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Comunicações Móveis Profª. M.Sc. Paula Marães Mestre em Engenharia Elétrica (UFAM) Engenheira em Telecomunicações (FUCAPI) 1 Evolução dos Sistemas Celulares 2 Comunicações Móveis 3 • Primeiros padrões utilizando o conceito celular surgem no final da década de 70, no Japão e EUA e no início da década de 80, na Europa. Todos analógicos, foram eles: Ø NTT (Nippon Telegraph and Telephone) – Japão Ø AMPS (Advanced Mobile Phone Service) - Estados Unidos; Ø NMT (Nordic Mobile Telephone System) - Europa (Suécia, Noruega, Finlândia e Dinamarca). Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular 4 • O NMT é importante por ser o primeiro padrão de telefonia celular internacional. • Ou t ros s i s te m a s a n a l ó g i cos s u rg i ram em s e g u i d a , principalmente na Europa: Alemanha, França, Inglaterra e Itália criaram seus padrões de telefonia móvel celular. • Estes padrões mais tarde viriam a se tornar um empecilho na difusão da tecnologia. • Os usuários de um padrão, ao viajar para fora de seu país não podiam utilizar seu celular.. • O que não acontecia nos países nórdicos por terem investido no padrão NMT. Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular 5 Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular 6 • 12 de outubro de 1983 – a primeira rede AMPS (Advanced Mobile Phone System) comercial em Chicago, pela Ameritech. • No mesmo ano teve a concorrência do sistema analógico da Motorola, o Dyna-TAC (Dynamic Adaptive Total Area Coverage), conhecido também como TACS (Total Area Communications System), lançado em 16 de dezembro em Washington e Baltimore, mas não conseguiu se estabelecer comercialmente naquele país, sucumbindo ao AMPS. Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular 7 • Pelas relações comerciais dos Estados Unidos com países da América Latina, Ásia e África, o padrão americano de telefonia celular analógica se expandiu pelo mundo, inclusive no Brasil • Primeiro sistema celular brasileiro (AMPS) começou a ser instalado em 1989 e entrou em operação em 1991 no Rio de Janeiro. Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular 8 • O AMPS é analógico e foi concebido originalmente apenas para o serviço de transmissão de voz (telefonia). • Ex ist iam melhor ias no s i stema para contemplar transmissão de dados e outros serviços. • A importância histórica do AMPS é muito grande pois foi n e s t a t e c n o l o g i a q u e f o r a m d e s e n v o l v i d a s a s funcionalidades básicas de um sistema celular. • No AMPS surgiram idéias como Roaming, Handoff, Power Control, Mobility Management etc. Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular 9 • O AMPS foi utilizado pela primeira vez comercialmente em 1983, e operava nas bandas de 850 MHz determinadas pelo FCC (Federal Communications Commission) americano. • A norma que especifica o AMPS é a EIA-553. • Enquanto o Brasil instalava seus primeiros sistemas, nos EUA, a demanda por aparelhos celulares era alta. • Não havia mais disponibilidade de freqüências para o aumento da capacidade dos sistemas instalados. Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular 10 • Foi necessário que em curto espaço de tempo houvesse a migração dos sistemas analógicos para sistemas com maior capacidade, os chamados sistemas digitais. • Surgiram então nos Estados Unidos os padrões: ØIS-54 (mais tarde unificado com o IS-136). ØIS-136 (vulgarmente chamado de TDMA). ØIS-95 (também conhecido como CDMA). • TDMA e CDMA dizem respeito ao método de acesso ao meio assim como FDMA. Dizer que TDMA e CDMA são padrões de sistemas de telefonia móvel é equivocado. Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular 11 • Imaginemos os telefones móveis como duas pessoas tentando conversar. • No sistema FDMA, a sala seria dividida em várias salas menores, cada uma com duas pessoas conversando durante todo o tempo. As duplas estariam isoladas umas das outras, não havendo, portanto, risco de que pudessem ouvir a conversa de outra dupla. • Caso estivessem em um sistema TDMA, haveriam três duplas se revezando em cada sala, cada uma com um tempo pré- determinado para conversar e então dar lugar a uma nova dupla. Após o fim do tempo da terceira dupla, a primeira volta à sala para continuar a conversação. Comunicações Móveis O Exemplo da Sala 12 • No CDMA todos os pares estão na mesma sala, mas falando línguas diferentes. Cada um entende somente o seu parceiro, apesar de estar ouvindo as conversas paralelas na sala. Caso uma dupla comece a falar mais alto, todos terão que elevar o volume da sua voz, e assim sucessivamente até que todos estejam gritando e ninguém mais se entenda. • Por isto é tão importante o controle de potência dos móveis, uma vez que todos estão “espalhados” na mesma freqüência, numa banda de 1,23 MHz. Comunicações Móveis O Exemplo da Sala 13 • Para atender ao crescimento na demanda e aumentar a capacidade das células em áreas de alta densidade, a EIA ( E l e t r o n i c I n d u s t r i e s A s s o c i a t i o n ) e a T I A (Telecommunications Industry Association) adotou o padrão IS-54 (2G) baseado no TDMA. • O IS-54 mantém o espaçamento de canal de 30kHz do AMPS, para facilitar a evolução do sistema analógico para o digital. Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular (IS-54) 14 • Cada canal de freqüência fornece uma taxa binária de RF de 48.6kb/s, obtido utilizando π/4 DQPSK (Differential Quadrature Phase-Shift Keying) com um deslocamento de fase de π/4 radianos entre símbolos sucessivos para reduzir flutuações de amplitude no envelope do sinal. • A taxa do canal é de 24.3 kbaud. Esta capacidade é dividida em 6 slots de tempo, dois dos quais são atribuídos a cada usuário na implementação corrente. Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular (IS-54) 15 • Utiliza um codificador de voz VSELP (13kb/s com proteção de erro). Assim, cada par de freqüências de 30kHz pode servir 3 usuários simultaneamente, e com o mesmo padrão de reuti l ização. Assim, o IS-54 fornece o tr iplo da capacidade (canais de usuário por célula) do AMPS. • Quando são introduzidos codificadores de voz que geram metade da taxa binária, cada canal de freqüência de 30kHz poderá acomodar seis usuários por canal, dobrando a capacidade. Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular (IS-54) 16 • O padrão IS-54 estabelece um equalizador adaptativo para atenuar a interferência entre símbolos causada pelo g ra n d e a t ra s o d e e s p a l h a m e n t o , m a s d e v i d o a re lat ivamente baixa taxa do canal (24.3 kbaud) o equalizador será desnecessário em várias situações. • Visto que sistemas utilizando o padrão IS-54 devem operar na mesma faixa de freqüência utilizada pelos sistemas AMPS existentes, o padrão IS-54 opera em modo dual, o que significa que fornece operações para ambos analógico (AMPS) e digital. Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular (IS-54) 17 • Isto é necessário para acomodar as funcionalidades d e r o a m i n g , d a d a a g r a n d e b a s e e x i s t e n t e d e equipamentos AMPS. • Embora vários provedores de serviço tenham iniciado a implantação de equipamentos para sistema IS-54 na maioria das áreas metropolitanas dos países, a conversão para digital será mais lenta em regiões com menores densidades. • Conseqüentemente, haverá uma mistura de unidades e equipamentos de estações-base digitais e analógicas por um considerável período de tempo. Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular (IS-54) 18 • Enquanto a versão inicial do padrão IS-54 util iza a especificação do canal de controle do AMPS (FSK com codificação Manchester a 10 kb/s), o IS-136 (ou IS-54 rev.C) inclui um canal de controle digital (DCC) que utiliza modems de 48.6 kb/s. • Além do acréscimo na taxa de sinalização, o DCC oferece algumas capacidades como transferência de mensagens curtas ponto-a -p onto, mensage n s d e br oad ca st , endereçamento de grupo, grupos de usuários privados, estruturas hierárquicas de células, e canais divididos em slots para suportar modo de espera (para economizar energia). Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular (IS-54) 19 • Uma das grandes vantagens do IS-54 era justamente a de manter o canal em freqüência da mesma largura que seu precursor o que facilitava e barateava a implementação de handsets duais. • A norma IS-136 aparece como substituta do IS-54, já na década de 1990, trazendo grandes melhorias como canal de controle DCCH, codificação de voz ACELP e suporte para as bandas de 1900 MHz. Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular (IS-54) 20 • Os países europeus se organizavam para criar um padrão pan-europeu de comunicação celular que pudesse integrar todos os países daquele continente. • Em 1982 a PTT (Nordic Post, Telephone and Telegraph) apresentou uma proposta à CEPT (Conférence Européene de Postes et Té lécommunicat ion s ) no se nt id o d e d e s e n v o l v e r u m s i s t e m a c o m u m e u r o p e u d e telecomunicações móveis na banda dos 900 MHz. Foi criado o Groupe Spécial Mobile (GSM). Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular 21 • Haviam discussões em torno da integração dos sistemas analógicos, mas o cenário de telefonia móvel no mundo era tão promissor que os onze países membros decidiram pela digitalização do sistema com utilização do FDMA/TDMA, no qual cada portadora é dividida em janelas temporais. • A estação móvel recebe e envia na janela temporal designada para ele, o que significa que cada portadora suporta várias conversas simultaneamente. Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular 22 • Por pedido do Reino Unido foi feita uma adaptação das especificações definidas até então, permitindo uma interface rádio na banda dos 1800 MHz. • Esta variante do GSM foi denominada de DCS 1800 – Digital Communication System at 1800 MHz. • Em 1991 começaram a fabr icação dos primeiros equipamentos GSM. • Os principais operadores europeus iniciaram a atividade comercial em 1992. Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular 23 • Hoje, a primeira geração de celulares está extinta. • Um dos principais motivos para isto acontecer foi a falta de segurança e também a pouca lucratividade que os sistemas poderiam oferecer aos operadores que o adotam. • No Brasil operadores de telefonia celular eram obrigadas a oferecer os serviços do AMPS enquanto houvessem clientes deste sistema. Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular 24 Comunicações Móveis Evolução do Sistema Móvel Celular Quem lembra deste? 25 • 1G (primeira geração) - redes celulares analógicas. • 2G (segunda geração) - redes celulares digitais baseadas em comutadores de circuitos: redes CDMA, TDMA e GSM. • 2,5G – redes 2G com transmissão de pacotes de média/alta velocidade, voltados para tx de dados. GPRS e EDGE nas redes GSM, 1xRTT nas redes CDMA. • 3G - redes de altíssima velocidade, com possibilidades de streaming de vídeo, videoconferência, transmissões em tempo real, jogos online. • Em alguns países, já existe o 3G, com as licenças UMTS. Comunicações Móveis Redes Celulares 26 • A primeira geração de telefonia móvel, apelidada 1G, utilizava a modulação de sinais analógicos em uma portadora de RF e operava sobre redes com tecnologia de comutação de circuito. • N e st e t i p o d e re d e , u m c i rc u i t o d e voz é a l o c a d o permanentemente enquanto dura a chamada. Trata-se de um serviço orientado a conexão. O acesso à canalização é obtido através do método FDMA (Frequency Division Multiple Access). • Essa tecnologia é limitada quanto ao número possível de usuários, pois admite apenas uma “ligação” por canal, o que, rapidamente exaure a capacidade de cada ERB, obrigando a instalação de uma maior quantidade de células. Comunicações Móveis 1G - Redes Analógicas de Telefonia Móvel 27 • O tamanho das células situa-se na faixa de 500 metros a 10 qui lômetros, sen do permit ido o "handoff" ou "handover" (transferência automática de ligações de uma