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231GGR0636A_ Unidade 2

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22/05/2023, 12:35 Design do Mobiliário
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DESIGN	DO	MOBILIÁRIO
UNIDADE 2 – MATERIAIS
Beatriz Chimenti
22/05/2023, 12:35 Design do Mobiliário
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Introdução
Nesta unidade vamos re�letir e conhecer mais detalhes técnicos sobre o design de móveis. A escolha pela
matéria-prima adotada pelo designer na hora de um projeto é fundamental e pode ser decisiva para a vida útil,
resistência e melhor padrão de acabamentos. Para cada tipo de projeto, teremos hoje disponı́veis no mercado,
inúmeros materiais de acabamento desde os naturais, assunto que iremos abordar nesta unidade, quanto
produzidos arti�icialmente.
Neste cenário cheio de opções, é interessante re�letir sobre alguns questionamentos: como podemos saber
qual o melhor material para usar em nosso projeto? Você imagina quantos inúmeros tipos de materiais
existem hoje disponı́veis no mercado para investir no mobiliário? Quais os materiais mais utilizados
atualmente no design brasileiro?
O trabalho de um designer de móveis exige conhecimento em engenharia processual, tecnologia de construção
e materiais para móveis. Nesta unidade conheceremos melhor as principais madeiras utilizadas no design de
mobiliário e suas principais aplicações assim como também as �ibras naturais, muito presentes no interior do
paı́s como atividade artesanal e as pedras naturais que conferem so�isticação aos projetos. 
Vamos estudar esse conteúdo a partir de agora, acompanhe!
2.1 Madeiras
Ao longo dos anos o mercado moveleiro brasileiro vem crescendo em exportações, aumentando sua
capacidade de produção, assim como a qualidade dos seus produtos. Atualmente as indústrias estão
investindo na modernização de tecnologias avançadas na busca de novos consumidores. 
Neste cenário os móveis de madeira representam em torno de 70% das exportações, principalmente para os
Estados Unidos, Argentina, França, Reino Unido e Alemanha. Para garantir a e�icácia e qualidade do mobiliário,
muitos são os estudos que envolvem as madeiras nacionais, elemento chave caracterı́sticos do design
nacional. 
Como escolher a melhor madeira para um projeto de mobiliário? Esta é uma das questões mais importantes
na concepção de projetos, pois dependendo do tipo e qualidade do material escolhido o projeto pode ser
fadado ao fracasso. 
2.1.1 Tipos utilizados no design de mobiliário 
No design de mobiliário a madeira é sinônimo de so�isticação e estilo, além de ser um dos materiais que mais
caracterizam o design brasileiro. 
O designer de mobiliário atua na aplicação de técnicas de confecção de móveis e artefatos de madeira,
podendo operar equipamentos de marcenaria e utilizar recursos manuais para desenvolver projetos de
móveis. Os móveis em madeira são, sem dúvida, os mais consumidos no Brasil em todas as classes sociais.
Trata-se de um dos materiais mais fáceis de serem trabalhados.
Mas, escolher o tipo de madeira adequado ao seu projeto é umas das questões mais complexas, pois cada
produto exige uma diversidade biológica. 
A madeira tem uma variedade imensa de cores, caraterı́sticas e texturas. Cada espécie é adequada à fabricação
de um produto especı́�ico ou para uma utilização exata. Em relação a textura, por exemplo, existem as
madeiras com textura mais �inas, ideais para produção de objetos mais tornados pelo fato de serem mais
macias. 
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A escolha certa da madeira para um tipo de uso no design é um assunto importante, e para tal deve-se
considerar as propriedades quı́micas e mecânicas de cada madeira para apresentar um desempenho
satisfatório aos objetivos a que se propõe. 
Esse procedimento é primordial, especialmente em paı́ses tropicais como o Brasil, onde a variedade e
disponibilidade de espécies de madeiras são expressões de sua biodiversidade.
Outra vantagem do uso de madeiras no design de mobiliário é o fato de ser um material renovável, desde que
seja de fontes reguladas no seu plantio como as arvores plantadas em re�lorestamento com manejo e manejo
reconhecido, recurso já disponı́veis e implantados em diversas �lorestas nativas e plantadas no Brasil. 
Em nosso paı́s, a extração madeira foi iniciada com a vinda da famı́lia imperial. Neste cenário, a madeira foi
explorada indiscriminadamente e de forma devastadora. Com isso, se iniciou um perı́odo de
comprometimento de diversas espécies da Mata Atlântica, começando então a supressão de uma das maiores
�lorestas brasileiras. 
Entretanto, o uso de madeiras como matéria-prima pode gerar polêmica e este se torna um tema bastante
controverso entre ambientalistas.
Re�lorestamentos em extensas áreas vem acarretando a substituição das reservas nativas, pela introdução de
essências exóticas de silvicultura ainda insu�icientemente estudadas nos diferentes sistemas ecológicos
brasileiros.
Nesse contexto polêmico os designers, arquitetos, decoradores e marceneiros têm um papel importante, visto
que são eles os responsáveis pela compra, exploração e uso das matérias-primas.
Hellmeister (2011) a�irma que a madeira está entre o plástico e o metal, dentre as matérias-primas mais
expressivas no que tange ao design de mobiliário. Clique abaixo para ler como, segundo o autor, as madeiras
para esta �inalidade se classi�icam. 
