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Instalações Industriais Prof. Dr. Iury Sousa e Silva WebAula 3 Unidade 3 Construção e arranjos de instalações de tubulações industriais Disposição Geral das Construções em Relação ao Projeto de Tubulações Antes de tudo é indispensável que sejam perfeitamente conhecidas e estudadas todas as leis, regulamentos, normas etc. — quer de autoridades públicas, quer de organizações particulares ou do próprio usuário —, dispondo sobre aspectos de segurança, controle de efluentes, controle de ruídos, higiene do trabalho, etc. O estudo da disposição geral das áreas, construções e equipamentos no terreno, isso é, o estudo do “lay-out” de uma instalação industrial, é uma das etapas mais importantes e decisivas do projeto global. Por serem as tubulações os elementos físicos de ligação de todos os pontos entre os quais se dá o escoamento dos fluidos, o projeto e traçado das tubulações estão sempre intimamente ligados à disposição que tenha no terreno as diversas construções e equipamentos em uma instalação industrial. As tubulações têm a finalidade essencial de servir como os elementos de ligação entre os diversos equipamentos de processo: vasos de pressão, reatores, torres, tanques, permutadores de calor, bombas etc. Em qualquer instalação industrial a rede completa de tubulações abrange em geral toda área ou a maior parte da área do terreno ocupado pelas construções Disposição Geral das Áreas e Construções no Terreno Listagem das atividades básicas: listagem de todas as atividades que devam existir nessa indústria, tanto as atividades-fim, como as atividades auxiliares e de apoio: • Unidades de processo (quantas forem). • Áreas de armazenagem de matérias-primas,de produtos intermediários e de produtos finais. • Utilidades: casa de força, subestações elétricas, tratamento de água e de efluentes, torre de resfriamento etc. • Áreas de recebimento, de manuseio de matérias-primas e de despacho de produtos finais. • Oficinas, almoxarifados, laboratório, casas de controle etc. • Escritório e outros prédios administrativos. Cálculo das áreas para cada atividade: avaliar as áreas necessárias para cada atividade, tão precisamente quanto possível Disposição Geral das Áreas e Construções no Terreno Diagrama de bloco de circulação de materiais : diagrama de bloco mostrando as correntes principais de circulação de materiais entre as diversas áreas de recebimento, armazenagem, processamento, despacho etc. Para cada corrente, devem ser indicadas: natureza do material, vazão, pressão e temperatura. Esse diagrama de bloco é baseado diretamente no projeto de processo Disposição Geral das Áreas e Construções no Terreno Direções ortogonais básicas — Para cada projeto escolhem-se duas direções ortogonais que serão denominadas de Norte-Sul de projeto e Leste-Oeste de projeto. Essas duas direções servirão para orientar todo o traçado das ruas, avenidas, limites de áreas de processamento e de armazenagem, diques, valas de drenagem etc. Servirão também para dar os alinhamentos dos prédios e bases de equipamentos, orientar todo o traçado das tubulações horizontais Disposição Geral das Áreas e Construções no Terreno Disposição geral das áreas: • Avaliadas as áreas necessárias devemos agora dispor essas áreas no terreno, obe- decendo, nessa disposição, às orientações dadas pelas direções ortogonais de projeto . • A disposição relativa das diversas áreas no terreno depende essencialmente do funcionamento geral da instalação; essa disposição deve ter em vista a interdependência entre as unidades de processo, áreas de armazenagem e demais construções, e a seqüência de escoamento dos materiais, visando às facilidades operacionais e à diminuição tanto do comprimento global das tubulações como da movimentação dos materiais e das pessoas. • Para o estudo dos trajetos mais curtos de movimentação de materiais é que se torna indispensável o diagrama de bloco. Disposição Geral das Áreas e Construções no Terreno Disposição geral das áreas: • Como regra geral, os prédios administrativos (administração, restaurante, posto médico etc.) devem ficar próximos à estrada de acesso. Por motivos de segurança, para minimizar a possibilidade e as conseqüências de um incêndio ou outros acidentes, • Unidades de processo na parte central do terreno. • Áreas de armazenagem de inflamáveis distantes dos vizinhos, principalmente de ruas e estradas externas, • Áreas de grande risco (tochas de queima de gases, armazenagem de gases liquefeitos etc.) o mais distante possível de vizinhos e de outras construções. • Subestações