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Práticas de Instalações Hidrossanitárias

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Prévia do material em texto

Indaial – 2020
Práticas de 
instalações 
Hidrossanitárias
Prof. João Marcos Bosi Mendonça de Moura
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof. João Marcos Bosi Mendonça de Moura
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
M929p
 Moura, João Marcos Bosi Mendonça de
 Práticas de instalações hidrossanitárias. / João Marcos Bosi Mendonça 
de Moura. – Indaial: UNIASSELVI, 2020.
 191 p.; il.
 ISBN 978-65-5663-156-1
 ISBN Digital 978-65-5663-152-3
1. Instalações hidrossanitárias. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo 
da Vinci.
CDD 620
aPresentação
Caro acadêmico! Seja muito bem-vindo ao livro da disciplina Práticas 
de Instalações Hidrossanitárias. Buscaremos aqui construir conhecimentos 
teóricos e práticos sobre instalações prediais de água fria, esgoto e preventivo 
de incêndio, com ênfase em construções residenciais. É com muita alegria 
que apresento a você atividades que possam contribuir para uma formação 
profissional comprometida com a qualidade e a sustentabilidade dos projetos 
de engenharia. Trilharemos este percurso por meio de três Unidades, levando 
sempre em conta a importância que as instalações hidrossanitárias possuem 
para a segurança e o conforto dos usuários da edificação.
Na Unidade 1, apresentaremos os fundamentos para concepção e 
projeto de instalações hidráulicas de água fria. Trabalharemos as práticas 
voltadas ao conhecimento de seus elementos (Tópico 1), lembrando e 
relembrando algumas informações básicas para a elaboração de projetos. 
Estudaremos também os sistemas de reservação e bombeamento (Tópico 2), 
tendo em vista a importância que possuem para o fornecimento de água 
com adequada vazão e pressão. Veremos também como dimensionar as 
mais diversas tubulações de uma instalação de água fria (Tópico 3) e, ao 
final, esperamos que você tenha condição de avaliar e conceber um projeto 
(Tópico 4). 
As mais importantes práticas voltadas às instalações prediais 
de esgoto sanitário serão estudadas na Unidade 2. No primeiro tópico, 
refletiremos alguns aspectos teóricos e práticos gerais e, no segundo tópico, 
aprenderemos como funciona o dimensionamento de cada um dos elementos 
da instalação. No Tópico 3, você terá a oportunidade de dimensionar sistemas 
de tratamento individual de esgoto, algo fundamental para lotes sem acessos 
a um sistema público de coleta e tratamento. Por fim, refletiremos no Tópico 
4 alguns aspectos normativos importantes e também um projeto predial de 
esgoto sanitário. 
Na última e terceira Unidade, você será apresentado às principais 
diretrizes para concepção e projeto de sistemas de combate e prevenção ao 
incêndio. O panorama legal e normativo brasileiro sobre esse tema é amplo, 
uma vez que o Corpo de Bombeiros de cada unidade/estado da federação 
exerce o poder de regulação local. No Tópico 1, serão apresentados algumas 
diretrizes fundamentais e adaptadas ao seu contexto de atuação profissional. 
Afinal de contas, quais são os fatores responsáveis pelos incêndios? Eles podem 
ser evitados? Refletiremos algumas dessas perguntas para além do senso 
comum. Na sequência, abordaremos práticas voltadas aos sistemas hidráulicos 
(Tópico 2) e de bombas (Tópico 3) de combate ao incêndio, questões muito 
importantes para a segurança de uma edificação. Alguns conteúdos vistos na 
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui 
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilida-
de de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun-
to em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Unidade 1 serão úteis nesta etapa. Por fim, encerraremos a Unidade 3 com a 
análise de práticas voltadas ao desenvolvimento de projetos e à inspeção de 
sistema de prevenção e combate ao incêndio (Tópico 4). 
Em resumo, caro acadêmico, esperamos que este livro lhe proporcione 
uma ótima oportunidade de crescimento profissional. Aproveite as práticas 
elaboradas com especial cuidado para alunos e alunas que optaram por essa 
fascinante e gratificante atividade: a Engenharia!
Uma ótima leitura e bons estudos! 
Prof. Dr. João Marcos Bosi Mendonça de Moura.
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você 
terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen-
tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
sumário
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA .............................................. 1
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA: ASPECTOS GERAIS ...................................... 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 SISTEMA DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO ............................................................... 6
3 CONSUMO DE ÁGUA E NÚMERO DE APARELHOS: DIRETRIZES PRÁTICAS .............. 7
4 DIMENSIONAMENTO DE ALIMENTADOR ........................................................................... 10
5 PRÁTICA – PARÂMETROS BÁSICOS DE EMPREENDIMENTOS ...................................... 12
6 PRÁTICA – CONSUMO DE ÁGUA .............................................................................................. 14
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 16
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 17
TÓPICO 2 — RESERVATÓRIOS E SISTEMAS DE BOMBEAMENTO: 
DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES ................................................................................... 19
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 19
2 DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIO ........................................................................... 21
2.1 RESERVATÓRIO INFERIOR ....................................................................................................... 22
2.2 RESERVATÓRIO SUPERIOR ...................................................................................................... 23
2.3ELEMENTOS COMPLEMENTARES ......................................................................................... 24
3 DIÂMETRO DAS TUBULAÇÕES DE RECALQUE E DE SUCÇÃO ...................................... 25
4 CONJUNTO MOTOBOMBA .......................................................................................................... 28
5 PRÁTICA – DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIO ..................................................... 34
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 35
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 36
TÓPICO 3 — DIMENSIONAMENTO E ESPECIFICAÇÕES DE RAMAIS, COLUNAS E 
BARRILETES ......................................................................................................................................... 39
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 39
2 SUB-RAMAIS E RAMAIS ............................................................................................................... 42
3 COLUNAS DE DISTRIBUIÇÃO .................................................................................................... 46
4 BARRILETES ...................................................................................................................................... 47
5 PRESSÕES MÍNIMAS E MÁXIMAS ............................................................................................ 48
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 51
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 52
TÓPICO 4 — BOAS PRÁTICAS DE PROJETO DE INSTALAÇÃO DE ÁGUA FRIA ........... 53
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 53
2 PROJETOS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA: CONCEPÇÃO E DIRETRIZES ............ 54
3 CASOS PRÁTICOS – ANÁLISE DE PROJETOS DE INSTALAÇÃO DE ÁGUA FRIA ..... 59
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 61
RESUMO DO TÓPICO 4..................................................................................................................... 64
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 65
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 66
UNIDADE 2 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO ......................... 69
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO: ASPECTOS GERAIS ................. 71
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 71
2 ELEMENTOS DA INSTALAÇÃO DE ESGOTO SANITÁRIO ................................................ 72
2.1 BANHEIROS.................................................................................................................................. 73
3 COZINHA, ÁREAS DE SERVIÇO E LIMPEZA GERAL ........................................................... 76
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 80
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 81
TÓPICO 2 — INSTALAÇÃO DE ESGOTO SANITÁRIO: COMO DIMENSIONAR? .......... 83
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 83
2 ELEMENTOS: TUBULAÇÕES E CAIXAS DE INSTALAÇÃO ................................................ 84
2.1 RAMAL DE DESCARGA E ESGOTO ........................................................................................ 85
2.2 TUBO DE QUEDA ........................................................................................................................ 87
2.3 SUBCOLETOR E COLETOR PREDIAL..................................................................................... 87
2.4 VENTILAÇÃO .............................................................................................................................. 90
3 CAIXAS DE INSPEÇÃO, GORDURA E SIFONADAS ............................................................. 92
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 95
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 96
TÓPICO 3 — TRATAMENTO INDIVIDUAL DE ESGOTO SANITÁRIO .............................. 99
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 99
2 SISTEMA DE TANQUE SÉPTICO E FILTRO ANAERÓBIO ................................................. 100
2.1 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE TRATAMENTO INDIVIDUAL ...................... 102
2.1.1 Tanque séptico .................................................................................................................... 102
2.1.2 Filtro anaeróbio .................................................................................................................. 106
3 RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS ................................................................................................. 107
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 110
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 111
TÓPICO 4 — BOAS PRÁTICAS DE PROJETO ........................................................................... 113
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 113
2 PROJETOS DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO: CONCEPÇÃO E 
DIRETRIZES ....................................................................................................................................... 113
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 118
RESUMO DO TÓPICO 4................................................................................................................... 122
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 123
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 124
UNIDADE 3 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO 
INCÊNDIO ........................................................................................................................................... 127
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO: ASPECTOS 
GERAIS ................................................................................................................................................. 129
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 129
2 FATORES DE RISCO DE INCÊNDIOS E SUAS IMPLICAÇÕES ......................................... 130
2.1 CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS E CARGA DE FOGO ........................................................... 132
3 CLASSES DE INCÊNDIO E SEUS MATERIAISDE COMBATE .......................................... 134
4 CASOS PRÁTICOS – RISCO E CARGA DE INCÊNDIO ....................................................... 136
5 CASOS PRÁTICOS – RISCO E CARGA DE INCÊNDIO ....................................................... 136
6 CASOS PRÁTICOS – RISCO E CARGA DE INCÊNDIO ....................................................... 137
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 141
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 142
TÓPICO 2 — SISTEMAS HIDRÁULICOS DE COMBATE AO INCÊNDIO ......................... 143
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 143
2 EXTINTORES .................................................................................................................................. 144
3 SISTEMA HIDRAÚLICO PREVENTIVO (SPH): TUBULAÇÕES E RESERVATÓRIO .... 146
3.1 TUBULAÇÕES DO SISTEMA HIDRAÚLICO ...................................................................... 150
3.2 CAIXA DE INCÊNDIO .............................................................................................................. 153
3.3 RESERVATÓRIOS ....................................................................................................................... 155
4 CASOS PRÁTICOS – CONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE EXTINTORES ........................... 156
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 158
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 159
TÓPICO 3 — BOMBAS EM SISTEMAS DE COMBATE AO INCÊNDIO ............................. 161
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 161
2 BOMBAS DE INCÊNDIO: PARÂMETROS E POTÊNCIA ..................................................... 161
3 ESPECIFICAÇÕES E PROCEDIMENTOS PRÁTICOS DE INSPEÇÃO ............................. 163
4 CASOS PRÁTICOS – INSPEÇÃO DE SISTEMAS DE BOMBAS DE INCÊNDIO ........... 167
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 169
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 170
TÓPICO 4 — BOAS PRÁTICAS DE PROJETO E INSPEÇÃO ................................................. 173
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 173
2 PRÁTICAS DE PROJETO E INSPEÇÃO .................................................................................... 174
2.1 PROJETO: CONCEPÇÃO E ELABORAÇÃO ......................................................................... 174
2.1.1 Elementos de projeto ......................................................................................................... 176
2.2 INSTALAÇÃO, INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO ................................................................... 178
3 CASOS PRÁTICOS – AVALIAÇÃO E PROJETO DE SISTEMAS DE PREVENÇÃO E 
COMBATE ............................................................................................................................................ 180
4 CASOS PRÁTICOS – AVALIAÇÃO E PROJETO DE SISTEMAS DE PREVENÇÃO E 
COMBATE ............................................................................................................................................ 181
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 184
RESUMO DO TÓPICO 4................................................................................................................... 187
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 188
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 189
1
UNIDADE 1 — 
PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE 
ÁGUA FRIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
•	 analisar	e	definir	a	escolha	de	parâmetros	e	critérios	técnicos	que	viabili-
zem	o	funcionamento	de	um	sistema	de	abastecimento;
•	 aplicar	técnicas	de	dimensionamento	e	projeto	de	reservação	e	distribui-
ção	de	água	fria	em	residências	e	diversos	estabelecimentos;
•	 especificar	e	dimensionar	tubulações	em	um	sistema	de	água	fria;
•	 elaborar	e	compreender	projetos	de	instalações	de	água	fria	com	aprofun-
dado	aporte	teórico	e	prático.