Os painéis de madeira, superfı́cies grandes perfeitamente homogêneas e sem orientação das �ibras, são muito
utilizados em design de mobiliário, principalmente para fabricação de móveis modulados e de grande porte.
Por conta de sua facilidade de manipulação, permitem cortes em qualquer sentido e apresentam uma
superfı́cie lisa e uniforme. 
Um dos tipos de painéis mais utilizados nos projetos de design de mobiliário é o MDF, que são painéis de
�ibras de madeiras aglutinadas homogêneas e sem veios e nós, resistentes a abrasão, de média densidade, que
se adaptam muito bem a acabamentos como o verniz, pintura ou colagem de lâminas de madeira.
Clique para ler mais sobre cada um:
Madeira
maciça
pode ser extraı́da em �lorestas nativas (madeira de lei) ou em de re�lorestamento;
Painel	de
compensa
do
produto obtido pela colagem de lâminas de madeira sobrepostas;
Painel	de
aglomera
do
formado a partir da redução da madeira a partı́culas que são depois impregnadas
com resina sintética para formar um colchão que, pela ação controlada de calor,
pressão e umidade, transforma-se no painel;
Painel	de
medium-
density
�iberboard
(MDF)
produzido a partir de �ibras de madeira, aglutinadas com resinas sintéticas através de
temperatura e pressão, possuindo consistência similar à da madeira.
•
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Surgiu para substituir a madeira maciça, já que pode ser usinado, ou seja, furado, lixado, pintado
etc. Sua desvantagem é que, por ser feito de �ibras de madeira, pode empenar com carga, se
utilizados em vãos mais extensos a partir de 60 cm. Suas principais vantagens são
a maleabilidade da peça, a versatilidade em termos de acabamento e revestimento e a boa
resistência na aplicação das ferragens, além da alta resistência a empenamentos. Pela sua
resistência, durabilidade e boa trabalhabilidade o MDF acabou se tornando a melhor opção na
fabricação de móveis. 
Figura 1 - Placas de MDF em estoque são dispostas horizontalmente para evitar que empenem.
Trata-se de um painel moldado industrialmente com diversas lâminas de madeiras sobrepostas
para aumentar sua resistência, leve, resistente ao empenamento e mais barato que o MDF. 
E� um material que aceita muito bem acabamentos, inclusive arredondados assim como verniz,
pátina, cera, resina, laminados, folheados, pintura e impressão.No entanto, trata-se de um material
mais trabalhoso no seu acabamento �inal pois precisa ser lixado e envernizado para dar um efeito
semelhante ao MDF, que por sua vez, vem mais liso e bem-acabado de fábrica.
•
MDF
Painel	de	compensado
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Existe ainda o OSB, que signi�ica Oriented	Strand	Board, e trata-se de um painel composto por pequenas lascas
de madeira coladas com resinas e prensadas, orientadas em camadas cruzadas conferindo alta rigidez. 
Altamente sustentável, o OSB é fabricado aproveitando cerca de 90% do tronco de uma árvore. Dentre as
principais vantagens estão (clique nos números para ler):
1
Ausência de espaços vazios e nós soltos em seu interior, facilitando sua manipulação e acabamento;
2
Propriedades térmicas e acústicas;
3
Fácil manuseio, não exigindo tratamentos especiais;
4
Valor competitivo de mercado;
5
Qualidade consistente e uniforme.
VOCÊ QUER LER?
Os compensados foram os primeiros painéis de madeiras industrializados e podem ser
compostos por diversos tipos de madeira com diferentes processos de fabricação,
surgindo subcategorias de compensados. Atualmente possuem alto valor de mercado
em função da sua fabricação ser proveniente do desmatamento de árvores nativas.
Você pode acessar o link e conhecer mais detalhes deste tipo de painel que são
descritas por Scheila Justina:
<https://www.cliquearquitetura.com.br/artigo/madeira-compensada-ou-
compensado.html (https://www.cliquearquitetura.com.br/artigo/madeira-
compensada-ou-compensado.html)>.
https://www.cliquearquitetura.com.br/artigo/madeira-compensada-ou-compensado.html
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Além dos painéis de madeira, podem utilizar esta matéria-prima no design de mobiliário maciça ou laminada.
A vantagem do uso da madeira maciça é que confere ao produto uma qualidade maior pela sua durabilidade e
resistência, quando escolhida uma madeira adequada ao tipo de projeto. 
A madeira maciça é considerada a matéria-prima de excelência no design de mobiliário, com inúmeros tipos,
cada qual com caracterı́sticas particulares. A escolha certa pelo tipo de madeira a ser utilizado num projeto de
mobiliário é fundamental para garantir um bom acabamento e durabilidade do produto. 
A seguir estão listadas as principais madeiras maciças utilizadas no design de mobiliário. 
São painéis de madeira prensados e moı́dos, como pó e serragem, com cola e resina. Atualmente, é
utilizado na fabricação de móveis de baixa qualidade, montados com cola e/ou encaixes pois não
suporta o uso de pregos ou parafusos, rachando com muita facilidade. Aceitam bem pinturas e
vernizes, mas não toleram colagens com laminados por conta de sua superfı́cie não ser tão lisa e
uniforme com a dos painéis de MDF. 
A principal vantagem é o baixo custo do mercado. No entanto, possuem baixa durabilidade e
resistência a umidade, além das restrições impostas no seu manuseio e �ixação, limitando
consideravelmente suas possibilidades de uso. 
