Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Representação gráfica de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação Apresentação Para representar graficamente projetos de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação, é necessário observar as normas específicas que orientam quanto à simbologia a ser adotada na indicação dos componentes de cada projeto, como tomadas, por exemplo. Além dos símbolos, projetos como os de instalações elétricas, por exemplo, necessitam de itens específicos, como diagramas unifilar, multifilar, funcional e de ligação. Como produtos finais, os projetos de cada área citada devem conter vistas e perspectivas isométricas. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar sobre normalização e simbologia dos elementos de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação, vai aprender a relacionar os diagramas unifilar, multifilar, funcional e de ligação, e vai entender como construir vistas e isométricos de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer a normalização e a simbologia dos elementos de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação. • Relacionar os diagramas unifilar, multifilar, funcional e de ligação. • Construir vistas e isométricos de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação.• Infográfico Os sistemas de telecomunicações utilizam-se de fios e cabos para cumprirem os seus objetivos funcionais. A fim de organizar, devido à variedade e à quantidade de fios e cabos que compõem um sistema de telecomunicações, existem os sistemas de cabeamento estruturado. Veja o Infográfico e aprenda mais detalhes dos sistemas de cabeamento estruturado. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/8cfc2c8d-aae0-45c9-abd3-ef9b9c17f2db/260a6b07-aa8d-4b4d-be6f-24c0bc2d08fc.jpg Conteúdo do livro Para que um projeto seja compreendido pela equipe de obra e, consequentemente, seja bem executado, este deve ser passível de entendimento. A fim de padronizar a representação gráfica de projetos de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação, existem normas específicas para cada um deles. Tais normas dispõem sobre a simbologia a ser adotada na ilustração dos componentes do sistema. O resultado da correta aplicação da simbologia recomendada consiste em um projeto passível de leitura e compreensão pela equipe de execução. No capítulo Representação gráfica de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação, que faz parte da obra Instalações prediais, você vai conhecer a normalização e os símbolos utilizados em projetos de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação, vai aprender a relacionar os diagramas unifilar, multifilar, funcional e de ligação, e vai entender como construir vistas e isométricos de tais sistemas. INSTALAÇÕES PREDIAIS Fernanda Delmutte de Andrade Representação gráfica de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer a normatização e a simbologia dos elementos de insta- lações elétricas, telecomunicações e automação. Relacionar os diagramas unifilar, multifilar, funcional e de ligação. Construir vistas e isométricos das instalações elétricas, de telecomu- nicações e de automação. Introdução A representação gráfica de projetos de instalações elétricas, de telecomu- nicações e de automação obedece às normas específicas que orientam quanto à simbologia a ser adotada para indicação dos componentes de cada projeto, como tomadas, por exemplo. Além dos símbolos, a elabo- ração de projetos como os de instalações elétricas engloba os diagramas unifilar, multifilar, funcional e de ligação. Já os produtos finais — no caso, o respectivo projeto de cada área citada — resultam em vistas e isométricos. Neste capítulo, você vai estudar a normatização e a simbologia dos elementos de instalações elétricas, telecomunicações e automação. Você também vai relacionar os diagramas unifilar, multifilar, funcional e de ligação e verificar como se constroem vistas e isométricos das instalações elétricas, de telecomunicações e de automação. Normatização e simbologia A simbologia dos projetos elétricos é estabelecida por normas europeias, pois a NBR 5444/1989, que dispunha sobre a simbologia para projetos elétricos prediais no Brasil, foi cancelada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em 2014. Até 2018, a ABNT não apresentou substituição. Conforme dossiê disponibilizado pela ABNT: Atualmente o setor utiliza os símbolos do database das IEC 60417 — Graphical symbols for use on equipment — 12-month subscription to online database comprising all graphical symbols published in IEC 60417 e IEC 60617 — Graphical symbols for diagrams — 12-month subscription to online database comprising parts 2 to 13 of IEC 60617, em português: Símbolos gráficos para uso em equipamentos — Subscrição de 12 meses a banco de dados on-line que inclui todos os símbolos gráficos publicados na IEC 60417 e IEC 60617 — Símbolos gráficos para diagramas — Assinatura de 12 meses para banco de dados on-line incluindo as partes 2 a 13 da IEC 60617. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015, p. 2). Tendo sido a NBR 5444 cancelada sem substituição, a ABNT recomenda normas internacionais que não possuem versão em português. Ainda que cancelada, a simbologia proposta na norma brasileira continua a ser utilizada para o desenvolvimento de projetos de instalações elétricas. A seguir, veremos alguns dos símbolos adotados. Os símbolos propostos na NBR 5444/1989 consistem em figuras geométri- cas simples, sendo tais figuras formadas por quatro elementos básicos: traço, círculo, triângulo equilátero e quadrado. Cada um responde a determinada necessidade de representação (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1989): O traço, que consiste em um segmento de reta, representa os eletrodutos, cujos diâmetros normalizados são, segundo a NBR 5626, convertidos em milímetros (NBR 5444/89). Ao círculo cabe a representação de três funções básicas: [...] o ponto de luz, o interruptor e a indicação de qualquer dispositivo embutido no teto. O ponto de luz deve ter um diâmetro maior que o do interruptor para diferenciá-los. Um elemento qualquer circundado indica que este localiza-se no teto. O ponto de luz na parede (arandela) também é representado pelo círculo. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1989, p. 2). Representação gráfica de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação2 O triângulo equilátero “representa tomadas em geral. Variações acres- centadas a ela indicam mudança de significado e função (tomadas de luz e telefone, por exemplo), bem como modificações em seus níveis na instalação (baixa, média e alta)” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1989, p. 2). O quadrado “representa qualquer tipo de elemento no piso ou conversor de energia (motor elétrico). De forma semelhante ao círculo, envolvendo a figura, significa que o dispositivo se localiza no piso” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1989, p. 2). Para saber mais, leia a NBR 5444/1989 que dispõe sobre símbolos gráficos para insta- lações elétricas prediais. Vimos os elementos gráficos para representação dos componentes de um projeto de instalações elétricas, sendo estes: dutos e distribuição; interruptores, luminárias, refletores e lâmpadas; tomadas. Veremos agora algumas parti- cularidades sobre a representação gráfica de projetos de telecomunicações. A simbologia dos projetos de telecomunicações é normatizada pela NBR 14565/2000 — Procedimento básico para elaboração de projetos de cabea- mento de telecomunicações para rede interna estruturada (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2000).Tais símbolos preveem a representação gráfica dos componentes, de modo que estes possam ser compreendidos pelos demais projetistas e pelos responsáveis pela execução da edificação. A Figura 1 traz a simbologia para identificação de cabeamento segundo a NBR 14565. 3Representação gráfica de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação Figura 1. Identificação de cabeamento segundo a NBR 14565/2000. Fonte: NBR 14565 (2000, p. 5). XX CWY XXP / FIBRAS Quantidade de cabos Cabo primário (P), secundário (S) ou interligação (I) Quantidade de pares/fibras Identificação sequencial do ponto ou par Identificação do pavimento (destino) Identificação de origem (opcional) x YY a XX XXX a XXX A Figura 2 detalha o referido cabeamento, mostrando os locais onde devem ser indicadas informações como pavimento, ponto de telecomunicações, entre outras. Figura 2. Identificação do cabeamento. (Continua) Fonte: NBR 14565 (2000, p. 5–6). Identificação do cabeamento Descrição Representação Ponto de telecomunicações PT XX XX XX XX XX CFo CFoG CFo CFoG CWY BTC XX XXX XXXBCC XX A B C D A B Cabo de telecomunicação externo C D XX XXX SM XXFo SM XXFo MM XXFo MM XXFo CPY XXPx XX XXX a XXXI CPY XXPx XX CSYx XXX a XXX XXX a XXX CL – CL XXP XXX Sequencial do ponto de telecomunicações Identificação dos pavimentos Ponto de telecomunicações Quantidade de cabos Cabo secundário Quantidade de pares Idenfiticação sequencial do ponto Identificação do pavimento Quantidade de cabos Cabo primário Quantidade de pares/fibras Identificação sequencial do par/fibras Comprimento do lance do cabo Identificação do pavimento do prédio atendido pelo cabo Quantidade de cabos Cabo primário Quantidade de pares/fibras Identificação sequencial do par/fibras Comprimento do lance do cabo Identificação do pavimento do prédio atendido pelo cabo Número de fibras Tipo de fibra Cabo de fibra óptica não geleado Número de