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 www.soeducador.com.br 
 BIBLIOTECONOMIA E GESTÃO DE 
BIBLIOTECAS ESCOLARES E INSTITUCIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 BIBLIOTECONOMIA E GESTÃO DE 
BIBLIOTECAS ESCOLARES E INSTITUCIONAL 
 
SUMÁRIO 
 
Conceitos ........................................................................................................... 3 
Informação ......................................................................................................... 3 
Suportes de informação ..................................................................................... 3 
Documento ......................................................................................................... 7 
Órgãos de documentação .................................................................................. 9 
Arquivo ............................................................................................................... 9 
Museu .............................................................................................................. 10 
Centro de documentação ou informação ......................................................... 11 
Biblioteca ......................................................................................................... 12 
Tipos de biblioteca ........................................................................................... 13 
Atividade de uma biblioteca ............................................................................. 14 
A biblioteconomia no brasil .............................................................................. 17 
Exercício da profissão de bibliotecário no brasil .............................................. 18 
Técnico em biblioteca ...................................................................................... 22 
Compreender a importância da formação éticoprofissional do bibliotecário .... 23 
Ética ................................................................................................................. 24 
Formação ético profissional do bibliotecário .................................................... 25 
Código de ética profissional do bibliotecário .................................................... 30 
Referências ...................................................................................................... 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 BIBLIOTECONOMIA E GESTÃO DE 
BIBLIOTECAS ESCOLARES E INSTITUCIONAL 
 
CONCEITOS 
 
Informação 
 
A informação é um conhecimento inscrito (gravado) sob a forma 
escrita (impressa ou numérica), oral ou audiovisual. A informação comporta 
um elemento de sentido. É um significado transmitido a um ser consciente 
por meio de uma mensagem inscrita em um suporte espacial / temporal: 
impresso, sinal elétrico, onda sonora, etc.(LE COADIC, 1996). 
 
 
Fonte: Le Coadic (1996) 
 
Essa inscrição é feita graças a um sistema de signos (a linguagem), 
signo este que é um elemento da linguagem que associa um significante a 
um significado: signo alfabético, palavra, sinal de pontuação. O objetivo da 
informação permanece sendo a apreensão de sentidos ou seres em sua 
significação, ou seja, continua sendo o conhecimento; e o meio é a 
transmissão do suporte, da estrutura (LE COADIC, 1996). E agora, vamos 
verificar o que é suporte? 
 
Suportes de Informação 
 
O suporte pode ser entendido como toda e qualquer mídia que 
armazene informação ao longo dos tempos. Monte e Lopes (2004, p. 22) 
definem suporte da informação como ―o produto utilizado para o 
armazenamento das informações, podendo conter dados, histórias, 
documentos, imagens, filmes, sons símbolos entre outros‖ partir da 
 
 
 
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 BIBLIOTECONOMIA E GESTÃO DE 
BIBLIOTECAS ESCOLARES E INSTITUCIONAL 
 
popularização da informática este termo ficou conhecido como mídias ou 
dispositivos de armazenamento. Um dos primeiros suportes utilizados para 
registrar a expressão gráfica humana, remonta à pré-história e utilizava a 
pedra como mídia. São exemplos clássicos desse período, os painéis de 
arte rupestre, executados nas paredes das cavernas onde o homem 
primitivo desenhava o seu cotidiano (MONTE; LOPES, 2004, p. 23). A arte 
rupestre iconizava normalmente rituais primitivos para boa colheita, 
condições ambientais, guerras, cotidiano, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pintura rupestre 
 
Você percebeu, assim como vimos antes, que a pedra foi o mais 
primitivo suporte utilizado para armazenamento de informações, porém, 
com o advento da escrita sistemática, outros materiais foram sendo 
testados, utilizados e substituídos, evoluindo em direção à eficiência do 
registro e da comunicação. As formas mais importantes de suportes 
utilizados antes do aparecimento do papel foram o papiro e o pergaminho. 
O Papiro era um suporte orgânico de origem vegetal, feito a partir de 
tiras de uma planta da família das ciperáceas (cyperus papyrus). Segundo 
Donato (1951), atingia até três metros de altura, haste nua, formada por 
uma série de películas concêntricas, umas sobre as outras. O papiro foi 
bastante difundido como suporte de informações, sendo encontrado há 
mais de 3500 anos, nas margens do Rio Nilo, Egito. Martins (2002) afirma 
que o papiro foi o mais célebre de todos os produtos vegetais empregados 
 
 
 
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na escrita na antiguidade. Embora não se conheça o momento exato em 
que se transformou em material de escrita, tudo indica que se trate de 
época extraordinariamente longínqua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Papiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pergaminho 
 
O pergaminho tornou-se o principal suporte da escrita na Idade Média. 
Segundo Luccas e Seripierri (1995), sua preparação era semelhante ao 
 
 
 
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curtimento do couro. Depois de lavada, a pele era depilada, estendida num 
retângulo de madeira e amaciada com pedra-pomes, até a obtenção de uma 
superfície lisa e clara. O Pergaminho, segundo Martins (2002, p. 68) viabilizou o 
aparecimento das cores ―nome dado aos manuscritos cujas folhas eram 
reunidas entre si pelo dorso, e recobertas de uma capa semelhante à das 
encadernações modernas‖ pergaminho foi largamente utilizado até a descoberta 
e difusão do papel, uma invenção dos chineses. 
O papel foi inventado por ’sai-Lun, Diretor das Oficinas Imperiais, na 
província de Hunan, ao norte da China, por volta do ano 105 d.C. (LUCCAS; 
SERIPIERRI, 1995) e revolucionou o mundo da escrita, rapidamente, tornando-
se o suporte mais utilizado para guarda e armazenamento de informações no 
mundo moderno. Mas dá para perceber que os recursos que existiam no 
passado ainda eram limitados para viabilizar a disseminação da informação e 
ficava restrito a poucos. O surgimento das tecnologias da informação e 
comunicação (TICs) provocou uma grande revolução nos registros de 
informação e do conhecimento. Com o aparecimento da internet e com os novos 
processos de gestão, guarda, preservação e disseminação de informações, 
novos estoques foram desenvolvendo-se e pressionando a indústria de 
Tecnologia da Informação (TI) a produzir suportes mais eficientes para o 
armazenamento de registros em meio digital. 
No decorrer de uma década, romperam-se seguidamente, diversos limites 
de armazenamento, vencendo com facilidade a barreira do gigabytes de 
capacidade,por unidade de memória. Com o advento da informática, da internet 
e com a expansão geométrica do volume de usuários e pontos de presença na 
web, novos produtos de informação foram gerados e, consequentemente, novos 
suportes para o armazenamento destas informações foram desenvolvidos. O 
disquete, fita magnética, disco rígido, CD, DVD, Blue-Ray, HD Externo, Pen 
Drive, são exemplos recentes do esforço tecnológico realizado para o 
armazenamento da informação digital gerada. Será que cada um de vocês já 
utilizou alguns destes suportes digitais para armazenar informação? 
 
 
 
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 Documento 
 
Documento pode ser definido como o registro de uma informação, 
independente da natureza do suporte que a contém (PAES, 2004). Outra 
designação para documento ― o suporte material do saber e da memória da 
humanidade‖. 
 
Características do Documento: 
 
CARACTERÍSTICAS 
DO DOCUMENTO 
EXEMPLOS WEB 
TEXTUAL E NÃO 
TEXTUAL 
TEXTUAL: LIVROS; EBOOKS; PERIÓDICOS; 
FICHAS TEXTOS DE LEI;ETC 
Existem vários e-books 
disponíveis na web para 
consulta. Conheça a iniciativa do 
Google books! 
http://books.google.com.br/ NÃO TEXTUAIS: IMAGENS; MAPAS; 
PLAANTAAS ; CARTAZES; DISCOS FITAS 
MAGNÉTICAS; ETC 
QUANTO A FORMA 
DE PRODUÇÃO 
BRUTOS: MINERIAS; PLANTAS;OSSOS; 
FOSSEIS; E METEORITOS 
 
MANUFATURADOS: ARTESANAL, 
INDUSTRIAL, INTELECTUAL E UTILITÁRIO 
QUANTO A 
MODALIDADE DE 
UTILIZAÇÃO 
Diretamente pelo homem 
Existem vários equipamentos de 
informática disponíveis hoje no 
mercado! Você possui algum? 
Pesquise no Google! 
www.google.com.br 
Equipamentos especiais 
Equipamentos de informática 
QUANTO A 
PERIODICIDADE 
Apenas uma vez: livros, suas edições, tomos, 
volumes, exemplares, tiragens. 
Periódicos são aquelas obras 
que possuem periodicidade na 
sua publicação. Como exemplo 
podemos citar o Diário de 
Pernambuco que tem a 
Periódicos: regularidade, revistas, jornais –
possuem volumes, números, fascículos. 
 