•
VOCÊ SABIA?
Apesar da baixa qualidade, resistência e durabilidade, no começo de sua
fabricação o painel de aglomerado era vendido mais caro que a madeira maciça! 
Atualmente são utilizados em móveis de baixo custo mais populares e do tipo
“monte você mesmo”. Ficou curioso?
Leia mais sobre os painéis aglomerados no link
<http://www.scielo.br/pdf/rbeaa/v19n7/1415-4366-rbeaa-19-07-0674.pdf
(http://www.scielo.br/pdf/rbeaa/v19n7/1415-4366-rbeaa-19-07-0674.pdf )>.
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Painéis	aglomerados
Pinus	(Pinus	sylvestris)
http://www.scielo.br/pdf/rbeaa/v19n7/1415-4366-rbeaa-19-07-0674.pdf
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Madeira macia, de baixo encolhimento e de fácil manuseio, com exceção dos nós da madeira,
muito duros, com propensão a racharem e de difı́cil remoção. Aceita bem acabamentos, corantes e
tingimentos.
As principais desvantagens são sua pouca resistência mecânica, além de lascar com facilidade. Seu
valor de mercado é de moderado a baixo principalmente por esta árvore ter um crescimento muito
rápido e por conta disso considerada uma madeira de uso sustentável. E� indicada para a fabricação
de portas, molduras e mobiliários soltos em geral.
Madeira nobre, forte, dura, fácil de trabalhar e muito versátil. Possui boa resistência a água e ainda
pode ser fatiada para fabricação de compensado. Sua principal desvantagem é que apresenta textura
rústica demais para ser trabalhada e tem alto custo. Encontrada na Europa e Estados Unidos, é uma
madeira pouco sustentável por ser considerada ameaçada de extinção. Vem sofrendo uma
considerável diminuição por conta do ataque de fungos. E� ideal para a fabricação de assoalhos,
barcos, molduras de portas, painéis e esculturas.
De manuseio fácil, o cedro vermelho é leve, de textura homogênea, reta e lisa e de baixa rigidez.
Não se curva quando trabalhada no vapor e possui uma tendência a rachaduras. Possui valor de
mercado moderado e já é considerada uma das árvores propensas a extinção e em estado
vulnerável. E� indicada para a fabricação de armários planejados sob medida e mobiliário de
madeira em geral. 
Esta madeira possui boa dureza e resistência ao clima e as intempéries. Pode ser curvada ao ser
trabalhada com vapor. Ao envelhecer vai ganhando um tom cinza prata. Dentre as desvantagens, não
aceita muito bem acabamentos, podendo ser relativamente quebradiça e pouco resistente a
ferramentas manuais. Por conta disso, é utilizada com acabamentos mais rústico. Considerada a
platina das madeiras, possui valor alto, cinco vezes mais cara que o carvalho. Não é fácil de ser
encontrada. Mais indicada para a fabricação de mobiliário para áreas externas e jardins, convés de
barcos, decks e mobiliário urbano. Trata-se de uma madeira pouco sustentável já que leva 100 anos
para se tornar madura para seu uso. Muito explorada na I�ndia, onde já se encontra ameaçada de
extinção.
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Carvalho	(Quercus)
Cedro	vermelho	(Cedrela	�issilis)
Madeira	Teca	(Tectona	grandis)
Roxinho	ou	pau-roxo	(Peltogyne	discolor)
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Madeira de cor marcante roxa, é muito resistente, densa e possui boa resistência a pragas e
umidade. E� uma das madeiras que envelhece mantendo a sua beleza e coloração. No entanto, é
moderadamente difı́cil de trabalhar manualmente e com ferramentas mecânicas, sendo ainda pouco
resistente a pregos, principalmente nos cantos, podendo rachar com facilidade. Possui alto valor de
mercado. Indicada para a fabricação de assoalhos em geral, decks, mobiliários sob medida, escadas
e instrumentos de corda.
Madeira dura, porém, �lexı́vel, aceitando bem ser trabalhada no torno. De difı́cil colagem, possui
baixa resistência a abrasão e é pouco resistente a ferramentas manuais. Possui valor de mercado
moderado e é facilmente encontrada. Indicada para fabricação de assoalhos, decks, artigos de
esporte, construção civil, caixilhos e quadros de portas e construções externas.
Por conta de sua exploração intensa, atualmente encontra-se ameaçada e considerada vulnerável.
Madeira dura e resistente a abrasão. Sua desvantagem é ser pouco resistente a ferramentas
manuais. Amplamente explorada na fabricação de mobiliário em geral, a árvore do mogno é pouco
sustentável possui alto custo por conta de sua ameaça de extinção. Ainda utilizada na fabricação de
mobiliário em geral incluindo moveis planejados.
Madeira dura, de cor clara e singular, possui boa resistência a abrasão. Possui uma tendência a
rachaduras. De alto valor de mercado, é indicada para fabricação de portas, venezianas, móveis de
alto padrão, lambris, painéis, molduras e montantes de escadas. 
A imbuia possui boaresistência a abrasão. Pela sua durabilidade e beleza, foi uma das espécies
mais procuradas pela indústria, principalmente para a fabricação de móveis �inos, contribuindo
para se tornar ameaçada de extinção e considerada vulnerável. No entanto, ainda possui valor
moderado comparado às demais.
