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© 2020 American Heart Association Manual do Profissional de Suporte Básico de Vida Impresso nos EUA: Orora Visual, LLC, 3210 Innovative Way, Mesquite, Texas, 75149, USA ISBN: 978-1-61669-863-8. Edição em português 20-2208. Data da impressão: 10/20 Edição original em inglês Basic Life Support Provider Manual © 2020 American Heart Association Edição de e-book em português © 2020 American Heart Association. ISBN: 978-1-61669-862-1. 20- 2207 Agradecimentos A American Heart Association agradece às seguintes pessoas pela contribuição que deram para o desenvolvimento deste manual: Jose G. Cabanas, MD, MPH; Jeanette Previdi, MPH, Matthew Douma, RN; Bryan Fischberg, NRP; Sonni Logan, MSN, RN, CEN, CVN, CPEN; Mary Elizabeth Mancini, RN, PhD, NE-BC; Randy Wax, MD, MEd; Sharon T. Wilson, PhD, RN, FCN; Brenda D. Schoolfield; e a equipe do Projeto SBV da AHA. Edição em português Hélio Penna Guimarães, MD, PhD, FAHA; Ana Batista, MD; Denis Cristian Toledo Correa, RT; Tathiana Facholli Polastri, RN, Msc; Carolina Felipe Soares Brandão, PhD; Pedro Dinis Esteves Caldeira, RN, Msc; e AHA ECC Intemational BLS Project Team. Para obter informações sobre as atualizações ou correções deste texto, acesse www.international.heart.org. Conteúdo Parte 1: Conceitos gerais do curso Objetivos do curso de SBV Descrição do curso Exigências uara aurovação Sua abordagem em uma tentativa de ressuscitação Eguiuamento de uroteção individual O Manual do J2rofissional de SB V Parte 2: A cadeia de sobrevivência Qbjetivos de aurendizagem Visão geral Elementos da cadeia de sobrevivência Comuaração das cadeias de sobrevivência intra-hosuitalar e extra-hosuitalar Princiuais diferenças entre as cadeias de sobrevivência uediátricas e adultas Perguntas de revisão Parte 3: SBV nara adultos Qbjetivos de aurendizagem Estrutura básica da RCP Eguiues de socorristas de alto desemuenho Princiuais comuonentes de RCP Algoritmo de SBV adulto uara urofissionais da saúde Habilidades de RCP de alta gualidade: Adultos Realização de comgressões torácicas de alta gualidade Técnica de comuressão torácica Administração de ventilações Disuositivos de barreira uara administração de ventilações Máscara de bolso Disuositivos bolsa-válvula-máscara SBV uara adultos com dois socorristas O gue é um instrutor de RCP? Perguntas de revisão Parte 4: Desfibrilador externo automático nara adultos e crianças de 8 anos de idade e acima Qbjetivos de aurendizagem Desfibrilação Uso doDEA Como ouerar um DEA: Etauas universais Minimizar o temuo entre a última comuressão e a administração do chogue Não postergue a RCP de alta gualidade após o uso do DEA Pás de DEA uara crianças Circunstâncias esueciais Perguntas de revisão Parte 5: Dinâmica de Objetivos de aQrendizagem Elementos de eficácia na dinâmica da equip....s;. Funções e resP-onsabilidades Comunicação Orientação e debrie.fing Perguntas de revisão Parte 6: SBV Qara bebês e crianças Q_Qjetivos de aprendizagem Algoritmo de SBV Qediátrico Qara P-rofissionais da saúde com um único socorrista Habilidades de RCP de alta qualidade: Bebês e crianças Avaliar resQiração e QUlso Realização de compressões torácicas de alta qualidade Administração de Ventilações Algoritmo de SBV Qediátrico Qara P-rofissionais da saúde com dois ou mais socorristas SBV para bebês e crianças com dois socorristas Perguntas de revisão Parte 7: Desfibrilador externo automático uara bebês e crianças abaixo de 8 anos de idade Q_Qjetivos de aprendizagem Conheça o DEA DEA de uso pediátrico para cargas reduzidas de choque Escolha e posicionamento das pás Uso do DEA em vítimas a partir de 8 anos de idade Uso do DEA em vítimas menores de 8 anos Uso do DEA em bebês Perguntas de revisão Parte 8: Técnicas de ventilação alternativas Objetivos de aP-rendizagem RCP e ventilações com via aérea avançada Ventilação de resgate Técnicas Qara administrar ventilações sem, um dispositivo de barreira Respiração boca a boca para adultos e crianças Técnicas de ventilação em bebês Cuidado: Risco de distensão gástrica Perguntas de revisão Parte 9: Emergências uotencialmente fatais associadas a ouioides Q_Qjetivos de aprendizagem O que são opioides? Uso P-roblemático de OQioides Identificação de uma emergência com opioides Antídoto para overdose de opioides: Naloxona Sequência de resQosta a emergências P-Otencialmente fatais associadas OQioides Perguntas de Revisão Parte 10: Outras emergências P-Otencialmente fatais Objetivos de anrendizagem Ataque cardíaco AVC Afogamento Anafilaxia Perguntas de revisão Parte 11: Desobstrução do engasgo em adultos, crianças e bebês Q_Qjetivos de aprendizagem Sinais de asfixia Desobstrução da via aérea em adulto ou criança consciente Desobstrução das vias aéreas em vítimas grávidas e obesas Desobstrução das vias aéreas em adulto ou crianç-ª.Jlue não responde Administração de ventilações eficazes quando há obstrução da via aérea Ações aP-ÓS a desobstrução das vias aéreas Desobstrução das vias aéreas em bebês Perguntas de revisão Anêndice Sequência de SBV para adultos com um socorrista Sequência de SBV nara adultos com dois socorristas Considerações de PCR em mulher grávida em condições extra-hospitalares Algoritmo e sequência de emergência associada a OP-ioide para P-rofissionais da saúde Sequência de SBV nara bebês e crianças com um socorrista Sequência de SBV para bebês e crianças com dois socorristas Resumo dos comnonentes de RCP de alta qualidade nara nrofissionais de SBV Sunorte Básico de Vida (SBV) Lista de teste de habilidades de RCP e DEA em adultos Sunorte Básico de Vida (SBV) Descritores de habilidades essenciais nara avaliação de habilidades de RCP e DEA em adulto Sunorte Básico de Vida (SBV) Lista de teste de habilidades de RCP em bebês Sunorte Básico de Vida (SBV) Descritores de habilidades essenciais nara avaliação de habilidades de RCP em bebês Glossário Resnostas a nerguntas de revisão Leituras recomendadas Abreviações Abreviação Definição AP Anteroposterior APD Acesso Público à Desfibrilação DEA Desfibrilador Externo Automático DE Departamento de Emergência DUL Deslocamento Uterino Lateral ECG Eletrocardiograma EPI Equipamento de Proteção Individual FCT Fração de Compressões Torácicas RCE Retorno a Circulação Espontânea RCP Ressuscitação Cardiopulmonar SBV Suporte Básico de Vida SME Serviço Médico de Emergência TVSP Taquicardia Ventricular Sem Pulso T-RCP RCP Assistida por Teleatendente Parte 1: Conceitos gerais do curso Bem-vindo ao Curso de Suporte Básico de Vida (SBV) da American Heart Association para profissionais da saúde. O SBV é fundamental para salvar vidas após uma parada cardiorrespiratória (PCR). Neste curso, você aprenderá as habilidades de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) de alta qualidade para vítimas de todas as idades. Você praticará essas habilidades como socorrista único e como membro de uma equipe com vários socorristas. As habilidades aprendidas neste curso permitirão: • Reconhecer uma PCR. • Acionar o sistema médico de emergência rapidamente. • Responder de forma rápida e confiante. Apesar dos importantes avanços na prevenção, a PCR súbita continua sendo a principal causa de morte em muitos países. Cerca de metade das PCR não são testemunhadas. Os resultados das PCR extra- hospitalares continuam insatisfatórios. Somente 10% dos pacientes adultos com PCR não traumática que são tratados pelo Serviço Médico de Emergência (SME) sobrevivem à alta hospitalar. Este curso ajudará a oferecer às vítimas a melhor chance de sobrevivência. Objetivos do curso de SBV O curso de SBV concentra-se no que os socorristas precisam saber para administrar RCP de alta qualidade em uma variedade de ambientes. Também será necessário saber como atender vítimas de engasgo e a outros tipos de emergências potencialmente fatais. Ao concluir com êxito o Curso de SBV, você será capaz de: • Descrever a importância deRCP de alta qualidade e seu impacto na sobrevivência. • Descrever todos os passos da cadeia de sobrevivência. • Aplicar os conceitos de SBV à cadeia de sobrevivência. • Reconhecer os sinais de alguém que está necessitando de RCP. • Administrar RCP de alta qualidade em adultos, crianças e bebês. • Descrever a importância do uso precoce de um Desfibrilador Externo Automático (DEA). • Demonstrar o uso correto de um DEA. • Administrar ventilações eficazes usando um dispositivo de barreira. • Descrever a importância das equipes na ressuscitação com vários socorristas. • Ser eficaz como membro de uma equipe durante RCP com vários socorristas. • Descrever a manobra de desobstrução da via aérea por corpo estranho para adulto, criança ou bebê. Descrição do curso Este curso prepara você para realizar habilidades de RCP de alta qualidade. A RCP é um procedimento de salvamento de vítimas que apresentam sinais de parada cardiorrespiratória (PCR) (isto é, ausência de resposta, de respiração normal e de pulso). Os dois principais componentes da RCP são compressões torácicas e ventilações. A RCP de alta qualidade aumenta as chances de sobrevivência da vítima. Estude as características de RCP de alta qualidade e coloque-as em prática, para que possa e realizar cada habilidade de forma eficaz. O Conceitos fundam entais: R CP de alta qualidade • Iniciar compressões em 1 O segundos após o reconhecimento da PCR. • Comprimir com força e rapidez: comprima a uma velocidade de 100 a 120/min e uma profundidade de: - No mínimo 5 em para adultos, mas não mais que 6 em. - No mínimo um terço da profundidade do tórax, aproximadamente 5 em, para crianças. - No mínimo um terço da profundidade do tórax, aproximadamente 4 em, para bebês. • Permita o retomo total do tórax após cada compressão. Evite se apoiar sobre o tórax entre as compressões. • Minimize as interrupções nas compressões torácicas (tente restringir as interrupções em menos de 1 O segundos). • Administre ventilações eficazes. Administre cada ventilação durante 1 segundo, o suficiente para elevar o tórax da vítima. Evite ventilação excessiva. Exigências para aprovação Para ser aprovado neste curso e receber o certificado de conclusão do curso de SBV, é necessário: • Participar das demonstrações interativas e práticas de habilidades de RCP de alta qualidade. • Ser aprovado no teste de habilidades de RCP e DEA, em adultos. • Ser aprovado no teste de habilidades de RCP, em bebês. • Obter pontuação mínima de 84% na avaliação teórica. Testes de habilidades É preciso ser aprovado em dois testes de SBV para receber um certificado de conclusão do curso de SBV. Durante o curso, você terá oportunidade de aprender e praticar compressões torácicas, ventilação com bolsa-máscara e de usar um DEA. Depois da prática, o instrutor testará suas habilidades lendo um breve cenário. Você terá que atender da mesma forma que na vida real. O instrutor não orientará nem ajudará você durante os testes de habilidades. Exame A avaliação teórica é um recurso aberto. Isso significa que você pode consultar recursos impressos ou digitais, enquanto estiver realizando a avaliação. Você não poderá, no entanto, discutir as perguntas da avaliação com outros alunos, nem com o instrutor. Exemplos de recursos que podem ser usados incluem as anotações feitas na aula, este manual do profissional e o Manual de atendimento cardiovascular de emergência para profissionais da saúde da American Heart Association. Sua abordagem em uma tentativa de ressuscitação As técnicas e sequências de SBV apresentadas durante este curso constituem uma das abordagens adotadas em uma tentativa de ressuscitação. Mas cada situação é única. Sua resposta será determinada pelos seguintes fatores: • Disponibilidade de equipamentos de emergência. • Disponibilidade de socorristas treinados. • Nível de capacitação. • Protocolos locais. Equipamento de proteção individual O equipamento de proteção individual (EPI) ajuda a proteger o socorrista contra riscos de saúde ou segurança. O EPI varia de acordo com a situação e o protocolo. Pode incluir uma combinação de itens, como luvas cirúrgicas, óculos de proteção, aventais/roupas para o corpo todo, roupas de alta visibilidade, calçados de segurança e capacetes de segurança. Informe-se sobre protocolo local ou verifique com os órgãos reguladores os protocolos de EPI para sua função. O Manual do profissional de SBV Leia o Manual do Profissional de SBV com atenção. Estude as habilidades e as sequências de salvamento. Durante o curso, você aplicará esse conhecimento como socorrista em cenários simulados de emergência. O manual do profissional de SBV é um material de apoio para consulta, mesmo muito tempo depois de você ter concluído o curso. Definições de faixas etárias Neste curso, as definições etárias são as seguintes: • Bebês: menos de 1 ano de idade (excluindo recém-nascidos na sala de parto). • Crianças: de um ano de idade até a puberdade (sinais de puberdade são: pelos no tórax ou nas axilas em meninos e qualquer desenvolvimento de mama em meninas). • Adultos: adolescentes (isto é, após o início da puberdade) e acima. Caixas de texto Este manual inclui caixas de conceitos fundamentais que chamam a atenção para conteúdo específico. o Conceitos fundamentais Essas caixas contêm dados importantes que você deve saber, incluindo os riscos específicos associados a certas intervenções e informações adicionais sobre tópicos relevantes. Perguntas de revisão Responda às perguntas de revisão fornecidas no fim de cada parte. Você pode usá-las para confirmar sua compreensão sobre conceitos importantes de SBV. Parte 2: A cadeia de sobrevivência Durante muitos anos, a American Heart Association adotou, auxiliou e ajudou a desenvolver o conceito de atendimento cardiovascular de emergência. O termo cadeia de sobrevivência fornece uma metáfora útil para os elementos do conceito de sistemas de atendimento cardiovascular de emergência. A cadeia de sobrevivência mostra as ações que devem ocorrer para proporcionar à vítima de PCR a melhor chance de sobrevivência. Cada elo é independente, ainda que conectado aos elos anteriores e posteriores. Se um dos elos se quebrar, a probabilidade de um bom resultado diminui. Objetivos de aprendizagem Ao final desta parte, você será capaz de • Descrever a importância de RCP de alta qualidade e seu impacto na sobrevivência. • Descrever todos os passos da cadeia de sobrevivência. • Aplicar os conceitos de SBV à cadeia de sobrevivência. Visão geral Uma PCR pode ocorrer em qualquer lugar: na rua, em casa ou no Departamento de Emergência (DE) do hospital, no leito do paciente ou na unidade de terapia intensiva. Os elementos do sistema de atendimento e a ordem das ações na cadeia de sobrevivência diferem, de acordo com a situação. O atendimento dependerá se a PCR ocorreu no ambiente extra-hospitalar ou intra-hospitalar. O atendimento também depende se a vítima é adulto, criança ou bebê. As ações na cadeia de sobrevivência diferem de acordo com o ambiente (intra-hospitalar ou extra- hospitalar) e conforme a faixa etária da vítima. Aqui estão as cadeias de sobrevivência específicas (Figura 1): • PCR extra-hospitalar em adultos. • PCR intra-hospitalar em adultos. • PCR extra-hospitalar pediátrica. • PCR intra-hospitalar pediátrica. Figura lA. A cadeia de sobrevivência da American Heart Association 2020. Os elos na cadeia de sobrevivência irão diferir de acordo com o local em que a PCR ocorre, extra- hospitalar ou intra- hospitalar e conforme a idade da vítima. A, Cadeia de sobrevivência pediátrica intra- hospitalar. Figura lB. Cadeia de sobrevivência pediátrica extra- hospitalar. Figura lC. Cadeia de sobrevivência intra- hospitalar adulta. Figura lD. Cadeia de sobrevivência extra- hospitalar adulta. Elementos da cadeia de sobrevivência Embora haja pequenas diferenças nas cadeias de sobrevivência, de acordocom a idade da vítima e dependendo do local da PCR, cada uma inclui os seguintes elementos: • Prevenção e preparação. • Acionamento do Serviço Médico de Emergência. • RCP de alta qualidade, incluindo desfibrilação precoce. • Intervenções de ressuscitação avançadas • Cuidados pós-PCR. • Recuperação. Prevenção e preparação A prevenção e a preparação são a base do reconhecimento rápido da PCR e de uma resposta imediata. Extra-hospitalar. A maioria das PCRs extra-hospitalares em adultos são inesperadas e acontecem em casa. O resultado positivo depende de RCP precoce de alta qualidade e de rápida desfibrilação nos primeiros minutos após a PCR. Programas comunitários organizados que preparam o público leigo para responder rapidamente a uma PCR são fundamentais para melhorar o resultado. A prevenção inclui medidas para melhorar a saúde das pessoas e das comunidades. A preparação inclui programas de conscientização e de treinamento do público para ajudar as pessoas a reconhecerem os sinais de ataque cardíaco e de PCR e a agirem de forma eficiente. O treinamento em RCP e o desenvolvimento de um sistema médico de emergência na comunidade são importantes. Os te leatendentes de emergência (ou sej a, atendentes de chamadas e despachante e reguladores), que fornecem instruções de RCP, ajudam a aumentar as taxas de RCP por pessoas presentes no local e melhoram os resultados. Essa RCP assistida por teleatendente (T-RCP) permite que o público geral execute RCP de alta qualidade e desfibrilação precoce. Aplicativos para celulares ou mensagens de texto podem estar disponíveis para reunir pessoas treinadas em RCP. Aplicativos/mapeamento por telefone celular podem ajudar os socorristas a localizar o DEA mais próximo. A disponibilidade disseminada de DEA ajuda na desfibrilação precoce e salva vidas. Programas de acesso público à desfibrilação (APD) foram criados para reduzir o tempo até a desfibrilação, colocando os DEAs em locais públicos e treinando leigos em como usá-los. Intra-hospitalar. No ambiente intra-hospitalar, a preparação inclui o reconhecimento precoce e a resposta imediata ao paciente que precisar de ressuscitação. Com relação a pacientes adultos que estão no hospital, a PCR normalmente ?Gº Ptece em n nseqdncjg de pi º P de quadros respiratórios ou circulatórios graves. Os profissionais da saúde podem prever e evitar muitas dessas PCR com observação cuidadosa, atendimento preventivo e tratamento precoce de condições pré-PCR. Assim que um profissional da saúde reconhece a PCR, aciona imediatamente o sistema médico de emergência, uma RCP precoce de alta qualidade e uma rápida desfibrilação são essenciais. Muitas instituições realizam treinamento contínuo em ressuscitação. Algumas mantêm equipes de ressuscitação de resposta rápida ou equipes de emergência médica. Acionamento do sistema médico de emergência Extra-hospitalar. Acionar o sistema médico de emergência geralmente significa gritar por ajuda próxima e ligar para o serviço médico de emergência local. No local de trabalho, todos os funcionários devem saber como acionar o sistema médico de emergência em um ambiente específico (Figura 2A). Quanto antes o socorrista acionar o sistema médico de emergência, mais cedo a etapa de atendimento seguinte chegará. Figura 2A. Acione o serviço médico de emergência de acordo com seu ambiente. A, Ambiente extra- hospitalar no local de trabalho. Intra-hospitalar. O acionamento do sistema médico de emergência intra-hospitalar é específico de cada instituição (.Eigura 2B). Um profissional da saúde pode acionar um código, reunir a equipe de resposta rápida ou a equipe de emergência médica ou pedir para que outra pessoa o faça. Quanto antes o profissional da saúde acionar o serviço médico de emergência, mais cedo a etapa de atendimento seguinte chegará. Figura 2B. Ambiente intra-hospitalar. RCP de alta qualidade, incluindo desfibrilação precoce Extra-hospitalar e intra-hospitalar. RCP de alta qualidade com o mínimo de interrupções e desfibrilação precoce são as ações mais intimamente relacionadas a bons resultados de ressuscitação. A RCP de alta qualidade iniciada imediatamente depois da PCR combinada com desfibrilação precoce pode dobrar ou duplicar as chances de sobrevivência. Essas intervenções urgentes podem ser executadas por leigos e profissionais da saúde. As pessoas presentes no local que não têm treinamento em RCP devem, pelo menos, administrar compressões torácicas (também chamadas de RCP somente com as mãos). Mesmo sem treinamento, as pessoas presentes no local podem realizar compressões torácicas com orientação dos teleatendentes de emergência pelo telefone (RCP-T). Intervenções de ressuscitação avançadas Extra-hospitalar e intra-hospitalar. As intervenções avançadas podem ser realizadas por profissionais da saúde treinados em procedimentos médicos durante uma tentativa de ressuscitação. Algumas intervenções avançadas são: obtenção de acesso vascular, administração de medicamentos e colocação de via aérea avançada. Outras são: realização de eletrocardiograma (ECG) de 12 eletrodos ou iniciar mãos). Mesmo sem treinamento, as pessoas presentes no local podem realizar compressões torácicas com orientação dos teleatendentes de emergência pelo telefone (RCP-T). Intervenções de ressuscitação avançadas Extra-hospitalar e intra-hospitalar. As intervenções avançadas podem ser realizadas por profissionais da saúde treinados em procedimentos médicos durante uma tentativa de ressuscitação. Algumas intervenções avançadas são: obtenção de acesso vascular, administração de medicamentos e colocação de via aérea avançada. Outras são: realização de eletrocardiograma (ECG) de 12 eletrodos ou iniciar monitorização cardíaca avançada. Nas duas situações, RCP de alta qualidade e desfibrilação são intervenções importantes, a base de um resultado positivo. Extra-hospitalar. Socorristas leigos oferecem RCP de alta qualidade e desfibrilação com um DEA até que uma equipe de vários socorristas assuma a tentativa de ressuscitação. Essa equipe de alto desempenho continuará a RCP de alta qualidade e a desfibrilação e pode executar intervenções avançadas. Intra-hospitalar. A equipe de alto desempenho em um hospital pode incluir médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos e outros. Além de intervenções avançadas, a RCP por membrana extracorpórea pode ser usada em certas situações de ressuscitação. Cuidados pós-PCR Extra-hospitalar. Após o retomo da circulação espontânea (RCE), todas as vítimas de PCR deverão receber cuidados pós-PCR. Os cuidados pós-PCR incluem suporte a atendimento critico de rotina, como ventilação mecânica e controle da pressão arterial. Esse atendimento começa na cena e continua durante o transporte para um serviço hospitalar. Intra-hospitalar. Uma equipe multidisciplinar fornece esse nível avançado de atendimento. Os profissionais da saúde se preocupam em evitar o retomo da PCR e adaptam tratamentos específicos para melhorar a sobrevivência em longo prazo. Os cuidados pós-PCR podem ocorrer no DE, no laboratório de cateterização cardíaca (lab cat), na UTI ou na unidade coronária. O paciente pode passar por um cateterismo cardíaco. Durante esse procedimento, um cateter é inserido em uma artéria (na maioria das vezes, na virilha ou no braço e levado pelos vasos sanguíneos até o coração do paciente) para avaliar a função cardíaca e o fluxo sanguíneo. Alguns problemas cardíacos, como uma artéria obstruída, podem ser corrigidos ou outros problemas podem ser diagnosticados. Recuperação A recuperação da PCR continua por muito tempo depois da alta hospitalar. Dependendo do resultado, o sobrevivente da PCR pode precisar de intervenções específicas. Essas intervenções podem ser necessárias para resolver as causas subjacentes da PCR ou para fornecer reabilitação cardíaca. Alguns pacientes precisam de reabilitação concentrada na recuperação neurológica. Durante o período de recuperação,o apoio psicológico ao paciente e à família é importante. Os socorristas também podem se beneficiar do apoio psicológico. Comparação das cadeias de sobrevivência intra-hospitalar e extra-hospitalar Cinco elementos principais afetam as cadeias de sobrevivência (Tabela 1). Esses elementos são: apoio inicial, equipes de ressuscitação, recursos disponíveis, restrições à ressuscitação e nível de complexidade. A Tabela 1 mostra as principais diferenças no apoio inicial, nas equipes de ressuscitação e nos recursos disponíveis entre as situações intra-hospitalar e extra-hospitalar. As restrições à ressuscitação e o nível de complexidade são os mesmos nas duas situações. Tabela 1. Comparação dos 5 principais elementos nas cadeias de sobrevivência Suporte inicial Depende de um sistema intra- hospitalar de vigilância, PCR extra-hospitalar Depende do suporte da comunidade e de profissionais monitorização e prevenção de serviço médico de adequados, com equipes de emergência profissionais de suporte básico Equipes de ressuscitação As iniciativas de ressuscitação As iniciativas de ressuscitação dependem dependem • Da interação harmônica dos • Dos socorristas leigos que vários departamentos e precisam reconhecer urna serviços de uma instituição vítima inconsciente e (como a unidade de acionar rapidamente o internação, DE, laboratório sistema médico de de cateterismo cardíaco e emergência UTI) • Dos socorristas leigos que • De uma equipe realizam RCP e usam um multidisciplinar de DEA (se disponível) até que profissionais, que inclui uma equipe de alto médicos, enfermeiros, desempenho assuma as fisioterapeutas, iniciativas de ressuscitação farmacêuticos, psicólogos e • Do serviço médico de outros emergência que transporta a vítima para um serviço hospitalar ou atendimento contínuo Recursos disponíveis Dependendo da instalação, as Os recursos disponíveis podem equipes multidisciplinares estar limitados nos ambientes intra-hospitalares podem ter extra-hospitalares: acesso imediato a pessoal • Acesso ao DEA: Os DEAs adicional, além de recursos do podem estar disponíveis por laboratório de cateterização meio de um programa cardíaca, do DE e da UTI. APD ou incluídos nos equipamentos de primeiros socorros ou de emergência. • Socorristas não treinados: RCP-T ajuda os socorristas não treinados a realizar RCP de alta qualidade. • Equipes de alto desempenho de serviço médico de emergência: Os únicos recursos podem ser os que a equipe trouxer. Recursos de apoio e equipamentos adicionais podem levar algum tempo para chegar. Restrições à ressuscitação Os fatores que podem afetar as duas situações incluem controle da multidão, presença da família, restrições de espaço, recursos, treinamento, transporte de paciente e falhas de dispositivos. Nível de complexidade As tentativas de ressuscitação, intra-hospitalares e extra- hospitalares, são normalmente complexas. Elas exigem trabalho em equipe e coordenação entre os socorristas e os profissionais da saúde. Principais diferenças entre as cadeias de sobrevivência pediátricas e adultas Em adultos, a PCR com frequência é súbita e tem causa cardíaca. Em crianças, no entanto, a PCR com frequência é secundária à insuficiência respiratória e choque. A insuficiência respiratória e o choque podem ser potencialmente fatais. A prevenção da PCR, nas cadeias de sobrevivência pediátricas, é o primeiro elo (1). A identificação de problemas respiratórios ou circulatórios precoce e o tratamento adequado podem evitar a progressão para PCR. A identificação precoce também pode maximizar a sobrevivência. Perguntas de revisão 1. Em quais locais ocorre a maior parte das PCR extra-hospitalares? a. Clínicas de saúde b. Residências c. Instalações recreativas d. Shopping centers C Ocultar resposta ) Answer: b. Residências 2. Qual é a causa mais comum de PCR em crianças? a. Problema cardíaco b. Defeito cardíaco congênito ou adquirido c. Insuficiência respiratória ou choque d. Infecção e sepse C Ocultar resposta ) Answer: c. Insuficiência respiratória ou choque 3. Qual é o terceiro elo na cadeia de sobrevivência extra-hospitalar de adultos? a. Suporte avançado de vida b. RCP de alta qualidade c. Prevenção d. Desfibrilação precoce C Ocultar resposta ) Answer: d. Desfibrilação precoce Consulte "ResP-ostas às P-erguntas de revisão" no AP-êndice. Parte 3: SBV para adultos Esta seção descreve o SBV para adultos. Você aprenderá a realizar as habilidades de RCP de alta qualidade, tanto como socorrista único quanto como membro de uma equipe com vários socorristas. Use as habilidades de SBV para adultos em vítimas adolescentes (isto é, após o início da puberdade) e mais velhas. Objetivos de aprendizagem Nesta parte, você aprenderá a: • Reconhecer os sinais de alguém que está