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Prótese Parcial Removível (PPR) - Indicações e introdução

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PPRs → aparelhos protéticos que visam 
substituir osso alveolar, gengiva, dentes → 
devolvendo função, estética e fonética. 
 Elementos de suporte da prótese → 
apoios, grampos de retenção, grampos 
de oposição, conectores maiores, 
conectores menores, selas, dentes 
artificiais e retentores indiretos. 
 Fibromucosa, dentes pilares e o rebordo 
residual da área desdentada são espaço 
protético. 
 Dentes pilares podem ser diretos ou 
indiretos. Diretos: dente ao lado de onde 
será a prótese. Indiretos: dente não está 
do lado de onde será a futura prótese, 
mas ajuda ela. 
 O espaço protético pode ser intercalado, 
quando está situado em uma área 
desdentada com presença de dentes 
remanescentes anterior e posteriormente 
à área edêntula ou quando não há dentes 
remanescentes posteriormente ao 
espaço protético, chama-se de 
extremidade livre. 
 
Objetivos da Reabilitação com PPRs 
 Restaurar a eficiência mastigatória 
 Restaurar a fonética 
 Restabelecer a estética 
 Proporcionar conforto ao paciente 
 Integrar-se ao sistema estomatognático 
 Preservar os tecidos remanescentes 
 
Indicações 
 Arcadas com ausências de 1 ou mais 
dentes 
 Extremidades livres uni ou bilaterais 
(ausência de suporte posterior) 
 Grandes espaços protéticos 
 Espaços protéticos múltiplos 
 Prótese anterior com reabsorção óssea 
extensa 
 Próteses temporárias de reabilitações 
complexas 
 Paciente com defeitos ósseos (fissuras 
palatinas) 
 Em odontopediatria: agenesia ou perda 
dentária precoce 
 
Contraindicações 
 Problemas motores 
 Debilidade mental 
 Higiene bucal deficiente 
 Alterações sistêmicas e locais, como o 
diabetes e a xerostomia, podem 
provocar desconforto durante o uso da 
PPR em decorrência do trauma 
mecânico induzido pela redução do 
fluxo salivar. 
 
Elementos das PPR 
 Apoios: são elementos rígidos da PPR 
que têm as funções de transmitir as 
forças mastigatórias ao longo eixo do 
dente pilar e impedir o deslocamento da 
prótese no sentido ocluso-cervical. 
Esses componentes se localizam nas 
superfícies oclusais dos dentes 
posteriores e incisais ou em cíngulos dos 
dentes anteriores (são poucos utilizados, 
pois permanece visível sobre os 
elementos dentais e apresenta uma 
estética desfavorável) 
 Grampos: elementos de retenção e 
estabilização da PPR, são compostos por 
um braço de retenção e um de oposição. 
 Grampos de retenção: conferem 
retenção à PPR e evitam o seu 
deslocamento cérvico-oclusal a partir da 
posição de assentamento final. O 
grampo de retenção é o único 
componente mecânico da prótese que 
tem flexibilidade, e tal característica 
permite que a sua ponta ativa permaneça 
em área retentiva do dente pilar. 
 Grampo de oposição: Devem ser 
planejados na face livre oposta ao 
grampo de retenção, em área não 
retentiva. São os componentes rígidos 
da prótese que atuam na neutralização 
de forças laterais nocivas, geradas pelos 
grampos de retenção no dente pilar 
durante o assentamento e a remoção da 
prótese. 
 