e outras instalações elétricas, tanto quanto possível fora de áreas sujeitas a atmosferas perigosas ou a vazamentos de produtos inflamáveis ou explosivos Disposição Geral das Áreas e Construções no Terreno Traçado de ruas para subdivisão das áreas: Quando se estuda o traçado das ruas deve-se prestar atenção para que qualquer ponto do terreno tenha sempre, no mínimo, dois caminhos de acesso diferentes, para evitar que possa ficar bloqueado em caso de algum acidente. Essa observação é de importância essencial em indústrias ou em locais onde exista um risco potencial elevado de incêndio ou de explosão Disposição Geral das Áreas e Construções no Terreno Disposição geral das áreas: • Como regra geral, os prédios administrativos (administração, restaurante, posto médico etc.) devem ficar próximos à estrada de acesso. Por motivos de segurança, para minimizar a possibilidade e as conseqüências de um incêndio ou outros acidentes, • Unidades de processo na parte central do terreno. • Áreas de armazenagem de inflamáveis distantes dos vizinhos, principalmente de ruas e estradas externas, • Áreas de grande risco (tochas de queima de gases, armazenagem de gases liquefeitos etc.) o mais distante possível de vizinhos e de outras construções. • Subestações e outras instalações elétricas, tanto quanto possível fora de áreas sujeitas a atmosferas perigosas ou a vazamentos de produtos inflamáveis ou explosivos Disposição Dentro das Áreas de Processo Listagem dos equipamentos: Com base no projeto de processo se faz a listagem de todos os vasos e equipamentos que figuram em cada unidade de processo. • Equipamentos principais. São os de maior porte, tais como torres de destilação e fracionamento, reatores diversos, tanques de armazenagem e vasos de pressão em geral; costumam ser em pequeno número, ge- ralmente não mais do que dez em cada unidade. • Trocadores de calor e vasos de pressão de pequeno porte. São equipamentos de menores dimensões e geralmente em grande quantidade (com frequência mais de 50 em uma unidade de processo). • Bombas. São máquinas em geral de pequeno ou médio porte e muito numerosas. • Fornos. Equipamentos de médio e grande porte, apresentando sempre risco elevado; em geral não mais de 2 ou 3 em cada unidade. • Resfriadores a ar. São equipamentos que ocupam muita área. • Compressores. Em geral equipamentos de grande porte e em pequeno número, 2 ou 3 no máximo em cada unidade de processo Disposição Dentro das Áreas de Processo Disposição dos equipamentos — Os equipamentos devem ficar alinhados e orientados em uma mesma direção, formando filas paralelas. • Os equipamentos grandes principais costumam ser colocados na parte central da área, alinhados em uma ou duas filas. • As faixas de passagem de tubulações com as tubulações elevadas formando as “pontes de tubulações” — podem ter várias disposições geométricas, que dependerão da natureza e complexidade da unidade industrial, da localização das ruas adjacentes e dos pontos de entrada e saída das tubulações externas. • Os trocadores de calor são usualmente dispostos nas mesmas filas formadas pelos equipamentos principais. Por motivo de economia de espaço ou por necessidade de operação (fluxo por gravidade, por exemplo), sendo muitas vezes são colocados superpostos. • Os vasos de acumulação de produto de topo das torres defracionamento, bem como os condensadores e os refervedores, devem ficar bem próximos da torre à qual estejam ligados, devendo as tubulações entre esses equipamentos ser o mais curtas possível. • As bombas são usualmente dispostas formando filas nas margens — ou parcialmente embaixo — das pontes de tubulação Disposição Dentro das Áreas de Processo Disposição dos equipamentos: • Nas instalações onde existirem resfriadores a ar (air- coolers) é usual colocar esses equipamentos sobre as tubulações elevadas, nas faixas de passagem de tubulações. Os resfriadores a ar devem sempre ficar longe dos equipamentos que desprendam calor, tais como fornos, tanques ou vasos quentes não isolados etc. Não devem ser colocadas bombas para produtos inflamáveis embaixo dos resfriadores a ar • Os equipamentos de grande risco potencial, como é o caso dos fomos, e de outros equipamentos com presença de chama aberta, devem ficar sempre no limite da área, longe dos demais equipamentos (respeitando-se as distâncias de segurança) • As válvulas de controle devem ficar de preferência no nível do solo, junto às colunas, ou sobre plataformas, sempre em locais de fácil acesso • As bombas são usualmente dispostas formando filas nas margens — ou parcialmente embaixo — das