necessitando de RCP. • Administrar RCP de alta qualidade, em adultos. • Administrar ventilações eficazes, usando um dispositivo de barreira. Estrutura básica da RCP Qualquer pessoa pode ser um socorrista e salvar vítimas de PCR (Figura 3). As habilidades de RCP específicas que um socorrista usa dependem de muitas variáveis, como o nível de treinamento, a experiência e a confiança (ou seja, proficiência do socorrista). Outras variáveis são o tipo de vítima (criança ou adulto), equipamentos disponíveis e outros socorristas. Um único socorrista com treinamento limitado ou que tem treinamento, mas possui limitação de equipamentos, pode fazer RCP somente com as mãos. Um socorrista com mais treinamento pode fazer RCP na relação 30:2. Quando vários socorristas estiverem presentes, poderão realizar RCP coordenada com vários socorristas. Figura 3. Componentes de RCP. Aqui estão alguns exemplos: • RCP somente com as mãos. Um socorrista com pouco treinamento e sem equipamento que presencia uma PCR em um homem de meia idade pode administrar apenas compressões torácicas, até a chegada de socorro. • RCP 30:2. Um policial treinado em SBV que encontra um adolescente em PCR realizará compressões torácicas e ventilações usando a relação de 30 compressões para duas ventilações. • Equipe de alto desempenho. Três socorristas de emergência, que são chamados para ajudar uma mulher em PCR realizarão RCP coordenada com vários socorristas: o socorrista 1 realizará compressões torácicas; o socorrista 2, ventilações com um dispositivo bolsa-válvula-máscara; o socorrista 3 usa o DEA. O socorrista 3 também assume a função de instrutor de RCP. Um instrutor de RCP ajuda os membros da equipe a executar uma RCP de alta qualidade e a minimizar as pausas nas compressões torácicas. Equipes de socorristas de alto desempenho As iniciativas coordenadas de vários socorristas durante a RCP podem aumentar a probabilidade de sucesso em uma ressuscitação. As equipes de alto desempenho dividem as tarefas durante a tentativa de ressuscitação. Como membro da equipe, você deve executar habilidades de RCP de alta qualidade para dar sua máxima contribuição a toda iniciativa da equipe de ressuscitação. Consulte a Parte 5 para saber mais sobre o desempenho da equipe. Principais componentes de RCP Os principais componentes da RCP são: • Compressões torácicas. • Abertura de Vias aéreas. • Respiração. Você aprenderá cada uma destas partes neste curso. Algoritmo de SBV adulto para profissionais da saúde O algoritmo de SBV adulto para profissionais da saúde descreve as etapas para o atendimento de um adulto inconsciente por um único socorrista e para vários socorristas (Figura 4). Depois de aprender as habilidades apresentadas nessa parte, use esse algoritmo como referência rápida para realizar RCP de alta qualidade em PCR em um adulto. Figura 4. Algoritmo de SBV adulto para profissionais da saúde. Um socorrista que chega ao lado de uma possível vítima de PCR deve seguir estas etapas sequenciais no algoritmo: Etapa 1: Verificar a segurança do local. Certificar-se de que o local é seguro para elee para a vítima. Etapa 2: Verificar se a vítima responde. Tocar nos ombros da vítima e perguntar em voz alta: "Você está bem?" Se a vítima não estiver consciente, acionar o sistema médico de emergência, via celular. Busque um DEA ou solicite para alguém buscar. Etapa 3: Avaliar respiração e pulso. Verificar o pulso para determinar as ações seguintes. Para reduzir o atraso para o início da RCP, o socorrista pode avaliar a respiração e o pulso simultaneamente. Isso deve levar no máximo 1 O segundos. Etapas 3a e 3b: Determinar as ações seguintes, de acordo com a respiração e o pulso: • Se a vítima estiver respirando normalmente e houver pulso, monitore-a. • Se a vítima não estiver respirando normalmente, mas houver pulso: Administre ventilação de resgate a uma frequência de 1 ventilação a cada 6 segundos ou 1 O ventilações por minuto. Verifique o pulso a cada 2 minutos. Prepare-se para realizar RCP de alta qualidade, se não sentir pulso. Se suspeitar de uso de opioides, administre naloxona se estiver disponível e siga os protocolos locais. • Se a vítima não estiver respirando normalmente ou apresentar apenas gasping e não tiver pulso, inicie a RCP de alta qualidade (Etapa 4). Etapa 4: Inicie a RCP de alta qualidade, na relação de 30 compressões torácicas para 2 ventilações. Use o DEA assim que estiver disponível. Etapas 5 e 6: Use o DEA assim que estiver disponível. Siga as instruções do DEA para verificar o ritmo. Etapa 7: Se o DEA detectar um ritmo chocável, aplique um choque. Reinicie a RCP imediatamente, até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo, aproximadamente a cada dois minutos. Continue administrando RCP e usando o DEA até que os profissionais da equipe de suporte avançado de vida assumam ou a vítima começar a respirar, se movimentar ou reagir de outra forma. Etapa 8: Se o DEA detectar um ritmo não chocável, retome a RCP de alta qualidade até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo, aproximadamente a cada 2 minutos. Continue administrando RCP e usando o DEA até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou a vítima comece a respirar, mover-se ou reagir de outra forma. Para obter uma explicação completa de cada etapa, consulte a SeQuência de SBV para adultos com um socorrista no Apêndice. Habilidades de RCP de alta qualidade: Adultos O aprendizado das habilidades desta seção preparará você para realizar RCP de alta qualidade em adultos. Avaliar respiração e pulso Avalie se a vítima está respirando normalmente e se tem pulso (Figura 5). Isso vai ajudá-lo a determinar as ações apropriadas subsequentes. Figura 5. Verificação simultânea de respiração e pulso. Para minimizar o retardo no início da RCP l, você deve avaliar a respiração e, simultaneamente, verificar o pulso. Esse processo deve levar pelo menos 5 segundos, mas não mais de 10 segundos. Respiração Para verificar a respiração, observe a elevação e retorno do tórax da vítima por, no máximo, 1 O segundos. • Se a vítima estiver respirando: Monitore a vítima, até que chegue ajuda adicional. • Verifique se vítima não respira ou se apresenta somente gasping: Esteja preparado para iniciar RCP de alta qualidade. O gasping não é considerado respiração normal e é um sinal de PCR. O Conceitos fundamentais: Suspiros agonais Suspiros agonais podem se apresentar nos primeiros minutos após uma PCR súbita. Suspiros agonais não são respiração normal. Uma pessoa com gasping aparenta inspiração muito rápida. Ela pode abrir a boca e mexer a mandíbula, a cabeça ou o pescoço, com o gasping. O gasping pode ser vigoroso ou fraco. Pode haver um espaço de tempo entre os gaspings, pois normalmente eles se apresentam de forma muito espaçada e irregular. O gasping pode soar como um suspiro ronco ou gemido Gasping não é respiração normal. É um sinal de PCR. Verificação de pulso carotídeo em um adulto Para realizar verificação do pulso em um adulto, palpe o pulso carotídeo (Figura 5). Se definitivamente não sentir pulso em 10 segundos, inicie a RCP de alta qualidade, começando pelas compressões torácicas. Siga estas etapas para localizar e sentir o pulso carotídeo: • Localize a traqueia (no lado mais próximo de você), usando dois ou três dedos (Figura 6A). • Deslize esses dedos até o sulco existente entre a traqueia e os músculos no lado do pescoço, nos quais é possível sentir o pulso carotídeo (Figura 6B). • Verifique o pulso por no mínimo 5, mas não mais de 1 O segundos. Se você definitivamente não sentir pulso, inicie a RCP com compressões torácicas. Figura 6A. Localização do pulso carotídeo. A, Localize a traqueia. Figura 6B. Sinta o pulso carotídeo com delicadeza. Em todos os cenários, no momento em que a verificação do pulso e da respiração indicar PCR, os seguintes já deverão estar acontecendo: • Alguém acionou o sistema médico de emergência. • Alguém foi buscar o DEA. Realização de compressões torácicas de alta qualidade A base da RCP são as compressões torácicas de alta qualidade. A compressão do tórax durante a RCP bombeia o sangue do coração para o cérebro e, então, para o resto do corpo. Toda vez que você interrompe as compressões torácicas, o fluxo sanguíneo do coração para o cérebro diminui significativamente. Assim que se reiniciam as compressões, são necessárias várias compressões, para que o fluxo sanguíneo volte aos níveis anteriores à interrupção. Por isso, quanto mais as compressões torácicas forem interrompidas e quanto mais longas forem as interrupções, menor será o aporte sanguíneo para o cérebro e órgão vitais. Se a vítima não estiver respirando normalmente ou apresentar apenas gasping e não tiver pulso, inicie a RCP pelas compressões torácicas. Posicionar a vítima Posicione a vítima com o rosto para cima, em uma superficie firme e plana, como o chão ou uma prancha. Isso ajudará a garantir que as compressões torácicas sejam as mais eficazes possível. Se a vítima estiver em uma superficie flexível, como um colchão, a força usada para comprimir o tórax simplesmente afundará o corpo da vítima para dentro dessa superficie. A superficie firme permite que as compressões torácicas e criem fluxo sanguíneo adequado para o coração. Relação compressão-ventilação Se o socorrista estiver sozinho, deve usar a relação compressão-ventilação de 30 compressões para 2 ventilações, para administração de RCP, em vítimas de qualquer idade. Frequência de compressão Comprimir a uma frequência de 100 a 120/min. Essa frequência é a mesma para todas as compressões em vítimas de PCR. Profundidade de compressão Comprima o tórax a uma profundidade mínima de 5 em. Conforme pratica essa habilidade, lembre-se de que as compressões torácicas são, com maior frequência, mais superficiais, em vez de mais profunda. No entanto, é possível comprimir com profundidade exagerada. Comprimir o tórax mais de 6 em em adultos pode reduzir a eficácia da compressão e causar lesões. Usar um dispositivo de feedback de qualidade da RCP pode ajudar a atingir a profundidade ideal de compressão, entre 5 em e 6 em. Retorno do tórax Permitir o retomo completo do tórax (reexpansão) após cada compressão. O retorno do tórax (reexpansão do tórax) permite que o sangue flua para o coração. O retomo incompleto do tórax reduz o sangue que entra no coração, entre as compressões, e reduz o fluxo sanguíneo criado pelas compressões torácicas. Para ajudar a garantir o retomo completo, evite apoiar-se sobre o tórax entre as compressões. Os tempos de compressão torácica e de retomo/relaxamento do tórax devem ser praticamente iguais. Interrupções nas compressões torácicas Minimize as interrupções nas compressões torácicas. Uma duração mais curta das interrupções nas compressões torácicas está associada a um melhor resultado. A proporção de tempo que os socorristas realizam compressões torácicas durante a RCP é chamada de fração de compressões torácicas (FCT). Uma FCT de pelo menos 60% aumenta a probabilidade de RCE,de sucesso do choque e da sobrevivência até a alta do hospital. Com bom trabalho em equipe e treinamento, os socorristas podem, com frequência, atingir 80% ou mais. Essa deve ser a meta em todos os eventos de ressuscitação em eqmpe. Não mova a vítima enquanto a RCP está sendo administrada, a menos que o ambiente apresente perigo (como um prédio em chamas) ou se você achar que não consegue administrar RCP eficazmente na posição ou no local em que a vítima se encontra. Quando o socorro chegar, a equipe de ressuscitação, com base no protocolo local, poderá optar por continuar RCP no local ou transportar a vítima para uma instalação apropriada sem interromper as iniciativas de resgate. SBV de alta qualidade é importante o tempo todo durante o evento de ressuscitação. Técnica de compressão torácica Siga estas etapas para realizar compressões torácicas em um adulto: 1. Posicione-se ao lado da vítima. a. Verifique se a vítima está deitada com o rosto para cima, sobre uma superficie plana e firme. Se a vítima estiver deitada com o rosto para baixo, vire-a com cuidado. Se suspeitar de alguma lesão na cabeça ou no pescoço, tente manter a cabeça, o pescoço e o tronco alinhados ao virar a vítima para cima. É melhor se alguém puder ajudar a virar a vítima. 2. Posicione as mãos e o corpo para administrar compressões torácicas: a. Coloque a base de uma das mãos no centro do tórax da vítima, na metade inferior do estemo (Figura 7 A). b. Coloque a base da outra mão sobre a primeira mão. c. Estique seus braços e posicione seus ombros diretamente sobre as mãos. 3. Administre as compressões a uma frequência de 100 a 120/min. 4. A cada compressão, pressione pelo menos 5 em (isso requer esforço). A cada compressão, procure pressionar diretamente sobre o esterno da vítima (Figura 7B). 5. Ao final de cada compressão, permita o retomo completo do tórax. Evite se apoiar sobre o tórax entre as compressões. 6. Minimize interrupções nas compressões torácicas. (A seguir, você aprenderá a combinar as compressões com ventilações.) Figura 7A. Coloque a base da mão sobre o esterno, no centro do tórax. Figura 7B. Posição correta do socorrista durante as compressões torácicas. Técnica alternativa para compressões torácicas Se tiver dificuldade em pressionar o tórax profundamente durante as compressões, faça o seguinte: • Coloque uma mão no estemo para pressionar o tórax. • Agarre o pulso dessa mão com a outra mão para apoiar a primeira à medida que comprimir o tórax (Figura 8). Figura 8. Técnica alternativa para a compressão torácica em adultos. Essa técnica pode ser útil para socorristas com problema nas articulações, como artrite. Compressões em mulheres grávidas Não postergue a execução das compressões torácicas em uma mulher grávida em PCR. A RCP de alta qualidade, incluindo suporte respiratório e intervenção médica rápida, pode aumentar a chance de sobrevivência da mãe e do bebê. Se você não realizar RCP em uma mulher grávida, quando necessário, as vidas da mãe e do bebê estarão em risco. Execute compressões torácicas e ventilações de alta qualidade para uma mulher grávida, da mesma forma que o faria para qualquer vítima de PCR. Para obter mais informações, consulte Figyra 44. e a sequência no Anêndice. Saiba que, quando uma mulher visivelmente grávida (aproximadamente 20 semanas) está deitada de costas em superficie plana, o úterp çgw pr jwe os grandes vasos sanguíneos do abdome. Essa pressão pode interferir no fluxo sanguíneo para o coração gerado pelas compressões torácicas. Deslocamento uterino lateral (DUL) manual (ou seja, mover o útero manualmente para a esquerda da paciente para aliviar a pressão nos grandes vasos sanguíneos) pode ajudar a aliviar essa pressão. Se socorristas adicionais estiverem presentes e forem treinados, execute DUL contínuo, além de SBV de alta qualidade (Figura 9). Se a mulher for reanimada, coloque-a sobre o lado esquerdo. Isso pode ajudar a melhorar o fluxo para o coração e, portanto, para o bebê. Figura 9A. DUL manual durante a RCP. A, Técnica com uma mão. Figura 9B. Técnica com as duas mãos. O Conceitos fundamentais: Realização de compressões torácicas de alta qualidade • Use uma relação de 30 compressões para 2 ventilações. • Comprima a uma frequênciade 100 a 120/min e uma profundidade de no mínimo 5 em, para adultos. • Permita o retomo total do tórax após cada compressão. Não se apoie sobre o tórax entre as compressões. • Minimize as interrupções nas compressões torácicas. Tente limitar as pausas nas compressões, em menos de 1 O segundos. A meta é uma FCT de pelo menos 60%. Com bom trabalho em equipe, os socorristas podem, normalmente, atingir 80% ou mais. Administração de ventilações Abertura da via aérea Para as ventilações de serem eficazes, é necessário abrir a via aérea da vítima. Há dois métodos para abrir a via aérea: • Inclinação da cabeça-elevação do queixo • Anteriorização da mandíbula Importante: Se houver suspeita de lesão na cabeça ou no pescoço, use a manobra de anteriorização da mandíbula para diminuir o movimento do pescoço e da coluna. Se a anteriorização da mandíbula não abrir a via aérea, use a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo. Se houver vários socorristas, um deles poderá realizar a manobra de anteriorização da mandíbula enquanto o outro admínistra ventilações com um dispositivo bolsa-válvula-máscara. O terceiro socorrista administrará compressões torácicas. ---------------------- Inclinação da cabeça-elevação do queixo Siga estes passos para realizar a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo (Figura 1 0): 1. Coloque urna mão sobre a região frontal da vítima e empurre com a palma da mão para inclinar a cabeça para trás. 2. Coloque os dedos da outra mão sob a parte óssea da mandíbula inferior, próximo ao queixo. 3. Erga a mandíbula para trazer o queixo para frente. Figura lOA. A manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo. A, Obstrução pela língua. Quando a vítima não responde, a língua pode bloquear a via aérea superior. Figura lOB. A manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo eleva a língua, aliviando a obstrução. Ao realizar a inclinação da cabeça-elevação do queixo, certifique-se de: • Não pressionar profundamente o tecido mole abaixo do queixo, pois isso pode fechar a via aérea. • Não fechar a boca da vítima completamente. Anteriorização da mandíbula Quando a inclinação da cabeça-elevação do queixo não funcionar ou quando houver suspeita de lesão da coluna, use a manobra de anteriorização da mandíbula (Figura 11 ). Figura 11. Anteriorização da mandíbula. Siga estas etapas para realizar a anteriorização da mandíbula: 1. Posicione-se na cabeça da vítima. 2. Coloque uma mão em cada lado da cabeça da vítima. Você pode descansar os cotovelos sobre a superficie em que a vítima está deitada. 3. Disponha os dedos das duas mãos sob as angulações da mandíbula da vítima, deslocando o queixo para a frente (Figura 11 ). 4. Se os lábios se fecharem, empurre o lábio inferior com o polegar para abri-los. Se a anteriorização da mandíbula não abrir a via aérea, faça a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo. Dispositivos de barreira para administração de ventilações Ao administrar ventilações durante a RCP, dispositivos de barreira são usados como equipamento de proteção individual. Exemplos são máscara de bolso (preferidas) e protetores faciais. Os socorristas devem substituir os protetores faciais por uma máscara de bolso, na primeira oportunidade. Infecção causada por RCP é extremamente improvável. Apenas alguns casos foram relatados. Ainda assim, a segurança do local e os protocolos de saúde requerem que os profissionais da saúde usem equipamentos de proteção individual, ao realizar RCP no local de trabalho. Máscara de bolso Para realizar ventilações máscara-boca, use uma máscara de bolso (Figura 12). Normalmente, as máscaras debolso têm uma válvula unidirecional, que desvia do socorrista o ar exalado, sangue ou fluidos corporais da vítima. A válvula unidirecional permite que a respiração do socorrista entre pela boca e pelo nariz da vítima e impede que o ar exalado pela vítima volte para o socorrista. Figura 12. Máscaras de bolso para adultos, crianças e bebês. Há diferentes tamanhos de máscara de bolso para adultos, crianças e bebês (Eigura 12). O uso eficaz da máscara de bolso, como dispositivo de barreira, requer instrução e prática. Para usar uma máscara de bolso, posicione-se ao lado da vítima. Essa posição é ideal para RCP com um único socorrista porque você pode administrar ventilações e compressões torácicas sem precisar se reposicionar toda vez em que alternar de função entre as compressões e ventilações. Siga estas etapas para abrir a via aérea com a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo e administre ventilações com uma máscara de bolso: 1. Posicione-se ao lado da vítima. 2. Coloque a máscara de bolso na face da vítima, usando a ponte nasal como referência para uma posição correta. 3. Sele a máscara de bolso contra a face. a. Usando a mão mais próxima da parte superior da cabeça da vítima, coloque o dedo indicador e o polegar sobre a borda da máscara. b. Coloque o polegar da outra mão ao longo da borda inferior da máscara. c. Coloque os três outros dedos da segunda mão na parte óssea da mandíbula e erga-a. Realize a manobra inclinação da cabeça-elevação do queixo (Figura 10). d. Enquanto você eleva a mandíbula, pressione firme e completamente toda a borda externa da máscara para selá-la contra a face (Figura 13). 4. Administre cada ventilação durante 1 segundo, o suficiente para elevar o tórax da vítima. Figura 13. Pressione firme e completamente toda a borda externa da máscara para selá- la contra a face. O Conceitos fundamentais: Ventilações em adultos Lembre-se: ao interromper as compressões torácicas para administrar duas ventilações com um dispositivo de barreira, certifique-se de: • Administrar cada ventilação por 1 segundo. • Observar a elevação visível do tórax a cada ventilação. • Reiniciar as compressões torácicas em menos de 1 O segundos. Teor de oxigênio do ar exalado O ar que inalamos contém em tomo de 21% de oxigênio. O ar que exalamos contém em tomo de 17% de oxigênio. Isso significa que o ar que um socorrista expira ainda contém muito oxigênio para fornecer à vítima, que tanto precisa. Dispositivos bolsa-válvula-máscara Use um dispositivo bolsa-válvula-máscara, se disponível, (Figura 14) para administrar ventilação com pressão positiva para uma vítima que não está respirando ou cuja respiração não está normal. O dispositivo é composto por uma bolsa unida a uma máscara facial. Se a bolsa for autoinsuflável, o dispositivo poderá ser usado com ou sem fonte de oxigênio. Se não estiver ligada a um fluxo de oxigênio, ela fornecerá 21% de oxigênio do ar ambiente. Alguns dispositivos bolsa-válvula-máscara possuem válvula unidirecional. O tipo de válvula pode variar de um dispositivo para outro. Figura 14. Dispositivo bolsa-válvula-máscara. As máscaras faciais são fornecidas em uma variedade de tamanhos. Os tamanhos comuns são: bebê (pequeno), criança (médio) e adulto (grande). Para um ajuste adequado, a máscara deverá: • Estender-se da ponte nasal até um pouco acima da borda inferior do queixo • Cobrir o nariz e a boca; certifique-se de que a máscara não pressionar os (Figura 15) Figura 15. Área correta do rosto para a aplicação da máscara facial. Observe que a máscara não deve pressionar os olhos. A máscara flexível e acolchoada deverá fornecer uma vedação hermética. Se a vedação não for hermética, a ventilação não será eficaz. A ventilação com bolsa-máscara, durante a RCP, é mais eficaz quando dois socorristas a realizam juntos. Um socorrista abre a via aérea e sela a máscara contra a face da vítima, enquanto o outro comprime a bolsa. Todos os profissionais de saúde de SBV devem ter habilidade para usar o dispositivo bolsa-válvula- máscara. É necessário prática para ter proficiência nessa técnica de ventilação. Técnica de ventilação com bolsa-válvula-máscara (um socorrista) Para abrir a via aérea com a inclinação da cabeça-elevação do queixo e usar um dispositivo bolsa- válvula-máscara para administrar ventilações na vítima, siga estas etapas: 1. Posicione-se diretamente acima da cabeça da vítima. 2. Coloque a máscara sobre o rosto da vítima, usando a ponte nasal como guia, para obter a posição correta. Use a técnica C-E a fim de prender a máscara enquanto eleva a mandíbula para manter a via aérea aberta (Figura 16). a. Manobre para inclinar a cabeça. b. Coloque a máscara na face com a parte mais estreita na ponte do nariz. c. Use o polegar e o dedo indicador de cada mão formando um "C" na lateral da máscara, pressionando as bordas contra o rosto. d. Use os dedos remanescentes para erguer os ângulos da mandíbula (3 dedos formam um "E"). Abra a via aérea e pressione o rosto contra a máscara. 3. Comprima a bolsa para administrar ventilações, observando, simultaneamente, se há elevação do tórax. Administre cada ventilação durante 1 segundo, com ou sem oxigênio complementar. Figura 16A. Técnica C-E para prender a máscara enquanto eleva a mandíbula. A, Visão lateral. Figura 16B. Visão aérea. Técnica de ventilação com bolsa-válvula-máscara (mais de dois socorristas) Quando houver 3 ou mais socorristas presentes, dois poderão fornecer ventilação com bolsa-válvula- máscara de maneira mais eficaz do que um único socorrista. Dois socorristas trabalham juntos desta forma (Figura 17): 1. O socorrista 1, posicionado diretamente acima da vítima, abre a via aérea e posicionao dispositivo bolsa-válvula-máscara, seguindo as etapas descritas na seção técnica de ventilação do dispositivo bolsa-válvula-máscara (com um socorrista). a. O socorrista deve tomar cuidado para não pressionar a máscara com muita força, porque isso poderia empurrar a mandíbula do paciente para baixo e bloquear a via aérea. 