Esta	 unidade	 está	 dividida	 em	 quatro	 tópicos.	 No	 decorrer	 da	 unidade,	
você	 encontrará	 autoatividades	 com	 o	 objetivo	 de	 reforçar	 o	 conteúdo	
apresentado.
TÓPICO	1	–	INSTALAÇÕES	DE	ÁGUA	FRIA:	ASPECTOS	GERAIS
TÓPICO	2	–	RESERVATÓRIOS	E	SISTEMAS	DE	BOMBEAMENTO:	
DIMENSIONAMENTO	E	VERIFICAÇÕES
TÓPICO	3	–	DIMENSIONAMENTO	E	ESPECIFICAÇÕES	DE	RAMAIS,	
COLUNAS	E	BARRILETES
TÓPICO	4	–	BOAS	PRÁTICAS	DE	PROJETO	DE	INSTALAÇÃO	DE	
ÁGUA	FRIA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1 — 
UNIDADE 1
INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA: ASPECTOS GERAIS
1 INTRODUÇÃO
Caro	acadêmico,	você	já	deve	ter	sentido	os	efeitos	indesejados	da	falta	de	
água,	não	é?	Se	já	sentiu,	então	pode	imaginar	a	importância	de	uma	instalação	
hidráulica	adequada	e	bem	suprida	para	uso	da	edificação.	A	água	é	um	elemento	
fundamental	para	vida	e	estudaremos	aqui	como	fornecê-la	adequadamente	nas	
construções.
Inicialmente,	 é	 válido	 destacar	 que	 as	 instalações	 hidráulicas	 podem	
ser	 preparadas	 para	 receber	 água	 quente,	 fria,	 de	 combate	 ao	 incêndio	 ou	 de	
drenagem	(água	da	chuva,	pluvial).	Cada	qual	possui	sua	especificidade	técnica.	
Nesta	unidade,	nos	 limitaremos	a	 abordar	 a	 instalação	de	água	 fria,	 isto	 é,	de	
água	em	temperatura	ambiente.	
Aguarde mais um pouco e, na Unidade 3, veremos práticas importantes nas 
instalações hidráulicas de combate ao incêndio.
ESTUDOS FU
TUROS
Podemos	definir	a	instalação	de	água	fria	como	um	sistema	de	engenharia	
formado	 por	 tubulações,	 equipamentos,	 reservatórios	 e	 acessórios	 de	 conexão	
(ABNT,	1998).	Seu	objetivo	é	promover	o	abastecimento	dos	aparelhos	de	água	
das	construções	com	um	desempenho	que	atenda	às	necessidades	dos	usuários	
(CARVALHO	JÚNIOR,	2014).
Na	Figura	1,	podemos	observar	os	principais	elementos	de	uma	instalação	
de	água	fria	residencial.	Tais	elementos	e	suas	respectivas	funções	são	descritas	
a	seguir:	
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
4
FIGURA 1 – ELEMENTOS BÁSICOS DE INSTALAÇÃO HIDRÁULICA DE ÁGUA FRIA
FONTE: Adaptada de Carvalho Júnior (2014, p. 23)
1)	O	reservatório	(“caixa	d’água”)	armazena	água	com	o	intuito	de	amenizar	os	
efeitos	de	uma	possível	paralisação	do	fornecimento	de	água	da	rede	pública.
2)	O	 “ladrão”	 é	 uma	 saída	 localizada	 na	 lateral	 superior	 do	 reservatório	 que	
evitará	o	extravasamento	não	controlado	do	reservatório.	Quando	o	“ladrão”	
é	acionado,	a	água	deve	ser	encaminhada	para	um	lugar	visível,	que	alerte	o	
problema	ao	usuário	e	não	danifi	que	a	construção.
3)	Uma	 tubulação	de	 limpeza	é	contemplada	para	que	seja	possível	esvaziar	o	
reservatório	de	maneira	segura	e	rápida.	Observe	que	ela	se	une	ao	“ladrão”	na	
parte	inferior	esquerda	do	reservatório.
4)	Registros	 são	 acessórios	 importantes	 para	 que	 se	 possa	 interromper	 o	
fornecimento	de	água	e	realizar	a	manutenção	e	o	controle	das	instalações.
5)	Astubulações	de	distribuição	permitem	que	a	água	 contida	no	 reservatório	
abasteça	os	aparelhos	sanitários	(pias,	vasos	sanitários,	chuveiros	etc.).	Veremos	
mais	à	frente	que	elas	podem	ser	dividas	em	barriletes,	colunas,	ramais	e	sub-
ramais.
6)	O	hidrômetro	visa	quantifi	car	o	consumo	de	água	da	residência	para	fi	ns	de	
controle	 e	 cobrança,	 portanto,	 deve	 estar	 em	 um	 local	 protegido	 e	 de	 fácil	
acesso.
7)	O	ramal	predial	é	a	tubulação	que	conectará	a	rede	pública	de	abastecimento	
ao	hidrômetro.
8)	O	alimentador	será	a	tubulação	responsável	por	levar	a	água	do	hidrômetro	até	
a	construção.
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA: ASPECTOS GERAIS
5
9)	Aparelho	sanitário	é	todo	e	qualquer	equipamento	que	permite	acesso	direto	
à	 água	 em	 condições	 adequadas	 de	 vazão,	 velocidade	 e	 pressão	 (exemplo:	
torneiras,	vasos	sanitários	etc.).
Na	 instalação	 predial	 de	 água	 fria	 é	 comum	 o	 uso	 de	 sistemas	 de	
bombeamento.	Nem	sempre	a	pressão	fornecida	pela	rede	pública	de	abastecimento	
será	 suficiente	 para	 conduzir	 a	 água	 ao	 reservatório.	Nesta	 unidade,	 veremos	
como	dimensionar	e	especificar	bombas	e	instalações	acessórias.
Você sabia que as concessionárias da rede pública de abastecimento devem 
fornecer água a uma pressão dinâmica mínima de 100 kPa e uma pressão estática máxima 
de 500 kPa? A exigência pode ser conferida na NBR 12218 (ABNT, 1994). A pressão mínima 
fornece energia suficiente para que muitas residências com um ou dois pavimentos não 
necessitem de bombas para distribuir a água (BOTELHO; RIBEIRO JUNIOR, 2014) – é o que 
chamaremos de sistema direto de distribuição. Já a pressão máxima é estabelecida para 
que não haja sobrecarga mecânica e danos nas instalações de água das construções.
FONTE: ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12218 – Projeto de redes 
de distribuição para abastecimento público. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
NOTA
O	 correto	 funcionamento	 das	 instalações	 de	 água	 fria	 começa	 pelo	
desenvolvimento	de	um	projeto	que	considere	o	uso	da	edificação.	A	integração	
com	 o	 projeto	 arquitetônico,	 estrutural	 e	 de	 outros	 elementos	 construtivos	 é	
sempre	bem-vinda.	É	preciso	que	as	instalações	de	água	fria	tenham	fácil	acesso	e	
bom	desempenho.	Buscaremos	alcançar	um	correto	funcionamento	de	tubulações,	
reservatórios	e	outros	componentes	dimensionando-os	a	partir	dos	princípios	da	
física	e	da	hidráulica.	
Na	tarefa	de	projetar	e	executar,	um	bom	aliado	também	será	a	literatura	
técnica.	 Por	 exemplo,	 a	NBR 5626/1998 – Instalações Prediais de Água Fria 
(ABNT,	1998)	será	nossa	guia	para	determinar	critérios	e	parâmetros	de	projeto.	
Lá,	 você	 também	 encontrará	 orientações	 sobre	 execução	 e	 manutenção	 das	
instalações	 hidráulicas.	 Sempre	 que	 possível,	 não	 deixe	 de	 lê-la	 e	 consultá-la.	
Assim	teremos	em	mente	a	missão	de	sempre	garantir	(ABNT,	1998):
•	 A	manutenção	da	qualidade	da	água	da	instalação.
•	 O	fornecimento	de	água	de	forma	contínua,	em	quantidade	adequada	e	com	
pressões	 e	 velocidades	 compatíveis	 com	 o	 funcionamento	 dos	 aparelhos	
sanitários,	peças	de	utilização	(válvulas,	registros	etc.)	e	demais	componentes.
•	 O	uso	racional	dos	recursos	naturais.
•	 Uma	instalação	com	manutenção	simples	e	de	baixo	custo.
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
6
•	 A	eliminação	de	ruídos	incômodos	aos	usuários.	
•	 O	conforto	por	meio	da	colocação	de	peças	de	fácil	operação	e	acesso.
2 SISTEMA DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO
Uma	 instalação	de	 água	 fria	pode	 ser	 alimentada	pela	 rede	pública	de	
abastecimento	ou	por	um	sistema	privado	na	 forma	da	 lei	 –	por	 exemplo,	via	
poços	artesianos	(CARVALHO	JÚNIOR,	2014).	De	maneira	geral,	o	abastecimento	
de	água	potável	é	realizado	por	meio	de	sistemas	públicos	de	distribuição,	forma	
pela	qual	iremos	focar	nossa	atenção	neste	estudo.
Podemos	destacar	três	tipos	de	sistema	de	abastecimento	e	distribuição:	o	
sistema	indireto,	direto	e	misto.	A	diferença	entre	os	dois	primeiros	está	no	uso	ou	
não	de	reservatório	na	construção.	O	sistema misto	será	aquele	em	que	parte	da	
água	fria	da	residência	é	distribuída	de	maneira	direta	(sem	uso	do	reservatório)	e	
outra	parte	indireta	(com	uso	de	reservatório).	Veremos	que	cada	um	dos	sistemas	
possui	vantagens	e	desvantagens.	Estes	aspectos	devem	ser	sempre	esclarecidos	
ao	nosso	usuário/cliente	final.
O sistema indireto de distribuição	faz	uso	de	reservatório(s)	(Figura	1).	
Ele	pode	ser	adotado	tanto	em	casas	como	em	edifícios,	com	ou	sem	o	uso	de	
bombas.	A	reserva	de	água	reduz	a	chance	de	problemas	de	desabastecimento	e	
de	variação	de	pressão	ao	longo	do	dia.	
Contudo,	o	sistema	exigirá	do	usuário	um	contínuo	cuidado	com	a	sua	
conservação	 e	 limpeza.	 	 De	 igual	 maneira,	 é	 necessário	 verificar	 se	 o	 projeto	
estrutural	 da	 residência	 ou	 edifício	 contempla	 um	 lugar	 específico	 para	 a	
colocação	do	reservatório.
Na	Figura	2,	observa-se	uma	residência	com	sistema direto de distribuição.	
Ele	é	utilizado	quando	a	pressão	da	rede	pública	é	suficiente	para	a	alimentação	
da	 rede	 interna	de	distribuição.	Seria	o	caso	para	 residências	com	um	ou	dois	
pavimentos	(BOTELHO;	RIBEIRO	JUNIOR,	2014).