fibras Tipo de fibra Cabo de fibra óptica não geleado Número de fibras Tipo de fibra Cabo de fibra óptica (geleado) Número de fibras Tipo de fibra Cabo de fibra óptica (geleado) Identificação sequencial do cabo Identificação do pavimento Cabo primário ou secundário Identificação sequencial do cabo Identificação do pavimento atendido pelo cabo Bloco de transação de cabo Identificação sequencial do bloco Identificação do pavimento atendido pelo cabo Bloco de consolidação de cabo Quantidade ideal de pontos de telecomunicações e outros Quantidade de pontos de telecomunicações e outros distribuídos Quantidade ideal de pontos de voz Quantidade de pontos de voz distribuídos Quantidade ideal de pontos de telecomunicações e outros Quantidade de pontos de telecomunicações e outros distribuídos Quantidade ideal de pontos de voz Quantidade de pontos de voz distribuídos Trecho de cabo secundário Trecho de cabo primário Trecho de cabo de interligação Cabo de fibra óptica multimodo para rede interna Cabo de fibra óptica multimodo para rede externa Cabo de fibra óptica monomodo para rede interna Cabo de fibra óptica monomodo para rede externa Identificação nas pontas de cada cabo Bloco de transição de cabo (usado no ptc) Bloco de construção de cabo (usado no pcc) Sumário de contagem nos armários de telecomunicações Sumário de contagem no DGT ou PTR Bloco de interconexão Blocos de conexões cruzados nos armários de telecomunicações Ponto de terminação de rede (PTR) com blocos de conexão cruzada Identificação do cabeamento Descrição Representação Representação gráfica de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação4 Conforme Lima et al. (2011, p. 3): “a simbologia de um projeto de auto- mação residencial deve ser a mais clara e simples possível para que qualquer engenheiro ou executor do projeto em uma obra possam compreendê-la”. A Figura 3, a seguir, apresenta símbolos empregados no projeto de automação a fim de representar seus componentes. Figura 2. Identificação do cabeamento. (Continuação) Fonte: NBR 14565 (2000, p. 5–6). Identificação do cabeamento Descrição Representação Ponto de telecomunicações PT XX XX XX XX XX CFo CFoG CFo CFoG CWY BTC XX XXX XXXBCC XX A B C D A B Cabo de telecomunicação externo C D XX XXX SM XXFo SM XXFo MM XXFo MM XXFo CPY XXPx XX XXX a XXXI CPY XXPx XX CSYx XXX a XXX XXX a XXX CL – CL XXP XXX Sequencial do ponto de telecomunicações Identificação dos pavimentos Ponto de telecomunicações Quantidade de cabos Cabo secundário Quantidade de pares Idenfiticação sequencial do ponto Identificação do pavimento Quantidade de cabos Cabo primário Quantidade de pares/fibras Identificação sequencial do par/fibras Comprimento do lance do cabo Identificação do pavimento do prédio atendido pelo cabo Quantidade de cabos Cabo primário Quantidade de pares/fibras Identificação sequencial do par/fibras Comprimento do lance do cabo Identificação do pavimento do prédio atendido pelo cabo Número de fibras Tipo de fibra Cabo de fibra óptica não geleado Número de fibras Tipo de fibra Cabo de fibra óptica não geleado Número de fibras Tipo de fibra Cabo de fibra óptica (geleado) Número de fibras Tipo de fibra Cabo de fibra óptica (geleado) Identificação sequencial do cabo Identificação do pavimento Cabo primário ou secundário Identificação sequencial do cabo Identificação do pavimento atendido pelo cabo Bloco de transação de cabo Identificação sequencial do bloco Identificação do pavimento atendido pelo cabo Bloco de consolidação de cabo Quantidade ideal de pontos de telecomunicações e outros Quantidade de pontos de telecomunicações e outros distribuídos Quantidade ideal de pontos de voz Quantidade de pontos de voz distribuídos Quantidade ideal de pontos de telecomunicações e outros Quantidade de pontos de telecomunicações e outros distribuídos Quantidade ideal de pontos de voz Quantidade de pontos de voz distribuídos Trecho de cabo secundário Trecho de cabo primário Trecho de cabo de interligação Cabo de fibra óptica multimodo para rede interna Cabo de fibra óptica multimodo para rede externa Cabo de fibra óptica monomodo para rede interna Cabo de fibra óptica monomodo para rede externa Identificação nas pontas de cada cabo Bloco de transição de cabo (usado no ptc) Bloco de construção de cabo (usado no pcc) Sumário de contagem nos armários de telecomunicações Sumário de contagem no DGT ou PTR Bloco de interconexão Blocos de conexões cruzados nos armários de telecomunicações Ponto de terminação de rede (PTR) com blocos de conexão cruzada Identificação do cabeamento Descrição Representação 5Representação gráfica de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação Figura 3. Simbologia empregada em projetos de automação. Fonte: Lima et al. (2011. p. 4). tabela de especificação de periféricos símbolo descrição cortina 24Vx x cortina 127/200V ar-condicionado seção de iluminação não dimerizadax x x seção de iluminação dimerizada aquecedor conexão prevista pela automação conexão prevista pelo projeto elétrico RST RST fase neutro module relay 1/2 module relay 1/2 module relay 1 module relay 1 module dimmer 1 module AV 1 fase neutro RST fase neutro RST fase neutro RST fase neutro RST fase neutro comandado por: qtd. de canais neutro retorno 3 emissor IR neocnet (UTP-CAT5) neutro retorno 2 emissor IR neocnet (UTP-CAT5) neutro retorno emissor IR neocnet (UTP-CAT5) neutro retorno emissor IR neocnet (UTP-CAT5) neutro retorno emissor IR neocnet (UTP-CAT5) neutro retorno emissor IR neocnet (UTP-CAT5) Diagramas unifilar, multifilar, funcional e de ligação Os diagramas são responsáveis por representarem a instalação elétrica uti- lizando símbolos, segundo Watanabe (2010). Existem diversos modelos de diagramas; a seguir veremos os mais utilizados: o unifi lar, o multifi lar, o funcional e o de ligação. A Figura 4 traz um exemplo de diagrama unifilar, o qual indica a ligação de um ponto de luz no teto com uma lâmpada de 100 watts ligada por uminterruptor simples e pertencente ao circuito 2. O referido diagrama, segundo Watanabe (2010, p. 10): [...] Define as principais partes do sistema elétrico permitindo identificar o tipo de instalação, sua dimensão, ligação, o número de condutores, modelo do interruptor, e dimensionamento de eletrodutos, condutores, lâmpadas e tomadas. Esse tipo de diagrama localiza todos os componentes da instalação. Representação gráfica de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação6 Figura 4. Exemplo de diagrama unifilar. Fonte: Adaptada de Watanabe (2010, p. 10). QD 20 mm 1.5 mm² 1.5 mm² 100VA 2 a -2- 2 a� 20 mm� Geralmente, esse tipo de diagrama traz a representação da posição física dos componentes da instalação elétrica. Ele deve indicar, para cada carga (ponto de luz, tomada ou aparelho específico), os seguintes elementos, conforme aponta Watanabe (2010, p. 10): fonte (ponto de suprimento ou quadro de distribuição); circuito a que pertence; pontos de comando (interruptores e chaves associados); condutores associados. Além do diagrama unifilar, existe o diagrama multifilar, que, por sua vez, traz os detalhes de ligações e funcionamento, os condutores e os símbolos que explicam o funcionamento do sistema. A Figura 5 apresenta um exemplo de diagrama multifilar no qual todo o sistema elétrico é representado, com a indicação detalhada de todos os condutores. Esses últimos são representados com traços (WATANABE, 2010). 7Representação gráfica de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação Figura 5. Exemplo de diagrama multifilar. Fonte: Adaptada de Watanabe (2010, p. 11). Ponto de conexão ou ligação Condutor fase Condutor Retorno Condutor Neutro 60W/127W N F As Figuras 6 e 7 a seguir trazem exemplos dos diagramas funcional e de ligação, respectivamente. Ambos têm finalidades didáticas, ou seja, não atuam como desenhos executivos que indicam o posicionamento de tomadas e interruptores, por exemplo. O diagrama funcional representa o sistema de forma clara e acessível, e o diagrama de ligação traz a representação exata da execução do sistema (WATANABE, 2010). Figura 6. Exemplo de diagrama funcional. Fonte: Watanabe (2010, p. 11). R N Representação gráfica de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação8 Figura 7. Exemplo de diagrama de ligação. Fonte: Watanabe (2010, p. 12). T F N Eletrodutos Eletroduto Caixa de passagemQuadros de luz Caixa de passagem Vistas e isométricos das instalações elétricas, de telecomunicações e de automação Os projetos de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação têm como peças gráfi cas plantas, vistas e isométricos. Na Figura 8 podemos observar um exemplo de planta de instalações elétricas de uma residência. Figura 8. Planta de instalações elétricas de uma residência. Fonte: IFPR ([2018]. 9Representação gráfica de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação Na Figura 9 vemos uma planta e sua respectiva perspectiva isométrica. Na planta, identificamos a localização dos componentes da instalação e, no isométrico, é possível verificar as alturas de tais componentes, bem como o caminhamento de tubulações, por exemplo (SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL, 1996). Figura 9. Planta de instalações elétricas seguida de seu respectivo isométrico. Fonte: SENAI (1996, p. 41). 3 3 4 4 SALA 3 100 1 Representação gráfica de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação10 Em relação aos projetos de telecomunicações, na Figura 10 podemos ob- servar um projeto de rede secundária, que mostra “[...] o trecho da rede com- preendido entre o PT instalado na ATR e o dispositivo de conexão instalado no AT do andar” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2000, p. 11). Sendo PT, ATR e AT: ponto de telecomunicações (PT): Dispositivo onde estão terminadas as facilidades de telecomunicações que atendem aos equipamentos de uma ATR. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2000, p. 3). área de trabalho (ATR): Área interna de uma edificação que possui pontos de telecomunicações energia elétrica e onde estão conectados os equipamentos dos usuários. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2000, p. 2). armário de telecomunicações (AT): Espaço destinado à transição entre o caminho primário e o secundário, com conexão cruzada, podendo abrigar equipamento ativo. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNI- CAS, 2000, p. 2). Figura 10. Projeto de rede secundária. Fonte: NBR 14565 (2000, p. 14). 11Representação gráfica de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação Na Figura 11 a seguir podemos observar um projeto de instalações elétricas para automação residencial. Tal projeto objetiva representar os componentes e o funcionamento do sistema de automação, conforme Lima et al. (2011). Figura 11. Sistema de instalações elétricas para automação residencial. Fonte: Lima et al. (2011. p.3). Neste material, você aprendeu sobre a normatização e a simbologia dos elementos de instalações elétricas, telecomunicações e automação, estudou os diagramas unifilar, multifilar, funcional e de ligação e verificou as vistas e os isométricos das instalações elétricas, de telecomunicações e de automação. Esse conhecimento auxiliará no desenvolvimento de projetos de edificações, bem como na contratação de profissionais para a composição de uma equipe. Representação gráfica de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação12 1. Os símbolos propostos na NBR 5444/1989 consistem em figuras geométricas simples, sendo tais figuras quatro elementos básicos: o traço, o círculo, o triângulo equilátero e o quadrado; cada um corresponde a determinada necessidade de representação. Assinale a alternativa que corresponde ao objetivo de representação do círculo. a) Representa os eletrodutos, cujos diâmetros normalizados são, segundo a NBR 5626, convertidos em milímetros. b) “Representa tomadas em geral. Variações acrescentadas a ele indicam mudança de significado e função (tomadas de luz e telefone, por exemplo), bem como modificações em seus níveis na instalação (baixa, média e alta)” (NBR 5444/1989, p. 2). c) “Representa qualquer tipo de elemento no piso ou conversor de energia (motor elétrico)” (NBR 5444/1989). d) Representação de três funções básicas: “o ponto de luz, o interruptor e a indicação de qualquer dispositivo embutido no teto”. e) Representa tomadas e eletrodutos. 2. Uma instalação elétrica se utiliza de certos componentes para o funcionamento do sistema. O projeto elétrico deve trazer os referidos componentes e a disposição destes em plantas, diagramas e perspectivas isométricas. Assinale a alternativa que apresenta componentes de um projeto de instalações elétricas. a) Revestimento cerâmico; interruptores, luminárias, refletores e lâmpadas; tomadas. b) Dutos e distribuição; interruptores, revestimento cerâmico, refletores e lâmpadas; tomadas. c) Dutos e distribuição; interruptores, luminárias, refletores e lâmpadas; tomadas. d) Revestimento cerâmico; interruptores; dutos e distribuição; tomadas. e) Dutos e distribuição; interruptores, refletores e lâmpadas; revestimento cerâmico. 3. Os diagramas são responsáveis por representarem a instalação elétrica utilizando-se dos símbolos (WATANABE, 2010). Existem diversos modelos, sendo os mais utilizados o unifilar, o multifilar, o funcional e o de ligação. Acerca do diagrama unifilar, assinale a alternativa que melhor o descreve. a) Traz os detalhes de ligações e funcionamento, os condutores e os símbolos que explicam o funcionamento do sistema. b) Representa o sistema de forma clara e acessível. c) Localiza todos os pontos da instalação e é responsável 13Representação gráfica de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação pela definição das principais partes do sistema elétrico. d) Traz a representação exata da execução do sistema. e) Indica os preços dos componentesque serão utilizados na instalação. 4. O desenvolvimento de projetos de instalações prediais deve observar leis e normas específicas que dispõem sobre aspectos técnicos referentes ao funcionamento de tais instalações, à representação gráfica e a outros pontos relevantes. Em relação à simbologia dos projetos de telecomunicações, assinale a alternativa que apresenta o dispositivo normativo a ser observado para o desenvolvimento de tais projetos. a) NBR 14565. b) Lei nº. 10.257. c) NBR 9050. d) ISO 9001. e) Lei nº. 13.465. 5. Os sistemas de automação proporcionam maior conforto e funcionalidade às edificações. Seu projeto deve viabilizar a execução da instalação por meio de representação gráfica que apresente seus componentes, funcionamento, entre outros aspectos. Acerca do projeto de automação residencial, assinale a alternativa correta. a) A simbologia de um projeto de automação residencial deve ser a mais clara e simples possível, para que qualquer engenheiro ou executor do projeto em uma obra possa compreendê-la. b) Cabe ao projeto de automação especificar o mobiliário que será utilizado na edificação. c) A simbologia de um projeto de automação residencial deve ser clara e simples, utilizando linguagem arquitetônica, uma vez que somente arquitetos e urbanistas são habilitados para a execução de tais sistemas. d) A simbologia de um projeto de automação residencial deve ser complexa e detalhada, uma vez que este só pode ser executado por engenheiros especializados em automação. e) O projeto de automação residencial consiste na especificação dos objetos de decoração. Representação gráfica de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação14 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Dossiê técnico: símbolos gráficos para instalações elétricas prediais. São Paulo, 2015. Disponível em: <http:// abnt.org.br/paginampe/biblioteca/files/upload/anexos/pdf/86f1a7960a37c4dda357 8bb6881962c6.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2018. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5444: símbolos gráficos para instalações elétricas prediais. Rio de Janeiro, 1989. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14565: procedimento básico para elaboração de projetos de cabeamento de telecomunicações para rede interna estruturada. Rio de Janeiro, 2000. INSTITUTO FEDERAL DO PARANA. Wiki Cursos. Projeto de instalação elétrica predial. [2018]. Disponível em: <http://wiki.foz.ifpr.edu.br/wiki/index.php/Projeto_de_ Instala%C3%A7%C3%A3o _El%C3%A9trica_Predial.>. Acesso em: 19 nov. 2018. LIMA, G. F. M. et al. Elaboração de projetos de instalações elétricas em automação residencial: estudo de caso. In: CONFERÊNCIA DE ESTUDOS EM ENGENHARIA ELÉTRICA, 9., 2011, Uberlândia, MG. Anais… Uberlândia, MG, 2011. Disponível em: <https://www. researchgate.net/publication/273444175_ELABORACAO_DE_PROJETOS_DE_INSTA- LACOES_ELETRICAS_EM_AUTOMACAO_RESIDENCIAL_ESTUDO_DE_CASO_ELEC- TRICAL_INSTALLATION_DESIGN_FOR_HOME_AUTOMATION_-_A_CASE_STUDY>. Acesso em: 19 nov. 2018. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL (SENAI). Divisão de Assistência às Empresas (DAE). Departamento Regional do Espírito Santo. Elétrica: desenho leitura e interpretação. Serra, ES: SENAI, 1996. Disponível em: <http://www.abraman.org.br/ arquivos/23/23.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2018. WATANABE, E. Apostila de projeto de instalações elétricas residenciais e prediais: parte III. Joinville, SC: IFSC, 2010. Disponível em: <http://joinville.ifsc.edu.br/~edsonh/Repositorio/ PIP-Projeto_e_Instalacoes_Eletricas_Prediais/Material%20de%20Aula/Parte_III_Projeto/ Material%20de%20Projeto/Apostilas/Apostila_Projeto_Instala%C3%A7%C3%B5es_%20 El%C3%A9tricas_Parte%20III_v7.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2018. 15Representação gráfica de instalações elétricas, de telecomunicações e de automação Conteúdo: Dica do professor A representação gráfica de instalações elétricas residenciais tem por base algumas normas específicas, que, entre outros aspectos, apresentam símbolos próprios para a ilustração dos componentes do sistema. Nesta Dica do Professor, você vai aprender sobre a representação gráfica de instalações elétricas residenciais. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/1cf3441395da9568159d684a1b95e8ff Na prática Uma instalação elétrica pode eventualmente precisar de manutenção. Os diagramas, além de serem essenciais nos processos de execução e montagem dos sistemas elétricos, podem ser grandes aliados em processos de manutenção. No anexo a seguir, você vai conhecer um exemplo prático de diagrama unifilar. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/01bcc6eb-ca42-4a1b-bd1f-1064b66f70b0/4cff7cab-8708-4db8-b621-fe07ab24526b.jpg Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Elaboração de projetos de instalações elétricas em automação residencial: estudo de caso Leia este estudo e conheça uma metodologia utilizada para desenvolver projetos de automação residencial, baseada em uma metodologia similar ao desenvolvimento de projetos industriais. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Soluções de tomadas de decisões inteligentes para infraestruturas residenciais Acesse este estudo e confira duas soluções de tomadas de decisões inteligentes para uma infraestrutura residencial, contemplando a eficiência energética e o gerenciamento das aplicações da residência por uma rede neural. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Produtividade na execução de instalações elétricas Leia o seguinte trabalho, que teve o objetivo de estudar sobre a produtividade na execução das instalações elétricas em obras residenciais de múltiplos pavimentos. https://www.researchgate.net/publication/273444175_ELABORACAO_DE_PROJETOS_DE_INSTALACOES_ELETRICAS_EM_AUTOMACAO_RESIDENCIAL_ESTUDO_DE_CASO_ELECTRICAL_INSTALLATION_DESIGN_FOR_HOME_AUTOMATION_-_A_CASE_STUDY. http://publica.sagah.com.br/publicador/objects/attachment/1228039627/GeraldoPereiraRochaFilhorevisada.pdf?v=1163616315 Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Guia básico de infraestrutura para redes VOZ e DADOS. Versão: 05 Confira este guia, desenvolvido com o objetivo de alinhar informações e procedimentos que devem ser seguidos no planejamento e na execução de instalações que necessitem do lançamento de cabos ópticos ou metálicos voltados para telecomunicações. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://publica.sagah.com.br/publicador/objects/attachment/1057814977/DeboraWanDickFerreiraJorgeOrozcoCorr18.pdf?v=754001921 https://www.ccuec.unicamp.br/ccuec/sites/default/files/tutoriais/Guia-Basico-Infra-Telecom.pdf Representação gráfica de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico Apresentação A representação gráfica é o meio de comunicação utilizado pelo projetista para que sejam edificadas construções de acordo com o que foi projetado. Porém, para que uma edificação seja concretizada, precisamos respeitar as normas de desenho técnico pertinentes a cada tipo de instalação, possibilitando uma comunicação eficiente de ideias. Para isto, podemos utilizar plantas, vistas, cortes e especificações técnicas por meio de memórias de cálculos ou memoriais descritivos. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer um pouco mais sobre a representação gráfica de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico. Você vai conhecer a normatização e a simbologia dos elementos dessas instalações, ver como ilustrar esses projetos em planta, vistas, cortes e representações isométricas,bem como a memória de cálculo, das instalações de água, de gás e de conforto térmico. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer a normatização e a simbologia dos elementos de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico. • Ilustrar o projeto hidrossanitário em planta e em corte, bem como a memória de cálculo.• Construir vistas e isométricos das instalações de água, de gás e de conforto térmico.• Infográfico Os sistemas de ar-condicionado podem refrigerar e aquecer o ambiente. O sistema self contained reúne a condensadora e a evaporadora em um mesmo gabinete e é capaz de refrigerar todo um ambiente. No Infográfico a seguir, veja um exemplo de planta do sistema self contained. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/f45a090e-1856-4da4-912d-8f2f26356964/bf1c2d1c-c4b2-4b0d-8349-99bcc172e37e.jpg Conteúdo do livro Os projetos de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico são desenvolvidos com base em normas e utilizam-se de simbologias específicas para representarem seus componentes e auxiliar na execução. O projeto hidrossanitário é apresentado com plantas, corte e memória de cálculo, e assim como os projetos de gás e de conforto térmico, necessita de vistas e isométricos. Na obra Instalações prediais, leia o capítulo Representação gráfica de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico, base teórica para esta Unidade de Aprendizagem, e conheça um pouco mais sobre o assunto. Boa leitura. INSTALAÇÕES PREDIAIS Fernanda Delmutte de Andrade Representação gráfica de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer a normatização e a simbologia dos elementos de insta- lações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico. Ilustrar o projeto hidrossanitário em planta e em corte, bem como a memória de cálculo. Construir vistas e isométricos das instalações de água, de gás e de conforto térmico. Introdução Os projetos de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico são desenvolvidos com base em normas técnicas e usam simbologias específicas. O projeto hidrossanitário é apresentado por meio de plantas, cortes e memória de cálculo e, assim como os projetos de gás e de conforto térmico, necessita de vistas e isométricos. Neste capítulo, você vai aprender a reconhecer a normatização e a simbologia dos elementos de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico. Você também vai verificar como ilustrar o projeto hidrossanitário em planta e em corte, bem como a memória de cálculo, além de analisar a construção de vistas e isométricos das instalações de água, de gás e de conforto térmico. Normatização e simbologia Os projetos de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico são desenvolvidos com base em normas específi cas. Cada um deles utiliza uma simbologia própria para representar seus respectivos sistemas e, assim, garantir sua correta execução. A representação gráfica das instalações hidrossanitárias deve ser desenvol- vida com padronização no que compete à simbologia utilizada e baseada em normas, a fim de garantir a funcionalidade e a exequibilidade dos sistemas. Instalações hidrossanitárias As instalações hidrossanitárias são os sistemas de águas pluviais, água fria e esgoto, responsáveis por levar água às edifi cações e cuidar dos resíduos oriundos desse abastecimento. Os projetos de instalações hidrossanitárias são desenvolvidos com base em normas específi cas. O Quadro 1 apresenta essas normas. Fonte: Adaptado de NBR 10844 (1989), NBR 8160 (1999) e NBR 5626 (1998). Instalações hidrossanitárias Norma Tema Águas pluviais NBR 10844 Instalações prediais de águas pluviais Esgoto NBR 8160 Sistemas prediais de esgoto sanitário — Projeto e execução Água fria NBR 5626 Instalações prediais de água fria Quadro 1. Normas pertinentes a projetos de instalações hidrossanitárias A utilização de uma representação gráfica padronizada facilita a leitura e a interpretação dos projetos, o que impacta na execução e, consequentemente, na qualidade e no desempenho dos sistemas. A norma ANSI Y32.2.3 (Quadro 2) orienta a simbologia a ser adotada para a representação das tubulações utilizadas em projetos. Representação gráfica de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico2 Conexões, registros e válvulas Flange Rosca Junta (ligação) Joelho 90° Joelho 45° Joelho virado para cima Joelho virado para baixo Curva raio longo Joelho duplo (saída para baixo) Registro globo Registro globo angular Quadro 2. Norma ANSI Y32.2.3 — Representação de tubulações (Continua) 3Representação gráfica de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico Os projetos de esgoto sanitário usam a simbologia indicada na NBR 8160 (Figura 1), a fim de garantir sua compreensão pelos demais projetistas e pelos responsáveis pela execução do sistema. Fonte: Adaptado de Cruz (2014?]. Conexões, registros e válvulas Flange Rosca Registro de gaveta angular Válvula de retenção Válvula de retenção angular Registro de passagem Válvula de segurança Quadro 2. Norma ANSI Y32.2.3 — Representação de tubulações (Continuação) Representação gráfica de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico4 Figura 1. Simbologia de projetos de esgoto sanitário. Fonte: Adaptada de NBR 8160 (1999). Simbologia RALO SANFONADO (RS) CAIXA DE INSPEÇÃO (CI) CAIXA RETENTORA (ESPECIFICAR O TIPO DE CAIXA) VAA – VÁLVULA DE ADMISSÃO DE AR RALO SECO (R) CAIXA SIFONADA (CS) CAIXA RETENTORA DE GORDURA (SIMPLES) (CGS) CAIXA RETENTORA DE GORDURA (DUPLA) (CGD) TANQUE SÉPTICO CAIXA DE PASSAGEM (CPs) VÁLVULA DE RETENÇÃO (VR) 5Representação gráfica de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico Instalações de gás As instalações de gás, GLP ou natural, assim como as instalações hidrossani- tárias, utilizam normas específi cas que asseguram a funcionalidade do sistema. O Quadro 3 apresenta as normas utilizadas nesse contexto. Fonte: Adaptado de NBR 15526 (2016), NBR 13103 (2013) e NBR 13523 (2017). Norma Tema ABNT NBR 15526 Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais — Projeto e execução ABNT NBR 13103 Instalação de aparelhos a gás para uso residencial — Requisitos ABNT NBR 13523 Central de gás liquefeito de petróleo — GLP Quadro 3. Normas empregadas no desenvolvimento de projetos de instalações de gás A representação padronizada facilita a compreensão dos projetos e ga- rante que sua execução seja compatível com o idealizado pelo projetista. A representação gráfica dos sistemas de gás utiliza simbologia específica para a representação de seus componentes. Na Figura 2 vemos alguns símbolos empregados em projetos de instalações de gás. Figura 2. Simbologia utilizada em projetos de sistemas de gás. Fonte: Copergás ([2010?], p. 8). Representação gráfica de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico6 Instalações de conforto térmico As instalações de conforto térmico, para aquecimento ou refrigeração, utili- zam-se de sistemas de ar condicionado, que, por sua vez, têm seus projetos desenvolvidos com base nas normas apresentadas no Quadro 4. Fonte: Adaptado de ABNT. Norma Tema ABNT NBR 16655-1:2018 Instalação de sistemas residenciais de ar- condicionado — Split e compacto Parte 1: Projeto e instalação ABNT NBR 16655-2:2018 Instalação de sistemas residenciais de ar- condicionado — Split e compacto Parte 2: Procedimento