 
 
 
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Coleções: periodicidade irregular. 
periodicidade diária em sua 
publicação. Será que vocês 
leem algum periódico? Qual a 
periodicidade dele? Diária, 
Quinzenal, Mensal, Semestral? 
QUANTO A FORMA 
DE PUBLICAÇÃO 
Publicados: editoras e livrarias 
oc s sabiam que as obras 
impressas anteriormente ao ano 
de 1 sã o chamadas de 
incunábulos? Acessem e saibam 
mais! http://pt.wikipedia.org/wiki/ 
Incunábulo 
Não publicado: difusão restrita iteratura subterr 
nea não convencional cinzenta iteratura 
cinzenta pode ser definida como tudo que é 
produzido em todos os níveis do governo 
institutos academias empresas e industria em 
formato impresso e eletr nico mas que não é 
controlado por editores científicos ou 
comerciais 
Manuscritos 
QUANTO AO GRAU 
DE ELABORAÇÃO 
Primários: originais Vocês sabiam que a Biblioteca 
Nacional é a fiel depositária de 
todas as publicações a nível 
nacional, através do seu 
catálogo nacional? E a 
Biblioteca está respaldada pela 
lei do depósito legal? Mas o que 
é depósito legal? Acessem o site 
e saibam mais!!! 
http://www.bn.br/ 
portal/?nu_pagina=22 
Secundários: se referem aos primários.Ex.: 
bibliografia, catálogos, boletins de resumo 
Terciários: elaborados a partir de documentos 
primários e/ou secundários. 
QUANTO A ORIGEM 
Fonte: pública / privada; anônima / conhecida; 
individual / coletiva secreta / divulgada. 
Vocês sabiam que o Governo 
Federal disponibiliza obras que 
se encontram em domínio 
público? Mas o que é domínio 
público? Acessem o link e 
confiram! 
http://www.dominiopublico.gov. 
br/ 
Autor: pessoal, coletivo, entidade. Documento 
de domínio público Propriedade literária 
QUANTO AO TIPO 
DE DOCUMENTO 
Nível formal: monografias, publicações 
periódicas, patentes, normas, documentos 
não-textuais e não convencionais. 
Vocês sabiam que existe a 
Biblioteca Digital de Teses e 
Dissertações (BDTD) que reúne 
toda a produção intelectual 
nacional produzida pelos cursos 
de pós-graduação (mestrado e 
doutorado)? Vamos visitar? 
http://bdtd.ibict.br/ 
Nível intelectual: essenciais e marginais – 
dependendo da biblioteca e objetivos desta. 
 
 
RESUMINDO 
Informação = Conteúdo 
Documento = Suporte em que se encontra a informação 
 
 
 
 
 
 
 
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 ÓRGÃOS DE DOCUMENTAÇÃO 
 
 Com o aumento da produção de documentos, tornou-se necessária a 
criação de instituições para organizá-los e torná-los disponíveis para as 
pessoas/usuários da informação. Essas instituições são também chamadas 
Órgãos de Documentação. 
 
Arquivo 
 
Há dúvidas quanto à origem do termo arquivo. Alguns afirmam ter surgido 
na antiga Grécia, com a denominação arché, atribuída ao palácio dos 
magistrados. Daí evoluiu para archeion, local de guarda e depósito dos 
documentos. As definições antigas acentuavam o aspecto legal dos arquivos, 
como depósitos de documentos e papéis de qualquer espécie, tendo sempre 
relação com os direitos das instituições ou indivíduos. 
 
 
 
“Arquivo é o conjunto de documentos oficialmente produzidos e recebidos 
por um governo, organização ou firma, no decorrer de suas atividades, 
arquivados e conservados por si e seus sucessores para efeitos futuros” 
(SOUZA, 1950). 
Pode ser também definido como a acumulação ordenada dos 
documentos, em sua maioria textuais, criados por uma instituição ou pessoa, no 
curso de sua atividade, e preservados para a consecução de seus objetivos, 
visando à utilidade que poderão oferecer no futuro. 
Desse conceito deduzimos três características básicas que distinguem os 
arquivos: 
1. Exclusividade de criação e recepção por uma repartição, firma ou 
instituição. Não se considera arquivo uma coleção de manuscritos históricos, 
reunidos por uma pessoa. 
 
 
 
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2. Origem no curso de suas atividades. Os documentos devem servir de 
prova de transações realizadas. 
3. Caráter orgânico que liga o documento aos outros do mesmo conjunto. 
Um documento, destacado de seu conjunto, do todo a que pertence, significa 
muito menos do que quando em conjunto. 
 
O termo arquivo pode também ser usado para designar: 
• conjunto de documentos; 
• móvel para guarda de documentos; 
• local onde o acervo documental deverá ser conservado; 
• órgão governamental ou institucional cujo objetivo seja o de 
guardar e conservar a documentação; 
• títulos de periódicos — geralmente no plural, devido à influência 
inglesa e francesa. 
 
Museu 
 
O termo museu vem do latim museum que por sua vez se origina do grego 
mouseion, denominação, na antiga Grécia, do templo ou santuário das musas. 
Segundo a mitologia grega havia nove musas que presidiam as chamadas artes 
liberais: história, música, comédia, tragédia, dança, elegia, poesia lírica, 
astronomia, a poesia épica e a eloquência. O termo estava mais ligado ao clima 
ou à atmosfera do local do que às suas características físicas. 
É uma instituição de interesse público, cujo objetivo é a informação e o 
entretenimento. Os documentos do museu são peças e objetos de valor cultural, 
tendo os mais variados tipos e dimensões. Por serem objetos, são 
caracterizados como tridimensionais. 
Vamos fazer um tour por alguns museus virtuais? Mas o que é um museu 
virtual? Museu virtual pode ser definido como um museu no ambiente web, na 
internet. Você pode ver todas as exposições, peças, o acervo em geral, 
diretamente on-line,sem precisar sair de casa! Vamos fazer uma visita virtual e 
conhecer alguns museus? 
 
 
 
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Centro de Documentação ou Informação 
Instituição que agrupa qualquer tipo de documento, exigindo 
especialização para aproveitá-los com eficiência. Os documentos de um centro 
de documentação são, em sua maioria, reproduções (audiovisuais) ou 
referências virtuais (bases de dados). 
O Centro de Documentação representa uma mescla das entidades 
anteriormente caracterizadas, sem se identificar com nenhuma delas. Reúne, 
por compra, doação ou permuta, documentos únicos ou múltiplos de origens 
diversas (sob a forma de originais ou cópias) e/ou referências sobre uma área 
específica da atividade humana. 
 Esses documentos e referências podem ser tipificados como de arquivo, 
biblioteca e/ou museu e, têm como características: 
• possuir documentos arquivísticos, bibliográficos e/ou 
museológicos, constituindo conjuntos orgânicos (fundos de arquivo)ou reunidos 
artificialmente, sob a forma de coleções, em torno de seu conteúdo; 
• ser um órgão colecionador e/ou referenciador; 
• ter acervo constituído por documentos únicos ou múltiplos, 
produzidos por diversas fontes geradoras; 
• possuir como finalidade o oferecimento da informação cultural, 
científica ou social especializada; realizar o processamento técnico de seu 
acervo, segundo a natureza do material que custodia. 
Os Centros de Documentação extrapolam o universo documental das 
Bibliotecas, embora possam conter material bibliográfico (que será sempre e 
unicamente aquele relacionado à temática na qual o Centro é especializado), e 
aproximam-se do perfil dos arquivos, na medida em que recolhem originais ou 
reproduções de conjuntos arquivísticos. 
A acumulação desse acervo possibilita aos Centros cumprirem suas 
funções de preservação documental e apoio à pesquisa, no mais amplo sentido: 
não só colocando à disposição do pesquisador referências para a localização 
das fontes de seu interesse, mas também se tornando um polo de atração da 
 
 
 
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produção documental de pessoas e entidades que atuam ou atuaram no seu 
campo de especialização. 
 São, portanto, competências gerais de um Centro de Documentação: 
• reunir, custodiar e preservar documentos de valor permanente e 
referências documentais úteis ao ensino e à pesquisa em sua área de 
especialização; 
• estabelecer uma política de preservação de seu acervo; 
• disponibilizar seu acervo e as referências coletadas aos usuários 
definidos como seu público; 
• divulgar seu acervo, suas referências e seus serviços ao público 
especializado; 
• promover intercâmbio com entidades afins. 
 