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA: ASPECTOS GERAIS
7
FIGURA 2 – SISTEMA DIRETO DE DISTRIBUIÇÃO – SEM USO DE RESERVATÓRIO
FONTE: Carvalho Júnior (2014, p. 32)
Em	 geral,	 quando	 não	 se	 utiliza	 reservatório,	 reduz-se	 despesa	 de	
manutenção	e	o	risco	de	contaminação	da	água	(TACHINI,	2015).	Por	outro	lado,	
a	 construção	 ficará	 suscetível	 a	 qualquer	 descontinuidade	 no	 abastecimento	
público,	tanto	em	termos	de	vazão	quanto	de	pressão.	Lembra	da	pressão	mínima	
exigida	 por	 norma?	 Infelizmente,	 não	 há	 como	 garantir	 que	 ela	 sempre	 seja	
alcançada.
3 CONSUMO DE ÁGUA E NÚMERO DE APARELHOS: 
DIRETRIZES PRÁTICAS
Você	 já	 parou	para	 pensar	 quanta	 água	 consome	por	 dia?	Na	 hora	 de	
elaborar	um	projeto	de	instalação	de	água	fria	essa	informação	é	fundamental.	O	
consumo	de	água	pode	variar	de	acordo	com	o	nível	de	renda	dos	usuários	e	seus	
hábitos	culturais	(NARCHI,	1989).
Para	estimar	o	consumo	de	água	fria	de	uma	construção,	recorreremos	a	
fontes	de	informações	seguras	e	consolidadas	pelo	seu	frequente	uso	nos	projetos.	
Deste	modo,	por	meio	da	equação	I	podemos	calcular	o	consumo	diário	de	água	
fria	em	uma	construção:
Cd	=	P	.	q	(I)
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
8
Em	que:	
Cd	=	consumo	total	diário	de	água	fria	na	construção	para	fins	de	projeto	(litros/
dia);
P	=	taxa	de	ocupação	estimada	da	construção (nº	de	usuários);
q	=	consumo	unitário	diário	de	água	fria	(litros/usuário.dia).
Vamos relembrar a relação entre unidades físicas importantes para nosso 
estudo?
1 m3 = 1000 litros; e 1 dia = 24 horas = 1440 minutos = 86400 segundos.
NOTA
Perceba	 que	 a	 taxa de ocupação estimada da construção (P)	 pode	 ser	
determinada	 pelos	 critérios	 apresentados	 na	 Tabela	 1.	 O	 número	 de	 usuários	
depende	 do	 uso	 da	 construção	 e	 do	 seu	 tamanho.	 No	 caso	 de	 residências,	 o	
valor	 é	 diretamente	 proporcional	 ao	 número	 de	 dormitórios	 (Tabela	 1).	 Em	
estabelecimentos	comerciais	(escritórios	e	lojas),	a	taxa	depende	da	área	privativa	
dos	 estabelecimentos,	 excluindo-se,	 portanto,	 a	 área	 não	 construída	 e	 de	 uso	
comum	(corredores,	escadas,	elevadores).
Tipologia/Uso da construção Taxa de ocupação (P)
Casas	e	apartamentos	–	residências Duas	pessoas	por	dormitório.
Escritórios Uma	pessoa	por	5,00	m²	de	área	privativa.
Lojas Uma	pessoa	por	2,50	m²	de	área	privativa.
Estabelecimentos	culturais Uma	pessoa	por	5,50	m²	de	área	construída.
Restaurantes Uma	pessoa	por	1,40	m²	de	área	construída.
TABELA 1 – TAXA DE OCUPAÇÃO ESTIMADA DA CONSTRUÇÃO (P)
FONTE: Adaptada de Creder (2006, p. 9)
Os	dados	apresentados	 servem	de	 referência,	mas	nada	 lhe	 impede	de	
realizar	 ajustes	 nas	 taxas	 a	 partir	 de	 um	 conhecimento	mais	 apurado	 sobre	 a	
realidade	do	empreendimento.
Osegundo	 parâmetro	 na	 equação	 I	 é	 o	 consumo unitário diário de 
água fria (q).	Na	Tabela	2,	apresentamos	uma	referência	para	a	estimativa	deste	
parâmetro.	Observe	que	ele	 também	depende	do	uso	em	que	será	destinada	a	
construção.	
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA: ASPECTOS GERAIS
9
Uso da construção Consumo unitário diário (q) (litro/usuário.dia)
Residência	padrão	econômico	e	simples 150
Residência	de	padrão	médio 200
Residência	de	padrão	luxo	 250
Edifícios	públicos,	comerciais	e	escritórios 50
Estabelecimentos	culturais	 1
Restaurantes	e	similares 25
TABELA 2 – CONSUMO UNITÁRIO DIÁRIO DE ÁGUA FRIA (Q)
FONTE: Adaptada de Creder (1996, p. 9)
Taxa de ocupação e consumo unitário diário para outros usos podem ser con-
sultados no livro de Carvalho Júnior (2014). 
Dúvidas também com relação ao padrão das residências? Consulte o Manual de valores 
de edificações de imóveis urbanos do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Enge-
nharia de São Paulo (IBAPE-SP). Acesse e confira atualizações do documento: https://www.
ibape-sp.org.br/adm/upload/uploads/1543595741-VEIU%202017.pdf. 
FONTE: CARVALHO JÚNIOR, R. de. Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura. 8. 
ed. São Paulo: Blucher, 2014. 
DICAS
Determinado	o	número	de	ocupantes	 (P)	e	o	consumo	de	água	fria	 (q),	
é	possível	calcular	o	consumo total diário de água fria na construção para fins 
de projeto	(Cd)	–	equação	I.	Veremos	que	esta	medida	será	fundamental	para	o	
dimensionamento	e	projeto	dos	principais	 componentes	da	 instalação	de	água	
fria.
Outro	fator	importante	de	projeto	é	a	estimativa	mínima	do	número	de	
aparelhos	que	fornecerão	água	aos	usuários	da	construção.	No	Brasil,	tem	sido	
utilizada	uma	publicação	do	Uniform Plumbing Code	 (Tabela	3),	 a	qual	permite	
determinar	um	número	mínimo	de	aparelhos	para	diversas	serventias	de	acordo	
com	o	uso	da	construção	(MACINTYRE,	1996).
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
10
TABELA 3 – NÚMERO MÍNIMO DE APARELHO PARA DIVERSAS SERVENTIAS
FONTE: Adaptada de Macintyre (1996, p. 19-20)
4 DIMENSIONAMENTO DE ALIMENTADOR 
Como	já	observamos	na	introdução	deste	tópico,	o	alimentador	(residencial	
ou	predial)	é	a	tubulação	responsável	por	distribuir	a	água	da	saída	do	hidrômetro	
até	a	construção.	Quando	há	na	residência	o	sistema direto de distribuição de 
água,	seu	dimensionamento	pode	ser	realizado	como	se	fosse	um	“barrilete”.	Por	
esta	razão,	nos	aprofundaremos	em	seu	dimensionamento	no	Tópico	3.	
No	sistema indireto de distribuição,	o	alimentador	seguirá	do	hidrômetro	
até	o	reservatório.	No	reservatório,	uma	válvula	fl	utuadora	(“torneira	de	boia”)	
fechará	a	entrada	de	água	quando	o	nível	máximo	permitido	for	alcançado.	
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA: ASPECTOS GERAIS
11
Caro acadêmico, veja como funciona uma torneira de boia no reservatório. 
Acesse e confira: https://www.youtube.com/watch?v=7sAWEJ7QNLU.
DICAS
No	caso	de	distribuição	indireta,	considerar-se	que	a	vazão	de	projeto	do	
alimentador	(Qalimentador)	é	igual	à	razão	entre	consumo	total	diário	de	água	fria	na	
construção	para	fins	de	projeto	(Cd)	e	o	tempo	de	um	dia	(equação	II).		
Sendo:
Qalimentador	=	vazão	de	projeto	do	alimentador	(litros/s);
Cd	=	consumo	total	diário	de	água	fria	na	construção	(litros/dia);
Δt	=	número	de	segundos	em	1	dia	=	86	400	s.
 
A	 vazão	 do	 alimentador,	 desta	 forma,	 representa	 a	 vazão	 mínima	
(suficiente)	que	a	rede	deve	possuir	para	que	seja	possível	abastecer	a	construção	
por	24h	(BOTELHO;	RIBEIRO	JUNIOR,	2014).	A	partir	da	equação	II	e	da	equação	
da	continuidade,	podemos	deduzir	a	equação	III	para	determinar	o	diâmetro	do	
alimentador	de	uma	construção	com	sistema	indireto	de	distribuição	(BOTELHO;	
RIBEIRO	JUNIOR,	2014).	
Em	que:
Dmín	=	diâmetro	do	alimentador	residencial	ou	predial	(m);
Qalimentador	=	vazão	de	projeto	do	alimentador	(m3/s);	
π	=	3,1415;
v	=	velocidade	da	água	no	alimentador	(entre	0,6	e	1,0	m/s).	
Recomenda-se	 adotar	 velocidade	 entre	 0,6	 e	 1,0	m/s	 nas	 instalações	de	
água,	embora	a	NBR	5626	estabeleça	uma	velocidade	máxima	de	3,0	m/s	(ABNT,	
1998).	 Experiências	 práticas	 têm	 indicado	 que	 nesta	 faixa	 de	 valores	 o	 efeito	
abrasivo	da	água	é	reduzido	e	a	vida	útil	das	tubulações	é	mais	bem	preservada	
(TACHINI,	2015).
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
12
Note	que	é	importante	verificar	se	o	diâmetro	comercial	adotado	(sempre	
maior	que	o	Dmín,	ou	seja,	o	diâmetro	 interno)	continuará	proporcionando	uma	
velocidade	da	água	no	alimentador	entre	0,6	e	1,0	m/s.	Essa	verificação	pode	ser	
feita	por	meio	da	equação	IV.
Sendo:
v	=	velocidade	da	água	no	alimentador	(entre	0,6	e	1,0	m/s);
Dadotado	=	diâmetro	adotado	do	alimentador	residencial	ou	predial	(m);
Qalimentador	=	vazão	de	projeto	do	alimentador	(m3/s);
π	=	3,1415.
Ainda,	com	relação	ao	diâmetro	obtido,	Botelho	e	Ribeiro	Junior	(2014,	p.	
57)	destacam	que:	
-	 O	 diâmetro	 calculado	 é	 o	 diâmetro	 útil	 o	 que	 pode	 ter	 como	
consequência	 uma	 pequena	 variação	 devido	 à	 velocidade	 adotada,	
devendo-se	 sempre	 arredondar	 o	 diâmetro	 obtido	 para	 o	 diâmetro	
comercial	imediatamente	superior.
-	A	maioria	das	distribuidoras	ou	 concessionárias	 adota	o	diâmetro	
de	 20mm	 (3/4”)	 para	 o	 diâmetro	 da	 tubulação	 de	 alimentação	 das	
residências.
[...]
-	O	diâmetro	calculado	é	o	diâmetro	mínimo	e	é	de	suma	importância	
que	seja	calculado	corretamente,	pois	este	 influencia	diretamente	no	
tempo	de	 enchimento	 do	 reservatório,	 sendo	 que,	 se	mal	 calculado	
pode	 provocar	 colapso	 no	 sistema,	 principalmente	 nos	 horários	 de	
pico	(pelo	fato	de	que	a	vazão	de	saída	seria	muito	superior	à	vazão	de	
entrada	no	reservatório).	