2. O socorrista 2, posicionado ao lado da vítima, bombeia a bolsa. Figura 17. Ventilação com bolsa-válvula- máscara com dois socorristas. Ventilação para uma vítima com estoma ou tubo de traqueostomia Ao ventilar uma vítima com estoma ou tubo de traqueostomia, posicione a máscara sobre o estoma ou tubo e use as técnicas descritas anteriormente. Uma máscara pediátrica pode ser mais eficaz que uma máscara adulta. Se o tórax não se elevar, você pode conectar o dispositivo bolsa-válvula-máscara diretamente no tubo de traqueostomia. Se o tórax ainda não se elevar, pode ser necessário fechar a boca da vítima e fornecer ventilações sobre o estoma ou tubo de traqueostomia. O Conceitos fundam entais: Dois socorristas para anteriorização da mandíbula e ventilação com bolsa-válvula-máscara Durante a RCP, a anteriorização da mandíbula e a ventilação com bolsa-válvula-máscara são mais eficazes quando dois ou mais socorristas administram a ventilação. Um socorrista deve se posicionar acima da cabeça da vítima e usar ambas as mãos para abrir a via aérea, elevar a mandíbula e manter a máscara presa à face, enquanto o segundo socorrista comprime a bolsa. O segundo socorrista fica posicionado ao lado da vítima. SBV para adultos com dois socorristas Quando encontrar um adulto inconsciente e outros socorristas estiverem disponíveis, trabalhem juntos para seguir as etapas descritas no algoritmo de SBV em adultos para profissionais da saúde (Figura 4). Quando houver mais socorristas para uma tentativa de ressuscitação, mais tarefas poderão ser realizadas simultaneamente. O primeiro socorrista que se encontra ao lado de uma possível vítima de PCR deverá avaliar a cena com relação à segurança e verificar se a vítima está inconsciente. Esse socorrista deverá enviar um outro socorrista para acionar o sistema médico de emergência e buscar o DEA. Quando mais socorristas chegarem,atribua tarefas. Outros socorristas podem ajudar com a ventilação com bolsa-máscara, com as compressões e com o uso do DEA (Figura 18). Figura 18. Vários socorristas podem realizar tarefas simultâneas durante uma tentativa de ressuscitação. Para obter instruções completas passo a passo sobre como seguir o algoritmo de SBV adulto para profissionais da saúde como parte de uma equipe de vários socorristas, consulte a seQuência de SBV para adultos com dois socorristªs pg Apêpdjce Funções e atribuições da equipe em RCP com dois socorristas ou mais Quando mais socorristas estiverem disponíveis para uma tentativa de ressuscitação, poderão e realizar tarefas simultâneas. Em RCP com dois socorristas (Figura 19), ambos têm tarefas específicas. Figura 19. RCP com dois socorristas. Primeiro socorrista: Administração de compressões Posicione-se ao lado da vítima. • Procurar colocar a vítima em posição dorsal, em uma superficie firme e plana. • Realizar compressões torácicas. Comprimir a uma frequência de 100 a 120/min. Comprimir pelo menos 5 em do tórax, em adultos. Esperar o retomo total do tórax, antes de cada compressão e evitar apoiar-se no tórax da vítima entre as compressões. Minimizar as interrupções nas compressões (tentar restringir as interrupções nas compressões torácicas em menos de 10 segundos). Usar a relação compressão-ventilação de 30:2. Contar as compressões em voz alta. • Alternar-se nas compressões a cada 5 ciclos ou a cada 2 minutos (ou com maior frequência, se cansados). Essa troca deve levar menos de 5 segundos. Segundo socorrista: Administração de ventilações Posicione-se na cabeça da vítima. • Manter a via aérea aberta usando: Inclinação da cabeça-elevação do queixo ou Anteriorização da mandíbula • Administrar ventilação para produzir elevação do tórax e evitar ventilação excessiva. • Estimular o primeiro socorrista a: Realizar compressões com profundidade e frequência adequadas Permitir o retomo total do tórax entre as compressões • Quando houver apenas dois socorristas, alternar-se nas compressões a cada 5 ciclos ou a cada 2 minutos, fazendo essa troca em menos de 5 segundos. o Conceitos fundamentais: Equipes de alto desempenho • Ao aplicar as compressões, os socorristas devem se alternar a cada 5 ciclos de RCP (a cada 2 minutos) ou antes, se cansados. • Quando outros socorristas chegarem, eles poderão ajudar na ventilação com bolsa-válvula-máscara, nas compressões e no uso do DEA e de outros equipamentos de emergência (Eigura 18). Desempenho em equipe eficaz para minimizar interrupções nas compressões Equipes eficazes se comunicam continuamente. Se quem faz as compressões contá-las em voz alta, o socorrista que está administrando as ventilações poderá prever quando elas devem ser realizadas. Isso ajuda o socorrista a se preparar para administrar as ventilações eficazmente e minimizar as interrupções nas compressões. Além disso, a contagem alertará ambos os socorristas quando o momento da troca de função estiver se aproximando. Aplicar compressões torácicas eficazes é um trabalho difícil. Se o socorrista que aplica as compressões se cansar, as compressões torácicas não serão tão eficazes. Para reduzir o cansaço do socorrista, alterne a função de administração de compressões a cada 5 ciclos (ou a cada 2 minutos) ou antes, se necessário. Para minimizar as interrupções, troque de função quando o DEA estiver analisando o ritmo. Essa troca deve levar menos de 5 segundos. Alguns profissionais de SBV têm treinamento especial em instrução de RCP para ajudar a equipe de ressuscitação a minimizar as interrupções nas compressões torácicas. Essa função é chamada de instrutor de RCP. O que é um instrutor de RCP? Muitas equipes de ressuscitação incluem a função de instrutor de RCP. O instrutor de RCP ajuda na execução de habilidades de SBV de alta qualidade, permitindo ao líder da equipe se concentrar em outros aspectos do atendimento clínico. Estudos mostraram que as equipes de ressuscitação com um instrutor de RCP realizam RCP de mais alta qualidade, com FCT mais alta e durações de pausa mais curtas que as equipes que não usam um instrutor de RCP. O instrutor de RCP não precisa ser urna função separada, pode ser mais eficazmente unido às responsabilidades do monitor/desfibrilador. As principais responsabilidades do instrutor de RCP são ajudar os membros da equipe a realizar RCP de alta qualidade e a minimizar as pausas nas compressões. O instrutor de RCP precisa de uma linha de visão direta com o responsável pela compressão, portanto deverá ficar em pé ao lado do desfibrilador. Aqui está uma descrição das ações do instrutor de RCP: Coordenar o início da RCP: Assim que for verificado que o paciente não tem pulso, o instrutor de RCP falará: "Sou o instrutor de RCP" e dirá aos socorristas para iniciar as compressões torácicas. O instrutor de RCP pode ajudar o a garantir RCP de alta qualidade. Ele pode baixar a grade da cama ou a própria cama, pegar uma escadinha de degraus ou virar a vítima para colocar uma prancha e as pás de desfibrilação, a fim de facilitar ainda mais a execução da RCP de alta qualidade. Orientar para melhorar a qualidade das compressões torácicas: O instrutor de RCP oferece feedback sobre o desempenho da profundidade e frequência da compressão e do retorno do tórax. Ele informa os dados do dispositivo de feedback da RCP para ajudar o responsável pela compressão a melhorar o desempenho. Isso é útil porque a avaliação visual da qualidade da RCP normalmente é tmprectsa. Informar as metas de médio prazo: O instrutor de RCP informa as metas específicas de médio prazo, para que as compressões e a ventilação estejam dentro do intervalo recomendado. Por exemplo, deve informar ao responsável pela compressão para fazer as compressões a uma frequência de 11 O compressões por minuto, em vez de entre 100 e 120 por minuto. Orientar com relação às metas de médio prazo: O instrutor de RCP oferece aos membros da equipe feedback sobre a frequência e o volume da ventilação. Se necessário, também lembrará a equipe da relação compressão-ventilação. Ajudar a minimizar a duração das pausas nas compressões: O instrutor de RCP se comunica com a equipe para ajudar a minimizar a duração das pausas nas compressões. As pausas acontecem durante a desfibrilação, troca do responsável pela compressão e colocação de uma via aérea avançada. Perguntas de revisão Cenário: Um homem de 53 anos de idade sofre um colapso súbito e fica inconsciente. Você testemunha o colapso e é o primeiro socorrista na cena, onde o homem está deitado, imóvel, no chão. 1. Qual a primeira medida que você deve tomar nessa situação? a. Acionar o sistema médico de emergência. b. Iniciar a RCP de alta qualidade, começando pelas compressões torácicas. c. Começar a administrar ventilações de resgate. d. Verificar se o local oferece segurança para si mesmo e para a vítima. \. .J Answer: d. Verificar se o local oferece segurança para si mesmo e para a vítima. 2. O homem não responde quando você o toca nos ombros e pergunta em voz alta: "Você está bem?". Qual é a melhor medida a tomar em seguida? a. Verificar o pulso. b. Iniciar RCP de alta qualidade. c. Começar a administrar ventilações de resgate. d. Gritar por ajuda para alguém próximo. C Ocultar resposta ) Answer: d. Gritar por ajuda para alguém próximo. 3. Vários socorristas respondem e você pede para eles acionarem o serviço médico de emergência e buscarem o DEA. Ao verificar a respiração e o pulso, você percebe que o homem apresenta gasping e produz sons de respiração agônica ou suspiro. Você não sente nenhum pulso. Qual é a melhor medida a ser tomada a seguir? a. Iniciar a RCP de alta qualidade, começando pelas compressões torácicas. b. Monitorar a vítima até a chegada de ajuda adicional mais experiente. c. Administrar ventilação de resgate seguindo a relação de 1 ventilação a cada 6 segundos. d. Encontrar alguém para ajudar apegar o DEA mais próximo. C Ocultar resposta ) Answer: a. Iniciar a RCP de alta qualidade, começando pelas compressões torácicas. 4. Qual é a relação de compressão torácica-ventilação ao administrar RCP em adultos? a. 1 O compressões/2 ventilações. b. 15 compressões/2 ventilações. c. 30 compressões/2 ventilações. d. 100 compressões/2 ventilações. C Ocultar resposta ) Answer: c. 30 compressões/2 ventilações. 5. Qual é a frequência e a profundidade das compressões torácicas em adultos? a. Uma frequência de 60 a 80 compressões por minuto e uma profundidade de aproximadamente 2,5 em. b. Uma frequência de 80 a 100 compressões por minuto e uma profundidade de aproximadamente 4cm. c. Uma frequência de 120 a 140 compressões por minuto e uma profundidade de aproximadamente 6,4 cm. d. Uma frequência de 100 a 120 compressões por minuto e uma profundidade de pelo menos 5 em. C Ocultar resposta ) Answer: d. Uma frequência de 100 a 120 compressões por minuto e uma profundidade de pelo menos 5 em. 6. Qual medida você deve tomar quando os socorristas chegam? a. Atribuir tarefas aos outros socorristas e alternar o responsável pela compressão a cada 2 minutos ou com maior frequência, se necessário, para evitar cansaço. b. Continuar a RCP enquanto o DEA é colocado, se você estiver cansado. c. Esperar um socorrista mais experiente para fornecer orientações à equipe. d. Orientar a equipe para que escolha um líder e atribua funções, enquanto você administra a RCP. C Ocultar resposta ) Answer: a. Atribuir tarefas aos outros socorristas e alternar o responsável pela compressão a cada 2 minutos ou com maior frequência, se necessário, para evitar cansaço. 7. Se você suspeitar que uma vítima que não responde tem alguma lesão na cabeça ou no pescoço, qual o método preferencial para abrir a via aérea? a. Inclinação da cabeça-elevação do queixo. b. Anteriorização da mandíbula. c. Inclinação da cabeça-elevação do pescoço. d. Evitar abrir a via aérea. C Ocultar resposta ) Answer: b. Anteriorização da mandíbula. 8. OqueéaFCT? a. A força usada para comprimir o tórax. b. Relação compressão-ventilação. c. A proporção de tempo em que os socorristas realizam compressões torácicas durante a RCP. d. Um outro termo para retorno do tórax. C Ocultar resposta ) Answer: c. A proporção de tempo em que os socorristas realizam compressões torácicas durante a RCP. Consulte "ResP-ostas às P-erguntas de revisão" no AP-êndice. Parte 4: Desfibrilador externo automático para adultos e crianças de 8 anos de idade e acima O Desfibrilador Externo Automático (DEA) é um dispositivo leve, portátil e computadorizado que pode identificar um ritmo cardíaco anormal, que precisa de choque. O DEA pode fornecer um choque capaz de interromper o ritmo anormal e permitir que o coração retome ao ritmo normal. Os DEA são simples de operar. Permitem que leigos e profissionais da saúde tentem realizar a desfibrilação com segurança. Objetivos de aprendizagem Nesta parte, você aprenderá sobre: • A importância de usar um DEA, assim que possível, em adultos e crianças de 8 anos ou acima. • O uso apropriado de um DEA para adultos e crianças de 8 anos ou acima. Desfibrilação O DEA identifica ritmos cardíacos anormais como tratáveis ou não tratáveis. Os ritmos tratáveis são tratados com desfibrilação. Desfibrilação é o termo médico utilizado para interromper ou parar um ritmo cardíaco anormal usando choques elétricos controlados. O choque para o ritmo anormal reinicia o sistema elétrico do coração, para que um ritmo cardíaco normal (organizado) possa ser retomado. Se a circulação eficaz retomar, o músculo cardíaco da vítima poderá, novamente, bombear sangue. A vítima terá batimentos cardíacos que produzem um pulso palpável (um pulso que pode ser sentido pelo socorrista). Isso é chamado de retorno da circulação espontânea ou RCE. Os sinais de RCE incluem: respiração, tosse ou movimento e um pulso palpável ou pressão arterial que pode ser mensurada. Desfibrilação precoce A desfibrilação precoce aumenta as chances de sobrevivência em caso de uma PCR causada por um ritmo cardíaco anormal ou irregular ou por uma arritmia. As arritmias ocorrem quando os impulsos elétricos que fazem o coração bater tomam-se muito rápidos, muito lentos ou irregulares. Duas arritmias potencialmente fatais tratáveis que provocam parada cardiorrespiratória (PCR) são: Taquicardia Ventricular Sem Pulso (TVSP) e Fibrilação Ventricular. • TVSP: Quando as cavidades inferiores do coração (ventrículos) começam a contrair em um ritmo muito rápido, desenvolve-se uma rápida frequência cardíaca conhecida como taquicardia ventricular. Em casos extremamente graves, os ventrículos bombeiam de forma tão rápida e ineficaz que não é possível detectar nenhum pulso (isto é, "sem pulso" em TVSP). Os tecidos e órgãos do corpo, especialmente o coração e o cérebro, deixam de receber oxigênio. • Fibrilação Ventricular: Nesse ritmo de PCR, a atividade elétrica do coração se toma caótica. Os músculos cardíacos tremem de maneira rápida e dessincronizada e o coração não bombeia sangue. A desfibrilação precoce, a RCP de alta qualidade e todos os componentes da cadeia de sobrevivência são necessários para melhorar a probabilidade de sobrevivência em casos de TVSP e FV. Programas de acesso público à desfibrilação Para fornecer uma desfibrilação rápida, os socorristas precisam ter um DEA imediatamente disponível. Os programas de acesso público à desfibrilação (APD) aumentam a disponibilidade do DEA e treinam os leigos sobre como usá-lo. Os programas de APD colocam DEA em locais públicos em que grande número de pessoas se reúnem, como edifícios comerciais, aeroportos, centros de convenções e escolas. Eles também colocam DEA em comunidades nas quais as pessoas têm maior risco de PCR, como edifícios comerciais, cassinos e edifícios residenciais. Alguns programas de APD funcionam em coordenação com o serviço médico de emergência local, de forma que os teleatendentes podem direcionar quem os procura para o DEA mais próximo. O Conceitos fundamentais: Manutenção do DEA e dos suprimentos deverá ser designado para fazer o seguinte: • Manutenção da bateria. • Pedir e substituir suprimentos, incluindo as pás do DEA (adultas e pediátricas). • Substituir os equipamentos usados,= incluindo dispositivo de barreira (por exemplo, máscara de bolso), luvas, lâminas de barbear (para retirada do pelo do tórax) e tesouras. :Esses itens, às vezes, são mantidos em um kit de emergência ou de primeiros socorros separado. Chegada do DEA Quando o DEA chegar, coloque-o ao lado da vítima, próximo ao socorrista que irá operá-lo. Essa posição proporciona pronto acesso aos controles do DEA e facilita a aplicação das pás. Permite também que um segundo socorrista realize a RCP no lado oposto da vítima, sem interferir na operação do DEA. Certifique-se de que as pás do DEA sejam colocadas diretamente sobre a pele e não sobre a roupa, adesivos de medicamento ou dispositivos implantados. Uso do DEA Conheça o DEA O DEA varia de acordo com o modelo e o fabricante. Mas todos os DEAs funcionam, basicamente, da mesma forma. As etapas universais para operar um DEA podem orientá-lo na maioria das situações. No entanto, você deve se familiarizar com o DEA que é usado em seu ambiente específico. Por exemplo, é importante saber se o DEA deve ser ligado manualmente ou se ele é ligado automaticamente ao abrir a tampa. Como operar um DEA: Etapas universais Comece abrindo o DEA. Se necessário, ligue-o. Durante uma tentativa de ressuscitação, siga as instruções do DEA. Essas instruções podem ser eletrônicas, por voz ou por comandos na tela. Para reduzir o tempo até a administração do choque, execute preferencialmente as duas etapas a seguir em 30 segundos, a contar da chegada do DEA ao lado da vítima. I . Abra o estojo de transporte (se aplicável). Ligue o DEA (Figura 20), se necessário. a. Alguns dispositivos são ligados automaticamente,quando você abre a tampa. b. Siga as instruções do DEA. 2. Aplique as pás do DEA no tórax desnudo do paciente. Evite colocar as pás sobre roupa, adesivos de medicamentos ou dispositivos implantados. Use as pás para adultos em pessoas com 8 anos ou acima. Isso deverá ser feito enquanto um segundo socorrista continua a RCP. a. Remova o papel adesivo protetor das pás do DEA. b. Aplique as pás adesivas do DEA no tórax desnudo do paciente. Siga as ilustrações de aplicação nas pás (Eigura 21). Consulte Conceitos fundamentais: OQ.ÇÕes de aP-licação de P-ás de DEA, ainda na Parte 4, para examinar opções comuns de aplicação. c. Conecte os cabos de conexão do DEA à caixa do DEA (alguns vêm pré-conectados). 3. "Isole" a vítima e permita que o DEA analise o ritmo cardíaco (Figura 22). a. Quando o DEA instruir, "afaste-se da vítima durante a análise". Certifique-se de que ninguém esteja tocando a vítima, nem mesmo o socorrista responsável por administrar as ventilações. b. Alguns DEA o instruirão a apertar um botão para que o aparelho inicie a análise do ritmo cardíaco; outros o farão automaticamente. O DEA pode levar alguns segundos para analisar. c. O DEA informará se um choque for necessário. 4. Se o DEA recomendar um choque, dará a instrução para afastar-se da vítima (Figura 23A) e, em seguida, aplicar um choque. a. Antes de aplicar o choque, isole a vítima. Faça isso garantindo que ninguém esteja tocando a vítima. • Anuncie em voz alta uma mensagem para que todos se afastem da vítima, como, por exemplo, "Todos afastados". b. Pressione o botão SHOCK (Choque) (Figura 23B). O choque produzirá uma contração repentina dos músculos da vítima. 5. Se o DEA informar que o choque não é necessário ou depois da aplicação de um choque, reinicie, imediatamente, a RCP, começando com as compressões torácicas (Figura 24). 6. Após 5 ciclos, ou aproximadamente 2 minutos de RCP, o DEA o avisará para repetir as etapas 3 e 4. Figura 20. Ligue o DEA. Figura 21. O operador do DEA aplica as pás do DEA na vítima e depois conecta os eletrodos ao DEA. Figura 22. O operador do DEA isola a vítima antes da análise de ritmo. Se necessário, o operador do DEA ativa o recurso ANALYZE (Analisar) doDEA. Figura 23A. O operador do DEA isola a vítima antes de administrar um choque. todos estiverem afastados da vítima, o operador do DEA pressiona o botão SHOCK (Choque). Figura 24. Se o choque não for indicado, ou imediatamente após a administração de qualquer choque, os socorristas iniciarão a RCPpelas compressões torácicas. Minimizar o tempo entre a última compressão e a administração do choque Pesquisas mostraram que, quanto menor o tempo entre a última compressão e o choque administrado, melhores as chances de RCE. Minimizar as interrupções requer prática e coordenação de equipe, especialmente entre o responsável pelas compressões e o operador do DEA. Não postergue a RCP de alta qualidade após o uso do DEA Reinicie imediatamente a RCP de alta qualidade pelas compressões torácicas (Figura 24), depois de um dos seguintes eventos: • O operador do DEA administrar um choque. • O DEA instruir "choque não recomendado." Após 5 ciclos ou 2 minutos de RCP de alta qualidade, o DEA o avisará para repetir as etapas 3 e 4. Continue até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou a vítima comece a respirar, mover-se ou reagir de outra forma. O Conceitos fundam entais: Opções de aplicação das pás do DEA Coloque as pás do DEA de acordo com as imagens que constam nas pás. Duas formas de colocação comuns são anterolateral e anteroposterior (AP). Aplicação anterolateral • Como mostrado na Figura 25A, ambas as pás serão aplicadas no tórax desnudo da vítima. • Aplique uma pá do DEA imediatamente abaixo da clavícula direita. • Coloque a outra pá ao lado do mamilo esquerdo, com a borda superior da pá de 7 a 8 em abaixo da axila. Aplicação AP • Como mostrado na Figura 25B, aplique uma pá no centro do tórax desnudo da vítima (anterior) e a outra no centro das costas da vítima (posterior). o • Aplique uma pá do DEA no lado esquerdo do tórax, entre o lado esquerdo do estemo da vítima e o mamilo esquerdo. Aplique a outra pá no lado esquerdo das costas da vítima, próximo à coluna. medicação e dispositivos implantados. Figura 25A. Opções de aplicação de pás do DEA em uma vítima adulta. A, Anterolateral. Figura 25B. Anteroposterior. Pás de DEA para crianças O DEA pode incluir pás menores destinadas especificamente a crianças com menos de 8 anos de idade. Não use pás pediátricas em adultos. As pás pediátricas administram uma carga do choque que é pequena demais para um adulto e provavelmente não resultará em sucesso. É melhor administrar RCP de alta qualidade do que tentar administrar choque em uma vítima adulta com pás pediátricas. Circunstâncias especiais Ao colocar as pás do DEA, pode ser necessário tomar medidas adicionais quando a vítima: • Tiver pelos no tórax. • Estiver dentro da água ou com o tórax molhado. • Tiver um desfibrilador ou marca-passo implantado. • Estiver usando um adesivo de medicação transdérmica ou tiver outro objeto na superficie da pele, no local em que as pás do DEA devem ser colocadas. • For uma mulher grávida. • For mulher. Pelos no tórax As pás do DEA podem grudar nos pelos e não na pele do tórax. Se isso ocorrer, o DEA não poderá analisar o ritmo cardíaco da vítima e exibirá uma mensagem "Verificar eletrodos" ou "Verificar as pás do eletrodo". Lembre-se de observar se a vítima tem pelos no tórax antes de posicionar as pás. Em seguida, se necessário, use a lâmina do kit do DEA para retirar o pelo da área em que aplicará as pás. Se não tiver uma lâmina, mas tiver um segundo conjunto de pás, use o primeiro conjunto para remover os pelos. Posicione o primeiro par de pás, pressione bem para que possam aderir o máximo possível e puxe rapidamente. Em seguida, posicione um novo par de pás. Presença de água ou líquidos Água e líquido normalmente conduzem eletricidade. Não use o DEA na presença de água. • Se a vítima estiver na água, retire-a da água. - -----------o---- - ----- - ------ - - - -----, -------o--- - ------- -- --- --------r ---------- • Se a vítima estiver sobre a neve ou uma pequena poça, você poderá usar o DEA depois que secar rapidamente o tórax. Desfibriladores e marca-passos implantados Vítimas com alto risco de PCR súbita podem ter desfibriladores ou marca-passos implantados que administram choques de forma automática diretamente no coração. Se você posicionar uma pá do DEA diretamente sobre um desfibrilador/marca-passo, esses dispositivos poderão interferir na aplicação do choque. Esses dispositivos são fáceis de identificar, pois criam uma protuberância rígida embaixo da pele que, com frequência, está no lado esquerdo superior do tórax, mas também pode ser encontrada no lado direito superior do tórax ou no abdome. A protuberância varia do tamanho de uma moeda à metade do tamanho de um baralho de cartas. Ao identificar um desfibrilador/marca-passo implantado: • Se possível, evite colocar a pá do DEA diretamente sobre o dispositivo implantado. • Siga os passos normais de operação do DEA. Adesivos de medicação transdérmica Não aplique as pás do DEA diretamente sobre adesivos de medicação. O adesivo pode interferir na transferência de energia da pá do DEA para o coração. Isso também pode causar pequenas queimaduras na pele. Exemplos de adesivos de medicação são: nitroglicerina, nicotina, analgésicos e adesivos de terapia de reposição hormonal. Se não postergar a aplicação do choque, remova o adesivo e limpe a área antes de posicionar as pás do DEA. Para evitar a transferência de medicação do adesivo para você, use luvas de proteção ou outro tipo de barreira ao remover o adesivo. Lembre-se de evitar atrasos, o máximo possível. Mulher grávida O DEA deve ser usado em mulheres grávidas em PCR, da mesma forma que emqualquer outra vítima de PCR. O choque com o DEA não prejudicará o bebê. Sem tratamento que salvará a vida da mãe, o bebê provavelmente não sobreviverá. Se a mulher for reanimada, coloque-a sobre o lado esquerdo. Isso ajudará a melhorar o fluxo sanguíneo para o coração dela e, portanto, para o bebê. Roupas e joias Retire rapidamente qualquer roupa volumosa. Se for difícil remover a roupa da vítima, ainda é possível realizar as compressões com a roupa. Se um DEA estiver disponível, remova toda a roupa do tórax, pois as pás não devem ser colocadas sobre a roupa. Não é necessário remover as joias da vítima, se não houver perigo de entrarem em contato com as pás do DEA. Perguntas de revisão 1. Qual é a primeira etapa mais adequada a ser realizada quando o DEA encontrar-se ao lado da vítima? a. Pressionar o botão Analyze (Analisar). b. Posicionar as pás. c. Ligar o DEA. d. Pressionar o botão Shock (Choque). ( Ocultar resposta ) Answer: c. Ligar o DEA. 2. Qual destas é uma das etapas universais de operação de um DEA? a. Raspar o pelo do tórax da vítima. b. Aplicar as pás no tórax desnudo da vítima. c. Remover a vítima da água. d. Localizar o marca-passo implantado da vítima. C Ocultar resposta ) Answer: b. Aplicar as pás no tórax desnudo da vítima. 3. Se a vítima de PCR tiver um marca-passo ou um desfibrilador implantado, que etapas especiais devem ser realizadas? a. Evitar posicionar as pás do DEA diretamente sobre o dispositivo implantado. b. Evitar usar o DEA para não provocar danos no dispositivo implantado. c. Desativar o dispositivo implantado antes de posicionar as pás do DEA. d. Considerar a possibilidade de usar pás pediátricas para diminuir a carga de choque aplicada. C Ocultar resposta ) Answer: a. Evitar posicionar as pás do DEA diretamente sobre o dispositivo implantado. 4. Qual medida você deve tomar quando o DEA estiver analisando o ritmo? a. Verificar o pulso. b. Continuar as compressões torácicas. c. Administrar somente ventilações de resgate. d. Afastar-se da vítima. C Ocultar resposta ) Answer: d. Afastar-se da vítima. Consulte "Respostas às perguntas de revisão" no Apêndice. Parte 5: Dinâmica de equipe Como profissional de SBV, você pode estar envolvido em uma tentativa de ressuscitação com vários socorristas. A eficácia na dinâmica da equipe pode aumentar a probabilidade de sucesso de uma ressuscitação. Todos da equipe devem saber não apenas o que fazer em uma tentativa de ressuscitação, mas como se comunicar e ter um desempenho eficaz como parte de uma equipe com vários socorristas. Objetivos de aprendizagem Ao final desta parte, você será capaz de: • Descrever a importância das equipes na ressuscitação com vários socorristas. • Ser eficaz como membro de uma equipe durante RCP com vários socorristas. Elementos de eficácia na dinâmica da equipe Uma tentativa de ressuscitação bem-sucedida depende de habilidades de ressuscitação de alta qualidade, boa comunicação e dinâmica de equipe eficaz. Todos os socorristas da equipe devem conseguir responder de forma rápida e eficaz em uma emergência. A eficácia na dinâmica de uma equipe com vários socorristas ajuda a oferecer às vítimas a melhor probabilidade de sobrevivência. A dinâmica da equipe durante uma tentativa de ressuscitação inclui três elementos: • Funções e responsabilidades. • Comunicação. • Debriefing. Funções e responsabilidades Como cada segundo conta durante uma tentativa de ressuscitação, é importante definir funções e responsabilidades claras, assim que possível. Atribuir funções e responsabilidades Quando todos os membros da equipe sabem qual é sua função e responsabilidade, a equipe atua de forma mais equilibrada. Os socorristas devem definir, com clareza, as funções, assim que possível, e delegar tarefas, de acordo com o nível de habilidade do membro da equipe. Assim que a vítima é identificada com ausência de pulso, o instrutor de RCP se identifica e solicita ao responsável pelas compressões que comece as compressões torácicas. A Figura 26 mostra um exemplo de formação de equipe com funções atribuídas. Figura 26. Diagrama da equipe, incluindo as funções dos profissionais de SBV e SAV. Conhecer seus limites Todos os membros da equipe devem conhecer seus limites. O líder da equipe também precisa conhecê- los. Por exemplo, os profissionais de suporte avançado de vida podem realizar tarefas que os profissionais de SBV não teriam permissão para realizar. Algumas dessas tarefas são a administração de medicações e a realização de intubação. Todos os membros da equipe devem pedir assistência e conselhos logo no início, antes de a situação piorar. Oferecer intervenção construtiva Se você for membro de uma equipe ou líder da equipe, pode haver vezes em que será necessário apontar ações incorretas ou inadequadas de outro membro da equipe. Quando isso acontecer, é importante intervir de forma diplomática e construtiva. Isso é particularmente importante se alguém estiver prestes a cometer um erro com relação a um medicamento, uma dosagem ou uma intervenção. Qualquer membro da equipe deve falar, para impedir que outro membro cometa um erro, independentemente da função. Comunicação Compartilhar conhecimento O compartilhamento de conhecimento é essencial para o desempenho eficaz da equipe. Não apenas pode ajudar a garantir que todos entendam completamente a situação, mas pode também ajudar a equipe a tratar os pacientes de forma mais eficaz e eficiente. Os líderes de equipe devem solicitar observações e feedback com frequência. Isso inclui pedir boas ideias com relação ao atendimento, além de observações sobre possíveis descuidos. Resumir e reavaliar Resumir as informações em voz alta é útil durante uma tentativa de ressuscitação, pois: • Oferece um registro contínuo do tratamento. • É uma forma de reavaliar a condição da vítima, as intervenções e o progresso da equipe dentro do algoritmo de atendimento. • Ajuda os membros da equipe a responder à condição alterável da vítima. Usar comunicação em circuito fechado A comunicação em circuito fechado é uma técnica importante usada para evitar mal-entendidos e erros de tratamento. Consiste no emissor falar a mensagem, no receptor repeti-la e no emissor confirmar que o entendimento está correto. Para praticar a comunicação em circuito fechado, o líder e os membros da equipe devem fazer o seguinte: Líder da equipe • Chamar todos membros da equipe pelo nome e fazer contato visual ao dar uma instrução. • Não atribuir tarefas adicionais enquanto não tiver certeza de que o membro da equipe compreendeu a instrução. Membros da equipe • Confirmar se compreendeu cada tarefa atribuída pelo líder da equipe, confirmando verbalmente a tarefa. • Ao finalizar uma tarefa, informar o líder da equipe. Emitir mensagens claras Para ajudar a evitar mal-entendidos e manter todos focados, todos os membros da equipe deverão: • Usar linguagem clara e concisa. • Falar alto o suficiente para ser ouvido. • Falar em tom calmo e confiante. Mostrar respeito mútuo Todos os membros da equipe devem demonstrar respeito mútuo e uma postura profissional, seja qual for seu nível de habilidade ou treinamento. As emoções podem ficar exaltadas durante uma tentativa de ressuscitação. Por isso, é particularmente importante que o líder da equipe use um tom de voz cordial e controlado e evite gritos ou agressões. Orientação e debriefing Orientação e debriefing são importantes em todas as tentativas de ressuscitação. Durante o evento, o instrutor de RCP ajudará a melhorar o desempenho das compressões e da ventilação com orientação contínua. Ele também trabalhará com o líder da equipe, para minimizar as pausas nas compressões durante a desfibrilação e a aplicação de uma via aérea avançada. Depois do evento de ressuscitação, o debriefing é uma oportunidade de a equipe discutir o atendimento de ressuscitação, identificar os motivos de certas açõesda equipe e discutir o que pode ser melhorado em eventos futuros. O debriefing pode ocorrer imediatamente com toda a equipe ou ser agendado para depois com a equipe e outras pessoas envolvidas. É uma oportunidade de aprender, melhorar a qualidade e processar as emoções depois da participação em um evento estressante. Há evidências de que o debriefing: • Ajuda todos os membros da equipe a melhorar seu desempenho. • Ajuda a identificar os pontos fortes e as deficiências do sistema. A implementação de programas de debriefing pode até melhorar a sobrevivência do paciente após uma PCR. Perguntas de revisão 1. Depois da realizar a RCP de alta qualidade por cinco minutos, o líder da equipe frequentemente está interrompendo as compressões torácicas para verificar se há pulso. Qual medida demonstra ser uma intervenção construtiva? a. Perguntar a outro socorrista o que ele acha que deve ser feito. b. Não dizer nada que contradiga o líder da equipe. c. Recomendar a retomada das compressões torácicas, sem demora. d. Aguardar o debriefing posterior ao atendimento, para discutir a respeito. C Ocultar resposta ) Answer: c. Recomendar a retomada das compressões torácicas, sem demora. 