Classificação dos arcos em PPRs 
 Classificação ideal: 
o Permitir visualização imediata 
do tipo de arco 
o Diferenciar dento-suportada de 
dento-muco-suportada 
o Ser universalmente aceita 
o Obter bases mecânicas de 
planejamento 
o Simples e lógica. 
o Em situações de edentulismo 
total, a prótese é denominada 
mucossuportada (prótese total), 
na qual a transmissão de forças 
mastigatórias sobre a prótese é 
absorvida pela fibromucosa e 
transmitida totalmente ao 
rebordo residual. 
 Prótese parcial removível 
dentossuportada: as forças 
mastigatórias que incidem sobre a 
prótese são decompostas em vetores (F1 
e F2) e transmitidas ao osso alveolar 
somente por via dental, através dos 
apoios oclusais aos dentes pilares. As 
forças geradas são transmitidas 
paralelamente ao longo do eixo dos 
dentes pilares, que, por meio dos 
ligamentos periodontais, geram forças 
de tração, promovendo estímulo 
positivo à manutenção do osso alveolar. 
Nesse caso, a fibromucosa, que reveste 
o rebordo residual, não participa da 
transmissão de forças. 
 Prótese parcial removível 
dentomucossuportada: são 
caracterizadas pela ausência de dente 
pilar na extremidade posterior do arco 
dentário (extremidade livre) e podem ser 
uni ou bilaterais. Durante a mastigação, 
as forças mastigatórias incidem sobre os 
dentes artificiais da prótese e se 
decompõem em dois vetores. Dessa 
forma, uma parte das forças é 
transmitida pelo apoio oclusal e a outra, 
através da sela à fibromucosa que 
reveste o rebordo residual. No entanto, 
em razão das características do dente e 
da fibromucosa que reveste o osso 
alveolar, ambos os vetores irão se 
comportar de forma diferente durante a 
absorção dos esforços mastigatórios. 
Esse comportamento gera um 
movimento de rotação da prótese, 
provocando movimentos laterais 
(horizontais) e uma descompensação 
biomecânica, que, consequentemente, 
pode ocasionar mobilidade ao dente 
pilar. O vetor F1 que incide sobre o 
dente pilar é transmitido ao ligamento 
periodontal, gerando forças de tração ao 
osso alveolar (estímulo positivo). No 
entanto, na área edêntula, o vetor F2, 
que incide sobre a fibromucosa que 
reveste o rebordo alveolar, tem uma 
parte absorvida pela fibromucosa e outra 
transmitida ao osso alveolar, sob a forma 
de compressão. Essa ação compressiva, 
quando não controlada, pode acelerar o 
processo de reabsorção fisiológica do 
rebordo residual. Em caso de prótese 
dentomucossuportada, o seu correto 
planejamento permite a obtenção de 
uma biomecânica adequada e, 
consequentemente, a estabilização da 
prótese pela distribuição de forças 
oclusais. Sabe-se que, quanto maior for 
a reabsorção óssea do espaço protético, 
a resiliência da fibromucosa e a extensão 
da área desdentada, maiores serão os 
movimentos e a instabilidade da prótese. 
Assim, a correta extensão do limite da 
área chapeável e a obtenção de uma 
moldagem funcional adequada são 
imprescindíveis para o sucesso de uma 
prótese dentomucossuportada. 
 
Classificação das próteses parciais removíveis 
A classificação de Kennedy é feita de acordo 
com os aspectos anatomotopográficos e divide 
os arcos parcialmente desdentados em quatro 
Classes básicas elementares. 
 
Classe I – área desdentada bilateral posterior, 
tipo extremidade livre; 
Classe II – área desdentada unilateral posterior, 
tipo extremidade livre; 
Classe III – área desdentada posterior, com 
presença de dentes pilares anterior e 
posteriormente ao espaço protético; 
Classe IV – área desdentada anterior em espaço 
intercalado, cruzando a linha média. 
 
