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Controle de Qualidade das Plantas Medicinais e seus Produtos
O hábito de empregar plantas no restabelecimento da saúde pelos próprios membros da comunidade, comum a todos os povos e quase esquecido por décadas, vem, nos últimos anos, se tornando a cada dia mais intenso em todo o mundo civilizado, inclusive no Brasil. Entretanto os meios de produção e de controle dessas plantas usadas como parte deste arsenal terapêutico auxiliar de saúde pública ainda não tem recebido dos órgãos responsáveis pelo assunto, os cuidados necessários ao seu desenvolvimento. Há, inclusive, falta de profissionais capazes de garantir ao consumidor o acesso às ervas de boa qualidade, a exemplo dos famosos "Chijiao yisheng", os doutores de pés descalços da China continental. 
O sistema adotado no exercício do trabalho desses auxiliares de saúde, que deveria nos servir de exemplo a ser imitado, é orientado por dois grandes centros de estudo de plantas medicinais, o de Pekim e o de Tientsin, onde centenas de pesquisadores estão dedicados ao trabalho de avaliação das propriedades terapêuticas das plantas reputadas como medicinais, à formação de pessoal habilitado a reconhecê-las, cultivá-las e a aplicá-las. Paralelamente são desenvolvidos estudos químicos com vista ao isolamento e determinação das propriedades farmacológicas de princípios ativos que tem levado à descoberta de importantes agentes medicamentosos como a artemisinina, um novo e eficiente antimalárico natural recentemente introduzido na terapêutica.
No Brasil, especialmente no Nordeste e região Amazônica, embora existam inúmeros fitoterápicos produzidos industrialmente, a maioria das plantas medicinais é utilizada na forma de planta fresca colhida pelo próprio consumidor, ou como plantas secas empacotadas ou, ainda, adquiridas a granel no comércio. No caso das plantas frescas seu controle de qualidade depende de consegui-las em pequenos cultivos caseiros ou comunitários enquanto as plantas secas, que são usadas em maior escala, podem ser conseguidas em pequenos pacotes produzidos pela indústria de chás, embora, em sua maioria, sejam adquiridas pelo povo nos populares raizeiros que as comercializam em feiras e mercados. 
Neste caso a qualidade do material só pode ser garantida com base no conhecimento do vendedor que varia, desde o que se espera de um simples homem do campo até o repositório acumulado ao longo do tempo por um raizeiro verdadeiramente tradicional. Neste último caso, sua formação representa a cultura repassada de geração a geração, mas no primeiro caso, na maioria das vezes não passa de uma mera forma de garantir a sobrevivência, sem base na experiência tradicional. 
A melhor forma para efetuar o controle de qualidade dos produtos usados pela população sejam partes de plantas frescas ou secas para chás, sejam preparações fitoterápicas artesanais ou farmacotécnicas é assegurar uma correta sequência de operações desde o plantio, coleta e preparação preliminar, da planta certa até o produto final que chega ao usuário, conforme se explica a seguir: 
1 – Controle do plantio: 
Só deveriam ser plantadas em hortas caseiras ou comunitárias espécies de plantas devidamente identificadas e que tenham respaldo científico, mesmo que sejam recomendadas por terapeutas práticos, leigos ou familiares. 
2 – Controle da coleta: 
Só deverão ser colhidas partes das plantas, tanto das cultivadas como das silvestres, que estejam bem desenvolvidas sem marcas de pragas, doenças ou deficiências nutricionais. Nunca coletar quantidade maior do que a que pode ser usada dentro de um período de coleta (dia ou semana). 
3 – Controle da preparação preliminar: 
Cuidar para que durante a coleta, separação das partes da planta e, quando necessário, sua secagem, sejam feitas sob cuidados higiénicos e corretamente, evitando sempre a ação direta do sol, não deixar a planta em ambiente úmido para evitar o crescimento de mofo, não deixar a planta em contato com chão ou sob poeira ou chuva. Não deixar as plantas frescas na geladeira pôr mais de uma semana dentro de sacos plásticos, nem as plantas secas guardadas por mais de três meses. 
4 – Controle do produto final: 
Mesmo no caso de plantas frescas o produto final que é recebido pelo consumidor deve estar mantido antes da entrega ao abrigo do sol, do calor e da poeira. Deve ser identificado por um rótulo no qual deve constar a data da preparação e outras informações pertinentes, indicadas pelo farmacêutico. 
Preparação de Plantas Secas e Formas de Sua Utilização nas Práticas caseiras
Veremos agora à descrição das técnicas de coleta, dessecação, armazenamento e preparação das partes vegetais com vista a sua utilização correta como fitoterápico. Inclui a lista dos termos que designam as diversas preparações artesanais e descrições sucintas das respectivas técnicas. 
