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Reanimação cardiopulmonar (rcp) Prof: Me Allison Matias FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA E ANGIOLOGIA REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) Embora a ressuscitação tenha uma longa história que remonta aos tempos bíblicos e se prolonga através dos séculos; O seu 'nascimento' moderno é amplamente considerado como tendo ocorrido em 1960, quando Koewenhoven, Jude e Knickerbocker publicaram seu memorável artigo sobre o uso da compressão torácica; Eles salientaram que "tudo o que se precisa são duas mãos" e de fato escreveram sobre 14 sobreviventes em um universo de 20 tentativas em que utilizaram esta técnica. HISTÓRICO Koewenhoven, Jude e Knickerbocker REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) Naquele momento, a ressuscitação era considerada um procedimento estritamente médico; Gradualmente, os pontos de vista foram mudando e, por volta de 1974, as grandes vantagens de envolver o público em geral tornaram-se mais evidentes quando a American Heart Association publicou suas primeiras diretrizes destinadas tanto aos profissionais da saúde quanto a leigos HISTÓRICO Koewenhoven, Jude e Knickerbocker REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) A publicação das novas diretrizes de RCP em uma importante revista médica tomou, como ponto de partida, dois princípios. O primeiro princípio consistia no fato de que um método ideal poderia ser definido para todas as situações de parada cardíaca inesperada; e o segundo, de que a disseminação desse procedimento poderia e deveria ser posta em prática no âmbito da sociedade em geral. Embora esses pontos de vista parecessem plausíveis, não eram compartilhados universalmente naquela época. HISTÓRICO Koewenhoven, Jude e Knickerbocker REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) A PCR permanece como um problema mundial de saúde pública. Apesar de avanços nos últimos anos relacionados à prevenção e tratamento, muitas são as vidas perdidas anualmente no Brasil relacionadas à PCR. Podemos estimar algo ao redor de 200.000 PCRs ao ano, no Brasil, sendo metade dos casos ocorrendo em ambiente hospitalar, e a outra metade em ambientes como residências, shopping centers, aeroportos, estádios, etc. EPIDEMIOLOGIA REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) A realização imediata de RCP em uma vítima de PCR, ainda que for apenas com compressões torácicas no pré- hospitalar, contribui sensivelmente para o aumento das taxas de sobrevivência das vítimas de parada cardíaca; Cerca de 56 a 74% dos ritmos de PCR, no âmbito pré- hospitalar, ocorrem em fibrilação ventricular (FV). O sucesso da ressuscitação está intrinsecamente relacionado a uma desfibrilação precoce, ideal, dentro dos primeiros 3 a 5 minutos após o colapso. SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) O maior desafio, sobretudo no Brasil, é ampliar o acesso ao ensino de RCP, estabelecer processos para a melhora contínua de sua qualidade. Portanto, as ações realizadas durante os minutos iniciais de atendimento a uma emergência são críticas em relação à sobrevivência da vítima. Por mais adequado e eficiente que seja um suporte avançado, se as ações de suporte básico não forem realizadas de maneira adequada, será extremamente baixa a possibilidade de sobrevivência de uma vítima de PCR. SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) Em uma situação de PCR, pode ser utilizado uma sequência para descrever os passos simplificados do atendimento em SBV. SEQUÊNCIA DO SBV Checar responsividade e respiração da vítima, Chamar por ajuda, Checar o pulso da vítima, Compressões (30 compressões) Abertura das vias aéreas Boa ventilação (2 ventilações) Desfibrilação C A B D REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) SEQUÊNCIA DO SBV REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) Primeiramente, avalie a segurança do local. Certifique se o local é seguro para você e para a vítima, para não se tornar uma próxima vítima. Caso o local não seja seguro (por exemplo, um prédio com risco de desmoronamento, uma via de trânsito), torne o local seguro (por exemplo, parando ou desviando o trânsito) ou remova a vítima para um local seguro. Se o local estiver seguro, prossiga o atendimento. SEGURANÇA DO LOCAL REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) AVALIE A RESPONSIVIDADE DA VÍTIMA Avalie a responsividade da vítima chamando-a e tocando-a pelos ombros Se a vítima responder, apresente-se e converse com ela perguntando se precisa de ajuda Se a vítima não responder, avalie sua respiração observando se há elevação do tórax em menos de 10 segundos Caso a vítima tenha respiração, fique ao seu lado Se a vítima não