Buscar

resumo_2020365-ismael-noronha_60397515-constituicao-do-estado-de-roraima-pm-rr-aula-23-do-poder-executivo

Prévia do material em texto

1
Do Poder Executivo
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RORAIMA
www.grancursosonline.com.br
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
DO PODER EXECUTIVO
O Poder Executivo no âmbito da Constituição do Estado de Roraima é basica-
mente uma cópia do Poder Executivo da União, pois existem poucas diferenças.
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Art. 50. Os atos de improbidade administrativa importarão suspensão dos direitos 
políticos, perda da função pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao 
erário, na forma e gradação previstas em Lei Federal, sem prejuízo da ação penal 
cabível.
O disposto no art. 50 da Constituição do Estado de Roraima possui a mesma 
disposição prevista no art. 37, § 4º, da Constituição Federal de 1988, contudo o 
legislador estadual dispõe essa característica, pois a improbidade administrativa 
também pode ocorrer no âmbito do Poder Executivo estadual. 
A improbidade administrativa é um ilícito político-administrativo, ou seja, algo 
que contraria a moralidade administrativa. Existe uma lei específica para tratar 
esse assunto, que é a Lei n. 8.429/1992. Essa lei trata das hipóteses que confi-
guram a improbidade administrativa, que são o enriquecimento ilícito, o prejuízo 
ao erário, o desrespeito aos princípios da Administração Pública e a má utiliza-
ção dos benefícios fiscais. A CF/1988 dispõe quais são as punições que podem 
ser aplicadas ao que pratica um ato de improbidade administrativa, são eles:
1. Suspensão dos direitos políticos (vide art. 15, CF/1988);
2. Perda da função pública;
3. Indisponibilidade dos bens; e
4. Ressarcimento ao erário.
Essa indisponibilidade de bens significa que, mesmo a pessoa sendo a pro-
prietária legal de um bem, não poderá dele dispor, pois este poderá ser utilizado 
de modo a ressarcir o prejuízo causado pelo agente ao erário.
AN
O
TAÇ
Õ
ES
http://www.grancursosonline.com.br
2
Do Poder Executivo
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RORAIMA
www.grancursosonline.com.br
AN
O
TA
Ç
Õ
ES
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
Além disso, o ato de improbidade administrativa que é praticado por alguém 
também pode estar previsto em lei como um crime. Ex.: enriquecimento ilícito 
por meio de corrupção. Nesse sentido, além de receber as punições civis, o 
agente também poderá responder pelo seu ato na esfera penal.
Art. 51. Os Poderes do Estado e do Município, incluídos os órgãos que os com-
põem, publicarão trimestralmente no Diário Oficial do Estado o montante das des-
pesas com publicidade pagas ou contratadas naquele período com cada agência 
ou veículo de comunicação.
Obs..:� Os gastos com propagandas são os mais problemáticos da Administra-
ção Pública, pois há situações em que determinados governos utilizam-se 
da propaganda para autopromover-se. A autopromoção de forma direta é 
vedada pela Constituição Federal, contudo há casos em que a quantida-
de de propagandas é tão significativa que acaba por dar a entender que 
o governante está realmente realizando uma manobra de autopromoção. 
Art. 52. Nenhum Projeto de Lei que implique a criação ou o aumento de despe-
sa pública será sancionado sem que dele conste a indicação dos recursos dispo-
níveis próprios, para atender aos novos encargos.
Art. 53. As Instituições Financeiras do Estado são obrigadas a prestar as infor-
mações administrativas que lhes forem requeridas pela Assembleia Legislativa ou 
Comissão Parlamentar especialmente instituída para essa finalidade, ressalvado 
o sigilo bancário.
Obs..:� Vale lembrar que o entendimento da jurisprudência é de que as Comis-
sões Parlamentares de Inquérito têm competência para solicitar a quebra 
do sigilo bancário dos investigados. 
Do Governador e do Vice-Governador do Estado
Art. 54. O Poder Executivo é exercido pelo Governador do Estado com auxílio dos 
Secretários de Estado.
http://www.grancursosonline.com.br
3
Do Poder Executivo
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RORAIMA
www.grancursosonline.com.br
AN
O
TAÇ
Õ
ES
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
Obs..:� O Governador do Estado está para o Presidente da República assim como 
os Secretários de Estado estão para o Ministro de Estado.
Art. 55. O Governador e o Vice-Governador do Estado serão eleitos simultanea-
mente, atendido o disposto na Constituição Federal e legislação eleitoral vigente.
As eleições para o cargo de Governador e Vice-Governador do Estado são 
em chapa, ou seja, não é possível votar para esses cargos separadamente. 
Além disso, quando ocorrem as eleições para esses cargos, tal procedimento 
ocorre simultaneamente em todos os Estados da Federação.
As eleições para Governador do Estado e seu Vice são realizadas por meio 
do sistema majoritário de dois turnos, isto é, se no primeiro turno de votação 
nenhum dos candidatos obtiver a maioria absoluta dos votos válidos (excluindo-
-se os votos brancos e nulos), haverá a necessidade de realização de um segundo 
turno em que concorrerão os dois candidatos mais votados no primeiro turno.
No caso de realização de um segundo turno, caso um dos candidatos seja 
preso, desista ou venha a falecer, então aquele que foi o terceiro mais votado 
concorrerá em segundo turno. Esse sistema eleitoral se aplica, além do cargo 
de Governador do Estado, aos cargos de Presidente da República e Prefeito de 
Municípios com mais de 200 mil eleitores.
Art. 55. (...) § 1º Em face ao princípio da continuidade, aplicado a Administração 
Pública, o Chefe do Poder Executivo Estadual ou municipal eleito, poderá indicar 