A secagem das plantas medicinais é uma etapa da preparação de plantas normalmente feita para atender às necessidades da indústria farmacêutica de fitoterápicos, que não tem meios para usar plantas frescas nas quantidades exigidas para produção industrial. Mesmo quando coletada em horta caseira ou comunitária, onde a regra é o uso de plantas frescas, é preciso, muitas vezes, conservar e usar partes secas das plantas (as chamadas drogas vegetais), o que se consegue empregando processos adequados a esta operação. 
O material a ser submetido a secagem pode ser constituído de folhas (ex.: eucalipto), flores (ex.: 11. botões florais (ex.: cravo-da-índia), frutos (ex.: sucupira branca), casca (ex.: aroeira), raízes (ex.: ipecacuanha) e tubérculos (ex.: batata-de-purga). A maneira de secá-los e guardá-los e deveras importante para que suas qualidades medicinais não se percam durante a secagem e armazenagem. 
Alguns princípios gerais para secagem de plantas medicinais são descritos a seguir, item por item, referentes aos casos mais comuns. 
1 - Folhas: 
As folhas devem ser colhidas quando apresentarem aspecto sadio e bom desenvolvimento sem sinais de envelhecimento, doenças e pragas. A secagem deve ser feita à sombra, em área coberta, limpa e ventilada, colocando-se as em camadas finas que devem ser remexidas periodicamente, para evitar que somente as de cima fiquem bem secas, o que, geralmente, nestas condições, demora 3 a 5 dias. Quando não se dispõem de condições naturais de calor e vento, a secagem pode ser feita em estufa ou, para pequenas quantidades, em forno de micro-ondas. Um bom secador pode ser feito, improvisando-se com um secador de roupas comum no qual são colocadas telas, deixando-o a 50 cm de um teto de telha de cimento-amianto. Brotos ou gomos foliares, como os da goiabeira, devem ser usados ainda frescos não havendo necessidade de secá-los. 
2 – Cascas: 
As cascas devem ser colhidas de plantas adultas e sadias sendo recomendável retirá-las em pequenos pedaços, apenas de um dos lados da planta, de cada vez. A retirada de grandes pedaços principalmente circundando o caule, provocará a morte da planta. Antes de retirá-las deve-se proceder a uma leve raspagem para eliminar a superfície impregnada de líquens, poeira ou insetos. As cascas devem ser em seguida, lavadas rapidamente em água corrente e depois secas ao sol ou em estufa. Quando for necessário pode-se fazer uma estabilização, mantendo-as por cerca de 3 minutos em etapas sucessivas por três vezes, em forno de micro-ondas ou, se isto não for viável, usando-se uma estufa pré-aquecida a 110°C para dar um choque térmico no material e deixando-se, logo em seguida, a temperatura estabilizar entre 50 a 60°C por 24 a 48 horas. As cascas depois de secas devem ser guardadas em local sem umidade e ventilado, verificando-se, frequentemente, a ausência de desenvolvimento de mofo ou de fermentação, que quando ocorrem, as tornam imprestáveis. 
3 - Raízes: 
As raízes, logo que arrancadas do solo, devem ser rapidamente lavadas em água corrente para retirada do solo que ficam aderidas e, imediatamente, examinadas para se avaliar sua sanidade. Raízes com partes atacadas por fungos ou vermes, apresentando nódulos ou particularidadesdiferentes das consideradas normais, não devem ser usadas. As de boa qualidade devem ser dessecadas e guardadas da mesma maneira recomendada no caso das cascas. No caso de raízes muito grossas e tubérculos, batata-de-purga pôr exemplo, a secagem será mais rápida cortando-se a peça em rodelas ou pedaços menores com a espessura de um dedo, depois da lavagem para, em seguida, secá-las usando a mesma técnica descrita para secagem das cascas. 34 
4- Leite (látex) e sumo: 
Estas partes vegetais devem ser usadas imediatamente após sua coleta, ou mantidas sob refrigeração, logo após a sua obtenção. Pode também ser processado como no caso do látex de mamão conforme a técnica usada para obtenção da papaína. 
5- Frutos: 
No caso de frutos carnosos ou suculentos, o seu uso deve ser quase sempre fresco após serem bem lavados. No caso de secos, devem ser colhidos quando maduros e sadios, lavados e secos a sombra, guardando-se ao abrigo da luz, umidade e de insetos e roedores. 
6- Sementes: 
As sementes são partes vegetais que apresentam maior durabilidade. Devem ser colhidas de frutos maduros e sadios, limpas por peneiração, ventilação ou lavagem, conforme o caso, secas ao sol e guardadas ao abrigo da umidade, de insetos e de roedores. 
