos, dizendo: Este povo diz: ן Não veio ainda o tempo, o tempo I em que o Casa do SENHOR deve S ser edificada. I 3 - Veio, pois, a palavra do SE- INHOR, pelo ministério do profeta Ageu, dizendo:4 - É para vós tempo de habitar- ט d es nas vossas casas estucadas, £ e esta casa há de ficar deserta?S 5 - Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: A p lica io vosso coração aos vossos H caminhos. w 6 - Semeais muito e recolheis I pouco; come is, mas não vos far- 1 tais; bebe/s, mas não vos saciais; i l- ■ * k vestis-vos, mas ninguém se aque- * ce; e o que recebe salário recebe y salário num saquitel furado. - ן 7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Aplicai o vosso coração ־■ ~ aos vossos caminhos. | 8 -S ub i o monte, e trazei ma dei- ^ ra, e edificai a casa; e dela me agradarei e eu serei glorificado, $ diz o SENHOR. 5 9 - Olhastes para muito, mas i eis que alcançastes pouco; e esse I pouco, quando o trouxestes para [ casa, eu lhe assoprei. Por quê? fe — disse o SENHOR dos Exércitos. I Por causa da minha casa, que I está deserta, e cada um de vós \c o r re à sua própria casa./ 6 L iç õ e s B íb l ic a s Μ Ι 1 Τ · Γ Γ 11־־ > ־זד! ־01־ if ~ τ~ιτ׳ ~ r sxm jãm **iEtiW **m uam -azesíam B usm esarm w xrm m tr* \£^*TG fm m m asa^₪ aaum Cambises, identif icado na Bíblia com o A r ta x e rx e s (Ed 4 .7 -23 ) , reinou em seu lugar até 522 a.C. Este, por dar ouvidos a uma de- $ núncia dos v iz inhos invejosos e hostis a judá, decidiu embargar a construção da Casa de Deus em Jerusalém (Ed 4.23). b) D ario H istaspes. Após a morte de Cambises, Dario Histas- pes assum iu o t ro n o da Pérsia (reinando até 486 a.C.), e autor izou a continuação da obra do Templo. Ele é citado nas Escrituras Sagradas s im p le s m e n te c o m o “ Dario” (Ed 6.1,1 2,1 3). 2. V id a p e s s o a l . Não há, além do profeta, outro Ageu no Antigo Testamento. O seu nome aparece nove vezes na profecia e duas no livro de Esdras (Ed 5.1; 6.14). Ageu foi o primeiro profeta a atuar no pós-exíl io. Seu chama do ocorreu cerca de dois meses antes de Zacarias receber o p r i meiro oráculo: “no ano segundo do rei Dario” em 520 a.C. (1.1; Zc 1.1). O fato de Ageu apresentar- se co m o “ p ro fe ta ” (vv. 1 ,3 ,12 ; 2 .1,10) dem onstra que os con temporâneos reconheciam-lhe o ofício sagrado. Além dele, apenas Habacuque e Zacarias m enc io nam o ofíc io profét ico em suas . apresentações (He 1.1; Zc 1.1). £ v-mw vvnv Dejoel até Ageu passaram-se mais de 300 anos. A hegemonia polít ica e militar, nessa fase da história mundial, estava com os persas, pois os assírios e babi lônios não exist iam mais como im p é r io s . Q u an to ao pecado de Judá, este não era a idolatria, pois o ca t ive iro errad icara de vez essa prática. O problema agora, igual mente grave, era a indi ferença, a mornidão e o comodismo espiritual dos judeus em relação à obra de Deus. I. O L IV R O DE A G EU 1. C o n te x to h is t ó r i c o . No l iv ro de Esdras, encontra -se o relato das primeiras décadas do per íodo pós-exí l io . Por isso, é fundamental ler os seis primeiros capítulos do referido livro, para compreendermos o profeta Ageu. O rei Ciro, da Pérsia, baixou o decreto que pôs f im ao cativeiro d e ju dá em 539 a.C. Pouco tempo depois, a pr imeira leva dos he- breus partiu da 3abilõnia de volta para Judá. a) Cambises. Ciro reinou até 530 a.C., ano em que fa leceu. ־׳/ IN TR O D U Ç Ã O ES B O Ç O D O L IV R O DE A G E U PAl AVRA-CHAVE T e m p lo : Espaço ou edifício destinado a cu lto religioso. Parte I - Reconstrução do Tem plo (1 .1 -15 ) ( 1 .1 ) ........................................Introdução. (1.2-1 1 ) ................................. Primeiro oráculo: exortação para a reconstrução do Templo. (1.1 2-1 5 ) ...............................Segundo oráculo: resposta e compromisso. Parte II - Esp lendor Futuro do T em p lo (2 .1 -23 ) (2 .1 -9 ) ....................................Terceiro oráculo: compromisso e promessas. (2.1 0 - 2 3 ) .............................. Quarto oráculo: decisões e bênçãos futuras. 'V____________________________________________________________________________________________ L iç õ e s B íb l ic a s 7 7 ta e oito versículos, dez falam da Casa de Deus em Jerusalém. R E S P O N D A 1. Quem em bargou a construção do Templo de Jerusalém, e quem depois vetou esse embargo? 2. Quem liderou os remanescentes de Judá no retorno de Babilônia para Jerusalém? 3. Qual o tema do liv ro de Ageu? I I . R E S P O N S A B IL ID A D E E O B R IG A Ç Õ E S 1. A d e s c u lp a do p o vo . Ageu inicia a mensagem com a fórmula profética que aponta para a autoridade divina (v.2). O povo, em débito que estava com o Eter no (v.2b), em vez de reivindicar o decreto de Ciro para continuar a construção do Templo, usou a desculpa de que não era tempo de construir. Por isso, o Senhor evita chamar Judá de “meu povo” , refer indo-se a eles como “este povo” . Em outras palavras, Deus não gostou da desculpa da nação (Jr 14.10,1 1). 2. In v e rs ã o de p r io r id a des (v v .3 ,4 ). O oráculo vo lta a dizer que a Palavra de Deus veio a Ageu (v.3). Ênfase que demonstra ser o discurso do profeta uma mensagem advinda diretamente do Senhor que, inclusive, t rouxe ra Judá de vo lta a Jerusalém para constru ir a sua Casa. Mas o povo preocupou-se mais em morar nas casas fo rradas , enq ua n to que o Templo, cujo embargo havia ocorr ido há 1 5 anos, continuava em total abandono (v.4). Era uma opção insensata. Os judeus negli SIN O PSE D O T Ó P IC O (1 ) O tema do livro de Ageu é a reconstrução do Templo. Dos trin- ρ 3 ι^ « * α · · κ !« · η ■ 3. Zorobabel. A profecia de Ageu foi d ן ir ig ida “a Zorobabel, | f i lho de Sealtiel, príncipe de Judá, § e a Josué, fi!ho de Jozadaque, o | sumo sacerdote” (v. l). Sob a sua ן l iderança e a do sacerdote Josué, ζ ou Jesua, fi lho de Jozadaque, os | remanescentes judeus retornaram $1 da Babilônia para Jerusalém (Ed 1 2.2; Ne 7.6, 7; 1 2.1). A promessa | divina dirigida a Zorobabel é mes- ן siânica(2.21-23), sendo que a pró- k pria l inhagem messiânica passa I por ele (Mt 1.12; Lc 3.27). Dessa forma, Jesus é o “Filho de Davi", ^ mas também de Zorobabel. 