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Ipê	(Tabebuia)
Mogno	(Swietenia	macrophylla)
Freijó	(Cordia	goeldiana)
Imbuia	(Ocotea	porosa)
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Uma das madeiras mais fáceis de serem trabalhadas, é fácil de aplainar, serrar, lixar, além de ser
resistente a abrasão. No entanto, possui baixa dureza e durabilidade ao ataque de fungos e insetos e
apresenta superfı́cie de acabamento ruim. Possui valor moderado a baixo e é amplamente utilizado
na fabricação de partes internas de mobiliários, esquadrias em geral, lambris, molduras e forros. 
Madeira sustentável muito em função do seu crescimento rápido.
Trata-se de uma madeira considerada nobre, que possui resistência a abrasão e aceita bem o
trabalho em torno. Possui baixa dureza e é indicada para acabamentos de ambientes internos por
apodrecer com certa facilidade, se não for devidamente protegida. E� um dos tipos de madeira mais
caro, comparativamente às restantes, pois encontra-se ameaçada de extinção. Indicada para a
fabricação de mobiliário em geral, armários, portas e instrumentos musicais.
Madeira dura, apresentando alta resistência ao ataque de organismos xilófagos (fungos e insetos).
No entanto, recebe bom acabamento. Possui baixa resistência a abrasão, é pouco resistente a
ferramentas manuais e não aceita bem tingimentos ou tintas. 
•
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Cedrinho	(Erisma	uncinatum)
Cerejeira	(Cerasus)
Angelim	vermelho	(Dinizia	excelsa)
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Atualmente no mercado a madeira pode ser encontrada em diferentes tamanhos e cortes, dependendo de cada
espécie, pois permite cortes diferentes e em função disso é mais associada a determinados tipos de móveis
segundo a estrutura, rigidez e resistência. Os tipos de madeira utilizados ainda podem variar entre a madeira
maciça, as placas de madeira reconstituı́da e ainda a madeira de reaproveitamento ou de demolição. 
VOCÊ SABIA?
A silvicultura é a ciência que estuda metodologias naturais e arti�iciais para
recuperar e melhorar os povoamentos �lorestais e que compreende o estudo
botânico das espécies, além da identi�icação, caracterização e prescrição da
utilização das madeiras. Dentre os principais tipos de silvicultura se destaca a
urbana, e seu objetivo é o cultivo e o manejo de árvores para a contribuição atual
e potencial ao bem-estar �isiológico, social e econômico da sociedade urbana.
2.2 Revestimentos para madeira/Laminados Decorativos
As madeiras laminadas naturais são folhas retiradas de madeira que podem ser coladas sobre superfı́cies
como o MDF ou compensado e com o tempo tendem a rachar ou trincar, não sendo, portanto, resistentes às
intemperes, por exemplo.
O mobiliário feito com lâmina natural permite mais ousadia e criatividade através do uso de cones, curvas,
chanfros e encontros em meia esquadria no seu acabamento. 
Outro recurso muito utilizado no design é o uso de laminados decorativos. Atualmente existe no mercado,
uma in�inidade de tipos e cores disponı́veis que garantem resistência ao calor, umidade e alto tráfego.
Ainda existem os laminados naturais, mas o mercado hoje está mais voltado para os laminados sintéticos AP
(Alta Pressão), mais resistentes e duráveis que o natural, e com uma grande gama de opções que imitam
padrões de pedras, aços, lacas, madeiras envelhecidas, tons cimentı́cios e também madeiras naturais. 
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Atualmente, no design de mobiliário e de interiores é possı́vel encontrar materiais de origem sintética e
arti�icial como os polı́meros reforçados com �ibras de vidro ou na forma de laminados plásticos para
acabamentos. Os laminados plásticos para acabamentos são muito utilizados em paredes e pisos e vem
revestidos de forma a imitar as chapas de madeira.
Figura 2 - Os catálogos de laminados decorativos de madeira em geral são dispostos de forma que o cliente
consiga visualizar o material em suas diversas combinações possı́veis.
Fonte: sergeyryzhov, iStock, 2019.
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Vamos estudar agora acessórios que compõem um mobiliário. Muitos são mais do que simples acessórios,
fazem parte da beleza do objeto.
2.2.1 Acessórios utilizados: dobradiças, puxadores, corrediças 
No design de mobiliário, para a adequação e montagem de peças em madeira, é fundamental que sejam
utilizados acessórios de qualidade, especı́�icos para funções diferentes, conferindo na maior parte dos casos
maior durabilidade e contribuindo para a boa funcionalidade do mobiliário. 
VOCÊ SABIA?
O design estilo italiano é um dos mais famosos e conceituados pela sua qualidade
e excelência, principalmente no que se diz respeito ao mobiliário. O estilo italiano
é uma referência mundial em móveis planejados. Acesse o link, assista o vıd́eo e
conheça um apartamento estilo italiano em Milão, na Itália. Você vai se
surpreender.