estiver respirando ou estiver somente com "gasping", chame ajuda imediatamente REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) CHAME AJUDA Em ambiente extra-hospitalar, ligue para o número local de emergência (por exemplo, Sistema de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192); Se um DEA estiver disponível no local, vá buscá-lo Se não estiver sozinho, peça para uma pessoa ligar e conseguir um DEA, enquanto continua o atendimento à vítima REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) CHAME AJUDA É importante designar pessoas para que sejam responsáveis em realizar essas funções. A pessoa que ligar para o Serviço Médico de Emergência (SME) deve estar preparada para responder às perguntas como a localização do incidente, as condições da vítima, o tipo de primeiros socorros que está sendo realizado, etc. Nos casos de PCR por hipóxia (afogamento, trauma, overdose de drogas e para todas as crianças), o socorrista deverá realizar cinco ciclos de RCP e, depois, chamar ajuda, se estiver sozinho. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) CHEQUE O PULSO Cheque o pulso carotídeo da vítima em menos de 10 segundos. Caso a vítima apresente pulso, aplique uma ventilação a cada 5 a 6 segundos, mantendo uma frequência de 10 a 12 ventilações por minuto, e cheque o pulso a cada dois minutos Se não detectar pulso na vítima ou estiver em dúvida, inicie os ciclos de compressões e ventilações REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) CHEQUE O PULSO Estudos mostram que tanto profissionais da saúde quanto socorristas leigos têm dificuldade de detectar o pulso, sendo que os primeiros também podem levar muito tempo para realizá-lo, por isso, não é enfatizada a checagem de pulso REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) CICLOS DE RCP Inicie ciclos de 30 compressões e 2 ventilações, considerando que existe um dispositivo de barreira (por exemplo, máscara de bolso para aplicar as ventilações). Compressões torácicas efetivas são essenciais para promover o fluxo de sangue, devendo ser realizadas em todos pacientes em parada cardíaca REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) COMPRESSÕES TORÁCICAS √ Posicione-se ao lado da vítima e mantenha seus joelhos com certa distância um do outro para que tenha melhor estabilidade. √ Afaste ou, se uma tesoura estiver disponível, corte a roupa da vítima que está sobre o tórax para deixá-lo desnudo. √ Coloque a região hipotênar de uma mão sobre o esterno da vítima e a outra mão sobre a primeira, entrelaçando-a. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) COMPRESSÕES TORÁCICAS √ Estenda os braços e posicione-os cerca de 90º acima da vítima √ Comprima na frequência de, no mínimo, 100 compressões/minuto. √ Comprima com profundidade de, no mínimo, 5cm. √ Permita o retorno completo do tórax após cada compressão, sem retirar o contato das mãos com o mesmo. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) COMPRESSÕES TORÁCICAS √ Minimize interrupções das compressões. √ Reveze com outro socorrista, a cada dois minutos, para evitar a fadiga e compressões de má qualidade REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) COMPRESSÕES TORÁCICAS As manobras deRCP devem ser ininterruptas, exceto se a vítima se movimentar, durante a fase de análise do desfibrilador, na chegada da equipe de resgate, posicionamento de via aérea avançada ou exaustão do socorrista. No caso de uma via aérea avançada instalada, realize compressões torácicas contínuas e uma ventilação a cada 6 a 8 segundos (8 a 10 ventilações por minuto). REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) VENTILAÇÕES Para não retardar o início das compressões torácicas, a abertura das vias aéreas deve ser realizada somente depois de aplicar trinta compressões As ventilações devem ser realizadas em uma proporção de 30 compressões para 2 ventilações, com apenas um segundo cada, fornecendo a quantidade de ar suficiente para promover a elevação do tórax A hiperventilação é contraindicada, pois pode aumentar a pressão intratorácica REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) VENTILAÇÕES Além disso, aumenta o risco de insuflação gástrica, podendo causar regurgitação e aspiração Independentemente da técnica utilizada para aplicar ventilações, será necessária a abertura de via aérea, que poderá ser realizada com a manobra da inclinação da cabeça e elevação do queixo REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) VENTILAÇÕES REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) VENTILAÇÕES A ventilação com a bolsa-válvula-máscara deve ser utilizada na presença de dois socorristas, um responsável pelas compressões; e outro, por aplicar as ventilações com o dispositivo Pressione a bolsa durante 1 segundo para cada ventilação com uma pausa de 3 a 4 segundos entre uma ventilação e outra. Essa quantidade é geralmente suficiente para produzir elevação do tórax e manter oxigenação em pacientes sem respiração REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) VENTILAÇÕES Se disponível oxigênio complementar, conecte-o na bolsa-válvula-máscara assim que possível, de modo que ofereça maior porcentagem de oxigênio para a vítima. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) VENTILAÇÕES COM VA AVANÇADA Quando uma via aérea avançada (por exemplo, intubação endotraqueal, combitube, máscara laríngea) estiver instalada, o primeiro socorrista irá administrar compressões torácicas contínuas, e o segundo socorrista irá aplicar uma ventilação a cada 6 a 8 segundos, cerca de 8 a 10 ventilações por minuto, em vítimas de qualquer idade. Não se devem pausar as compressões para aplicar as ventilações, no caso de via aérea avançada instalada REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) VENTILAÇÕES COM VA AVANÇADA Em vítima que não respira ou respira de forma anormal (somente gasping), porém apresente pulso, encontra- se, portanto, em parada respiratória. Nesses casos, realize uma ventilação a cada 5 a 6 segundos (aproximadamente 10 a 12 ventilações por minuto) para vítimas adultas. Para crianças e lactentes, aplique uma ventilação a cada 3 a 5 segundos (aproximadamente 12 a 20 ventilações por minuto) REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) DESFIBRILAÇÃO Nos primeiros 3 a 5 minutos de uma PCR em FV, o coração se encontra em ritmo de FV grosseira, estando o coração altamente propício ao choque. Após 5 minutos de PCR, diminui a amplitude de FV por causa da depleção do substrato energético miocárdico. Portanto o tempo ideal para a aplicação do primeiro choque compreende os primeiros 3 a 5 minutos da PCR REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) DESFIBRILAÇÃO A desfibrilação precoce é o único tratamento para parada cardiorrespiratória em FV/taquicardia ventricular sem pulso, pode ser realizada com um equipamento manual (somente manuseado pelo médico) ou com o DEA, que poderá ser utilizado por qualquer pessoa, assim que possível. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) DESFIBRILAÇÃO (DEA) 1. Ligue o aparelho apertando o botão ON - OFF (alguns aparelhos ligam automaticamente ao abrir a tampa). 2. Conecte as pás (eletrodos) no tórax da vítima, observando o desenho contido nas próprias pás, mostrando o posicionamento correto das mesmas 3. Encaixe o conector das pás (eletrodos) ao aparelho. Em alguns aparelhos, o conector do cabo das pás já está conectado. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) DESFIBRILAÇÃO (DEA) Quando o DEA disser "analisando o ritmo cardíaco, não toque no paciente", solicite que todos se afastem e observe se há alguém tocando na vítima, inclusive se houver outro socorrista aplicando RCP. Se o choque for indicado, o DEA dirá "choque recomendado, afaste-se do paciente". O socorrista que estiver manuseando o DEA deve solicitar que todos se afastem, observar se realmente não há ninguém (nem ele mesmo) tocando a vítima e, então, pressionar o botão indicado pelo aparelho para aplicar o choque. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) DESFIBRILAÇÃO (DEA) A RCP deve ser iniciada pelas compressões torácicas, imediatamente após o choque. A cada dois minutos, o DEA analisará o ritmo novamente e poderá indicar outro choque, se necessário. Se não indicar choque, reinicie a RCP imediatamente, caso a vítima não retome a consciência. Mesmo se a vítima retomar a consciência, o aparelho não deve ser desligado e as pás não devem ser removidas ou desconectadas até que o SME assuma o caso. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) DESFIBRILAÇÃO (DEA) Se não houver suspeita de trauma e a vítima já apresentar respiração normal e pulso, o socorrista poderá colocá-la em posição de recuperação, porém deverá permanecer no local até que o SME chegue REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) DESFIBRILAÇÃO (DEA) √ Excesso de pelos no tórax: remova o excesso de pelos, somente da região onde serão posicionadas as pás, com uma lâmina que geralmente está no Kit DEA; outra alternativa é depilar a região com um esparadrapo ou com as primeiras pás e, depois, aplicar um segundo jogo de pás. √ Tórax molhado: seque por completo o tórax da vítima; se a mesma estiver sobre uma poça d'água não há problema, porém se essa poça d'água também envolver o socorrista, remova a vítima para outro local, o mais rápido possível. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) DESFIBRILAÇÃO (DEA) √ Crianças de 1 a 8 anos: utilize o DEA com pás pediátricas e/ou atenuador de carga. Se o kit DEA possuir somente pás de adulto, está autorizada a utilização das mesmas, porém se o tórax for estreito pode ser necessária a aplicação de uma pá anteriormente (sobre o esterno) e outra posteriormente (entre as escápulas), para que as pás não se sobreponham. As pás infantis não devem ser utilizadas para adultos, pois o choque aplicado será insuficiente. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) DESFIBRILAÇÃO (DEA) √ Lactentes (0 a 1 ano): um desfibrilador manual é preferível, porém se não estiver disponível, utilize o DEA com pás pediátricas e/ou atenuador de carga. Se este também não estiver disponível, utilize as pás de adulto, uma posicionada anteriormente (sobre o esterno) e a outra posteriormente (entre as escápulas); o prejuízo para o miocárdio é mínimo e há bons benefícios neurológicos. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) INTRA-HOSPITALAR E/OU COM EQUIPE MÉDICA Em qualquer ritmo de PCR, a primeira droga a ser utilizada deve ser um vasopressor; Monitorização do paciente; Acesso venoso; Adrenalina 1mg a cada três a cinco minutos ou vasopressina; Noradrenalina; Amiodarona (antiarrítmico); REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) INTRA-HOSPITALAR E/OU COM EQUIPE MÉDICA Bicarbonato de sódio; VA artificial; REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) INTRA-HOSPITALAR E/OU COM EQUIPE MÉDICA PAPEL DO FISIOTERAPEUTA NA IOT: 1. MANTER A VENTILAÇÃO/OXIGENAÇÃO; 2. FAZER UMA HIPEROXIGENAÇÃO; 3. TESTAR VENTILADOR; 4. AJUSTAR PARÂMETROS VENTILATÓRIOS; 5. FAZER TESTE SE O TUBO ESTÁ BEM INSERIDO; REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) INTRA-HOSPITALAR E/OU COM EQUIPE MÉDICA PAPEL DO FISIOTERAPEUTANA PCR: 1. MANTER A VENTILAÇÃO/OXIGENAÇÃO; 2. AJUSTAR PARÂMETROS VENTILATÓRIOS; 3. PODE REVEZAR NAS MANOBRAS; REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) INTRA-HOSPITALAR E/OU COM EQUIPE MÉDICA AJUSTES VENTIATÓRIOS NA PCR REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) CUIDADOS PÓS-RESSUSCITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA De acordo com estatísticas americanas, em torno de 10% dos pacientes que sofreram algum tipo de parada cardiorrespiratória (PCR) assistida obtiveram alta hospitalar; Cuidados organizados pós-PCR, têm como finalidade diminuir, numa fase inicial, a mortalidade associada à instabilidade hemodinâmica e, como consequência, limitar o dano cerebral e a lesão nos demais órgãos. O suporte avançado de vida nesta fase, através de cuidados intensivos, busca atingir um potencial de sobrevida, assim como um planejamento sequencial que ofereça qualidade de vida para aqueles que evoluíram com sequelas REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) CUIDADOS PÓS-RESSUSCITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) CUIDADOS PÓS-RESSUSCITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) CUIDADOS PÓS-RESSUSCITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA Evidências indicam que indivíduos recuperados de PCR podem evoluir com um processo de disfunção de múltiplos órgãos, mesmo após restauração precoce da circulação espontânea. A severidade da disfunção depende de fatores como o estado de saúde pregresso, a natureza da patologia precipitante e a duração do insulto isquêmico, entre outros. O tempo envolvido no atendimento da PCR é fator essencial, sendo observada uma diminuição de 14% de boa evolução neurológica para cada 1,5 minuto de atraso no retorno à circulação espontânea (RCE). Aula prática CASO CLÍNICO 1 PACIENTE, SEXO MASCULINO, ENCONTRADO DESACORDADO E SEM PULSO EM UMA CALÇADA, APARENTEMENTE IDOSO. DESFECHO: PACIENTE NÃO RETORNOU DA PCR COM A CHEGADA DA EQUIPE DO SAMU, REALIZADO 5 CICLOS DE SBV E MAIS 5 CM EQUIPE MÉDICA. CASO CLÍNICO 2 PACIENTE, SEXO FEMININO, 65 ANOS, COM HISTÓRICO DE DOENÇA CARDÍACA PRÉVIA. SENTE-SE MAL EM SHOPPING RIOMAR, COM DOR NO PEITO E FALTA DE AR SEGUIDO DE DESMAIO, SUPRESSÃO DA RESPIRAÇÃO E DE PULSO. DESFECHO: REALIZADO 2 CICLOS ATÉ A CHEGADA DO DEA, PACIENTE COM RITMO DE FIBRILAÇÃO VENTRICULAR. RETORNA NO 6 CICLO. CASO CLÍNICO 3 PACIENTE, SEXO MASCULINO, 48 ANOS, INTERNADO NO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA POR CELULITE EM MID E TEV TAMBÉM EM MID, DIAGNOSTICADO POR US. É ENCONTRADO DESACORDADO, SEM PULSO E SEM RESPIRAR POR EQUIPE DE ENFERMAGEM. DESFECHO: REALIZADO IOT DE EMERGÊNCIA E 5 CICLOS DE RCP COM RETORNO DA PULSAÇÃO. CASO CLÍNICO 4 PACIENTE, SEXO MASCULINO, 75 ANOS, INTERNADO NA UTI DO HOSPITAL DE MESSEJANA POR SEPSE DE FOCO PULMONAR, SEGUE EM TOT D5. APRESENTA HIPOTENSÃO E BRADICARDIA NO MOMENTO DA HEMODIÁLISE, EVOLUINDO COM PCR. DESFECHO: REALIZADO 10 CICLOS DE RCP COM PACIENTE EVOLUINDO A ÓBITO. Bons estudos!