4. Estru tura e m ensagem . O livro consiste de quatro curtos ך I oráculos. O prime'ro foi entregue I “no sexto mês, no primeiro dia do I mês” (v.l) [mês hebraico de elul, ·j 29 de agosto]; o segundo, “no « sétimo mês, ao vigésimoprimeiro j do mês” (2.1) [mês de tisrei, 17 ! de outubro]; o terceiro e o quarto ! oráculos vieram no mesmo dia, o * “vigésimo quarto dia do mês nono” * (2.10,20) [mês de qufsleu, 18 de I dezembro]. A revelação foi dada di- jj retamente por Deus (w. 1,3). Ape s nas Ageu apresenta com tamanha 5 precisão as datas do recebimento | dos oráculos. O tema do livro é ן a reconstrução do Templo. Dos | 38 versículos div ididos em dois g capítulos, dez falam da Casa de § Deus, em Jerusalém (vv.2,4,8,9,14; I 2.3,7,9,15,18). Em o Novo Testa- mento, Ageu é citado uma única ן vez (2.6; Hb 12.26,27). 7 8 L iç õ e s B í b l ic a s t inha a bênção de Deus (v. 6). Tudo isso “ por causa da minha casa, que está deserta, e cada um ae vós corre à sua própr ia casa” (v. 9). Era o cast igo pela d e s o b e d iê n c ia (Dt 2 8 .3 8 -4 0 ) . Era o resu ltado da ingra t idão do povo. Por isso, o profeta convida a todos a ref le t i r (v.7). 2 . A s o lu ç ã o . Nem tu d o e s ta v a p e rd id o ! Deus e n v io u Ageu para apresentar uma saída ao povo. O Profeta deveria levar adiante o com prom isso assum i do com Deus: sub ir ao monte, cortar madeira e constru ir a Casa de Deus. Fazendo isso, o Senhor se agradaria de Israel e o nome do Eterno seria g lo r i f icado (v.8). Não era comum o povo e as au tor idades acatarem a mensagem dos profetas naqueles tempos. Oseias e Jeremias são exemplos clássicos disso, mas aqui foi d i ferente. O Espírito Santo atuou de maneira tão maravi lhosa, que o co r re u um v e rd a d e i ro av iva - mento e a construção do Templo prossegu iu sob a l iderança de Zorobabel e do sumo sacerdote Josué (v. 1 4). 3 . O S e g u n d o T e m p lo . Enquanto isso, na Pérsia, o novo rei Dario Histaspes pôs f im ao embargo. Ele colheu ofertas para a construção e deu ordens para não fa ltar nada durante o anda mento da obra. Ele ainda pediu oração ao povo de Deus em seu favor (Ed 6.7-10). Finalmente, o Templo foi inaugurado em 516 а.C., “no sexto ano de Dario” (Ed б.1 5). Esse é o segundo e o últ imo Templo de Jerusalém na história genciaram uma responsabil idade que, através do rei Ciro, o Alt ís s imo lhes a tr ibu íra (Ed 1.8-11; 5.14-16). O desprezo pela Casa do Alt íss imo representa o gesto de ingratidão do povo judeu (veja o reverso em Davi: 2 Sm 7.2). 3. Um c o n v ite à re flexão . No vers ícu lo cinco, vemos um apelo à consc iênc ia e ao bom senso, pois é o p ró p r io Deus quem fala. Tal exem plo mostra que d eve m o s para r e re f le t i r , a v a l ia n d o a s i tu açã o à nossa vo lta , percebendo, inclusive, o ag ir do Senhor. S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 ) A r e s p o n s a b i l i d a d e e as obrigações devem ser precedidas por uma reflexão cujo bom sen so e a consciência permite-nos conhecer o ag ir do Senhor em nossa volta. R E S P O N D A 4. O que representa o gesto de desprezo peta Casa de Deus? I I I . A E X O R T A Ç Ã O D IV IN A 1. C r is e e c o n ô m ic a . O profe ta fala sobre o trabalhar, o comer, o beber e o ves t i r como necessidades básicas, pois ga rantem a d ign idade do ser huma no. Mas temos aqui um quadro deploráve l da econom ia do país. A abundante semeadura p ro d u zia m u i to pouco. A quant idade de v íve res não era s u f ic ie n te para saciar a fome de todos. A bebida era escassa, a roupa de baixa qual idade e o salário não L ições B í b l ic a s 7 9 C O N C LU S à O A lição de Ageu tem muito a ensinar-nos. Não devemos encarar a nossa responsabilidade e compro misso como fardos pesados, mas recebê-los como algo sublime. É honra e privilégio fazer parte do pro jeto e do plano divinos, mesmo em situação adversa (At 5.41). Assim, somos encorajados por Jesus a atuar na seara do Mestre a fim de que a nossa luz brilhe diante dos homens e Deus seja glorificado (Mt 5.16). * d o s judeus. E assim, a presença | de Deus no Templo fez da glória ן da segunda Casa maior que a da primeira (2.9). $ _______________________________________ | S INO PSE D O T Ó P IC O (3 ) A presença de Deus no Tem- pio fez a glória da segunda Casa maior que a da primeira. R ES PO N D A 5 .0 que fez a glória da segunda Casa maior do que a da primeira? 8 0 I -içõii.s B íb l ic a s VOCABULÁRIO H egem onia: Supremacia, su perioridade. Em bargo: Impedimento, obs táculo. S o b re p u ja r: Exceder, u l t r a passar. Inósp ito : Lugar em que não se pode viver. AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO Subsíd io T e o ló g ic o “ A g e u [ ״ .] Ageu censurou os judeus por sua indiferença, e os repreendeu por constru írem as suas próprias casas enquanto a casa de Deus era negligenciada. Ele assegurou aos hab i tan te s de Jerusa lém que as adversidades que v inham so fren do eram castigos por sua apatia. Zorobabel fo i es t imu lado a dar a supervisão apropr iada à obra que t inham em mãos, e quando parecia que as revoltas na Babilônia podiam ainda ser bem sucedidas, ele parece ter sido considerado como o homem d iv inam ente ung ido, que deveria conduz ir Judá à independência. [...] O livro de Esdras passa em silêncio pelo período de cinqüenta e sete anos que se seguiram à conclu são do segundo Templo. No império persa, a morte de Dario I, em 486 a.C., foi seguida pela ascensão de seu f i lho Xerxes (486 - 465 a.C.). [...] Duran te este período, a comunidade judaica lutou, com co ragem, para sobrepujar a pobreza com que a terra fora assaltada, e esforçou-se duramente para arran car a lguma prosperidade do solo inóspito. Em outro tempo, porém, a orgulhosa capital ainda carregava os sinais de sua humilhação, e em bora o Templo estivesse concluído, a c idade a inda pe rm anec ia sem muros” (HARRISON, R. K. T e m p o s d o A n t i g o T e s ta m e n to : Um Con te x to S ocia l, P o lítico e C u ltu ra l. I .