para ensaio de estanqueidade, desidratação e carga de fluido frigorífico ABNT NBR 16655-3:2018 Instalação de sistemas residenciais de ar- condicionado — Split e compacto Parte 3: Método de cálculo da carga térmicaresidencial ABNT NBR 11215:2016 Equipamentos unitários de ar-condicionado e bomba de calor — Determinação da capacidade de resfriamento e aquecimento ABNT NBR 15848:2010 Sistemas de ar condicionado e ventilação — Procedimentos e requisitos relativos às atividades de construção, reformas, operação e manutenção das instalações que afetam a qualidade do ar interior (QAI) ABNT NBR 16401-1:2008 Instalações de ar-condicionado — Sistemas centrais e unitários Parte 1: Projetos das instalações ABNT NBR 16401-2:2008 Instalações de ar-condicionado — Sistemas centrais e unitários Parte 2: Parâmetros de conforto térmico ABNT NBR 16401-3:2008 Instalações de ar-condicionado — Sistemas centrais e unitários Parte 3: Qualidade do ar interior Quadro 4. Normas relativas à instalação de equipamentos de ar-condicionado 7Representação gráfica de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico As instalações de conforto térmico, como os sistemas de ar condicionado, também utilizam representação gráfica padronizada, a fim de facilitar a compreensão do projeto e sua execução. A convenção usada em tais projetos é apresentada na Figura 3. Figura 3. Convenções gráficas para os desenhos de instalações de ar-condicionado. Fonte: Adaptada de Creder (2004, p. 301–302). Pressostato Termostato Termômetro Válvula de expansão automática Válvula de expansão termostática Válvula reguladora de pressão do evaporador, ação ajustável Válvula termostática reguladora de pressão Bulbo (elemento sensível) Secador Filtro Válvula solenóide Pressostato duplo (controle de alta em baixa pressão) P T Ilustração do projeto hidrossanitário Os projetos hidrossanitários (água fria, esgoto e águas pluviais) são representa- dos com plantas e cortes, e o dimensionamento dos componentes empregados compõe os documentos denominados memoriais de cálculo. Carvalho Júnior (2013) ressalta que, para calcular o consumo diário de uma edifi cação, é necessário coletar informações, como a pressão e a vazão nos pontos de utilização, a quantidade e a frequência de utilização dos aparelhos. Representação gráfica de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico8 O Quadro 5 apresenta a taxa de ocupação de acordo com a natureza do local. Fonte: Adaptado de Carvalho Júnior (2013). Natureza do local Taxa de ocupação Residências e apartamentos Duas pessoas por dormitório Bancos Uma pessoa por 5,00 m2 de área Escritórios Uma pessoa por 6,00 m2 de área Lojas (pavimento térreo) Uma pessoa por 2,50 m2 de área Lojas (pavimento superior) Uma pessoa por 5,00 m2 de área Shopping centers Uma pessoa por 5,00 m2 de área Museus e bibliotecas Uma pessoa por 5,50 m2 de área Salões de hotéis Uma pessoa por 5,50 m2 de área Restaurantes Uma pessoa por 1,40 m2 de área Teatro, cinemas e auditórios Uma cadeira para cada 0,70 m2 de área Quadro 5. Taxa de ocupação de acordo com a natureza do local No projeto de água fria, as plantas devem indicar as tubulações a serem utilizadas, seus respectivos comprimentos, diâmetros e materiais, bem como a localização precisa dos aparelhos sanitários e pontos de consumo. Devem também indicar as conexões utilizadas no sistema, como Ts, joelhos e curvas. Em planta são também indicados os reservatórios e outros equipamentos necessários ao funcionamento do sistema de água fria. Essa peça deve ser acompanhada de legenda explicativa, indicando a função de cada tubulação. Quanto à perspectiva isométrica do projeto de água fria, deve ser apresen- tada uma peça para cada banheiro, cozinha, lavanderia e outros ambientes que serão abastecidos pelo sistema. No isométrico, são indicados os diâmetros, as cotas verticais, as alturas, o nível do piso acabado, as conexões, as válvulas e os registros. Na Figura 4 temos a demonstração de uma representação isométrica de instalações hidrossanitárias (BRASIL, 2010). 9Representação gráfica de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico Figura 4. Perspectiva isométrica de instalações hidráulicas. Fonte: Adaptada de Oliveira (2011, documento on-line). Saída para limpeza Entrada de água Caixa d’água Bola Ladrão Distribuição Registro Hidrômetro Chuveiro Vaso sanitário Filtro Pia Tanque Ventilação recomendada O memorial de cálculo do projeto de água fria deve apresentar o cálculo para determinação do consumo diário da edificação, considerando o número de usuários e a demanda dos aparelhos. Nesse documento, deve ser descrito o roteiro de cálculo utilizado para o dimensionamento do alimentador predial, do barrilete, das colunas de água e ramais, de modo a especificar vazão, perda de carga, diâmetro da tubulação e cálculo da pressão nos pontos mais desfavoráveis. O documento deve trazer, ainda, o cálculo completo de dimen- sionamento dos conjuntos motobomba e de outros equipamentos necessários ao sistema, bem como demonstrar o cálculo do volume dos reservatórios inferior e superior, com especificação das dimensões desses reservatórios, considerando a reserva técnica de incêndio (BRASIL, 2010). Vistas e isométricos O uso de vistas e perspectivas isométricas indica a localização exata dos componentes dos sistemas, bem como ilustra de forma tridimensional o pro- jeto desenvolvido em planta, de modo a facilitar seu entendimento, conforme leciona Martins (2013). Representação gráfica de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico10 A Figura 5 a seguir traz uma planta e duas vistas: a vista 1 mostra a dis- tribuição e captação de água de maneira geral, além do esgoto e ralo do box; a vista 2 mostra vistas dos sistemas de água fria e água quente, conforme aponta Martins (2013). Figura 5. Planta, vista e legenda de um projeto de instalações hidráulicas de um banheiro. Fonte: Martins (2013, documento on-line). 11Representação gráfica de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico 1. Os projetos hidrossanitários (água fria, esgoto e águas pluviais) são desenvolvidos com base em normas específicas. Assinale a alternativa que apresenta as principais normas referentes a essas instalações, respectivamente. a) NBR 9050, NBR 8160, NBR 10844. b) NBR 9050, NBR 8160, NBR 13523. c) NBR 9050, NBR 13523, NBR 10844. d) NBR 10844, NBR 13523, NBR 5626. e) NBR 10844, NBR 8160, NBR 5626. 2. Os sistemas de gás, assim como os demais sistemas, devem ser representados com riqueza de detalhes, a fim de que sua execução e posterior funcionamento sejam satisfatórios. Assinale a alternativa que apresenta as normas relativas aos projetos de sistemas de gás. a) NBR 15526, NBR 13103, NBR 13523. b) NBR 10844, NBR 9050, NBR 15526. c) NBR 15526, NBR 13103, NBR 9050. d) NBR 13523, NBR 8160, NBR 10844. e) NBR 10844, NBR 15526, NBR 13103. 3. As corretas leitura e interpretação dos projetos de instalações de conforto térmico são importantes para o desenvolvimento do projeto como um todo e também para sua execução. A observação de normas específicas sobre o tema viabiliza a qualidade do projeto. Assinale a alternativa que apresenta uma norma relativa a projetos de ar-condicionado. a) NBR 9050. b) NBR 16655-1. c) NBR 5626. d) NBR 13103. e) NBR 8160. 4. Os projetos de instalações hidráulicas são representados com plantas e perspectivas isométricas e alguns outros itens, como detalhes. Em relação ao isométrico do projeto do sistema de água fria, assinale a alternativa correspondente. a) Quanto à perspectiva isométrica do projeto de água fria, esta deve ser apresentada para os banheiros, cozinhas, lavanderias e outros ambientes que serão abastecidos pelo sistema. No isométrico são indicados os diâmetros, as cotas verticais, as alturas, o nível do piso acabado, as conexões, as válvulas, os registros, entre outros. b) Quanto à perspectiva isométrica do projeto de água fria, esta deve ser apresentada para os ambientes secos, como salas e quartos, de modo a demonstrar que o abastecimento de água na edificação não impacta tais ambientes. No isométricosão indicados os acabamentos, as aberturas e o pé-direito. c) Quanto à perspectiva isométrica do projeto de água fria, deve-se considerar que essa peça gráfica consiste na legenda da planta. d) A perspectiva isométrica do projeto de água fria deve apresentar toda a edificação, dando especial destaque aos materiais que serão utilizados na estrutura da edificação. e) A perspectiva isométrica do projeto de água fria deve ser apresentada para os banheiros, as Representação gráfica de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico12 cozinhas, as lavanderias e outros ambientes que serão abastecidos pelo sistema. No isométrico são indicados os acabamentos, o pé-direito e o mobiliário a ser utilizado em tais ambientes. 5. As instalações prediais de água fria são representadas por plantas, em perspectivas isométricas. Em relação às plantas, assinale a alternativa que apresenta elementos que essa peça gráfica deve indicar. a) Tubulações a serem utilizadas, localização dos aparelhos sanitários, conexões. b) Tubulações a serem utilizadas, localização dos aparelhos sanitários, tomadas. c) Localização dos aparelhos sanitários, conexões, especificação de revestimento cerâmico para áreas molhadas. d) Localização dos aparelhos sanitários, tomadas, especificação de revestimento cerâmico para áreas molhadas. e) Conexões, tomadas, tubulações a serem utilizadas. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5626: instalação predial de água fria. Rio de Janeiro: ABNT, 1998. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 8160: sistemas prediais de esgoto sanitário: projeto e execução. Rio de Janeiro: ABNT, 1999. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10844: instalações prediais de águas pluviais. Rio de Janeiro: ABNT, 1989. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13103: instalação de aparelhos a gás para uso residencial: requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13523: central de gás liquefeito de petróleo: GLP. Rio de Janeiro: ABNT, 2017. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 15526: redes de distribui- ção interna para gases combustíveis em instalações residenciais: projeto e execução. Rio de Janeiro: ABNT, 2016. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Insti- tuto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense Pró-Reitoria de Desenvolvi- mento Institucional Departamento de Engenharia. Instruções normativas para elaboração de projetos de instalação predial de água fria, água quente, esgoto sanitário e drenagem de águas pluviais. Blumenau, 2010. Disponível em: <http://ifc.edu.br/wp-content/uplo- 13Representação gráfica de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico ads/2014/05/Instru%C3%A7 %C3%B5es-Normativas-Projeto-Hidrossanit%C3%A1rio. pdf>. Acesso em: 19 dez. 2018. CARVALHO JÚNIOR, R. Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura. 7. ed. São Paulo: Blucher, 2013. COPERGÁS. Manual de Instalações prediais de gás natural. [2010?]. Disponível em: <https:// www.copergas.com.br/wp-content/uploads/2010/03/manual_de_instalacoes_prediais. pdf>. Acesso em: 19 dez. 2018. CREDER, H. Instalações de ar-condicionado. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. CRUZ, D. C. Aula 9: desenho de instalações hidrossanitárias: normas, simbologias e convenções. Salvador: Universidade Federal da Bahia – UFBA, [2014?]. MARTINS, J. Hidráulica para banheiros. Pini, ed. 56, fev. 2013. Disponível em: <http:// equipedeobra17.pini.com.br/construcao-reforma/56/hidraulica-para-banheiros-projeto- -define-alturas-diametros-material-e-276984-1.aspx>. Acesso em: 19 dez. 2018. OLIVEIRA, L. Instalações Hidráulicas: integrar atuação de projetista, instaladora e cons- trutora, com execução de pavimento teste para treinamento, otimiza execução dos serviços. Pini, ed. 123, out. 2011. Disponível em: <http://construcaomercado17.pini. com.br/negocios-incorporacao-construcao/123/instalacoes-hidraulicas--299543-1. aspx>. Acesso em: 19 dez. 2018. Representação gráfica de instalações hidrossanitárias, de gás e de conforto térmico14 Conteúdo: Dica do professor Os projetos de instalações hidrossanitárias devem ser desenvolvidos de forma que sejam compreendidos pelos demais projetistas envolvidos no projeto de uma edificação, bem como pelos responsáveis por sua execução. A representação gráfica de instalações de água fria observa norma específica e contempla a indicação de itens necessários ao funcionamento do sistema. Na Dica do Professor, veja como realizar a representação gráfica das instalações hidrossanitárias. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/0f0ec55c924e96cea0f153d67cfae71c Na prática Em um projeto hidráulico de banheiro, são indicados os pontos de água quente e fria, esgoto, ralos, entre outros, para que o ambiente seja funcional. Elizabeth está produzindo um projeto para uma casa e ela sabe que o projeto hidráulico de um banheiro precisa indicar os diâmetros, a localização exata e os materiais das tubulações a serem utilizados, dentre outras especificações necessárias. Veja como está ficando o projeto de Elizabeth: Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Avaliação do conforto térmico dos apartamentos do BNH da cidade de Santos Esta tese apresenta um estudo sobre o conforte térmico utilizado nos apartamentos do BNH da cidade de Santos. Confira. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Banheiros de apartamento Este artigo apresenta propostas de projeto das instalações prediais de esgoto para banheiros de apartamento. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-22072016-145420/pt-br.php http://cassiopea.ipt.br/teses/2014_HAB_Tatiane_Pastrello.pdf Iluminação, som, imagem e segurança Apresentação Os sistemas de iluminação, som, imagem e segurança proporcionam funcionalidade e conforto às edificações. A iluminação acontece por meios tanto naturais quanto artificiais. Os sistemas de som e imagem podem ser empregados para prover conforto e inclusive soluções de segurança patrimonial, por meio de sistemas de alarmes e vigilância, por exemplo. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender a avaliar os tipos de sistemas integrados de iluminação aplicados a edificações. Você também vai saber como identificar os elementos de som e imagem e reconhecer os sistemas de segurança e os seus espaços. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Avaliar os tipos de sistemas integrados de iluminação aplicados a edificações.• Identificar os elementos de som e imagem e os seus espaços nas edificações.• Reconhecer os sistemas de segurança e os seus espaços nas edificações.• Infográfico Os elementos de som e imagem, de segurança e de iluminação podem trabalhar de forma integrada por meio de sistemas de automação residencial. Tais sistemas trazem conforto e funcionalidade à edificação, como, por exemplo, sonorização do ambiente. Clique no Infográfico a seguir para ver alguns exemplos de benefícios proporcionados pela automação em residências. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/dc942e1d-2dbc-4e2e-8f0b-93201a60079e/290ec096-a8ad-4319-ad27-0cf06db3ae93.png Conteúdo do livro Em edificações, a iluminação pode se dar de forma natural, por meio de soluções arquitetônicas, e também de forma artificial, por meio de dispositivos como lâmpadas fluorescentes. E você, já refletiu sobreo quanto os sistemas de iluminação artificial, compostos por luminárias, lâmpadas e equipamentos complementares, impactam até mesmo em questões como produtividade? Segundo Barbosa (2010, p. 66), “a luz artificial tem um papel muito importante na adequação ao desenvolvimento de tarefas específicas, onde o controle de qualidade constante da luz assegura maior conforto luminoso e produtividade”. Para saber mais sobre esse assunto, leia o capítulo Iluminação, som, imagem e segurança, da obra Instalações prediais, no qual você vai estudar os tipos e sistemas integrados de iluminação aplicados a edificações, bem como os elementos de som e imagem e os seus espaços nas edificações. Você também verá como reconhecer os sistemas de segurança e os seus espaços nas edificações. INSTALAÇÕES PREDIAIS Fernanda Delmutte de Andrade Iluminação, som, imagem e segurança Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Avaliar os tipos de sistemas integrados de iluminação aplicados a edificações. Identificar os elementos de som e imagem e os seus espaços nas edificações. Reconhecer os sistemas de segurança e os seus espaços nas edificações. Introdução Os sistemas de iluminação, som, imagem e segurança trazem funciona- lidade às edificações. A iluminação se dá por meios naturais e artificiais. Quanto aos sistemas de som e imagem, estes podem ser empregados tanto para conforto, em sistemas de sonorização, por exemplo, como também nas soluções de segurança patrimonial, por meio de sistemas de alarmes e vigilância, por exemplo. Neste capítulo você vai aprender a avaliar os tipos de sistemas inte- grados de iluminação aplicados a edificações, a identificar os elementos de som e imagem e a reconhecer os sistemas de segurança e os seus espaços. Ao final, você vai verificar como tais sistemas são integrados por meio da automação. Sistemas integrados de iluminação Em edifi cações, a iluminação pode se dar de forma natural, por meio de so- luções arquitetônicas, e também de forma artifi cial, por meio de dispositivos como lâmpadas fl uorescentes. Neste capítulo, abordaremos, especialmente, a iluminação que utiliza a eletricidade, isto é, a iluminação artifi cial e suas diferentes aplicações, que vão desde trazer a luz a ambientes internos e externos até auxiliar em sistemas de segurança. Vejamos agora alguns conceitos sobre os sistemas de iluminação artifi cial. Sistemas de iluminação artificial Compostos por luminárias, lâmpadas e equipamentos complementares, os sistemas de iluminação artifi cial levam a luz artifi cial aos ambientes. Segundo Barbosa (2010, p. 66): “[...] a luz artifi cial tem um papel muito importante na adequação ao desenvolvimento de tarefas específi cas, onde o controle de qualidade constante da luz assegura maior conforto luminoso e produtividade”. Os sistemas artificiais possibilitam a iluminação de ambientes nos quais a luz natural não consegue chegar e permitem que as edificações sejam utili- zadas à noite, conforme Lamberts, Dutra e Pereira (2004). A Figura 1 ilustra o emprego de iluminação natural e artificial. Figura 1. Usos da iluminação natural e da iluminação artificial. Fonte: Lamberts, Dutra e Pereira (2004, p. 233). As luminárias e lâmpadas compõem o chamado sistema ótico. O fluxo luminoso irradiado por esse sistema classifica-se em direto, semidireto, uni- forme, semi-indireto e indireto, de acordo com Vianna e Gonçalves (2001 apud TOLEDO, 2008). A Figura 2 apresenta essas classificações e as curvas de distribuição da intensidade luminosa dos diferentes tipos de luminárias, com base na norma internacional DIN 5040 e na Comissão Internacional de Iluminação (Comission Internationale de l'Eclairage — CIE). Iluminação, som, imagem e segurança2 