Formas de Utilização de Plantas Medicinais
As plantas medicinais podem ser usadas, conforme o caso, em preparações diversas para serem ingeridas, ditas de uso interno (chá infuso, cozimentos ou decoctos, maceração etc.) e em outras preparações para uso na pele ou nas mucosas das cavidades naturais, ditas de uso externo. Essas preparações são denominadas mais tecnicamente de formas farmacêuticas e a maneira de fazê-las requer obediência a normas adequadas a cada caso. O primeiro cuidado geral é a limpeza, especialmente no caso das preparações caseiras e nas pequenas oficinas farmacêuticas, tudo, papeiros, colheres, copos, xícaras e coadores deverão estar limpos como se fossem novos. 
As formas mais comumente usadas nos tratamentos caseiros com plantas medicinais são as seguintes: 
1-Aluá: 
Bebida parcialmente fermentada feita com raízes amiláceas, especialmente com as de "pega-pinto" (Boerhavia coccinea (Will.). É preparado triturando-se, inicialmente, 50-100 g da raiz bem limpa que deve ser colocada junto com meio litro de água em um recipiente que possa ser fechado (uma garrafa, por exemplo). Após um dia completo em repouso, coa-se em um pano fino ou em filtro de papel e toma-se adoçado e gelado. Não deve ser usado por mais de um dia, depois de já ter-se iniciado a fermentação o que pode ser reconhecida pelo sabor levemente azedo da bebida. 
2- Cataplasma: 
A preparação feita com farinha e água, geralmente a quente e adicionada ou não da planta triturada, às vezes usando o cozimento da planta ao invés da água. É aplicada sobre a pele da região afetada entre dois panos finos. Usa-se bem quente como resolutivo de tumores, furúnculos e panarícios e, morno nas inflamações dolorosas resultantes de contusões e entorses. 
3- Chás: 
As várias maneiras de se preparar um chá estão descritas a seguir: 
- por infusão: neste processo os chás, ou infusos são preparados juntando-se água fervente sobre os pedacinhos de erva na proporção de 150 cc (uma xícara das de chá) para 8-10 g da droga fresca ou 4-5 g da droga seca. Mistura-se tudo por um instante, cobre-se e deixa-se em repouso por 5 a l0 minutos até chegar à temperatura apropriada para ser bebido. Os chás usados para o tratamento do resfriado, gripe, bronquite e febre devem ser adoçados e tomados ainda bem quente. Os indicados para males do aparelho digestivo, indigestão, mal estar do estômago, diarreia etc., devem ser tomados frios ou gelados. No caso de chás contra diarreia, o de goiabeira, por exemplo, deve-se juntar um pouco de açúcar e uma pitada de sal comum ou do sal reidratante a cada xícara das de chá (uma dose) que deve ser tomada de 2 em 2 horas ou a intervalos mais curtos. Os chás devem ser preparados, de preferência, em doses individuais para serem usados logo em seguida. Quando, porém, as doses são muito frequentes, podem ser preparados em quantidade maior, para consumo no mesmo dia. Neste caso, além do cuidado de usar todo o material muito bem limpo, deve-se manter o recipiente com o chá bem fechado e guardado de preferência na geladeira e não usá-lo mais no dia seguinte, quando se prepara nova quantidade se for necessário. 
- por decocção ou cozimento: colocar a planta na água fria e levar a fervura. O tempo de fervura pode variar de l0 a 20 minutos, dependendo da consistência da parte da planta. Após o cozimento, deixar em repouso de l0 a 15 minutos e coar em seguida. Este método é indicado quando se utilizam partes duras como cascas, raízes e sementes. 
- por maceração: colocar a planta, amassada ou picada, depois de bem limpa, mergulhada em água fria, durante l0 a 24 horas, dependendo da parte utilizada. Folhas, sementes e partes tenras ficam de l0 a 12 horas. Talos, cascas e raízes duras, de 22 a 24 horas. Após o tempo determinado, coa-se. 
4 – Inalação: 
É uma preparação que aproveita a ação combinada de vapor de água quente com o aroma das drogas voláteis, como o "eucalipto", “bamburral" e o "alecrim-de-tabuleiro" (geralmente do tipo antigripal). Sua preparação e uso exigem rigoroso cuidado, principalmente quando se trata de crianças, por causa do risco de queimaduras. 
- adultos: coloca-se água fervente sobre porções da droga contidas em uma pequena panela de até 1/2 litro, usada como gerador de vapor. 
Aspira-se os vapores ritmicamente (pode-se contar até 3 quando se aspira e até 3 quando se expele o ar) durante 15 minutos. Repete-se a adição da droga e da água fervente quando os valores perderem o aroma. Por isso deve-se manter a chaleira ao fogo. O uso de um pequeno funil de papel rígido para a aspiração ou de uma cobertura sobre os ombros, a cabeça e a panela aumentam a eficiência do tratamento. 