2. O líder da equipe pede para que você administre ventilação com bolsa-válvula-máscara durante uma tentativa de ressuscitação, mas você não aperfeiçoou essa habilidade. O que seria apropriado fazer para reconhecer suas limitações? a. Pegar o dispositivo bolsa-válvula-máscara e passá-lo para outro membro da equipe. b. Fingir que não ouviu a solicitação e esperar que o líder escolha outra pessoa para fazê-lo. c. Notificar o líder de que não se sente apto a realizar essa tarefa. d. Tentar fazer da melhor maneira que puder e esperar que outro membro da equipe veja sua dificuldade e assuma. C Ocultar resposta ) Answer: c. Notificar o líder de que não se sente apto a realizar essa tarefa. 3. Qual a conduta apropriada em uma comunicação em circuito fechado, quando o líder da equipe lhe atribui uma tarefa? a. Repetir para o líder da equipe a tarefa atribuída. b. Acenar com a cabeça como forma de confirmar a tarefa atribuída. c. Começar a realizar as tarefas atribuídas, mas não falar nada, para reduzir o ruído. d. Esperar o líder chamá-lo pelo nome, antes de confirmar a tarefa. C Ocultar resposta ) Answer: a. Repetir para o líder da equipe a tarefa atribuída. Parte 6: SBV para bebês e crianças Esta seção descreve o SBV para bebês e crianças. Neste curso, os bebês têm idade inferior a um ano (excluindo os recém-nascidos) e as crianças têm idade entre um ano até a puberdade. Objetivos de aprendizagem Nessa parte, você aprenderá a: • Administrar RCP de alta qualidade em crianças. • Administrar RCP de alta qualidade em bebês. Algoritmo de SBV pediátrico para profissionais da saúde com um único socorrista O algoritmo de SBV pediátrico para profissionais da saúde com um único socorrista descreve as etapas de atendimento em caso de bebês ou crianças inconscientes (Figura 27). Depois de aprender as habilidades apresentadas nesta parte, use o algoritmo como referência rápida. -··-.. ---=:---=::.:- Figura 27. Algoritmo de SBV pediátrico para profissionais da saúde com um único socorrista. O primeiro socorrista que chega ao lado de um bebê ou de uma criança que pode estar em PCR deve seguir estas etapas sequenciais no algoritmo: Etapa 1: Verificar a segurança do local. Certifique-se de que o local é seguro para você e para a vítima. Etapa 2: Confirme se a vítima está respondendo e procure ajuda. Tocar nos ombros da criança. Perguntar em voz alta: "Você está bem?" Se a vítima estiver inconsciente, grite por socorro e acione o serviço médico de emergência pelo celular, se possível. Etapa 3: Avaliar respiração e pulso. Verificar o pulso para determinar as ações seguintes. Para minimizar o atraso no início da RCP, o socorrista deve avaliar a respiração e o pulso simultaneamente. Isso deve levar, no máximo, 1 O segundos. Etapas 3a e 3b: Determinar as ações seguintes, de acordo com a respiração e o pulso: • Se a vítima estiver respirando normalmente e houver pulso: - Acione o serviço médico de emergência (caso ainda não o tenha feito). - Monitore a vítima até que o serviço médico de emergência chegue. • Se a vítima não estiver respirando normalmente, mas houver pulso: · --------'1"-- - -----o----,------ · ---------------o----------- - --- - ventilações por minuto. - Avalie a frequência do pulso por dez segundos. Etapas 4, 4a e 4b: A frequência cardíaca é menor que 60/min, com sinais de perfusão deficiente? • Se sim, inicie a RCP. • Se não, continue a ventilação de resgate. Verifique o pulso a cada 2 minutos. Se não houver pulso, inicie a RCP. Etapas 5 e Sa: O colapso súbito foi testemunhado? Se sim, acione o sistema médico de emergência (se ainda não tiver feito) e pegue o DEA. Etapa 6: Se o colapso não tiver sido testemunhado: Inicie a RCP com ciclos de 30 compressões e 2 ventilações. Use o DEA assim que ele estiver disponível. Etapa 7: Após aproximadamente de 2 minutos, se ainda estiver sozinho, acione o serviço médico de emergência e busque o DEA (se isso ainda não tiver sido feito). Etapa 8: Use o DEA assim que ele estiver disponível. Siga as instruções do DEA para verificar o ritmo. Etapa 9: Se o DEA detectar um ritmo chocável, aplique um choque. Reinicie a RCP imediatamente, até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo, aproximadamente cada dois minutos. Continue administrando RCP e usando o DEA, até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou a vítima comece a respirar, mover-se ou reagir de outra forma. Etapa 10: Se o DEA detectar um ritmo não chocável, reinicie a RCP de alta qualidade, até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo, aproximadamente a cada dois minutos. Continue administrando RCP e usando o DEA, até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou a vítima comece a respirar, mover-se ou reagir de outra forma. Para obter uma explicação completa de cada etapa, consulte a seguência de SBV para bebês e crianças com um único socorrista no Apêndice. Habilidades de RCP de alta qualidade: Bebês e crianças O domínio de todas as habilidades descritas nesta seção preparará você para a execução de RCP de alta qualidade em um bebê ou em uma criança inconsciente. Avaliar respiração e pulso Verificar a respiração e o pulso do bebê ou da criança ajudará você a determinar as ações a serem realizadas em seguida. A respiração e o pulso devem ser verificados simultaneamente. Não demore mais de 1 O segundos para verificar o pulso e a respiração, para poder iniciar a RCP rapidamente, se necessário. Respiração Para verificar a respiração, observe se o tórax da vítima se eleva e retoma a posição normal, por, no máximo, 1 O segundos. • Se a vítima estiver respirando: Vigie a vítima, até que chegue ajuda adicional. • Verifique se vítima não respira ou se apresenta somente gasping: A vítima tem uma parada respiratória ou PCR (se o pulso não for detectado). O gasping não é considerado respiração normal e é um sinal de PCR (consulte Conceitos fundamentais: gasping, na Parte 3). Pulso Bebê: Para verificar o pulso em um bebê, palpe um pulso braquial (Figura 28A). Realize os passos a seguir para verificar o pulso da artéria braquial: -- - - -1--- ---- - ---------------r---------------- - ----T -, ------ - ----,----- - --- - - -· 2. Em seguida, para tentar sentir o pulso, pressione os dedos por no mínimo 5, mas não mais de 10 segundos. Figura 28A. Verificação do pulso. Em um bebê, palpe um pulso braquial. Criança: Para verificar o pulso em uma criança, palpe um pulso carotídeo ou femoral (Figura 28B e Figura 28C). Verifique o pulso carotídeo de uma criança usando a mesma técnica que para um adulto (consulte a Parte 3). Realize os passos a seguir para verificar o pulso da artéria femoral: 1. Coloque dois ou três dedos no interior da coxa, entre o quadrile a sínfise púbica e logo abaixo a dobra, entre a perna e o tronco. Tente sentir o pulso por no mínimo 5, mas não mais de 10 segundos. Figura 28B. Em uma criança, palpe um pulso carotídeo. Figura 28C. Ou um pulso femoral. Pode ser dificil para os profissionais de saúde de SBV determinarem a presença ou ausência de pulso, em qualquer vítima, particularmente em bebê ou criança. Se você definitivamente não sentir pulso em 10 segundos, inicie a RCP de alta qualidade, começando pelas compressões torácicas. Sinais de perfusão deficiente Perfusão é o fluxo de sangue oxigenado do coração pelas artérias para os tecidos do corpo. Para identificar sinais de perfusão deficiente, avalie: • Temperatura: Extremidades frias. • Alteração do estado mental: Diminuição progressiva da consciência/capacidade de resposta. • Pulsos: Pulsos fracos. • Pele: Palidez, moteamento (aparência irregular) e, posteriormente, cianose (lábios ou pele azuis). Realização de compressões torácicas de alta qualidade Compressões torácicas de alta qualidade são a base da RCP. Realize as compressões conforme descritas, para oferecer ao bebê ou criança vítima de PCR a melhor chance de sobrevivência. Relação compressão-ventilação No entanto, quando dois socorristas estiverem tentando a ressuscitação em um bebê ou em uma criança, deverá usar uma relação compressão-ventilação de 15:2. Frequência de compressão A frequência de compressão universal, em todas as vítimas de parada cardiorrespiratória (PCR), é 100 a 120/min. Profundidade de compressão Em bebês, comprima, no mínimo, um terço do diâmetro AP do tórax do bebê (aproximadamente 4 em). Em crianças, comprima no mínimo um terço do diâmetro AP do tórax (aproximadamente 5 em) a cada compressão. Retorno do tórax Durante a RCP, o retomo do tórax (retomo do tórax) permite que o sangue flua para o coração. O retomo incompleto do tórax reduz o sangue que entra no coração entre as compressões e reduz o fluxo sanguíneo criado pelas compressões torácicas. Para ajudar a garantir o retomo completo do tórax, evite apoiar-se sobre o tórax entre as compressões. Os tempos de compressão torácica e de retomo do tórax devem ser praticamente iguais. Interrupções nas compressões torácicas Minimize as interrupções nas compressões torácicas. Uma duração menor das interrupções nas compressões torácicas está associada a resultados melhores. Técnicas de compressões torácicas Para compressões torácicas em crianças, use uma ou as duas mãos. Na maioria das crianças, a técnica de compressão será igual à de adultos: duas mãos (base de uma das mãos com a base da outra sobre a primeira). Para uma criança pequena, as compressões com uma mão podem ser adequadas para a obtenção de uma profundidade de compressão desejada. Se usar uma mão ou duas mãos, comprima no mínimo um terço do diâmetro AP do tórax (aproximadamente 5 em) em cada compressão. Em bebês, com um único socorrista, pode-se usar a técnica de dois dedos ou dos dois polegares-mãos circundando o tórax. Se houver vários socorristas, a técnica de dois polegares-mãos circundando o tórax é preferível. Se não for possível comprimir na profundidade desejada o tórax de um bebê apenas com os dedos, use uma das mãos. Essas técnicas são descritas a seguir. Bebê: Técnica de dois dedos Siga estes passos para administrar compressões torácicas em bebê usando a técnica de dois dedos: 1. Coloque o bebê sobre uma superficie plana e firme. 2. Coloque dois dedos no centro do tórax do bebê, logo abaixo da linha mamilar, na metade inferior do estemo. Não pressione a ponta do estem o (Figura 29). 3. Administre as compressões a uma frequência de 100 a 120/min. 4. Comprima no mínimo um terço do diâmetro anteroposterior (AP) do tórax do bebê (aproximadamente cerca de 4 em). 5. No final de cada compressão, permita o retomo completo do tórax (descompressão). Não se apoie sobre o tórax. Os tempos de compressão torácica e de retomo do tórax devem ser praticamente iguais. Minimize as interrupções nas compressões (por exemplo, para administrar ventilações) em menos de 1 O segundos. 6. A cada 30 compressões, abra a via aérea com a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo e administre duas ventilações, cada uma por 1 segundo. O tórax deve se elevar a cada ventilação. 7. Após 5 ciclos ou 2 minutos de RCP, se você estiver sozinho e o serviço médico de emergência não tiver sido acionado, deixe o bebê (ou leve-o com você) para acioná-lo e buscar o DEA. 8. Continue as compressões e ventilações, seguindo a relação 30 compressões para 2 ventilações. Use o DEA assim que ele estiver disponível. Continue até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou o bebê começar a respirar, mover-se ou reagir de outra forma. Figura 29. Técnica de compressão torácica com dois dedos em um bebê. Bebê: Técnica dos dois polegares-mãos circundando o tórax A técnica dos dois polegares-mãos circundando o tórax é a preferida quando dois socorristas realizam RCP, mas pode ser usada, também, por um único socorrista. Essa técnica: • Melhora o aporte sanguíneo para o músculo cardíaco. • Ajuda a garantir compressões torácicas com profundidade e força consistentes. • Pode gerar pressões arteriais mais altas. Siga os passos para administrar compressões torácicas em bebê usando a técnica dos dois polegares- mãos circundando o tórax. 1. Coloque o bebê sobre uma superficie plana e firme. 2. Coloque os polegares lado a lado no centro do tórax do bebê, na metade inferior do estemo. Os polegares podem se sobrepor, em bebês muito pequenos. Com os dedos das duas mãos, circule o tórax do bebê e apoie as costas do bebê. 3. Com as mãos em tomo do tórax do bebê, use os dois polegares para comprimir o estemo (Figura 30) a uma frequência de 100 a 120/min. 4. Comprima no mínimo um terço do diâmetro anteroposterior (AP) do tórax do bebê (aproximadamente 4 em). 5. Após cada compressão, solte completamente a pressão sobre o estemo, para permitir o retomo total do tórax. 6. A cada 15 compressões, faça uma breve pausa para o segundo socorrista abrir a via aérea com a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo e administrar duas ventilações, cada uma por 1 segundo. O tórax deve se elevar a cada ventilação. Minimize as interrupções nas compressões (por exemplo, para administrar ventilações) por no máximo 10 segundos. 7. Continue as compressões e ventilações seguindo a relação de 15 compressões para 2 ventilações (para dois socorristas). O socorrista que administra as compressões torácicas deve alternar de função com outro profissional a cada 2 minutos para evitar o cansaço e manter a eficácia das compressões torácicas. Continue a RCP até que o DEA chegue, profissionais de suporte avançado de vida assumam ou o bebê comece a respirar, mover-se ou responder de outra forma. Figura 30. Técnica dos dois polegares em um bebê (dois socorristas). Uma alternativa para as compressões em um bebê ou em uma criança é usar a base de uma mão. Essa técnica pode ser útil para bebês maiores ou se o socorrista tiver dificuldades em comprimir na profundidade adequada com os dedos ou polegares. O Conceitos fundam entais: Profundidade da compressão torácica em bebês e crianças em relação a adultos e adolescentes • Crianças: No mínimo um terço do diâmetro AP do tórax ou aproximadamente 5 em • Adultos e adolescentes: No mínimo 5 em Administração de Ventilações As ventilações são importantes para bebês e crianças em PCR Quando a PCR ocorre de forma súbita, o teor de oxigênio do sangue é geralmente adequado para atender às demandas de oxigênio do corpo por alguns minutos depois da PCR. Assim, para uma PCR súbita testemunhada, apenas as compressões torácicas podem ser uma forma eficaz de distribuir o oxigênio para o coração e o cérebro. No entanto, a PCR em bebês e crianças pode não ser súbita e geralmente é causada por complicações respiratórias. Bebês e crianças que desenvolvem PCR,normalmente, apresentam insuficiência respiratória ou choque, o que reduz o teor de oxigênio no sangue, mesmo antes da ocorrência da PCR. Em consequência disso, na maioria dos bebês e crianças em PCR, a aplicação apenas de compressões torácicas para suprir de oxigênio o coração e o cérebro não é tão eficaz quanto a combinação de compressões e venti lações. Por esse motivo, é muito importante que bebês e crianças recebam compressões e ventilações durante a RCP de alta qualidade. Abertura da via aérea Conforme visto em "Como abrir a via aérea", na Parte 3, para que as ventilações de resgate sejam eficazes, a via aérea deverá estar aberta. As duas manobras para abrir a via aérea são: inclinação da cabeça-elevação do queixo e anteriorização da mandíbula. Assim como em adultos, se houver suspeita de lesão cervical, use a manobra de anteriorização da mandíbula. Se a anteriorização da mandíbula não abrir a via aérea, use a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo. O Conceitos fundamentais: Mantenha a cabeça do bebê em posição neutra Se você inclinar (estender) a cabeça do bebê além da posição neutra (olfativa), a via aérea poderá ser bloqueada. Maximize a abertura da via aérea, posicionando o bebê com o pescoço em uma posição neutra, de modo que o canal do ouvido externo se alinhe com a parte superior do ombro do bebê. Ventilação com um dispositivo de barreira Use um dispositivo de barreira (por exemplo, uma máscara de bolso ou protetor facial) ou dispositivo bolsa-válvula-máscara para administrar ventilações em bebês ou crianças. Consulte "Disuositivo de barreira uara administração de ventilações e disuositivo bolsa-válvula-máscara," na Parte 3 para obter instruções detalhadas. Ao administrar ventilação com bolsa-válvula-máscara em bebê ou criança, faça o seguinte: 1. Escolha uma bolsa-válvula-máscara de tamanho apropriado. A máscara deve cobrir completamente a boca e o nariz da vítima, sem cobrir os olhos nem ultrapassara borda inferior do queixo. 2. Realize a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo para abrir a via aérea da vítima. Pressione a máscara contra a face ao elevar a mandíbula, para criar uma vedação hermética entre a face da criança e a máscara. 3. Conecte oxigênio suplementar à máscara, quando disponível. Algoritmo de SBV pediátrico para profissionais da saúde com dois ou mais socorristas O algoritmo de SBV pediátrico para profissionais de saúde com dois ou mais socorristas descreve as etapas para uma equipe de vários socorristas ajudar um bebê ou uma criança inconsciente (Figura 31 ). Figura 31. Algoritmo de SBV pediátrico para profissionais da saúde com dois ou mais socorristas. SBV para bebês e crianças com dois socorristas O primeiro socorrista que se encontrar ao lado de um bebê ou criança inconsciente deve realizar rapidamente as primeiras duas etapas do algoritmo: Quando mais socorristas chegarem, atribua tarefas e responsabilidades. Como uma equipe de vários socorristas, siga as etapas sequenciais do algoritmo. Quando mais socorristas estiverem disponíveis para uma tentativa de ressuscitação, algumas tarefas poderão ser realizadas simultaneamente. Etapa 1: Verificar a segurança do local. Certificar-se de que o local é seguro para ele e para a vítima. Etapa 2: Confirmar se a vítima está respondendo e procurar por ajuda. Toque nos ombros da criança. Pergunte em voz alta: "Você está bem?" Se a vítima estiver inconsciente, grite por socorro e acione o sistema médico de emergência pelo celular, se adequado. O primeiro socorrista fica com a vítima, enquanto o segundo socorrista aciona o sistema médico de emergência e pega o DEA e outros equipamentos de emergência. Etapa 3: Avaliar respiração e pulso. Verificar o pulso para determinar as ações seguintes. Para minimizar o atraso no início da RCP, o socorrista deve avaliar a respiração e o pulso simultaneamente. Isso deve levar, no máximo, 1 O segundos. Etapas 3a e 3b: Determinar as ações seguintes, de acordo com a respiração e o pulso: • Se a vítima estiver respirando normalmente e houver pulso, acione o sistema médico de emergência. Monitore a vítima até que o serviço médico de emergência chegue. • Se a vítima não estiver respirando normalmente, mas houver pulso: Administre ventilação de resgate, com 1 ventilação a cada 2 ou 3 segundos ou 20 a 30 ventilações por minuto. Avalie a frequência do pulso durante 1 O segundos. Etapas 4, 4a e 4b: A frequência cardíaca é menor que 60/min (menos de seis batimentos em 10 segundos), com sinais de perfusão deficiente? • Se sim, inicie a RCP. • Se não, continue a venti lação de resgate. Verifique o pulso a cada 2 minutos. Se não houver pulso, inicie a RCP. Etapa 5: O primeiro socorrista começa ciclos de RCP com 30 compressões e 2 ventilações . Quando o segundo socorrista retornar, continue os ciclos de RCP com 15 compressões e 2 ventilações . Use o DEA assim que ele estiver disponível. Etapa 6: Siga as instruções do DEA para verificar o ritmo cardíaco. ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo, aproximadamente a cada dois minutos. Continue administrando RCP e use o DEA, até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou a vítima comece a respirar, mover-se ou reagir de outra forma. Etapa 8: Se o DEA detectar um ritmo não chocável, reinicie a RCP de alta qualidade, até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo, aproximadamente a cada dois minutos. Continue a RCP e o uso do DEA, até que profissionais de suporte avançado de vida assumam ou o bebê comece a respirar, mover-se ou responder de outra forma. Para obter uma explicação completa de cada etapa, consulte "SeQuência de SBV para bebês e crianças com dois socorristas," no Apêndice. Perguntas de revisão 1. Qual é a relação correta para realizar compressão-ventilação com um único socorrista, em uma criança de 3 anos de idade? a. 15 compressões/1 ventilação. b. 15 compressões/2 ventilações. c. 20 compressões/2 ventilações. d. 30 compressões/2 ventilações . C Ocultar resposta ) Answer: d. 30 compressões/2 ventilações. 2. Qual é a relação correta para realizar compressão-ventilação em uma criança de 7 anos de idade, quando há dois ou mais socorristas? a. 15 compressões/1 ventilação. b. 15 compressões/2 ventilações. c. 20 compressões/2 ventilações. d. 30 compressões/2 ventilações. C Ocultar resposta ) Answer: b. 15 compressões/2 ventilações. 3. Para qual idade da vítima é recomendada a técnica de dos dois polegares-mãos circundando o tórax? a. Criança abaixo de 3 anos. b. Criança acima de 3 anos. c. Bebê acima de 1 ano. d. Bebê abaixo de 1 ano. C Ocultar resposta ) Answer: d. Bebê abaixo de 1 ano. 4. Qual é a profundidade correta de compressão torácica para uma criança? a. No mínimo, um quarto da profundidade do tórax ou aproximadamente 2,5 em. b. No mínimo, um terço da profundidade do tórax ou aproximadamente 4 em. c. No mínimo, um terço da profundidade do tórax ou aproximadamente 5 em. d. No mínimo, metade da profundidade do tórax ou aproximadamente 7,6 em. C Ocultar resposta ) Answer: c. No mínimo, um terço da profundidade do tórax ou aproximadamente 5 em. 5. Qual é a profundidade correta de compressão torácica para um bebê? a. No mínimo, um quarto da profundidade do tórax ou aproximadamente 2,5 em. b. No mínimo, um terço da profundidade do tórax ou aproximadamente 4 em. c. No mínimo, um terço da profundidade do tórax ou aproximadamente 5 em. d. No mínimo, metade da profundidade do tórax ou aproximadamente 6,4 em. ( Ocultar resposta ) Answer: b. No mínimo, um terço da profundidade do tórax ou aproximadamente 4 em. Consulte "Respostas às perguntas de revisão," no Apêndice. Parte 7: Desfibrilador externo automático para bebês e crianças abaixo de 8 anos de idade Os socorristas podem usar um DEA ao tentar a ressuscitação de bebês e crianças abaixo de oito anos. Esta Parte ajudará você a entender como usar um DEA para vítimas dessa faixa etária.Objetivos de aprendizagem Nesta parte, você aprenderá: • A importância de usar um DEA o mais rápido possível para bebês e crianças abaixo de 8 anos • Demonstrar o uso apropriado de um DEA em bebês e crianças abaixo de 8 anos de idade. Conheça o DEA Embora todos os DEAs funcionem basicamente da mesma forma, o DEA varia de acordo com o modelo e fabricante. Você deve se familiarizar com o DEA usado em seu ambiente específico. Consulte "Como operar um DEA: Etapas universais," na Parte 4. DEA de uso pediátrico para cargas reduzidas de choque A maioria dos modelos de DEA são projetados para uso em tentativas de ressuscitação pediátricas e em adultos. Esses DEA administram carga de choque reduzida quando são usadas pás pediátricas. Uma forma comum de reduzir as cargas de choque é conectando um atenuador de carga pediátrico ao DEA (Figura 32). Um atenuador reduz a carga do choque em aproximadamente dois terços. Geralmente, um atenuador administra carga de choque reduzida por meio de pás pediátricas. Um atenuador de carga pediátrico geralmente já vem conectado às pás pediátricas. Figura 32. Um atenuador de carga pediátrico reduz a carga do choque administrada por um DEA. Esse atenuador usa pás pediátricas. Escolha e posicionamento das pás Use pás pediátricas, se disponíveis, para bebês e crianças abaixo de 8 anos. Se não houver pás pediátricas, use pás para adultos. Tome cuidado para que elas não se toquem e nem fiquem sobrepostas. As pás para adultos administram carga de choque mais alta, mas uma carga mais alta é preferível a nenhum choque. Para aplicação das pás, siga as instruções do fabricante do DEA e as ilustrações nas pás do DEA. Alguns DEA requerem que as pás pediátricas sejam aplicadas na posição frontal e posterior (posição anteroposterior [AP]) (Figura 33), enquanto outros requerem a aplicação direita-esquerda (anterolateral). Em bebês, a aplicação de pás AP é comum. Consulte "Conceitos fundamentais: opções de aplicação das pás do DEA," na Parte 4. Figura 33. Aplicação AP das pás do DEA em vítima criança. Uso do DEA em vítimas a partir de 8 anos de idade • Use o DEA assim que estiver disponível. • Use pás para adulto (.Eigura 34). Não use pás pediátricas: é provável que elas administrem uma carga de choque menor que a necessária. • Aplique as pás conforme as ilustrações nas mesmas. • Aplique as pás diretamente na pele. Não deixe as pás se tocarem ou se sobrepor e não aplique sobre a roupa. Figura 34. Pás de DEA para adulto. Uso do DEA em vítimas menores de 8 anos • Use o DEA assim que estiver disponível. • Use pás pediátricas (Figura 35), se disponíveis. Se não houver pás pediátricas, use as pás para adultos. Coloque as pás de modo que elas não se toquem. • Se o DEA dispuser de um seletor ou botão que administre a carga de choque pediátrica, acione-o. • Aplique as pás conforme as ilustrações nas mesmas. • Aplique as pás diretamente na pele e não aplique sobre a roupa. Figura 35. Pás de DEA pediátricas. Uso do DEA em bebês Em bebês, prefira o uso de um desfibrilador manual a um DEA. O desfibrilador manual tem mais recursos do que o DEA e pode administrar cargas de energia menores e, frequentemente, necessárias para bebês. Este curso não abrange o uso de desfibrilador manual, urna habilidade que requer treino avançado. • Se não houver um desfibrilador manual disponível, prefira um DEA com um atenuador de carga pediátrico. • Se nenhum dos dois estiver disponível, use um DEA sem atenuador de carga pediátrico. O Conceitos fundamentais: Usar pás para adultos ou carga de choque para adultos é melhor do que não realizar desfibrilação em bebê ou criança PásdeDEA Se você estiver usando um DEA em um bebê ou criança abaixo de 8 anos de idade e não tiver pás pediátricas, você poderá usar pás para adultos. Para garantir que as pás para adultos não se toquem nem se sobreponham, pode ser necessário aplicá-las em posição anterior-posterior. Carga de choque Se o DEA que você estiver usando não tiver capacidade para administrar uma dose pediátrica, use uma carga para adultos. Perguntas de revisão 1. O que você deve fazer ao usar um DEA em um bebê ou em uma criança abaixo 8 anos? a. Nunca usar pás de DEA para adultos. b. Usar pás de DEA para adultos. c. Usar pás de DEA para adultos se não houver pás pediátricas. d. Usar pás de DEA para adultos, mas dividi-las ao meio. C Ocultar resposta ) Answer: c. Usar pás de DEA para adultos se não houver pás pediátricas. 