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp.285-86). B IB L IO G R A FIA S U G E R ID A HARRISON, R. K. T em p o s do A n tig o T es tam en to : Um Con texto Social, Político e C u ltu ra l. 1 .ed. Rio de Jane iro : CPAD, 2010 . MERRIL, Eugene H. H is tó r ia de Is ra e l no A n tig o T e s ta m ento : O re ino de sacerdotes que Deus co lo co u e n tre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007. SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD. n° 52, p.41. RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 1. Cambises, identif icado na Bíblia como Artaxerxes (Ed 4.7-23). 2. Zorobabel e Josué, f i lho de Jo- zadaque. 3. A reconstrução do Templo. 4. Representa o gesto de ingratidão do povo judeu. 5. A presença de Deus. v L iç õ ê s B í b l ic a s 81 Lição 1 2 23 de Dezembro de 2012 O R e in a d o M e s s iâ n ic o H IN O S SUGERIDOS 84. 258, 406 Q u arta - Jr 2 3 .5 ,6 Haverá completa segurança na terra Q uin ta - Zc 14.1 1 Jerusalém habitará segura Sexta - A t 3 .20 ,21 A restauração de todas as coisas Sábado - 2 Pe 3 .1 3 Esperamos novos céus e nova terra LEITURA DIARIA Segunda - Is 2 .2-4 A guerra não mais existirá Terça - Is 11.6-9 A plenitude da paz universal VERDADE PRÁTICA Jesus é tanto o Salvador do mundo, como Rei do Universo. “Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo ju s to ; sendo rei, reinará, e prosperará, e pra ticará o ju ízo e a justiça na te rra ” (Jr 23 .5 ). 8 2 L iç õ e s B íb l ic a s INTER A Ç ÃO Zacarias fo i contem porâneo do p ro fe ta Ageu. Ele teve um a série de visões d u ra n te os dois p rim e iro s anos das obras de reconstrução do Templo. Essas visões ob je tivavam in c ita r no povo â n i mo para o exercício do traba lho intenso na restauração do Templo. Os judeus estavam livres do exílio, m as o Templo não estava acabado. A reconstrução do Temple tra r ia um a nova esperança para os jud e us , pois a nação, no fu tu ro , tam bém seria res ta u ra da e sp ir itu a l mente. A p rim e ira e a segunda vinda de Jesus Cristo são, focalizadaspelas pro fecias de Zacarias, como cu m p ri m ento da esperança jud a ica . OBJETIVOS Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: C o m p r e e n d e r a estru tura e a m en sagem do l ivro de Zacarias. E x p l ic a r a promessa de restauração da nação. S a b e r que o re ino m ess iâ n ico é real. O R IE N TA Çà O PEDAGÓGICA Prezado professor, para q je os alunos com preendam com mais fac ilidade o conteúdo da lição, u ti l ize o esquema da página seguinte. Reproduza־o conform e as suas possib ilidades. Explique aos a lu nos que podem os destacar ao longo da profecia de Zacarias dois p ropós itos p r in cipais: Os capítu los 1 — 8 fo ram escritos para encora jar o remanescente ju d e u na construção do Tem plo, em Judá. Enquan to que nos capítulos 9 — 14 0 p ro fe ta tra ta de Israel e do Messias. O tem a do livro é o Messias de Israel, todavia, Jerusalém tam bém ocupa um espaço especial. Z a c a r ia s 1.1; 8 .1 -3 ,2 0 -2 3 Zaca r ias 1 1 - No oitavo mês do segundo ano de Dario, veio a pa lavra do SENHOR ao p ro fe ta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ido, dizendo: Zaca r ias 8 1 - Depois, veio a m im a pa la vra do SENHOR dos Exércitos, dizendo: 2 - Assim d iz o SENHOR dos Exércitos: Zelei p o r Sião com grande zelo e com grande in dignação zelei p o r ela. 3 - Assim d iz o SENHOR: Vol ta re i pa ra Sião e hab ita re i no k meio de Jerusalém; e Jerusalém chamar-se-á a cidade de verda de, e o monte do SENHOR dos Exércitos, monte de santidade. 20 - Assim d iz o SENHOR dos Exércitos: A inda sucederá que v irã o povos e h a b ita n te s de m uitas cidades; 21 - e os habitantes de uma cidade irão à outra , dizendo: Vamos depressa s u p lic a r o fa v o r do SENHOR e buscar o SENHOR dos Exércitos; eu tam bém irei. 22 - Assim, virão m uitos povos e poderosas nações buscar, em Jerusalém, o SENHOR dos Exércitos e sup licar a bênção j do SENHOR. | 2 3 - Assim diz o SENHOR dos I Exércitos: Naquele dia, sucede * rá que pegarão dez homens, I de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu , dizendo: Iremos ; convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco. LE ITU R A BÍBLICA EM CLASSE L iç õ e s B í b l ic a s 83 giosa e o avanço do secularismo colocavam Deus em últ imo plano. Por isso, tal como a história dos antepassados dos judeus, o Se nhor estava desgostoso daquela geração (1.2,3). 2. V id a p e s s o a l . Zacarias era de uma família sa cerdota l, assim como Jeremias (Jr 1.1) e Eze- quiel (Ez 1.3). Seu avô, Ido (1.1), era sacerdote e veio do exíl io à Jeru salém no grupo l idera do por Zorobabel, f i lho de Sea lt ie l , e Josué, f i lho de Jozadaque (Ne 12.1-4). Parece que “ Baraquias”, seu pai, faleceu quando o profeta ainda era criança. Assim, Zacarias fo ra então cr iado por seu avô. Isso pode ju s t i f ic a r a omissão do seu nome em Esdras, que o chama apenas de “f i lho de Ido” (Ed 5.1). O min is tér io profético de Zacarias foi mais extenso que o de Ageu, pois ele menc iona os oráculos entregues dois anos após o seu chamaao (7.1). PALAVRA-CHAVE M essias Pessoa na qua l se concretizavam as aspirações de salvação ou redenção. Nessa l ição, ve rem os que o l iv ro de Zacarias apresen ta os even tos do p o rv i r com o o e p í lo g o da h is tó r ia . O orácu lo do pro fe ta não fala a respeito de acon tec im entos e n ig máticos, mas de fatos rea is e c o m p r e e n s í veis. Qua lquer obser vado r atento à época atual veri f icará que as d e m a n d a s do nosso tem po apontam para um desfe cho d iv inamente escatológico. I. O L IV R O DE Z A C A R IA S 1. Contexto h istórico (1 .1 ). Zacarias e Ageu receberam os orá culos divinos no segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia, em 520 a.C. Conforme estudado anteriormente, a situação espir itu al de Judá é a mesma descrita no livro de Ageu. A indiferença reli- IN TR O D U Ç Ã O E S B O Ç O D O L IV R O D E Z A C A R IA S PRIMEIRA PARTE Palavras pro fé t icas e a reedificação do Tem plo ( ] .1 — 8.2 3) ■ Introdução (1.1 -6). ■ Série de oi to visões: [a] dos cavaleiros entre as murtas; [b] dos quatro chi fres e qua tros ferreiros; [c] dum homem medindo Jerusalém; [d] da pur if icação de Josué, o sumo sacerdote; [e] do castiçal de ouro e duas oliveiras; [f] do rolo voante; [g] da mulher num efa; [h] dos quatros carros (1.7 — 6.8). ■ A coroação de Josué como sumo sacerdote e o seu signi f icado profét ico (6.9-1 5). ■ Duas mensagens: O je jum e a just iça social; a restauração de Sião. (7.1— 8.23). SEGUNDA PARTE A pa lavra p ro fé t ica a respe ito de Israel e do M essias (9.1 — 1 4 .2 1 ) ■ Primeira profecia do Senhor: a intervenção tr iunfal do Senhor; a salvação messiânica; a rejeição do Messias (9.1 — 11.17). - Segunda profecia do Senhor: luto e conversão de Israel; a entronização do Rei Messias ^(12.1 — 14.2 1). y Texto adap tado cia “B íb lia de Estudo Pentecosta l", e d ita d a pe la CPAD. 8 4 L iç õ e s B íb l ic a s do Novo Testamento reconhecem a presença de Cristo e sua obra na história da redenção (Jr 31.1 5 cf. Mt 2.16,1 7; Os 11.1 cf. Mt2.15). Nesse caso, a citação de Zacarias 11.13 seria dos dois profetas. Entretanto, somente Jeremias é mencionado, porque ele é o profeta mais antigo e importante. Desse modo, temos a unidade literária. b) C o le tânea de p ro fe c ia s . A outra expl icação é apenas h i poté t ica . Seria uma coleção de o rácu los en tregues a Jeremias após a conc lusão de seu l ivro. Eles teriam sido preservados pelo povo e, mais tarde, incluídos por Zacarias na segunda parte dos seus oráculos. S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 ) * Os oráculos do l ivro de Zaca rias são apocalípticos. O assunto central é o surg imento do Messias de Israel. R E S P O N D A / . Q ua l o a ssu n to do liv ro de Zacarias? 2. Cite três p ro fec ias de Zacarias cum pridas em Jesus. I I . P R O M E S S A D E R E S T A U R A Ç Ã O 1. S ião . Zacarias in t ro d u z o oráculo com a usual fó rm u la profética (8.1). O discurso com e ça com a chancela de autoridade d iv in a : “Ass im d iz o SENHOR dos Exérc itos” (8 .2-4,6 ,7). Sião era orig ina lmente a forta leza que { Davi conqu is ta ra dos jebuseus, | tornando-se, a par t i r daí, a sua * 3. E s tru tu ra e m ensagem . Os oráculos de Zacarias são apoca lípticos. Eles foram entregues por v isão (capítulos 1— 6) e palavra (7— 14). O assunto do l ivro é o Messias de Israel. Mas Jerusalém ta m b é m ocupa espaço s ign í f i - cat ivo na profecia. Há diversas referências diretas e indiretas a Zacarias em o Novo Testamento (Zc 9.9 cf. Mt 2 1.5; Zc 11.13 cf. Mt 27.9,1 0; Zc 12.10; Ap 1 .7) .Av inda do Messias e os demais eventos e s c a to ló g ic o s p re d o m in a m os capítulos 9— 1 4. 4 . U n id a d e l i t e r á r ia . A respeito da unidade l i terária de Zacarias, as opiniões mais popula res estão divididas em três grupos principais: os que defendem a un i dade li terária; os que consideram os capítulos 9— 14 provenientes do período pré-exílio babilônico; e os que apontam para o período pós-exílio (os liberais). Esta ú lt ima ideia é descartada pelos críticos conservadores. A d i fe ren ça de e s t i lo l i t e rário é natural. Um au to r pode m udar seu est i lo com o te m p o e com o assunto a ser t ra tado. Em relação à passagem de Zacarias 1 1 .1 3 — o n d e o e v a n g e l i s ta Mateus a t r ib u i a u to r ia do seu conteúdo ao p ro fe ta je rem ias (cf. Mt 27.9) — há pelos menos duas expl icações: a) Combinação profética. Jere mias comprou um campo (Jr 32.6-9) e visitou a casa do oleiro Or 1 8.2). O An t igo Testamento é rico em detalhes para narrar a obra reden tora. Ele não se restringe apenas às profecias diretas. Os escritores LidJõEs B íb l ic a s 85 I I I . O R EIN O M E S S I N IC O 1. Λ p e rg u n ta p e la paz. Quando de um atentado terrorista no Iraque, que matou um diplomata brasileiro, o então secretário geral das Nações Unidas, Koff Annam, declarou: “Já não existe mais lugar seguro no mundo” . Diante disso, podemos perguntar: “É possível v iver num mundo de justiça, paz e segurança?” A Bíblia assevera que sim! O profeta Zacarias, mostrando a trajetória da humanidade, des creve a história espiritual de Israel e o futuro glorioso dejerusalém no Milênio (14.1 7 6,1 1, .(ו 2 . A p a z u n iv e r s a l . As Escrituras Sagradas falam de um período conhecido como Reino Messiânico (ou Milênio), em que o próprio Senhor Jesus Cristo rei nará por mil anos. Tribos, cidades, povos e nações achegar-se-ão a Deus pelo anúncio do evangelho. O contex to bíbl ico permite-nos dizer que essa profecia (8.20-22) é escatológica e aponta para a res tauração dejerusa lém no Milênio (2.1 1: 3.1 0: Is 2.2-4: Mq 4.1-4). Nessa época, Israel estará plena mente restaurado tanto nacional quanto espir itualmente. 3. A o rla da v e s te de um ju d e u (8 .2 3 ) . A expressão “ ra- quele d ia” é escatológica (2.11; -Os 2.1 6; Jl 3.1 8). Aqui, ela refere ן | se ao M i lên io . O n úm ero dez indica quantidade indefinida (Nm 14.22; 1 Sm 1.8; Ne 4.1 2). O ter mo “ju d e u ” no Ant igo Testamento a pa re ce f r e q u e n te m e n t e nos livros de Esdras e Neemias. Fora deles, só aparece em Ester e ta m bém em Jeremias. A vestimenta p ■ ................. — .............. cidade (2 Sm 5.6-9). Com o passar do tempo, veio a ser um nome al ternativo dejerusalém semelhante à descrição de Zacarias 8.3. 2. O ze lo do Senhor (8 .2 ) . Jeová declara a si mesmo como Deus “ze loso ” (Êx 20.5), e este é um dos seus nomes (Êx 34.14). Tal zelo diz respeito à sua san t idade, cuja v iolação não pode f icar impune Qs 24.19). O zelo do Senhor ainda é manifestado como ind ignação quando o seu povo é truc idado por estrange i ros. Aos opressores, Deus há de açoitar (1.14,15). 