 Biblioteca 
 
A origem exata das bibliotecas, assim como a da linguagem e a da escrita, 
é desconhecida. Entretanto, podemos considerar que, diferentemente da 
linguagem e da escrita, as bibliotecas apareceram na era histórica, ou seja, 
quando tem início a preservação de registros escritos: conhecimentos. É 
necessário, contudo, esclarecer que as expressões culturais vão além da escrita 
e se expressam em diversos produtos e artefatos, mas, no contexto de 
bibliotecas, a linguagem escrita tornou-se a forma mais comum para registrar 
conhecimentos. 
A palavra biblioteca vem do grego bibliothéke, através do latim bibliotheca. 
A primeira significa livro, apontando, como a raiz latinaliber,para a entrecasca de 
certos vegetais com a qual se fabricava o papel na Antiguidade. Théke, por sua 
vez, é qualquer estrutura que forma um invólucro protetor: cofre, estojo, caixa, 
estante, edifício. 
Aurélio (2007) consigna as seguintes definições: 1. Coleção pública ou 
privada de livros e documentos congêneres, organizados para estudo, leitura e 
consulta; 2. Edifício ou recinto onde se instala essa coleção; 3. Estante ou outro 
móvel onde se guardam e/ou ordenam livros; 4. Processamento de Dados. 
 
 
 
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Coleção ordenada de modelos ou de rotinas ou sub-rotinas por meio da qual se 
pode resolver os problemas e suas partes. 
A palavra — acrescente-se ao novo dicionário da língua portuguesa — 
também é usada em sentido institucional, designando órgãos da administração 
pública ou privada e como título de coleções bibliográficas e mesmo de obras 
individuais e coletivas. 
 Pode ser conceituada como o espaço onde os documentos são 
conservados para fins culturais, sendo obtidos por compra, doação ou permuta 
de diversas fontes. O bibliotecário avalia o material a ser adquirido por sua 
instituição como peças isoladas. Os documentos são unidos pelo seu conteúdo, 
e caracterizados, em sua maior parte, como impressos. A biblioteca é órgão 
colecionador, e o seu público é formado pelo pesquisador, estudantes e o 
cidadão comum, possuindo, portanto, um maior número de consulentes, com os 
mais 
Tipos de Biblioteca 
 Segundo a finalidade, as bibliotecas se dividem em: 
a) Nacionais - tem como principal finalidade a preservação da 
memória 
nacional, isto é, da produção bibliográfica e documental de uma nação. 
b) Públicas - surgiram com a missão de atender as necessidades de 
estudo consulta e recreação de determinada comunidade 
independentemente de classe social cor, religião ou profissão. Seus objetivos 
principais são: - estimular nas comunidades o hábito de leitura; - preservar o 
acervo cultural. 
c) Universitárias - a finalidade desse tipo de biblioteca é atender as 
necessidades de estudo, consulta e pesquisa de professores e alunos 
universitários. 
d) Especializadas - são aquelas dedicadas a reunião e organização 
de conhecimentos sobre um só tema ou de grupos temáticos em um campo 
específico do conhecimento humano. 
e) Escolares - são destinadas a fornecer material bibliográfico 
necessário 
 
 
 
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às atividades de professores e alunos de uma escola. 
f) Infantis - devem estar mais voltadas para a recreação e devem 
proporcionar outras atividades como: escolinhas de arte, exposições, 
dramatizações, etc. Necessitam de um acervo bem selecionado para seus 
usuários. 
g) Especiais - são aquelas que se destinam a atender a um tipo 
especial de leitor e, por isso, detêm um acervo especial, como, por exemplo, as 
bibliotecas para deficientes visuais, presidiários e pacientes de hospitais. 
h) Biblioteca ambulante ou Carro-biblioteca ou Bibliobus - são 
bibliotecas volantes, que objetivam a extensão dos serviços bibliotecários às 
áreas suburbanas e rurais, quando estes são deficientes ou inexistentes. São 
serviços de extensão de bibliotecas já existentes, como bibliotecas públicas ou 
universitárias. 
i) Popular ou comunitária - é um tipo de biblioteca criada e mantida 
pela comunidade. Tem os mesmos objetivos da biblioteca pública, mas não se 
vincula ao poder público. É mantida por órgãos, como associações de 
moradores, sindicatos e grupos estudantis. 
j) Biblioteca Digital – é um tipo de biblioteca muito difundida 
atualmente devido as novas tecnologias de informação e comunicação e com a 
internet que reúne coleções digitais disponibilizada via web. Nela cria-se, 
compartilha-se e disseminam-se novos conhecimentos. 
Vimos os tipos de bibliotecas existentes, mas quais atividades são 
realizadas em uma biblioteca? Isso dependerá do tipo, porém, iremos elencar 
algumas atividades desenvolvidas. 
 
Atividade de uma Biblioteca 
 
A bibliotecaou outra unidade de informação, aqui entendida como uma 
unidade que trata de informação, desde a organização até sua difusão, 
pressupõe atividades bem características por trabalhar a informação. Isso faz 
com que esse tipo de instituição ou serviço ofereça serviços e produtos 
particularizados. 
 
 
 
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 A biblioteca como uma organização pressupõe três grandes funções: 
1. Função gerencial – administração e organização. Esta é 
desenvolvida pelo profissional bibliotecário, devidamente registrado em 
Conselho de Classe. 
2. Função organizadora - seleção, aquisição, catalogação, 
classificação, indexação. Coordenada pelo profissional bibliotecário com o apoio 
do Técnico em Biblioteconomia. 
3. Função divulgação - referência, empréstimo, orientação, 
reprografia, serviços de disseminação, extensão. Coordenada pelo profissional 
bibliotecário com o apoio do Técnico em Biblioteconomia. 
 
A função gerencial pressupõe gestão e políticas para a 
biblioteca/unidade de informação para buscar o seu melhor desempenho. Visto 
dessa maneira, toda biblioteca deve ter uma gestão e políticas específicas nos 
seguintes aspectos: organização de serviços, pessoal, equipamento, recursos 
financeiros, serviços aos usuários, produção, interação com os usuários e com 
a instituição a que está subordinada, intercâmbio com outros organismos e 
outras unidades de informação. 
A função organizadora aglutina atividades muito especializadas do 
profissional de informação: selecionar materiais para aquisição, catalogar, 
classificar e indexar aqueles materiais. 
Seleção e aquisição - a seleção é uma atividade intelectual importante 
que deve ser realizada com o responsável pelo tema tratado, com a participação 
dos usuários. Tanto a seleção quanto a aquisição faz parte de uma política de 
gestão da unidade e, por isso, estarão condicionadas a elementos da política 
organizacional como: natureza dos serviços prestados, orçamento, objetivos da 
unidade. 
Catalogação - pode ser entendida como o trabalho de descrever a 
estrutura física dos objetos ou documentos que fazem parte de um acervo ou 
coleção. Este trabalho pode se desdobrar na elaboração de catálogos impressos 
ou online e ainda na chamada catalogação na fonte, que consiste na inserção 
 
 
 