<https://www.youtube.com/watch?v=p7gGHE6Njo8
(https://www.youtube.com/watch?v=p7gGHE6Njo8)>.
https://www.youtube.com/watch?v=p7gGHE6Njo8
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Tais acessórios, mais conhecidos como ferragens, podem ser utilizados como partes funcionais, ou seja, para
montagem propriamente dita do móvel e/ou acabamento. As principais ferragens utilizadas no design de
mobiliário são:
puxadores para gavetas;
dobradiças para portas e janelas;
corrediças para gavetas e prateleiras;
suportes para estantes (mãos francesas e pinos);
dispositivos de montagem (parafusos, buchas, arruelas, porcas);
fechos, fechaduras, travas e trinos em geral;
trilhos para portas de correr;
pés e rodízios;
batentes;
ganchos e penduradores. 
VOCÊ QUER LER?
A Formica® é uma empresa com mais de 100 anos no mercado de laminados e se
tornou uma referência importante para a evolução dos produtos laminados
decorativos no campo do design. Hoje a empresa tem foco na introdução de seus
produtos em lares, escolas e outros edifıćios públicos. Acessando o link você pode
conhecer mais caracterıśticas da empresa:
<https://www.formica.com.br/marca_100anos.htm
(https://www.formica.com.br/marca_100anos.htm)>.
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https://www.formica.com.br/marca_100anos.htm
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Segundo Hellmeister (2011), os móveis são montados através de dispositivos que garantem a �ixação de suas
partes internas entre si. Pode existir mais de um tipo de �ixação mecânica em um mesmo móvel. Nessa
categoria foram considerados somente as �ixações de partes de madeira sem o auxı́lio de outros dispositivos
de montagem. Cada tipo de elemento tem uma norma regulamentadora especı́�ica, que traça diretrizes
próprias para cada item. Os componentes para �ixação mecânica das partes internas dos móveis podem ser de
diversos tipos como: pregos, cavilhas, grampos, pinos, parafusos, encaixes, entre outros.
Figura 3 - As gavetas com extração total permitem o melhor aproveitamento do espaço útil para
armazenamento dos objetos.
Fonte: vitranc, iStock, 2019.
22/05/2023, 12:35 Design do Mobiliário
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E� importante ressaltar que cada tipo de elemento tem uma norma regulamentadora especı́�ica, que traça
diretrizes próprias para cada item. Os componentes para �ixação mecânica das partes internas dos móveis
podemser de diversos tipos como: pregos, cavilhas, grampos, pinos, parafusos, encaixes, entre outros.
VOCÊ QUER VER?
As ferragens são os elementos chave no que diz respeito aos móveis planejados, pois,
dependendo da sua qualidade, contribuem para o bom funcionamento e preservação
do mobiliário. Os italianos são pioneiros e experts nas melhores ferragens do mercado
e se caracterizam por elaborar mobiliários planejados muito versáteis e �lexıv́eis. Quer
assistir sobre as caracterıśticas do mobiliário italiano?
Assista ao vıd́eo <https://www.youtube.com/watch?v=dAa6bOWB8qY
(https://www.youtube.com/watch?v=dAa6bOWB8qY)>.
2.3 Materiais naturais
No design de mobiliário os materiais naturais são amplamente utilizados, principalmente quando nos
referimos às casas sustentáveis e ecológicas, dentre os quais mais se destacam o bambu, a palha, o couro e as
pedras e matérias-primas que veremos a seguir. Todos os materiais naturais, em geral, são utilizados em
conjunto com outros como madeiras e ligas metálicas para criar uma composição mais harmônica e fugir dos
aspectos rústicos. 
https://www.youtube.com/watch?v=dAa6bOWB8qY
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As �lorestas brasileiras são abundantes em inúmeras tipologias de madeira coloridas, que vão do amarelo ao
avermelhado e o arroxeado. Além disso, essa diversidade de cores naturais pode ser acompanhada por
variações nas próprias peças, complicadas de serem conseguidas por meio arti�iciais. 
2.3.1 Fibras/mármores e granitos 
As �ibras naturais são de origem animal ou vegetal, incluem o sisal, bambu, junco, vime, palha e rattan. Elas
completam os ambientes ao trazer textura e sensação de aconchego. 
O emprego de outros materiais como as �ibras naturais já foi incorporado no design de mobiliário e se
encontra amplamente difundido em todo o paı́s. E� muito comum a utilização de tecidos no estofamento como
complementos na fabricação de móveis, dente os quais se destacam os de �ibras naturais, que possuem uma
grande variedade de opções por conta dos �ios (penteado, cardado, mono�ilamentos, multi�ilamentos, �ibras
cortadas) e das tramas (tecidos planos, malhas, rendas etc.), além dos bene�iciamentos que podem receber
como tingimentos variados, por exemplo. 
Entanto, as �ibras naturais, por serem de origem animal ou vegetal, necessitam de cuidados especiais e
manutenção constante como como o uso de seladores e vernizes no seu acabamento para evitarem a
proliferação de fungos principalmente. Além disso, os móveis de �ibras naturais não podem �icar expostos as
intemperes por se degradam facilmente nestas condições.
Em função disso, atualmente, as �ibras sintéticas vêm dominando o mercado, por conta da praticidade,
facilidade na manutenção e tempo de vida, principalmente em áreas externas. 
Os móveis de vime, palha, rattan e bambu são uma tendência contemporânea no design de mobiliário, criando
um visual rústico aos ambientes.
A identi�icação com o design re�letiu-se pela retomada de valores e estéticas modernistas
adaptadas ao ideário contemporâneo. Esta expressão é denotada na predominância de linhas
geométricas e o quase desaparecimento do trabalho com as �ibras, que passou a ter aparência de
revestimento mais do que função de estruturar e corpori�icar os móveis. (MENDES, 2011, p. 122).
