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CPC 09

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CPC 09
 O CPC09 tem por objetivo estabelecer critérios para a elaboração e divulgação da demonstração do valor adicionado (DVA), que representa um dos componentes do balanço social cuja finalidade é evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição, durante determinado período. 
 A DVA tronou-se demonstração contábil obrigatória com a promulgação da Lei 11.638. Antes disso, sua divulgação era incentivada, sendo apresentado como uma nota explicativa, assim como a Demonstração dos Fluxos de Caixa.
 De acordo com o pronunciamento técnico CPC 09, no que tange a questão da gestão contábil, a Demonstração do valor Adicionado (DVA) deve ser elaborada e apresentada pela entidade como parte integrante das suas demonstrações contábeis que serão divulgadas no final de cada período.
 Um detalhamento da riqueza criada se faz necessário, para tanto, deve-se detalhá-la da seguinte maneira: 
- Pessoal e encargos. 
- Imposto, taxas e contribuições.
- Juros e aluguéis. 
- Juros sobre o capital próprio (JSCP) e dividendos. 
- Lucros retidos/prejuízos do exercício.
 A elaboração da DVA consolidada necessita tomar como base as demonstrações consolidadas e deixar clara a participação dos sócios não controladores. A DVA deve conter informações relativas à riqueza criada pela empresa em determinado período, levando em consideração também a forma pela qual tais riquezas foram distribuídas conforme o modelo apresentado.
 A Demonstração do Valor adicionado está fundamentada em conceito microeconômico, buscando apresentar, sem dupla contagem, a parcela de contribuição que a empresa tem na formação do produto interno bruto. 
 A riqueza gerada pela empresa é assim calculada:
Vendas menos insumos adquiridos de terceiros menos depreciação. 
 Isso corresponde a diferença entre valor recebido de terceiros pelas receitas menos o valor desembolsado a terceiros para aquisição dos insumos utilizados nesse processo. Em princípio, a soma dos valores adicionados pelas empresas, profissionais liberais, governos e demais agentes econômicos totaliza o produto interno bruto (PIB).
 Essa riqueza gerada é mostrada, na DVA como se distribui entre o capital (juros e financiadores externos e lucros dos sócios), o trabalho (Mao de obra) e o governo (tributos). Quando se calcula de forma agregada para o país, a parte que vai para o governo se distribui da mesma forma, exceto para si mesmo (tributos). Assim, quando se olha a economia como um todo, o valor agregado geral do país é distribuído entre juros, lucros e salários.
 As informações contidas na DVA são uteis para entender a relação da empresa com a sociedade por meio da sua participação da formação de riqueza e no modo como a distribui entre empregados, financiadores, governos e detentores do capital. Essa compreensão é possível, por meio da análise de quocientes ou indicadores de geração de riqueza e de distribuição de riqueza.
 Os indicadores de geração de riqueza fornecem informações sobre a capacidade da empresa em gerar riqueza. São exemplos de indicadores de geração de riqueza. 
- Quociente entre gastos com pessoal e valor adicionado. 
- Quociente entre gastos com impostos e valor adicionado. 
- Quociente entre gastos com remuneração de capital de terceiros e valor adicionado. 
- Quociente entre dividendos e valor adicionado. 
- Quociente entre lucros retidos e valor adicionado.
 Considerações finais 
 Embora as informações utilizadas na DVA sejam, normalmente, extraídas da DRE, apresentam objetivos complementares. A DRE tem por prioridade enfatizar o lucro líquido, a DVA tem o objetivo de demonstrar a riqueza gerada pela empresa e sua distribuição entre os elementos que contribuem para a geração dessa riqueza. 
 De modo simplificado, podemos dizer que a DRE utiliza o critério da natureza e a DVA o critério do benefício.

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