3. R estauração de Jerusa lém . A palavra profética anuncia: “Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém” (8.3b). Após a lição dos 70 anos de cativeiro, o ' Senhor se volta com zelo ao seu povo. Mas a promessa é para o futuro, quando Jerusalém tornar- se uma “cidade de verdade [...] monte de santidade” (8.3b). Te mos aqui, uma reiteração do que disseram Zacarias (1.16; 2.10) e os demais profetas antes dos cati veiros assírio e babilônico (Is 1.16; Ez 36.35-38; Sf 3.13-1 7). S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 ) A restauração de je rusa lém é uma promessa futura, pois quan do ela tornar-se uma “cidade de verdade [...] monte de santidade” , a promessa será cumprida. R E S P O N D A £ 3. Como o zelo de Jeová p o r Sião e Jerusa lém é m an ifes tad o em I Zacarias 8.3? 8 6 L iç õ e s B íb l ic a s REFLEXÃO R E S P O N D A 4. Como se cham a o re ino de C ris to de m il anos? 5. O que s ign ifica peg a r na veste de um ju d e u em Zacarias 8.23? C O N C L U S à O Diante do exposto, podemos concluir: se todas as profecias so bre os impérios passados e acerca da p r im e i ra v in d a do Messias cumpriram-se f ie lmente, as pro fecias escatológicas igua lmente se cumprirão. Os acontecimentos atuais por si só começam a confir mar essa realidade. do judeu era de fácil identificação (Nm 1 5.38; Dt 22.1 2). E “agarrar- se à or la de sua ve s te ” ind ica o desejo e o anseio do m undo gentio em desfru tar as bênçãos e os pr iv i lég ios de Israel. Portanto, se a queda de Israel representou a r iqueza do m undo , qual não será a g lór ia dos gentios na sua plenitude? (Rm 11.11-14). S IN O P S E D O T Ó P IC O ( 3 ) . O R e in o M e s s iâ n ic o é o p e r ío d o o n d e to d o o m u n d o des fru ta rá da verdade ira paz do Messias de Israel. “O Messias veio como um servo p a ra m o rre r p o r nós. Ele vo lta rá como um Rei vitorioso. Submeta- se à sua lide rança agora , a fim de que você esteja p ro n to p a ra o re to rn o tr iu n fa n te do Rei.’’ Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal ״׳*> ♦ L iç õ e s B íb l ic a s 8 7 VOCABULÁRIO Enigm ático: Difícil de compre ender ou interpretar. SecuJarismo: Doutrina que ignora os princípios espirituais na con dução dos negócios humanos. O secularismo, ou materialismo, tem o homem, e somente o homem, como medida de todas as coisas. H ipo tético : Duvidoso, incerto. Trucidado: Morto com crueldade. R eiteração: Repetição. B IB LIO G R A FIA SU G ER ID A HARRISON, R. K. Tem pos do A ntigo Testam ento : Um Con- texto Social, Político e C u ltu ra l. l .e d . Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 1 0 . SOARES, Esequias. O M in is té rio P ro fé tico na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. ZUCK, Roy B (Ed.). T eo lo g ia do A n tig o Testam en to . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009. SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD, n°52, p.42 r \־ RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 1. O Messias de Israel. 2. Zc 9.9 cf. Mt 21.1 5; 11.13 cf. Mt 27.9,10; 12.10 cf. Jo 10.37. 3. “Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém” (8.3a). 4. Reino Messiânico ou Milênio. 5. Indica o desejo e o anseio do mun do gentio em desfrutar as bênçãos e os priv ilégios de Israel. AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I'' Subsídio Sociológico “Zacarias, que profetizou per to do fim de outono de 520 a.C., também aguardava ansiosamente pela libertação da nação do domínio estrangeiro, e com confiança espe rava que um povo renovado fosse governado por um descendente da casa de Davi. Ele deu continuidade ao trabalho de Ageu ao apressar a conclusão do segundo Templo; e em 5 1 5 a.C, cerca de setenta anos após a destruição da primeira cons trução, o seu sucessor foi consa grado. Embora os persas tivessem designado Tatenai como o governa dor militar de Judá (Ed 6.1 3), incen tivaram o estado a funcionar como uma comunidade religiosa em vez S| de política, com o sumo-sacerdote Josias em seu comando. Quanto a Zorobabel, não se sabe se morreu ou se foi destituído do cargo pelos persas, como medida preventiva. Em todo caso, a situação política em Judá parece ter sido estabili zada pelo estabelecimento de um sistema teocrático apoiado pelo governo persa” (HARRISON, R. K. Tem pos do A n tig o Testam ento: Um Contexto Social, Político e Cut- tu ra l. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 8 8 L iç Oes B íb l ic a s r AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II Subsídio Teológico “O fu tu ro p ro g ra m a de Deus para o povo Zacarias teve uma visão escatológica m uito mais detalhada e completa que os outros profetas menores dos séculos VI e V. [...] Embora o tom global permaneça otimista, o profeta previu que a liderança do Senhor seria rejeitada, o que necessitaria ju lgam ento purif icador. O Senhor, porém, intervirá a favor do povo em uma batalha culminante. Isto levará ao arrependimento o povo e à con cessão das bênçãos divinas. A restauração de Jerusalém é central aos capítulos 1 a 8. Ao declarar a p ro funda l igação emocional com a cidade, o Senhor promete restaurar-lhe a prosperidade (Zc 2.10,11; 8.1-5). Tomará residência uma vez mais em Sião (Zc 2.1 0,1 1 ;8.3) e sobrenatura l mente a protegerá (Zc 2.5). O foco da cidade restaurada será a habitação de Deus, o Templo reconstruído (Zc 1.17). Esses residen tes da cidade que ainda estão no exílio vo ltarão em grandes levas (Zc 2.4,6,7; 8.7,8). Sinais das bênçãos divinas serão visíveis nas ruas da cidade, onde os que chegarem a uma idade madura verão crianças br incando contentemente (Zc 8.4,5). Embora muitos se maravi lhem com esta reversão na situação de Sião, o Senhor todo Todo-Poderoso não compart i lhará desse assombro, pois nada está acima do seu poder (v.6). [...] Os capítulos de 1 a 8 de Zacarias também foca a liderança