pontes de tubulação Disposição Dentro das Áreas de Processo Cotas de elevação dos equipamentos: todos os equipamentos devem ser colocados na menor cota de elevação possível, para facilidade de operação e manutenção, e para economia de estruturas e fundações. • Todas as máquinas (bombas, turbinas, compressores etc.) são sempre instaladas sobre bases de pequena altura, com um mínimo de 0,3 m acima do piso • Os tanques, vasos, torres, reatores e outros equipamentos estáticos devem também, sempre que possível, ser colocados sobre bases de pequena altura: trocadores de calor: 1 a 1,5 m; vasos horizontais diversos: 1 a 1,3 m. • As torres e outros vasos verticais devem ter uma distância livre mínima de 1,2 m entre o fundo do vaso e a base de concreto. Disposição Dentro das Áreas de Processo Faixas de tráfego e de passagem das tubulações: Tabela com valores usuais distâncias livres e de alturas e larguras livres por baixo de pontes de tubulação. Disposição Dentro das Áreas de Processo Cotas de elevação dos equipamentos: todos os equipamentos devem ser colocados na menor cota de elevação possível, para facilidade de operação e manutenção, e para economia de estruturas e fundações. • Todas as máquinas (bombas, turbinas, compressores etc.) são sempre instaladas sobre bases de pequena altura, com um mínimo de 0,3 m acima do piso • Os tanques, vasos, torres, reatores e outros equipamentos estáticos devem também, sempre que possível, ser colocados sobre bases de pequena altura: trocadores de calor: 1 a 1,5 m; vasos horizontais diversos: 1 a 1,3 m. • As torres e outros vasos verticais devem ter uma distância livre mínima de 1,2 m entre o fundo do vaso e a base de concreto. Plantas de Arranjo Costumam-se fazer os seguintes tipos de plantas de arranjo: • Plantas de arranjo de cada unidade de processo ou de utilidades (unit plot-plan). • Plantas de arranjo de áreas de armazenagem, de faixas de passagem de tubulações, ou de outras áreas externas onde hajam construções industriais ou passagens de tubulações. • Planta de arranjo geral, mostrando todo terreno (general plot-plan). Plantas de Arranjo Plantas de arranjo geral: Devem mostrar pelo menos o seguinte: • Avenidas, ruas, acessos, estradas, ferrovias, áreas pavimentadas, áreas reservadas para futuras ampliações e para construções provisórias. • Prédios e outras construções (indicados pelo seu contorno e por sua finalidade). • Unidades de processo e de utilidades, estações de tratamento de água e de efluentes, subestações, tochas de queima de gases, casas de controle etc. (indica das pelo seu contorno e por sua finalidade ou sigla indicativa). • Áreas de armazenagem, com indicação dos diques de contenção e indicação individual de cada tanque, com respectiva sigla de identificação, dimensões do tanque e da base, posição da linha de centro e indicação do produto armazenado. • Faixas de passagem de tubulações. • Canais, rios, valas de drenagem etc. Plantas de Arranjo Plantas de arranjo de unidades Devem mostrar: • Todos os equipamentos, mesmo quando pequenos, pouco importantes ou de reserva, assinalados pela posição da linha de centro, contorno da base e do equipamento, e sigla de identificação. • Pontes de tubulação e outras faixas de passagem geral de tubulações:tubovias, trincheiras, valetas etc. • Prédios, estruturas, bases de equipamentos, plataformas, escadas e todas as outras construções existentes, indicadas pelo seu contorno e sua finalidade. • Ruas e acessos internos. Áreas pavimentadas. Muretas de contenção. • Áreas reservadas para a desmontagem de equipamentos ou para manutenção. Plantas de Arranjo As plantas de arranjo de áreas externas: Devem mostrar: • Ruas, acessos, diques, canais, passagens de tubulações. • Tubovias (e respectivos pontilhões de cruzamento) e outras faixas de passagem geral de tubulações: pontes, valetas etc. • Tanques de armazenagem e outros equipamentos, assinalados pela posição da linha de centro, contorno da base e do equipamento e sigla de identificação. • Para os tanques de armazenagem é usual indicar também, para cada um, o volume e o produto armazenado. • Estações de bombas ou de compressores, subestações, casas de controle etc., indicadas pelo seu contorno e arranjo de equipamentos. Regras para arranjos de tubulações não subterrâneas Grupos paralelos de mesma elevação As tubulações devem correr, sempre que possível, formando grupos paralelos e de mesma elevação, isto é, de mesma cota de nível de geratriz inferior Esse procedimento simplifica os suportes que ficam no mesmo nível para todos os tubos. A elevação de geratriz inferior