Applegate19 definiu oito regras para as 
classificações de Kennedy, objetivando auxiliar 
os casos mais complexos. É importante salientar 
que essas regras devem ser aplicadas somente 
após adequação do meio bucal. 
Regras de Applegate para as classificações de 
Kennedy 
1. A classificação deve ser realizada após 
exodontias que alterem a classificação 
original do arco. 
2. O terceiro molar ausente não deve ser 
considerado na classificação. 
3. O terceiro molar só deverá ser 
considerado na classificação se 
planejado como suporte para a PPR. 
4. Quando o segundo molar estiver 
presente, mas não for considerado no 
planejamento, ele também não deve ser 
considerado na classificação. 
5. Os espaços desdentados mais 
posteriores regem a classificação. 
6. Os espaços protéticos, além daquele que 
determina a classificação, são 
considerados áreas de modificações e 
devem ser descritos em algarismos 
arábicos (p.ex.: modificação 1, 2, 3 etc.). 
7. As modificações independem de sua 
extensão e são caracterizadas pelo 
número de espaços protéticos no arco 
além daquele que determinou a 
classificação. 
8. A Classe IV não aceita modificações. 
Em caso de arco com presença de espaço 
protético anterior e outra áreadesdentada posterior ao espaço, a área 
desdentada mais posterior é a que 
determina a classificação. Dessa forma, 
um paciente desdentado bilateral 
posterior que tem um espaço intercalado 
anterior é denominado Classe I 
modificação 1 (Figura 15A). Quando, 
além da extremidade livre bilateral, há 
dois espaços intercalados, caracteriza-se 
como Classe I modificação 2 
 
Delineamento de arcos parcialmente 
desdentados 
A trajetória de inserção é a direção que a prótese 
deve seguir desde o momento em que suas partes 
metálicas iniciam o primeiro contato com os 
dentes pilares até o seu assentamento final. A 
trajetória de remoção é a direção que a prótese 
deve seguir desde sua posição de assentamento 
final, ou seja, até que seus componentes 
metálicos não mais estejam em contato com os 
dentes pilares. 
O delineador ou paralelômetro é um aparelho 
essencial para o diagnóstico e o planejamento 
das PPR. 
O uso dos delineadores no planejamento da PPR 
apresenta diferentes funções, dentre as quais 
podem ser citadas a determinação do paralelismo 
entre faces axiais dos dentes pilares, a 
localização de áreas retentivas para colocação 
das pontas ativas dos grampos de retenção, a 
verificação de áreas de interferências ósseas, 
mucosas e/ou dentais, a análise da estética e a 
orientação dos preparos dos dentes pilares por 
meio de recontornos prévios nos modelos de 
estudo. 
Partes constituintes: 
 O delineador convencional utilizado 
atualmente é constituído por: (I) 
delineador propriamente dito, (II) 
platina ou mesa reclinável e (III) 
acessórios. 
Análise de planos guia 
Planos guia são superfícies paralelas entre si, 
localizadas nas faces axiais de dentes pilares 
íntegros, restaurados ou com coroas protéticas. 
A obtenção desse paralelismo é indispensável 
para guiar ou orientar a colocação e a retirada da 
prótese pelo paciente. Realiza-se a avaliação 
desse paralelismo em delineador, utilizando-se a 
faca com corte na extremidade como acessório. 
Para isso, o modelo de estudo é inicialmente 
fixado na mesa porta-modelos da platina, por 
meio de ajuste do parafuso das garras, e, com a 
junta universal solta, o conjunto modelo/mesa é 
posicionado de modo que o plano oclusal do arco 
dental fique paralelo à base horizontal do 
delineador, travando, a seguir, o parafuso da 
junta universal da platina. Posteriormente, a faca 
é fixada no mandril da haste vertical móvel, e sua 
superfície lateral mais longa é levada ao 
encontro das superfícies proximais de todos os 
dentes pilares vizinhos aos espaços protéticos. 
Ressalta-se que a superfície lateral da faca deve 
tocar apenas a região dos terços médio e 
oclusal/incisal das superfícies proximais, visto 
que o terço cervical é sempre aliviado com o 
objetivo de evitar injúrias aos tecidos gengivais. 
Durante essa análise, o ideal seria que todas as 
superfícies apresentassem a mesma inclinação e, 
portanto, paralelismo entre elas. Entretanto, em 
função da anatomia e da inclinação dos dentes 
pilares, obter esse paralelismo nem sempre é 
possível (Figura 6). Dessa forma, quando a 
situação ideal de paralelismo entre todas as 
superfícies proximais voltadas para os espaços 
protéticos não for encontrada, o parafuso da 
junta universal da platina deverá ser solto, e 
movimentos no sentido anterior e/ou posterior 
deverão ser realizados visando a obter esse 
paralelismo. Vale destacar que a decisão do 
movimento no sentido anterior ou posterior deve 
ser tomada com o intuito de obter a melhor 
condição de paralelismo entre as superfícies. 
Assim, observa-se que, apesar da possibilidade 
de movimentação nos sentidos anterior ou 
posterior, existem casos, como o do modelo de 
estudo ilustrado na Figura 7, em que o 
paralelismo não é obtido para todas as 
superfícies proximais dos dentes pilares, 
havendo a necessidade de realização de 
desgastes. Como mencionado anteriormente, 
esses desgastes devem ser limitados estritamente 
ao esmalte dentário. Por isso, é essencial que o 
profissional use o bom senso durante a 
movimentação da platina no sentido 
anteroposterior, planejando, criteriosamente, as 
superfícies que serão desgastadas. É preferível 
uma situação em que menores desgastes sejam 
planejados em um número maior de dentes, em 
vez de um cenário em que haja a necessidade de 
um desgaste profundo em apenas um único 
elemento dental, com alto risco de exposição 
dentinária. 
 