2. Se não houver um desfibrilador manual disponível para uma vítima pediátrica, qual medida você deverá tomar? a. Realizar uma RCP de alta qualidade. b. Usar um DEA com atenuador de carga pediátrico. c. Corte a pá de adulto para que ela se ajuste ao tamanho do bebê. d. Aguardar a chegada de suporte avançado. C Ocultar resposta ) Answer: b. Usar um DEA com atenuador de carga pediátrico. 3. O que é importante lembrar a respeito da colocação de pás de DEA em bebês? a. Tomar cuidado para as pás não se sobreporem nem se tocarem, em bebês muito pequenos. b. Colocar uma pá adesiva para adultos no tórax. c. Talvez seja necessário colocar uma pá adesiva no tórax e uma nas costas, de acordo com as ilustrações nas pás. d. Se não houver pás de DEA pediátricas, não usar o DEA. C Ocultar resposta ) Answer: c. Talvez seja necessário colocar uma pá adesiva no tórax e uma nas costas, de acordo com as ilustrações nas pás. Consulte "Respostas às perguntas de revisão," no Apêndice. Parte 8: Técnicas de ventilação alternativas Como profissional de SBV, você pode ser chamado para ajudar a realizar RCP em situações que exijam técnicas de ventilação alternativas. Se estiver ajudando os profissionais de suporte avançado de vida, precisará conhecer as modificações que devem ser feitas nas compressões e ventilações depois que uma via aérea avançada tiver sido inserida. Se a vítima estiver inconsciente e não respirar, mas tiver pulso, será necessário saber como administrar ventilação de resgate. Se um dispositivo bolsa-válvula-máscara não estiver disponível, poderá ser necessário administrar respiração boca a boca ou boca-nariz. Objetivos de aprendizagem Nesta parte, você aprenderá sobre: • As modificações nas compressões e ventilações administradas com via aérea avançada. • Ventilação de resgate para vítimas em parada respiratória. • Técnicas para administrar ventilações sem dispositivos de barreira em adultos, crianças e bebês. RCP e ventilações com via aérea avançada Explicaremos as modificações nas compressões e ventilações que os socorristas deverão realizar quando houver uma via aérea avançada. Os dispositivos de vias aéreas avançadas previnem a obstrução da via aérea e são uma forma de oferecer oxigenação e ventilação mais eficazes. Alguns exemplos de via aérea avançada são: máscara laríngea, via aérea supraglótica e tubo endotraqueal. A Tabela 2 apresenta um resumo da relação compressão-ventilação com e sem via aérea avançada, para adultos, crianças e bebês. Tabela 2. Relação compressão-ventilação durante RCP com e sem via aérea avançada Sem via aérea avançada disponível (por exemplo, boca a boca, dispositivo bolsa-válvula- máscara, máscara de bolso) Com via aérea avançada disponível (por exemplo, máscara laríngea, via aérea supraglótica e tubo endotraqueal) Ventilação de resgate • Frequência de compressão de 100 a 120/min • 30 compressões/2 ventilações Compressões-ventilações (bebês e crianças) • Frequência de compressão de 100 a 120/min • 30 compressões para 2 ventilações (1 socorrista) • 15 compressões para 2 ventilações (2 socorristas) • Frequência de compressão de 100 a 120/min • Compressões contínuas sem pausa nas ventilações • Ventilação: - Adulto: Uma ventilação a cada 6 segundos - Bebês e crianças: Uma ventilação a cada 2 a 3 segundos A ventilação de resgate consiste em administrar ventilações em uma vítima inconsciente que não está respirando, mas tem pulso. Vocêpode administrar ventilação de resgate usando um dispositivo de barreira (por exemplo, máscara de bolso ou protetor facial) ou um dispositivo bolsa-válvula-máscara. Se não houver equipamento de emergência, o socorrista poderá administrar ventilações usando a técnica boca a boca ou boca a boca e nariz. Como administrar a ventilação de resgate em adultos, bebês e crianças • Em adultos: - Administre 1 _______ _ ------- · --------T-- - -- ·- - -- -------------------- --------------- --o-------- Cada ventilação deve resultar em elevação visível do tórax. - Verifique o pulso a cada 2 minutos. • Em bebês e crianças: Administre 1 ventilação a cada 2 a 3 segundos. Administre cada ventilação por l segundo. - Cada ventilação deve produzir elevação visível do tórax. Verifique o pulso a cada 2 minutos. Quando alternar de somente ventilação de resgate para RCP em bebês ou crianças Quando estiver administrando apenas ventilação de resgate, inicie a RCP (compressões e ventilações) se perceber o seguinte: • Sinais de perfusão deficiente em um bebê, apesar de oxigenação e ventilação eficazes, fornecidas pela ventilação de resgate. • A frequência cardíaca do bebê ou da criança é menor que 60/min, com sinais de perfusão deficiente. • Quando não é mais possível sentir o pulso. O Conceitos fundamentais: Parada respiratória • Quando a respiração normal é interrompida, ocorre uma parada respiratória, impedindo o fornecimento essencial de oxigênio e a troca de dióxido de carbono. A falta de oxigenação cerebral, em algum momento, faz com que a pessoa se tome irresponsiva. • Os socorristas podem identificar a parada respiratória se todos os seguintes sinais estiverem presentes: A vítima não está respondendo. - A vítima não está respirando ou apresenta somente gasping. - A vítima ainda tem pulso. • A parada respiratória é uma emergência. Sem tratamento imediato, pode provocar lesão cerebral, PCR e morte. • Em certas situações, incluindo emergências potencialmente fatais associadas a opioides, a parada respiratória pode ser revertida, se os socorristas a tratarem rapidamente. (Consulte a Parte 9 para saber mais sobre opioides). • Os profissionais de SBV devem ser capazes de identificar rapidamente uma parada respiratória, acionar o sistema médico de emergência e iniciar a ventilação de resgate. Condutas rápidas podem impedir uma PCR. Técnicas para administrar ventilações sem, um dispositivo de barreira Muitas PCRs ocorrem em ambientes em que não existe equipamento de resgate disponível. Esta seção descreve técnicas para administração de ventilações quando não se tem dispositivo de barreira, como máscara de bolso ou dispositivo bolsa-válvula-máscara. Respiração boca a boca para adultos e crianças A respiração boca a boca é uma técnica rápida e eficaz para fornecer oxigênio para um adulto ou criança inconsciente. Siga os passos a seguir para administrar ventilações boca a boca em adultos e crianças: 1. Mantenha a via aérea da vítima aberta, com a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo. 2. Comprima o nariz com o polegar e o dedo indicador (apoiando a mão na região frontal da vítima). 3. Respire normalmente (não profundamente) e sele seus lábios em torno da boca da vítima, para criar uma vedação hermética (Figura 36). 4. Administre 1 ventilação durante 1 segundo. Observe se há elevação do tórax quando a ventilação é administrada. 5 A GSEG = TOTAL NO A- 12 SEG - - ------- ------- ---- ,---,--r-------------------- ----------T--- --- --- - -T-- --- - - -T-- - -- -.-------· 6. Administre uma segunda ventilação (sopre por cerca de 1 segundo). Observe a elevação do tórax. 7. Se não conseguir ventilar a vítima após 2 tentativas, reinicie imediatamente as compressões torácicas. Figura 36. Respirações boca a boca. Técnicas de ventilação em bebês Use as técnicas a seguir para ventilação em bebês: • Boca a boca e nariz. • Boca a boca. A técnica preferida para bebês é boca a boca e nariz. Entretanto, se você não conseguir cobrir o nariz e a boca do bebê com sua boca, use a técnica boca a boca. Técnica boca a boca e nariz 1. Mantenha a inclinação da cabeça-elevação do queixo para abrir a via aérea. 2. Coloque a boca sobre a boca e o nariz do bebê, para criar uma vedação hermética (Figura 37). 3. Sopre para dentro do nariz e da boca do bebê (fazendo uma pausa entre as ventilações para inalar) o suficiente para fazer o tórax se elevar a cada ventilação. 4. Se o tórax não se elevar, repita a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo, para abrir novamente a via aérea e, então, tentar novamente administrar uma ventilação que produza elevação do tórax. Talvez seja necessário posicionar melhor a cabeça do bebê para fornecer ventilações eficazes. Quando a via aérea estiver aberta, administre ventilações que elevem o tórax. Figura 37. Respirações boca a boca e nariz em vítimas bebês. Técnica boca a boca 1. Realize a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo, para manter aberta a via aérea. 2. Comprima firmemente o nariz da vítima com o seu polegar e o dedo indicador. 3. Faça uma vedação boca a boca. 4. Administre a ventilação boca a boca, de forma a realizar a elevação do tórax a cada ventilação. 5. Se o tórax não se elevar, repita a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo, para abrir novamente a via aérea. Talvez seja necessário posicionar melhor a cabeça do bebê, para fornecer ventilações eficazes. Quando a via aérea estiver aberta, administre ventilações que elevem o tórax. Cuidado: Risco de distensão gástrica Se você administrar venti lações rápido demais ou com força excessiva, poderá haver entrada de ar no estômago, em vez de nos pulmões. Isso pode provocar distensão gástrica (entrada de ar no estômago). A distensão gástrica frequentemente se desenvolve durante a respiração boca a boca, boca a máscara ou ventilação com bolsa-válvula-máscara. Isso poderá provocar sérias complicações. Para reduzir o risco de distensão gástrica, evite administrar as ventilações rápido demais, com força excessiva ou com volume excessivo. Mas, mesmo se administrar as ventilações corretamente, durante a RCP de alta qualidade, a distenção gástrica ainda pode ocorrer. Para reduzir o risco de distensão gástrica: • Administrar cada ventilação por 1 segundo. • Administrar ar suficiente para elevar o tórax da vítima. Perguntas de revisão l. Qual vítima precisaria apenas de ventilação de resgate? a. Gasping sem pulso. b. Respiração com pulso fraco. c. Sem respiração e com algum pulso. d. Sem respiração e sem pulso. C Ocultar resposta ) Answer: c. Sem respiração e com algum pulso. 2. Com qual frequência as ventilações de resgate são administradas em bebês e crianças quando há pulso? a. 1 ventilação a cada 2 a 3 segundos. b. 1 ventilação a cada 3 a 5 segundos. c. 1 ventilação a cada 5 a 6 segundos. d. 1 ventilação a cada 8 a 1 O segundos. C Ocultar resposta ) Answer: a. 1 ventilação a cada 2 a 3 segundos. 3. O que os socorristas podem fazer para tentar reduzir o risco de distensão gástrica? a. Administrar cada ventilação por 1 segundo. b. Administrar ventilações rápidas e superficiais. c. Usar dispositivo bolsa-válvula-máscara para administrar a ventilação. d. Usar a técnica de ventilação máscara-boca. C Ocultar resposta ) Answer: a. Administrar cada ventilação por 1 segundo. 4. Qual técnica é preferível para administrar ventilações em bebê? a. Boca a boca. b. Boca a boca e nariz. c. Boca-nariz. d. Qualquer método é aceitável. C Ocultar resposta ) Answer: b. Boca a boca e nariz. Consulte "Respostas às perguntas de revisão," no Apêndice. Parte 9: Emergências potencialmente fatais associadas a opioides As mortes relacionadas ao uso de opioides estão aumentando. A OMS estima que 27 milhões de pessoas sofram com problemas de uso de opioides. A maioria usa drogas ilícitas, mas um número cada vez maior está usando opioides com receita médica. Cercade 450 mil pessoas morrem anualmente no mundo todo como resultado do uso de drogas, sendo que cerca de 118 mil mortes estão diretamente associadas ao uso de opioides. A overdose de opioides não ocorre apenas a dependentes, pode ocorrer a qualquer pessoa que usa opioides ou tem acesso a opioides. Uma overdose não intencional pode ocorrer a qualquer momento, em qualquer pessoa, de qualquer idade, em qualquer lugar. Devido à crise atual, é importante saber o que fazer se suspeitar de uma emergência potencialmente fatal associada a opioides (overdose de opioides) em uma vítima adulta inconsciente. Objetivos de aprendizagem Nesta parte, você aprenderá: • Como reconhecer uma emergência potencialmente fatal associada a opioides. • A importância de administrar naloxona em emergências potencialmente fata is associadas a opioides. • Descrever as etapas da sequência de resposta à emergência potencialmente fatal associada a opioides. O que são opioides? Opioides são medicamentos usados principalmente para alívio da dor. Exemplos comuns são: hidrocodeína, morfina e fentanil. A heroína é um exemplo de opioide. Uso problemático de opioides Muitas pessoas pensam que o uso problemático de opioides ocorre apenas quando alguém ingere um opioide produzido ou obtido ilegalmente. Ainda assim, podem ocorrer problemas quando alguém: • Ingere mais medicamento do que o prescrito (de forma proposital ou acidental). • Ingere um opioide que foi prescrito para uma outra pessoa. • Combina opioides com álcool ou algumas outras drogas, como tranquilizantes ou outros medicamentos para dormir. • Tem certos problemas médicos, como função hepática reduzida ou apneia do sono. • Tem mais de 65 anos. Overdose por opioides podem sobrecarregar o cérebro e suprimir o mecanismo natural de respiração. Essa depressão respiratória pode resultar em parada respiratória e PCR. Identificação de uma emergência com opioides Avaliação do local A avaliação do local é uma medida importante para identificar se uma emergência potencialmente fatal está relacionada ao uso de opioides. Para avaliar o local com relação a uma possível overdose de opioides, use estas estratégias: • Comunique-se com as pessoas presentes no loca l: Faça perguntas, como "Alguém tem alguma informação sobre o que aconteceu? Você sabe se a vítima tomou alguma coisa?" • Observe a vítima: Procure sinais de injeção na pele, adesivos de medicação ou outros sinais de uso de opioides. • Avalie o local em volta: Procure frascos de medicamento ou outros sinais de uso de opioide. Sinais de overdose de opioides • Respiração superficial, lenta ou ausente. • Sons de engasgo ou gorgolejo. • Tontura ou perda de consciência. • Pupilas pequenas ou contraídas. • Pele, lábios ou unhas cianóticos. Não atrase as ações para salvamento de vida. Depois de confirmar a segurança do local, os socorristas podem avaliar o local, ao mesmo tempo que a tentativa de ressuscitação. Antídoto para overdose de opioides: Naloxona A naloxona pode, temporariamente, reverter os efeitos da depressão respiratória que os opioides podem causar. Se disponível, administre a naloxona rapidamente por uma das seguintes vias : intramuscular, intranasal ou intravenosa (administrada por profissionais avançados). Autoinjetor de naloxona Os autoinjetores portáteis de naloxona administram uma dose única por injeção intramuscular. Naloxona intranasal Um dispositivo spray fácil de usar administra a naloxona intranasal. Não há risco de lesões por picada de agulha com esse método. O corpo absorve rapidamente a naloxona intranasal, pois a cavidade nasal tem uma superficie de membranas mucosas relativamente grande e rica em vasos capilares. O Conceitos fundamentais: O que fazer no caso de uma emergência potencialmente fatal associada a opioides Se suspeitar de uma emergência potencialmente fatal associada a opioides, faça o seguinte: • Se a vítima tiver pulso presente, mas não estiver respirando normalmente: Administre naloxona de acordo com as instruções da embalagem e com o protocolo local. Monitorize a resposta. • Se a vítima estiver em PCR e houver suspeita de overdose de opioides: Inicie a RCP. Considere administrar a naloxona, de acordo com as instruções da embalagem e com o protocolo local. Observe que, em vítimas em PCR devido a overdose por opioides, o efeito da administração de naloxona não é conhecido. Sequência de resposta a emergências potencialmente fatais associadas opioides O primeiro socorrista que chegar ao lado de uma vítima inconsciente e suspeitar de uso de opioides deverá seguir, rapidamente, estas etapas. Assim como qualquer emergência potencialmente fatal, não postergue nenhuma ação de salvamento. Etapa 1: Se houver suspeita de envenenamento por opioide: • Verifique se a pessoa responde. • Peça por ajuda para alguém próximo. • Acione o serviço médico de emergência. • Se estiver sozinho, busque a naloxona e um DEA, se disponível. Se houver mais alguém presente, peça para essa pessoa ir pegá-los. Etapa 2: A pessoa está respirando normalmente? • Se a pessoa estiver respirando normalmente, vá para as etapas 3 e 4. • Se a pessoa não estiver respirando normalmente, vá para a etapa 5 Etapa 3: Evite a deterioração. • Toque no ombro e chame em voz alta. Verifique se há resposta batendo no ombro da vítima. Fale: "Você está bem?" ---------. ----------- · --- ------- - ------- - ---- - ,r----------------- -- - .---T-- - -- - ------------ r - -- - -- necessário se a vítima estiver inconsciente ou estiver consciente, mas não conseguir manter uma via aérea aberta devido a um nível insuficiente de consciência. • Considere a administração de naloxona, se disponível. Se suspeitar de overdose de opioides, é razoável administrar naloxona de acordo com as instruções na embalagem e com o protocolo local. Monitore a resposta. • Transporte para o hospital. Se a vítima ainda não estiver em uma instalação de tratamento de saúde, ela deverá ser transportada pelo serviço médico de emergência para um hospital. Etapa 4: Avalie o nível de consciência e a respiração. Continue a avaliar o nível de consciência e a respiração, até que a vítima seja transferida para atendimento avançado. As vítimas com emergências associadas a opioide podem não conseguir manter uma via aérea aberta nem respirar normalmente. Mesmo as que recebem naloxona podem desenvolver problemas respiratórios que podem levar a PCR. Etapa 5: A pessoa tem pulso? Verifique se há pulso por não mais que 10 segundos. • Se houver (um pulso for sentido), vá para a etapa 6. • Se não houver pulso (um pulso não for sentido), passe à etapa 7. Etapa 6: Forneça suporte ventilatório • Abra e reposicione a via aérea antes de executar ventilações de resgate. • Execute ventilação de resgate ou ventilação com bolsa-máscara. Isso pode ajudar a evitar a PCR. Continue até que uma respiração normal e espontânea ocorra. Reavalie a respiração e o pulso da vítima a cada 2 minutos. Se não houver pulso, execute a RCP (consulte a etapa 7). • Administre naloxona de acordo com as instruções da embalagem e com o protocolo local. Etapa 7: Inicie a RCP. • Se a vítima não estiver respirando normalmente e não houver pulso, execute RCP de alta qualidade, incluindo ventilação. Use o DEA assim que ele estiver disponível. • Considere naloxona. Se a naloxona estiver disponível e você suspeitar de overdose de opioides, é razoável administrá-la de acordo com as instruções da embalagem e com o protocolo local. A RCP de alta qualidade deve ter prioridade em relação à administração de naloxona. • Consulte o protocolo de SBV (consulte a :figura 4). Para obter mais informações, consulte a Figura 45. Algoritmo de emergência associada a opioide para profissionais da saúde," no Apêndice. Perguntas de Revisão 1. Quais destes não é um opioide? a. Heroína b. Hidrocodeína c. Morfina d. Naloxona ( Mostre a resposta ) 2. Seu colega de quarto usa opioides. Você oencontra inconsciente e sem respiração, mas com pulso forte. Você suspeita de overdose por opioides. Um amigo está ligando para o número do sistema médico de emergência local e procurando um autoinjetor de naloxona. Qual medida você deve tomar? a. Permanecer com seu colega de quarto até que a naloxona chegue e administrá-la imediatamente. b. Inicie a RCP, começando pelas compressões torácicas. c. Administre ventilações de resgate: 1 ventilação a cada 6 segundos. d. Aplicar uma rápida desfibrilação com DEA. C Ocultar resposta ) Answer: c. Administre ventilações de resgate: 1 ventilação a cada 6 segundos. 3. Você encontra uma mulher de 56 anos de idade inconsciente que toma hidrocodeína para dor depois de um procedimento cirúrgico. Ela não está respirando e não tem pulso. Você percebe que o frasco de medicação dela está vazio e suspeita de uma emergência potencialmente fatal associada a opioides. Um colega aciona o sistema médico de emergência e está tentando conseguir um DEA e naloxona. Qual é a medida mais apropriada a ser tomada em seguida? a. Não fazer nada enquanto a naloxona não chegar. b. Inicie a RCP, começando pelas compressões torácicas. c. Administrar 1 ventilação de resgate a cada 5 a 6 segundos até a naloxona chegar. d. Aplicar uma rápida desfibrilação com DEA. C Ocultar resposta ) Answer: b. Inicie a RCP, começando pelas compressões torácicas. Consulte "ResP-ostas às P-erguntas de revisão," no AP-êndice. Parte 10: Outras emergências potencialmente fatais Os profissionais de SBV podem ser chamados para responder a emergência médicas potencialmente fatais que ainda não progrediram para PCR. Algumas dessas emergências são ataque cardíaco, AVC, afogamento e anafilaxia. Você pode salvar uma vida reconhecendo o que precisa ser feito e agindo rapidamente. Objetivos de aprendizagem Ao final desta parte, você será capaz de: • Reconhecer sinais de ataque cardíaco e descrever as ações para ajudar uma vítima de ataque cardíaco. • Reconhecer sinais de AVC e descrever ações para ajudar uma vítima de AVC. • Discutir exemplos de como adaptar as ações de resgate, de acordo com a causa da PCR. • Descrever ações para ajudar uma vítima de PCR devido a afogamento. • Descrever sinais de uma reação alérgica intensa e os critérios para anafilaxia. • Descrever ações para ajudar alguém com uma reação alérgica intensa. • Discutir como usar um autoinjetor de epinefrina. Ataque cardíaco As doenças cardíacas são as principais causas de morte de homens e mulheres nos Estados Unidos há décadas. A cada 3 segundos, urna pessoa tem um ataque cardíaco ao redor do mundo. Um ataque cardíaco ocorre quando se forma uma obstrução ou há um espasmo grave em um vaso sanguíneo que restringe o fluxo sanguíneo e o oxigênio para o músculo cardíaco. Normalmente, durante um ataque cardíaco, o coração continua bombeando sangue. Quanto mais tempo a pessoa que está tendo o ataque cardíaco ficar sem tratamento para restaurar o fluxo sanguíneo, maior a possibilidade de lesão no músculo cardíaco. Ocasionalmente, o músculo cardíaco lesado desencadeia um ritmo anormal que pode provocar urna PCR súbita. Sinais de ataque cardíaco Sinais de um ataque cardíaco podem ocorrer de forma súbita e serem intensos . Ainda assim, muitos ataques cardíacos começam lentamente, com dor leve ou desconforto. Acione o sistema médico de emergência se alguém estiver tendo sinais de ataque cardíaco (Figura 38): • Desconforto torácico: A maioria dos ataques cardíacos envolve desconforto no centro do tórax, que perdura por vários minutos e geralmente não desaparece com descanso. O desconforto pode desaparecer com descanso e depois retornar. A sensação é de pressão, desconforto, aperto, náusea ou dor. • Desconforto em outras áreas do tórax: Os sintomas podem incluir dor ou desconforto no braço esquerdo (comum), mas pode ocorrer nos dois braços, na parte superior das costas, no pescoço, mandíbula ou estômago. • Falta de ar: Isso pode ocorrer com ou sem desconforto torácico. • Outros sinais: Suor frio, náusea, vômito ou sensação de desfalecimento são outros sinais. • Do.- ou desconforto no peito 9 Falta de ar Figura 38. Sinais comuns de alerta de ataque cardíaco. Os sinais típicos de ataque cardíaco são baseados na experiência de homens brancos de meia idade. Mulheres, idosos e pessoas com diabetes têm maior probabilidade de apresentar sinais menos típicos de ataque cardíaco, como: falta de ar, fraqueza fadiga incomum, suor frio e tontura. As mulheres que relatam desconforto torácico podem descrevê-lo como pressão, sensação dolorida ou aperto, em vez de dor. Outros sinais menos típicos são: queimação no estômago, indigestão, sensação de desconforto nas costas, mandíbula, pescoço ou ombro e náusea ou vômito. As pessoas com problemas para se comunicar podem não conseguir descrever os sinais de um ataque cardíaco. Ataque cardíaco e PCR súbita As pessoas normalmente usam os termos ataque cardíaco e parada cardiorrespiratória (PCR) como se fossem sinônimos, mas eles não significam a mesma coisa. • Um ataque cardíaco é um problema de fluxo sanguíneo. Ocorre devido a uma obstrução ou espasmo em um vaso sanguíneo que restringe gravemente ou bloqueia o fluxo de sangue e de oxigênio para o músculo cardíaco. • APCR súbita é normalmente um problema de ritmo. Ela ocorre quando o coração desenvolve um ritmo anormal. Esse ritmo anormal faz o coração tremular e, então, ele não consegue mais bombear sangue para o cérebro, os pulmões e outros órgãos. Em questão de segundos, a vítima em PCR fica inconsciente e para de respirar ou apresenta apenas gasping. A morte ocorre em minutos quando a vítima não recebe tratamento imediato. O ataque cardíaco acontece com mais frequência que a PCR. Embora a maioria dos ataques cardíacos não causem PCR, eles são uma causa frequente. Outras doenças que afetam o ritmo do cardíaco também podem levar a PCR. Obstáculos ao tratamento para salvar vidas O reconhecimento precoce, a intervenção e o transporte rápido de alguém com suspeita de ataque cardíaco é vital. O acesso rápido a um sistema de serviço médico de emergência geralmente é atrasado, pois a vítima e as pessoas presentes no local não reconhecem os sinais de ataque cardíaco. O tratamento para salvar vidas pode ser realizado por profissionais médicos de emergência, no caminho para o hospital, poupando minutos preciosos e o músculo cardíaco. Muitas pessoas não admitem que seu desconforto possa ser causado por um ataque cardíaco. Elas geralmente dizem: • "Eu sou muito saudável" ou "Eu sou muito jovem". • "Não quero incomodar o médico". • "Não quero assustar meu esposo/minha esposa". • "E se não for ataque cardíaco? Vou me sentir bobo( a)". • "É apenas indigestão." Ao suspeitar que alguém esteja tendo um ataque cardíaco, aja rapidamente e acione imediatamente o sistema médico de emergência. Não hesite, mesmo se a pessoa não quiser admitir o desconforto. Ações para ajudar uma vítima de ataque cardíaco O ataque cardíaco é uma emergência em que o tempo é vital. Cada minuto faz diferença. Se achar que alguém teve um ataque cardíaco, faça o seguinte: 1. Coloque a vítima sentada e permaneça calmo. 2. Acione o sistema médico de emergência ou peça a alguém para fazê-lo. Pegue o kit de primeiros socorros e o DEA, se disponível. 3. Estimule os adultos alertas que apresentarem dor no peito a mastigar e engolir uma aspirina, a menos que sejam alérgicos a aspirina ou algum profissional da saúde os tenham alertado para não tomar aspmna. 