Figura 2. Classificação das luminárias e curvas de distribuição da intensidade luminosa. Fonte: Adaptada de Vianna e Gonçalves (2001); IESNA (2000 apud Toledo, 2008). Classi�cação DIN 5040 e CIE Muito dirigida Direta 0-10% 0-10% 0-10% 10-40% 60-90% 40-60% 40-60% 90-100% 90-100% 90-100% Indireta Semi-direta Semi-direta Uniforme DifusaExtensivaIntensiva A CIE para luminárias internas propõe essa classificação considerando a proporção do fluxo luminoso dirigido para cima e para baixo em relação ao plano horizontal da luminária. Toledo (2008, p. 15–16) traz mais detalhes sobre essa classificação: Direta: quando o Sistema ótico direciona 90% a 100% de seu fluxo lumi- noso emitido para baixo. A distribuição pode variar de muito espelhado a altamente concentrado, dependendo do material do refletor, acabamento e controle ótico empregado. Semidireta: quando o fluxo luminoso do sistema ótico é emitido predomi- nantemente para baixo (60% a 90%), mas uma pequena parte é direciona para cima, iluminando o teto e a parte superior das paredes; 3Iluminação, som, imagem e segurança Uniforme ou difusa: quando as porções do fluxo luminoso ascendente e des- cendente se equivalem, medindo cada uma delas entre 40% e 60%, o sistema ótico é dito uniforme ou difuso. Uma outra categoria dentro dessa classificação, porém não considerada pela CIE, é chamada de direta-indireta, e ocorre quando o Sistema ótico emite muito pouca luz nos ângulos próximos à horizontal; Semi-indireta: é caracterizada pela distribuição luminosa inversa ao Sistema semidireto, ou seja, quando a maior parte do fluxo luminoso é direcionado para cima da luminária (60% a 90%), e o restante é direcionado para baixo; Indireta: sistemas óticos classificados como indiretos são aqueles cujo fluxo luminoso é predominantemente ascendente (90% a 100%) iluminando o teto e a parte superior das paredes. Além dos sistemas de iluminação, os elementos de som e imagem também proporcionam funcionalidade, conforto e segurança às construções. A seguir abordaremos tais elementos; veremos, inicialmente, como estes são utilizados pelos sistemas de segurança, como em alarmes, comunicação sonora, sistemas de CFTV, entre outros, e, posteriormente, os abordaremos sob a perspectiva de conforto e funcionalidade, considerando sua participação em sistemas de automação. Elementos de som e imagem Os elementos de som podem ser empregados para conforto e funcionalidade, como na sonorização de ambientes, e também nos sistemas de monitoramento e segurança, como nos centros de controle operacional e segurança (CCOS). Conforme Chaves (2012, documento on-line), o CCOS é um: [...] espaço especialmente equipado para gerenciar tecnologias utilizadas para monitorar câmeras de videovigilância. Estes Centros de Controles reúnem informações coletadas das câmeras que permitem intervenção imediata em caso de sinistro e oferecem relatórios precisos sobre determinadas situações” Nesses sistemas, utilizam-se, dentre outros dispositivos, os sonofl etores (Figura 3), que consistem em aparelhos alto-falantes capazes de amplifi car o som, segundo Pires (2011). Iluminação, som, imagem e segurança4 Figura 3. Sistema de alarme e comunicação por voz, composto por um centro de controle operacional e segurança (CCOS) com comunicador, microfone e sonofletor, denominado gate (inglês para portão). Fonte: Adaptada de Mega Pixel; JoLin/Shutterstock.com. Comunicador/Microfone Sono�etor Elementos de imagem, como câmeras de vigilância e televisores, são utilizados em sistemas de circuitos fechados de televisão (CFTV), que, por sua vez, são empregados em sistemas de segurança. Os CFTVs podem ser analógicos ou digitais, conforme Moreira (2007). A Figura 4 traz um esquema de um sistema analógico de CFTV. Figura 4. Sistema analógico de CFTV. Fonte: Adaptada de Moreira (2007, p. 144). Composto por um multiplexador de imagens, um equipamento de video cassette recorder (VCR) com a função de time lapse, um monitor e câmeras e lentes, um sistema analógico de CFTV se utiliza de itens para gravação 5Iluminação, som, imagem e segurança cujo espaço é limitado, como fitas VHS. Esse sistema requertrocas regulares de tais itens, já que as fitas se degradam com o passar do tempo, conforme explica Moreira (2007). Por sua vez, o sistema digital de CFTV possui maior praticidade em re- lação ao analógico, considerando a velocidade da captura de imagens e seu armazenamento, e possui melhor qualidade de imagem (Figura 5). Figura 5. Sistema digital de CFTV. Fonte: Adaptada de Moreira (2007, p. 145). Captação de Imagem VisualizaçãoProcessamentode Vídeo Gravação e Reprodução Meio de Transmissão Esse sistema digital é constituído por um computador com monitor para visualização, uma placa para captura de imagens, um CD-ROM ou HD para gravação das imagens capturadas e câmeras e lentes. Para a implantação dos sistemas de CFTV, devem ser previstas centrais de controle, nas quais usualmente também ficam instaladas a central de combate a incêndio e o alarme da edificação. O monitoramento de sistemas de CFTV pode ser rea- lizado interna ou externamente; no primeiro caso, deve ser prevista uma sala de monitoramento dentro da edificação, e, no segundo, o monitoramento é realizado por centrais a distância, conforme Moreira (2007). Iluminação, som, imagem e segurança6 A seguir, abordaremos os sistemas de segurança, considerando o uso de tec- nologia, o trabalho dos profissionais de vigilância e as soluções arquitetônicas. Sistemas de segurança Criados com o objetivo de prevenir e combater ações de violência, os sistemas de segurança patrimonial estão presentes na humanidade desde as civilizações antigas, onde eram empregados para combater invasões. Atualmente, a fi m O que é multiplexador de imagens e time lapse? Multiplexador: em um sistema de CFTV, o multiplexador de imagens viabiliza a captura simultânea de mais de uma câmera, como podemos observar na imagem a seguir. Conforme Ross (2007, p. 38), “a principal vantagem de se utilizar um sistema de CFTV multiplexado é a possibilidade de se gravar quase simultaneamente até 16 câmeras em um único videocassete comum”. Fonte da imagem: Andrey_Popov/Shutterstock.com. Time lapse: segundo Beggiora (2014, documento on-line): “[...] time lapse é uma técnica de filmagem que consiste em gravar algo com um intervalo maior entre os frames (quadros). Dessa forma, ao reproduzir o vídeo, temos a impressão de que o movimento está acelerado”. 7Iluminação, som, imagem e segurança de proteger pessoas e patrimônios, os sistemas de segurança se utilizam de medidas integradas à arquitetura e a sistemas complexos com alta tecnologia, conforme Moreira (2007). Tais sistemas de segurança, segundo Moreira e Ono (2004, p. 6, apud MOREIRA, 2012), podem ser classifi cados em três grupos, sendo estes: segurança passiva, segurança ativa e segurança operacional. A seguir veremos a defi nição e alguns exemplos dessas medidas. Segurança passiva As medidas de segurança passiva são relacionadas à constituição do edifício em si. Dentre elas, podemos considerar a adoção de muros e o uso de grades, vegetação e barreiras no acesso de pedestres, conforme exemplifi ca Moreira (2012). Estes e outros exemplos são apresentados no Quadro 1. Medida de segurança Vantagens Desvantagens Muros Delimitação entre o espaço público e privado Resistência mecânica Impossibilitam a visibilidade interna e externa Altura excessiva gera isolamento em relação aos espaços públicos (ruas, passeios, praças, etc.) Grades Delimitação entre o espaço público e privado Possibilitam boa visibilidade interna e externa Resistência mecânica Quando utilizadas em excesso, geram aspecto "prisional" Quando mal projetadas, podem auxiliar no acesso ao interior Vegetação Pode ser utilizada como barreira para retardamento da intrusão Quando utilizada de forma muito densa, pode causar obstrução visual e limitar a iluminação Quadro 1. Medidas de segurança passiva (Continua) Iluminação, som, imagem e segurança8 Fonte: Adaptado de Moreira (2012). Medida de segurança Vantagens Desvantagens Barreiras no acesso de pedestres Possibilitam a identificação prévia antes do acesso ao interior do condomínio (pátios e edifícios) Podem apresentar falhas de identificação por falta de procedimentos Apresentam falhas quando o morador entra acompanhado de terceiros Barreiras no acesso de automóvel Possibilitam a identificação do motorista antes do acesso ao interior do condomínio (pátios e edifícios) Podem apresentar falhas de operação e identificação por parte do porteiro Apresentam falhas quando o morador possui o controle de abertura Portarias Quando próximas da rua e bem localizadas, constituem uma boa ferramenta de controle de acesso Dependem da administração de pessoal Quando não implantadas em local adequado para vigilância, geram conflitos pela falta de visibilidade Apresentam falhas de controle operacional em diversos aspectos Concertinas Barreiras inibidoras de acesso em complementação a muros e grades Não apresentam falhas mecânicas ou eletrônicas como os equipamentos eletrônicos Geram aspecto agressivo ao ambiente Mau desempenho estético Quadro 1. Medidas de segurança passiva (Continuação) 9Iluminação, som, imagem e segurança No Quadro 1, vimos alguns exemplos de medidas de segurança passiva, bem como as vantagens e desvantagens de cada medida. Tais medidas influenciam na escolha dos materiais empregados no projeto da edificação, na definição e distribuição dos espaços, na composição da fachada, nas circulações horizontal e vertical e na implantação de acessos. Agora