da je rusa lém restaurada. Sacerdotes e rei desempenham papéis pro eminentes nestes capítulos. Na quarta visão noturnado profeta (Zc 3.1 -1 0), ele tes temunhou a purif icação de Josué, o sumo sacerdote na comunidade pós-exílica daquela época. As Vestes sujas’ de Josué, símbolo do pecado, foram trocadas por ‘vestes novas’ e uma mitra l impa lhe foi colocada na cabeça (Zc 3.3-5). O Senhor encarregou Josué de obedecer aos mandamentos e prometeu recompensar-lhe a obediência, dando-lhe autor idade sobre o serviço do Templo e acesso ao conselho de Deus (vv. 6,7). Claro que a mensagem se aplica à nação inteira, porque Josué, como sumo sacerdote, representava o povo. O fa to de ter sido l impo s imbolizava o resta belecimento da nação como um todo e, mais part icu larmente, dos sacerdotes que faziam mediação entre Deus e o p o vo ” (ZUCK, Roy B (Ed.). T e o lo g ia do A n tig o T e s ta m e n to . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, pp.457-58). V Lições Bíblicas 8 9 Lição 1 3 30 de Dezembro de 2012 M a l a q u ia s — A Sa c r a l i - d a d e d a Fa m íl ia TEXTO ÁUREO “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e i serão ambos uma carne” (Gn 2 .24 ). H IN O S SUGERIDOS 581, 596, 597 LEITURA DIARIA Segunda-S I 128*3,4 O modelo da família S exta-S I 133.1 A comunhão no âmbito familiar Sábado - T t 2.2-6 A família que agrada a Deus VERDADE PRÁTICA É da vontade expressa de Deus que levemos a sério o nosso relaciona mento com Ele, com a família e com a sociedade. Quarta - Ef 5.25-28 Amor sacrifical na família Quinta - Ef 6.1-3 Obediência na família Terça - Ef 5.22-24 Submissão na família 9 0 L ic õ e s B íb lica s Comumente isolamos um assunto de determ inado contexto lite rá r io igno rando o tema cen tra l daquela obra. O liv ro de M a laqu ias é o exem plo perfeito disso. Quando falam os nele, pensamos logo em “dízimo". É como se “M alaquias” e “d íz im oJ fossem termos am algamados. No entanto, veremos que o assunto predominante do profeta Malaquias não é o dízimo (este apenas é tra tado num contexto de corrupção sacerdotal e da nação), mas co n tra ria mente, é o relacionam ento fam iiia^ e civil entre o povo judeu que constituem o seu tema p rinc ipa l L -A INTERAÇÃO & OBJETIVOS Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: r Expl icar o contexto social, a estrutura e a mensagem do livro de Malaquias. R e c o n h e c e r quais são as im p l ica ções de um péssimo re lac ionamen to famil iar. C o n s c ie n t iz a r -s e que é vontade de Deus v ivermos um bom relaciona mento na famíl ia e na sociedade. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Prezado professor, chegamos a ú lt im a lição desse tr im estre . Estudamos os doze liv ros dos Profetas Menores. Suge rimos que você inicie a aula dessa sema na fazendo uma recapitu lação dos p ro fetas estudados anterio rm ente . Pergunte aos alunos qual o profe ta que eles mais gostaram e o porquê. Você tam bém pode re lem brar o período h is tórico dos profetas e o propós ito dos livros. Para aux il ia r na recapitu lação, u til ize o es quema da Orientação Didática da Lição 1. E para in tro d u z ir a lição de hoje, use o esquema da página seguinte, m ostran do aos alunos um panorama geral do liv ro de Malaquias. L E IT U R A B ÍB L IC A EM CLASSE Malaquias 3.1; 2.10-16 Malaquias 1 I - Peso da palavra do SENHOR contra Israel, pelo ministério de Malaquias. Malaquias 2 10 - Não temos nós todos um mesmo Pai? Não nos criou um mesmo Deus? Por que seremos desleais uns para com os outros, profanando o concerto de nossos pais? I I -Judá fo i desleal, e abomina- ção se cometeu em Israel e em Je rusalém; porque Judá profanou a santidade do SENHOR, a qual ele ama, e se casou com a filha de deus estranho. 1 2 - 0 SENHOR extirpará das tendas de Jacó o homem que fizer isso, o que vela, e o que responde, e o que oferece dons ao SENHOR dos Exércitos. 1 3 - Ainda fazeis isto: cobris o a lta r do SENHOR de lágrimas, de choros e de gemidos; de sor te que ele não olha mais para a oferta, nem a aceitará com prazer da vossa mão. 14 - E dizeis: Por quê? Porque o SENHOR foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher do teu concerto. 1 5 - £ não fez ele somente um, sobejando-lhe espírito? E por que somente um? Ele buscava uma semente de piedosos; portanto, guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja desleal para com a mulher da sua mocidade. 1 6 - Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que aborrece o repúdio e aquele que encobre a violência com a sua veste, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, guardai-vos em vosso espírito e ,não seja is desleais. L ic õ e s B íb lic a s 913 político, religioso e social do livro em apreço. a) O g o v e rn a d o r de Judá. Jerusalém era governada por um pehah, palavra de origem acádica traduzida por “príncipe” na ARC (Almeida Revista e Corrigida), ou “governador” , na ARA e TB (1.8). O termo indica um governador persa e é apl icado a Neemias (Ne 5.14). O seu equi valente na língua persa é tirsh a ta (“tirsata, go vernador” , cf. Ed 2.63; Ne 7.65; 8.9; 10.1). A profecia mostra que o templo de Jerusalém já havia sido reconstruído e a prática dos sacri fícios, retomada (1.7-1 0). b) A ind iferença relig iosa. As principais denúncias de Malaquias são contra a lassidão e o afrouxa mento moral dos levitas (1.6); o divórcio e o casamento com mu lheres estrangeiras (2.1 0-1 6); e o descuido com os dízimos (3.7-1 2). Tudo isso aponta para o período em que Neemias ausentou-se de Jerusalém (Ne 13.4-13,23-28). O primeiro período de seu governo No presente estudo, veremos que a mensagem de Malaquias enfoca a sacralidade do relaciona mento com o Altíssimo e com a família. Duran te o exíl io na Babilônia, a idolatria de Judá fora defin it ivamente erradi cada. A questão agora era outra: o relaciona m e n to do povo com Deus e com a família. E tais relacionamentos precisavam ser encarados com mais piedade e temor. I. O L IV R O DE M A L A Q U IA S 1. C o n texto h is tó r ic o . O l ivro não menciona diretamente \ o reinado em que Malaquias exer- ceu seu ministério. Também não ן informa o nome do seu pai, nem o seu local de nascimento. Isso é observável também nos livros de Obadias e Habacuque. Não obs- ί tante, há evidências internas que L permitem identi f icar o contexto IN TR O D U Ç Ã O PALAVRAS CHAVE Fam ília: Pessoas aparentadas, que vivem, em geral, na mesma casa, particularmente o pai, a mãe e os filhos. E S B O Ç O D O L IV R O DE M A L A Q U IA S In trod ução (1 -1 ) Parte I: A M ensagem do Senhor (1 ,2 — 3 .18 ) Primeiro oráculo: o amor de Deus por Israel................... ,................................................