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BIBLIOTECAS ESCOLARES E INSTITUCIONAL 
 
da descrição física do documento, no próprio documento. Os catálogos, por sua 
vez, se apresentam sob a forma de listas onde são registrados e descritos, 
fisicamente, os documentos conservados em uma Biblioteca ou Unidade de 
Informação. Geralmente, são organizados alfabeticamente e apresentados em 
uma ordem específica: por autor, assunto, local ou título. 
 Classificação ou ato de classificar pode ser entendido como um 
processo mental, por meio do qual se dá a reunião de objetos em classes ou 
grupos que apresentam, entre si, certos traços de semelhança ou, ainda, de 
diferença. 
 Na Biblioteconomia, a classificação e a tarefa de descrever o conteúdo 
de um documento de onde é extraído o assunto principal e, eventualmente, um 
ou dois assuntos secundários, os quais são traduzidos para o termo mais 
apropriado da linguagem documental adotada na unidade de informação. 
 Indexação - é uma das principais atividades desenvolvidas numa 
Biblioteca ou Unidade de Informação. Consiste na descrição dos conteúdos dos 
documentos e possui como principal objetivo a recuperação da informação 
desejada pelo usuário. 
 A função divulgação é uma atividade fundamenta nas unidades 
de informação e, por isso, deve ser sua principal preocupação. Ela consiste em 
comunicar ao usuário as informações que ele necessita e, dependendo do 
procedimento, antecipar-se a pesquisa do usuário, como, também, propor-lhe as 
possibilidades de acesso a estas informações/ documentos. 
 A Biblioteca é um organismo vivo a serviço da comunidade; nela, 
obtemos respostas às nossas mais diversas indagações. O lugar de destaque 
que ela ocupa no mundo atual decorre da importância que a informação tem para 
cada sociedade. Assim, a biblioteca participa do aprimoramento intelectual, 
humanístico, técnico e científico de todos os segmentos sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
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A BIBLIOTECONOMIA NO BRASIL 
 
Você já parou para pensar o que é Biblioteconomia? Ou já percebeu que 
quando falamos essas palavras, as pessoas estranham e perguntam logo, o que 
é isso? 
 A Biblioteconomia, como área do conhecimento, passou a existir, no 
Brasil, a partir de 1911, quando Manuel Cícero Peregrino da Silva, então Diretor 
da Biblioteca Nacional, conseguiu oficializar a criação do primeiro Curso de 
Biblioteconomia do Brasil, primeiro também da América do Sul e 3º no mundo. 
Esse curso começou a funcionar somente em 1915, na própria Biblioteca 
Nacional e continuou durante anos até chegar ao atual da Universidade Federal 
do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). 
 A partir da década de 1930, graças especialmente aos esforços de 
Rubens Borba de Moraes, a biblioteconomia começou a progredir em passos 
mais largos, com a criação da primeira Escola de Biblioteconomia, que funcionou 
inicialmente junto ao Departamento de Cultura da Cidade de São Paulo e depois 
na Escola de Sociologia e Política da mesma cidade. Essa Escola, dirigida por 
Rubens Borba de Moraes, tinha uma orientação estritamente americana, e abriu 
as portas para os alunos recém-saídos do Curso Secundário, o 2º grau de hoje. 
A seguir vamos visualizar os primeiros cursos/escolas de Biblioteconomia que 
se desenvolveram no Brasil. 
 
ANO CURSO/ESCOLA LOCAL 
1915 Curso de Biblioteconomia – Biblioteca Nacional Rio de Janeiro 
1929 Curso de Biblioteconomia - Mackenzie São Paulo 
1936 Curso de Biblioteconomia – Departamento de 
Cultura 
São Paulo 
1942 Escola de Biblioteconomia e Documentação UFBA 
1945 Faculdade de Biblioteconomia PUCCAMP 
1947 Escola de Biblioteconomia e Documentação UFRS 
1950 Curso de Biblioteconomia e Documentação UFPR 
1950 Escola de Biblioteconomia UFMG 
 
 
 
 
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Em 1965, já existia no Brasil 14 Escolas e Cursos de Biblioteconomia. A 
profissão já tinha sido regulamentada em 1962, graças aos esforços de 
bibliotecárias, como Laura Garcia Moreno Russo, que, com persistência e 
coragem, vinham trabalhando em prol da regulamentação da profissão, há vários 
anos. 
 Na década de 1970, a Biblioteconomia tomou novo impulso com a criação 
de seis Cursos de Mestrado, o surgimento de revistas especializadas e a 
expansão de oportunidades de emprego, principalmente junto aos órgãos 
federais, bibliotecas especializadas e universitárias. Os Cursos de Doutorado 
começaram a surgir durante a década de 1980. Atualmente a classe bibliotecária 
já se encontra consolidada a nível nacional, em processo de reconhecimento 
cada vez maior pela sociedade e com os seus órgãos de classe: Conselhos e 
Associações, implantados e organizados e com uma participação cada vez maior 
nas ações relacionadas com o MERCOSUL. 
Agora estamos sabendo um pouco da história da Biblioteconomia no 
Brasil as, quando a profissão do Bibliotecário e do técnico foram 
regulamentadas? Vamos conhecer? 
 
Exercício da Profissão de Bibliotecário no Brasil 
 
Segundo o Conselho Federal de Biblioteconomia, na década de 1950, 
algumas bibliotecárias brasileiras, lideradas pela dinâmica figura de Laura Garcia 
MorenoRusso, de São Paulo, iniciaram os esforços para ver a biblioteconomia 
oficialmente reconhecida junto aos poderes públicos e junto à sociedade 
brasileira. 
A primeira vitória veio em 1958, com a Portaria nº 162 do Ministério do 
Trabalho e Previdência Social (MTPS), através da qual a profissão de 
bibliotecário foi regulamentada no Serviço Público Federal, tendo sido incluída 
no 19º Grupo das profissões liberais. Mas até o momento, não havia uma lei que 
regulamentasse a profissão de bibliotecário. 
Foi quando em 1962 veio a coroação de todos esses esforços, com a 
aprovação da Lei nº 4.084, que regula, até hoje, o exercício da profissão de 
 
 
 
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bibliotecário no Brasil e estabelece as prerrogativas dos portadores de diploma 
em biblioteconomia no país. 
Sabemos que a leitura de legislações, às vezes, torna-se cansativa, mas 
salientamos a importância de você verificar cada artigo e conhecer detalhes 
sobre o exercício do profissional bibliotecário. 
Nesta lei, foram definidas as atribuições dos Bacharéis em 
Biblioteconomia e, consequentemente, Bibliotecários. Mas o que é ser Bacharel 
em Biblioteconomia? 
Bacharel é um grau acadêmico que corresponde ao grau obtido após a 
conclusão de um curso do ensino superior, Faculdade ou Universidade. Mas 
onde podemos encontrar, aqui no Brasil, cursos que formem bacharéis em 
Biblioteconomia? 
Vamos conhecer? 
Cursos de Biblioteconomia no Brasil 
Faculdades/Universidades Quantidade 
Universidades Federais e Estaduais 26 
Faculdades Particulares 13 
Total 39 
 
Os Cursos de Biblioteconomia estão distribuídos por Universidades 
e Faculdades Federais, Estaduais e Particulares. No total, temos 39 cursos 
de Biblioteconomia no Brasil e, a maior concentração deles, está em 
Universidades Federais e Estaduais. No quadro, logo abaixo, vocês podem 
visualizar a distribuição dos cursos, de acordo com as regiões brasileiras 
e, é na Região Sudeste, que existem mais cursos de Biblioteconomia. 
 
Cursos de Biblioteconomia Existentes por Região 
Regiões 
Quantidade de Cursos 
Total 
Federais/Estaduais Particulares 
Norte 2 0 2 
Nordeste 8 0 8 
Centro-Oeste 3 2 5 
Sudeste 7 10 17 
Sul 6 1 7 
Total 26 13 39 
 
 
 
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 Já sabemos que, a partir de 1962, foi desenvolvida e regulamentada a 
profissão do bibliotecário e quais as instituições que possuem o curso de 
Biblioteconomia no Brasil. Mas quais as atividades do bibliotecário? 
 