4. Se a vítima ficar inconsciente e não estiver respirando normalmente, ou tiver gasping, inicie RCP. Sistemas de tratamento O tratamento eficaz para ataque cardíaco requer um sistema de tratamento bem coordenado e rápido. "O tempo preserva o miocárdio". Cada minuto faz diferença. Quanto mais uma vítima de ataque cardíaco esperar por tratamento, mais dano haverá ao músculo cardíaco. Intervenções rápidas por profissionaisda saúde no hospital, para abrir o vaso sanguíneo coronário obstruído, podem determinar a tamanho do dano ao músculo cardíaco. Uma intervenção comum é tratamento não cirúrgico no laboratório de cateterização cardíaca. A administração de medicação intravenosa no DE é outra intervenção. As ações dos profissionais da saúde durante as primeiras horas de um ataque cardíaco determinam quanto o paciente irá se beneficiar com o tratamento. A meta é reduzir o tempo do início dos sintomas até a resolução da obstrução. Apresentamos as etapas do sistema de tratamento extra-hospitalar para ataque cardíaco: • Reconhecer e chamar ajuda rapidamente. Quanto mais rápido o primeiro socorrista ou a família reconhecer os sinais de alerta de ataque cardíaco, mais rápido o tratamento poderá começar. O sistema médico de emergência deverá ser acionado imediatamente para triagem e transporte. Os familiares não devem dirigir e levar a vítima com suspeita de ataque cardíaco para o hospital. As vítimas não devem dirigir e ir sozinhas para o hospital. Os socorristas podem realizar algumas intervenções na cena ou durante o transporte, reduzindo, assim, o atraso até o tratamento definitivo no hospital. • Avaliação precoce do sistema médico de emergência e ECG de 12 eletrodos. O ECG de 12 eletrodos é fundamental para a triagem de pacientes com desconforto torácico. Quando os profissionais do serviço médico de emergência executam um ECG de 12 eletrodos e transmitem os resultados para o hospital que vai receber a vítima, o tempo até o tratamento é reduzido. O ECG pode ser realizado no local ou durante o transporte. • Identificação precoce do ataque cardíaco. Assim que os profissionais confirmarem o ataque cardíaco, eles se comunicam com os profissionais de saúde do suporte avançado e transportam o paciente para o hospital mais adequado. • Notificação precoce. Os profissionais do serviço médico de emergência notificam o hospitalque receberá a vítima, assim que possível, de um paciente com ataque cardíaco a caminho. A equipe do laboratório de cateterização é acionada antes da chegada do paciente. O acionamento do laboratório de cateterização acelera o tempo até o diagnóstico e a intervenção. • Intervenção precoce. A meta de tempo do contato inicial até as intervenções para tratamento é de menos de 90 minutos. O Conceitos fundamentais: O tempo preserva o músculo cardíaco • O reconhecimento precoce, o acionamento e transporte rápido do serviço médico de emergência e a rápida intervenção para alguém com suspeita de ataque cardíaco, é essencial. A meta é de 90 minutos, do contato inicial até a intervenção de tratamento. • Aprenda a reconhecer os sinais de um ataque cardíaco. Acione o sistema médico de emergência sem demora. Administre aspirina, se indicado. Esteja preparado para iniciar RCP, se a vítima ficar inconsciente. A cada 3 segundos, alguém tem um AVC ao redor do mundo. Anualmente, mais de 11 ,9 milhões de pessoas tem um AVC .. O AVC é uma causa importante de deficiência, a longo prazo e a quinta causa de morte. Os AVCs ocorrem quando o sangue não chega a uma parte do cérebro. Isso pode acontecer se uma artéria do cérebro estiver obstruída (AVC isquêmico) ou um vaso sanguíneo se romper (AVC hemorrágico). As células cerebrais começam a morrer, depois de minutos sem oxigênio. O tratamento nas primeiras horas depois de um AVC pode reduzir o dano ao cérebral e melhorar a recuperação. Sinais de alerta do AVC Use o método F.A.S.T. para reconhecer e se lembrar dos sinais de alerta de AVC (Tabela 3). FA.S.T significa face drooping (face paralisada), arm weakness (fraqueza nos braços), speech difficulty (dificuldade de falar) e time to phone your local emergency response number (tempo para ligar para o sistema médico de emergência local). Se perceber algum desses sinais, aja F.A.S.T (rápido). Tabela 3. Reconhecer um AVC rapidamente F A s T Outros sinais de alerta de AVC Sinais de alerta de um AVC: Face drooping (face paralisada): Um dos lados da face paralisa ou fica dormente? Peça à pessoa para sorrir. Arm weakness (fraqueza nos braços): O braço fica fraco ou dormente? Peça à pessoa para erguer os dois braços. Um dos braços cai? Speech difficulty (dificuldade de falar): A fala fica arrastada? A vítima não consegue falar ou tem a fala difícil de entender? Peça à pessoa para repetir uma frase simples, como "O céu é azul". A frase é repetida corretamente? Tempo para ligar para o sistema médico de emergência local: Se a pessoa mostrar algum desses sintomas, mesmo se os sintomas desaparecerem, ligue para o sistema médico de emergência local e leve a vítima imediatamente para o hospital. Esteja a lerta para outros sinais comuns de AVC, como: • Dificuldade súbita para caminhar, tontura, perda do equilíbrio ou da coordenação. • Dificuldade súbita para enxergar com um ou os dois olhos. • Dor de cabeça intensa e súbita, sem causa conhecida. • Formigamento repentino do rosto, do braço ou da perna. • Fraqueza repentina de alguma parte do corpo. • Confusão súbita ou dificuldade de compreensão. Ações para ajudar uma vítima de AVC O AVC é uma emergência em que o tempo é vital. Cada minuto faz diferença. Se achar que alguém teve um AVC, faça o seguinte: 1. Avalie rapidamente se a vítima apresenta sinais de AVC. 2. Acione o sistema médico de emergência ou peça a alguém para fazê-lo. Pegue o kit de primeiros socorros e o DEA. 3. Descubra a hora em que os sinais de AVC apareceram pela primeira vez. 4. Fique com a vítima até que alguém com treinamento mais avançado assumir. 5. Se a vítima ficar inconsciente e não respirar normalmente ou apresentar gasping, inicie RCP. Sistemas de tratamento O tratamento eficaz para AVC requer um sistema de tratamento bem coordenado e rápido. Atraso em qualquer uma das etapas limita as opções de tratamento. Quanto mais um paciente de AVC esperar por tratamento, mais tecido cerebral morrerá. Medicamentos para dissolver um coágulo devem ser administrados em até aproximadamente 3 horas depois do início dos sinais. Os profissionais devem saber o último momento conhecido em que a vítima estava bem. Esse é o ponto em que se sabe que o paciente estava bem pela última vez, sem sinais de AVC. Apresentamos as etapas dos sistemas de tratamento extra-hospitalar para AVC: 1. Reconhecimento. Quanto mais rapidamente os socorristas ou a família reconhecerem os sinais de alerta de AVC (Tabela 3), mais rápido poderá ser o início do tratamento. Os pacientes que não chegam ao DE em um período de 3 horas, desde o início dos sintomas, podem não ser elegíveis para certos tipos de terapia. 2. Envio do serviço médico de emergência. Alguém deve ligar para o serviço médico de emergência local, para que cheguem o mais rapidamente possível. Os familiares não devem transportar, eles mesmos, a vítima de AVC para o hospital. 3. Identificação, manejo e transporte pelo serviço médico de emergência. O serviço médico de emergência determinará se o paciente teve um AVC e obterá histórico médico importante. Eles começarão o manejo e o transporte para o próximo nível de atendimento. O serviço médico de emergência ligará com antecedência para o hospital, para alertar os profissionais de que um possível paciente com AVC chegará em breve. 4. Triagem. O paciente passará por uma triagem e será transportado para o centro de AVC ou hospital mais próximo disponível que fornecer tratamento de emergência para AVC. 5. Avaliação e manejo. Depois de o paciente chegar no DE, a avaliação e o manejo deverão ser imediatos. 6. Decisões de tratamento. Os profissionais com conhecimento em AVC determinarão o tratamento adequado. 7. Tratamento. O tratamento padrão ouro para AVC isquêmico é a administração intravenosa de Alteplase. Para ter eficácia, o Alteplase deve ser administrado em até cerca de 3 horas depois do início dos primeiros sinais e sintomas. Uma outra opção é a trombectomia, um procedimento invasivo que removeo coágulo de dentro do vaso sanguíneo. O Conceitos fundam entais: O tempo significa menos dano ao cérebro O AVC é uma emergência em que o tempo é vital. Cada minuto em que o tratamento é atrasado, mais tecido cerebral morrerá. As prioridades são: o reconhecimento precoce, tempo limitado no local e transporte para hospital equipado. Afogamento Afogamento é a terceira principal causa de morte por lesão no mundo todo, com uma estimativa anual de 320 mil mortes por afogamento. Lesões não fatais por afogamento podem levar a dano cerebral grave, resultando em deficiências e em perda permanente de funcionamento básico. Ações de resgate de acordo com a causa da PCR Os profissionais de SBV podem precisar adaptar as ações de resgate à causa mais provável da PCR. Por exemplo, se estiver sozinho e vir alguém sofrer um colapso subitamente, é razoável supor que a vítima teve uma PCR súbita. As etapas para uma PCR súbita são: acionar o sistema médico de emergência, conseguir um DEA e, depois, retornar para a vítima para realizar RCP. A RCP em uma vítima de PCR súbita começa com compressões torácicas. A sequência em uma vítima de afogamento é diferente. A PCR em uma vítima de afogamento é causada por uma severa falta de oxigênio no corpo (parada por asfixia). A prioridade é fazer o oxigênio chegar ao cérebro, ao coração e a outros tecidos. Ações para ajudar uma vítima de PCR devido a afogamento Siga estas etapas junto com o algoritmo de SBV para profissionais da saúde para ajudar uma vítima de PCR devido a afogamento: 1. Chamar ajuda. Solicite ajuda para acionar o sistema médico de emergência. Chegue à vítima o mais rápido possível. Mova a vítima para águas rasas ou para fora da água. Preste atenção à sua própria segurança durante o processo de resgate. 2. Verifique se há respiração. Se não houver respiração, abra a via aérea. Administre duas ventilações de resgate que produzam elevação do tórax. Evite atrasos no início da RCP. Use a ventilação boca- nariz como alternativa para a ventilação boca a boca, se necessário. Algumas vezes é dificil para o socorrista comprimir o nariz da vítima, apoiar a cabeça e abrir a via aérea, se a vítima ainda estiver na água. a. Não é necessário realizar a estabilização da coluna de rotina, a menos que haja sinais de que a vítima possa ter uma lesão na cabeça ou no pescoço. b. Não tente tirar a água aspirada da via aérea. A maioria das vítimas de afogamento aspiram apenas uma pequena quantidade de água, que é rapidamente absorvida. c. Não use compressões abdominais para tentar remover a água das vias aéreas. Essas ações não são recomendadas e podem ser perigosas. 3. Verifique se há pulso depois de ter administrado 2 ventilações eficazes. a. Se a vítima não estiver respirando normalmente, mas tiver pulso, execute apenas a ventilação de resgate. Verifique o pulso, novamente, a cada 2 minutos. b. Se não sentir um pulso, inicie RCP. 4. Inicie RCP, com ciclos de 30 compressões e 2 ventilações. Execute 5 ciclos (aproximadamente 2 minutos) e, depois, acione o sistema médico de emergência, se ainda não tiver sido acionado. 5. Use o DEA assim que ele estiver disponível. Aplique o DEA assim que a vítima estiver fora da água. Você só precisa secar rapidamente a área do tórax antes de aplicar as pás do DEA. 6. Siga as instruções do DEA. Se a aplicação de choque não for necessária, ou após a administração de choque, reinicie imediatamente a RCP, começando pelas compressões torácicas. Vômito durante a ressuscitação A vítima pode vomitar durante as ventilações de resgate ou as compressões torácicas. Se isso acontecer, vire a vítima de lado. Se suspeitar de lesão na coluna, vire a vítima de forma que a cabeça, o pescoço e o tronco sejam virados em bloco. Isso ajudará a proteger a coluna cervical. Remova o vômito usando o dedo ou um tecido. Você pode usar sucção, se tiver treinamento e prática. Transporte Todas as vítimas de afogamento deverão ser transportadas pelo serviço médico de emergência para o DE para avaliação e monitoramento. Isso inclui as vítimas que precisaram apenas de ventilações de resgate ou as que estão alertas e parecerem ter se recuperado. Embora a sobrevivência não seja comum em vítimas que ficaram submersas na água por muito tempo, houve casos de recuperação bem-sucedida, especialmente quando em água fria. Por esse motivo, os socorristas devem realizar RCP no local e a vítima deverá ser transportada, a menos que sej a constatada morte evidente. O Conceitos fundamentais: Ventilações de resgate primeiro A primeira e mais importante ação em uma vítima de afogamento é administrar ventilação de resgate, assim que possível. Essa ação aumenta as chances de sobrevivência da vítima. Anafilaxia A maioria das reações alérgicas são leves. Algumas, no entanto, pioram até um estado de anafilaxia. A anafilaxia é uma reação alérgica @!P'T rs reqner trs*emer*e Ff@!?n*e O *ratamento pode incluir uma injeção de epinefrina. O reconhecimento imediato é vital. O socorrista precisa conseguir identificar se uma reação alérgica é leve ou grave (anafilaxia). Reação alérgica leve Sinais de uma reação alérgica leve Os sinais de uma reação alérgica leve são: • Congestão nasal, espirros e prurido ao redor dos olhos. • Prurido na pele ou nas membranas mucosas. • Erupções cutâneas salientes e avermelhadas (urticária). Ações para uma reação alérgica leve • Peça ajuda. • Remova a vítima para longe do alérgeno, se ele for conhecido (retire a pessoa do ambiente, lave a área afetada da pele). • Pergunte sobre qualquer histórico de alergia ou anafilaxia; procure na vítima por algum colar ou pulseira de alerta médico. • Considere uma dose oral de anti-histamínico. Reação alérgica grave Uma reação alérgica intensa (anafilaxia) pode ser potencialmente fatal se não for reconhecida e tratada imediatamente. A anafilaxia ocorre de forma súbita, depois do contato com um alérgeno. Alguns alérgenos comuns associados à anafilaxia são medicamentos, látex, alimentos e picadas de insetos. Na anafilaxia, mais de um sistema está envolvido na resposta do organismo. Sinais de uma reação alérgica grave Sinais de uma reação alérgica grave podem incluir: • Respiração. Inchaço das vias aéreas, dificuldade para respirar e sons de respiração anormal (como chiado). • Pele. Urticárias, prurido, rubor e inchaço dos lábios, língua e rosto. • Circulação. Sinais de perfusão deficiente (choque), que pode incluir frequência cardíaca muito alta, mudanças na cor da pele, pele fria, a pessoa não está alerta, hipotensão. • Gastrointestinal. Contração (rigidez) estomacal, diarreia. Critérios para anafilaxia Muitos profissionais têm dificuldade para reconhecer a anafilaxia. Procure estes 4 critérios a seguir: • Sinais que aparecem rapidamente e pioram depressa. • Mudanças na pele, como rubor, prurido e inchaço dos lábios, da língua e do rosto. • Problemas potencialmente fatais nas vias aéreas, na respiração ou na circulação. • Envolvimento de dois ou mais sistemas. Lembre-se de que apenas as mudanças na pele não são sinais de uma reação anafilática. Dispositivo autoinjetor de epinefrina para reações alérgicas graves A epinefrina é um medicamento que pode aliviar temporariamente os problemas potencialmente fatais causados por uma reação alérgica grave. Ele é oferecido mediante prescrição de dispositivo chamado autoinjetor de epinefrina. Pessoas que sabidamente têm reações alérgicas graves são encorajadas a sempre ter consigo dispositivos autoinjetores de epinefrina. Há dois tipos de dispositivos autoinjetores de epinefrina: ativado por mola e eletrônico. As doses são diferentes para crianças e adultos. A inj eção de epinefrina é administrada na lateral da coxa, aproximadamente no meio da distância entre o quadril e o joelho (Eigura 39B). Esse é o local mais seguro para administração. A ep. i&-" puh ii · r .. iH r r· "i *i tDele ou através da roupa. Alguém que tem um dispositivo autoinjetorde epinefrina geralmente saberá como e quando usá-lo. Se a pessoa estiver incapacitada, você poderá ajudar a administrar a injeção se o medicamento tiver sido prescrito por um médico e protocolos locais permitir. Ações para ajudar alguém com reação alérgica grave Uma reação alérgica grave pode ser fatal. Siga as etapas para ajudar alguém, com suspeita de anafilaxia: 1. Acione o sistema médico de emergência ou peça a alguém para fazê-lo. Envie alguém para buscar o dispositivo autoinjetor de epinefrina da pessoa. 2. Administre ou ajude a pessoa a injetar a epinefrina com o dispositivo autoinjetor, assim que possível (.Eigura 39). Consulte "Como usar um dispositivo autoinjetor de epinefrina". 3. Envie alguém para buscar o DEA. 4. Administre uma segunda dose de epinefrina se a pessoa tiver ainda sintomas e o atendimento avançado não tiver chegado em 5 a 1 O minutos. 5. Se a pessoa ficar inconsciente e não estiver respirando ou tiver gasping, inicie RCP. Você pode administrar a epinefrina com o dispositivo autoinjetor de epinefrina durante PCR. 6. Se possível, recolha uma amostra do que causou a reação. Dê essa amostra para os socorristas avançados. O Conceitos fundamentais: Ação que salva vidas em anafilaxia A primeira e mais importante ação para alguém com suspeita de anafilaxia é administrar, imediatamente, injeção de epinefrina, usando o dispositivo autoinjetor de epinefrina da pessoa. Como usar um dispositivo autoinjetor de epinefrina O socorrista deve conhecer a técnica para usar um auto injetor de epinefrina. Alguns dispositivos fornecem instruções por voz, para guiar os usuários na administração da dose de epinefrina. Segurança do dispositivo Antes de usar o dispositivo autoinjetor de epinefrina, examine-o rapidamente para garantir que seja seguro usá-lo. Não o utilize se: • A solução estiver descolorida (quando for possível ver o medicamento). • A janela de visualização do dispositivo autoinjetor estiver vermelha. Etapas para usar um dispositivo autoinjetor de epinefrina Siga estas etapas para usar corretamente um dispositivo autoinjetor de epinefrina: 1. Siga as instruções no dispositivo. Segure o dispositivo com o punho fechado, sem tocar em nenhuma das extremidades, pois a agulha sai por uma das extremidades. Retire a tampa de segurança e aplique a injeção sobre a roupa ou diretamente na pele. (Figura 39). 2. Segure firme a perna antes e durante a injeção. Pressione a ponta do injetor com firmeza, contra a lateral da coxa da pessoa, aproximadamente no meio, entre o quadril e o joelho (Figura 39B). 3. Para dispositivos autoinjetores de epinefrina, segure no lugar por 3 segundos. Outros injetores devem ser mantidos no lugar por cerca de 1 O segundos. Conheça as instruções do fabricante para o tipo de injetor que está usando. 4. Puxe o dispositivo, cuidando para não tocar os dedos na extremidade que teve contato com a coxa da pessoa. 5. A pessoa que recebeu ou aplicou a injeção deve esfregar o local da injeção por aproximadamente 10 segundos. 6. Anote a hora da injeção. Descarte adequadamente o injetor. 7. Garante que o SME esteja a caminho. Se houver um atraso de mais de 5 a 1 O minutos para a chegada de socorro avançado, considere a administração de uma segunda dose, se disponível. Figura 39A. Como usar um dispositivo autoinjetor de epinefrina. A, Retire a tampa de segurança. Figura 39B. Pressione a ponta do autoinjetor com firmeza contra a lateral da coxa da pessoa, aproximadamente no meio, entre o quadril e o joelho. Descarte seguro É importante descartar as agulhas usadas corretamente, para que ninguém se fira. Siga a política de descarte de perfurocortantes do seu local de trabalho. Se não souber o que fazer com o injetor usado, entregue-o a alguém que tenha treinamento mais avançado. Perguntas de revisão I . Qual das populações a seguir é mais suscetível de mostrar sinais atípicos de ataque cardíaco, como falta de ar e tontura? a. Homens brancos de meia-idade. b. Indivíduos com diabetes. c. Indivíduos mais jovens. d. Pessoas com sobrepeso. ( Mostre a resposta ) 2. O que significa a sigla F.A.S.T. para AVC? a. Face drooping (paralisia facial), arm weakness (fraqueza do braço), speech difficulty (dificuldade de falar), time to phone your local emergency response nurnber (tempo para ligar para o serviço médico de emergência local) . b. Falling down (cair) arm weakness (fraqueza nos braços), slurring words (palavras arrastadas) time to start first aid (tempo para iniciar os primeiros socorros). c. Falling down (cair), arm tingling (formigamento no braço), speech difficulty (dificuldade de falar) , time to phone your local emergency response number (tempo para ligar para o sistema médico de emergência local). d. Face drooping (paralisia facial), arm tingling (formigamento no braço), sudden weakness (fraqueza repentina), time to start CPR (tempo para iniciar RCP). Perguntas de revisão 1. Qual das populações a seguir é mais suscetível de mostrar sinais atípicos de ataque cardíaco, como falta de ar e tontura? a. Homens brancos de meia-idade. b. Indivíduos com diabetes. c. Indivíduos mais jovens. d. Pessoas com sobrepeso. C Ocultar resposta ) Answer: b. Indivíduos com diabetes. 2. O que significa a sigla F.A.S.T. para AVC? a. Face drooping (paralisia facial), arm weakness (fraqueza do braço), speech difficulty (dificuldade de falar) , time to phone your local emergency response number (tempo para ligar para o serviço médico de emergência local) . b. Falling down (cair) arm weakness (fraqueza nos braços), slurring words (palavras arrastadas) time to start first aid (tempo para iniciar os primeiros socorros). c. Falling down (cair), arm tingling (formigamento no braço), speech difficulty (dificuldade de falar) , time to phone your local emergency response number (tempo para ligar para o sistema médico de emergência local). d. Face drooping (paralisia facial), arm tingling (formigamento no braço), sudden weakness (fraqueza repentina), time to start CPR (tempo para iniciar RCP). C Ocultar resposta ) Answer: a. Face drooping (paralisia facial), arm weakness (fraqueza do braço), speech difficulty (dificuldade de falar), time to phone your local emergency response number (tempo para ligar para o serviço médico de emergência local). 3. Se achar que alguém pode estar tendo um AVC, qual seria a primeira coisa a fazer? a. Iniciar os primeiros socorros na pessoa. b. Aguardar uma hora e ligar para o sistema médico de emergência local. c. Administrar à pessoa uma injeção de alteplase. d. Verificar, rapidamente, se há sinais de AVC. C Ocultar resposta ) Answer: d. Verificar, rapidamente, se há sinais de AVC. 4. Quais as diferenças nas ações de resgate para PCR durante afogamento com relação às ações de resgate para uma PCR súbita? a. Diferente da PCR súbita, a prioridade no afogamento é realizar RCP na pessoa. b. Diferente da PCR súbita, a prioridade no afogamento é dar oxigênio à pessoa. c. Diferente da PCR súbita, a prioridade no afogamento é localizar uma ambulância. d. Diferente de uma PCR súbita, a prioridade no afogamento é realizar compressões torácicas. C Ocultar resposta ) Answer: b. Diferente da PCR súbita, a prioridade no afogamento é dar oxigênio à pessoa. 5. Você está tentando resgatar uma pessoa que se afogou. O que deve fazer se não houver sinais de respiração? a. Tentar tirar a água aspirada das vias aéreas. b. Realizar compressões abdominais para remover água. c. Abrir a via aérea e administrar ventilações de resgate. d. Usar estabilização da coluna, havendo ou não lesão do pescoço. C Ocultar resposta ) Answer: c. Abrir a via aérea e administrar ventilações de resgate. 6. Qual das opções a seguir é sinal de que alguém está com anafilaxia? a. Sintomas que se desenvolvem rápido, mas pioram lentamente. b. A presença de uma pulseira ou colar de alerta médico. c. A pessoa está respondendo bem aos anti-histamínicosorais. d. Problemas potencialmente fatais de respiração ou circulação. C Ocultar resposta ) Answer: d. Problemas potencialmente fatais de respiração ou circulação. 7. Você observa alguém que mostra todos os sinais de uma reação alérgica grave. Qual é a primeira e mais importante ação a tomar? a. Chamar um socorrista avançado. b. Usar o dispositivo de epinefrina. c. Dar à pessoa anti-histamínico oral. d. Localizar um desfibrilador externo. C Ocultar resposta ) Answer: b. Usar o dispositivo de epinefrina. 8. Onde no corpo uma injeção de epinefrina deve ser administrada? a. Na coxa da pessoa, aproximadamente no meio entre o quadril e o joelho. b. No tronco da pessoa, aproximadamente no meio o quadril e as costelas. c. No braço da pessoa, aproximadamente no meio entre o cotovelo e o pulso. d. No pescoço da pessoa, aproximadamente no meio entre a orelha e o ombro. C Ocultar resposta ) Answer: a. Na coxa da pessoa, aproximadamente no meio entre o quadril e o joelho. Consulte "ResQostas às Qerguntas de revisão," no AP-êndice. Parte 11: Desobstrução do engasgo em adultos, crianças e bebês Esta seção fala sobre como reconhecer o engasgo (obstrução de via aérea por corpo estranho) e depois realizar manobras para aliviar a obstrução. As manobras de alívio do engasgo são as mesmas para adultos e crianças (de 1 ano ou acima). Você aprenderá uma técnica diferente de alívio de engasgo em bebês (menores de um ano). Objetivos de aprendizagem Nesta parte, você aprenderá: • A técnica de desobstrução da via aérea por corpo estranho para adulto ou criança. • A técnica de desobstrução da via aérea por corpo estranho para bebês. Sinais de asfixia O reconhecimento precoce de obstrução da via aérea por corpo estranho é fundamental para a obtenção de um resultado positivo. É importante distinguir esta emergência de desmaio, AVC, ataque cardíaco, convulsão, overdose por drogas ou outras condições que podem causar desconforto respiratório súbito, mas que exigem tratamento distinto. Corpos estranhos que podem desencadear uma série de sinais, desde uma obstrução parcial da via aérea a uma obstrução completa (Tabela 4). Tabela 4. Sinais de obstrução da via aérea por corpo estranho e ações do socorrista Tipo de obstrução Obstrução parcial da via aérea Obstrução completa da via aérea • Boa troca de ar. • Capaz de tossir de maneira forçada. • Pode sibilar entre as tosses. • Sinal universal de engasgo com o polegar e os demais dedos na garganta (Figura • Impossibilidade de falar ou chorar. • Troca de ar deficiente ou ausente. • Tosse fraca e ineficaz ou incapaz de tossir. • Ruídos agudos durante a inspiração ou absoluta ausência de ruído. • Desde que continue havendo uma boa troca de ar, estimule a vítima a continuar tossindo. • Não interfira nas próprias tentativas de desobstrução da vítima. Fique com a vítima e monitore a condição. • Se uma obstrução parcial da via aérea continuar ou evoluir para uma obstrução completa da via aérea, acione o serviço médico de emergência. • Se a vítima for adulta ou criança, pergunte se ela está engasgada. Se a vítima acenar com "sim" e não conseguir falar, há obstrução completa da via aérea. • Tome medidas imediatamente para desobstrução. • Se a obstrução completa da via aérea continuar e a vítima parar de responder, Figura 40. O sinal universal de engasgo indica a necessidade de socorro quando uma vítima está engasgada. • --- ------- respiratória. Possível cianose (lábios ou pele azuis). Desobstrução da via aérea em adulto ou criança consciente Compressões abdominais • Se você estiver sozinho, peça para alguém acionar o serviço médico de emergência. Se estiver sozinho e precisar sair para acionar o sistema médico de emergência, execute RCP por aproximadamente 2 minutos antes de sair para buscar ajuda. Use compressões abdominais para desobstrução da via aérea em adulto ou criança ainda consciente. Não use compressões abdominais para desobstruir a via aérea em bebês. Administre cada compressão com a intenção de desobstruir. Pode ser necessário repetir a compressão várias vezes para desobstruir as vias aéreas. Compressões abdominais com a vítima em pé ou sentada Siga estas etapas para realizar compressões abdominais em um adulto ou criança consciente em pé ou sentado: 1. Fique de pé ou de joelhos por trás da vítima e coloque os braços em tomo da cintura dela (Figura 41 ). Cerre uma das mãos. 2. Coloque o lado do polegar da mão cerrada contra o abdômen da vítima, na linha média, ligeiramente acima do umbigo e bem abaixo do estemo. 3. Agarre a mão cerrada com a outra mão e pressione a mão cerrada contra o abdômen da vítima, com uma compressão rápida e forte para cima. 4. Repita as compressões até que o objeto seja expelido da via aérea ou a vítima torne-se irresponsiva. 