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Distúrbios Respiratórios do Período Neonatal

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Distúrbios Respiratórios do Período Neonatal
Os distúrbios respiratórios estão
relacionados com alto número de
internações em UTI neonatais;
Morbimortalidade - mortalidade neonatal.
O Sistema Respiratório:
Quanto menor a idade gestacional ao
nascimento, maior será o
comprometimento respiratório.
Desenvolvimento Fetal:
A partir da 4˚ semana de IG: início da
formação da árvore respiratória
(diferenciação a partir do tubo digestivo,
dando origem a laringe e traquéia, que
subdivide-se em brônquios fontes direito
e esquerdo);
Por volta de 16 semanas: diferenciação de
brônquios e bronquíolos, porém ainda
sem capacidade de efetivar trocas
gasosas. Além do início de formação do
diafragma, membrana pleural e vasos
linfáticos;
Na 20˚ semana:
❖ Células mais especializadas
(pneumócitos tipo II), porém ainda
sem síntese de surfactante;
❖ Surgem bronquíolos intra acinares;
❖ Formação da estrutura básica das
trocas gasosas e o
desenvolvimento dos capilares.
30 semanas: evidenciam-se estruturas
alveolares;
34 semanas: acontece síntese de
surfactante qualitativa e
quantitativamente significativas;
A partir da 37˚ semana evolução plena de
estruturas saculares para alveolares.
Desenvolvimento Pulmonar:
Maturidade bioquímica: dependente da
presença de surfactante;
Surfactante:
❖ Produzido, reciclado e catabolizado
pelos pneumócitos tipo II;
❖ Início da síntese ocorre por volta
de 20 semanas. Porém é
sintetizado efetivamente por volta
de 34 semanas de idade
gestacional;
❖ Age diminuindo a tensão
superficial ar-água no interior dos
alvéolos. Previne colapso alveolar
no final da expiração;
❖ Composto basicamente por
lipídeos (90%) e proteínas (10%).
Vascularização:
❖ Ocorre simultaneamente ao
desenvolvimento do parênquima;
❖ Artérias brônquicas:
❖ Originadas da circulação
sistêmica;
❖ Nutrem e oxigenam as vias
aéreas e pleuras.
❖ Artérias pulmonares: atuam nas
trocas gasosas.
Diagnósticos Diferenciais:
Causas pulmonares:
❖ Síndrome de desconforto
respiratório (SDR) ou doença da
membrana hialina (DMH);
❖ Taquipneia transitória do RN
(TTRN);
❖ Síndrome de aspiração meconial
(SAM);
❖ Pneumonia;
❖ Hemorragia pulmonar;
❖ Hipertensão pulmonar;
❖ Atelectasia;
❖ Broncodisplasia pulmonar;
❖ Pneumotórax.
Causas não pulmonares:
❖ Asfixia perinatal;
❖ Distúrbios metabólicos;
❖ Apneia da prematuridade;
❖ Sepse;
❖ Isquemia miocárdica transitória;
❖ Cardiopatias congênitas.
Causas cirúrgicas:
❖ Hérnia diafragmática;
❖ Malformações pulmonares
congênitas.
Diagnóstico:
Anamnese:
❖ História gestacional;
❖ Antecedentes obstétricos;
❖ Idade gestacional;
❖ História do parto;
❖ Avaliação do nascimento.
Exame físico:
❖ Padrão respiratório:
❖ Frequência / ritmo /
periodicidade - entre 40 e 60
irpm;
❖ Taquipneia: em repouso à FR
se mantém persistentemente
> 60 irpm;
❖ Apnéia: pausa respiratória >
20 seg ou entre 10 e 15
segundos com bradicardia,
cianose ou queda de SatO2.
❖ Trabalho respiratório:
❖ Gemência: resultado do
fechamento parcial da glote
durante a expiração para
manter a capacidade residual
funcional e evitar colapso
alveolar;
❖ Retrações / tiragem:
acontecem quando os
pulmões estão “duros” (com
baixa complacência), com
obstrução das vias aéreas
superiores ou alterações
estruturais do tórax;
❖ Batimento de asa de nariz:
como a respiração do RN é
exclusivamente nasal,
qualquer dificuldade na
respiração faz com que haja
dilatação das narinas durante
a inspiração.
❖ Cor:
❖ Cianose central: envolve
mucosa oral. Ocorre durante
hipoxemia grave;
❖ Acrocianose: sinal benigno.
Comum no período neonatal.
Exames complementares.
Síndrome do Desconforto
Respiratório:
Fatores de risco:
❖ Mais comum entre prematuros;
❖ Principalmente abaixo de 34
semanas;
❖ Gestantes que não fizeram uso de
corticoide;
❖ Sexo masculino.
Etiologia: deficiência qualitativa e
quantitativa do surfactante alveolar;
Quadro clínico:
❖ Esforço respiratório logo após o
nascimento;
❖ Intensificação das primeiras 24h;
❖ Pico do agravamento com 48h;
❖ Melhora gradativa após 72h de
vida;
❖ Desconforto respiratório
importante;
❖ Crises de apneia;
❖ Deterioração do estado
hemodinâmico e metabólico.
Exames complementares:
❖ Gasometria arterial;
❖ Hipoxemia;
❖ Retenção de CO2;
❖ Acidose mista.
❖ Radiografia de tórax.
❖ Infiltrado retículo-granular
difuso (aspecto de vidro
moído);
❖ Presença de broncogramas
aéreos;
❖ Aumento do líquido pulmonar;
❖ Piora do aspecto radiológico
após 6 horas de vida.