O Decreto No 56.725, de 16 de agosto de 1965, dispõe sobre o exercício 
dessa profissão. 
 São atribuições do bibliotecário: a organização, direção e execução dos 
serviços técnicos de repartições públicas federais, estaduais, municipais e 
autárquicas, bem como de empresas particulares, concernentes as matérias e 
atividades seguintes: 
I. O ensino das disciplinas específicas de Biblioteconomia; 
II. A fiscalização de estabelecimentos de ensino de Biblioteconomia 
reconhecidos, equiparados ou em via de equiparação; 
III. Administração e direção de bibliotecas; 
IV. Organização e direção dos serviços de documentação; 
Execução dos serviços de classificação e catalogação de manuscritos e 
de livros raros ou preciosos, de mapotecas, de publicações oficiais e seriadas, 
de bibliografia e referência. 
 
São atividades do Bibliotecário: 
 
• demonstrações práticas e teóricas da técnica biblioteconômica, em 
estabelecimentos federais, estaduais ou municipais; 
• padronização dos serviços técnicos de Biblioteconomia; 
• inspeção, sob o ponto de vista de incentivar e orientar os trabalhos 
de recenseamento, estatística e cadastro de bibliotecas; 
• publicidade sobre material bibliográfico e atividades da biblioteca; 
• planejamento de difusão cultural, na parte que se refere a serviços 
de biblioteca; 
 
 
 
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• organização de congressos, seminários, concursos e exposições 
nacionais e estrangeiras, relativas a Biblioteconomia e a Documentação ou 
representação oficial em tais certames. 
 
 
SIMBOLO DA BIBLIOTECONOMIA 
 
Vejamos o significado dos símbolos da Biblioteconomia, segundo consta 
no site do Conselho Federal de Biblioteconomia. 
 
O Anel de Grau do Bibliotecário 
 
O anel deve ser feito em ouro, com a pedra preciosa ametista, de cor 
violeta, que é uma variedade de quartzo encontrada no Brasil, Uruguai, Sibéria 
e no Ceilão. Em sua lateral, deve haver a lâmpada de Aladdin e o livro aberto, 
ambos em platina. 
 
Simbolismo: 
 
• Ametista: Clássica pedra da amizade, reforça a memória, preserva 
de alucinação e defende contra a embriaguez. 
• Lâmpada de Aladdin: Desde os tempos antigos simboliza a perene 
vigília, a atividade intelectual e o trabalho árduo de pesquisa e das investigações 
litero-científicas. 
 
 
 
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• Livro aberto: Significa o oferecimento indiscriminado da educação 
e da cultura. 
 
Falamos sobre a carreira e as atividades do profissional bibliotecário e, 
agora, eu pergunto para vocês: quais são as atividades do Técnico em 
Biblioteconomia? 
Quais são as suas atribuições? Vamos conhecer? 
 
 Técnico em Biblioteca 
 
De acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), tanto o 
Bibliotecário quanto o Técnico em Biblioteconomia se enquadram na categoria 
Profissionais da Informação, descrevendo as atividades/diretrizes deste 
profissional conforme estrutura a seguir: 
 
O Profissional da Informação deve: 
 
• Disponibilizar informação em qualquer suporte; 
• Gerenciar unidades como bibliotecas, centros de documentação, 
centros de informação e correlatos, além de redes e sistemas de 
informação; 
• Tratar tecnicamente e desenvolver recursos informacionais; 
• Disseminar informação com o objetivo de facilitar o acesso e 
geração do conhecimento; 
• Desenvolver estudos e pesquisas; 
• Realizar difusão cultural; 
• Desenvolver ações educativas; 
• Prestar serviços de assessoria e consultoria. 
 
Segundo a CBO, o Bibliotecário pode ser chamado também de: 
 
Bibliotecário Bibliógrafo Consultor de informação Gerente de informação 
Biblioteconomista Cientista de informação Especialista de informação Gestor de informação 
 
 
 
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Títulos do Bibliotecário 
Fonte: www.mtecbo.gov.br/ 
Especificamente, o Técnico em Biblioteconomia deve atuar nas seguintes 
atividades e serviços: 
• Tratamento, recuperação e disseminação da informação; 
• Executar atividades especializadas e administrativas relacionadas 
à rotina de unidades ou centros de documentação ou informação quer no 
atendimento ao usuário, quer na administração do acervo, ou na manutenção de 
bancos de dados; 
• Participar da gestão administrativa, elaboração e realização de 
projetos de extensão cultural; 
• Colaborar no controle e na conservação de equipamentos; 
 Participar de treinamentos e programas de atualização. 
 
Já que conhecemos um pouco a respeito dos profissionais da informação, 
especificamente, bibliotecários e técnicos em biblioteconomia, bem como suas 
atividades desenvolvidas, convidamos vocês a saberem, também, sobre a 
formação ética de tais profissionais e os órgãos responsáveis pela 
regulamentação da profissão.COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO 
ÉTICOPROFISSIONAL DO BIBLIOTECÁRIO 
 
Iremos compreender a importância da formação ético-profissional do 
bibliotecário, as associações de classe e sindicatos. 
 
 
 
 
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Será que vender ou comprar trabalhos acadêmicos é ético? O profissional 
da informação, como o bibliotecário ou o técnico em biblioteconomia, 
geralmente, é requisitado para realizar a venda de trabalhos de conclusão de 
curso (TCC) para alunos que estão finalizando a graduação, e não têm tempo 
ou não querem fazer o TCC. 
 Quanto a ―copiar e colar‖ da internet, livros ou outras fontes, o trabalho 
da escola, do curso profissionalizante, da graduação ou pós-graduação sem citar 
a autoria do texto, por exemplo? Será que é correto? Pensemos sobre isso... 
 Diante de tais situações, nosso propósito é abordar sobre ética, nessa 
nova competência e analisarmos se as práticas citadas, bem como outras 
corriqueiras na área, são atitudes éticas. 
 
Ética 
 
A ética, também chamada de filosofia moral, é a parte da filosofia que 
reflete sobre os princípios da vida moral, isto é, dos valores em sociedade. É a 
reflexão crítica sobre a moralidade e busca a consistência dos valores morais 
(MARTINS, 1994). Mas o que é ética e moral? 
A ética está diretamente relacionada aos fundamentos e princípios da vida 
moral e a moral estabelece as regras do que é considerado boa conduta em uma 
cultura e em um tempo histórico (MARTINS, 1994). Mas o que seria, então, ética 
profissional, ou seja, ética, no exercício de uma determinada profissão? 
A ética profissional pode ser definida pelo conjunto de regras morais, que 
devem ser respeitadas no exercício de uma profissão e, a adesão a este 
―código‖ de ética normalmente é feita na formatura sobre a forma de juramento 
(MARTINS, 1994). 
 
 
 ― Ao prestar o juramento, o profissional está não só tomando 
conhecimento das regras morais da profissão como a está abraçando-a 
livremente. ‖ (MARTINS, 1994) 
 
 
 
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Os chamados códigos de ética, constituem não apenas um conjunto de 
orientações para a atuação dos profissionais, mas também uma espécie de 
garantia à sociedade de que as atividades por eles desenvolvidas representam 
mais do que os interesses pessoais de seus membros e significam uma efetiva 
contribuição à coletividade (VERGUEIRO, 1994). 
 