CUIDADO: no caso de crianças, usar um umificador elétrico ou o mesmo sistema gerador de vapor descrito no item anterior, colocando-se cuidadosamente ao lado do berço, da cama ou da rede, preferencialmente depois que a criança conseguir dormir. Mantêm-se a geração de vapores durante duas a três horas. O sono da criança deve ser atentamente observado, suspendendo-se a adição da droga, no caso de se notar surgimento ou aumento da inquietação. 
5 – Infuso – (Ver chá, por infusão). 
6 – Lambedor ou xarope: 
É uma preparação espessada com açúcar e usada geralmente para o tratamento de dores de garganta, tosse e bronquite. Junta-se parte do chá por infusão ou do cozimento, conforme o caso, com uma parte de açúcar do tipo cristalizado. Obtém-se o xarope frio filtrando-se a mistura após 3 dias de contato com 3 a 4 agitações fortes por dia. O xarope à quente é obtido fervendo-se a mistura até desmanchar o açúcar. Deixa-se esfriar e filtra-se da mesma maneira. O lambedor deve ser conservado em frasco limpo, escaldado e lavado depois de bem fechado, para evitar fermentação e o ataque de mofo e formigas. Embora possa ser usado por vários dias, pois se conserva bem, seu uso deve ser suspenso se aparecerem grumos brancos (mofo), aparência de coalhado ou cheiro azedo. Geralmente, é feito a partir de plantas usadas para problemas respiratórios, como tosse, bronquite etc. Quando se prepara com plantas que têm muita água (por exemplo: malvariço, mamão verde e outras), basta misturar apenas o açúcar com a planta sem colocar água. 
7 - Maceração - Ver chá (por maceração) 
8 - Pós: 
O pó é uma preparação farmacotécnica de fácil preparo e de uso muito cómodo tanto internamente, ou seja, por via oral, como externamente isto é, por via tópica. Sua preparação é feita secando-se a planta suficientemente para que fique bem quebradiça abaixo de 60°. Isto pode ser conseguido deixando-se o material no forno depois de apagado o fogo, ou mesmo sobre a chapa do fogão ainda quente, mas que permite ser tocada com a mão. Depois de seca a planta, especialmente as folhas podem ser trituradas até mesmo com as mãos e em seguida peneiradas através de umapeneira ou mesmo num pano fino. Cascas e raízes devem ser moídas, raladas ou pisadas e passadas em peneira fina. O pó obtido deve ser conservado em frasco bem fechado com tampa e sobre tampa rosqueada para evitar que mofe ou fique aglomerado por absorção de umidade, devendo em seguida ser rotulado e datado. Quando bem seco, conserva-se bem pelo prazo de até três meses. Para uso oral pode ser misturado ao leite doce ou a mel de abelhas. 
Para uso tópico usa-se puro cobrindo-se o ferimento com uma camada fina do pó. Um caso especial é o pó conhecido no Nordeste como "goma-de-batata", obtido da batata de purga (Operculina macrocarpa e Opercuüna alata) cuja descrição pode ser vista na respectiva monografia. 
9 - Sinapismo: 
É um tipo especial de cataplasma à qual se adicionou mostrada, pimenta malagueta, gengibre ou outras plantas que provocam rubefação ou tornam a pele bem vermelha. É usado como derivativo nos casos de inflamações internas. 
10 - Tintura: 
É uma preparação por maceração ou percolação com álcool de cereais ao invés de água. O processo mais prático é o da maceração. Exige-se de modo geral uma proporção específica entre as quantidades de planta e álcool a serem utilizadas no preparo das tinturas. Em geral deixam-se as partes vegetais frescas ou secas, grosseiramente trituradas, mergulhadas em álcool durante oito a dez dias. Quando é feito a partir do material fresco esta preparação é denominada de alcoolatura. Em qualquer dos dois casos coa-se a mistura que deve ser, em seguida, filtrada e guardada em recipiente protegido contra a ação da luz e do ar. No caso de plantas frescas usam-se 500g de planta para 100 cc de álcool a 92 GL ou 42 Baumé para uso farmacêutico. Para plantas secas usam-se 125g da planta para uma mistura de 700 cc de álcool 92 GEE com 300 cc de água. Em ambos os casos o volume final do filtrado deve ser ajustado para 1000 cc com o mesmo líquido extrativo. Para o preparo da tintura de algumas plantas (aroeira, alecrim-pimenta, macela, pode-se usar álcool mais diluído a 20 % com água. 
11-Tisana: 
É o nome genérico usado desde a antiguidade, dado às preparações líquidas de uso interno mais conhecidas pela denominação de chá, infuso, decocto simples ou, principalmente, composto. 
12- Vinho medicinal: 
É uma preparação geralmente estimulante feita com vinho tinto no qual se deixa em maceração durante oito dias uma ou mais plantas conforme o caso, como se faz na prática caseira com as sementes de sucupira branca (Pterodon polygaliflorus).

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