CASOS PRÁTICOS – PRINCÍPIOS DA INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA 
FRIA
5 PRÁTICA – PARÂMETROS BÁSICOS DE EMPREENDIMENTOS
Realize	uma	pesquisa	na	 internet	 e	 busque,	 em	 sua	 cidade	ou	 região,	 alguma	
edificação	 em	 lançamento	 cujo	 número	 total	 de	 dormitórios	 seja	 possível	 de	
quantificar.	 Você	 mora	 em	 um	 condomínio?	 Tente	 utilizá-lo	 também	 nessa	
atividade.	Com	o	número	total	de	dormitórios	“em	mãos”,	determine:
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA: ASPECTOS GERAIS
13
a)	O	consumo	total	diário	de	água	fria	desta	construção	para	fins	de	projeto	(Cd).	
b)	Dimensione	e	especifique	o	diâmetro	do	alimentador	predial,	considerando	a	
existência	de	um	sistema	indireto	de	distribuição	de	água	(obs.:	a	especificação	
consiste	em	definir	o	tipo	de	material	e	o	diâmetro	comercial,	ou	seja,	diâmetro	
disponível	no	mercado).	Não	se	esqueça	de	verificar	a	velocidade	da	água	na	
tubulação.	
Objetivos:	aqui	você	será	capaz	estimar	um	consumo	total	diário	de	água	fria	para	
fins	de	projeto,	bem	como	dimensionar	e	especificar	um	alimentador	residencial/
predial	de	uma	construção.
Conceitos:	 taxa	 de	 ocupação	 (Tabela	 1).	 Consumo	 unitário	 diário	 e	 uso	 da	
construção	 (Tabela	 2).	 Consumo	 total	 diário	 de	 água	 fria	 na	 construção	 para	
fins	de	projeto	 (equação	 I).	Vazão	de	projeto	do	 alimentador	predial	 (equação	
II).	 Diâmetro	 do	 alimentador	 residencial	 ou	 predial	 (equação	 III).	 Diâmetros	
nominal	e	interno	de	tubulações	de	PVC.	Velocidade	recomendada	da	água	no	
alimentador	(<	3m/s).	
Descrição	dos	procedimentos:	escolher	empreendimento	por	meio	de	uma	busca	
na	 internet;	 quantificar	 número	 de	 cômodos	 e	 estimar	 número	 de	 habitantes;	
estimar	o	consumo	total	diário	de	água	fria	(Tabelas	1	e	2	e	equação	I);	dimensionar	
alimentar	predial	conforme	item	4,	equações	II	e	III.
R.:	Considerando	um	edifício	padrão	simples	de	16	pavimentos,	40	apartamentos	
e	160	dormitórios.
a)	A	 taxa	 de	 ocupação	 será	 de:	 160	 dormitórios.	 2	 ocupantes/dormitório	 =	 36	
ocupantes.	 Consumo	 unitário	 =	 150	 L/ocupante.	 Cd	 =	 36	 ocupantes.	 150L/
ocupante,	portanto,	Cd	=	54000	L/dia	=	54m³/dia.	
b)	Qalimentador	 =	 54m³/dia/86400s	 =	 0,00064	 m³/s	 (equação	 I).	 Adotando	 uma	
velocidade	de	1m/s,	teremos:
Logo,	o	diâmetro	nominal	adotadopara	o	alimentador	predial	será	de	32	mm.	
Como	o	diâmetro	interno	da	tubulação	de	32	mm	é	igual	à	28mm,	a	velocidade	
efetiva	será	igual	a	velocidade	adotada	no	cálculo	anterior:
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
14
6 PRÁTICA – CONSUMO DE ÁGUA
Busque	dados	nas	faturas	dos	últimos	12	meses	da	conta	de	água	da	concessionária	
sobre	o	consumo	de	água	de	sua	casa.	Se	morar	em	condomínio,	e	for	possível	
o	acesso	às	 faturas,	analise	o	consumo	de	água	do	seu	prédio	ou	condomínio.	
Planilhe	as	informações	de	consumo	e	número	de	habitantes.	Faça	uma	relação	
entre	 o	 consumo	 diário	 e	 o	 número	 de	 habitantes.	 Acompanhe	 também	 os	
efeitos	 da	 sazonalidade.	 Compare	 os	 valores	 encontrados	 com	 os	 valores	 de	
referência	de	 consumo	por	habitante	disponíveis	no	 texto	deste	 livro	didático.	
Se	os	valores	estiverem	elevados,	proponha	ações	para	a	 redução	no	consumo	
da	água.	Apresente	os	dados	no	próximo	encontro	presencial	e	compare	com	as	
informações	obtidas	pelos	seus	colegas.
Objetivos:	 aqui	você	 será	 capaz	 estimar	um	consumo	 total	diário	de	 água	 fria	
“real”	e	confrontar	os	dados	obtidos	com	aqueles	recomendados	aos	projetos.
Conceitos:	dados	de	 fatura	de	consumo	de	água	residência.	Consumo	unitário	
diário	(Tabela	2).	Consumo	per	capita.	Medidas	de	redução	do	consumo	de	água	
em	residências.	
Descrição	dos	procedimentos:	recolher	as	últimas	12	faturas	de	água	de	sua	casa	
ou	condomínio;	planilhar	dados	no	“Excel”	considerando	informações	como:	mês	
da	fatura;	consumo	total;	número	de	habitantes;	consumo	per	capita;	verificar	os	
efeitos	da	sazonalidade	no	consumo;	propor	medidas	de	redução	do	consumo	de	
água.
R.:	O	seguinte	histórico	de	consumo	foi	levantado	em	uma	residência	unifamiliar	
de	padrão	médio	habitada	por	três	pessoas.	O	consumo	per	capita	foi	calculado	
considerando	que	cada	mês	possui	30	dias.
Mês Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Consumo 
total (m³)¹ 13,5 12,6 9,9 8,1 9,0 9,0 9,9 9,9 10,8 8,1 13,5 16,2
Consumo per 
capita diário 
(L/dia)
150 140 110 90 100 100 110 110 120 90 150 180
Informação	retirada	da	fatura	de	água.
Observa-se	que	o	consumo	de	água	aumentou	nos	meses	de	verão,	provavelmente	
devido	às	 férias	e	o	recebimento	de	visitas.	O	uso	de	uma	pequena	piscina	de	
1000	 litros	durante	os	meses	de	dezembro	e	 janeiro	 é	 também	um	dos	 fatores	
explicativos	do	aumento	significativo	do	consumo.	Do	mesmo	modo,	observa-se	
que	em	nenhum	dos	meses	foi	ultrapassado	o	consumo	unitário	diário	de	200	L/
dia	(Tabela	2),	o	que	indica	que	os	valores	possuem	certa	“margem	de	segurança”.	
TÓPICO 1 — INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA: ASPECTOS GERAIS
15
Exemplo	de	ações	para	a	redução	do	consumo	de	água:	uso	de	descarga	com	caixa	
acoplada,	inspeção	das	instalações	(verificação	de	infiltrações),	reuso	da	água	da	
máquina	de	lavar	roupas	para	lavagem	de	áreas	comuns	e	conscientização	dos	
usuários	no	que	se	refere	ao	tempo	no	banho	e	outras	atividades	de	consumo.	
16
Neste tópico, você aprendeu que:
•	 Existem	diferentes	sistemas	de	abastecimento	e	distribuição:	indireto,	direto	e	
misto.
•	 É	necessário	definir	o	consumo	total	diário	de	uma	construção	para	o	projeto	
de	 instalação	de	 água	 fria,	 proporcionando	 conforto	 e	 economia	 ao	usuário	
final.
•	 Um	alimentador	residencial/predial	de	uma	construção	deve	ser	dimensionado	
e	especificado	em	projeto.
RESUMO DO TÓPICO 1
17
1		Sobre	os	elementos	básicos	de	uma	 instalação	de	água	 fria,	classifique	V	
para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
(			)	O	reservatório	residencial	armazena	água	com	o	intuito	de	regularizar	o	
fornecimento	de	água	diante	de	uma	possível	paralisação	do	fornecimento	
público.
(	 	 	)	O	sistema	conhecido	como	“ladrão”	é	composto	por	uma	tubulação	de	
saída	na	parte	inferior	do	reservatório.
(			)	Registros	são	acessórios	importantes	para	que	se	possa	realizar	o	controle	
das	instalações	prediais	de	água	fria.
(			)	O	hidrômetro	deve	estar	em	um	local	inacessível	a	terceiros.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	(			)	V	–	F	–	V	–	F.
b)	(			)	F	–	F	–	V	–	V.
c)	(			)	V	–	V	–	V	–	F.
d)	(			)	F	–	F	–	F	–	V.
2		Considere	um	edifício	comercial	com	3000	m²	de	área	privativa.	Determine	
o	consumo	total	diário	de	água	fria	na	construção	para	fins	de	projeto,	o	
número	mínimo	de	vasos	sanitários	e	o	diâmetro	mínimo	do	alimentador	
predial.	Além	disso,	determine:
a)	Consumo	total	diário	de	água	fria	na	construção	para	fins	de	projeto.
b)	O	número	mínimo	de	vasos	sanitários	necessários.
c)	O	diâmetro	do	alimentador	predial.
AUTOATIVIDADE
18
19
TÓPICO 2 — 
UNIDADE 1
RESERVATÓRIOS E SISTEMAS DE BOMBEAMENTO: 
DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES
1 INTRODUÇÃO 
No	 tópico	 anterior,	 observamos	 que	 sistemas	 de	 distribuição	 indireta	
fazem	uso	de	reservatórios	com	ou	sem	bombeamento.	Estudamos	também	que	
a	função	dos	reservatórios	é	garantir	regularidade	no	fornecimento	de	água	sem	
prejuízo	a	sua	potabilidade	(BOTELHO;	RIBEIRO	JUNIOR,	2014).
 
Agora	estamos	preparados	para	estudar	aspectos	práticos	dos	reservatórios 
e de sistemas de bombeamento.	Estará	incluso	no	nosso	estudo,	o	dimensionamento	
de	 tubulações	 intermediárias,	 conhecidas	 como	 tubulações de recalque e sucção.	
Elas	farão	o	papel	de	conectar	o	sistema	de	bombeamento	ao	reservatório.
 
Os	reservatórios	de	água	fria	podem	ser	classificados	em	duas	categorias:	
superior	 e	 inferior.	 Em	 geral,	 pequenas	 residências	 possuem	 apenas	 um	
reservatório	na	parte	superior	da	construção.	Já	em	edificações	multifamiliares	de	
médio	e	grande	porte	é	comum	o	emprego	de	reservatório	nas	duas	localizações.
Independentemente	de	 sua	posição	na	 construção,	 a	NBR	5626	 ressalta	
que	 o	 volume	 de	 reservação	 no	 sistema	 de	 instalação	 de	 água	 fria	 deve	 ser	
estabelecido:	 “[...]	 levando-se	 em	 consideração	o	padrão de consumo de água 
no	 edifício	 e,	 onde	 for	 possível	 obter	 informações,	 a	 frequência	 e	 duração	 de	
interrupções	do	abastecimento”	(ABNT,	1998,	p.	10,	grifo	do	autor).