célula para outra). • Possibil ita igualmente o "roaming" (transferência automática de ligações entre sistemas) entre os diferentes provedores de serviço, desde que adotem o mesmo sistema. • Todos os sistemas iniciais eram bastante parecidos entre si, as principais diferenças concentravam-se no uso do espectro de freqüência e no espaçamento entre canais. Comunicações Móveis 1G - Redes Analógicas de Telefonia Móvel 28 • O AMPS opera na faixa de 869-894 MHz para recepção e 824- 849 MHz para transmissão. • O NMT-450 opera na faixa de 463-468 MHz para recepção e 453-458 MHz para transmissão. • O NMT-900 utiliza a faixa de 935-960 MHz para recepção e 890-915 MHz para transmissão, etc. • Com relação ao espaçamento entre os canais pode-se citar o AMPS que adota 30 kHz, o TACS e vários outros que adotam 25 kHz. • O AMPS (Advanced Mobile Phone Service) foi o primeiro sistema de telefonia móvel celular adotado no Brasil, no Rio de Janeiro, em 1991. Comunicações Móveis 1G - Redes Analógicas de Telefonia Móvel 29 • Com a demanda de novos usuários, o sistema de telefonia analógico foi rapidamente exaurido. Novos sistemas com novas tecnologias seriam necessários. Assim surgiu a segunda geração de redes celulares ou 2G. • Algumas vantagens imediatas do sistema 2G sobre o 1G foram: Ø acomodação de maior número de usuários numa mesma faixa de freqüência. Ø possibilidade de conferência entre usuários e sistema de mensagens de voz e texto. Comunicações Móveis 2G - Redes Digitais de Telefonia Móvel 30 • Com o 2G, o FDMA é ainda usado para a divisão da faixa de freqüência em pequenos blocos, porém a utilização de tais blocos é feita com a adoção de duas novas tecnologias de acesso digital: TDMA e CDMA; • Estas tecnologias são classificadas como “air interface”: uma forma de manipular os sinais de forma a maximizar o uso da faixa de freqüência disponível. Serviços 2G “puros” podem ofertar uma taxa de transmissão de dados de até 14 Kbps. Comunicações Móveis 2G - Redes Digitais de Telefonia Móvel 31 • Um novo degrau da evolução do padrão 2G foi sua integração com transmissão de pacotes de dados, devido a forte demanda de serviços de acesso à internet para ambiente wireless. • Esta nova capacidade recebeu o nome de sistemas 2,5G. O maior incremento que o 2,5G trouxe foi uma técnica avançada de modulação (comparado ao 2G), permitindo a comutação de pacotes ao invés de circuitos, a mesma técnica de transmissão adotada pelo IP da arquitetura TCP/IP. • Diferentemente da comutação por circuito que aloca um circuito fim-a-fim durante a transmissão, a comutação de pacotes só utiliza o caminho quando de fato há dados para transmitir. Comunicações Móveis 2,5 G 32 • Assim, a tecnologia 2,5G trouxe um uso mais eficiente do espectro de freqüência e da banda disponível, promovendo o meio de transporte mais apropriado para a navegação de aplicações na internet a partir de dispositivos wireless, notadamente com o surgimento de aparelhos celulares com esta capacidade. • Com 2,5G puro, pode-se atingir a taxa de transmissão de dados de até 144 Kbps. • Na maioria dos casos, os sistemas 2,5G são implementados diretamente sobre as redes 2G existentes. Como resultado, um sistema 2,5G não é uma rede comutada a pacotes “pura”. Na verdade, pacotes de dados são transmitidos sobre redes de circuitos comutados. Comunicações Móveis 2,5 G 33 • Redes wireless comutadas puras a pacote só foram mesmo disponibilizadas com o advento da geração 3G. • Formalmente, as primeiras redes digitais em operação no Brasil (TDMA, CDMA e GSM) são da geração 2G. O 2,5G veio com a inclusão do protocolo GPRS (General Packet Radio Services), sobre redes GSM. • Uma segunda evolução para redes 2G, após o GPRS, é atécnica de modulação denominada EDGE (Enhanced Data GSM Environment). • Enquanto GPRS utiliza a modulação GMSK, EDGE utiliza a 8 PSK que poss ibi l i ta um incremento na ve locidade de transmissão de três vezes sobre o GPRS. Comunicações Móveis 2,5 G
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