(1.2-5) Segundo oráculo: pecados dos sacerdotes...............................................................(1 .6 — 2.9) Terceiro oráculo: pecados da comunidade..................................................................... (2.10-16) Quarto oráculo: a just iça d i v i n a ............................................................................... .(2.1 7 — 3.5) Quinto oráculo: ofensas r i tua is ............................................................................................ (3.6-12) Sexto oráculo: os servos de Deus...................................................................................... (3.13-18) Parte II: O Dia do Senhor (4 .1-6) Para o arrogante e malfe i to r ......................................................................................................... (v . l ) Um dia de tr iunfo para os ju s to s ............................................................................................. (v.2,3) Restauração dos relacionamentos entre pais e f i lhos e entre o Povo de D e u s ....... (v.4-6) 92 LrçOss B íb lic a s REFLEXÃO Malaquias nos dá d ire trizes práticas sobre nosso compromisso com Deus: o Senhor merece o m elhor que tivermosa oferecer. ” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal / escribas e o desper ן tam en to d a ■ ! nação de Judá. I R E S P O N D A I /. Por que entendemos que Mala-m quias é o nome do p ro fe ta? I 2. Qual o assunto do liv ro de Ma-m laquias? I I I . O JU G O D E S IG U A L i 1. A p a te rn id ad e de Deus (2.10). A ideia de que Deus é o i Pai de todos os seres humanos é b ib l icamente válida. O Ant igo Testam ento expressa que essa paternidade refere-se a Israel (Êx 4.22,23; Jr 31.9; Os 1 1.1), A cria ção div ina dá base para isso, em bora não garanta uma relação pes- soai com Ele (At 1 7.28,29). Jesus, porém, fez-nos f i lhos de Deus por adoção. Por isso, temos liberdade e direito de chamar ao Senhor de ־ Pai (Mt 6.9; Jo 1.12; Gl 4.6). 3. A d es le a ld ad e . O termo “desleal” aparece cinco vezes nes sa seção (2.1 0,1 1,14-1 6). Trata-se do verbo hebraico bagad, que sig nif ica “agir t ra içoeiramente, agir com in f ide l idade” . Não p ro fanar ' o concerto dos pais — estabele- ׳ cido no Sinai (2.10) que proíbe a / união matr imonia l com c ô n ju g e s ! deu-se entre os anos 20 e 32 do rei Artaxerxes (Ne 5.1 4) e eqüivale a 445-433 a.C. 2. V ida pessoal de M ala- q u ias . A expressão “pelo min is tério de Malaquias” (1.1) é tudo o que sabemos sobre sua v ida pessoal. A forma hebraica do seu nome é m a l’achi, que s ign if ica “meu mensageiro” . A Septuagin- ta t raduz por angelo sou (“ seu mensageiro, seu anjo”). O te rmo é ambíguo, pois pode referir-se a um nome própr io ou a um títu lo (3.1). No entan to , en tendem os que Malaquias é o nome do pro feta, uma vez que nenhum livro dos doze p ro fe ta s m enores é anônimo. Por que com Malaquias seria diferente? 3. E s tru tu ra e m ensagem . A profecia começa com a palavra hebra ica m assá — “ peso, sen tença pesada, oráculo, p ro n u n ciamento, profecia” (1.1; Hc 1.1; Zc 9.1; 12.1). O discurso é um sermão contínuo com perguntas re tó r icas que fo rm a m uma só unidade literária. São três os seus capítulos na Bíblia Hebraica, pois seis versículos do capítulo quatro foram deslocados para o final do capítulo três. O assunto do livro é a denúncia contra a formalidade re l ig iosa : p rá t ica gene ra l izada com os fa r iseus e escr ibas na época do m in is té r io te rreno de Jesus (Mt 23.2-7). S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 ) O tema do livro de Malaquias é a denúncia contra a formalidade religiosa, a prática da corrupção generalizada entre os fariseus e REFLEXÃO "Jesus nos fez filhos de Deus por adoção. Por isso, podemos cham ar Deus de nosso Pai." Esequias Soares [...] se casou com a fi lha de deus estranho” (2.11b). A expressão indica m u lhe r pagã e idó latra. E mais adiante inclui também o divórcio (2.1 3-1 6). SINO PSE D O T Ó P IC O (2 ) O jugo desigual ou casamen to misto, é a união matr imonial de um homem ou uma mulher com alguém descrente. O profeta chama isso de abominação ou profanação. R E S P O N D A 3. Quais pecados são colocados no mesmo p a ta m ar do casamento misLü e do d ivó rc io? I I I . D EU S O D E IA O D IV Ó R C IO 1. O re lac ionam ento con ju g a l (2 .1 1 -1 3 ). Malaquias é o único livro da Bíblia que descreve o efeito devastador do divórcio na família, na Igreja e na sociedade. As lágrimas, os choros e os gemi dos descritos aqui são das espo sas judias repudiadas. Elas eram santas e p iedosas, mas fo ram injustiçadas ao serem substituídas por mulheres idólatras e profanas. As israelitas não t inham a quem recorrer. Nada podiam fazer senão derramar a alma diante de Deus. Por essa razão, o Eterno não mais aceitou as ofertas de Judá (2.1 3). Isso vale para os nossos dias. Deus não ouve a oração daqueles que tra tam in justamente o seu cônjuge (1 Pe 3.7). O marido deve amar a sua esposa como Cristo ama a Igreja (Ef 5.25-29). estrangeiros (Dt 7.1-4) — é uma instrução rati f icada em o Novo Testamento (2 Co 6.14-16,18). O profeta retoma essa questão em seguida. 