 Análise de áreas retentivas equivalentes: 
O disco calibrador de 0,25 mm (Figura 
3H), o qual é o recomendável em razão 
do fato de a retenção fornecida por ele 
ser compatível com os limites de 
tolerância biológica dos dentes contra a 
força horizontal, exercida pela ponta 
ativa do grampo de retenção, durante a 
colocação e a remoção da prótese e, 
ainda, por ser compatível com o limite 
de flexibilidade da liga de cobalto-
cromo, usualmente utilizado para a 
fundição da estrutura metálica. Todo 
grampo de retenção planejado deve ter 
sua ponta ativa localizada em área 
retentiva, caracterizada pela formação 
de um triângulo entre a extremidade do 
disco calibrador, a haste vertical do 
disco e a superfície do dente. A primeira 
é aquela em que se verifica o toque 
apenas da extremidade do disco 
calibrador na superfície do dente, com 
ausência de toque de sua haste vertical 
(Figura 9A). Nessa situação, no local em 
que a análise está sendo realizada, não 
há área retentiva satisfatória, ou seja, a 
superfície do dente encontra-se com 
retenção insuficiente ou expulsiva. Caso 
a PPR seja planejada nessas condições, 
o grampo de retenção fornecerá retenção 
menor do que a necessária para que a 
prótese não se desloque no sentido 
cérvico-oclusal. Por outro lado, a 
segunda situação ocorre quando se 
observa apenas o toque da haste vertical 
do disco na superfície dentária, com 
ausência de toque da sua extremidade 
(Figura 9B). Nessa circunstância, a área 
retentiva existente é maior do que 0,25 
mm, ou seja, essa região do dente 
encontra-se excessivamente retentiva. 
Assim, caso o grampo de retenção seja 
planejado nessas condições, haverá 
interferência durante a sua inserção, 
gerando uma flexão excessiva que 
produzirá forças horizontais deletérias 
aos dentes pilares, além de possível 
deformação permanente do grampo. 
Portanto, ambas as situações descritas 
são insatisfatórias, sendo necessário 
analisar outras regiões da superfície 
dentária com o objetivo de localizar a 
retenção ideal. 
A análise de áreas retentivas equivalentes deve 
ser realizada em todas as superfícies de todos os 
dentes que receberão grampos de retenção,2,3 
planejados antecipadamente no modelo de 
estudo. Para verificar a presença dessas áreas, 
com o modelo de estudo na posição determinada 
pela análise dos planos guia, deve-se fixar o 
disco calibrador de 0,25 mm no mandril da haste 
vertical móvel do delineador e, em seguida, 
posicionar o disco e sua haste vertical de modo a 
tocarem simultaneamente a superfície 
mesiovestibular e/ou distovestibular do dente, 
buscando a formação do mencionado triângulo 
A estética deve ser preservada apenas se não 
prejudicar a função → a estética deve ser 
esquadrinhada durante a análise em delineador 
para a determinação do eixo de inserção e 
remoção da prótese, podendo ser executadas 
mudanças de planejamento que a favoreçam, 
sem, contudo, prejudicar sua função. 
 