A	 locação	 do	 reservatório	 também	 é	 muito	 importante.	 O	 local	 deve	
permitir	sua	inspeção	e	limpeza.	Evita-se	apoiá-lo	em	superfícies	potencialmente	
contaminadoras	 como	o	 solo	ou	perto	de	 tubulações	de	esgotamento	 sanitário	
(ABNT,	1998).		Por	isso,	a	sua	instalação	deve	ser	concebida	sempre	de	maneira	
integrada	com	o	projeto	arquitetônico,	estrutural	etc.	Deve-se	prever	o	local	exato	
do	reservatório,	bem	como	suas	dimensões	geométricas,	seu	material	constituinte	
e	seu	volume	máximo	de	armazenamento.	Carvalho	Júnior	(2014,	p.	39)	sugere	
também	que:	
Reservatórios	de	maior	capacidade	devem	ser	divididos	em	dois	ou	
mais	 compartimentos	 (interligados	 por	meio	 de	 um	 barrilete),	 para	
permitir	operações	de	manutenção	sem	interrupção	na	distri	buição	de	
água.	O	arquiteto	[e	o	engenheiro]	deve	também	verificar	a	necessidade	
ou	não	da	reserva	de	incêndio,	que	deverá	ser	acrescida	à	capacidade	
destinada	ao	consumo	quando	colocada	no	reservatório	superior	ou	
em	um	reservatório	independente.	
20
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
Além	do	dimensionamento	e	da	localização	dos	reservatórios,	o	projetista	
deve	prever	uma	altura	adequada	para	o	barrilete,	com	facilidade	de	acesso	para	
a	realização	da	manutenção	do	sistema	(BOTELHO;	RIBEIRO	JUNIOR,	2014).	
Você sabe o que é barrilete? Segundo a NBR 5626 (ABNT, 1998), o barrilete no 
sistema de distribuição indireto é uma tubulação de saída do reservatório em que derivam 
as demais tubulações de distribuição de água na residência. Já no sistema direto, sem 
reservatório, ele faz também o papel de alimentador.
NOTA
No	seu	livro	Instalações Hidráulicas,	Carvalho	Júnior	(2014,	p.	47)	aponta	
também	questões	práticas	importantes	sobre	os	reservatórios:
Os	 reservatórios	domiciliares	devem:	 ser	providos	obrigato	riamente	
de	 tampa	 que	 impeça	 a	 entrada	 de	 animais	 e	 corpos	 estranhos;	
preservar	 os	 padrões	 de	 higiene	 e	 segurançaditados	 pelas	 normas;	
ter	 especificação	 para	 recebimento	 relativa	 a	 cada	 tipo	 de	material,	
inclusive	 métodos	 de	 ensaio.	 Na	 instalação,	 de	vem	 ser	 tomados	
alguns	cuidados	especiais.	A	caixa	d’água	deve	ser	instalada	em	local	
ventilado	e	de	fácil	acesso	para	inspeção	e	limpeza.	Recomenda-se	um	
espaço	mínimo	em	torno	da	caixa	de	60	cm,	podendo	chegar	a	45	cm	
para	caixas	de	até	1000	litros.	O	reservatório	deve	ser	instalado	sobre	
uma	 base	 estável,	 capaz	 de	 resistir	 aos	 esforços	 sobre	 ela	 atuantes.	
A	 base,	 preferencialmente	 de	 concreto,	 deve	 ter	 a	 superfície	 plana,	
rígida	e	nivelada	sem	a	presença	de	pedriscos	pontiagudos	capazes	de	
danificar	a	caixa;	a	furação	também	é	importante:	além	de	ferramentas	
apropriadas,	 o	 instalador	 deve	 verificar	 os	 locais	 indicados	 pelo	
fabricante	antes	de	começar	o	procedimento.
Na	Figura	3,	observamos	o	perfil	de	um	típico	reservatório	de	concreto	
divido	em	dois	compartimentos.	Tubos	de	ventilação	e	tampas	são	observados	
na	 parte	 superior.	 Perceba	 a	 presença	 de	 registros	 de	 gaveta	 (RG)	 nos	 vários	
barriletes.	Eles	garantirão	o	controle	do	fornecimento	de	água	fria	na	edificação.	
Observe	também	a	tomada	de	água	mais	alta	para	o	consumo.	Essa	configuração	
garante	 que	 a	 reserva	 (técnica)	 de	 incêndio	 seja	 preservada	 para	 casos	 de	
emergência	(Figura	3).
TÓPICO 2 — RESERVATÓRIOS E SISTEMAS DE BOMBEAMENTO: DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES
21
FIGURA 3 – PERFIL TÍPICO DE RESERVATÓRIO DE CONCRETO MOLDADO IN LOCO COM 
DOIS COMPARTIMENTOS E RESERVA TÉCNICA DE INCÊNDIO
FONTE: Carvalho Júnior (2014, p. 45)
2 DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIO
Qual	 será	 o	 tamanho	 adequado	 para	 o	 reservatório	 da	 construção?	
Segundo	Tachini	 (2015),	é	recomendável	que	o	volume	total	de	reservação	não	
seja	inferior	ao	consumo	diário	estimado	e	previsto	em	projeto,	desconsiderando	
a	reserva	técnica	de	incêndio.	Assim,	espera-se	que	qualquer	reservatório	esteja	
preparado	para	suprir	um	desabastecimento	com	pelo	menos	24	horas	de	duração	
(ABNT,	1998).	
Em	geral,	podemos	admitir	uma	reservação	equivalente	entre	uma	ou	três	
vezes	o	consumo	diário	(CARVALHO	JÚNIOR,	2014).	Por	meio	da	equação	(V),	
portanto,	a	capacidade	total	de	reservação	pode	ser	definida	como:
Em	que:
CR	=	capacidade	mínima	total	do	reservatório	da	construção,	sempre	≥	500	litros	
(litros);
N	=	número	de	dias	em	um	hipotético	cenário	de	desabastecimento	(entre	1	e	3	
dias);
Cd	=	consumo	total	diário	de	água	fria	na	construção	para	fins	de	projeto	(litros/
dia);
RTI	=	reserva	técnica	de	incêndio,	quando	aplicável	(litros).
 
22
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
Para	 residência	 de	 pequeno	 porte,	 a	NBR	 5626	 recomenda	 uma	 reserva	
mínima	de	500	litros	de	água	fria	(ABNT,	1998).	Quanto	à	tipologia,	você	poderá	
encontrar	no	mercado	reservatórios	de	poliéster	reforçado	com	fibra	de	vidro	ou	de	
fibrocimento.	Existe	também	a	possibilidade	de	fabricá-lo	na	própria	obra,	in	loco.
Os	reservatórios	moldados	in	loco	podem	ser	construídos	de	alvenaria	ou	
concreto	armado.	São	empregados	geralmente	quando	se	necessita	armazenar	um	
grande	volume	de	água	(CARVALHO	JÚNIOR,	2014)	ou	quando	há	dificuldades	
de	 transporte	 de	 um	 reservatório	 pré-fabricado	 para	 o	 topo	 da	 edificação.	A	
execução	do	concreto	moldado	in	loco	deve	atender	aos	procedimentos	e	requisitos	
da	NBR	6118	–	Projeto	de	Estruturas	de	Concreto,	considerando,	evidentemente,	
um	adequado	e	detalhado	projeto	de	impermeabilização	(NBR	9575).
Anteriormente,	comentamos	da	possiblidade	de	um	reservatório	na	parte	
inferior	 e	 superior	 da	 edificação,	 não	 é	 verdade?	A	 seguir,	 veremos	 algumas	
considerações	práticas	sobre	as	suas	características	e	formas	de	dimensionamento.
2.1 RESERVATÓRIO INFERIOR
	 O	uso	do	reservatório	inferior	é	muito	útil	quando	se	trabalha	com	
edificação	de	médio	e	grande	porte.	Por	meio	da	divisão	do	volume	armazenado,	
reduzimos	 a	 sobrecarga	 sobre	 a	 estrutura	 da	 edificação.	 Por	 outro	 lado,	 será	
necessário	bombear	a	água	fria	para	o	reservatório	superior.	
 
Algumas	recomendações	de	projeto	e	instalação	são	essenciais	na	hora	de	
construir	um	reservatório	inferior	(CARVALHO	JÚNIOR,	2014;	TACHINI,	2015;	
ABNT,	1998):	
•	 O	 reservatório	 deve	 ser	 instalado	 em	 local	 de	 fácil	 acesso,	 bem	 ventilado	 e	
limpo	(livre	de	possíveis	contaminações).
•	 Sua	 instalação	 deve	 ser	 afastada	 de	 tubulações	 de	 esgoto	 para	 prevenir	
contaminação	por	vazamentos.
•	 As	tampas	devem	ser	elevadas	pelo	menos	10	cm	em	relação	ao	piso	acabado	
para	evitar	a	drenagem	de	contaminantes.
•	 Material	deve	haver	proteção	anticorrosão.
•	 No	 projeto	 deve	 haver	 um	 espaço	 físico	 para	 localização	 do	 sistema	 de	
bombeamento	 (elevatório),	 proporcionando	 espaço	 para	 instalação	 de	 dois	
conjuntos	motobomba	 –	 caso	um	deles	 esteja	passando	por	manutenção	 ou	
venha	a	falhar.
Recomenda-se	que	o	volume	de	um	reservatório	inferior	seja	igual	a	60%	
da	reserva	total	–	sem	considerar	a	reserva	técnica	de	incêndio,	pois	esta	estará	
localizada	no	reservatório	superior.	Portanto,	a	fórmula	adotada	para	cálculo	do	
reservatório	inferior	é	igual	a:
TÓPICO 2 — RESERVATÓRIOS E SISTEMAS DE BOMBEAMENTO: DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES
23
Em	que:
RI =	volume	do	reservatório	inferior	(litros);
CR	=	capacidade	mínima	total	do	reservatório	da	construção	(litros);
RTI	=	reserva	técnica	de	incêndio,	quando	aplicável	(litros).
2.2 RESERVATÓRIO SUPERIOR
O	dimensionamento	do	 reservatório	 superior	 também	 leva	 em	 conta	 o	
consumo	 diário.	 Adota-se	 o	 valor	 complementar	 ao	 volume	 do	 reservatório	
inferior,	ou	seja,	40%	da	capacidade	mínima	total	acrescida	do	volume	de	RTI	
(TACHINI,	2015).	O	volume	total	é	expressado	pela	equação	VII:	
Em	que:
RS	=	volume	do	reservatório	superior	(litros);
CR	=	capacidade	mínima	total	do	reservatório	da	construção	(litros);
RS	=	volume	do	reservatório	inferior	(litros).
Especialistas apontam que a reserva técnica de incêndio costuma variar entre 
5000 e 8000 litros (TACHINI, 2015), contudo, nada dispensa a necessidade e obrigatoriedade 
de considerar os procedimentos e critérios da NBR 13714/2000 – Instalação Hidráulica 
contra Incêndio.
NOTA
Ainda	seria	possível	destacar	alguns	pontos	importantes	e	práticos	que	lhe	
ajudarão	a	elaborar	um	projeto	econômico,	 integrado	e,	 tecnicamente,	eficiente	
para	o	reservatório	superior	(CARVALHO	JÚNIOR,	2014):
•	 Poderá	 ser	 alimentado	 diretamente	 pelo	 alimentador	 residencial/predial	 ou	
pela	tubulação	de	recalque.
•	 Em	 geral,	 o	 projeto	 deve	 localizá-lo	 mais	 próximo	 possível	 dos	 pontos	 de	
consumo.	Desta	maneira,	a	instalação	de	água	fria	tende	a	ser	mais	econômica	
e	mais	eficiente	do	ponto	de	vista	energético	(veremos	mais	à	frente	a	questão	
da	“perda	de	carga”).
•	 Projetistas	 costumam	 posicionar	 o	 reservatório	 superior	 sobre	 escadas	 de	
emergência	devido	à	presença	de	vãos	relativamente	menores,	isto	é,	onde	há	
maior	proximidade	entre	pilares.
24
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
•	 É	importante	prever	a	facilidade	de	acesso	ao	reservatório	superior,	com	escadas	
e	portas	independentes.	Recomenda-se	a	colocação	de	avisos	que	indiquem	a	
proibição	da	obstrução	do	acesso.