VOCÊ QUER VER?
A madeira pinus é de re�lorestamento e uma das madeiras mais utilizadas na
produção de móveis brasileiros. Sua textura macia e sua cor predominantemente clara
conferem um visual bem peculiar. Entretanto, a madeira pinus tem diversas
classi�icações. Você pode conferir cada uma delas assistindo ao vıd́eo deste link
<https://www.youtube.com/watch?v=XSFP55-awWg
(https://www.youtube.com/watch?v=XSFP55-awWg)>.
https://www.youtube.com/watch?v=XSFP55-awWg
22/05/2023, 12:35 Design do Mobiliário
https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=782450 18/25
Esta tendência por �ibras naturais e os tons terrosos e naturais por ser atribuı́da a uma reaproximação da
sociedade com a natureza que dominam o design de interiores no momento.
Veja a seguir os principais tipos de �ibras utilizados no design de mobiliário.
Figura 4 - A chaise longue em �ibra natural e o tapete em sisal conferem ao ambiente um visual rústico e
so�isticado.
Fonte: omersukrugoksu, iStock, 2019.
Fibra vegetal da palmeira Calamos	Rotang, oriunda da A� sia e da Oceania, é muito conhecido para
classi�icar qualquer produto com �ibras naturais. No entanto, é importante ressaltar que trata-se de
uma das mais de 500 espécies de �ibras naturais utilizadas no design de mobiliário. No Brasil é
muito confundido com o vime e o junco. E� uma �ibra maleável, leve e resistente, sendo muito
utilizada tramada em cadeiras, sofás, estantes e cestos. 
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Figura 5 - Detalhe de um tipo tradicional de trama em rattan para encosto de uma cadeira.
Fonte: Denis_Yarkovoy, iStock, 2019.
De origem vegetal, o vime já era utilizado desde o perı́odo da Antiguidade. E� uma planta do gênero
Salix (Salgueiro/Chorão), muito encontrado nas regiões da A� frica do Sul, A� sia, Europa e sul do
Brasil.
Na década de 60 o vime foi muito utilizado em móveis de caráter mais rústico e em geral em
trançados a partir de uma estrutura de metal soldado. Os pés eram em ferro e �icavam aparentes
para valorizar este novo material. O mobiliário de vime possui resistência e leveza e é bastante
utilizado na fabricação de cestos de balões, moisés para carregar bebês e cestos de piquenique.
Atualmente o vime foi substituı́do pelo junco no design de mobiliário. 
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Rattan
Vime
22/05/2023, 12:35 Design do Mobiliário
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Fibra vegetal (cipó) que cresce como parasita em árvores, extraı́da de plantas tı́picas de terrenos
alagadiços, encontrado principalmente na região norte do Brasil. Em outras regiões, é conhecida
como uma gramı́nea que cresce em beira de rios. No Brasil a mais utilizada é a Heteropsis
Spruceana, retirada da região amazônica. Também muito utilizada na forma tramada, sendo uma
�ibra muito forte e resistente, mais adotada para o uso de mobiliário em geral.
A palha é o material mais comum de todas as �ibras vegetais, sendo amplamente utilizada, em
geral, em tramas e permitindo inúmeras variações. Seu material não é oriundo de uma planta
especı́�ica, pois é produzida com folhas secas de gramı́neas, permitindo uma variedade de tramas,
espessuras e aplicações.
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Figura 6 - O quarto de casal ganha uma ambientação rústica através dos objetos de cestaria em palha
trançada.
Fonte: KatarzynaBialasiewicz, iStock, 2019.
E� uma gramı́nea amplamente encontrada nos trópicos, principalmente em áreas quentes e com
chuvas abundantes como a A� sia, América do Sul e A� frica. " E� considerado um recurso sustentável e
renovável, graças a sua alta capacidade de geração anual de novos brotos, promoção de ciclagem de
nutrientes e rápido crescimento dos colmos" (GRECO, 2011, p. 44).
Segundo Rivero (2003), sua durabilidade está diretamente ligada à forma de tratamento e à
destinação do uso. Em condições naturais, a sua durabilidade se limita a dois anos, tornando-se,
portanto, fundamental o processo de tratamento com vernizes, fungicidas e outros agentes
quı́micos para garantir sua durabilidade. 
Por conta das particularidades artesanais e possibilidades de criações customizadas das �ibras
naturais, muitos são os projetos sociais em várias regiões brasileiras que incentivam sua produção
em comunidades carentes, estimulando o comércio local e sustentável. 
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Junco
Palha
Bambu
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Desta forma, entre tradição e modernidade, o artesanato acaba sendo inserido em práticas dinâmicas,
possibilitando uma reestruturação e transformação de uma determinada região.O couro, muito utilizado para revestimento de mobiliário em sofás, cadeiras e poltronas em geral, possui
atualmente versões ecológicas. O couro animal é a própria pele do animal tratado num processo quı́mico,
permeável, térmico e amplamente utilizado por status, durabilidade e qualidade. O couro sintético trata de
uma matéria prima semelhante ao couro animal, porém fabricado a partir de compostos quı́micos do
petróleo. Tem durabilidade inferior ao animal e custo baixo. O couro ecológico é produzido a partir de
uma técnica de impermeabilização com uso de látex natural extraı́do das seringueiras nativas da Amazônia.