Equador anatômico e equador protético 
Todos os dentes apresentam uma linha na região 
de maior convexidade, dividindo a coroa dental 
em duas partes, uma superior e outra inferior. 
Quando um dente é analisado isoladamente, em 
posição vertical, e uma linha é traçada sobre o 
maior diâmetro, determina-se o equador 
anatômico desse dente. Assim, o equador 
anatômico divide o dente em duas áreas: uma 
superior, chamada de expulsiva ou ocluso-
equatorial, e outra inferior, denominada retentivaou cérvico-equatorial. 
No planejamento de uma PPR, ao determinar sua 
trajetória de inserção e remoção, todos os dentes 
são contemplados ao mesmo tempo e são 
demarcadas as linhas equatoriais que delimitam 
áreas retentivas e expulsivas, denominadas 
equadores protéticos. 
Além disso, é pouco provável que todos os 
dentes pilares se apresentem com seus longos 
eixos paralelos entre si, sendo muito comum 
encontrar diferentes inclinações em relação ao 
eixo de inserção e remoção da prótese. 
Dessa forma, o equador protético dos dentes 
depende, além do seu posicionamento na arcada, 
do eixo de inserção e remoção que está sendo 
determinado. 
Portanto, é essencial que o equador protético seja 
sempre demarcado após a determinação do eixo 
de inserção e remoção da prótese, para que seja 
visualizada a necessidade de alívios, correções 
por meio de desgastes, restaurações, coroas ou, 
ainda, de um novo eixo de inserção e remoção. 
 
 
 
Registro do eixo de inserção e remoção da 
prótese 
 Fatores determinantes: estética, análise 
de planos guia, analise de áreas 
retentivas equivalentes, áreas de 
interferência e equador anatômico e 
protético. 
De acordo com a literatura, há três métodos para 
realizar esse registro: por traços feitos no 
modelo. 
 
Apoios e Nichos 
Os apoios são os primeiros a serem planejados, 
tendo em vista seu papel no suporte vertical da 
PPR e na transmissão de forças aos dentes 
remanescentes. Apoio é definido como “uma 
extensão rígida de uma PPR que entra em 
contato com a superfície oclusal, incisal, de 
cíngulo ou lingual de um dente ou restauração, 
cuja superfície é comumente preparada para 
recebê-lo. 
Nicho é definido como “a superfície preparada 
em um dente ou restauração desenvolvida para 
receber o apoio oclusal, incisal, de cíngulo ou 
lingual 
 
Importância e funções dos apoios: Por serem 
elementos rígidos, sua função básica é 
proporcionar suporte vertical à prótese no 
sentido ocluso-cervical, transmitindo e 
direcionando as forças mastigatórias aos dentes 
pilares e, consequentemente, ao periodonto de 
sustentação, por meio do seu contato com os 
nichos preparados na superfície funcional desses 
pilares 
Os apoios também têm a finalidade de impedir 
que a prótese se desloque no sentido ocluso-
cervical e comprima os tecidos moles e duros 
(mucosa, gengiva e osso de suporte). Além 
disso, promovem proteção da papila gengival 
contra o impacto direto do bolo alimentar, 
evitam a extrusão de dentes que não tenham 
antagonista, restauram o plano oclusal em dentes 
que se encontram com alterações (infraoclusão 
ou mesializados, por exemplo, quando há perda 
de contato com o dente antagonista), mantêm os 
grampos de retenção em posição adequada em 
relação às áreas retentivas e podem atuar como 
retentores indiretos 
Para que possam desempenhar adequadamente 
suas funções, os apoios devem apresentar 
características específicas (forma, espessura, 
extensão, angulação, entre outras) em locais 
corretos nos dentes pilares, além de contar com 
nichos adequados para alojá-los. 
Os nichos têm como funções básicas alojar o 
apoio, orientar o direcionamento da força 
mastigatória e proporcionar suporte vertical e 
estabilização para a prótese. A ausência do 
preparo de nichos para alojar os apoios poderá 
causar sérios prejuízos à biomecânica das PPR, 
comprometendo negativamente os tecidos de 
suporte. 
Em dentes posteriores, a ausência do preparo de 
nichos resultará na colocação dos apoios sobre a 
face oclusal dos dentes pilares, ocasionando 
contato prematuro ou interferência oclusal com 
o dente antagonista. Esse contato poderá resultar 
em traumatismo, reabsorção óssea, mobilidade 
e/ou fratura dos dentes envolvidos. 
 