 Formação Ético Profissional do Bibliotecário 
 
Vergueiro (1994) discute sobre a formação ética do bibliotecário e discute 
um postulado ético que deve ser levado em consideração quando se trata de 
ética profissional que é o da neutralidade. Mas o que é neutralidade? Como o 
Bibliotecário deve ser neutro? 
 O Bibliotecário em suas atividades profissionais, não deve se posicionar 
em relação às informações disseminadas e acessíveis no que diz respeito ao 
ponto de vista político, religioso ou moral. Neste sentido, o Bibliotecário deve ser 
neutro em todas as informações que são solicitadas e fornecidas para seus 
usuários, sem questionamentos, em relação ao que o usuário fará com as 
informações recebidas (VERGUEIRO, 1994). 
 O Bibliotecário também não deve permitir que suas crenças ou opiniões, 
de acordo com o conteúdo dos documentos, possam interferir em seu trabalho 
de seleção e disseminação das informações (VERGUEIRO, 1994). 
 Como foi apresentado, um postulado muito importante no Código de Ética 
do Bibliotecário é o da neutralidade. Imagine-se como usuário em uma biblioteca 
ou outro órgão de documentação e, o bibliotecário ou técnico em biblioteconomia 
que lhe atender, ficar atrapalhando sua pesquisa, inclusive, porque fica 
expressando a opinião dele a respeito do assunto que você está pesquisando? 
 Outra situação que podemos abordar é: você está precisando muito fazer 
uma pesquisa sobre o assunto sustentabilidade. Com isso, vai a uma biblioteca 
e o profissional que lhe atende não faz muito esforço para lhe ajudar - mesmo a 
biblioteca tendo material sobre o assunto – deixando-lhe, portanto, sem a 
informação desejada. Você gostaria de passar por isso? 
 
 
 
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 Acrescentamos mais situações práticas retomando as questões 
apresentadas no início da competência (venda/compra de e o famoso ―copiar 
e colar‖) O que você acha? 
 E o plágio? Sabe o que é? Em palavras mais simples é o famoso 
―copiar e colar‖ que citamos. É bem mais fácil copiar um trabalho da internet, 
não é? É muito mais prático e perde-se menos tempo, concorda? Vejamos... 
Existe uma diferença muito grande entre o profissional da nossa área 
vender o trabalho completo (que já vimos que é crime) e fazer normalização de 
trabalhos acadêmicos, conforme as normas da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas. São duas práticas totalmente diferentes e, ao longo do curso, você 
poderá diferenciar melhor as duas situações. 
 Após apresentarmos questões teóricas sobre ética e situações práticas 
que podem envolver ações antiéticas, acrescentamos que o comportamento 
ético profissional do bibliotecário é regulado ou fiscalizado por órgãos de classe. 
Vamos conhecer agora essas instituições em Biblioteconomia e qual a 
responsabilidade de cada uma? 
 
Órgãos de Classe 
 
Os órgãos de classe tem um papel muito importante na sociedade no que 
diz respeito aos processos de fiscalização, conscientização, divulgação e 
cidadania, zelando pela ética e defesa dos profissionais. Na área da 
Biblioteconomia, possuímos cinco diferentes órgãos que possuem missões e 
ações divergentes, com objetivos comuns para a área. São eles: 
 
Órgãos de Classe em Biblioteconomia 
Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB) 
Conselhos Regionais de Biblioteconomia (CRB) 
Sindicato de Bibliotecários 
Federação Brasileira de Associação de Bibliotecários (FEBAB) 
Associação de Bibliotecários 
 
 
 
 
 
 
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Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB) 
 
O Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB)3, com sede e foro no 
Distrito Federal jurisdição em território nacional, nos termos da Lei nº. 
4.084/1962, do Decreto nº 56.725/1965 que a regulamenta e a Lei nº 9.674/1998. 
O CFB é uma Autarquia Federal dotada de personalidade jurídica de direito 
público, com autonomia administrativa, patrimonial e financeira. 
 O CFB e constituído por quatorze membros efetivos e três suplentes, 
designados pelo título de Conselheiros Federais, todos brasileiros natos e 
naturalizados, bacharéis em Biblioteconomia, com mandato trienal, eleitos nos 
termos legais e na forma prevista no Regimento Interno. 
 Sua missão é orientar, supervisionar e disciplinar o exercício da profissão 
de Bibliotecário em todo o território nacional, bem como contribuir para o 
desenvolvimento biblioteconômico no país. 
 Para cumprir sua missão exercerá ações administrativo-executiva, 
normativa, regulamentar, consultiva, supervisora, disciplinar e contenciosa, 
como instância originária ou recursal. 
 
Conselho Regional de Biblioteconomia (CRB) 
 
Os CRB são autarquias federais dotadas de personalidade jurídica de 
direito público, autonomia administrativa e financeira, cujas siglas, jurisdição e 
sedes são designadas em Resoluções específicas do CFB. 
 Os Diretores, Chefes ou Coordenadores de Cursos de Instituições de 
Ensino Superior de Biblioteconomia e os Presidentes de Associações de Classe 
são membrosnatos dos CRB, de acordo com o disposto no Art. 21 da Lei nº 
4.048/1962. 
 Sua missão é fiscalizar o exercício da profissão, impedindo e punindo as 
infrações à legislação vigente. 
 Os Conselhos Regionais estão subdivididos em algumas regiões do país. 
 
 
 
 
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Sindicato de Bibliotecários 
 
A missão e a estrutura dos sindicatos de bibliotecários podem variar, 
entretanto, como exemplo, destacamos as características do Sindicato dos 
Bibliotecários do Rio de Janeiro. 
• Defender os direitos dos bibliotecários, estimulando a sua 
organização; 
• Participar das negociações coletivas de trabalho, garantindo o 
cumprimento dos acordos coletivos; 
• Lutar pelo fortalecimento da categoria e pela consciência da classe; 
• Colaborar com o poder público e o setor privado na solução dos 
problemas da categoria. 
 
 Federação Brasileira de Associação de Bibliotecários (FEBAB) 
 
A FEBAB, fundada em 26 de julho 1959, é uma sociedade civil, sem fins 
lucrativos, com sede e foro na cidade de São Paulo, com prazo de duração 
indeterminado. 
 É constituída por entidades-membro - associações e sindicatos de 
bibliotecários e cientistas da informação, instituições filiadas e pelos órgãos: 
deliberativos - Assembleia Geral e Conselho Diretor; executivo – Diretoria 
Executiva; de fiscalização – Conselho Fiscal; de assessoria – Comissões 
Brasileiras e Assessorias Especiais. 
Desde seu nascimento, a FEBAB tem como principal missão defender e 
incentivar o desenvolvimento da profissão. Tem como objetivos: 
• congregar as entidades para tornarem-se membros e instituições 
filiadas; 
• coordenar e desenvolver atividades que promovam as bibliotecas 
e seus profissionais; 
• apoiar as atividades de seus filiados e dos profissionais 
associados; 
 
 
 
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• atuar como centro de documentação, memória e informação das 
atividades de biblioteconomia, ciência da informação e áreas correlatas 
brasileiras; interagir com as instituições internacionais da área de informação; 
• desenvolver e apoiar projetos na área, visando o aprimoramento 
das bibliotecas e dos profissionais; 
• contribuir para a criação e desenvolvimento dos trabalhos das 
comissões e grupos de áreas especializadas de biblioteconomia e ciência da 
informação. 
 
Associações de Bibliotecários 
 A Associação de Bibliotecários corresponde a uma sociedade civil sem 
fins lucrativos, de âmbito nacional, que congrega entidades e pessoas físicas, 
atuantes na área da Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação. 
A missão e a estrutura das associações dos profissionais bibliotecários podem 
variar, entretanto, como exemplo, destacamos as características da Associação 
Catarinense de 
Bibliotecários: 
• Congregar bibliotecários, instituições e pessoas interessadas em 
biblioteconomia e áreas afins; 
• Defender os interesses e apoiar as reivindicações da classe dos 
bibliotecários; 
• Promover o aprimoramento cultural e aperfeiçoamento técnico dos 
associados; 
• Servir a comunidade, estimulando e auxiliando a instalação de 
bibliotecas; 
• Viabilizar a realização de cursos de formação e aperfeiçoamento 
de servidores de biblioteca; 
• Organizar e promover a realização de congressos, seminários, 
palestras e conferências, para o debate de problemas biblioteconômicos, 
visando o progresso da biblioteconomia; 
• Representar os associados perante o Conselho Regional de 
Biblioteconomia; 
 
 
 
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• Filiar-se a organização nacional da classe e manter intercâmbio 
com entidades congêneres do país e do estrangeiro, mantendo sua autonomia, 
sem fusão ou incorporação do patrimônio; 
• Colaborar com os poderes públicos e entidades privadas, nos 
assuntos de interesses da comunidade, ligados direta ou indiretamente a 
Biblioteconomia; 
• Servir como centro de informações das atividades 
biblioteconômicas; 
• Colaborar com as Escolas de Biblioteconomia e áreas afins, com o 
objetivo de aperfeiçoar a educação e o treinamento dos aspirantes e membros 
da classe dos bibliotecários; 
• Promover ou participar de empreendimentos ou atividades que, por 
sua inspiração e natureza, possibilitem à Associação o melhor cumprimento de 
seus objetivos. 
 