Sua produção se baseia num banho em látex natural de um tecido de algodão, tornando-o permeável e mais
resistente. Trata-se de um processo bastante artesanal e sustentável. 
CASO
No Nordeste o artesanato é bastante incentivado e vem se tornando conhecido
mundialmente. O Ceará é um exemplo de sucesso que deveria servir como
impulsionador para outras regiões do paıś. No Estado existe a Central de Artesanato
do Ceará – CEART – criada com o objetivo de fortalecer as polıt́icas públicas voltadas
para o artesanato para a geração trabalho. Existe ainda o Conselho Cearense do
Artesanato, que interage com secretarias, universidades, Sebrae, dentre outros órgãos
em prol da implementação das polıt́icas públicas. O Ceará ainda conta com a
Coordenadoria do Artesanato e Economia Solidária, criada para incentivar o
desenvolvimento do trabalho artesanal e fortalecer o desenvolvimento sustentável
em todo o Estado. Todas estas instituições fomentam as ações que vão desde a
capacitação para artesãos - onde aprendem todo o processo para produzir, gestão do
seu negócio e venda – até o incentivo e promoção de feiras de artesanato apoiando o
artesanato local. E� importante incentivar e valorizar a economia local através de ações
como estas, já que nosso paıś tem uma riquıśsima e diversi�icada cultura e que em
muitos dos casos, �ica isolada em regiões de difıćil acesso, como é o caso da região
Norte que possui uma cultura indıǵena ainda bastante desconhecida pela maior
parte da população.
22/05/2023, 12:35 Design do Mobiliário
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Os mármores e granitos são pedras naturais muito utilizados no design de interiores e de mobiliário,
particularmente em bancadas de cozinhas, banheiros e áreas sociais. Esta matéria-prima, altamente resistente,
confere luxo e so�isticação ao ambiente e pode ser combinado com madeiras, metais e �ibras em geral. No
entanto, apesar de serem aplicados com a mesma �inalidade, o granito e o mármore possuem caraterı́sticas
particularmente distintas em relação a composição, resistência e durabilidade. 
O mármore é uma rocha metamór�ica, composta de minerais cálcicos que criam uma diversidade de texturas
e colorações. E� mais leve e tem maior durabilidade em superfı́cies secas. Sua principal caracterı́stica é a
formação de veios (listras ou riscos) que dão um aspecto singular.
Ideal para peças com acabamento diferenciado e esculturas em geral. Este material não é indicado para a
cozinha, pois tem mais facilidade em manchar e perder brilho quando exposto a materiais de limpeza
pesados, água, vinagres e limão.
Os mármores podem receber diversos tipos de acabamento, utilizados tanto no design de interiores, quanto
no de mobiliário, clique abaixo para conhecê-los:
VAMOS PRATICAR?
Os couros animal, sintético e ecológico são muito utilizados. Faça uma pesq
lojas de tecidos e busque sobre as diferenças de cores, texturas, resistênc
por metro quadrado e a durabilidade dos tipos de couro existentes atualm
Bruto
A pedra não recebe nenhum tipo de tratamento.
Polido
Polimento para garantir brilho e indicada para áreas internas e mobiliário de interiores pois �ica escorregadia.
Resinado
Fica mais opaco que o polido e garante, através dos poros e �issuras fechadas, uma maior durabilidade em
banheiros e cozinhas.
Jateado
Apresenta aspecto áspero, porém menos rústico que o bruto e é mais indicado para pisos de áreas externas.
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Pelo fato de os granitos serem amplamente utilizados na construção civil, os mármores acabam ganhando
mais destaque no design. Dentre os principais mármores utilizados no design de mobiliário estão os
importados italianos, que conferem qualidade e so�isticação, dentre os quais mais se destacam o carrara, o
travertino e o botticino.
Já o granito é uma rocha natural ı́gnea– tipo de rocha que se forma quando o magma ou lava dos vulcões
endurecem – e possui em sua composição grãos de minerais metamór�icos que se formam em um processo
de cristalização. Por conta de sua composição, o granito possui mais durabilidade, resistência e aparência de
cores mescladas e um tanto luminosas. 
VOCÊ O CONHECE?
O design também pode ter um papel de agente colaborador na cadeia sustentável. Um
bom exemplo é o trabalho do designer Hugo França que utiliza a madeira a partir de
resıd́uos �lorestais e urbanos para o desenvolvimento de seus produtos. Nascido em
Porto Alegre, Hugo França optou por uma vida mais sustentável e livre da rotina
urbana quando, na década de 80, se mudou para o sul da Bahia, em Trancoso. E foi
neste perıódo que começou a observar o desperdıćio resultante da extração da
madeira na região. A partir desta re�lexão, decidiu trabalhar com os resıd́uos deste
desperdıćio criando peças autorais e simbólicas. As peças, segundo o designer, nascem
de um diálogo criativo com a matéria-prima: tudo começa e termina na árvore. Ela é a
sua inspiração; suas formas, buracos, rachaduras, marcas de queimada e da ação do
tempo provocam sua sensibilidade e o conduzem a um desenho cuidadosamente
escolhido, uma intervenção mıńima que gera peças únicas.
Você pode ler mais sobre o designer no link <http://www.oba.global/casa-pau-
brasil/hugo-franca/ (http://www.oba.global/casa-pau-brasil/hugo-franca/)>.