dos tubos é o que se chama “elevação do fundo” (EL.F.) ou “elevação B.O.P.” (bottom of pipe). Regras para arranjos de tubulações não subterrâneas Grupos paralelos de mesma elevação As tubulações com isolamento térmico externo de vem ter um patim de proteção do isolamento e, por esse motivo, ficam com a geratriz de fundo mais elevado do que as tubulações sem isolamento apoia das nos mesmos suportes. Regras para arranjos de tubulações não subterrâneas Tubulações nas direções ortogonais Sempre que possível, todas as tubulações devem correr em nível e paralelas a uma das duas direções ortogonais de projeto (norte-sul ou leste-oeste de projeto), ou na direção vertical Todas as mudanças de direção — no plano horizontal ou no plano vertical — devem ser em ângulo reto, devendo-se evitar tubulações em posição inclinada em relação a qualquer uma das três direções ortogonais. Elevações diferentes para direções diferentes : Para permitir as derivações e cruzamentos, as tubulações horizontais paralelas a uma das direções ortogonais devem correr em elevação diferente das tubulações paralelas à outra direção ortogonal. Por exemplo, as tubulações na direção Norte-Sul correm em elevação mais alta do que as tubulações na direção Leste-Oeste, ou vice-versa Regras para arranjos de tubulações não subterrâneas Flexibilidade Todas as tubulações devem ter, sempre que possível, um traçado tal que lhes proporcione uma flexibilidade própria forma que sejam capazes de absorver as dilatações térmicas por meio de flexões ou torções dos diversos trechos. Controle de dilatação térmica em todas as tubulações: para o aço carbono e demais aços ferríticos a dilatação é de 1 mm/m e para aços inoxidáveis e metais não ferrosos é ainda maior. A flexibilidade é conseguida dando-se à tubulação um traçado não-retilíneo conveniente, com mudanças de direção no plano ou no espaço Traçados não-retilíneos e suas respectivas posições deformadas pela dilatação térmica. Regras para arranjos de tubulações não subterrâneasFlexibilidade No caso de tubulações longas (às vezes de vários quilômetros), que devam seguir obrigatoriamente uma direção geral retilínea — ao longo de uma rua, ou dentro de uma faixa de passagem de tubulações —, a necessária flexibilidade é conseguida subdividindo-se a tubulação, por meio de ancoragens . Cada trecho contendo uma curva de expansão deve ficar entre duas ancoragens e funciona independente dos trechos vizinhos. Regras para arranjos de tubulações não subterrâneas Flexibilidade Na grande maioria dos casos, as curvas de expansão (chamado também de liras) são construídas por trechos sucessivos de tubos retos e curvas de 90, e devem ser colocadas no plano horizontal, geralmente em elevação superior ao grupo de tubos paralelos e rebatidas sobre a própria tubulação. Os meios de ligação de tubulações RoscadasSoldadas Ligações de tubulações Flangeadas Ponta e bolsa Outros tipos: patenteadas e compressão Os meios de ligação de tubulações RoscadasSoldadas Ligações de tubulações Flangeadas Ponta e bolsa Outros tipos: patenteadas e compressão • Solda de topo • Solda de encaixe Meio de ligação Os meios de ligação de tubulações são: RoscadasSoldadas Ligações de tubulações Flangeadas Ponta e bolsa Outros tipos: patenteadas e compressão • Roscas NPT (National Pipe Thread) • Rosca cônica • Roscas BSP (British Standard Pipe) • Rosca paralela Meio de ligação Os meios de ligação de tubulações são: RoscadasSoldadas Ligações de tubulações Flangeadas Ponta e bolsa Outros tipos: patenteadas e compressão Meio de ligação Os meios de ligação de tubulações são: RoscadasSoldadas Ligações de tubulações Flangeadas Ponta e bolsa Outros tipos: patenteadas e compressão Meio de ligação Os meios de ligação de tubulações são: RoscadasSoldadas Ligações de tubulações Flangeadas Ponta e bolsa Outros tipos: patenteadas e compressão Juntas para flange Os meios de ligação de tubulações são: RoscadasSoldadas Ligações de tubulações Flangeadas Ponta e bolsa Outros tipos: patenteadas e compressão Meio de ligação Os meios de ligação de tubulações são: RoscadasSoldadas Ligações de tubulações Flangeadas Ponta e bolsa Outros tipos: patenteadas e compressão Meio de ligação • Tubos plásticos reforçados com fibra de vidro (FRP ou PRFV) • Ligações de compressão PRÓXIMOS PASSOS Participar do desafio Colaborativo Fazer os questionários da unidade Leitura da próxima unidade OBRIGADO Prof. Dr. Iury Sousa e Silva Professor Executor EAD E-mail: iury.silva@sereducacional.com Instagram: @prof.iurysousa Linkedin: Iury Sousa e Silva
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