4 . O c a s a m e n to m is to (2.1 1). É a união matrimonial de um homem ou uma mulher com al guém descrente. O profeta chama isso de abominação e profanação. Os envolvidos são ameaçados de extermínio jun tamente com toda a sua família (2.1 2). a) Abominação. O termo he braico para “abominação” é toevah 1 e diz respeito a alguma coisa ou Í prática repulsiva, detestável e ofensiva. A Bíblia aplica-o à idolatria, ao sacrifício de crianças, às práticas homossexuais, etc. (Dt 7.25; 1 2.31; Lv 18.22; 20.13). Trata-se de um termo muito forte, mas o profeta coloca todos esses pecados no mesmo patamar (2.1 1). b) P ro fa n a çã o . P ro fano é aquele que trata o sagrado como se fosse com um (Lv 10.10; Hb 1 2.16). A “santidade do SENHOR”, que Judá p ro fanou (2.11), d iz ̂ respeito ao Segundo Templo, pois Ι em seguida o oráculo explica: “a 1 qual ele ama” . A violação do altar ι já fora denunciada antes (1.7-1 0). \ Mas aqui Malaquias cons idera o casamento misto como trans- l gressão da Lei de Moisés: “Judá 94 L içõ e s B íb lic a s cio ( 2 . 6 Ele ordena que “ninguém .(ן seja desleal para com a mulher da sua mocidade” (2.1 5). S IN O P S E D O T Ó P IC O ( 3 ) A p o l ig a m ia e o d iv ó r c io são obs tácu los aos p ro pó s i to s divinos. R E S P O N D A 4. Por que todos nós devem os leva r a sério o casam ento? 5. Por que Deus aborrece o d i vórcio? C O N C L U S à O A sacralidade do relaciona mento familiar deve ser levada em consideração por todos os cristãos. Todos devem levar isso a sério, pois o casamento é de origem divina e indissolúvel, devendo, portanto, ser honrado e venerado. 2 . O com prom isso do ca- sarn en to . Os votos solenes de f idel idade mútua entre os noivos num a ce r im ôn ia de casam ento não são um acordo t ra n s i tó r io com data de validade, mas “um contrato ju r íd ico de união espir i tua l” (Myer Pearlman). O própr io Deus coloca-se como testemunha desse contrato. Por isso, a ruptura de um casamento é deslealdade e traição (2.1 4). A reação divina con tra tal perfídia é contundente. 3. A v o n ta d e de D eus. A construção gramatical hebraica do versículo 15 é difícil. Mas muitos entendem o seu significado como defesa da monogamia. Deus criou apenas uma só m ulher para Adão, tendo em vista a formação de uma descendência piedosa (2.15). A poligamia e o divórcio são obstácu los aos propósitos divinos. É uma desgraça para a família! Por isso, o Altíssimo aborrece e odeia o divór “Deus não ouve a oração daqueles que tra tam t *À * *mk injustam ente o seu cônjuge." Am ** Esequias Soares · ■r. L iç õ e s B í b l ic a s 9 5 VOCABULÁRIO Lass id ão : Prostação de forças, cansaço. P urgar: Tornar puro, purificar. P erfíd ia : Deslealdade, traição. BIBLIOGRAFIA SUGERIDA HARRISON, R. K. Tem pos do An tig o Testam ento: Um Contexto Social, Político e Cultural, ].ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. MERRIL, Eugene H. H is tó ria de Israel no A n tigo Testam ento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007. SOARES, Esequias. O M in is té r io P ro fé tico na B íblia: A voz âe Deus na Terra. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. ZUCK, Roy B (Ed.). T eo lo g ia do A ntigo T es tam en to . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009. , SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão CPAD n°52. p.42. J RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 1. Porque nenhum liv ro dos doze profetas menores é anônimo. 2. O assunto do livro é a denúncia contra a formalidade religiosa: prá tica genera lizada com os fariseus e escribas na época do m in is té rio terreno de Jesus (Mt 23.2-7). 3. A idolatria, ao sacrifício de crian ças, às práticas homossexuais, etc. 4 . Porque o casamento é de origem divina e indissolúvel. 5. Porque é uma desgraça para a família. _̂AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO Ί Subsídio Teológico “M alaq u ias , o p ro fe ta [...]Deus sempre amou seu povo, dizia Malaquias, mas este j nunca havia assimilado a profun didade deste amor, e na verdade retribuía-0 com desonra e desobedi ência (Ml 1.6-1 4). Tudo isto pode ser visto na própria indiferença do povo para com as ofertas, pois enquanto se em penhavam em im portar o melhor para suas próprias casas, os sacrifícios eram da pior espécie, com animais cegos e doentes. Os próprios sacerdotes se voltavam contra Deus, violando abertamente o compromisso de levitas (Ml 2.8). Além disso, muitos judeus tinham se divorciado de suas mulheres, sinalizando assim seu descaso para com os ensinamentos das Escrituras (Ml 2.1 0). Como resultado, o Senhor enviaria seu mensageiro messiâ nico para purgar o mal enraizado no coração do povo e purificar um remanescente que andaria diante da presença do Senhor em verdade” j (MERRIL, Eugene H. H is tó r ia de ; Is ra e l no A n tig o Testam ento : O re ino de sacerdotes que Deus colo cou entre as nações. 6.ed. Rio de laneiro: CPAD, 2007, pp.548-49). ^ — 1' 9 6 L iç õ e s B í b i .ic a s Vincent - Estudo no Vocabulário Grego do Novo Testamento A obra de Marvin R. Vincent reúne um comentário exegético e um estudo léxico- gramatical conduzindo o leitor para mais perto do ponto de vista de um estudioso da língua grega. Publicado pela primeira vez nos EUA, no final do século XIX, este livro continua sendo uma referência obrigatória para todos aqueles que querem conhecer a idéia original dos vocábulos neotestamentários no sentido léxico, etimológrco e histórico e no uso dos diferentes escritores do novo testamento. Neste primeiro volume você encontrará os estudos dos seguintes livros do Novo Testamento: Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos dos Apóstolos, Tiago, I Pedro, II Pedro e Judas. Fstiido n o Vocabulário G re g o do N o vo I e s t a m e n t o N35 melhores :ivKuias cjj peJos ·.e!etones 0 8 0 0 021 7 3 7 3 DemaJz /cca/fctodos 3171 2 7 2 3 CMD Mavcrpia do fiw o'c־ Jü/jaro ww w כ· p a d C O f í i . b Leia a Palavra o* Deustvז w v i . c r< ·s r t . c η 0 r זוז / r o d u s s o c ! a*, s