Figura 7 - A bancada de cozinha em mármore carrara contribui para o visual clean e so�isticado do ambiente.
Fonte: Jodie Johnson, Shutterstock, 2019.
http://www.oba.global/casa-pau-brasil/hugo-franca/
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Os mármores e granitos se diferenciam também quanto a textura e o brilho. Os mármores têm uma textura
mais particular por conta dos veios, enquanto que o granito é mais granulado. Já o mármore é mais opaco que
o granito. Para o design de mobiliário, portanto devemos sempre prestar atenção ao tipo de pedra a ser
utilizada conferindo suas propriedades quı́micas e mecânicas para garantir um efeito e durabilidade ao
produto.
VAMOS PRATICAR?
E� , portanto, uma pedra mais resistente à ação de substâncias quıḿicas, 
riscos, impactos e desgastes e muito utilizada em cozinhas, banheiros, bo
piscinas, alisares, soleiras, calçadas, prédios e monumentos. 
Síntese
Chegamos ao �inal da unidade. Aprofundamos e ampliamos nossos conhecimentos sobre os principais
materiais naturais utilizados no design de mobiliário com ênfase para as madeiras e �ibras naturais em geral. 
Nesta unidade você teve a oportunidade de:
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
compreender as características das madeiras maciças, os
principais tipos de painéis e sua melhor aplicabilidade no design;
aprender sobre as principais ferragens utilizadas na fabricação de
móveis e sua importância para garantir qualidade e durabilidade
ao produto;
estudar e conhecer os principais tipos de fibras naturais e neste
contexto da relação artesão x designer no processo de fabricação; 
estudar sobre as pedras naturais, suas características e
aplicabilidades no design de mobiliário; 
compreender que o papel do designer vai além da concepção dos
produtos, perpassando conceitos que envolvem sustentabilidade
e consciênciaambiental. 
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Bibliografia
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Dissertação de Mestrado publicada no repositório da Universidade Federal de Pernambuco. Disponı́vel em:
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(https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16486)>. Acesso em: 05/08/2019. 
ASHBY, M. F.; JOHNSON, K. Materials	and	design:	the	art	and	science	of	material	selection	in	product	design.
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BURDEK, B. E. Design: história, teoria e prática do design de produtos. São Paulo: Blucher, 2010.
CRIVELARO, M.; PINHEIRO, A. C. F. B. História	e	Desenvolvimento	de	Mobiliário. São Paulo: E� rica, 2015.
DESIGN ITALIANO - VISITEI UM TI�PICO APTO DE MILA� O - O QUE APRENDI COM A DECOR ITALIANA.
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anos-formica/ (https://formicadesign.wordpress.com/2013/06/15/a-marca-que-inventou-o-laminado-
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FORTY, A.; SOARES, P. M. Objetos	de	desejo	design	e	 sociedade	desde	1750. São Paulo: Cosac & Naify,
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HELLMEISTER, V. Estudo	 comparativo	 de	 sistema	 construtivo	 de	 móveis	 para	 aplicação	 veicular.
Curitiba: O autor, 2011.
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MOZOTA, B. B. de. Gestão	do	design. Porto Alegre, Bookman, 2011. 
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(http://www.hugofranca.com.br/)>. Acesso em: 03/08/2019.
PINUS NA� O E� TUDO IGUAL - TIPOS DE MADEIRAS. Direção: Adilson Pinheiro. Plataforma digital Youtube,
publicado em 21 de março de 2017. 5:44 min. Disponı́vel em: <https://www.youtube.com/watch?v=XSFP55-
awWg (https://www.youtube.com/watch?v=XSFP55-awWg)>. Acesso em: 31/07/2019.
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16486
https://www.youtube.com/watch?v=p7gGHE6Njo8
https://formicadesign.wordpress.com/2013/06/15/a-marca-que-inventou-o-laminado-comemora-100-anos-formica/
https://www.cliquearquitetura.com.br/artigo/madeira-compensada-ou-compensado.html
http://www.scielo.br/pdf/rbeaa/v19n7/1415-4366-rbeaa-19-07-0674.pdf
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/95458
https://repositorio.unesp.br/handle/11449/96263
http://www.hugofranca.com.br/
https://www.youtube.com/watch?v=XSFP55-awWg
22/05/2023, 12:35 Design do Mobiliário
https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=782450 25/25
RESOURCE FURNITURE: ITALIAN-DESIGNED SPACE SAVING FURNITURE. Direção: Core 77. Plataforma digital
Youtube, publicado em 19 de maio de 2010. 6:29 min. Disponı́vel em: <https://www.youtube.com/watch?
v=dAa6bOWB8qY (https://www.youtube.com/watch?v=dAa6bOWB8qY)>. Acesso em: 31/07/2019.
RIVERO, L. A. Laminado	 colado	 e	 contraplacado	 de	 bambu. Dissertação de Mestrado do curso de
Engenharia Agrı́cola publicada no repositório da Universidade Estadual de Campinas. Disponı́vel em:
<http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/257576/1/Rivero_LourdesAbbade_M.pdf
(http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/257576/1/Rivero_LourdesAbbade_M.pdf)>. Acesso em:
31/07/2019. 
https://www.youtube.com/watch?v=dAa6bOWB8qY
http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/257576/1/Rivero_LourdesAbbade_M.pdf

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