Tratamento:
❖ Uso precoce de Surfactante
pulmonar;
❖ Estabilização metabólica e
cardiovascular;
❖ Nutrição adequada;
❖ Suporte ventilatório.
❖ Ventilação não invasiva x
invasiva;
❖ Fisioterapia respiratória.
Taquipneia Transitória do RN:
Fatores de risco:
❖ Mais comum entre a termo ou
prematuros tardios;
❖ Cesariana eletiva sem trabalho de
parto;
❖ Filhos de mães diabéticas ou
macrossômicos;
❖ Sexo masculino;
❖ Histórico familiar de asma.
Etiologia:
❖ Transição da fase secretória para
fase absortiva;
❖ Pulmão fetal: líquido em seu
interior desde o período
canalicular, secretado pelo epitélio
respiratório;
❖ Líquido exerce pressão de
distensão em vias aéreas;
❖ No nascimento cessa a secreção de
líquido pulmonar;
❖ Há substituição por ar e inicia-se a
reabsorção desse líquido antes do
nascimento;
❖ Durante a passagem pelo canal de
parto, são eliminados 10% deste
líquido;
❖ O restante é reabsorvido pelos
vasos linfáticos e capilares
pulmonares nas primeiras horas de
vida.
Quadro clínico:
❖ Taquipneia (podendo chegar entre
60 e 120 irpm);
❖ Desconforto respiratório inicia-se
nas primeiras horas após o
nascimento;
❖ Aumento do diâmetro
anteroposterior do tórax;
❖ Hiperinsuflação;
❖ À ausculta pode apresentar
estertoração;
❖ Melhora entre 24 a 48 horas de
vida.
Exames complementares:
❖ Não são necessários;
❖ Diagnóstico de exclusão;
❖ Radiografia de tórax.
❖ Congestão peri-hilar radiada e
simétrica;
❖ Espessamento de cisuras
interlobares;
❖ Hiperinsuflação pulmonar;
❖ Discreta cardiomegalia;
❖ Derrame pleural.
Tratamento e prognóstico:
❖ Evolução benigna - quadro
autolimitado;
❖ Oxigenioterapia em baixas
concentrações;
❖ Monitorização e em alguns casos
ventilação não invasiva (CPAP
convencional).
Síndrome de Aspiração de
Mecônio:
Fatores de risco:
❖ Mais comum entre RN a termo e
pós termo;
❖ Asfixia perinatal;
❖ Sofrimento fetal agudo.
❖ Intraútero: gasping - entrada
de LAM em árvore
respiratória;
❖ Após o nascimento.
Epidemiologia:
❖ 10 a 15% dos partos apresentam
líquido amniótico meconial. Sendo
que 2 a 5% desenvolvem SAM;
❖ Alta taxa de mortalidade (35 a
60%).
Quadro clínico:
❖ Início precoce e progressivo;
❖ Cianose grave;
❖ Desconforto respiratório
importante;
❖ Ausculta pulmonar variável
(dependendo da presença de
atelectasias, pneumonite ou
pneumotórax;
❖ Sinais de hipertensão pulmonar;
❖ Hipóxia grave;
❖ Necessidade aumentada de
FiO2;
❖ Labilidade;
❖ Quedas frequentes de SatO2.
❖ Evolução quando não tem quadro
agravado costuma ocorrer em 1
semana.
Exames complementares:
❖ Gasometria arterial;
❖ Hipóxia;
❖ Retenção de CO2;
❖ Acidose respiratória.
❖ Radiografia de tórax.
❖ Áreas de atelectasia
alternando com áreas de
hiperinsuflação;
❖ Aspecto granular grosseiro;
❖ Consolidações lobares ou
multilobares;
❖ Enfisema intersticial;
❖ Pneumotórax;
❖ Pneumomediastino.
Tratamento:
❖ Suporte ventilatório;
❖ Mínimo manuseio;
❖ Suporte hemodinâmico;
❖ Restrição hídrica (quando
necessário);
❖ Fisioterapia ventilatória;
❖ Surfactante exógeno;
❖ Antibiótico (infecção secundária a
pneumonite química);
❖ Tratamento de hipertensão arterial
pulmonar (óxido nítrico / milrinona
/ sildenafil).
Pneumonia Neonatal:
Processo inflamatório pulmonar de
origem química ou infecciosa;
Quando infecciosa: pode ser bacteriana,
viral ou fúngica;
Classificadas em:
❖ Precoce (< 72h de vida)
predomínio de gram negativose
estrepto beta hemolíticos;
❖ Secundárias a infecções
sistêmicas maternas;
❖ Aspiração de LA infectado
(corioamnionite);
❖ Associado a trabalho de parto
prematuro, asfixia,
insuficiência respiratória grave
ao nascimento.
❖ Tardía (> 72h de vida)
microorganismos maternos + gram
positivos (S. aureus).
❖ Quadro respiratório idêntico a
SDR ou TTRN.
Quadro clínico:
❖ Inespecífico;
❖ Desconforto respiratório;
❖ Instabilidade térmica;
❖ Sinais sistêmicos inespecíficos .
❖ Letargia ou irritabilidade;
❖ Intolerância alimentar;
❖ Distensão abdominal.
Exames complementares:
❖ Rastreio infeccioso.
❖ Hemograma completo;
❖ Prova de função inflamatória
(PCR);
❖ Hemocultura;
❖ Punção lombar;
❖ Urinocultura + EAS;
❖ Radiografia de tórax.
Tratamento:
❖ Suporte;
❖ Ventilatório;
❖ Hemodinâmico;
❖ Metabólico e nutricional.
❖ Antibioticoterapia.

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