 Nos dentes anteriores, a ausência do preparo de 
nicho resulta em transmissão de forças em plano 
inclinado (face lingual ou palatina), as quais se 
decompõem em vetores, originando forças 
laterais sobre os dentes pilares, causando trauma 
oclusal e mobilidade do dente. 
 
 Durante a incidência da força mastigatória (F) 
sobre o apoio colocado em superfície não 
preparada (plano inclinado), este desliza sobre a 
superfície lingual do dente e, com isso, ocorre a 
formação de um vetor de força para a direção 
anterior (sentido línguo-vestibular), que pode 
gerar a deformação permanente do grampo de 
retenção (que é flexível), com consequente 
movimentação do dente pilar para a direção 
vestibular. Simultaneamente, em razão da perda 
de suporte vertical da prótese, pode acontecer 
compressão dos tecidos moles pelo conector 
menor, com trauma e instalação de um processo 
inflamatório nos tecidos periodontais de 
proteção. 
 
Classificação dos apoios 
De acordo com sua localização (superfície 
oclusal de dentes posteriores, cíngulo e incisais 
de dentes anteriores) 
Superfície oclusal dos dentes posteriores | nicho 
oclusal: Forma triangular, Vértice voltado para o 
centro da face oclusal, Base para proximal do 
dente pilar, Bordas arredondadas, Paredes 
circundantes ligeiramente expulsivas, base do 
triangulo: 1/2 distância entre pontas de cúspide 
(2,5 mm) 
Dimensões - Sentido Mésio-Distal: 
Monorradiculares: pelo menos metade da raiz; 
Mais que uma raiz: pelo menos uma delas 
Dimensões - Sentido ocluso-gengival: Pelo 
menos 1,5mm de desgaste em região de crista 
marginal - Adequado espaço para o apoio; ter 
volume de metal adequado, > resistência; Parede 
pulpar ao longo eixo do dente; Ângulos 
arredondandos. 
Cíngulo de dentes anteriores: Por desgaste ou 
Por acréscimo de RC 
POR DESGASTE: Indicados para: caninos 
superiores e inferiores e incisivos superiores que 
possuem cíngulos proeminentes. Em forma de 
“V” ligeiramente arredondado – ápice do “V” 
direcionado para incisal; Preparado na superfície 
lingual na junção dos terços gengival e médio. 
Broca tronco-cônica/cone invertida (n° 1032, 
1033, 1034). Parede lingual sem interferir com o 
eixo de inserção e remoção; Parede cervical 
perpendicular ao longo eixo do dente. 
POR ACRÉSCIMO DE RESINA COMPOSTA: 
Incisivos inferiores ou dentes com cíngulos 
discretos. Isolamento absoluto > Profilaxia > 
Condicionamento ácido > Primer e Adesivo > 
Confecção do nicho em resina > Acabamento e 
Polimento (para facilitar higienização pelo 
paciente e prevenir retenção de placa). 
Nicho interdental: grampo geminado (2 grampos 
circunferenciais unidos pelo apoio). As paredes 
proximais são ligeiramente expulsivas; A caixa 
oclusal é feita com a brocas 2130; 
2131,1014,1015, Largura de 2,2 mm; 
Profundidade: deve ser de 1,5 mm, Canaleta de 
saída 
Em relação à superfície de colocação (sobre o 
esmalte dentário, restaurações diretas de 
amálgama ou resina composta e restaurações 
indiretas, como onlays ou coroas totais) 
Conforme a transmissão dos esforços (espaço 
intercalado ou extremidade livre)

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