5. Aplique cada nova compressão com um movimento distinto e separado para aliviar a obstrução. Figura 41. Compressões abdominais com a vítima em pé. Desobstrução das vias aéreas em vítimas grávidas e obesas Se a vítima estiver grávida ou for obesa, aplique compressões torácicas, em vez de compressões abdominais (Figura 42). Figura 42. Administre compressões torácicas em vez de abdominais em vítimas de engasgo grávidas ou obesas. Desobstrução das vias aéreas em adulto ou criança que não responde O estado clínico de uma vítima de engasgo pode piorar e ela pode deixar de responder. Se souber que uma obstrução de via aérea por corpo estranho está causando o estado clínico da vítima, você saberá procurar um corpo estranho na garganta. Para aliviar o engasgo em adulto ou criança que não responde, siga estas etapas: 1. Grite por socorro. Se houver mais alguém disponível, peça para essa pessoa acionar o serviço médico de emergência. 2. Coloque a vítima delicadamente no chão, se você perceber que ela está ficando inconsciente. 3. Inicie a RCP começando pelas compressões torácicas. Não verifique o pulso. Toda vez em que você abrir a via aérea para administrar ventilações, abra bem a boca da vítima. Procure o objeto. a. Se conseguir ver um objeto que pareça ser removido facilmente, remova-o com seus dedos. b. Se você não enxergar nenhum objeto, continue a RCP. 4. Após cerca de 5 ciclos ou 2 minutos de RCP, acione o sistema médico de emergência, caso isso ainda não tenha sido feito. Se uma vítima de engasgo já estiver inconsciente quando chegar, provavelmente não será possível saber se há uma obstrução de via aérea por corpo estranho. Nessa situação, acione o sistema médico de emergência e inicie RCP de alta qualidade. Administração de ventilações eficazes quando há obstrução da via aérea Quando uma vítima de engasgo perde a consciência, os músculos da garganta podem relaxar. Isso poderia converter uma obstrução completa da via aérea em uma obstrução parcial. Além disso, como a força que as compressões torácicas podem gerar são, no mínimo, equivalentes à das compressões abdominais, elas podem ajudar a expelir o objeto. Se você administrar 30 compressões e em seguida remover qualquer objeto visível na boca, pode permitir a administração de ventilações eficazes. Ações após a desobstrução das vias aéreas Você saberá que removeu com sucesso um corpo estranho da via aérea em uma vítima inconsciente se tiver visto e removido um corpo estranho da boca da pessoa e ela começar a respirar. No entanto, nem sempre é necessário remover o corpo estranho para aliviar, com sucesso, a obstrução. Se puder sentir movimento de ar e ver elevação do tórax, quando administrar ventilações, a via aérea não está mais obstruída. Depois de desobstruir a via aérea de uma vítima que não responde, trate-a normalmente como trataria qualquer vítima inconsciente. Verifique se a vítima responde, verifique respiração e pulso, confirme se o serviço médico de emergência foi acionado e administre RCP de alta qualidade ou ventilação de resgate, de acordocom a necessidade. Estimule uma vítima consciente a procurar atendimento médico imediatamente. Um profissional da saúde deverá avaliar a vítima com relação a possíveis complicações das compressões abdominais. Desobstrução das vias aéreas em bebês Bebê consciente Use golpes nas costas e compressões torácicas para desobstrução do engasgo em bebês. Não use compressões abdominais. Para aliviar o engasgo em um bebê inconsciente, siga as etapas: 1. Ajoelhe-se ou sente-se com o bebê no colo. 2. Mantenha o bebê voltado para baixo, com a cabeça ligeiramente mais baixa do que o tórax, apoiado em seu antebraço. Apoie a cabeça e a mandíbula do bebê com a mão. Tenha o cuidado de evitar comprimir os tecidos moles da garganta do bebê. Repouse seu antebraço sobre seu colo ou coxa, para sustentar o bebê. 3. Com a base da mão, execute cinco golpes fortes nas costas entre as escápulas do bebê (Figura 43A). Dê cada golpe com força suficiente para tentar desalojar o corpo estranho. 4. Após 5 golpes, coloque a mão que está livre nas costas do bebê, apoiando a parte de trás da cabeça do bebê com a palma de sua mão. O bebê ficará adequadamente deitado entre seus dois antebraços, com a palma de uma mão sustentando o rosto e a mandíbula enquanto a palma da outra mão sustenta a parte de trás da cabeça do bebê. 5. Vire o bebê como um todo, sustentando cuidadosamente a cabeça e o pescoço. Mantenha o bebê voltado para cima, com seu antebraço repousado sobre sua coxa. Mantenha a cabeça do bebê mais baixa do que o tronco. 6. Administre cinco compressões torácicas rápidas (Figura 43B) no meio do tórax, na metade inferior do esterno (o mesmo local para compressões torácicas em RCP) . Aplique as compressões torácicas à frequência aproximada de 1 por segundo, cada qual com a intenção de criar força suficiente para desalojar o corpo estranho. 7. Repita a sequência de 5 golpes nas costas e 5 compressões torácicas, até que o objeto seja removido ou o bebê pare de responder. Figura 43A. Manobra de desobstrução das vias aéreas de um bebê. A, Golpes nas costas. Figura 43B. Compressões torácicas. Bebê inconsciente Se o bebê ficar inconsciente, interrompa os golpes nas costas e inicie a RCP com compressões torácicas. Para desobstruir as vias aéreas de um bebê inconsciente, siga as etapas: 1. Grite por socorro. Se alguém responder, encarregue essa pessoa de acionar o sistema de médico de emergência. Coloque o bebê sobre uma superficie plana e firme. 2. Comece a RCP (iniciando as compressões) com uma etapa extra: Sempre que abrir a via aérea, procure pelo objeto no fundo da garganta. Se vir um objeto e puder removê-lo facilmente, remova-o. Não é preciso verificar o pulso antes de iniciar a RCP. 3. Depois de 2 minutos de RCP, acione o serviço médico de emergência (se ninguém tiver feito isso ainda). O Conceitos fundamentais: Não faça varredura digital às cegas Não realize varredura digital às cegas, pois pode empurrar o corpo estranho para dentro da via aérea, provocando uma obstrução ainda maior ou alguma lesão. Perguntas de revisão 1. Qual é um sintoma de obstrução parcial da via aérea por corpo estranho? a. Cianose (lábios ou pele azuis). b. Ruído agudo durante a inalação. c. Impossibilidade de falar ou chorar. d. Chiado entre as tossidas. C Ocultar resposta ) Answer: d. Chiado entre as tossidas. 2. Qual vítima de obstrução completa da via aérea deve receber compressões abdominais? a. Homem de 27 anos de idade de porte médio. b. Mulher evidentemente grávida. c. Homem obeso acima de 50 anos. d. Bebê de 9 meses, de tamanho médio. C Ocultar resposta ) Answer: a. Homem de 27 anos de idade de porte médio. 3. Você está administrando compressões abdominais em uma criança de 9 anos de idade e de repente ela fica inconsciente. Depois de gritar por ajuda para alguém próximo, qual é a medida mais apropriada a ser tomada em seguida? a. Iniciar RCP de alta qualidade pelas compressões torácicas. b. Verificar se há pulso. c. Continuar realizando as compressões abdominais. d. Administrar cinco golpes nas costas seguidos de cinco compressões torácicas. ( Ocultar resposta ) Answer: a. Iniciar RCP de alta qualidade pelas compressões torácicas. Consulte "Respostas às perguntas de revisão," no Apêndice. Apêndice Sequência de SBV para adultos com um socorrista Este é seu guia passo a passo para fornecer RCP de alta qualidade ao encontrar um adulto inconsciente, sendo o único socorrista. As etapas numeradas correspondem às etapas numeradas no algoritmo de SBV adulto para profissionais da saúde (Figura 4 na Parte 3). O primeiro socorrista que chegar ao lado de uma possível vítima de PCR deverá realizar, rapidamente, as etapas I e2 e, depois, começar RCP de alta qualidade. Etapa 1: Verificar a segurança do local Certificar-se de que o local é seguro para você e para a vítima. Etapa 2: Confirmar se a vítima está consciente e procurar ajuda I. Toque nos ombros da vítima e pergunte em voz alta: "Você está bem?" 2. Se a vítima não estiver consciente, acione o sistema médico de emergência em um celular. Obtenha um DEA ou envie alguém para arranjar um. Etapa 3: Avaliar respiração e pulso Em seguida, avalie se a vítima está respirando normalmente e se tem pulso (Figura 5) para determinar as próximas ações. Para minimizar o atraso no início da R CP, o socorrista deve avaliar a respiração e o pulso ao mesmo tempo. Isso deve levar no máximo 10 segundos. Para obter instruções detalhadas sobre como verificar respiração e pulso em um adulto, consulte a Parte J Etapas 3a e 3b: Determinar as ações seguintes Determine as próximas ações de acordo com a respiração (normal ou não) ou se há pulso ou não. • Se a vítima estiver respirando normalmente e houver pulso, monitore a vítima até que os socorristas cheguem. • Se a vítima não estiver respirando normalmente, mas houver pulso: Administre ventilação de resgate em uma frequência de 1 ventilação a cada 6 segundos ou 1 O ventilações por minuto (consulte "Ventilação de resgate," na Parte 8). Verifique o pulso a cada 2 minutos. Prepare-se para realizar RCP de alta qualidade se não sentir pulso. Se houver suspeita de uso de opioide, administre a naloxona, se disponível, e siga os protocolos locais (consulte a Parte 9 para obter mais informações). • Se a vítima não estiver respirando normalmente ou apresentar apenas gasping e não tiver pulso, inicie RCP de alta qualidade (Etapa 4). Etapa 4: Iniciar RCP de alta qualidade Inicie ciclos de RCP com 30 compressões torácicas, seguidas por duas ventilações (consulte "Conceitos fundamentais: RCP de alta gualidade," na Parte 1 e Realizar comP-ressões torácicas de alta gualidade," na Parte 3). Retire qualquer roupa volumosa do tórax da vítima, para que você possa colocar a mão no local correto para administrar as compressões. A remoção das roupas também ajudará em um posicionamento mais rápido das pás do DEA, quando o equipamento chegar. Etapas 5 e 6: Use o DEA assim que estiver disponível Siga as instruções do DEA para verificar o ritmo (consulte a Parte 4). Etapa 7: Se o DEA detectar um ritmo chocável, aplique um choque Aplique 1 choque. Reinicie a RCP imediatamente, até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo cardíaco, aproximadamente a cada 2 minutos. Continue administrando RCP e o usando o DEA, até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou a vítima comece a respirar, mover-se ou reagir de outra forma. Etapa 8: Se o DEA detectar um ritmo não chocável, reinicie a RCP de alta qualidade Reinicie a RCP de alta qualidade, até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo cardíaco, aproximadamente a cada 2 minutos. Continue administrando RCP e o usando do DEA, até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou a vítima comece a respirar, mover-se ou reagir de outra forma. Sequência de SBV para adultos com dois socorristas Este é seu guia passo a passo para realizar RCP de altaqualidade em um adulto inconsciente, quando for parte de uma equipe de vários socorristas (dois ou mais). As etapas numeradas correspondem às etapas no algoritmo de SBV adulto para profissionais da saúde (Figura 4 na Parte 3). Siga as etapas do algoritmo para um único socorrista. A incorporação de socorristas adicionais está incluída aqui. O primeiro socorrista que chegar ao lado de uma possível vítima de PCR deverá realizar rapidamente as etapas 1 e 2 e, depois, começar RCP de alta qualidade. À medida que mais socorristas chegam, atribua tarefas (consulte "Funções e atribuições da eguiQe em RCP com dois ou mais socorristas," na Parte 3). Quando mais socorristas estiverem disponíveis em uma tentativa de ressuscitação e poderão realizar tarefas simultâneas. Etapa 1: Verificar a segurança do local Certifique-se de que o local é seguro para você e para a vítima. Etapa 2: Confirmar se a vítima está consciente e procurar ajuda 1. Toque nos ombros da vítima e pergunte em voz alta: "Você está bem?" 2. Se a vítima estiver inconsciente: a. O primeiro socorrista examina a vítima e, se não houver celular disponível, pede para o segundo socorrista acionar o serviço médico de emergência e buscar o DEA. Etapa 3: Avaliar respiração e pulso Em seguida, avalie se a vítima está respirando normalmente e se tem pulso (Figura 5), para determinar as próximas ações. Para minimizar o atraso no início da R CP, o socorrista deve avaliar a respiração e o pulso simultaneamente. Isso deve levar no máximo 10 segundos. Para obter detalhes, consulte "Verificar respiração e pulso," na Parte 3. Etapas 3a e 3b: Determinar as ações seguintes Determinar as ações seguintes, de acordo com a respiração e o pulso: • Se a vítima estiver respirando normalmente e houver pulso, monitore-a. • Se a vítima não estiver respirando normalmente, mas houver pulso: Administre ventilação de resgate, em uma frequência de 1 ventilação a cada 6 segundos ou 1 O ventilações por minuto (consulte "Ventilação de resgate," na Parte 8). Verifique o pulso a cada 2 minutos. Prepare-se para realizar RCP de alta qualidade se não sentir pulso. Se houver suspeita de uso de opioide, administre a naloxona, se disponível e siga os protocolos locais (consulte a Parte 9 para obter mais informações). • Se a vítima não estiver respirando normalmente ou apresentar apenas gasping e não tiver pulso, inicie a RCP de alta qualidade (Etapa 4). Etapa 4: Iniciar a RCP de alta qualidade, com compressões torácicas Se a vítima não estiver respirando P2FW?I w gptg 9 ]] apresept2f apenas sasping e não tiver pulso, siga este procedimento imediatamente: 1. Um socorrista inicia a RCP de alta qualidade, iniciando pelas compressões torácicas. Retire qualquer roupa volumosa do tórax da vítima, para que você possa colocar a mão no local correto para realizar as compressões. A remoção das roupas também ajudará em um posicionamento mais rápido das pás do DEA, quando o equipamento chegar. 2. Quando o segundo socorrista retoma e ajuda na execução da RCP com dois socorristas, alternem nas compressões com frequência (aproximadamente a cada 2 minutos ou 5 ciclos, geralmente quando o DEA estiver analisando o ritmo cardíaco). Isso ajuda a garantir que o cansaço de quem faz as compressões não reduza a qualidade da RCP (consulte "Conceitos fundamentais: Eçtuipes de alto desempenho", na Parte 3). Etapas 5 e 6: Use o DEA assim que estiver disponível Siga as instruções do DEA para verificar o ritmo cardíaco( consulte a Parte 4). Etapa 7: Se o DEA detectar um ritmo chocável, aplique um choque Aplique 1 choque. Reinicie a RCP imediatamente, até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo cardíaco, aproximadamente a cada 2 minutos. Continue administrando RCP e o usando o DEA, até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou a vítima comece a respirar, mover-se ou reagir de outra forma. Etapa 8: Se o DEA detectar um ritmo não chocável, reinicie a RCP de alta qualidade Reinicie a RCP de alta qualidade, até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo cardíaco, aproximadamente a cada 2 minutos. Continue administrando RCP e o usando o DEA, até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou a vítima comece a respirar, mover-se ou reagir de outra forma. Considerações de PCR em mulher grávida em condições extra-hospitalares Este é seu guia passo a passo para fornecer atendimento a uma vítima grávida em PCR. As etapas correspondem a um algoritmo de SBV adulto para profissionais da saúde, com etapas específicas para grávidas incluídas. As metas de SBV com uma vítima grávida incluem a continuação de RCP de alta qualidade com atenção à boa ventilação, DUL continua e início rápido dos serviços de emergência para determinar o local adequado para transporte e atendimento avançado (Figura 44). ==- -- o o:: ___ ·-::=.:-:.:· -. - Figura 44. Algoritmo de SBV adulto em mulheres grávidas para profissionais da saúde. É essencial realizar RCP de alta qualidade em urna mulher grávida, como com qualquer vítima de RCP. Sem RCP, as vidas da mãe e do bebê ficam em risco. Os socorristas que chegarem ao lado de uma mulher grávida em PCR deverão seguir as etapas sequenciais no algoritmo: Certificar-se de que o local é seguro para você e para a vítima. Etapa 2: Confirmar se a vítima está consciente e procurar ajuda 1. Tocar nos ombros da vítima e pergunte em voz alta: "Você está bem?" 2. Se a vítima não estiver consciente, acione o sistema médico de emergência em um celular. Obtenha um DEA ou envie alguém para arranjar um. 3. Notificar o SME sobre a PCR materna. Etapa 3: Avaliar respiração e pulso Em seguida, avalie se a vítima está respirando normalmente e se tem pulso (Eigura 5), para determinar as próximas ações. Para minimizar o atraso no início da R CP, o socorrista deve avaliar a respiração e o pulso simultaneamente. Isso deve levar, no máximo, 10 segundos. Para obter instruções detalhadas sobre como verificar respiração e pulso em um adulto, consulte a Parte l. Etapas 3a e 3b: Determinar as ações seguintes Determine as próximas ações de acordo com a respiração (normal ou não) ou se há pulso ou não. • Se a vítima estiver respirando normalmente e houver pulso, monitore a vítima, até que os socorristas cheguem. - Role ou deite a vítima sobre o lado esquerdo. • Se a vítima não estiver respirando normalmente, mas houver pulso: - Administre ventilação de resgate, em uma frequência uma ventilação a cada 6 segundos, ou 1 O ventilações por minuto (consulte "Ventilação de resgate," na Parte 8). Verifique o pulso a cada 2 minutos. Prepare-se para realizar RCP de alta qualidade se não sentir pulso. Se houver suspeita de uso de opioide, administre a naloxona, se disponível, e siga os protocolos locais (consulte a Parte 9 para obter mais informações). • Se a vítima não estiver respirando normalmente ou apresentar apenas gasping e não tiver pulso, inicie RCP de alta qualidade (Etapa 4). Etapa 4: Iniciar RCP de alta qualidade Inicie ciclos de RCP com 30 compressões torácicas seguidas por 2 ventilações (consulte "Conceitos fundamentais: RCP de alta gualidade," na Parte 1 e "Realizar compressões torácicas de alta qualidade," na Parte 3). Retire qualquer roupa volumosa do tórax da vítima, para que você possa colocar a mão no local correto para realizar as compressões. Remover a roupa também ajudará no posicionamento mais rápido das pás do DEA quando o equipamento chegar. Use o DEA assim que estiver disponível. Etapa 5: DUL Se o útero estiver no umbigo ou acima e socorristas adicionais estiverem presentes, execute DUL contínua para aliviar a pressão nos vasos importantes do abdome, para ajudar com o fluxo sanguíneo (Eigura 9). • Execute o DLU durante a ventilação de resgate se tiver ajuda no local. Etapas 6 e 7: Use o DEA assim que ele estiver disponível Siga as instruções do DEA para verificar o ritmo cardíaco (consulte a Parte 4). Etapa 8: Se o DEA detectarum ritmo chocável, aplique um choque Aplique 1 choque. Reinicie a RCP imediatamente, até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo cardíaco, aproximadamente a cada 2 minutos. Continue administrando RCP e o usando o DEA, até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou a vítima comece a respirar, mover-se ou reagir de outra forma. Etapa9:SeoDEAdetectarun 'twarãiihd i'; i 'i'iaPCRd ealtaqualidade Reinicie a RCP de alta qualidade, até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo cardíaco, aproximadamente a cada 2 minutos. Continue administrando RCP e o usando o DEA, até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou a vítima comece a respirar, mover-se ou reagir de outra forma. Algoritmo e sequência de emergência associada a opioide para profissionais da saúde Este é seu guia passo a passo para oferecer atendimento a uma vítima com suspeita de emergência associada a opioide. As etapas numeradas correspondem às caixas no algoritmo de emergência associada a opioide para profissionais da saúde (Eigura 45). Como em qualquer situação de emergência, comece avaliando a segurança do local e da vítima. Figura 45. Algoritmo de emergência associada a opioide para profissionais da saúde. Assim como em todas as situações de emergência, comece avaliando a cena, preservando sempre a sua segurança e a segurança da vítima. O primeiro socorrista que chegar ao lado de alguém com suspeita de emergência associada a opioide deverá seguir estas etapas do algoritmo: Etapa 1: Suspeita de envenenamento por opioide • Verifique se a pessoa responde. • Grite por ajuda para alguém próximo. • Acione o sistema médico de emergência. • Se estiver sozinho, pegue naloxona e um DEA, se disponível. Se houver mais alguém presente, peça para essa pessoa pegá-los. Etapa 2: A pessoa está respirando normalmente? • Se a pessoa estiver respirando normalmente, vá para as etapas 3 e 4. • Se a pessoa não estiver respirando normalmente, vá para a etapa 5. Etapa 3: Evitar a deterioração • Toque nos ombros da vítima e pergunte em voz alta: "você está bem?. • Abra e reposicione a via aérea, se necessário, para manter a respiração normal. Isso pode ser necessário se a vítima estiver inconsciente ou estiver consciente, mas não conseguir manter uma via aérea aberta devido a um nível insuficiente de consciência. • Considere a administração de naloxona, se disponível. Se suspeitar de overdose por opioides, é razoável administrar naloxona, de acordo com as instruções na embalagem e com o protocolo local. Monitore a resposta. • Transporte para o hospital. Se a vítima ainda não estiver em uma instituição de saúde, ela deverá ser transportada pelo serviço médico de emergência para um hospital. Etapa 4: Verifique o nível de consciência e a respiração Continue a avaliar o nível de consciência e a respiração, até que a vítima seja transferida para atendimento avançado. As vítimas com emergências associadas a opioide podem não conseguir manter uma via aérea aberta nem respirar normalmente. Mesmo as que recebem naloxona podem desenvolver problemas respiratórios que podem levar a PCR. Etapa 5: A pessoa tem pulso? ---------------------- Verifique se há pulso por no máximo lO segundos. • Se houver pulso, vá para a etapa 6. • Se não houver pulso (um pulso não for sentido), passe à etapa 7. Etapa 6: Suporte ventilatório • Abra e reposicione a via aérea antes de administrar ventilações de resgate. • Administre ventilação de resgate ou ventilação com bolsa-válvula-máscara. Isso pode ajudar a evitar a PCR. Continue até que uma respiração normal e espontânea ocorra. Reavalie a respiração e o pulso da vítima a cada 2 minutos. Se não houver pulso, execute a RCP (consulte a etapa 7). • Administre naloxona de acordo com as instruções da embalagem e com o protocolo local. Etapa 7: Inicie a RCP • Se a vítima não estiver respirando normalmente e não houver pulso, execute RCP de alta qualidade, incluindo ventilação. Use o DEA assim que estiver disponível. • Considere a naloxona. Se a naloxona estiver disponível e você suspeitar de overdose de opioides, é razoável administrá-la de acordo com as instruções da embalagem e com o protocolo local. A RCP de alta qualidade deve ter prioridade em relação à administração de naloxona. • Consulte o protocolo de SBV (consulte Figura 4). Sequência de SBV para bebês e crianças com um socorrista Este é seu guia passo a passo para execução de RCP em um bebê ou em uma criança inconsciente quando for o único socorrista. As etapas numeradas correspondem às etapas no algoritmo de SBV pediátrico para profissionais da saúde com um único socorrista (Figura 27 na Parte 6). O primeiro socorrista que chegar ao lado de um bebê ou de uma criança inconsciente deverá realizar, rapidamente, as etapas 1 e 2 e, depois, começar a RCP de alta qualidade. Etapa 1: Verificar a segurança do local Certifique-se de que o local é seguro para você e para a vítima. Etapa 2: Confirmar se a vítima está consciente e procurar ajuda 1. Toque nos ombros da criança. Pergunte em voz alta: "Você está bem?" 2. Se a vítima estiver inconsciente, grite por socorro e acione o serviço médico de emergência pelo celular, se adequado. Etapa 3: Avaliar respiração e pulso Em seguida, avalie se o bebê ou criança está respirando normalmente e tem pulso. Isso vai ajudá-lo a determinar as ações apropriadas subsequentes. Para minimizar o atraso no início da R CP, o socorrista deve avaliar a respiração e o pulso simultaneamente. Isso deve levar no máximo 1 O segundos. Para obter instruções detalhadas sobre como verificar respiração e pulso em um bebê ou em uma criança, consulte "Habilidades de RCP de alta QUalidade: bebês e crianças," na Parte 6. Etapas 3a e 3b: Determinar as ações seguintes Determine as ações seguintes de acordo com a presença ou ausência de respiração normal e pulso: • Se a vítima estiver respirando normalmente e houver pulso: - Acione o serviço médico de emergência (caso ainda não o tenha feito). - Monitore a vítima até que os socorristas cheguem. • Se a vítima não estiver respirando normalmente, mas houver pulso: Administre ventilação de resgate, com 1 ventilação a cada 2 ou 3 segundos ou 20 a 30 ventilações por minuto. Avalie a frequência do pulso durante 1 O segundos. Etapas 4, 4a e 4b: A frequência cndíaC? é mgpeç q"S 6Q1mjp CºW sinais de perfusão deficiente? • Se sim, inicie RCP. • Se não, continue a ventilação de resgate. Verifique o pulso a cada 2 minutos. Se não houver pulso, inicie RCP. Etapas 5 e Sa: O colapso testemunhado foi súbito? Se sim, acione o sistema médico de emergência (se ainda não tiver feito) e pegue o DEA. Etapa 6: O colapso foi testemunhado? Inicie a RCP com ciclos de 30 compressões e 2 ventilações. Retire qualquer roupa volumosa do tórax da vítima, para que você possa colocar a mão ou o dedo no local correto, para administrar compressão torácica. Remover as roupas ajudará no posicionamento mais rápido das pás do DEA quando o equipamento chegar. Use o DEA assim que estiver disponível. No caso de um único socorrista, ele deve usar as técnicas de compressão a seguir (consulte "Realizar comgressões torácicas de alta gualidade," na Parte 6, para obter detalhes completos): • Para um bebê, use a técnica de dois dedos ou dois polegares-mãos circundando o tórax. • Para uma criança use uma ou as duas mãos (o que for necessário para administrar compressões com profundidade adequada). Etapa 7: Acione o serviço médico de emergência e busque um DEA Após aproximadamente 2 minutos, se ainda estiver sozinho, acione o serviço médico de emergência e busque o DEA (se isso ainda não tiver sido feito). Etapa 8: Use o DEA assim que ele estiver disponível Siga as instruções do DEA para verificar o ritmo cardíaco. Etapa 9: Se o DEA detectar um ritmo chocável, aplique um choque Aplique um choque. Reinicie a RCP imediatamente, até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmocardíaco, aproximadamente a cada 2 minutos. Continue administrando RCP e o usando o DEA, até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou a vítima comece a respirar, mover-se ou reagir de outra forma. Etapa 10: Se o DEA detectar um ritmo não chocável, reinicie a RCP de alta qualidade Reinicie a RCP de alta qualidade, até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo cardíaco, aproximadamente a cada 2 minutos. Continue administrando RCP e usando o DEA, até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou a vítima comece a respirar, mover-se ou reagir de outra forma. Sequência de SBV para bebês e crianças com dois socorristas Este é seu guia passo a passo para realizar RCP em um bebê ou criança inconsciente quando fizer parte de uma equipe de vários socorristas (2 ou mais). As etapas numeradas correspondem às etapas no algoritmo de SBV pediátrico para profissionais da saúde com dois ou mais socorristas (Fig11ra 31 na Parte 6). O primeiro socorrista a chegar ao lado de um bebê ou criança inconsciente deve realizar rapidamente as etapas 1 e 2: À medida que mais socorristas chegarem, atribua papéis e responsabilidades. Quando mais socorristas estiverem disponíveis para uma tentativa de ressuscitação, poderão realizar tarefas simultâneas. Etapa 1: Verificar a segurança do local Certificar-se de que o local é seguro para você e para a vítima. Etapa 2: Confirmar se a vítima está consciente e procurar ajuda 1. Toque nos ombros da criança. Pergunte em voz alta: "Você está bem?" 2. Se a vítima estiver inconsciente, grite por socorro e acione o sistema médico de emergência pelo celular, se adequado. 