•	 O	 acesso	 ao	 interior	 de	 reservatórios	 superiores	 moldados	 in loco	 deve	 ser	
garantido	 por	meio	 de	 uma	 abertura	mínima	 de	 60x60	 cm	para	 inspeção	 e	
limpeza.	
Cuidados devem ser tomados durante a limpeza para que o sistema de 
impermeabilização não seja danificado.
ATENCAO
2.3 ELEMENTOS COMPLEMENTARES
Tão	 importante	 quanto	 o	 conhecimento	 do	 reservatório,	 é	 também	 o	
conhecimento	dos	seus	elementos	complementares.	Para	que	a	reservação	cumpra	
seu	propósito	na	 instalação	hidráulica,	 é	necessário	que	estes	elementos	 sejam	
conhecidos	 e	 instalados	 de	maneira	 correta.	 Na	 Figura	 4,	 observamos	 alguns	
deles	 conectados	 ao	 sistema	de	 reservação	de	 água	 fria.	Por	meiodo	 seu	uso,	
evita-se	a	interrupção,	o	vazamento,	a	sobrepressão	e	a	contaminação	da	água.
FIGURA 4 – ELEMENTOS COMPLEMENTARES EM UM RESERVATÓRIO DE ÁGUA FRIA PADRÃO – 
POLIMÉRICO
FONTE: SABESP (2016, p. 1)
A	seguir,	listam-se	os	elementos	complementares	enumerados	na	Figura	
4	(BOTELHO;	RIBEIRO	JUNIOR,	2014;	CREDER,	2006):
TÓPICO 2 — RESERVATÓRIOS E SISTEMAS DE BOMBEAMENTO: DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES
25
1)	Tubo	de	entrada:	local	de	alimentação	do	reservatório,	onde	ocorrerá	a	entrada	
de	água	proveniente	do	sistema	público/privado	de	abastecimento.
2)	Registro	 de	 entrada:	 por	 meio	 deste	 equipamento	 a	 entrada	 de	 água	 no	
reservatório	pode	ser	controlada	para	fins	de	inspeção,	limpeza	e	manutenção.
3)	Adaptador	(ou	flange)	de	entrada:	conecta	o	tubo	de	entrada	com	o	reservatório.
4)	Torneira	 de	 boia:	 como	 já	 vimos	 nesse	 tópico,	 esse	 elemento	 serve	 para	
interromper	a	entrada	de	água	quando	o	nível	operacional	máximo	é	alcançado,	
evitando	o	transbordamento	do	reservatório.
5)	Adaptador	(flange)	de	extravasor:	conecta	o	reservatório	com	o	tubo	extravasor.
6)	Extravasor:	 também	conhecido	como	“ladrão”.	É	uma	tubulação	que	evita	o	
transbordamento	do	reservatório	e	em	geral	é	duas	vezes	maior	que	o	diâmetro	
da	 tubulação	 de	 entrada.	 Perceba	 que	 em	 algumas	 pias	 de	 cozinha	 ou	 de	
banheiro	há	um	pequeno	“furo”	no	canto	superior	que	possui	a	mesma	função,	
evitar	que	o	nível	máximo	de	água	seja	superado.
7)	Joelho	90o:	direciona	o	tubo	extravasor	à	saída	(aparelho	de	ligação).
8)	Tê	90o:	direciona	o	tubo	extravaso	e	o	conecta	a	saída	do	sistema	(aparelho	de	
ligação).
9)	Tubulação	de	limpeza:	destinada	ao	esvaziamento	do	reservatório	para	permitir	
a	 sua	manutenção	e	 limpeza.	Dúvida	em	relação	ao	diâmetro	a	ser	adotado	
aqui?	Escolha	o	diâmetro	imediatamente	superior	ao	diâmetro	da	tubulação	de	
entrada.
10)	Registro	de	limpeza:	controla	a	saída	pela	tubulação	de	limpeza,	portanto,	em	
situações	normais	de	uso	ele	sempre	se	encontrará	fechado.
11)	Adaptador	 (flange)	de	 limpeza:	 conecta	o	 reservatório	 com	a	 tubulação	de	
limpeza.
12)	Adaptador	(flange)	de	saída:	conecta	o	reservatório	com	a	tubulação	de	saída.	
Recomenda-se	que	esteja	pelo	menos	a	10	cm	de	altura	da	base	do	reservatório.
13)	Registro	de	saída:	controla	a	saída	para	o	ramal	de	distribuição.
14)	Tubulação	de	saída:	também	conhecida	como	barrilete.	Fará	a	distribuição	da	
água	às	colunas	e	aos	ramais	de	consumo.	
3 DIÂMETRO DAS TUBULAÇÕES DE RECALQUE E DE 
SUCÇÃO
Na	Figura	5,	observa-se	uma	típica	disposição	das	tubulações	de	recalque	
e	sucção.	Observe	que	a	tubulação	de	recalque	se	localiza	imediatamente	após	ao	
conjunto	motobomba	e	é	responsável	pelo	transporte	da	água	fria	até	o	reservatório	
superior	(TACHINI,	2015).	Já	a	tubulação	de	sucção	liga	o	reservatório	inferior	ao	
conjunto	motobomba,	fazendo	a	“aspiração”	da	água	(Figura	5).
26
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
FIGURA 5 – ESQUEMA DE INSTALAÇÃO DA BOMBA E TUBULAÇÕES DE RECALQUE E SUCÇÃO
FONTE: O autor
De	 acordo	 com	Macintyre	 (1996),	 para	 evitar	 o	 golpe de aríete,	 deve-
se	prever	velocidades	menores	que	3,0	m/s	nas	 tubulações	e	adotar	dimensões	
diferentes	de	tubulação	de	sução	e	recalque	(MACINTYRE,	1996).	Na	Figura	6,	é	
possível	observar	o	trecho	de	redução	concêntrica	que	ameniza	os	efeitos	nocivos	
do	golpe	de	aríete.	
FIGURA 6 – REDUÇÃO CONCÊNTRICA DA TUBULAÇÃO DE RECALQUE ACOPLADA À BOMBA 
HIDRÁULICA
FONTE: Adaptada de Bombas Hidráulicas (2016)
TÓPICO 2 — RESERVATÓRIOS E SISTEMAS DE BOMBEAMENTO: DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES
27
Já ouviu falar em golpe de aríete? Este fenômeno hidráulico acontece 
quando há um fechamento brusco do fluxo de água na instalação. Devido ao impacto 
do fechamento, a onda de energia transmitida pela água pode danificar seriamente a 
tubulação e o sistema de bombeamento da edificação.
NOTA
O	diâmetro	da	tubulação	de	recalque	pode	ser	calculado	pela	fórmula	de	
Forchheimer,	método	de	cálculo	sugerido	por	Macintyre	(1996)	(equação	VIII).
Em	que:
Drecalque	=	diâmetro	da	tubulação	de	recalque	(m);	
Cd	=	consumo	total	diário	de	água	fria	na	construção	para	fins	de	projeto	(litros/
dia);
k	=	fator	de	conversão	de	unidades,	igual	a	3.600.000;
P	=	número	de	períodos	diários	de	funcionamento	da	bomba;	
h	 =	 tempo	 previsto	 de	 funcionamento	 da	 bomba	 para	 cada	 período	 (horas/
período).
 
Na	Tabela	4,	podemos	observar	recomendações	em	relação	ao	número	de	
períodos	e	ao	tempo	diário	de	funcionamento	previsto	para	a	bomba	(TACHINI,	
2015).	 Os	 dados	 contemplam	 construções	 de	 uso	 residencial,	 comercial	 e	
industrial.	A	quantidade	de	vezes	em	que	a	bomba	funciona	por	dia	é	definido	
como	período	–	P.	O	 tempo	 total	diário	de	 funcionamento	pode	 ser	deduzido	
pela	multiplicação	entre	o	número	de	períodos	e	o	tempo	parcial	(Tabela	4).	Não 
é recomendável usar um tempo total diário maior que 6,66 horas	(ABNT,	1998).
28
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
Tipo de uso da 
construção
P – nº de períodos 
de funcionamento 
(diário)
x
h – Tempo 
parcial
(horas/período)
=
Tempo 
total
(horas)
Residências	e	
hotéis 3 1,5 4,5
Comercial 2 2,0 4,0
Indústria 2 2,0 4,0
TABELA 4 – PERÍODO E TEMPO DE FUNCIONAMENTO RECOMENDADO PARA BOMBAS CEN-
TRÍFUGAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
FONTE: Adaptada de Macintyre (1996, p. 46)
Definido	e	especificado	o	diâmetro	da	tubulação	de	recalque,	considere-
se	o	diâmetro	da	tubulação	de	sucção	(Dsucção)	como	igual	ao	diâmetro	comercial	
disponível	 imediatamente	 superior	 ao	 de	 recalque	 –	 portanto,	 Dsucção	> Drecalque.	
Logo,	se	aplicarmos	a	equação	(VII)	e	hipoteticamente	encontrarmos	um	diâmetro	
da	 tubulação	de	recalque	 (Drecalque)	 igual	a	25	mm,	o	diâmetro	da	 tubulação	de	
sucção	(Dsucção)	será	de	32	mm.
4 CONJUNTO MOTOBOMBA
Creder	 (2006)	descreve	a	bomba	hidráulica	utilizada	nas	 instalações	de	
água	fria	como	uma	máquina	movida	a	energia	elétrica	(ou	a	combustão)	destinada	
a	elevar	a	água	para	o	reservatório	superior	da	edificação.	Recomenda-se	que	o	
projeto	de	edificações	contemple	o	uso	de	pelo	menos	dois	conjuntos	motobomba	
(duas	bombas),	de	modo	que	um	sistema	permaneça	na	“reserva”,	suprindo	a	
edificação	em	eventuais	falhas	da	bomba	“principal”	(TACHINI,	2015).		
Carvalho	Júnior	 (2014)	aponta	dois	 tipos	de	disposição	para	as	bombas	
nas	edificações	(Figura	7):	
1)	Posição	inferior	ou	“afogada”,	abaixo	do	nível	d’água	(N.A.)	do	reservatório	
inferior.	Recomendado	nos	casos	em	que	é	reduzido	o	espaço	disponível	para	o	
conjunto	motobomba.	É	a	disposição	menos	propícia	ao	fenômeno	da	cavitação.	
Uma	maior	proteção	do	sistema	também	é	alcançada.
TÓPICO 2 — RESERVATÓRIOS E SISTEMAS DE BOMBEAMENTO: DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES
29
A cavitação é um fenômeno físico originado por uma forte redução da pressão 
da água durante o bombeamento. O fenômeno provoca a implosão de bolhas, que danifica 
os componentes da bomba e provoca um elevado ruído (CARVALHO JÚNIOR, 2014). 
Cuidado: é necessário considerar este fenômeno para especificar o conjunto motobomba, 
contudo, neste livro, focaremos nossa atenção à determinação da potência (equação VIII).
NOTA
2)	Posição	superior,	acima	do	N.A.	do	reservatório	inferior.	É	o	tipo	de	disposição	
mais	comum.	Proporciona	melhores	condições	de	acesso	e	manutenção.	Contudo,	
por	estar	acima	do	N.A.,	mais	energia	é	gasta	para	a	sucção	e	elevação	da	água	
ao	reservatório.	