equipe de transição do novo governo até 60 (sessenta) dias antes do dia da posse.
§ 2º A equipe de transição será credenciada junto ao respectivo Gabinete do 
Executivo em exercício para iniciar levantamento dos programas de governo bem 
como da situação atual do Estado e da administração.
§ 3º O Chefe do Poder Executivo, por meio dos órgãos competentes, é obrigado 
a fornecer todas as informações necessárias aos trabalhos de preparação do novo 
governo pela equipe de transição.
Art. 56. O Governador e o Vice-Governador tomarão posse em sessão da As-
sembleia Legislativa, prestando compromisso de manter, defender, cumprir e 
fazer cumprir a Constituição Federal e a do Estado, observar as Leis e promover 
o bem-estar geral.
http://www.grancursosonline.com.br
4
Do Poder Executivo
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RORAIMA
www.grancursosonline.com.br
AN
O
TA
Ç
Õ
ES
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
A posse do Governador e do Vice-Governador do Estado ocorrem no dia 1º 
de janeiro do ano seguinte ao que foi realizada a eleição. Nesse dia, o Presi-
dente da Assembleia Legislativa realizará uma convocação extraordinária para 
que os membros possam comparecer a uma reunião solene em que haverá a 
posse dos novos governantes.
Nessa cerimônia, tanto o Governador quanto o Vice devem prestar um com-
promisso de manter, defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal e 
a do Estado, observar as leis e promover o bem-estar geral.
Art. 56. (...) Parágrafo único. Se, decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a 
posse, o Governador e o Vice-Governador, salvo motivo de força maior, não tiverem 
assumido os cargos, estes serão declarados vagos pela Assembleia Legislativa.
Nesse sentido, se dentro do prazo de 10 dias da data marcada para a posse 
o Governador e o Vice não tiverem assumido seus cargos, então não poderão 
mais tomar posse e será necessário realizar novas eleições para Governador e 
Vice-Governador do Estado.
Contudo, há uma exceção que são os casos de força maior. Nessa situação, 
o limite de 10 dias não é considerado; logo, enquanto o Governador e o Vice-
-Governador do Estado não assumirem os seus cargos, o governo do Estado 
fica sob a responsabilidade do Presidente da Assembleia Legislativa.
Art. 57. O Vice-Governador substituirá o Governador em suas ausências, afas-
tamentos, impedimentos, com transmissão obrigatória do Cargo, e o sucederá na 
vaga.
Parágrafo único. Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador 
e de vacância dos respectivos cargos, seráobservado o disposto no Título IV, Ca-
pítulo II, Seção I da Constituição Federal.
De acordo com a Constituição Federal, no caso de dupla vacância dos cargos 
de Presidente e Vice-Presidente da República, há a necessidade de se convo-
car novas eleições para que esses eleitos terminem o mandato. Contudo, há 
uma diferença, pois se essa dupla vacância ocorrer nos dois primeiros anos do 
http://www.grancursosonline.com.br
5
Do Poder Executivo
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RORAIMA
www.grancursosonline.com.br
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
mandato, há uma nova eleição direta, ou seja, a população iria às urnas para 
escolher um novo Presidente e Vice-Presidente da República que iriam apenas 
terminar o mandato daqueles que deixaram os cargos por algum motivo (é o cha-
mado mandato “tampão”).
Já se a dupla vacância ocorre nos dois últimos anos do mandato, também é 
necessário realizar uma nova eleição, contudo essa não seria direta, mas sim 
indireta, ou seja, quem iria escolher os novos Presidente e Vice-Presidente da 
República para terminar o mandato dos que deixaram o cargo seria os membros 
do Congresso Nacional. No caso dos Estados, quem escolherá os novos Gover-
nador e Vice-Governador serão os membros da Assembleia Legislativa.
No caso da necessidade de se realizar novas eleições no âmbito estadual, 
enquanto não são eleitos os novos governantes do Estado, assumem o poder o 
Presidente da Assembleia Legislativa e, se porventura esse não puder assumir 
o cargo, chama-se o Presidente do Tribunal de Justiça. Já no âmbito federal a 
substituição ocorre na seguinte ordem: Presidente da Câmara dos Deputados, 
Presidente do Senado Federal e o Presidente do Supremo Tribunal Federal.
O prazo para a realização de novas eleições diretas é de 90 dias a partir da dupla 
vacância, já se forem realizadas eleições indiretas esse prazo cai para 30 dias.
Art. 58. Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função públi-
ca na administração direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso 
público e observado o disposto no artigo 38, I, IV e V, da Constituição Federal. 
No caso de alguém que foi aprovado em concurso público para exercer algum 
cargo como servidor na Administração Pública ser eleito como Governador do 
Estado, é possível que solicite o afastamento para exercer mandato eletivo. 
Nesse sentido, o tempo em que o servidor estiver exercendo o mandato contará 
como tempo de serviço para todos os efeitos, exceto para promoção por mere-
cimento. Além disso, a contribuição para a Previdência será calculada sobre o 
valor dos proventos do cargo efetivo que esse servidor ocupa.
Parágrafo único. Não perderá o mandato o Vice-Governador quando investido na fun-
ção de Secretário de Estado ou de Presidente de Órgão da Administração Indireta 
do Poder Executivo Estadual ou atribuição definida em Lei Complementar Estadual.
������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Ismael Noronha. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela 
leitura exclusiva deste material.
http://www.grancursosonline.com.br

Continue navegando