3. O primeiro socorrista permanece com a vítima, enquanto o segundo socorrista aciona o sistema médico de emergência e busca o DEA e o equipamento de emergência (Figura 46). Figura 46A. Se a parada cardiorrespiratória (PCR) de um bebê ou criança tiver sido súbita e presenciada, acione o sistema médico de emergência do ambiente em que você se encontra. A, Ambiente intra- hospitalar. Figura 46B. Ambiente pré-hospitalar. Etapa 3: Avaliar respiração e pulso Em seguida, avalie se o bebê ou criança está respirando normalmente e tem pulso. Isso vai ajudá-lo a determinar as ações apropriadas subsequentes. Para minimizar o atraso no início da R CP, o socorrista deve avaliar a respiração e o pulso simultaneamente. Isso deve levar no máximo 1 O segundos. Para obter instruções detalhadas sobre como verificar respiração e pulso em um bebê ou em uma criança, consulte "Habilidades de RCP de alta QUalidade: bebês e crianças," na Parte 6. Etapas 3a e 3b: Determinar as ações seguintes Determine as ações seguintes de acordo com a respiração (normal ou não) e se houver um pulso: • Se a vítima estiver respirando normalmente e houver pulso, acione o sistema médico de emergência. Monitore a vítima, até que os socorristas cheguem. • Se a vítima não estiver respirando normalmente, mas houver pulso: - Administre ventilação de resgate, com l ventilação a cada 2 ou 3 segundos ou 20 a 30 ventilações por minuto. Avalie a frequência do pulso durante lO segundos. Etapas 4, 4a e 4b: A frequência cardíaca é menor que 60/min com sinais de perfusão deficiente? • Se sim, inicie RCP. • Se não, continue a ventilação de resgate. Verifique o pulso a cada 2 minutos. Se não houver pulso, inicie RCP. Etapa 5: Iniciar a RCP de alta qualidade com compressões torácicas • O primeiro socorrista inicia ciclos de RCP com 30 compressões e 2 ventilações. Quando o segundo socorrista retomar, continue os gjgl os de p c p GOW 1 5 mmpwssões e 2 ventilações. Retire qualquer roupa volumosa do tórax da vítima, para que você possa colocar a mão ou o dedo no local correto para administrar compressão torácica. Remover as roupas ajudará no posicionamento mais rápido das pás do DEA quando o equipamento chegar. Use o DEA assim que estiver disponível. Em um bebê, use a técnica de dois dedos ou de dois polegares-mãos circundando o tórax, até que o segundo socorrista retorne para a realizar RCP com dois socorristas. Durante RCP com dois socorristas, use a técnica dos dois polegares-mãos circundando o tórax (preferida). (Consulte "Realizar compressões torácicas de alta Qualidade," na Parte 6 para obter instruções sobre as duas técnicas.) Para criança, use uma ou duas mãos (uma mão se a criança for muito pequena). • Quando o segundo socorrista retornar, deverá administrar ventilações. • Os socorristas devem alternar a função de administração de compressões a cada 2 minutos (ou antes, se necessário), para que a qualidade da RCP não diminua em virtude de cansaço (consulte "Conceitos fundamentais: eguipes de alto desempenho," na Parte 3). Etapa 6: Preparar-se para a desfibrilação com o DEA Siga as instruções do DEA para verificar o ritmo cardíaco. Etapa 7: Se o DEA detectar um ritmo chocável, aplique um choque Aplique um choque. Reinicie a RCP imediatamente, até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo cardíaco, aproximadamente a cada 2 minutos. Continue administrando RCP e usando o DEA, até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou a vítima comece a respirar, mover-se ou reagir de outra forma. Etapa 8: Se o DEA detectar um ritmo chocável, reiniciar a RCP de alta qualidade Reinicie a RCP de alta qualidade, até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo cardíaco, aproximadamente a cada 2 minutos. Continue a RCP e o usando o DEA, até que profissionais de suporte avançado de vida assumam ou o bebê comece a respirar, mover-se ou responder de outra forma. Resumo dos componentes de RCP de alta qualidade para profissionais de SBV Verificação da segurança do local Reconhecimento da PCR Como acionar o sistema médico de emergência American Heart Association. Bebês (menos de l ano de idade, excluindo recém-nascidos) Verifique se o local é seguro para os socorristas e a vítima Verifique se a vítima responde Sem respiração ou apenas gasping (ou seja, não há respiração normal) Nenhum pulso definido em 1 O segundos (A respiração e a verificação do pulso podem ser executadas simultaneamente em menos de 1 O segundos) S e um celular estiver disponível, ligue para os serviços de emergência (1- 9-0) Se estiver sozinho, sem acesso a um telefone celular, deixe a vítima e acione o sistema médico de emergência e obtenha um DEA, antes de iniciar a RCP Colapso testemunhado Sigas as etapas utilizadas em adultos e adolescentes, mostradas à esquerda Colapso não testemunhado Execute a RCP por 2 minutos Deixe a vítima para acionar o sistema médico de emergência e buscar o DEA Relação compressão- ventilação sem via aérea avançada Relação compressão- ventilação com via aérea avançada Frequência de compressões Profundidade da compressão Posicionamento das mãos Retorno do tórax Minimizar interrupções alguém acione o serviço e inicie a RCP imediatamente; use o DEA assim que ele estiver disponível 1 ou 2 socorristas 30:2 Compressões contínuas a uma frequência de 100 a 120/min Administre 1 ventilação a cada 6 segundos ( 1 O ventilações/min) Pelo menos 5 em= Duas mãos sobre a metade inferior do esterno Retorne à criança ou ao bebê e reinicie a RCP; use o DEA assim que ele estiver disponível 1 socorrista 30:2 2 ou mais socorristas 15:2 Compressões contínuas a uma frequência de 1 00 a 120/min Administre 1 venti lação a cada 2 a 3 segundos (20 a 30 ventilações/min) 100 a 120/min No mínimo um terço do diâmetro AP do tórax Aproximadamente 5 em Duas mãos ou uma mão (opcional para crianças muito pequenas) sobre a metade inferior do esterno No mínimo um terço do diâmetro AP do tórax Aproximadamente 4 em Um único socorrista Dois dedos ou dois polegares no centro do tórax, logo abaixo da linha do mamilo Dois ou mais socorristas Técnica dos dois polegares circundando o tórax, logo abaixo da linha do mamiloSe o socorrista não conseguir atingir a profundidade recomendada, pode ser sensato usar a base de uma das mãos Espere o retorno total do tórax após cada compressão e não se apoie sobre o tórax após cada compressão Limite as interrupções nas compressões torácicas a menos de 1 O segundos, com uma meta de FCT de 80% =A profundidade da compressão não deve exceder 6 em. Abreviações: AP, anteroposterior; DEA, desfibrilador externo automático, FCT, fração de compressão torácica, RCP, ressuscitação cardiopulmonar. © 2020 American Heart Association Suporte Básico de Vida (SBV) Lista de teste de habilidades de RCP e DEA em adultos American Heart Association. Nome do aluno ______________________________________ __ Data do teste __________________ _ Cenário hospitalar: "Você está trabalhando em um hospital ou clínica e vê que uma pessoa teve um colapso súbito no corredor. Você verifica a segurança do local e aproxima-se do paciente. Demonstre o que você faria em seguida". Cenário pré-hospitalar: "Você chega ao local em que há suspeita de PCR. A RCP não foi realizada por pessoa presente no local. Você se aproxima do local e verifica se é seguro. Demonstre o que você faria em seguida". Avaliação e ativação c Verificar a consciência Gritar por ajuda/acionar o sistema médico de emergência/pedir para alguém buscar o DEA C Verificar a respiração r Verificar o pulso Assim que o aluno grita por ajuda, o instrutor diz: "Aqui está o dispositivo de barreira. Vou apanhar o DEA". Ciclo 1 de RCP (30:2) •Dispositivos de feedback de RCP exigidos por motivo de precisão Compressões em adultos O Executa compressões de alta qualidade*: • Colocação das mãos na metade inferior do estemo • 30 compressões durante no mínimo 15 segundos e no máximo 18 segundos • Compressões de pelo menos 5 em • Retorno total após cada compressão Ventilações em adultos C Administrar duas ventilações com um dispositivo de barreira: • Cada ventilação é aplicada durante 1 segundo • Elevação visível do tórax a cada ventilação • Reinício das compressões em menos de 1 O segundos Ciclo 2 de RCP (repetir os passos do Ciclo 1 I Marque a caixa de seleção apenas se o passo for executado com êxito C Compressões o Ventilações C Reinicia as compressões em menos de 1 O segundos O segundo socorrista diz· "Aqui está o DEA. Vou assumir as compressões e você usa o DEA". DEA (seguir instruções do DEA) Liga o DEA Coloca as pás corretamente Afasta-se da vítima para análise C Afasta-se para administrar o choque com segurança "' Administra o choque com segurança Reiniciar as compressões : Assegura-se que as compressões sejam reiniciadas imediatamente após a administração do choque • O aluno instrui o instrutor para reiniciar as compressões ou • O segundo aluno reinicia as compressões PARAR TESTE Anotações do instrutor • Coloque um visto na caixa ao lado de cada passo que o aluno executar com êxito. • Se o aluno não realizar todos os passos corretamente (o que é indicado por pelo menos uma caixa de seleção em branco), ele precisará de recuperação. Anote aqui quais habilidades precisam de recuperação (consulte o manual do instrutor para obter informações sobre recuperação). Resultados do test e Circule APROVADO ou NR para indicar a aprovação ou a I APROVADO I necessidade de recuperação: Iniciais do instrutor Número do instrutor Data Cl 2020 American Heart Association Suporte Básico de Vida (SBV) Descritores de habilidades essenciais para avaliação de habilidades de RCP e DEA em adulto NR 1. Avaliar a vítima e acionar o Sistema médico de emergência (isso deve preceder o início das compressões) em 30 segundos. Depois de avaliar a segurança do local: • Verifique a capacidade de resposta (batendo em um dos pés e falando voz alta) • Grita por socorro/encaminha alguém para pedir socorro e pegar o desfibri lador DEA/DAE • Verifique se não há respiração ou respiração anormal (apenas gasping) Examine da cabeça ao tórax durante no mínimo 5 segundos e no máximo 1 O segundos • Verifique o pulso carotídeo - Isso pode ser feito simultaneamente com a verificação da respiração - Examine no mínimo 5 segundos e no máximo 1 O segundos 2. Administra compressões torácicas de alta qualidade (inicia as compressões imediatamente após o reconhecimento de PCR) • Colocação correta das mãos - Metade inferior do estemo - 2 mãos (a segunda mão por cima ou agarrando o pulso da primeira) • Frequência de compressão de 100 a 120/min - Administre 30 compressões em 15 a 18 segundos • Profundidade da compressão e retomo - no mínimo 5 em, e evite compressões de mais de 6 em Uso de um dispositivo de feedback comercial ou de um manequim de alta fidelidade é exigido Retorno total do tórax após cada compressão • Minimize as interrupções nas compressões Administra 2 ventilações com espaço de menos de 1 O segundos em relação à última compressão de um ciclo e a primeira compressão do ciclo seguinte Compressões reiniciadas imediatamente após a indicação ou não de choque 3. Administre 2 ventilações usando um dispositivo de barreira • Abre a via aérea adequadamente - Usa a manobra de inclinação da cabeça/elevação do queixo ou anteriorização da mandíbula • Administra cada ventilação por 1 segundo • Administra ventilações que produzem elevação visível do tórax • Evite ventilação excessiva • Reinicie as compressões torácicas em menos de 1 O segundos 4. Realize os mesmos passos para compressões e ventilações no segundo ciclo 5. Uso do DEA/DAE • Ligue o DEA/DAE - Para ligá-lo, pressione o botão ou abra a tampa assim que ele chegar • Posicione as pás adequadamente - Posicione pás de tamanho adequado à idade da vítima (para adulto) no local correto • Afasta-se da vítima para análise Afasta os socorristas da vítima para o DEA/DAE analisar o ritmo (pressione o botão de análise se o dispositivo assim exigir) Comunica claramente a todos os outros socorristas que não toquem a vítima • Isole a vítima para administrar o choque com segurança - Comunica claramente a todos os outros socorristas que não toquem a vítima • Administre o choque - Reinicie as compressões torácicas imediatamente depois de administrar o choque - Não desligue o DEA/DAE durante a RCP 6. Reinicie as compressões • Reinicie imediatamente as compressões torácicas de alta qualidade após a administração do choque - Realize os mesmos passos para administrar as compressões torácicas Suporte Básico de Vida (SBV) Lista de teste de habilidades de RCP em bebês American Heart Association. Nome do aluno-------------------- Data do teste _________ _ Cenário hospitalar: "Você está trabalhando em um hospital ou clínica quando uma mulher passa pela porta carregando um bebê. Ela grita: "Me ajudem! Meu bebê não está respirando". Você tem luvas e uma máscara de bolso. Você pede para seu colega acionar o sistema médico de emergência e apanhar o equipamento de emergência". Cenário pré-hospitalar: "Você chega ao local em que um bebê não está respirando. A RCP não foi realizada por pessoa presente no local. Você se aproxima do local e verifica se é seguro. Demonstre o que você faria em seguida". Avaliação e ativação Verifica a consciência w Verifica a respiração u Grita por ajuda/acionar o sistema médico de emergência ::; Verifica o pulso Assim que o aluno grita por ajuda, o instrutor diz: "Aqui está o dispositivo de barreira". Ciclo 1 de RCP (30:2) *Dispositivos de feedback de RCP preferidos por motivo de precisão Compressões em bebê C Executa compressões de alta qualidade*: • Colocação de dois dedos ou dois polegares no centro do tórax, logo abaixo da linha mamilar • 30 compressões durante no mínimo 15 segundos e no máximo 18 segundos • Comprime no mínimo um terço da profundidade do tórax, aproximadamente 4 em • Retorno total após cada compressão Ventilações em bebê w Administrar duas ventilações com um dispositivo de barreira: • Cada vent ilação é aplicada durante 1 segundo • Elevação visíveldo tórax a cada ventilação • Reinicia as compressões em menos de 1 O segundos Ciclo 2 de RCP (repete os passos do Ciclo 1) Marque a caixa de seleção apenas se o passo for executado com êxito Compressões Ventilações Reinicia as compressões em menos de 1 O segundos O segundo socorrista chega com um dispositivo bolsa-válvula-máscara e inicia a ventilação, enquanto o primeiro socorrista continua as compressões com a técnica de envolvimento do tórax com as mãos e compressão com os polegares. Ciclo 3 de RCP Primeiro socorrista: Compressões em bebê Executa compressões de alta qualidade*: • 15 compressões com técnica de envolvimento do tórax com as mãos e compressões com os polegares • 15 compressões durante no mínimo 7 segundos e no máximo 9 segundos • Comprime no mínimo um terço da profundidade do tórax, aproximadamente 4 em • Retorno total após cada compressão Segundo socorrista: Ventilações em bebê Este socorrista não é avaliado. Ciclo 4 de RCP Segundo socorr ista: Compressões em bebê Este socorrista não é avaliado. Primeiro socorrista: Ventilações em bebê J Administra duas ventilações com dispositivo bolsa-válvula-máscara: • Cada ventilação é aplicada durante 1 segundo • Elevação visível do tórax a cada ventilação • Reinicia as compressões em menos de 1 O segundos PARAR T ESTE Anotações do instrutor • Coloque um visto na caixa ao lado de cada passo que o aluno executar com êxito. • Se o aluno não realizar todos os passos corretamente (o que é indicado por pelo menos uma caixa de seleção em branco), ele precisará de recuperação. Anote aqui quais habilidades precisam de recuperação (consulte o manual do instrutor para obter informações sobre recuperação). Resultados do teste Circule APROVADO ou NR para indicar a aprovação ou a l APROVADO l NR necessidade de recuperação: Iniciais do instrutor Número do instrutor Data C 2020 American Heart Association Suporte Básico de Vida (SBV) Descritores de habilidades essenciais para avaliação de habilidades de RCPem bebês 1. Avaliar a vítima e acionar o Sistema médico de emer gência (isso deve preceder o início das compressões) em 30 segundos. Depois de avaliar a segurança do local: • Verifique a capacidade de resposta (batendo em um dos pés e fa lando voz alta) • Grita por socorro/encaminha a lguém para pedir socorro e pegar o equipamento de emergência • Verifique se não há respiração ou respiração anormal (apenas gasping) - Examine da cabeça ao tórax durante no mínimo 5 segundos e no máximo 1 O segundos • Verifica o pulso braquial - Isso pode ser feito simultaneamente com a verificação da respiração - Examine no mínimo 5 segundos e no máximo 1 O segundos 2. Realizar compressões torácicas de alta qualidade durante uma RCP com 1 socorrista (inicia as compressões 10 segundos depois de identificar a PCR) • Colocação correta das mãos/dedos no centro do tórax 1 socorrista: dois dedos ou dois polegares logo abaixo da linha mamilar - Se o socorrista não conseguir comprimir na profundidade recomendada, pode ser razoável usar a base de uma das mãos • Frequência de compressão de 100 a 120/min - Administre 30 compressões em 15 a 18 segundos • Profundidade adequada à idade Bebês: no mínimo, um terço da profundidade do tórax (aproximadamente 4 em) É preferido usar um dispositivo de feedback comercial ou um manequim de alta fidelidade é exigido • Retomo total do tórax após cada compressão • Relação apropriada entre idade e número de socorristas 1 socorrista: 30 compressões/2 ventilações • Minimize as interrupções nas compressões - Administra 2 ventilações com espaço de menos de 1 O segundos em relação à última compressão de um ciclo e a primeira compressão do ciclo seguinte 3. Administra ventilações eficazes com dispositivo bolsa-válvula-máscara durante uma RCP com dois socorristas • Abre a via aérea adequadamente • Administra cada ventilação por 1 segundo • Administra ventilações que produzem elevação visível do tórax • Evite ventilação excessiva • Reinicie as compressões torácicas em menos de I O segundos 4. Alterna a técnica de compressão em intervalos apropriados, de acordo com orientações do instrutor (para fins desta avaliação). Essa troca não deve levar mais de 5 segundos. 5. Administra compressões torácicas de alta qualidade durante uma R CP com dois socorristas • Colocação correta das mãos/dedos no centro do tórax - 2 socorristas: Técnica dos 2 polegares logo abaixo da linha mamilar • Frequência de compressão de 100 a 120/min - Administra 15 compressões em 7 a 9 segundos • Profundidade adequada à idade - Bebês: no mínimo, um terço da profundidade do tórax (aproximadamente 4 em) • Retomo total do tórax após cada compressão • Relação apropriada entre idade e número de socorristas - 2 socorristas: 15 compressões/2 ventilações • Minimize as interrupções nas compressões • Administra 2 venti lações com espaço de menos de 1 O segundos em relação à última compressão de um ciclo e a primeira compressão do ciclo seguinte Glossário Acesso Público à Desfibrilação (APD): A disponibilização de DEAs em locais públicos com muitas pessoas, como aeroportos, edificios comerciais e escolas, ou onde há pessoas com risco de ataque cardíaco. Os programas também podem mcluu tremamento em KCP e em UhA para possíveis socornstas e coordenaçao com o serviço médico de emergência local. Adulto: Qualquer pessoa com sinais visíveis de puberdade (pelo no tórax ou na axila em homens e desenvolvimento de mama em mulheres) e mais velho. Anteriorização da mandíbula: Uma manobra usada para abrir a via aérea da vítima, antes de administrar ventilações de resgate durante a RCP quando houver a possibilidade de lesão da coluna ou quando a inclinação da cabeça-elevação do queixo não funcionar. Arritmia: Um ritmo irregular ou frequência cardíaca anormal, que ocorre quando os impulsos elétricos que fazem o coração bater se tomam muito rápidos, muito lentos ou irregulares. Ataque cardíaco: Quando um bloqueio ou espasmo ocorre em um vaso sanguíneo e restringe muito ou corta o fluxo sanguíneo e o oxigênio para o músculo cardíaco. Normalmente, durante um ataque cardíaco, o coração continua bombeando sangue. Quanto mais tempo a pessoa que está tendo o ataque cardíaco ficar sem tratamento para restaurar o fluxo sanguíneo, maior a possibilidade de lesão no músculo cardíaco. Bebê: Uma criança com menos de 1 ano de idade (excluindo recém-nascidos na sala de parto). Choque: Um problema potencialmente fatal que ocorre quando o sistema circulatório não consegue manter fluxo sanguíneo adequado. O fornecimento de oxigênio e de nutrientes para tecidos e órgão essenciais é drasticamente reduzido. Compressões abdominais: procedimento usado para forçar um objeto estranho para fora das vias aéreas de uma vítima, algumas vezes chamado de manobra de Heimlich. Criança: Um ano de idade até a puberdade (os sinais de puberdade são pelos no tórax e na axila em homens e desenvolvimento de mamas nas mulheres). Desfibrilação: Interrupção ou parada de um ritmo cardíaco anormal usando choques elétricos controlados. Desfibrilador Externo Automático (DEA): dispositivo computadorizado leve e portátil que pode identificar um ritmo cardíaco anormal que precisa de choque. Se o DEA identificar um ritmo chocável, ele poderá, então, aplicar um choque elétrico por meio de pás apl icadas no tórax da vítima em PCR. O choque pode redefinir um ritmo cardíaco anormal. Os DEA são simples de operar. Leigos e profissionais da saúde podem fornecer uma desfibrilação com segurança, seguindo as instruções visuais ou por voz do DEA. Deslocamento Uterino Lateral (DUL): O processo de usar urna ou as duas mãos para mover manualmente o abdome de uma mulher visivelmente grávida para o lado esquerdo, empurrando ou puxando. Essa ação retirará o bebê de cima dos grandes vasos sanguíneos que vão da parte inferior do corpo para o coração e ajudam a melhorar o fluxo sanguíneo fornecido pela RCP. Dispositivobolsa-válvula-máscara: Um dispositivo portátil que consiste em uma bolsa inflável conectada a uma máscara facial, usado para fornecer ventilação eficaz a uma vítima com respiração ausente ou ineficaz. Um dispositivo bolsa-válvula-máscara pode ser usado com ou sem oxigênio complementar. Equipamento de Proteção Individual (EPI): Equipamentos como roupas de proteção, capacetes e óculos desenhados para proteger o corpo de quem os usa contra lesões ou infecções. Alguns riscos reduzidos pelo EPI são matéria particulada transmitida pelo ar, riscos fisicos, produtos químicos e riscos biológicos. Os EPis comuns para profissional da saúde incluem luvas, proteção para os olhos, máscaras e jalecos. Fibrilação Ventricular: Um ritmo cardíaco chocável potencialmente fatal que resulta quando a atividade elétrica do coração se toma caótica. Os músculos cardíacos tremem de maneira rápida e não sincronizada e o coração não bombeia sangue. Fração de compressão torácica (FCT): A proporção de tempo que os socorristas realizam compressões torácicas durante a RCP. Uma FCT de pelo menos 60% aumenta a probabilidade de retomo da circulação espontânea e da sobrevivência até a alta do hospital. Com bom trabalho em equipe, os socorristas geralmente podem atingir 80% ou mais. Inclinação da cabeça-elevação do queixo: Uma manobra usada para abrir a via aérea da vítima antes de administrar ventilações de resgate durante a RCP. Inflação gástrica (distensão gástrica): Quando o estômago se enche de ar durante a RCP. É mais provável que ocorra quando a via aérea da vítima não está posicionada adequadamente e o ar da ventilação vai para o estômago, em vez de para os pulmões. Uma outra causa é quando os socorristas administram as ventilações rápido demais ou com força demais. A inflação gástrica geralmente interfere com a ventilação adequada dos pulmões. Também pode causar vômito. Máscara de bolso: Um dispositivo portátil que consiste em uma máscara facial com uma válvula de via única. O socorrista a coloca sobre o nariz e a boca da vítima como um dispositivo de barreira ao administrar ventilações de resgate durante a RCP. Naloxona: Um antídoto que reverte, parcial ou completamente, os efeitos de uma overdose de opioides, incluindo a depressão respiratória. Esse medicamento pode ser administrado de inúmeras formas. As formas mais comuns de uso em emergência em pacientes com overdose de opioides suspeita ou conhecida são intramuscular por um dispositivo autoinjetor ou intranasal, por um dispositivo pulverizador nasal. Opioides: Uma classe de drogas que produz efeitos narcóticos de alívio da dor, inclui medicamentos de prescrição (hidrocodeína, fentanil, morfina) e drogas ilegais (heroína). Mal uso ou uso excessivo pode causar depressão respiratória e levar a PCR. Parada respiratória: Uma emergência potencialmente fatal que ocorre quando a respiração normal para ou quando não é eficaz. Se não tratada, levará a PCR ou pode ocorrer ao mesmo tempo que a PCR. PCR: A perda repentina da função cardíaca em uma pessoa que pode, ou não, ser portadora de doença cardíaca. Pode ocorrer subitamente ou desencadeada por outros sintomas. A PCR é geralmente fatal, se etapas adequadas não forem realizadas imediatamente. PCR extra-hospitalar: uma PCR que ocorre fora do hospital. PCR intra-hospitalar: Uma PCR que acontece dentro de um hospital. Procedimento de cateterização cardíaca: Um procedimento que usa equipamentos de imagem para diagnóstico, avaliando o fluxo sanguíneo para e pelo coração. Durante o procedimento, um cateter é inserido em uma artéria (geralmente pela virilha ou punho e rosqueado pelos vasos sanguíneos para o coração do paciente), de forma que os profissionais possam visualizar as artérias e as cavidades do coração. Alguns problemas cardíacos, como uma artéria bloqueada ou outras anomalias, podem ser tratados durante o procedimento. O procedimento é realizado em uma sala de cateterização cardíaca, chamada laboratório de cateterização. RCP 30:2: RCP fornecida a uma relação de 30 compressões torácicas para 2 ventilações. RCP com teleatendente (RCP-T): Instruções instantâneas e em tempo real fornecidas pelo telefone por um teleatendente (por exemplo, atendente de emergência ou quem recebe a chamada de emergência) para quem liga. O teleatendente ajuda o socorrista a reconhecer uma PCR e o instrui sobre como fornecer RCP eficaz. Por exemplo, a RCP-T ajuda o socorrista não treinado a realizar RCP somente com compressão. A RCP-T instrui o socorrista treinado sobre como realizar RCP 30:2 de alta qualidade. RCP somente com as mãos: Execução de compressões torácicas sem ventilação durante a RCP. Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP): É um procedimento de salvamento de vítimas que apresentam sinais de parada cardiorrespiratória (PCR) (isto é, ausência de resposta, de respiração normal e de pulso). Os dois principais componentes da RCP são compressões torácicas e ventilações. Retorno da Circulação Espontânea (RCE): Quando uma vítima de PCR volta a apresentar uma frequência cardíaca sustentada que produz pulsos palpáveis. Os sinais de RCE incluem respiração, tosse ou movimento e um pulso palpável ou pressão arterial que pode ser medida. Retorno do tórax: Quando o tórax se reexpande e depois volta para a posição normal depois de uma compressão torácica. Gasping: Um padrão de respiração anormal e reflexivo que pode estar presente nos primeiros minutos depois de uma PCR súbita. A vítima com suspiros agonais parece estar inspirando muito rapidamente. Os suspiros acontecem lentamente. Eles podem soar como um resfôlego, ronco ou gemido. O suspiros agonais não são respiração normal e não oferecem oxigenação e ventilação adequadas. Taquicardia ventricular Sem Pulso (TVSP): Um ritmo cardíaco chocável potencialmente fatal que resulta em contrações ventriculares ineficazes. A rápida tremulação das paredes ventriculares impede que elas bombeiem e, assim, os pulsos não são detectáveis (ou seja, "sem pulso" em TVSP). Os tecidos e órgãos do corpo, especialmente o coração e o cérebro, deixam de receber oxigênio. Respostas a perguntas de revisão Parte 1: [Nenhuma pergunta de revisão] Parte 2: l.b, 2.c, 3.d Parte 3: l.d, 2.d, 3.a, 4.c, 5.d, 6.a, 7.b, 8.c Parte 4: l.c, 2.b, 3.a, 4.d Parte 5: l.c, 2.c, 3.a Parte 6: l.d, 2.b, 3.d, 4.c, 5.b Parte 7: l.c, 2.b, 3.c Parte 8: l.c, 2.a, 3.a, 4.b Parte 9: I.d, 2.c, 3.b Parte 10: l.b, 2.a, 3.d, 4.b, 5.c, 6.d, 7.b, 8.a Parte 11: l.d, 2.a, 3.a Leituras recomendadas 2020 Handbook o f Emergency Cardiovascular Care for Healthcare Providers. Dallas, TX: American Heart Association; 2020. American Heart Association. American Heart Association Guidelines for CPR and ECC. Si te de diretrizes integradas baseado na web. ECCguidelines.heart.org. Publicado originalmente em outubro de 2020. Destaques das diretrizes de 2020 de RCP e ACEda American Heart. Dallas, TX: American Heart Association; 2020. ECCguidelines.heart.org.