FIGURA 7 – RESERVATÓRIO INFERIOR COM: (1) BOMBA “AFOGADA” E (2) BOMBA NÃO “AFOGADA”
FONTE: Adaptada de Carvalho Júnior (2014, p. 41)
As	 classificações	 de	 bombas	 hidráulicas	 variam	 conforme	 modelo	 e	
funcionamento,	existindo	basicamente	três	tipos	(CREDER,	2006):
•	 Volumétricas:	podem	ser	de	êmbolo	(ou	pistão)	ou	rotativas	(de	engrenagem	
ou	palhetas).
•	 De	escoamento:	centrífugas	ou	axiais.
•	 Diversas:	subdivididas	em	injetora,	a	ar	comprimido	ou	carneiro	hidráulico.
Normalmente	 os	 edifícios	 são	 equipados	 com	 bombas	 centrífugas	
acionadaspor	 motores	 elétricos	 (CREDER,	 2006).	 O	 seu	 dimensionamento	
consiste	 em	definir	 sua	potência	 (CV)	 que	 será	 função	da	 altura	manométrica	
(Hman),	da	vazão	(Q)	e	do	rendimento	do	conjunto	motobomba	(η)	–	equação	IX.
30
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
Em	que:
P	=	potência	do	motor	da	bomba	(CV);
γ	=	peso	específico	da	água	(1000	kgf/m3	a	20	ºC);
Cd	=	consumo	total	diário	de	água	fria	na	construção	para	fins	de	projeto	(litros/
dia);
k	=	fator	de	conversão	de	unidades,	igual	a	3.600.000;
P	=	número	de	períodos	diários	de	funcionamento	da	bomba;	
h	 =	 tempo	 previsto	 de	 funcionamento	 da	 bomba	 para	 cada	 período	 (horas/
período);
η	=	rendimento	do	conjunto	motobomba;	
Hman	=	altura	manométrica	(m).
O	 rendimento	 do	 motor	 (η)	 varia	 conforme	 o	 tipo	 e	 o	 fabricante	 do	
equipamento	(MACINTYRE,	1996).	Em	geral,	encontra-se	valores	na	faixa	de	40%	
a	60%	para	bombas	com	até	2	CV,	70%	a	75%	para	bombas	de	2	a	5	CV,	e	80%	para	
bombas	com	mais	de	5	CV	de	potência	(BOHN,	2006).
A	altura	manométrica	(Hman)	é	expressa	pela	equação	X.	Observe	que	ela	
pode	 ser	 definida	 como	 a	 diferença	 entre	 o	 desnível	 geométrico	 (Hr	 ±	Hs)	 e	 a	
somatória	dos	comprimentos	equivalentes	de	perda	de	carga	(“perda	de	energia”)	
ocorrida	nos	trechos	de	sucção	e	recalque	da	instalação.	
Sendo:
Hr	=	altura	de	recalque	(m);	
Hs	=	altura	de	sucção	(m)	(negativa	se	a	bomba	está	abaixo	do	N.A.,	positiva	se	
está	acima	da	N.A.);
∑Δ	hs	=	somatória	da	perda	de	carga	no	trecho	de	sucção	(m);
∑Δhr	=	somatória	da	perda	de	carga	no	trecho	de	recalque	(m).
Perda de carga: fique atento porque este é um conceito muito importante! 
Trataremos aqui como sinônimo de perda de pressão devido ao atrito, às turbulências e 
desvios que a água atravessa no interior da instalação (VIANA, 2019).
NOTA
TÓPICO 2 — RESERVATÓRIOS E SISTEMAS DE BOMBEAMENTO: DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES
31
Na	Figura	8,	podemos	compreender	melhor	o	significado	da	equação	X.	
Nela,	apresenta-se	um	sistema	de	conjunto	motobomba	básico	–	bomba,	acessórios	
e	toda	a	instalação	de	recalque	e	sucção.		As	alturas	de	sucção	e	recalque	estão	
destacadas	a	direita	da	imagem.
FIGURA 8 – ESQUEMA DE CONJUNTO MOTOBOMBA DISPOSTO ACIMA DO NÍVEL D’ÁGUA 
(N.A.) – NÃO AFOGADO
FONTE: Adaptada de Bombas Hidráulicas (2016)
Observe	que	no	trecho	de	sucção	há:	válvula	de	pé	com	crivo		curva	de	
90º  e	a	própria	 tubulação	com	comprimento	 linear	variável;	e	na	 instalação	de	
recalque:	redução	concêntrica  válvula	de	retenção		registro	de	gaveta  joelho	de	
90º  tubulação	com	comprimento	linear	variável	 e	a	saída	da	canalização.	Todos	
esses	itens	devem	ser	levantados	para	que	se	quantifique	a	perda	de	carga	total.
Em	seguida,	a	equação	XI	nos	permite	determinar	a	perda	de	carga	total	
para	o	trecho	de	recalque	ou	sucção:
32
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
Em	que:
∑Δh	=	perda	de	carga	na	tubulação	de	recalque	ou	sucção	(m);	
Lr =	comprimento	real	da	tubulação	de	recalque	ou	sucção	(m);
Lperdas		=	comprimento	equivalente	de	perdas	(ver	Tabela	5)(m);
J	=	perda	de	carga	unitária	(m/m).
O	comprimente	equivalente	das	perdas	de	carga	na	tubulação	de	recalque	
ou	 de	 sucção	 (Lperdas)	 é	 determinado	 por	 meio	 do	 levantamento	 de	 todos	 os	
componentes	do	trecho	(Tabela	5).	Observe	na	tabela	a	seguir	que	seu	valor	(em	
metros)	também	depende	do	diâmetro	da	tubulação.
TABELA 5 – EQUIVALÊNCIA EM METROS DE PERDA DE CARGA PARA CADA CONEXÃO DE 
TUBULAÇÕES EM PVC E METAL
TÓPICO 2 — RESERVATÓRIOS E SISTEMAS DE BOMBEAMENTO: DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES
33
Observações:
a – Os	valores	acima	estão	de	acordo	a	NBR	5626/98	e	Tabela	de	Perda	de	Targa	
da	Tigre	para	PVC	rígido	e	cobre,	e	NBR	92/80	e	Tabela	de	Perda	de	Carga	Tupy	
para	ferro	fundido	galvanizado,	bronze	ou	latão.
b – (*) Os	 diâmetros	 indicados	 referem-se	 à	 menor	 bitola	 de	 reduções	
concêntricas,	com	fluxo	da	maior	para	a	menor	bitola,	sendo	a	bitola	maior	uma	
medida	acima	da	menor.	Ex.:	1	¼”	x	1"	–	1	½”	x	1	¼”
c –	Diâmetro	nominal	em	pol	e	sua	aproximada	equivalência	em	mm:	3/4”	=	25	
mm;	1”	=	32	mm;	1	¼”	=	40	mm;	1	½”	=	50	mm;	2”	=	60	mm;	2	½”	=	75	mm;	3”	=	
85	mm;	4”	=	110	mm;	5”	=	125	mm.			
FONTE: Adaptada de Schneider Motobombas (2006, p. 35)
Para	o	cálculo	da	perda	de	carga	unitária	 (J)	utilizaremos	a	 fórmula	de	
Hazen-Willians	(TACHINI,	2015),	dada	pela	equação	XII:
Em	que:
J	=	perda	de	carga	unitária	(m/m);
Q	=	vazão	resultante	da	razão	entre	consumo	total	diário	de	água	fria	na	construção	
para	fins	de	projeto	 (Cd)	 e	 o	 tempo	 total	 (horas)	 de	 funcionamento	da	 bomba	
(m3/s);
D	=	diâmetro	nominal	da	tubulação	de	recalque	ou	sucção	(m);
C	=	coeficiente	de	rugosidade	da	tubulação	(adimensional),	dependente	do	tipo	
de	material	da	tubulação	(Tabela	6).
Material Coeficiente de Rugosidade (C)
Aço	galvanizado 125
Aço	soldado 130
Cimento-amianto 130
Ferro	fundido	
revestido 125
Polietileno 120
PVC	ou	cobre 140
TABELA 6 – VALORES ADOTADOS PARA O COEFICIENTE DE RUGOSIDADE – C
FONTE: Adaptada de Aguiar (2011)
34
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
A perda de carga também será gerada devido à velocidade da água na 
tubulação (v²/2g), porém ela está sendo desprezada em nossos cálculos. Lembre-se 
também que: a perda de carga deve ser calculada tanto para tubulação de sucção quanto 
para a de recalque. Portando, deverão ser calculados L
v
 e J para os trechos de sucção e 
recalque (∑hs e ∑hc).
NOTA
CASOS PRÁTICOS – RESERVATÓRIOS DE ÁGUA FRIA
5 PRÁTICA – DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIO
A	partir	da	mesma	edificação	utilizada	nos	“CASOS	PRÁTICOS”	do	Tópico	1,	dimensione	
o	sistema	de	reservação	de	água	fria	da	edificação	nas	seguintes	condições:	
a)	reservação	 de	 água	 fria	 em	 um	 único	 compartimento	 superior,	 sem	
reserva	 técnica	 de	 incêndio	 e	 considerando	 a	 possibilidade	 de	 um	 dia	 de	
desabastecimento;	
b)	reservação	de	água	fria	em	dois	reservatórios,	superior	e	inferior,	sem	reserva	
técnica	de	incêndio.	
Objetivos:	com	esta	atividade	você	será	capaz	de	dimensionar	reservatórios	de	
água	fria	com	as	mais	diversas	configurações.
Conceitos:	capacidade	mínima	total	do	reservatório	da	construção.	Número	de	
dias	em	um	hipotético	cenário	de	desabastecimento.	Consumo	total	diário	de	água	
fria	na	construção	para	fins	de	projeto.	Volume	de	reservatório	único	(equação	V).	
Volume	de	reservatório	inferior	e	superior	(equações	VI	e	VII).
Descrição	dos	procedimentos:	 aplicar	 equações	V,	VI	 e	VII	 respectivamente	às	
condições	da	edificação	escolhida.
R.:	Considerando	o	mesmo	exemplo	do	Tópico	1:
a)	 CR	 =	 1	 dia.	 54	m³/dia	 =	 54	m³.	 	 Poderá	 ser	 especificada	 a	 necessidade	 de	 3	
reservatórios	 de	 20	m³,	 totalizando	 um	volume	de	 água	 reservada	 de	 60	m³.	
Importante	considerar	a	viabilidade	arquitetônica	e	estrutural	dessa	medida.
b)	RI	=	0,6.	54m³	=	32,4m³.	RS	=	54m³	-	32,4m³	=	21,6m³.	A	solução	adotada	poderá	
ser:	reservatório	inferior	=	35000	litros.	Reservatório	superior	=	25000	litros.
35
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
•	 Reservatórios	 superiores	e	 inferiores	de	água	 fria	devem	ser	dimensionados	
e	 especificados,	 bem	 como	 conhecidos	 seus	 elementos	 complementares	 de	
instalação.
•	 Tubulações	 de	 recalque	 e	 sucção	devem	 ser	 concebidas	 analiticamente	 e	 de	
modo	a	evitar	o	fenômeno	conhecido	como	golpe	de	aríete.
•	 Um	conjunto	motobomba	pode	ter	as	mais	variadas	disposições	construtivas,	e	
cabe	também	ao	projetista	dimensioná-lo.