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO BIBLIOTECÁRIO 
 
 
 
Fonte: www.centralunicadosdetetives.com.br/codigo.htm 
 
 
 
 
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O Código de Ética Profissional do Bibliotecário foi desenvolvido a partir da 
discussão entre os profissionais e, tem por objetivo fixar normas de conduta para 
as pessoas físicas e jurídicas, que exerçam as atividades profissionais em 
Biblioteconomia, segundo o seu artigo primeiro. 
O código data de 11 de janeiro de 2002 e está disposto em VIII Seções e 
20 Artigos, que tratam desde normas de conduta, deveres e obrigações, 
infrações, desobediências das prescrições, até algumas disposições gerais. 
Segundo Cuartas, Pessoa e Costa (2003), este código representa a quarta 
versão do código original, que data da década de sessenta do século passado. 
Vamos entender melhor como o Código de Ética está estruturado, 
distribuindo suas seções? 
 
SEÇÃO DE QUE TRATA? QUAIS ARTIGOS? 
SEÇÃO I DOS OBJETIVOS Art.1º 
SEÇÃO II DOS DEVERES E 
OBRIGAÇÕES 
Art.2ºao Art.10 
SEÇÃO III DOS DIREITOS Art.11 
SEÇÃO IV DAS PROIBIÇÕES Art.12 
SEÇÃO V DAS INFRAÇÕES 
DISCIPLINARES E 
PENALIDADES 
Art.13 e Art.14 
SEÇÃO VI DA APLICAÇÃO DE 
SANÇÕES 
Art.15 e Art.16 
SEÇÃO VII DOS HONORÁRIOS 
PROFISSIONAIS 
Art.17 e Art.18 
SEÇÃO VIII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art.19 e Art.20 
 
Fonte: www.cfb.org.br/UserFiles/File/Resolucao/Resolucao_042-02.pdf 
 
 
Como visualizado no quadro acima, o Código de Ética está estruturado a 
partir de VIII seções e estas estão organizadas a partir dos artigos propostos. 
Que tal conhecer o que cada seção e artigo abrange? 
 
 
 
 
 
 
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 Seção 01: Dos Objetivos 
 
A seção 1 do código de ética trata especificamente dos objetivos 
propostos no desenvolvimento do código e, no seu artigo primeiro, informa que 
o Código de Ética Profissional tem por objetivo, fixar normas de conduta para as 
pessoas físicas e jurídicas, que exerçam as atividades profissionais em 
Biblioteconomia. 
 
Seção 02: Dos Deveres e Obrigações 
 
Nesta seção, são abordados os deveres e obrigações do profissional 
Bibliotecário, abrangendo a conduta do Bibliotecário, normas que devem ser 
levadas em consideração, em relação aos órgãos de classe e algumas 
exigências, em relação ao profissional, além do exercício de suas atividades. 
 
É dever do Bibliotecário: 
 
a) dignificar, através dos seus atos, a profissão, tendo em vista a 
elevação 
moral, ética e profissional da classe; 
b) observar os ditames da ciência e da técnica, servindo ao poder 
público, à 
iniciativa privada e à sociedade em geral; 
c) respeitar leis e normas estabelecidas para o exercício da profissão; 
d) respeitar as atividades de seus colegas e de outros profissionais; 
e) contribuir, como cidadão e como profissional, para o incessante 
desenvolvimento da sociedade e dos princípios legais que regem o país.Além dos deveres acima apresentados o Código de Ética exige que o 
profissional de Biblioteconomia cumpra: 
 
 
 
 
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a) preservar o cunho liberal e humanista de sua profissão, 
fundamentado na liberdade da investigação científica e na dignidade da pessoa 
humana; 
b) exercer a profissão aplicando todo zelo, capacidade e honestidade 
no seu exercício; 
c) cooperar intelectual e materialmente para o progresso da profissão, 
mediante o intercâmbio de informações com associações de classe, escolas e 
órgãos de divulgação técnica e científica; 
d) guardar sigilo no desempenho de suas atividades, quando o 
assunto assim exigir; 
e) realizar de maneira digna a publicidade de sua instituição ou 
atividade profissional, evitando toda e qualquer manifestação que possa 
comprometer o conceito de sua profissão ou de colega; 
f) considerar que o comportamento profissional irá repercutir nos 
juízos que se fizerem sobre a classe; 
g) conhecer a legislação que rege o exercício profissional da 
Biblioteconomia, assim como as suas alterações, quando ocorrerem, cumprindo-
a corretamente e colaborando para o seu aperfeiçoamento; 
h) combater o exercício ilegal da profissão; 
i) citar seu número de registro no respectivo Conselho Regional, após 
sua assinatura em documentos referentes ao exercício profissional; 
j) estimular a utilização de técnicas modernas objetivando o controle 
da qualidade e a excelência da prestação de serviços ao usuário; 
k) prestar serviços assumindo responsabilidades pelas informações 
fornecidas, de acordo com os preceitos do Código Civil e do Código do 
Consumidor vigentes. 
 
O Código apresenta algumas regras de conduta em relação aos próprios 
colegas de profissão, aos órgãos de classe e principalmente em relação ao 
usuário cliente. 
 
 
 
 
 
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Mas o que é Conduta? 
 
A conduta está diretamente relacionada ao comportamento do indivíduo, 
neste caso, a maneira de se comportar, agir e se relacionar com pessoas e 
cenários nas mais diversificadas situações. Vamos visualizar no quadro abaixo 
como o Profissional Bibliotecário deve se comportar em relação aos seus 
colegas de trabalho, órgãos de classe e usuários/clientes. 
 
 Seção 03: Dos Direitos 
 
Vocês já ouviram falar dos direitos e deveres do cidadão? Na nossa 
Constituição Brasileira, existe um artigo específico que trata dos Direitos e 
Deveres Individuais e Coletivos. Todos nós temos deveres a cumprir, mas 
também temos nossos direitos. Mas então quais são os Direitos dos 
Bibliotecários? Vamos conhecer? 
 
É direito do Profissional Bibliotecário: 
 
a) exercer a profissão, independentemente de questões referentes à 
religião, raça, sexo, cor e idade; 
b) apontar falhas nos regulamentos e normas das instituições em que 
trabalha, quando as julgar indignas do exercício profissional, devendo, neste 
caso, dirigir-se aos órgãos competentes, em particular, ao Conselho Regional; 
c) votar e ser votado para qualquer cargo ou função em órgãos ou 
entidades de classe, nos termos da legislação vigente; 
d) defender e ser defendido pelo órgão de classe, se ofendido em sua 
dignidade profissional; 
e) auferir benefícios da ciência e das técnicas modernas, objetivando 
melhor servir ao seu usuário, à classe e ao país; 
f) usufruir de todos os demais direitos específicos, nos termos da 
legislação que cria e regulamenta a profissão de bibliotecário; 
 
 
 
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g) preservar seu direito ao sigilo profissional, quando portador de 
informações confidenciais; 
h) formular, junto às autoridades competentes, críticas e/ou propostas 
aos serviços públicos ou privados, com o fim de preservar o bom atendimento e 
desempenho profissional. 
 
Seção 04: Das Proibições 
 Assim como em toda legislação, devemos entender nossos direitos e 
deveres, enquanto cidadãos, levando em consideração normas de conduta e 
comportamento. Em nossa sociedade temos noções básicas de que é proibido 
matar e roubar e se por acaso cometermos estes atos, podemos ser punidos. No 
código de ética isto também não é diferente. Podemos observar juntos? 
 