veremos alguns exemplos de medidas de segurança operacional. Segurança operacional As medidas de segurança operacional incluem desde a administração e o cumprimento de normas internas até a vigilância e o controle das medidas ativas e passivas, segundo Moreira (2012). Dentre tais medidas, podemos citar: vigilância própria, vigilância terceirizada e vigilância mista (própria + tercei- rizada). O Quadro 2 apresenta as vantagens e desvantagens dessas medidas. Fonte: Adaptado de Moreira (2012). Medida de segurança Vantagens Desvantagens Vigilância própria Os funcionários possuem maior compromisso com o condomínio Há maior familiarização com os moradores, visitantes e prestadores de serviço O quadro pode ser composto por pessoas não capacitadas para a função Vigilância terceirizada Quadro composto por funcionários capacitados para a função Pode haver troca constante de posto, causando falta de familiarização com os moradores, visitantes e terceirizados (alta rotatividade) Vigilância mista Propicia uma segurança equilibrada Pode haver conflitos com relação a decisões e procedimentos Pode haver diferenças de capacitação Quadro 2. Medidas de segurança operacional Iluminação, som, imagem e segurança10 Do quadro apresentado, para fins de esclarecimento, destacamos o item “segurança equilibrada”, apresentado como uma vantagem da medida de segurança mista. O referido item não consiste em um novo conceito, mas sim na soma das vigilâncias própria e terceirizada. Segurança ativa Acionadas de forma manual ou automática, as medidas ativas de segurança precisam de equipamentos conectados a fontes de energia. Dentre as medidas ativas, podemos destacar os sistemas de CFTV, as cercas elétricas e os sen- sores, como os de detecção de presença, entre outros. O Quadro 3 apresenta as vantagens e desvantagens dessas e de outras medidas de segurança ativa. Medidas de segurança Vantagens Desvantagens Circuito fechado de TV (CFTV) Detecta o acesso de pessoas quando o sistema é monitorado Registro e identificação de pessoas Informações facilmente violáveis Excesso de pontos dificulta o monitoramento Em condomínios residenciais, não há pessoal que monitore o sistema com exclusividade Cerca elétrica Inibe e detecta o acesso de pessoas ao interiordo edifício pelas divisas do lote Necessita de manutenção periódica Possui efeito agressivo Quando não instalada com voltagem adequada, pode causar acidentes Quadro 3. Medidas de segurança ativa (Continua) 11Iluminação, som, imagem e segurança Vimos alguns exemplos de medidas de segurança ativa, passiva e ope- racional e, agora, falaremos sobre os sistemas de automação. Estes, além de otimizarem os sistemas de segurança, também promovem funcionalidade e conforto às edificações. Automação Surgida na indústria, a automação tinha como objetivo a substituição da mão de obra humana por máquinas e sistemas de controle, cabendo às máquinas e aos sistemas a supervisão e a otimização do controle dos processos, a fi m de aumentar a produtividade e, também, a qualidade da produção. Na década de 1980, a automação passou a ser empregada em edifi cações, trazendo benefícios como segurança, conforto pessoal e uso racional de energia, conforme leciona Montebeller (2006). Para entendermos melhor o conceito de automação, vejamos a definição proposta por Barbosa (2006, p. 6): Fonte: Adaptado de Moreira (2012). Medidas de segurança Vantagens Desvantagens Sensores nos muros e grades Detectam o acesso não permitido Necessitam de manutenção periódica Próximos à vegetação, apresentam falhas, disparando alarmes falsos Não impedem a intrusão, apenas a detectam Iluminação Possibilita a identificação das pessoas no período noturno Não há Quadro 3. Medidas de segurança ativa (Continuação) Iluminação, som, imagem e segurança12 A automação pode ser entendida como a possibilidade da substituição de atos e decisões humanas, por atos e decisões efetuadas por computadores, devidamente alimentados de informações, no comando de determinados dispositivos, geralmente em processos repetitivos, ou que exijam esforços físicos, reduzindo a possibilidade de erros nas decisões sujeitas à emoção, cansaço, dúvida, tempo e inexperiência, entre outras razões. Em relação ao conforto e à funcionalidade da edificação, a automação per- mite, entre outros benefícios, programar a iluminação artificial para funcionar de acordo com a quantidade de luz natural incidente, por meio da dimerização de ambientes, de modo a fornecer a quantidade de luz necessária para o espaço. É possível programar a iluminação de jardim para funcionar somente à noite, bem como programar a abertura de portas e janelas. Quanto à sonorização, esta pode ter seu funcionamento realizado em conjunto com os sistemas de iluminação e de projeção de imagens. Em relação à segurança, a automação pode controlar a iluminação de forma que esta não interfira nas câmeras de vigilância dos sistemas de CFTV, por exemplo, conforme leciona Castro (2009). Dimmer e potenciômetro Para aumentar ou diminuir a intensidade luminosa, pode ser utilizado um dimmer, que, segundo Castro (2009, p. 35), consiste em um “dispositivo eletrônico capaz de variar a tensão eficaz de uma lâmpada e a potência média gerada de forma gradativa; um potenciômetro auxilia nesta operação”. O potenciômetro consiste em um resistor variável e pode também ser utilizado para regulagem de sistemas de som, conforme leciona Costa (2013). Neste capítulo, você estudou os tipos de sistemas integrados de iluminação aplicados a edificações, os elementos de som e imagem e os sistemas segurança e seus respectivos espaços. Viu também como a iluminação, o som e a imagem se integram nos sistemas de automação. 13Iluminação, som, imagem e segurança BARBOSA, C. V. T. Percepção da iluminação no espaço da arquitetura: preferências huma- nas em ambientes de trabalho. 2010. 251 f. Tese (Doutor em Arquitetura e Urbanismo) – Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. BARBOSA, L. A. G. Edificações inteligentes: conceitos e considerações para o projeto de arquitetura. 2006. 129 f. Dissertação (Mestrado em Ciências em Arquitetura) – Programa de Pós-Graduação em Arquitetura, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006. BEGGIORA, H. Como fazer um time-lapse no iOS 8?. 2014. Disponível em: <https://www. techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2014/09/como-fazer-um-time-lapse-no-ios-8. html>. Acesso em: 8 out. 2018. CASTRO, M. I. Aplicação de technology readiness index para definição de escopo em projetos de automação residencial. 2009. 125 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) – Curso de Mestrado em Engenharia Elétrica e de Computação, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2009. CHAVES, R. Centro de controle operacional: o coração dos sistemas de videovigilância. 2012. Disponível em: <https://www.tramaweb.com.br/imprensa/centro-de-controle- -operacional-o-coracao-dos-sistemas-de-videovigilancia>. Acesso em: 8 out. 2018. COSTA, N. J. B. O surround e a espacialidade sonora no cinema. 2013. 99 f. Dissertação (Mestrado em Artes Visuais) – Programa de Pós-Graduação em Artes, Escola de Belas Artes, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2013. LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F. O. R. Eficiência energética na arquitetura. 3. ed. Rio de Janeiro: Eletrobrás; Procel, 2004. Disponível em: <http://www.labeee.ufsc.br/sites/de- fault/files/apostilas/eficiencia_energetica_na_arquitetura.pdf>. Acesso em: 8 out. 2018. MONTEBELLER, S. J. Estudo sobre o emprego de dispositivos sem fios: wireless na auto- mação do ar condicionado e de outros sistemas prediais. 2006. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. MOREIRA, K. B. R. Diretrizes para projeto de segurança patrimonial em edificações. 2007. 202 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. MOREIRA, K. B. R. O processo de produção e gestão de segurança patrimonial de edifícios residenciais verticais na cidade de São Paulo. 2012. 284 f. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. Iluminação, som, imagem e segurança14 PIRES, F. Metodologias de automação integradas ao centro de controle, comunicação, operações de segurança – CCCOS para os sistemas de segurança portuário. 2011. 157 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. ROSS, J. CFTV analógico e digital: técnicas de instalação e manutenção: tudo sobre câmeras, monitores, acessórios e cabeamento para CFTV. Rio de Janeiro: Antenna Edições Técnicas Ltda, 2007. TOLEDO, B. G. Integração de iluminação natural e artificial: métodos e guia prático para projeto luminotécnico. 2008. 190 f. Tese (Mestre em Arquitetura e Urbanismo) – Pro- grama de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2008. Leituras recomendadas CORDEIRO, A. C. A. O uso de cobogós como uma segunda pele em edifícios de escritórios: análise do desempenho lumínico de diferentes geometrias. 2018. 201 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. PUPO, A. S. Cidades inteligentes baseadas em tecnologias de informação e comunicação: experiências em regiões urbanas sob a ótica da sustentabilidade. 2017. 219 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. 15Iluminação, som, imagem e segurança Conteúdo: Dica do professor Para a sua concepção, o projeto de iluminação pode ser dividido em sistema principal e sistema secundário. Ao principal, cabe resolver as necessidades funcionais e ao secundário, personalizar o ambiente por meio da luz, de forma mais criativa, livre e sem o objetivo de ser funcional. Veja o vídeo
Compartilhar