36
1		O	reservatório	de	distribuição	de	água	potável	é	um	elemento	importante	
da	instalação	predial	de	água	fria.	A	estrutura	permite	a	regularização	da	
vazão	e	o	fornecimento	de	pressões	adequadas	para	a	rede.	Contudo,	o	seu	
uso	requer	cuidados	referentes	à	instalação,	manutenção	e	limpeza.	Com	
base	no	exposto,	 classifique	V	para	as	 sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	
falsas:
(		)	É	recomendável	que	o	reservatório	superior	esteja	o	mais	próximo	possível	
dos	pontos	de	consumo.(		)	Durante	 a	 limpeza	 dos	 reservatórios	 moldados	 in	 loco,	 há	 o	 risco	
de	 danificação	 do	 sistema	 de	 impermeabilização,	 por	 isso,	 somente	
profissionais	habilitados	devem	realizar	este	serviço.	
(		)	A	torneira	de	boia	é	dispensável	em	um	reservatório	pequeno.
(		)	A	reserva	técnica	de	incêndio	deverá	ser	concebida	a	critério	somente	do/a	
projetista.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)		(			)	V	–	V	–	F	–	F.
b)	(			)	F	–	V	–	F	–	F.
c)	(			)	F	–	F	–	V	–	F.
d)	(			)	V	–	F	–	F	–	V.
2		Determine	os	diâmetros	da	 tubulação	de	recalque	e	sucção,	bem	como	a	
potência	da	bomba	(CV)	para	uma	edificação	com	11	andares.	Os	dados	do	
problema	e	a	instalação	encontram-se	a	seguir
AUTOATIVIDADE
Total	de	dormitórios	na	edificação	 150
Consumo	unitário	diário	(per	capita) 200	litros
Altura	estática	da	sucção 200	cm
Comprimento	da	tubulação	de	sucção 300	cm
Altura	estática	de	recalque 40,0	m
Comprimento	da	tubulação	de	recalque 61,0	m
Toda	 a	 tubulação	 é	 de	 aço	 galvanizado,	 inclusive	 conexões.	 Sendo	 assim	
determine:
a)	os	diâmetros	de	sucção	e	recalque;	
b)	a	altura	manométrica	total	(Hman).	Sugestão	de	roteiro	de	cálculo:
-	Calcule	a	altura	de	sucção	e	recalque	(Hs	e	Hr).
-	Calcule	∑hs por	meio	do	 comprimento	 real	 e	 do	 comprimento	 virtual	 da	
tubulação	de	sucção.	Determine	nesta	condição	a	perda	de	carga	unitária	
(J).
37
-	Calcule	∑hr por	meio	 do	 comprimento	 real	 e	 do	 comprimento	 virtual	 da	
tubulação	de	recalque.	Determine	nesta	condição	a	perda	de	carga	unitária	
(J).
c)	a	potência	do	motor	para	acionar	a	bomba	em	CV	(equação	IX).
FONTE: Adaptada de Creder (2006, p. 53)
Peças do sistema de bombeamento (figura anterior)
38
39
TÓPICO 3 — 
UNIDADE 1
DIMENSIONAMENTO E ESPECIFICAÇÕES DE RAMAIS, 
COLUNAS E BARRILETES
1 INTRODUÇÃO
Caro	 acadêmico,	 até	 aqui	 abordamos	 aspectos	 práticos	 de	 projeto	 e	
dimensionamento	de	alimentadores,	reservatórios	e	sistemas	de	bombeamento.	
No	início	do	Tópico	1,	vimos	também	os	principais	elementos	de	uma	instalação	
de	água	fria	de	uso	doméstico.	Agora,	focaremos	nossa	atenção	nas	tubulações,	
que	farão	o	papel	de	distribuir	a	água	do	reservatório	para	os	aparelhos	sanitários	
da	construção,	assim,	classificados	em	três	tipos:
•	 barriletes;	
•	 colunas	(ou	prumadas);	
•	 ramais	e	sub-ramais.	
Na	 Figura	 9,	 é	 possível	 observar	 cada	 um	 destes	 elementos	 em	 uma	
instalação	de	água	fria.	Você	já	conferiu	nesta	unidade	que	o	barrilete	no	sistema	
de	distribuição	indireto	é	uma	tubulação	de	saída	do	reservatório	que	se	conecta	
às	 colunas	de	distribuição	 (tubulações	verticais).	Por	 sua	vez,	observe	que	das	
colunas	de	distribuição	se	derivam	os	ramais	e	sub-ramais	(ABNT,	1998).
40
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
FIGURA 9 – BARRILETE, COLUNAS, RAMAS E SUB-RAMAIS EM UMA INSTALAÇÃO DE ÁGUA FRIA 
RESIDENCIAL
FONTE: Adaptada de Carvalho Júnior (2014, p. 70)
No	desenvolvimento	de	um	projeto,	você	terá	a	importante	tarefa	de	traçar	
essas	tubulações	na	construção.	Busque	sempre	manter	certa	proporcionalidade	
na	distribuição.	Leve	em	conta	um	desenho	econômico,	simples,	que	separe	as	
colunas	de	distribuição	conforme	a	natureza	da	sua	utilização.	
Lembre-se	 que	 um	 número	 de	 pontos	 de	 consumo	muito	 concentrado	
em	uma	coluna,	exigirá	um	maior	diâmetro	da	tubulação.	Separe,	por	exemplo,	
uma	coluna	ou	mais	colunas	para	alimentação	do	banheiro	e	outra	coluna	para	
a	 cozinha	 e	 área	 de	 serviço	 (CARVALHO	 JÚNIOR,	 2014).	 Uma	 tubulação	 de	
ventilação	(6),	com	saída	vedada	por	uma	tela,	evitará	a	retrossifonagem	da	água	
e	sua	possível	contaminação.
TÓPICO 3 — DIMENSIONAMENTO E ESPECIFICAÇÕES DE RAMAIS, COLUNAS E BARRILETES
41
As	 tubulações	 de	 distribuição	 atuam	 como	 condutos	 fechados,	
portanto,	 seu	 dimensionamento	 levará	 em	 conta	 princípios	 de	 hidráulica.	 Seu	
dimensionamento	dependerá	de	quatro	parâmetros:	vazão,	velocidade,	perda de 
carga e pressão	(BOTELHO;	RIBEIRO	JUNIOR,	2014).	Em	seu	livro	de	Instalações	
Hidráulicas	Prediais,	Botelho	e	Ribeiro	Junior	(2014)	afirmam	que:
A	vazão	(Q)	é	um	dado	estabelecido,	a priori,	em	função	dos	consumos	
dos	 diversos	 pontos	 de	 utilização	 e	 a	 outra	 variável	 adotada	 é	 a	
velocidade,	fixada	no	valor	máximo	de	3,0	m/s,	visando	minorar	os	
ruídos	 nas	 tubulações	 e	 sobrepressões	 (golpes	 de	 aríete).	 A	 partir	
destes	 dois	 dados,	 por	 intermédio	 dos	 ábacos,	 obtêm-se	 os	 outros	
dois	 dados,	 a	perda de carga	 (h)	 e	 o	 respectivo	diâmetro	 (D)	mais	
adequados,	 ambos	 necessários	 para	 complementação	 do	 projeto	
(BOTELHO;	RIBEIRO	JUNIOR,	2014,	p.	62,	grifo	do	autor).
Já	vimos	anteriormente	que	a	NBR	5626	estabelece	a	velocidade	máxima	
de	 3,0	 m/s	 para	 a	 água	 nas	 tubulações	 (ABNT,	 1998).	 Na	 prática,	 estudos	
recomendam	que	a	velocidade	efetiva	esteja	na	faixa	de	0,6	a	1,0	m/s	(TACHINI,	
2015;	BOTELHO;	RIBEIRO	JUNIOR,	2014).		Ela	pode	ser	verificada	por	meio	
da	equação	XIII,	conhecida	também	como	a	equação	da	continuidade.
Em	que:
v	=	velocidade	da	água	na	tubulação	(m/s);
Q	=	vazão	da	tubulação	(m3/s);
A	=	 área	da	 seção	 interna	da	 tubulação,	 ou	 seja,	 valor	nominal	 (DN)	menos	o	
dobro	da	espessura	da	tubulação	(m2).
A	 perda	 de	 carga	 será	 um	 fator	 igualmente	 importante	 para	 o	
dimensionamento.	Lembra-se	que	ela	representa	o	quanto	de	pressão	é	“perdida”	
na	instalação?		Consideraremos	aqui	as	perdas	de	carga	distribuídas	e	localizadas.	
O	somatório	delas	nos	fornecerá	a	redução	de	pressão	do	sistema	de	distribuição	
(barriletes		colunas		ramais).	
Com	 relação	 aos	 diâmetros	 adotados/comerciais	 das	 tubulações	 de	
distribuição,	 recomenda-se	 evitar	 a	 redução	 do	 tamanho	 das	 tubulações	
no	 sentido	do	fluxo	de	 água	 (barrilete	 	 coluna		 ramais		 sub-ramais).	 Essa	
mudança	tornará	mais	custosa	e	complicada	a	instalação	(BOTELHO;	RIBEIRO	
JUNIOR,	2014).	
Veremos	que	a	pressão mínima e máxima	deverá	também	ser	verificada	
ao	longo	de	todo	o	sistema	de	distribuição,	trecho	a	trecho	(ABNT,	1998).	Segundo	
a	NBR	5626	(ABNT,	1998)	a	rede	de	distribuição	de	água	fria	deve	possuir,	em	
qualquer	um	de	seus	pontos,	pressão	dinâmica	mínima	de	5	kPa	(≈	0,5	mca)	e	
pressão	estática	máxima	de	400	kPa	(≈	40	mca).	
42
UNIDADE 1 — PRÁTICAS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
A pressão estática da água pode ser calculada pelo desnível geométrico entre 
dois pontos analisados na instalação de água fria. A pressão dinâmica da água levará em 
conta também a perda de carga que a água “sofre” em movimento.
NOTA
As	pressões	na	 tubulação	devem	obedecer	aos	 limites	normativos.	Este	
aspecto	 é	de	 suma	 importância	para	que	o	 sistema	atue	de	 forma	apropriada,	
sem	colocar	em	risco	o	desempenho	e	a	integridade	da	instalação	(ABNT,	1998).	
Segundo	Botelho	e	Ribeiro	Junior	(2014),	é	possível	adotar	uma	válvula	redutora	
de	pressão	(VRP)	se	as	pressões	excederem	a	máxima	prevista	pela	NBR	5626.	
Este	acessório	é	muito	comum	em	edificações	altas,	com	mais	de	35	metros	de	
altura	(CARVALHO	JÚNIOR,	2014).	
Veja mais detalhes práticos de instalação, dimensionamento, especificação e 
projeto das válvulas redutoras de pressão no link a seguir: https://thorusengenharia.com.br/
blog/valvula-redutora-de-pressao-o-que-e-como-funciona-aonde-usar-como-escolher-
como-dimensionar-exemplos/
DICAS
Veremos,	a	seguir,	aspectos	de	dimensionamento,	especificação	e	projeto	
de	 sub-ramais,	 ramais,	 colunas	 e	 barriletes.	 Você	 perceberá	 que	 a	 ordem	 de	
apresentação	está	 invertida	em	relação	ao	fluxo	de	água	na	 construção.	Este	 é	
um	processo	padrão,	normal	de	cálculo,	não	estranhe.		O	dimensionamento	das	
tubulações	de	distribuição	segue	uma	ordem	invertida	por	uma	questão	lógica.	
Iniciam-se	pelos	pontos	de	 consumo	para	que	ao	final	 se	 conheça	a	 condições	
global	no	barrilete	da	construção	(ponto	inicial,	saída	de	água	do	reservatório).	
2 SUB-RAMAIS E RAMAIS
Os	sub-ramais,	tubulações	ligadas	diretamente	com	as	peças	de	utilização,	
tratam-se

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