Nesta seção não se permite ao profissional de Biblioteconomia, no 
desempenho de suas funções: 
 
a) praticar, direta ou indiretamente, atos que comprometam a 
dignidade e o renome da profissão; 
b) nomear ou contribuir para que se nomeiem pessoas, sem 
habilitação profissional, para cargos privativos de Bibliotecário, ou indicar nomes 
de pessoas sem registro nos CRB; 
c) expedir, subscrever ou conceder certificados, diplomas ou 
atestados de capacitação profissional a pessoas que não preencham os 
requisitos indispensáveis ao exercício da profissão. 
d) assinar documentos que comprometam a dignidade da Classe; 
e) violar o sigilo profissional; 
f) utilizar a influência política em benefício próprio; 
g) deixar de comunicar aos órgãos competentes, as infrações legais 
e éticas que forem de seu conhecimento; 
h) deturpar, intencionalmente, a interpretação do conteúdo explícito 
ou implícito em documentos, obras doutrinárias, leis, acórdãos e outros 
 
 
 
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instrumentos de apoio técnico do exercício da profissão, com intuito de iludir a 
boa-fé de outrem; 
i) fazer comentários desabonadores sobre a profissão de 
Bibliotecário e de entidades afins à profissão; 
j) permitir a utilização de seu nome e de seu registro a qualquer 
instituição pública ou privada onde não exerça, pessoal ou efetivamente, função 
inerente à profissão; 
k) assinar trabalhos ou quaisquer documentos, executados por 
terceiros ou elaborados por leigos, alheios a sua orientação, supervisão e 
fiscalização; 
l) exercer a profissão, quando impedido, por decisão administrativa 
transitada em julgado; É importante enfatizar que, neste caso, o bibliotecário 
ainda não foi julgado por algum ato cometido. Ele ainda poderá exercer suas 
funções, normalmente, até que definitivamente a sentença final defina sua culpa 
ou absorção. 
m) recusar a prestar contas de bens e numerário, que lhes sejam 
confiados, em razão de cargo, emprego ou função; 
n) deixar de cumprir, sem justificativa, as normas emanadas dos 
Conselhos Federal e Regionais, bem como deixar de atender a suas requisições 
administrativas, intimações ou notificações, no prazo determinado; 
o) utilizar a posição hierárquica para obter vantagens pessoais ou 
cometer atos discriminatórios e abuso de poder; 
p) aceitar qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de 
admissão por sexo, idade, cor, credo, e estado civil. 
 
 Seção 05: Das Infrações Disciplinares e Penalidades 
 
Estamos cientes de que não é permitido infringir o Código de Ética. Neste 
sentido, caso ocorram algumas infrações que o profissional Bibliotecário não 
obedeça, o código prevê penalidades específicas descritas abaixo. 
É importante considerar que as penalidades serão anotadas na carteira 
profissional e no cadastro do CRB, sendo comunicadas ao CFB, demais 
 
 
 
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Conselhos Regionais e ao empregador, assim como compete originalmente aos 
CRB o julgamento das questões. As penalidades são: 
 
a)Advertência reservada; 
b) Censura pública; 
c) Suspensão do registro profissional pelo prazo de até três anos; 
d) Cassação do exercício profissional com apreensão de carteira 
profissional; 
e) Multa de 1 a 50 (cinquenta) vezes o valor atualizado da anuidade. 
 
§ 1º - A pena de multa, de um a cinquenta vezes o valor atualizado da 
anuidade, poderá ser combinada com qualquer das penalidades enumeradas 
nas alíneas ―a‖ a ―d‖ deste artigo podendo ser aplicada em dobro no caso de 
reincidência. 
§ 2º - A falta de pagamento da multa no prazo estipulado determinará a 
suspensão do exercício profissional, sem prejuízo da cobrança por via executiva. 
§ 3º - A suspensão, por falta de pagamento de anuidade, taxas e multas somente 
cessará com o recolhimento da dívida, podendo estender-se por até três anos, 
decorridos os quais, o profissional terá, automaticamente, cancelado o seu 
registro, se não resgatar o débito, sem prejuízo da cobrança executiva. 
§ 4º - A pena de cassação do registro profissional acarretará ao infrator a 
perda do direito de exercer a profissão em todo Território Nacional e, 
consequentemente, a apreensão da carteira de identidade profissional. 
§ 5º - Ao infrator suspenso por débito, será admitida a reabilitação 
profissional, mediante novo registro, satisfeitos, além das anuidades em débito, 
as multas e demais emolumentos e taxas cabíveis. 
 
Seções 6, 7 e 8 
 
A seção 6 deste código trata da aplicação de sanções/punições, 
informando as sanções mais atenuantes que são a falta cometida em defesa de 
 
 
 
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prerrogativa profissional, a ausência de punição anterior e a prestação de 
relevantes serviços à Biblioteconomia. 
 Sobre os honorários dos profissionais Bibliotecários é apresentada na 
seção 7, em que se recomenda que o Bibliotecário deve fixar, previamente, o 
valor dos serviços, de preferência, por contrato escrito, considerados os 
elementos seguintes: 
a) a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade do serviço a 
executar; 
b) o tempo que será consumido para a realização do trabalho; 
c) a possibilidade de ficar impedido da realização de outros serviços; 
d) as vantagens que advirão para o contratante com o serviço 
prestado; 
e) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou 
permanente; 
f) o local em que o serviço será prestado. 
 Finalmente o Código de Ética finaliza-se na seção 8 que trata de 
disposições gerais, informando que, qualquer modificação deste Código, 
somente poderá ser efetuada pelo CFB, nos termos das disposições legais, 
ouvidos os CRB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 CUARTAS, E.; PESSOA, M. L.; COSTA, C. Ética profissional do bibliotecário: 
15 anos depois. [Em anexo: Código de Ética Profissional do Bibliotecário, 
resolução CFB no 42 publicada do D. O. U. de 7 jan. 2002]. Biblos: revista do 
Departamento de Biblioteconomia e História, Rio Grande do Sul, v. 15, p. 
195209, 2003. 
 DONATO, Hernâni. A palavra escrita e sua história. São Paulo: 
Melhoramentos, [1951]. 114p. (O Homem e o universo, nº 12). 
 FONSECA. Edson Nery da. Introdução à Biblioteconomia. 2. ed.Brasília: 
Brinquet de Lemos, 2007. 152p. 
 GUINCHAT, Claire; MENOU, Michel. Introdução geral às ciências e 
técnicas da informação e da documentação. Brasília: MCT: CNPq: 
Ibict,1994. 
 LE COADIC, Yves-François. A Ciência da Informação. Brasília: Brinquet 
de Lemos, 1996. 
 LOPES, Luis Felipe Dias; MONTE, Antônio Carlos. A qualidade dos 
suportes no armazenamento de informações. Florianópolis: 
VisualBooks,2004. 104p. 
 LUCCAS, Lucy; SERIPIERRI, Dione. Conservar para não restaurar: uma 
proposta para preservação de documentos em Bibliotecas. Brasília: 
Thesaurus, 1995. 125 p. 
 MARTINS, M. H. P. A ética em questão. Palavra Chave, São Paulo, 8 out. 
1994. MARTINS, Wilson. A palavra escrita: história do livro, da imprensa e 
da biblioteca . 2 ed. rev. e atual. São Paulo: Ática, 1996. 519 p. 
 OLIVEIRA, Marlene de (Coord.).Ciência da Informação e Biblioteconomia: 
novos conteúdos e espaços de atuação. Belo Horizonte: Editora UFMG, 
2005. 143p. 
PAES, Marilena Leite. Arquivo: teoria e prática. 3. ed. rev. ampl. Rio de 
Janeiro: Ed. 
FGV, 2004. 228p. 
 SOUZA, M. de L. Da C. E. Apostilhas do curso de organização e 
Administração de Arquivos. Rio de Janeiro: Dasp, 1950. 
 TESSITORE, Viviane. Como implantar Centros de Documentação. São 
Paulo: 
 
 
 
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Elsevier, 2009. 184p. 
 
VERGUEIRO, W. C. S. Ética profissional versus ética social: uma 
abordagem sobre 
os mitos da Biblioteconomia. Palavra Chave, São Paulo, 8 out. 1994.

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